Portal dos Condomínios - setembro/outubro

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O seu condomínio em revista

Distribuição gratuita Ano 08 . Nº 92 Set/Out de 2011

BRASIL É O PAÍS COM MAIOR INCIDÊNCIA DE QUEDA DE RAIOS DO MUNDO A região sudeste lidera e Jundiaí ocupa o 275º lugar no ranking paulista

COMO ESTÁ O PARA-RAIO DO SEU CONDOMÍNIO?



EDITORIAL

ÍNDICE

No caminho da profissionalização É evidente o crescimento imobiliário na cidade de Jundiaí-SP. Porém, não é de se desconsiderar a consequente profissionalização do mercado condominial. Ao mesmo tempo em que grandes empreendimentos verticais são levantados na cidade, ações são realizadas para capacitar e informar o público ligado diretamente aos condomínios. Apenas em 2011, pelo menos cinco eventos atraíram um público fiel e interessado nas novidades na vida condominial. A própria revista Portal dos Condomínios preparou o seu (Portal Debate), o primeiro na história, com três palestras realizadas no mês de maio. Recentemente, a Impacto Administração de Condomínios atraiu um grande público (pág. 6), sem contar com os eventos da Associação das Empresas e Profissionais do Setor Imobiliário de Jundiaí e Região – Proempi, as palestras da Feiccad e o evento em homenagem ao síndico, da LGM, que encerra o ano. Em todos os eventos que a revista esteve presente foi constatado o crescimento de público e sua respectiva participação. Com a possibilidade de abertura para perguntas, as palestras mostravam que as dúvidas são similares entre os condomínios. Por este motivo que, desde a edição passada, esta publicação abriu uma nova editoria – Portal Debate – para que o leitor, seja ele síndico, zelador, conselheiro ou o próprio morador, envie suas dúvidas (que pode ser a mesma do seu vizinho)

* Pastilhas para que te quero

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* Evento: díficil tarefa de ser

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para que sejam analisadas por um conselho formado por síndico profissional, advogados, psicóloga e técnico de manutenção residencial. Como se pode notar, ações isoladas e, outras, integradas estão movimentando o mercado condominial de Jundiaí. Representante local do Sindicado da Habitação - Secovi-SP - a Proempi também está fortalecendo esta profissionalização. Juntamente com administradores de condomínios e uma comissão da entidade, eles pretendem criar um Conselho que será complementado por síndicos dos condomínios da região de Jundiaí. O objetivo não é reunir para solucionar dúvidas específicas de cada condomínio, mas sim discutir as necessidades macro dos condomínios, como por exemplo, a análise do que se fazer com o lixo reciclável, um dos temas mais atuais com a recente criada Política Nacional de Resíduos Sólidos (tema da edição n° 91, da revista Portal dos Condomínios). Com mais este passo, Jundiaí se coloca à frente na organização do mercado condominial. A participação do maior público interessado nesta profissionalização já está sendo constatada em eventos dirigidos, agora será a hora de colocar a mão na massa para buscar soluções concretas a problemas comuns dos condomínios e continuar com o crescimento da região, de forma organizada e ordenada.

síndico * Viver em Condomínio

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* Portal Debate: as dúvidas do seu condomínio

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* Capa: perigo que vem dos céus

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* Ergonomia no lar

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*Lança de São Jorge

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* Crônica: O castigo de Noé

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CADASTRO Atenção síndico e administrador. Mantenha o cadastro do seu condomínio atualizado. Entre em contato com nosso canal direto exclusivo para você: sindico@condominioemrevista.com.br

EXPEDIENTE Redação: Rua Bela Vista, 650 - Bela Vista CEP.13207-780 - Jundiaí / - Tel: 4522-2142 contato@condominioemrevista.com.br A revista é um produto da io! comunica CNPJ: 06.539.018/0001-42 www.iocomunica.com.br Jornalista Responsável: Rodrigo Góes. MTB: 41.654 Designer Gráfico: Paloma Cremonesi Arte Final: Paloma Cremonesi Reportagens: Renato Góes MTB 40565 e Vivian Lourenço MTB: 57471 Estagiáros: Rafael Godoy, Ana Carolina Pereira, Thais Bueno e Gladys R. de Paula Foto Capa: ShutterStock - Prokhorova Nadiia Tiragem: 10.000 exemplares.

Entrega: Mala direta e direto em caixa de correio, mediante protocolo para moradores de condomínios constantes em cadastro do Portal dos Condomínios. Caso ainda não receba e queira o exemplar em seu condomínio, ligue para 11. 4522-2142. Site: www.condominioemrevista.com.br Twitter: @pcondominios Blog: http://portaldoscondominios.wordpress.com Os artigos assinados são de inteira responsabilidade do autor e não representam o pensamento a revista.

PARA ANUNCIAR 11 4522.2142 11 4521.3670

NA WEB Portal dos Condomínios . Set/Out 2011

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DECORAÇÃO & DESIGN

Pastilhas para

Fotos ShutterStock

Por Vivian Lourenço Na hora de construir ou reformar o que acaba fazendo toda diferença no final são os detalhes. Podem ser grandes ou simples, mas deixar a casa ou apartamento com a cara do morador não é tão difícil quanto alguns imaginam. Neste sentido as pastilhas estão ganhando cada vez mais espaço dentro do mercado. A maior vantagem desse tipo de revestimento são as diferenças de tonalidade, tamanhos e versatilidade. Tudo isso, aliado a modernidade que atrai tanto o consumidor, quanto os profissionais. Segundo a arquiteta Pâmela Cabbia, as pastilhas de vidro estão sendo muito utilizadas em áreas molhadas como banheiros e cozinhas, já que são resistentes e impermeáveis. Outro fator positivo é a gama de opções dos materiais que as pastilhas são fabricadas, que vai do vidro, aço, resina, bambu, cerâmicas e também o már-

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more. Dentre essas opções, Pâmela diz que as mais indicadas para as cozinhas são as pastilhas feitas de vidro, pois são mais resistentes, higiênicas, de fácil aplicação e manutenção. Depois da escolha do material, é preciso escolher a combinação de cores. A opção vai depender do local onde a pastilha de vidro será aplicada. A arquiteta explica que na cozinha podem ser usados tons mais fortes ou que aguçam o paladar, como por exemplo, os vermelhos, laranjas, amarelos e qualquer tipo de tonalidade marrom. As cores clássicas como o preto, branco ou tons de cinza e marrom claro também se encaixam muito bem no ambiente da cozinha. O importante é tentar mesclar o gosto pessoal com a cor que melhor combina com o ambiente, seja algo mais moderno ou clássico. É importante também que o consumidor ou


que te quero o profissional esteja sempre atento ao material e o local onde as pastilhas serão aplicadas. Pâmela explica que as pastilhas cerâmicas são feitas à base de argila ou porcelana, então com o passar do tempo o material perde a cor e fica opaco. Com a ascensão deste tipo de revestimento, o mercado lança novidades como as pastilhas de vidro com o efeito opaco da linha Matte, da Vidro Real, que tem 40 opções de cores. Já nas cerâmicas, a Lepri lançou as ecopastilhas feitas com lâmpadas fluorescentes recicladas com textura em alto relevo que tanto podem ser usadas internamente quanto na área externa. Pâmela ressalta ainda que os preços variam de fornecedor para fornecedor e de acordo com seu acabamento, mas em geral as pastilhas de vidro sempre ficam com o preço mais alto em comparação com as de cerâmicas, porém sua

durabilidade e acabamento são melhores. A aplicação do material vai depender de como o fabricante entrega o produto. As pastilhas podem vir de duas formas dentro da caixa: telada ou empapelada. No caso da telada a aplicação é feita usando uma argamassa própria para pastilhas na parede; após isso coloca-se a placa na argamassa e pressiona a placa contra a parede. Na empapelada, o procedimento segue o mesmo que a telada, porém o papel ficará visível na frente e só é removido após a secagem da pastilha. Para quem quer investir nesse tipo de reves-

timento é fundamental contar com a ajuda de um especialista, tanto para saber qual o melhor tipo de pastilha, quanto para a escolha de cores e aplicação, já que ela varia de fabricante para fabricante.

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Evento

Fotos Vivian Lourenço

Alexandre cativou o público com conhecimento e uma palestra animada

A difícil tarefa de ser

Por Vivian Lourenço “Não dá mais para ser aquele síndico de condomínio que era um senhorzinho aposentado, que há muitos anos não estava mais atuando no mercado, ou então aquela senhorinha que foi dona de casa a vida inteira então resolve participar da reunião do condomínio, levanta a mão para perguntar alguma coisa e é eleita síndica”. Foi assim que o palestrante Alexandre Augusto Ferreira Macedo Marques - que substituiu o advogado Márcio Rachkorsky que teve problemas na agenda e não pode comparecer ao evento da Impacto Administração de Condomínios – começou sua animada palestra para uma plateia lotada, no último dia 10 de setembro, no Hotel Serra de Jundiaí. O assunto poderia ser sério, mas o riso foi garantido. Com ar descontraído, o advogado Alexandre Marques tocou em assuntos polêmicos e delicados, e fez com que as dúvidas dos síndicos e de quem assistiu a sua palestra fossem facilmente discutidas e sanadas. Um dos pontos abordados pelo advogado foi a importância da profissionalização do síndico, já que os condomínios estão cada vez mais se assemelhando a uma verdadeira empresa. Ser síndico é assumir responsabilidades, tais como a gerência do condomínio, a parte empresarial, a segurança patrimonial, os contratos, etc. A pessoa que se can-

síndico

didata a ser síndico tem que saber se quer ou não assumir tais responsabilidades. O mesmo vale para os administradores de condomínios, que devem ser pessoas de confiança. Não adianta ter cuidado, por exemplo, ao escolher o zelador e deixar a administração na mão de alguém que não se confia. Para um bom funcionamento administrativo, o palestrante diz que é preciso reunir três alicerces: um bom síndico, uma administradora eficiente e uma assessoria jurídica especializada. O síndico tem todo o direito de escolher a administradora, já que é o seu CPF que será vinculado ao CNPJ da administradora. Outra questão polêmica abordada foi a participação dos inquilinos e dos moradores em débitos com o condomínio. Alexandre explica que com a nova lei eles podem participar normalmente – inclusive em sorteio de vagas de garagem. Os presentes também perceberam a importância da pauta nas reuniões. Quanto mais específica e sucinta, melhor. E alertou ao cuidado para que a pauta do dia seja redigida e divulgada com a maior clareza possível, para não cometer injúrias com ninguém. Uma dúvida comum é sobre o uso de uma área comum do condomínio como se fosse privativa. O condômino que quiser pode usufruir desse benefício, desde que o mesmo seja votado por unanimidade pelos demais condôminos. É claro que neste caso, ele pagará mais pelo condomínio. E quanto a quem deve o condomínio? Alexandre explica que isso é um direito de todo condômino, previsto pela lei. Se ele atrasar cota conPortal dos Condomínios . Set/Out 2011

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Antônio Carlos, do Condomínio Orion, recebendo prêmio

Cleber Palma - do loteamento residencial Malota

João Cardoso, do Canto da Natureza e, a direita, Rose, da Simonetti

Laura Aiumi Tani – Cond. Garden Resort

Ao centro o síndico profissional Wagner Carpi com o palestrante Alexandre e a equipe da Impacto - Patrícia, Sebastião e Sérgio

Opinião Neusa Libódominial, o morador vai pagar juros de mora com a correção rio Sutti (síndimonetária e juros vigente no período. ca do Morada E falando em polêmica, o palestrante tocou em um ponto dos Deuses e importante, que é uma dúvida corriqueira entre os síndicos: do Mercadão cobrar judicialmente ou protestar a dívida? A sugestão é da Cidade) “É um evento muito imporsempre protestar; mas atenção para protestar somentante por conta da troca de informações, te com quem vale a pena. Há casos de pessoas com principalmente por pessoas especializadas que tantos processos, que um protesto a mais não fará dão assessoria na área. Os conflitos existem e são diferença. vários, pois além da parte administrativa, a maior Outro ponto que gerou muitas dúvidas foi dificuldade que o síndico tem é administrar pessosobre o condômino antissocial. “Quem é o conas; o ser humano é o mais complicado. A palestra foi dômino antissocial? Aquele que paga as mulmuito importante, pois além de as pessoas se relaciotas por infração, mas continua indo contra as narem com os outros síndicos, há a troca de informaregras do condomínio”, explica o advogado. ções e conhecimento das dificuldade dos outros conPorém este não pode ser expulso. A dica é domínios. Cada condomínio é uma realidade, então é usar das multas e intimações até que o mesque nem uma empresa. É muito importante essa promo seja reeducado. fissionalização do síndico, já que tem muitas pessoas Algumas perguntas dos síndicos foram que acham que é fácil. O síndico é como se fosse um relacionadas a problemas de arquitetura do prefeito de uma pequena cidade. Ele tem que adminisprédio. Caso o problema do síndico seja trar os conflitos, os problemas administrativos, físicos, com a construtora, é preciso acionar imede estrutura, etc. Ainda bem que existem o síndico e os diatamente a mesma, já que é bem provável prestadores para colocarem ordem. que ela prorrogue no máximo o prazo para consertar o erro. Essas complicações são Rosemary da Silva chamadas de ações de vícios construtivos. (diretora administrativa Dificilmente alguma construtora ganha uma da Simonetti) “O evento ação desse tipo movida pelo condomínio. é importante para agregar Alexandre Augusto Ferreira Macedo Marconhecimento nas pessoas e ques encerrou a palestra respondendo pergunnos próprios síndicos, já que tas específicas dos participantes. As brincadeiras a administração dos condomínios hoje está muito e a maneira leve de tratar os assuntos – mesmo complicada, porque a gente trabalha com pesos delicados, agradaram a todos que participaram soas de diversas culturas e níveis sociais, endo evento.

tão é importante o síndico ter um apoio cultural, de conhecimento, de inovações para poder aplicar no próprio condomínio.” Cristiane Generoso (gerente administrativa do Cond. Villaggio Capriccio, de Louveira-SP) “Temos poucos eventos neste sentido de condomínio e este foi muito importante. Ele (Alexandre Marques) é muito animado e a palestra passa e você nem percebe. Tirou todas as dúvidas com clareza; quanto mais eventos desse tipo, melhor. A profissionalização do síndico foi engrandecida com essas palestras. De grão em grão vamos fazendo uma grande obra.” Tânia Penteado (síndica do Residencial Vila D’Este) “A palestra foi ótima. É um evento que deve acontecer mais vezes porque é algo construtivo para os síndicos, principalmente agora que estou participando de uma Associação de Síndicos no Jardim Bonfiglioli e eu acho que isso faz com que nos traga conhecimento, para que possamos crescer nessa área de síndicos e também nos socializarmos. O síndico tem que estar sempre se atualizando para poder passar coisas novas aos moradores também. E principalmente saber lidar com todas as situações que acontecem nos condomínios.” Portal dos Condomínios . Set/Out 2011

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VIVER EM

CONDOMÍNIO

A responsabilidade do síndico na manutenção de telhados e para-raios Com a chegada do final do ano começa o período de chuvas e em virtude disso, entre várias situações, duas devem ser priorizadas pela administração condominial: a manutenção dos telhados e dos pararaios. Estas manutenções por muitas vezes são esquecidas e somente costumam ser lembradas quando causam problemas, como por exemplo, infiltração das águas das chuvas e descargas elétricas provenientes de raios. O Código Civil em seu artigo 1.348 no inciso V determina quais são as atribuições do síndico, mais precisamente: “diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns e zelar pela prestação dos serviços que interessem aos possuidores”, desta forma o síndico é legalmente responsável pela manutenção de toda a edificação, podendo responder civil e criminalmente em casos de acidentes por qualquer tipo de prejuízo causado pela sua omissão ou negligência. Assim, com relação aos telhados, uma vez que são eles que protegem a estrutura superior dos prédios, deverá a administração condominial realizar uma inspeção periódica por meio de empresas especializadas, pois quando da ocorrência de chuvas constantes, caso exista a devida falta de manutenção poderá ocasionar infiltrações atingindo principalmente os condôminos cujos apartamentos ficam no último andar e com isso poderá surgir a responsabilidade do condomínio em reparar os danos sofridos por estes condôminos, e, em último caso, a responsabilidade pessoal do síndico em reparar os prejuízos do condomínio, se comprovada sua omissão ou negligência! Portanto, é imprescindível que seja feita a manutenção periódica verificando estrutura, limpeza das calhas e rufos. Atualmente, com o aumento do volume de chuvas e concentração de sua incidência, alguns condomínios estão redimensionando suas

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calhas e o sistema as pessoas que circulam pelo condomínio no momento da queda de raios. de escoamento de Quando um raio atinge um edifício protegido, a descarga elétrica percorre águas pluviais. o para-raio, atinge o sistema de cabos e segue até atingir o solo. Sem a proUm detalhe que teção, ou com projeto inadequado, o raio pode danificar a estrutura do deve ser salientado é edifício e percorrer as instalações elétricas chegando à tomada dos apartano caso de prédios que mentos. A falha do SPDA também põe em risco os condôminos que espossuem apartamentos tiverem circulando pelas dependências do condomínio no momento da de cobertura, pois quanqueda do raio. do o acesso é exclusivo do A fiscalização do sistema de para-raio nos condomínios é realizada proprietário da unidade, pela municipalidade e, no caso da cidade de Jundiaí, a Lei Complemensomente ele é o responsátar nº441/2007 disciplina a especificação quanto à característica de vel, não só pela manutenção para-raios em edificações e dá providências correlatas. periódica do telhado e piso da Um detalhe importante a ser informado é que na ocorrência cobertura, como também pede situações como as infiltrações oriundas dos telhados e da não los reparos que devem ser feitos eficiência do sistema de para-raios, pode refletir na questão do em caso de algum estrago, inclusive seguro do prédio, pois a apólice pode cobrir ambas as situaem outro apartamento que apresente ções, mas se a seguradora comprovar a falta de manutenção infiltrações ou defeitos derivados de proregular, isso poderá obstar o pagamento da cobertura pela blemas no telhado ou piso da cobertura. No seguradora. entanto, quando a cobertura não é particular * Carlos Eduardo Quadratti, e sim considerada uma área comum do conadvogado especializado em domínio, como, por exemplo, um local de lazer, a condomínio e direito imobiliário, responsabilidade pela manutenção e reparos é toda jornalista inscrito no MTB 0062156SP do condomínio. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais * Reginaldo Moron, advogado espe(INPE), o Brasil é um dos países com maior incidência de raios cializado em condomínio e direito no mundo, cerca de 70 milhões de ocorrências por ano, sendo imobiliário, jornalista inscrito no que a intensidade é maior no período de chuvas. Por isso, é imporMTB 0062182SP tante saber como se proteger desse risco. Portanto, no topo dos prédios é importante a existência do para-raio ou Sistema de Proteção contra Descargas AtSe o leitor mosféricas (SPDA), que deve estar dentro da norma NBRainda tiver dúvi5419/01 da Associação Brasileira de Normas Técnicas das ou desejar sugerir (ABNT) e deve ser inspecionado tecnicamente por novos assuntos para aboruma empresa especializada e emitida a Anotação dagem desta coluna, poderá ende Responsabilidade Técnica (ART) que deve ser caminhar e-mail para o endereço esperenovada anualmente a cada manutenção. cialmente criado para esta finalidade: O para-raio protege a estrutura do edifíviveremcondominio@condominioemrevista.com.br cio contra as descargas elétricas, bem como


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PORTAL DEBATE

Espaço para dúvidas e perguntas do seu condomínio

Daniela Mendes

Na edição passada a revista Portal dos Condomínios iniciou o projeto “Portal Debate”, no qual qualquer pessoa moradora de condomínio poder enviar suas perguntas, dúvidas e questionamentos para a redação. Uma equipe de consultores, formada por advogados, psicóloga, técnico em manutenção residencial e síndico profissional faz a análise e coloca a solução disponível para todos os leitores da revista. A participação está acontecendo e o objetivo está sendo alcançado, com a troca de informações e dúvidas entre os condomínios de Jundiaí e região. Participe você também enviando a sua pergunta!

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José Domingos Franjotti, subsíndico do Residencial Villa D’este: Pretendemos divulgar, apenas para os moradores, uma planilha com os nomes de todos os moradores do nosso edifício. Entendemos que esta é uma obrigação da Administração e um direito dos moradores conhecerem os demais membros da comunidade condominial. O que vocês acham? É legal tal providência? Portal Debate: Todo ano é necessário atualizar o cadastro dos proprietários e moradores. Nesse mesmo formulário é conveniente colocar quais dados ele autoriza ser divulgado somente aos outros moradores, desta forma não haverá problemas. Podemos citar ainda o entendimento do nobre jurista Orlando Guimaro Junior: “A utilização de expedientes vexatórios ou constrangedores, tais como proibição da utilização de determinados serviços constantes do condomínio, afixação de rol pessoal de inadimplentes, com o nome dos devedores e não apenas mera indicação das unidades, etc, dentre outras me-

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didas que, se conseguem por vezes “estimular” o condômino a cumprir forçosamente seus deveres, terminam também por denegrir sua imagem perante todos, ferindo sua dignidade e sua honra. Constatado eventual excesso contra seus direitos de personalidade, poderá a pessoa que sentir prejudicada exigir que o Judiciário avalie se os deveres do condomínio atingiram direitos individuais, estipulando medidas tendentes a sustar práticas tidas como constrangedoras, e arbitrando mesmo indenizações.” Paulo Esteves, gerente do Condomínio Morada do Japy: Tenho uma dúvida em relação de eleição de um novo síndico. Chegada a hora de apresentar os novos candidatos a eleição de síndico eis que um inquilino novato e sem procuração do proprietário referente a unidade levanta a mão. Perante o código civil de 2002 ele pode ser candidato? Portal Debate: Segundo o artigo Art. 1.347 do Código Civil ora em vigor, “ A assembleia escolherá um síndico, que poderá não ser condômino...” portanto, a legislação autoriza inclusive que o síndico seja pessoa estranha ao condomínio e sequer resida junto a comunidade condominial, podendo ser inclusive pessoa jurídica, no entanto devemos observar a convenção do condomínio que pode disciplinar as condições a se observar para que alguém ocupe a função de síndico. Laura Aiumi Tani, síndica do Garden Resort: Resido em um condomínio horizontal - são 312 casas e a velocidade máxima permitida é de 20

km/h. Como posso multar um condômino infrator sem ter câmera ou radar de velocidade? Já tive situações em que fui ameaçada com uma ação por calúnia (a moradora estava há uns 60 km/h, segundo testemunhas, e alegou estar a 15 km/h). Em outra situação o condômino infrator, ao receber a multa, sarcasticamente falou: duvido você provar... Estou de mãos atadas? Portal Debate: Em termos, pois seria difícil provar e aferir a velocidade trafegada pelo condômino, pois necessitaríamos de um radar fixo ou móvel, porém, 20km/hora é uma velocidade muito baixa, perceptível ao olhar humano, qualquer excesso é evidentemente visível. Questão complexa e deve ser provada por testemunhas que não sejam o vigilante, porteiro ou outro funcionário do condomínio. Deve-se buscar o testemunho de outro morador, pois o condômino pode alegar a perseguição deste ou daquele funcionário do condomínio. Uma alternativa seria a instalação de uma câmera de CFTV, mas devemos lembrar que a câmera não é apta para aferir velocidade e sim registrar o comportamento que pode indicar uma infração de velocidade, ou ainda mais reforçar a afirmação das testemunhas. Dorival da Silva Camargo, zelador do Condomínio Edificio Marrakech: Quando um apto recebe ordem de corte no fornecimento de energia elétrica, qual a atitude correta a ser tomada pela portaria: permite a entrada e execução do trabalho com ou sem a presença do morador da unidade a sofrer o corte ou proíbe a entrada para tal fim? Qual é o respaldo legal nesse caso?


DEBATE

Portal Debate: Recomenda-se o contato com o morador, pois este pode já ter pago sua conta e o corte lhe causaria prejuízo que poderia ser atribuído ao condomínio. Em caso positivo, pedir para que ele se dirija a portaria para apresentar ao funcionário da concessionária para que não seja cortado. No entanto ressaltamos que o equipamento de medição de consumo geralmente é de propriedade da concessionária e geralmente está instalado em área comum, por tanto, não cabe ao condomínio obstar o trabalho da concessionária de energia elétrica. Ademais o corte de fornecimento de energia está expressamente previsto pela Portaria n.º 222 de 22/12/1987 do Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica, sendo assim, o síndico não pode impedir a entrada da CPFL para corte de energia de um apartamento, sob pena do condomínio respon-der por perdas e danos.

É FÁCIL PARTICIPAR Envie sua pergunta para contato@condominioemrevista. com.br ou mande uma carta para Rua Bela Vista, 650 – Bela Vista – Jundiaí-SP – CEP: 13207-780. Qualquer dúvida, entre em contato através do tel.: 11 45222142.

Daniela Mendes

PORTAL

A equipe Portal Debate da esq. para dir. Fernando Fernandes (síndico profissional), André Schuler (técnico), Melícia Geromini (psicóloga), Carlos Eduardo Quadratti (advogado), Newton Nery F. de Sousa Neto (advogado) e Reginaldo Moron (advogado).

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Capa

shutterstock - Petr Mašek

perigo Que vem dos céus

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Por Renato Góes Em março de 2006, José Vitorino, que na época era zelador de um condomínio de prédios do bairro de Eloy Chaves, em Jundiaí, testemunhou a força de destruição de um raio no local onde trabalhava. É verdade que ele não estava presente na noite do ocorrido, o que ele conta são relatos de alguns moradores que estavam acordados naquela fatídica madrugada. Mas ele pode presenciar de perto os estragos causados pelo raio não só nos apartamentos, mas em quase toda parte elétrica do conjunto residencial. De acordo com ele, algumas pessoas viram um imenso clarão vindo da Serra do Japi, reserva florestal vizinha ao condomínio. A força foi tamanha que atingiu todos os 16 prédios. Na manhã seguinte, ao chegar ao trabalho Vitorino se

deu conta do enorme prejuízo. Todas as placas dos elevadores estavam queimadas, assim como o sistema de vigilância, o transformador principal, a antena coletiva e até as bombas hidráulicas que estavam ligadas. Isso sem falar dos moradores. De acordo com o zelador, “o pessoal perdeu TV, geladeira, DVD, computador. O prejuízo foi de R$ 120 mil. Ainda bem que estava tudo segurado”. Essa história serve para ilustrar uma situação que poderia acontecer em qualquer condomínio brasileiro, afinal de contas nosso país é um dos com maior incidência de queda de raios no mundo. A região Sudeste lidera nosso ranking interno, principalmente os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. É o que apontam dados do Grupo de Eletricidade

Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas (INPE). Cidades desses dois estados despontam como as com maior incidência de queda de raios por km², de acordo com ranking divulgado no portal da entidade (www. inpe.br/elat). É verdade que Jundiaí não figura entre as “preferidas” dos raios, já que ocupa o 275º lugar no ranking paulista e 1202º no brasileiro. Principalmente se comparada à cidade de São Paulo (11º lugar no estado e 19º no Brasil) e mesmo a vizinha Vinhedo (74º e 410º lugares respectivamente). Mas todo cuidado é pouco, principalmente pelo crescimento urbano e vertical que se tem testemunhado nos últimos anos no município. Segundo Carina Schumann, mestranda do INPE, “pesquisas já indicaram visíveis aumentos de incidência de raios em áreas urbanas. Essa maior incidência de raios está relacionada ao aumento de temperatura,

“Nosso país é um dos com maior incidência de queda de raios no mundo. A região Sudeste lidera o ranking”

Gladys Regina de Paula

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Cuidados na instalação

Rodrigo Góes

fenômeno conhecido como ‘ilha de calor’, e de poluição nos centros urbanos”. Portanto, motivos não faltam para dar mais atenção a esse importante item de segurança de seu condomínio.

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Para instalar um sistema de para-raio eficiente, não basta comprar uma haste de metal com fio de cobre e pendurar no alto de um prédio. Na verdade é necessária a participação de um engenheiro elétrico na criação de um Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA). É feita toda uma análise do projeto da edificação, onde se busca a melhor condição de proteção contra raios. São levados em conta o comprimento, a largura, a altura e o nível de proteção que se enquadra o imóvel. De acordo com Evaldo Sérgio Campos dos Santos, engenheiro elétrico e especialista em SPDA, “a confiabilidade do sistema é fundamental, pois um sistema ineficiente gera uma falsa expectativa. As pessoas acham que estão protegidas, mas na realidade não estão. Um sistema inadequado não vai atuar como deveria e não garante segurança às pessoas nem à edificação onde ele está instalado”. Essa análise vai dizer se é necessária apenas a instalação do para-raio tipo Franklin, uma

haste metálica de quatro pontas, ou Gaiola de Faraday, uma cerca de cobre ou alumínio que cobre todo o perímetro do edifício. Em alguns casos é necessária a instalação dos dois. D e n t r o “O sistema de deste contexto, proteção não vai Evaldo dá um exemplo interes- impedir que um raio sante. “Imagine atinja a estrutura do uma edificação com a gaiola edifício. Na verdade de Faraday, mas ele cria um caminho que tem uma para que a corrente antena de TV elétrica possa ou uma escada metálica acima fluir o mais rápido da malha de possível ao solo” aterramento da gaiola. Com isso se faz necessária a instalação do Franklin, pois elimina a possibilidade da descarga de atingir primeiro a antena e posteriormente a gaiola”, afirmou. Por essas e outras que a instalação do SPDA deve ser bem analisada. Vale lembrar que o sistema de proteção não vai impedir que um raio atinja a estrutura do edifício. Na verdade ele cria um caminho para que a corrente elétrica possa fluir o mais rápido possível ao solo, impedindo danos na parte elétrica


Distribuição gratuita Ano 01 . Nº 04 Set/Out de 2011

Prevenção, cuidados e o sonho das sacadas gourmet

sacadas conectadas com a

tamento de Projetos da F. A. Oliva, os moradores

cozinha.

precisam estar atentos ao sistema de escoamento

As sacadas gourmet já

da fumaça das churrasqueiras. O exaustor deve es-

se tornaram uma tendência

tar sempre ligado, ou seja, toda vez que houver um

de mercado, visto que atual-

churrasco, deve-se avisar o zelador, já que é ele que

mente as pessoas buscam ter,

opera o equipamento. Caso o comprador tiver al-

ao mesmo tempo, segurança

gum tipo de problema, ele deve procurar a emprei-

Por Vivian Lourenço

e possuir uma área de lazer exclusiva para os fa-

Local pequeno onde é difícil reunir a família ou

miliares e amigos, sem ser aquela área comum dos

Quem obtém uma sacada gourmet também

os amigos. Essa poderia ser a atual descrição dos

condomínios, explica Thiago Zeita, da Mediterrâneo

precisa ter bom senso. Se uma pessoa compra um

apartamentos, principalmente agora com a oti-

Imóveis.

apartamento com varanda gourmet, ela deve estar

teira para que esta faça a manutenção necessária.

mização do espaço e sua valorização imobiliária.

E para quem pensa que o tamanho das saca-

preparada para conviver com a confraternização

Mas existe uma solução para este problema, que já

das impede as pessoas de adquirirem esse conforto,

dos vizinhos, o que significa suportar o barulho e

caiu no gosto popular e anda dominando os lan-

se engana. O desejo pessoal de conseguir reunir

o aroma de churrasco. Por outro lado, quem recebe

çamentos. As varandas (ou espaços) gourmet são a

amigos e familiares dentro do conforto do lar faz

os amigos em casa também deve respeitar e evitar

melhor maneira de aproveitar um local muitas ve-

com que esse diferencial seja um dos mais procura-

exageros.

zes deixado de lado pelos moradores. Antigamente

dos, principalmente entre os empreendimentos de

as varandas eram apenas usadas como enfeites,

alto padrão.

Além de todos esses cuidados, o morador precisa ficar atento também ao tipo de material que é

Apesar de toda comodidade e eficiência das

usado para fazer esse fechamento, já que existem

sacadas gourmet, os moradores precisam ter alguns

dois tipos de vidros. As diferenças entre os vidros

Em Jundiaí-SP, as primeiras sacadas gourmet

cuidados, como não deixar nada que seja inflamável

vão desde o preço final até características peculia-

eram as churrasqueiras de varandas e começaram

perto do local onde haverá fogo. Por isso, atenção

res, como o processo de fabricação, duração em

a ser construídas na cidade há seis anos. Como a

a objetos de decoração como cadeiras de plástico,

caso de incêndio e o tipo de ambiente em que eles

procura por esse novo ‘adereço’ aumentou, ar-

panos e mesas. Geralmente o próprio condomínio

serão utilizados.

quitetos e decoradores começaram a planejar e es-

deixa no hall de entrada dos apartamentos um avi-

truturar melhor esses espaços. Ou seja, surgiram as

so sobre os cuidados que essa área deve ter.

que continham plantas ou cadeiras. Mas esse conceito mudou.

varandas com espaço gourmet que são na verdade

Segundo a arquiteta Eliana Parrillo, do Depar-

Segundo Fabiano Carreiras, diretor técnico da Bleve Engenharia de Incêndio, os vidros corta-fogo e corta-chamas são para outros fins de utilização, não sendo necessários para este tipo de fechamento. Porém, o fechamento só poderá ser realizado obedecendo-se alguns critérios importantes da norma do Corpo de Bombeiros. Ou seja, nas edificações exclusivamente residenciais podem ser fechadas com vidros de segurança, desde que sejam constituídos por materiais de acabamento e revestimento incombustíveis. O morador que deseja fazer esse tipo de fechamento, não precisa optar pelo vidro corta-fogo ou corta-chamas, relativamente mais caros. Fabiano explica que pode ser utilizado dois tipos de vidro, o laminado ou o temperado, desde que a distância de 1,20 metros entre o peitoril e a verga seja respeitada. Lembrando que todo fechamento de sacada deve possuir um projeto, aprovado pelo Corpo de Bombeiros. O maior benefício dessas sacadas, além de ter um lugar aconchegante para reunir família e amigos e manter um bom nível de privacidade, é que ela pode ser aplicada em qualquer tipo de imóvel,

Espaço gourmet do Cond. Anita Garibaldi

basta o morador seguir as regras da assembleia, observando o quorun conforme a necessidade do condomínio.





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A importância da manutenção Para compreender melhor o tema, a equipe da revista Portal dos Condomínios acompanhou de perto o trabalho de Milton Vieira, técnico responsável da M.Duran, empresa especializada em para-raios. Ainda no andar térreo do edifício, ele nos mostra o caminho do fio de cobre vindo do teto até a caixa de dispersão, mais conhecida como aterramento, onde a energia do raio é dissipada. No caso desse prédio, ele contava com os dois tipos de para-raios, o Franklin e a Gaiola de Faraday. Subimos até o topo do prédio para conferir de perto como esses dois sistemas funcionam. Durante o trajeto, Milton comenta que “a Gaiola de Faraday acaba sendo um complemento ao Franklin. Muitas vezes a pancada de um raio é tão forte que não é absorvida totalmente pelo Franklin. A Gaiola de Faraday, que cerca todas as pontas da edificação, absorve essa energia excedente. O nome gaiola vem exatamente dessa função de prender a energia do raio que não foi absorvida pelo para-raio mais tradicional”. Na visão dele, o Franklin seria o captador e o Faraday a contenção. “O ideal é ter os dois instalados no prédio. Hoje em dia, cerca de 60% dos edifícios já perceberam a importância e instalaram a gaiola”. Com vários anos de experiência na área, ele afirma que a maior parte dos condomínios não dá a devida atenção ao SPDA,

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principalmente quanto a sua manutenção. “Quando um para-raio não está limpo, está oxidado, a condutividade é menor. Quanto mais ele estiver limpo, maior a chance dele funcionar, apesar de sempre ocorrer o risco de queimar alguns equipamentos. O pararaio, ao contrário do que as pessoas pensam, ele não impede que queime os aparelhos, mas evita que se queime tudo. Tudo depende do estado em que ele se encontra. Quanto mais limpo, menor o risco”. Para exemplificar bem o que pode acontecer caso um raio caia sobre um SPDA que não estiver em dia com a manutenção, ele comenta algumas possibilidades que se enquadram perfeitamente na história que abriu essa reportagem. “Há um grande risco de se queimar placas de elevadores, que são caríssimas e vão de 10 a 15 mil reais. Placas de ramais de interfones também. Geralmente se queima a placa central, o que gera um custo de 4 mil reais, ou se queima algu-

shutterstock - LukaTDB

do imóvel. “Não se pode precisar o risco, no caso do sistema de para-raios inadequado ser utilizado. Se a descarga que atinge um pararaio não for conduzida de forma segura ao solo, ela pode gerar centelhamentos perigosos dentro da edificação e pequenas descargas ou arcos elétricos que podem causar choques, incêndios ou queima de equipamentos eletroeletrônicos”, disse o engenheiro. De acordo com o advogado sócio da Quadratti e Feodrippe Sociedade de Advogados, Newton Nery Feodrippe de Sousa Neto, “o SPDA deve estar dentro da norma NBR5419/01 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Ele deve ser inspecionado tecnicamente por uma empresa especializada e emitida a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) que deve ser renovada anualmente a cada manutenção. A fiscalização do sistema de para-raios nos condomínios é realizada pela municipalidade e, no caso da cidade de Jundiaí, a Lei Complementar nº441/2007 disciplina a especificação quanto à característica de para-raios em edificações e dá providências correlatas”.

Renato Góes


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Dois modelos de para-raio instalados: Franklin e a Gaiola de Faraday. As antenas de TV estão corretamente instaladas abaixo do para-raio Franklin

mas placas que irão dar futuros problemas no condomínio, com alguns interfones funcionando e outros não. Além disso há o risco de queimar as fechaduras eletrônicas e qualquer equipamento eletrônico que estiver conectado na tomada no momento da queda”, disse. Milton arrisca dizer que 95% dos prédios podem até estar por dentro das normas da ABNT, mas é quase certo que todos apresentam algum tipo de falha. “No prédio em que visitamos”, ele diz, “a tampa de metal da caixa de água não estava protegida. Metal e água são grandes condutores elétricos, daí você vê o risco que um prédio corre. A manutenção preventiva não protege somente os aparelhos eletrônicos. Protege também a vidas das pessoas que vivem no condomínio, que é o mais importante”.

De olho no seguro A instalação inadequada ou má manutenção do SPDA podem causar uma dor de cabeça e tanto para o condomínio, não só pelo prejuízo na parte elétrica do conjunto residencial, mas também quanto à cobertura do seguro do imóvel. É o que afirma Fábio Carbonari, perito de seguros há 34 anos, físico e

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professor da Escola Nacional de Seguros - Funenseg - SP. De acordo com ele, existem três casos em que há risco do sinistro não ser aceito. “O primeiro caso é quando o raio cai fora da área delimitada pelo risco segurado, mas a tensão percorre os cabos externos e entra no edifício sem que os sistemas de proteção atuem de forma eficaz. Neste caso se diz que ocorreu ‘Dano Elétrico’ e caso o segurado não tenha contratado a cobertura específica, ficará sem cobertura”. O segundo caso é quando a apólice de seguro especificar que a cobertura de queda de raio deverá ser contratada à parte, de forma adicional, e o segurado não a contratar. O terceiro caso se enquadra perfeitamente na questão da manutenção discutida anteriormente. Mesmo se o seguro for contratado corretamente e o raio cair dentro do risco segurado, existe a possibilidade do seguro não ser pago para o condomínio. “Se o segurado, de forma grave, não atender as normas exigidas, poderá incorrer no que chamamos de ‘culpa grave’, que na legislação se equipara ao ‘dolo’ definido por ‘ato ou omissão grave, com a intenção de causar dano’. Nós sabemos que esse não é o desejo dos moradores ou do

síndico, mas a lei é madrasta, gerando assim a dispensa da obrigação de pagar por parte das seguradoras, já que em todas as apólices o dolo do segurado é risco excluído”, alerta Carbonari. Ele demonstra conhecimento de causa ao afirmar que “Uma das obrigações a maioria do síndico, conforme dos síndicos e moradores determina o Código desconhece Civil, é que ele legaltais normas mente é responsável e também que não repela manutenção de alizam as toda a edificação, manutenpodendo responder ções preditivas e prevencivil e criminalmente tivas em seus em casos de acidentes“ SPDA’s. De acordo com o perito, “as seguradoras condicionam que os edifícios atendam as normas emanadas pelos órgãos públicos e os fiscalizadores, podendo ocorrer perda do direito à indenização se tais normas não forem seguidas, o que é normalmente apurado quando há ocorrência dos sinistros”. Ele ainda completa:


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“vemos que os moradores não respeitam os topos dos prédios, pois a altura dos pararaios tipo Franklin ou mesmo os para-raios do tipo Faraday devem estar acima dos pontos mais atos do edifício, para que captem os raios antes que atinjam qualquer outra parte do edifício, e os síndicos autorizam ou até mesmo instalam antenas coletivas, antenas parabólicas e outras que ultrapassam a altura de cobertura dos para-raios e assim estes deixam de realizar a proteção a que foram destinados”. Na opinião do advogado Newton Nery Feodrippe de Sousa Neto, “uma das obrigações do síndico, conforme determina o Código Civil em seu artigo 1.348 no inciso V é que ele legalmente é responsável pela manutenção de toda a edificação, podendo responder civil e criminalmente em casos de acidentes por qualquer tipo de prejuízo causado pela sua omissão ou negligência. Ou seja, o síndico deve anualmente mandar fazer a inspeção no sistema de para-raios”. Segundo ele, “na ocorrência de não eficiência do sistema de pára-raios poderá refletir na questão do seguro do prédio, pois a apólice pode cobrir esta situação, mas se a seguradora comprovar a falta de manutenção regular isso poderá obstar o pagamento da cobertura pela seguradora”. No detalhe o para-raio Gaiola de Faraday


SAÚDE

shutterstock - CLIPAREA

Ergonomia

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Quer sugerir algum tema? Envie mensagem para saude@condominioemrevista.com.br Você terá um atendimento exclusivo com o fisioterapeuta Neto Aiello

Por Neto Aiello - Fisioterapeuta Nos dias atuais muito se houve falar em ergonomia, ginástica laboral, LER, DORT, inúmeras terapias e técnicas voltadas para saúde nas empresas. Porém o que muitas pessoas não sabem é que em nossas casas a ergonomia também é muito importante, e seus hábitos caseiros podem ter efeitos em seu trabalho ou na vida cotidiana. Você, caro leitor, deve estar se perguntando: mas onde se encaixa a ergonomia em meu doce lar? Algumas queixas frequentes, como dores nas costas, dores de cabeça, dores nas pernas e braços, dores no pescoço, podem estar ligadas aos fatores ergonômicos dentro de nossas casas. Um grande problema encontrado em nossas casas é que muitas das medidas que temos nas construções acabam sendo tamanho padrão, de altura de pia, maçaneta, tomadas, cadeiras, mesas, sem levar em consideração o biótipo das pessoas que habitarão o local. Certo que muitas dessas coisas são difíceis de se aplicar, pelo alto custo e pela desvalorização que isso possa causar ao imóvel. Entretanto há outras bem mais simples e eficazes, de fácil aplicação e que são as que mais utlilizamos diariamente. Dormir na cama O colchão deve ter a densidade (valor que relaciona peso e área) de acordo com o peso e altura da pessoa. Na prática quanto maior a densidade mais firme é o colchão. A postura adequada para um sono saudável é deitar-se de lado. O travesseiro deve preencher a área entre o ombro e a cabeça. Abraçar um travesseiro acomoda melhor os braços e permite melhor equilíbrio do tronco e

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em seu doce lar conforto ao dormir. Colocar um travesseiro entre os joelhos alinhando-os ao quadril e coluna, melhora o relaxamento muscular. Outra opção é dormir de barriga para cima. Para dormir corretamente nessa posição é necessário que o travesseiro não seja alto, nem baixo demais, de forma a sustentar a cabeça junto ao corpo respeitando a curvatura natural da coluna cervical. Para evitar o aumento da lordose lombar é importante o uso de um travesseiro embaixo dos joelhos. Deixar os braços relaxados ao lado do corpo ou sobre o abdome, nunca elevados ao lado da cabeça. Com esses cuidados você permite que sua coluna fique na posição neutra, facilitando o relaxamento da musculatura. Assistir TV Deitado, jamais. Assistir TV deitado é procurar dores no pescoço com probabilidade de lesões. No sofá, cuidado! Você já se viu assistindo TV? Senta direitinho, aí começa a escorregar, cai para o lado acaba deitando com a cabeça no braço do sofá, relaxa e passa a noite inteira assim dormindo de maneira inadequada. Também precisamos

ficar atentos com a distância da televisão, para evitar fadigas (cansaço visual) que podem provocar até dores de cabeça. Não existe uma norma que possa seguir a risca a distância da TV, também variando de acordo com o tamanho e modelo do aparelho. As vezes consultar o manual ou entrar em contato com o fabricante ajuda com a informação adequada. Por isso procure sempre usar o bom senso na hora de comprar e assistir ao seu programa predileto. Ler e estudar Esta é outra tarefa que nunca deve ser feita deitado. É pior do que assistir TV. O correto é sentar com apoio sob os braços, luz adequada com pausas para diminuir a estaticidade muscular e descansar os olhos. Afinal, livro não tem intervalo comercial. Usando computador Quem aqui presta atenção na sua postura quando esta usando o computador? Quem mais sofre com essa falta de cuidado é nossa coluna e braços. Os computadores por terem alguns itens

a mais e exigir uma interatividade maior está entre os maiores vilões de nossas dores devido a má postura. O monitor deve se regulada para que o topo da tela fique na altura dos olhos (mantendo a coluna ereta) e uma distância equivalente ao comprimento de seu braço. A cabeça e pescoço devem serem mantidos em uma posição reta e os ombros relaxados. O encosto da cadeira deve dar um bom apoio a região lombar e um superto para as costa. Manter os antebraços, punhos e mãos em linha reta (posição neutra do punho) em relação ao teclado e os cotovelos junto ao corpo, em um ângulo aproximado a 90º. Manter um espaço entre as dobras dos joelhos e a extremidade final do acento da cadeira; mantendo um ângulo de 90º ou superior para as articulações do quadril e joelhos. Manter os pés apoiados no chão ou, quando recomendado, usar descanso nos pés. Algumas mudanças simples fazem toda diferença em nossa qualidade de vida, sanando dores que surgem, sem motivo aparente, para nos incomodar. Mude algum de seus hábitos e tenha uma vida mais feliz e saudável.

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UTILIDADES DOMÉSTICAS

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EDUCAÇÃO

Jogando com time completo Carlos José Silva Borges Comunicação | Colégio Divino Salvador Se você deseja ser um bom jogador de basquete, você precisa treinar, se esforçar, procurar um bom time e continuar se dedicando. Se você quer ser uma grande médica, o mesmo, só que agora, buscando uma boa universidade e se estruturando para uma atuação responsável e eficaz. Poderíamos citar centenas de exemplos, mas entre todos os casos há semelhanças: fazer bem a sua parte, escolher bem os profissionais que vão completar sua formação e continuar ajudando todo o processo são partes essenciais do seu sucesso pessoal e profissional. Vamos agora pensar no que vem antes de tudo isso: o comprometimento pela educação, que envolve ensino e formação humana, que começa e continua na família, que tem participação valiosa do colégio e dos educadores e tem relação direta com o educando. No entanto, também nessa parte, família, colégio e educadores têm sim um grande poder de interação, incentivando crianças e jovens na busca do co-

nhecimento e do desenvolvimento dos valores humanos. A educação que começa e continua em casa é um grande desafio, pois as interferências dos universos sociais, econômicos e culturais da atualidade, muitas vezes tendem a dificultar a implementação e a vivência de práticas tão importantes quanto o diálogo, a união, a solidariedade e diversas outras interações saudáveis. No entanto, é preciso superar essas interferências. A educação dentro da família, enfim, estruturar o tempo e as ações em prol desse cultivo deve ser prioridade. E bem cuidados, os frutos tendem a ajudar em cada um dos desafios que atrapalham o cotidiano e a vida de todos. Quebrar esse ciclo de empecilhos e da falta de tempo vai trazer ótimos resultados! Agora vem a escolha de um bom colégio. É muito importante que os pais visitem a instituição, vejam a proposta educativa, se informem da experiência dos educadores, questionem sobre os valores defendidos, pesquisem a história dessa escola, sua reputação e seu papel hoje na comunidade. É vital se dedicar sim nessa pesquisa, indo muito além de rankings, comparação simples de valores ou da opinião do vizinho. É preciso conhecer bem, já que essa decisão pode interferir na

vida dos seus filhos, para sempre. E quanto ao educando, saiba que, desde criança e a qualquer momento da juventude, é possível ajudá-lo no gosto pelo aprendizado e por fazer as coisas certas. Cada um tem as suas particularidades, mas interagir no momento certo e da forma adequada faz sim muita diferença. Vai chegar o dia em que ele entenderá que tem um papel fundamental no seu futuro, que precisa fazer a sua parte, se dedicar aos estudos, resistir às interferências negativas, se comprometer com o seu crescimento. Bem amparado, terá todas as condições para conquistar os seus sonhos. E sempre há tempo para reajustar, melhorar e retomar o caminho certo. Conversem, procure o colégio, façam todos uma parceria para um bom curso da educação... família, colégio e educando formam um time completo! Agora é momento de aprender! As conquistas valem o esforço!

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BEM-ESTAR

Místico atraente

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Por Vivian Lourenço Difícil entrar em uma residência e não observar qualquer tipo de planta. Seja um vasinho de flor ou algo mais sofisticado. Além de servir como um importante item de decoração, algumas plantas também têm significados, tanto pessoais como até mesmo místicos. A Lança de São Jorge se encaixa bem nesta descrição, já que é muito fácil de ser cultivada e cuidada dentro ou fora da residência – não importa o espaço disponível para ela. É uma planta que também possui seu lado místico; por isso mesmo os moradores a escolhem como decoração de seus lares. A Lança tem uma forma bem peculiar, com suas folhas cilíndricas e verticais, criando um aspecto visual e decorativo bastante interessante e diferente. Além disso, é uma planta rústica que pode resistir à falta de água, sol e demais intempéries. Ou seja, não precisa de muitos cuidados, o que a torna uma excelente opção para a vida moderna. Além da praticidade, a Lança tem um lado bastante místico. Tal fato é um dos motivos de muitas pessoas a colocarem dentro de casa, como explica a paisagista e engenheira agrônoma, Elen Moraes. Segundo ela, a planta tem características marcantes como ser facilmente adaptada ao sol, formada por touceiras, com folhagem ornamental que atinge no máximo 1,30 metros de altura, além de as suas folhas serem cilíndricas, longas, pontiagudas com cores diversas como listras verdes e brancas acinzentada. Tudo isso faz com que esse tipo de decoração seja bem procurado pelas pessoas. Uma planta prática para quem quer natureza dentro de casa, mas

não pode dedicar muito tempo a ela. Outro motivo para a Lança de São Jorge ser tão usada é que ela está ligada a imagem de quem dá o nome à planta. São Jorge é considerado um santo guerreiro, muito cultuado pelas igrejas católicas, ortodoxas, anglicanas e nas culturas umbandistas do país. Por ser considerado por tantos um santo guerreiro, que defende aqueles que buscam sua ajuda, a Lança de São Jorge é facilmente encontrada em residências, pois remete muito a proteção do lar, dos moradores e também tira todas as energias negativas do local. Essa planta pode ser tanto cultivada em vasos dentro das residências como em jardins, tudo dependendo da preferência e do espaço que o morador possui. Se a opção for pelo jardim, escolha aqueles de pedra que dão um ar mais árido a decoração, combinando mais com o estilo da planta. No caso de escolher cultivar a Lança de São Jorge em vasos, a paisagista diz que por ela não ter espinho e possuir uma estrutura interessante, pode ser utilizada em qualquer lugar no interior da residência. Vivian Lourenço

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CRÔNICA

O castigo de Noé O casal adquiriu o último andar do prédio, sem filhos e com uma área enorme na cobertura. Algumas pessoas até estranharam. Ela era secretária e ele, engenheiro florestal. Dois dias antes de mudar, o marido teve um sonho muito esquisito; sonhou que Noé estava montando uma nova arca, pois outro dilúvio estaria se aproximando e, com seus conhecimentos, poderia ser útil na construção da nova embarcação. Ainda no sonho respondeu a Noé que não poderia, pois estava muito atarefado com o trabalho e a mudança, e não era dado a trabalho voluntário, em especial a construção de barcos para salvar o mundo. Noé ouvindo sua negativa tinha lhe dito que receberia um castigo pela recusa e que seu trabalho seria muito útil na condução do casal de elefante que se recusava a subir na nau. Ao acordar contou seu sonho para a esposa e foi trabalhar. No emprego comentou com os amigos sobre o sonho e foi até motivo de gozação, pois ou ajudava Noé a empurrar os elefantes ou seria castigado. Naquela tarde começou a chover. E choveu por dois dias, tanto que a mudança foi feita em baixo de uma tempestade. O engenheiro já achava que o castigo de Noé já tinha sido aplicado, pois nada pior que fazer mudança em baixo de chuva.

Mas o pior estava para acontecer. O casal cansado da arrumação foi deitar tarde da noite, e a chuva persistia em não dar trégua. Lá pelas 4h da manhã acordou assustado e o tapete e os seus chinelos boiavam pelo quarto. Acordou a mulher que, atônica, viu o quarto inundado. O marido então pensou: “se estou no último andar e meu apartamento está sendo inundado, imagine os que estão em baixo? Todos já morreram. Era o castigo de Noé!” Abriu a janela e aos berros gritava: ‘Noé, eu empurro os elefantes, as girafas e até os leões, mas pare de chover.’ Quando olhou para baixo, nada estava acontecendo. Interfonou para o síndico que já havia recebido ligações de outros condôminos sobre a gritaria do morador e solicitou seu comparecimento para ajudar no que for preciso. Simultaneamente, o zelador já havia detectado o problema. Uma pomba morreu e entupiu o coletor do prédio e a água desceu pela escada, invadiu o apartamento do casal e desceu pelo foco do elevador inundando a casa das máquinas, interrompendo o uso do elevador por dois dias. Castigo mesmo foi descer e subir 15 andares pela escada, mais difícil que empurrar elefante no sonho.

Por Dr. José Miguel Simão Advogado e cronista

Ilustração: Rafael Godoy. Arte

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final: Paloma Cremonesi


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