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Thiago Silveira, destaque agro

THIAGO Bianchi Silveira

POR CELSO MACHADO E CARLOS GUIMARAES

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O DESEJO DE FAZER MAIS PELOS OUTROS

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ALMANAQUE | UBERLÂNDIA S.A.

AS ORIGENS DA PAIXÃO PELO AGRONEGÓCIO

Thiago Bianchi Silveira tem na área rural o seu ofício, e na região um forte vínculo familiar. Seus pais são oriundos de Uberaba. O pai era engenheiro e a mãe odontóloga. Do lado materno, tem descendência italiana. Os avós compunham a família Bianchi. A avó paterna é de Araxá, da família Chadu, e avô paterno, de Santa Juliana, da família Silveira. Essa ár vore genealógica o fez sempre fincar as raízes no Triângulo Mineiro, embora os pais, após o casamento, tenham morado em Tucuruí, no Pará, onde o pai foi atuar como engenheiro da Usina de Tucuruí, na época a maior obra hidrelétrica em andamento do país. Foi lá que ele e os irmãos nasceram.

De Tucuruí, a família foi para Brasília, onde Thiago viveu dos cinco aos 18 anos, vindo para Uberlândia nessa idade, para estudar e ajudar a tocar a fazenda da família, na verdade, uma propriedade do avô. O pai havia comprado algumas terras confrontantes à propriedade do avô. Plantaram café e, em dado momento, o avô acabou vendendo sua propriedade para o seu pai. Desde então, há 20 anos, Thiago atua ali com a família. Saíram da produção cafeeira para a suinicultura, avicultura e também pecuária de leite, esta última adotada como a atividade principal, seguida da suinicultura.

Desta atividade, surgiu a paixão de Thiago pelo Sindicato Rural, que preside hoje. Segundo ele, essa paixão já existia desde as vindas para o Camaru. Ainda quando morava em Brasília, vinha à cidade com pai em alguns fins de semana. O pai trabalhava na Eletronorte e vinha à região para visitar a fazenda do avô. Thiago relatou que eram viagens emocionantes, por acentuar a proximidade com o pai, por se firmarem como amigos e companheiros de viagem.

Nessas vindas, aconteciam também exposições no Camaru ou algum leilão. Aquilo o fascinava e lhe despertava o interesse pela entidade do Sindicato Rural. Fez muitos amigos e, após alguns anos, já residindo por aqui, foi convidado a compor a diretoria, até, recentemente, ter sido convocado a assumir a presidência. Para ele, todo esse percurso revela a paixão pela entidade, acima de tudo representantiva das atividades rurais.

A IMPORTÂNCIA DO SINDICATO

O produtor tomou posse oficialmente como presidente do Sindicato Rural de Uberlândia em 25 de janeiro de 2021, em assembleia realizada na sede da instituição, juntamente com demais membros da diretoria e do conselho fiscal. O grupo formado por 24 representantes do agronegócio permanecerá no cargo até janeiro de 2024.

Ele considera o Sindicato Rural de Uberlândia como algo raro de se ver no Brasil. “A gente sabe que existem vários outros sindicatos também, muitos deles altamente representativos e importantes. Mas esse aqui é realmente um sindicato que nos orgulha. E a gente fazer parte dele e poder contribuir é algo que nos alegra. Ainda mais agora podendo oferecer ainda mais na atuação como presidente”, afirmou o ruralista.

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ALMANAQUE | UBERLÂNDIA S.A. A GENTE SABE QUE EXISTEM VÁRIOS OUTROS SINDICATOS TAMBÉM, MUITOS DELES ALTAMENTE REPRESENTATIVOS E IMPORTANTES. MAS ESSE AQUI É REALMENTE UM SINDICATO QUE NOS ORGULHA.

Thiago com a esposa Graciela e os filhos Isabela e Antônio.

Ele disse ser amigo de vários expresidentes do sindicato. E recebeu o convite de Thiago Fonseca, quando ele era presidente. Segundo ele, foi alguém que o influenciou muito, junto de outro amigo, Paulo Roberto Andrade Cunha. Ambos o indicaram ao posto. Outra pessoa que também o incentivou foi o prefeito Odelmo Leão Carneiro. Uma outra influência que Thiago faz questão de destacar foi a de uma pessoa que considerava um grande amigo e um grande líder do movimento ruralista em Uberlândia, de quem afirma ter tido uma influência extremamente positiva, foi o líder Luiz Humberto Carneiro.

Para Thiago, estar nessa liderança hoje é um grande desafio. “A gente conseguir manter essa tradição e ainda renovar a diretoria, com quadros novos, de certa forma nos leva a perder um pouco das raízes

Com o amigo, apoiador e incentivador Odelmo Leão Carneiro.

Thiago e o governador Romeu Zema.

no que se refere aos nomes da composição. A pandemia nos deixou sequelas muito graves, tanto como diretores como também no quadro de associados. Há pessoas que fizeram parte da história do sindicato e hoje não estão mais aqui. A gente tenta mesclar isso com as nossas lideranças mais antigas, sempre buscando um alinhamento com o que foi feito lá atrás, com os princípios norteadores dessa casa. E eu acho que a defesa de ideais, de correção, de honestidade, de trabalho e de reconhecimento ao trabalhador, ao homem do campo. Os trabalhadores e o produtor rural precisam de nossa atenção. O empresário rural essa é a nossa vocação”, afirmou.

EVOLUÇÕES DO SISTEMA

Na opinião de Thiago, a nova geração que está vindo aí pensa e age diferente. O campo está altamente tecnológico e é preciso estar conectado. Para ele, o Sindicato deve ser aquela instituição que une as pontas: tanto da indústria, quanto do produtor, quanto do comércio com o produtor, trazendo soluções e levando resultado para os seus associados. “A gente tem conseguido manter isso, é um desafio, mas a pluralidade na nossa diretoria também permite fazer isso”, disse ele.

O ruralista se sente prestigiado pelo reconhecimento da diretoria e define como desafio o trabalho de liderança de estar à frente de uma entidade tão importante como o sindicato. “Ao mesmo tempo, é um grande um aprendizado, uma oportunidade de experimentar coisas diferentes e estabelecer um relacionamento amplo com toda a a sociedade.

Um relacionamento com muitas instituições. É uma visão diferente da que eu teria se estivesse somente trabalhando com o negócio nosso particular da família, quando se olha mais o universo compreendido na questão particular. Aqui temos de olhar o todo. Temos de saber que, em alguns momentos, a nossa opinião não prevalece e precisamos entender isso. Temos de ter flexibilidade e A PANDEMIA NOS DEIXOU SEQUELAS MUITO GRAVES, TANTO COMO DIRETORES COMO TAMBÉM NO QUADRO DE ASSOCIADOS. HÁ PESSOAS QUE FIZERAM PARTE DA HISTÓRIA DO SINDICATO E HOJE NÃO ESTÃO MAIS AQUI.

entender as opiniões contrárias e começar a enxergar pelos olhos dos outros, sob a ótica dos outros, todas as situações. Assim a gente consegue muito mais convencer as pessoas do que ter determinação de algumas questões.

Eu me sinto muito honrado e feliz por essa homenagem. E espero estar realmente oferecendo aos associados do sindicato e aos produtores rurais da região melhorias para o meio rural e avanços para esta casa. E que seja em todo o âmbito social, como requer a função dentro do sindicato”, concluiu o presidente.

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