O seu condomínio em revista
POSSO FALAR? Entenda porque o Portal Debate é o melhor evento para condomínios no interior do estado de São Paulo e o que isso influenciará no dia a dia do seu condomínio
Distribuição gratuita Ano 09 . Nº 96 Mai/Jun de 2012
EDITORIAL
ÍNDICE
Sentimentos em comum Passados 12 meses, a nova edição do Portal
aponta são os próprios participantes. São
Debate aconteceu na cidade de Jundiaí-SP seguin-
comentários feitos durante as apresentações
do a proposta inicial, com palestras de qualidade,
dos palestrantes ou em uma simples conversa
participação ativa do público, organização e pon-
no coffee break. A aprovação é unânime pelo
tualidade. Evelyn Gasparetto e Emerson Januzzi
formato (com a possibilidade maior de inte-
conduziram seus temas durante 30 minutos, cada,
ração do público), pontualidade, organização e
ao público formado por mais de 100 pessoas.
qualidade das palestras.
A primeira, autora do livro Administrando Con-
Percebemos que o desejo é o mesmo para
domínios, mostrou-se com capacidade técnica e
todos os presentes. A busca pela reciclagem do
maestria para expor os temas inadimplência e com-
conhecimento, a luta por mais segurança e a as-
portamento. Januzzi, especialista em segurança
piração por um lar com mais sossego. Parafrase-
pessoal, trouxe sua experiência em cursos no exte-
ando o eterno síndico, Tim Maia, “o que eu quero
rior ao público sedento por novidades e proteção.
é sossego”!
Para completar, dois dos grandes nomes do mer-
Vivenciamos nesta segunda edição do Portal
cado condominial da região de Jundiaí, o síndico
Debate o sentimento de luta pela solução dos pro-
profissional, Fernando Fernandes, e o advogado
blemas que muitos síndicos têm em comum, seja
de condomínios, Carlos Eduardo Quadratti, soube-
ele de inadimplência, comportamento ou seguran-
ram conduzir o debate entre público e palestrante
ça. E esses problemas refletem também para você,
com inteligência e bom humor. Humor também
morador, conselheiro ou profissional de condomínio.
foi presente no sorteio, com diversos brindes. O
Todos precisam se unir para o bem estar desta “ci-
evento ficou ainda mais completo, neste ano, com
dade“ que se chama condomínio.
a Mostra de Produtos e Serviços: seis empresas ex-
A revista Portal dos Condomínios só tem a agra-
puseram suas vantagens e saíram satisfeitas com as
decer a presença de todos neste evento, que é pensa-
prospecções de negócios.
do com muito carinho e responsabilidade, para que o
Um breve resumo poderia colocar o Portal De-
mercado condominial e os lares das residências, sejam
bate na lista de qualquer outro evento para con-
elas casas ou apartamentos, tenham mais tranquili-
domínios, mas este, promovido pela revista Portal
dade em cada momento. Que venha 2013 e a terceira
dos Condomínios, tem seus diferenciais e quem
edição do Portal Debate.
* Cimento Queimado
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* Nova lei de vaga de garagem 6 * Portal Debate: as dúvidas
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do seu condomínio * Capa: Evento Portal Debate 10 * UD: linha retrô
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* Educação: Meus pais,
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meus amigos * Bem estar: Planta
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carnívora * Crônica: King e Kong
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EXPEDIENTE Redação: Rua das Pitangueiras, 652 - Jd. Pitangueiras
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DECORAÇÃO & DESIGN
Praticidade ShutterStock - photobank.ch
Por Vivian Lourenço Cimento. Aquele material para construção usado somente para erguer paredes e fazer piso. Correto? Não mais. Antigamente estas poderiam ser as únicas utilidades do cimento, porém, atualmente, a tendência é usá-lo como decoração e acabamento. Pode parecer estranho e até mesmo de difícil visualização, mas sua praticidade e seu baixo custo têm atraído cada vez mais adeptos. Afinal, quem não gosta de seguir tendências e ainda economizar? Para você ter uma ideia, o valor médio do cimento queimado sai por volta de R$ 20,00 o m², mais os custos da instalação. Segundo o arquiteto, Vinícius Ferrari Borges, o cimento queimado é uma das técnicas mais utilizadas nas obras residenciais e comerciais. “Esse baixo custo é um dos principais fatores que o faz tão popular, visto que sua composição leva basicamente cimento e areia, e está entre as alternativas mais baratas para pisos do mercado”, explica. Por sua flexibilidade e durabilidade, pelo aspecto final e pelas várias alternativas de cores e acabamentos, o cimento queimado pode ser visto tanto em residências de baixo, médio e alto padrão, como também em galpões comerciais, fachadas, detalhes construtivos, etc., são inúmeras as aplicações que se pode fazer. A maior versatilidade do uso do cimento queimado está na decoração,
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com preço agradável que proporciona muitas ideias de como usar essa técnica. Porém, não adianta ter algo em mente se não tem criatividade e bom gosto. “O material usado para revestir é bem versátil, ou seja, pode ser usado para inovar o visual dos revestimentos verticais e horizontais. Escuro e sofisticado, o cimento cria uma camada fácil de ser limpa”. Vinícius explica que o cimento queimado nada mais é do que um piso feito a partir de uma argamassa com mistura de cimento, areia e água. Essa argamassa deve ser aplicada com uma espessura média de 30 mm sobre o contra-piso ou sobre um lastro de concreto áspero.“Caso a base esteja muito lisa, sugere-se que seja feito um chapisco para aumentar a aderência do cimento queimado. Após a aplicação da argamassa, devemos conseguir o máximo nivelamento do piso, preferencialmente com régua metálica”. E apesar de o nome ser cimento queimado, o arquiteto lembra que queimar o cimento não tem nenhuma relação com fogo ou maçaricos. Na verdade, este é somente o nome do processo que consiste em jogar pó de cimento sobre o piso de argamassa feito de cimento e areia, ainda mole e úmido. “Então, a superfície deve ser desempena-
da com uma desempenadeira de aço, espalhando o pó de cimento sobre a argamassa e deixando o conjunto bem liso. Após a secagem está pronto o cimento queimado, com um aspecto bem liso e nivelado”. Quem pensa em utilizar esse tipo de decoração pode ficar tranquilo que ele se adequa a quase todos os ambientes da residência, além de ser muito resistente, podendo ficar exposto as intempéries. Porém, ele pode ficar muito liso em contato com a água, por isso não deve ser usado em escoamentos ou lugares úmidos. O único local que não é recomendado a sua utilização é nos banheiros, principalmente no interior dos boxes porque o material pode reagir com xampus, sabonetes e outros produtos. A limpeza também é muito simples, tornando-se outro ponto positivo. Basta lavar com água e sabão neutro. “Em ambientes como salas de estar, que tem grande fluxo e movimentação de pessoas, fica bom aplicar cera líquida ou em pasta para a manutenção”. Se bem aplicado, o cimento queimado é extremamente durável. Entretanto, uma das características mais comuns desse material são as trincas,
que podem variar de pequenas fissuras, que não incomodam até mesmo grandes trincas que podem comprometer a resistência e a durabilidade do piso. Para não ter dor de cabeça com o produto, é fundamental contratar aplicadores especializados. “Juntas de dilatação de plástico, madeira, pedra ou metal devem ser utilizadas a cada dois metros, pelo menos, para que elas, e não o meio do piso, trabalhem, evitando trincas”. Na prática, cada junta nada mais é do que uma trinca proposital criada pelo colocador, para que o meio dos pisos fique intacto ou o mais perto disso. A tonalidade é outro aspecto que precisa ser observado com a devida atenção. Certa variação na coloração é esperada e pode até mesmo proporcionar um belo aspecto natural do sistema, mas devem-se evitar variações muito grandes de cor para o piso não parecer manchado. Uma opção barata, prática, de fácil manutenção e que se encaixa em qualquer cômodo da residência. É por essas e outras que o cimento queimado vem se tornando sensação na decoração e uma opção para quem quer inovar, mas ainda não sabia como.
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VIVER EM CONDOMÍNIO
Nova lei proíbe
venda e aluguel de vaga de garagem para quem não mora no prédio Entrou em vigor no último dia 20 de maio a lei 12.607 que alterou o parágrafo primeiro do artigo 1.331 da Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil -, no que tange ao critério de fixação da fração ideal e às disposições sobre alienação e locação de abrigos para veículos em condomínios edilícios. O projeto de lei foi proposto em 2003 pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), e sancionado pela presidente Dilma Rousseff no dia 4 de abril de 2012. Foi acrescentada uma vírgula no lugar do ponto final e adicionado o texto em destaque: Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum dos condôminos. § 1o As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio. Assim a citada legislação passou a estabelecer proibição à venda ou aluguel de vagas de garagem a pessoas estranhas ao condomínio, a não ser que a permissão esteja expressa na convenção condominial. Por tanto, a partir da entrada em vigor da lei, contratos de compra e venda ou aluguel de vagas de garagem a pessoas estranhas ao condomínio somente terão validade se estribados em autorização expressa neste sentido na Convenção de Condomínio. Aqui devemos lembrar que a Convenção jamais poderá contrariar a lei, exceto quando a própria lei assim o permita. Em relação aos contratos hoje existentes, firmados anteriormente à entrada em vigor da lei, devemos lembrar que estes são válidos até seu termo final, tendo em vista que no momento de sua celebração a proibição legal não existia. Aplica-se a tal situação o dispositivo do ordenamento jurídico que protege o que se chama tecnicamente de ato jurídico perfeito, a proteção ao direito adquirido e irretroatividade da norma jurídica, ou seja, a lei somente pode alcançar fatos ocorridos a partir de seu vigor, não podendo atingir fatos anteriores a sua criação. Neste momento surge uma dúvida sobre a renovação deste contrato ou ainda como ficariam aqueles contratos que passam a vigorar por prazo indeterminado depois de Envie sua sugestão superado o prazo inicial. Alguns poderão de tema jurídico para entender que a renovação do contrato se viveremcondominio@condominioemrevista.com.br trata de nova avença e, por tanto, não
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poderia coexistir com nova legislação. Nosso entendimento segue novamente a mesma justificativa do ato jurídico perfeito, assim os contratos com prazo indeterminado e os renovados sucessivamente mantendo as mesmas partes, finalidade e objeto devem perdurar até que esta situação se altere. Outra questão a se destacar é que a partir destas modificações, o desmembramento de qualquer outro espaço que pertença ao morador continua livre, com exceção da área da garagem. Assim, a única opção que a nova lei traz sobre a possibilidade de o aluguel ou venda ser realizado é a aprovação em assembleia da mudança na regra, com votos positivos de pelos menos dois terços dos condôminos. A novidade está sendo bem vista por administradores e moradores, que acreditam que a medida trará mais segurança aos condomínios. Alguns síndicos já defendiam que não era correto colocar desconhecidos dentro dos condomínios mesmo quando se tratava de garagem em área privativa, pois entendiam que a área de circulação externa e a entrada do condomínio são de todos e o condômino que vende ou aluga sua vaga a estranhos ao condomínio coloca todos os vizinhos em risco. Podemos então nos aventurar a citar algumas dicas para quando for alugar uma garagem em um condomínio: • antes de vender ou alugar sua garagem, verifique se essas transações são permitidas pela convenção de condomínio; • faça um registro escrito do acordo. Apesar de acertos verbais serem considerados válidos judicialmente, é muito mais fácil provar com o contrato; • caso a convenção do seu prédio autorize a venda ou aluguel para não condôminos, verifique se ele deve pagar ou não a taxa condominial; • por segurança, procure sempre uma forma de garantia de pagamento, seja fiador ou caução; • busque informações com outros moradores ou porteiros sobre a média do valor do aluguel no condomínio. Com o noviciado da norma, algumas outras dúvidas devem surgir, considerando os diferentes perfis dos condomínios e os negócios realizados nestas comunidades, desta forma poderemos vir a abordar o tema novamente assim que a demanda se faça presente. * Carlos Eduardo Quadratti, advogado especializado em direito condominial e de vizinhança, jornalista articulista inscrito no MTB 0062156SP.
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PORTAL DEBATE
DEBATE
A editoria que leva o nome do evento realizado no último dia 19 de maio completou um ano. A cada edição, novos participantes, sejam eles moradores ou síndicos. São dúvidas em comum, solucionadas pela nossa equipe de consultores, formada por advogados condominiais, síndico profissional, técnico de manutenção residencial e psicóloga. A editoria Portal Debate quer a sua participação. Conheça agora as dúvidas que foram destaque: Victoria Furlan Chittenden, Res. 9 de Julho 2: Temos dois porteiros em nossa portaria. Tem alguma lei que fala sobre um banheiro dentro da portaria. É necessário? Portal Debate: Não existe legislação específica para este caso, no entanto poderá existir previsão na convenção coletiva da categoria, mesmo assim é recomendável que possa haver um banheiro dentro da guarita, quando o tamanho assim permitir, especialmente quando se trabalha com poucos empregados. A existência de um banheiro dentro guarita diminui a exposição do empregado ao ambiente externo, reduz as entradas e saídas da guarita que fragilizam a segurança. Importante lembrar que a janela do banheiro deve ser pequena e de difícil acesso pelo lado externo visando evitar invasões. Sandro Ap. Rodrigues - Ed. Grande Avenida: : Proibição de horas extras, redução dos salários, dificuldade de achar mão de obra. O que as empresas estão fazendo para mudar esse quadro e para evitar tanta rotatividade nas portarias? PD: A sua dúvida já mostra o que o mercado está precisando. Condôminos não estão contentes com a alta rotatividade dos funcionários terceirizados. As empresas precisarão criar campanhas de fidelização e motivação com premiações. Trata-se de um serviço chamado endomarketing, ou seja, o marketing voltado para os colaboradores. Com a constante chegada de novas empresas na região de Jundiaí, muita gente terá de se movimentar para atender seus condomínios com mais qualidade. Marisa Romano Antonio - Pq. 9 de Julho: : Por causa de alguns animais que an-
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dam solto no chão, só pela coleira, foram encontradas fezes dos mesmos. Posso pedir para que carreguem no colo, sendo que no regulamento não é permitido ter animal no prédio, mas não fala nada de carregar no colo. O problema é que tem morador com cachorro grande e não quer obedecer está norma porque o antigo síndico não falava nada. PD: Se o regulamento diz que não é permitido ter animal no condomínio, por consequência não iria regulamentar seu trânsito na área comum. Evitar que o animal transite, levando-o no colo é uma medida que visa manter a higiene e salubridade do ambiente. Cabe ao síndico cumprir e fazer cumprir as normas do condomínio, assim este deveria evitar que existisse animais no ambiente. Essa matéria é muito polêmica visto que os tribunais já tem reconhecido o direito dos condôminos em possuir um animal de estimação. Melhor solução é buscar argumentos e marcar uma assembleia geral visando adequar o regulamento interno à situação real. Acreditamos que, por enquanto a solicitação de carregar o animal seria uma medida de bom senso para ambos, administração e condômino, mas caso o condômino não colabore somente cabe o síndico a atitude no sentido de fazer cumprir o Regulamento Interno.
A equipe Portal Debate: Fernando Fernandes (síndico profissional), André Schuler (técnico),Melícia Geromini (psicóloga), Carlos Eduardo Quadratti (advogado), e Reginaldo Moron (advogado).
Luciane Rodrigues - Morada da Serra: Problemas de barulhos com o vizinho. Tenho testemunhas que já notificaram por escrito o problema e isso se arrasta por um ano. O que fazer para solucionar de vez , pois os acusados já nem respeitam mais os próprios vigilantes noturnos. Qual a solução a tomar? PD: Primeiramente seria interessante uma conversa onde se reúnam o reclamante, o reclamado, o síndico e o jurídico do condomínio visando atingir uma conciliação. Se constar na convenção/regimento interno regulamentação sobre barulho e houver penalização, e caso a conciliação seja infrutífera, a administração do condomínio pode tomar as medidas necessárias (advertência e multa, multiplicar o valor da multa). Caso nada disso surta o efeito desejado não resta outra alternativa a não ser lavrar boletim de ocorrência por perturbação do sossego e ainda mais uma ação cível de obrigação de fazer. PARTICIPE AGORA - Envie sua pergunta para contato@condominioemrevista.com.br ou mande uma carta para Rua das Pitangueiras, 652 – Jd. Pitangueiras – Jundiaí-SP – CEP: 13206-716. Qualquer dúvida, entre em contato através do tel.: 11 4522-2142.
Daniela Mendes
PORTAL
Dúvidas de moradores e síndicos expostas aqui, para você
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Fotos: Jonas Junqueira e Rodrigo Pinto
Capa
Organização e qualidade.
A marca do
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Por Vivian Lourenço Que a vida de síndico não é moleza, isso todos eles já sabem. Além do trabalho de administrar as contas do condomínio, ainda precisam conciliar o tempo entre o próprio trabalho e o de síndico, além de pensar em como resolver todos os problemas que surgem pela frente. É condômino que não paga em dia, criança que desobedece as normas, o barulho que incomoda o vizinho e a segurança dos moradores. Tudo isso parece fazer um nó na cabeça de quem tem a difícil tarefa de comandar o condomínio. Com tantas questões, as dúvidas aparecem em maior quantidade do que as soluções. E como resolver tudo isso, sozinho, sem ao menos contar com uma ajuda especializada para dar aquela luz que pode ser a solução de todos os problemas? Por esse motivo é que a segunda edição do Portal Debate, realizada na manhã de sábado (19 de maio), mostrou-se mais uma vez um sucesso de público. “Olhando as expressões dos participantes, deu para notar que o nível de atenção era muito alto. As pessoas estão buscando novas informações para ajudar a entender esse universo, o do condomínio”, resumiu um dos mediadores do evento, o síndico profissional, Fernando Fernandes. O modelo que o Portal Debate foi idealizado também chamou a atenção dos participantes. Cada palestrante teve 30 minutos para expor o seu tema, logo em seguida, os dois moderadores, o síndico profissional, Fernando Fernandes e o advogado condominial, Carlos Eduardo Quadratti, selecionaram as perguntas do público e durante outros 30 minutos os palestrantes tiraram as dúvidas do público. No intervalo entre as duas palestras, que foi de 45 minutos, quem esteve presente ao evento também teve a oportunidade de conferir os produtos que estavam em exposição. As empresas participantes Ezetec, Techem, Impacto, M. Duran, Relotec Pardini e LGM elogiaram o retorno que tiveram do evento. “Falamos diretamente com nosso público alvo, assim podemos apresentar nosso produto, e eles também aproveitam para tirar dúvidas”, explica a consultora imobiliária, Sônia Ferreira da Silva. A empresa está lançando um novo empreendimento no bairro da Vila Arens e comemorou a oportunidade de ver interessados pelo projeto. E mesmo quem participou de um evento pela primeira vez na cidade, se surpreendeu com o público. “Oferecemos medidores individuais de água e gás. Os condomínios atualmente procuram muito esse sistema”, diz o representante comercial da Techem, Ronaldo José Spiandorim. O formato do Portal Debate também chamou a atenção. “Muito interessante esse formato, já que o público conhece o produto antes do evento
e no intervalo também. É um espaço direcionado só para nós”, ressalta o diretor da Impacto Administração de Condomínios, Sérgio Souza. A possibilidade de conversar diretamente com o público alvo também foi comemorada pelos expositores. “É a primeira vez que exponho nesse tipo de evento. Estou surpreso. Foi muito mais do que eu esperava. Esse público direcionado foi um dos motivos que me mais me agradou”, comemora o diretor da Relotec Pardini, Wagner Pardini. “Quando se fala em público final, esse é o melhor modelo, já que eles vêm até a gente. É um bate papo interessante, por isso escolhi expor aqui”, ressalta o técnico responsável da M. Duran, Milton Vieira. A mesma opinião é da empresa LGM, expositora e também patrocinadora do evento. Segundo a diretora da empresa, Odete Amato, esse é um dos eventos mais importantes da cidade, por conta da enorme gama de condomínios. “Acabamos sendo beneficiados, já que eles buscam a informação diretamente conosco”, detalha Odete. A pontualidade marcou novamente o Portal Debate. A primeira palestrante do dia foi da advogada formada pela Universidade Mackenzie e especializada em condomínios, Evelyn Roberta Gasparetto. Ela é pós-graduada em Direito Processual pela Universidade de São Paulo, atuante em Direito Imobiliário, tendo cursado “Direito Imobiliário Material e Processual” pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. Mediadora e Conciliadora pela Escola Paulista de Magistratura junto ao Fórum João Mendes Junior. Atuante na área Trabalhista, e participante das Palestras “Nova Lei de Execução” Junto a CAASP – Jabaquara e “Provas no Direito Previdenciário” junto CAASP – Jabaquara. Evelyn falou com os participantes sobre dois temas que ainda causam dor de cabeça em muitos síndicos, a inadimplência e o comportamento. Sem usar a linguagem complicada dos advogados, ela conseguiu levar até o público algumas soluções simples e eficazes para os problemas. A palestrante, que é autora do livro “Administrando Condomínios”, iniciou a palestra falando sobre inadimplência. “O condômino não é apenas o morador, ele é dono de uma parte do condomínio, um possuidor dessa parte”. A inadimplência tem sua origem na cobrança condominial. O condomínio, para funcionar, precisa de vários pagamentos, como funcionários, limpeza, água, luz, etc., por isso é preciso pensar na arrecadação. “É feita uma previsão mensal de tudo o que o condomínio gasta e reparte-se nas frações ideais e repassasse entre os moradores”, explica Evelyn. São duas as formas de cobranças do condomínio, as ordinárias, que são as despesas mensais, nas quais todos têm que contribuir, sem exceção, mesmo sem estar habitando o local. “Mas tem aqueles que falam que não vão contribuir, pois
tem um problema de vazamento no apartamento e não está habitando o local. Não pode, tem que contribuir de qualquer maneira. O problema do vazamento, o condômino que resolva de outra maneira”, salienta Evelyn. Já as despesas extraordinárias, deverão ser aprovadas em assembleia geral extraordinária. “É tudo o que está fora daquilo programado, como um vazamento, demissão de funcionário e pintura, entre outros”. Se for aprovado na assembleia, não tem jeito, tem que contribuir também. A inadimplência se dá com o não cumprimento das obrigações dentre o prazo estipulado. “Se o condomínio vence todo o dia 5 e a pessoa pagou no dia 6, é inadimplência. Passou do dia, não tem jeito”. Para a inadimplência, precisa ter uma penalidade. Antes de 2002, havia uma multa de 20%, mas depois caiu para 2%. “Para os moradores que não têm a intenção de pagar, vale muito mais a pena pagar o cartão de crédito do que pagar o condomínio”. Além da multa de 2%, o síndico pode aplicar juros de mora de até 1%. “Pode ser menos? Pode, mas todo mundo pega pelo básico e, com a multa sendo tão baixa, o mínimo que a gente tem são os juros”. Quando um morador não pagou o condomínio, o síndico ou a administradora faz uma carta de cobrança. Se ele não comparecer, há duas opções: a ação de cobrança e o protesto de boleto em nome do morador. “Para entrar com ação de cobrança, é preciso alguns documentos como a certidão de propriedade do imóvel, a convenção do condomínio e a ata da eleição do síndico, já que é ele quem vai assinar uma procuração para o advogado. Além disso, precisa dos boletos e a previsão orçamentária, que é a planilha de débito”. Quando se dá entrada na ação, o réu é citado para comparecer na audiência, para fazer sua defesa e explicar os motivos que o levaram ao não pagamento. “Se ali, na hora, ele não efetuar o pagamento ou não fizer o acordo, o juiz dá a sentença”. Depois de 15 dias começa a execução, que é quando a justiça começa a investigar todos os bens do morador, como casa, carro, conta bancária, etc.. “Se ele não tiver nada, o juiz vai lá e penhora o apartamento”. Para o protesto de boleto de condomínio é preciso ter a certeza do título, saber o valor (liquidez) e exigir a data. Os documentos necessários para protestar são a convenção, o boleto em débito, a ata de eleição de síndico e a aprovação orçamentária. “No caso do protesto é o morador, o inquilino. Não precisa ser o proprietário, e sim aquele que habita o local”. Evelyn deixa claro que, nesses casos, não pode haver privilégio em nenhuma das partes. “O morador pagou condomínio durante 20 anos, ficou devendo um mês, não pode ter essa de ‘ai, coiPortal dos Condomínios . Mai/Jun 2012
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uma solução na base do bate papo. Deixe o protesto como última alternativa. “As vezes ele só quer ser escutado. Converse com ele”. O outro tópico tratado pela advogada Evelyn é o comportamento. E qual síndico nunca teve problema com isso? É uma chuva de reclamações. Viver em condomínio não é fácil, mas é responsabilidade do síndico, como prefeito dessa cidade, de fazer com que o local seja agradável para todos. Comportamento trata do vandalismo e do condômino antissocial. “Os condomínios estão ficando cada vez maiores, com grandes áreas de lazer, piscina, cinema e isso faz com que todo mundo conviva mais, tenha uma relacionamento mais intenso”. E é justamente esse relacionamento intenso que trás esses transtornos. Por isso é preciso soluções primárias antes que o problema apareça. Existem diversos tipos de vandalismo que podem acontecer em condomínios, como lixo ar-
tado’. Se optou pela opção de protestar, proteste todos. Porque se um for protestado e outro não porque tem histórico melhor, o outro pode entrar com ação de danos morais”. E por mais que seja lei, a advogada acredita que a melhor solução é ser aprovado em assembleia, dizendo que a partir daquela data, haverá o protesto dos condomínios inadimplentes. “Na minha opinião é uma medida muito eficaz, já que a inadimplência vai cair e
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muito. Porém eu acho muito severo, pois temos aquelas pessoas que realmente passam por dificuldades, como desemprego, por exemplo”. Na opinião da advogada, a inadimplência é o maior prejuízo para o condomínio, e a solução é sempre o acordo. “Por mais que parcele um mês em seis meses, é melhor pingar do que secar, pelo menos o condomínio recebe alguma coisa”. Por isso é importante conversar e sempre buscar
-remessado pela janela (e não é jogar bituca de cigarro, mas sim virar o saco de lixo pela janela), barulho excessivo, festas, furtos, pichações, uso de drogas, depredações e ações escatológicas. “Essas ações são urina dentro do elevador ou jogar fezes na parede do condomínio. Isso ocorre muito. O síndico precisa estar preparado para tudo isso”. Evelyn explica que é necessário que tenha um regimento muito claro, com regras bem definidas, para facilitar o trabalho do síndico. “Tem que estar sempre atento, perguntando sempre. Não adianta:
tem que reservar o tempo de folga para cuidar desses assuntos”. E a boa convivência no condomínio não depende somente do síndico. Os pais também tem sua parcela de responsabilidade, já que tem pais que não aceitam ou não querem acreditar que os filhos tenham feito algo parecido. Outra arma que o síndico pode usar a seu favor é ter um conselho presente, para amparar o síndico nessas horas difíceis. Precisa sempre de gente para ajudar nessas situações. O zelador também se torna arma eficaz para o combate do vandalismo e mau comportamento. “Ele tem que ser o braço direito e esquerdo do síndico. Ele tem que ser o amigo e não o fofoqueiro para avisar dos problemas”. O que o condomínio pode fazer para amenizar esse problema? A advogada dá como solução as câmeras de segurança e a partir disso, a notificação em forma de carta. Se o morador não se justificar ou não pagar pelos estragos, a multa pode ser aplicada. Se tudo isso ainda não for suficiente e a situação continuar, novamente a conversa entra como aliada. “Chame, converse, tente entender o que acontece, toda essa situação. Primeiro isso, depois a acusação. É sempre a melhor opção”. Agora, essa regra não se aplica a todos que moram em condomínios. É preciso ter um cuidado especial quando forem as crianças que estiverem causando problemas de comportamento ou vandalismo. “Muito cuidado. Só repreenda o menor de idade naquele momento que estiver executando a ação. Passou o momento, não fale mais com ele e procure se dirigir diretamente aos pais. Porque se vocês forem atrás das crianças, vocês vão arrumar confusão, principalmente se os pais não forem conscientes”. Em caso de negativa dos pais, a melhor solução que Evelyn passou aos participantes do Portal Debate foi a de procurar diretamente o Conselho Tutelar. Quando houver estragos, o síndico precisa estar de posse de três orçamentos. “Não chegue com uma possível fatura. Mostre opções”. O síndico tem que cuidar, não tem jeito; ele precisa estar presente em todos os momentos. A melhor opção para o síndico, nesses casos, é trazer a criança, o adolescente para si. “Traga a criança para ele, chame de síndico mirim, foi o nome que eu dei, mas pode ser qualquer outro nome”. Isso faz com que as crianças e adolescentes comecem a se importar mais com o local onde moram. O síndico também pode pedir opinião e sugestões para eles. “Escute, porque quando você trás para o seu lado, você tira essa visão chata, que não pode, que não deve. Trate como colaborador e assim você faz com que ele tenha responsabilidade com o patrimônio”. Outro problema comum dos condomínios são
os doentes, que podem provocar gritos de dor, instabilidade no comportamento e que causa muita dúvida em como agir. “Eles podem até ser tirados do apartamento se for comprovado judicialmente que incomoda os moradores, mas eles não são moradores antissociais, e sim doentes”. E para finalizar os tipos de moradores, tem o antissocial, que é aquele que inverte valores sociais. Ele tem atitude desrespeitosa com os próprios moradores e com o patrimônio. “As festas não são aquelas de crianças, barulhentas. São festas, como por exemplo, o que aconteceu comigo, de um jogador de futebol: uma festa da madrugada inteira, com música alta, gente entrando, drogas rolando, etc. É um horror, o morador não aguenta”. Nesse ponto, o síndico pode se apegar a legislação para fazer valer o direito ao sossego. “A lei te dá amparo, demora pra resolver, mas ela te dá um amparo”. Evelyn lembra também que a multa aplicada ao condômino antissocial não pode passar de cinco vezes o valor pago pelo condomínio, porém isso deve ser decidido em assembleia, com quórum de no mínimo 2/3 dos condôminos (os proprietários, não as pessoas presentes). “Coloquem sempre no regimento interno as multas, porque se depender de quórum vai ser difícil mudar as regras somente através das assembleias”. A exclusão do antissocial só pode ser realizada por meio de ação judicial. “Aqui a gente tem que explicar para o juiz, passar as atas, para ele ver se ele pode expulsar a pessoa de lá. Mas tudo depende da decisão do juiz”. Resumindo, para facilitar a vida, o síndico precisa ser atento, rápido, eficiente, com um zelador amigo e com um corpo diretivo que o auxilie. “Acredito que todos unidos em um só propósito, de forma harmônica, serão a solução do problema que se apresenta”. E após a explanação dos temas, Evelyn respondeu as perguntas dos participantes, que em sua maioria foram sobre problemas de garagem. “Adorei, o público foi bem receptivo, respeitaram o formato de debate”, explicou a advogada após o término da apresentação. Dentre as questões, a que mais surpreendeu foi sobre o fundo de reserva e o rateio. “A inadimplência ainda é o maior problema, não tem jeito. Mas acredito que todos os condomínios tenham dificuldades em comum”. Quem participou como ouvinte da palestra, revelou que o tema tratado ajudou a esclarecer as dúvidas. “A rapidez na ação evita a inadimplência e faz toda a diferença. Aconteceu a primeira vez e já há a conversa, sempre resolve”, explica a síndica do Condomínio Residencial Renata, Cristina Carner. E nem mesmo quem já é síndica há sete anos deixa de participar desses eventos, como a síndica Portal dos Condomínios . Mai/Jun 2012
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do Condomínio Residencial Ilhas Gregas, Elza Souza Vilar. “Gostei muito da palestra, vamos aprendendo muito”, diz Elza. Ela conta que começou a ser síndica ajudando o marido. “Eu gosto de ser síndica. Sou aposentada, pra mim é ótimo e essas palestras ajudam bastante”, finaliza Elza. Até mesmo fornecedores de serviços participaram do evento, como é o caso do representante da Ultragaz, Luiz Fernando Coradin. “É uma excelente oportunidade para os síndicos tirarem as dúvidas do dia a dia”. Para o representante, também é uma ótima oportunidade de entrar em contato com os síndicos, diretamente e esclarecer as dúvidas sobre a ligação de gás, serviço que ele fornece. “Atendemos cinco novos condomínios por mês. É importante um evento como esse, para eles e para nós”. Após uma pausa de 45 minutos, foi a vez do palestrante Emerson Januzzi, que tem formação em Gestão e Segurança Patrimonial pela Universidade Anhembi Morumbi e, além disso, é palestrante nas áreas de segurança e gestão de riscos para condomínios. Ele possui diversos cursos no exterior, incluindo Estados Unidos, Alemanha e Israel. Também possui extensões em Análise de Riscos (FECAP), Segurança Pessoal e Violência Urbana (FECAP) e Política e Estratégia (ADESG/USP). A missão de Emerson foi expor, em 30 minutos, uma questão delicada: a segurança. “Sou especializado em segurança de pessoas. Se eu
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consigo proteger uma pessoa, o condomínio vai ser parte dessa segurança”. Segundo Januzzi, a segurança é baseada em um conjunto de medidas, não sendo somente equipamentos, pessoal especializado ou procedimentos; é tudo isso junto. A segurança é um conjunto de medidas. “Não tem como discutir só falando em equipamentos. Precisa ter homem, equipamento, treinamento e projeto de segurança”. Do mesmo jeito que quando há um problema na estrutura do condomínio, um especialista é chamado, nada mais óbvio do que também contratar um especialista para saber onde as câmeras de segurança devem ser fixadas. “Tem que chamar uma pessoa para fazer um projeto de risco, até mesmo para mensurar e quantificar o gasto que você vai ter”. O que acontece muito é condomínio gastando, por exemplo, R$ 1 milhão em segurança e não funcionar. “O equipamento funciona, mas quem opera, funciona? Como ele foi treinado, recrutado? Quem está acompanhando, tem capacidade para isso?”. Esse conjunto de perguntas devem ser realizadas antes de pensar em segurança. Segundo Emerson, em uma pesquisa realizada em São Paulo, capital, em 90% dos assaltos em condomínios a culpa é do próprio morador. “Negligência ou comodismo. Os meliantes costumam entrar pela porta da frente. Enquanto não colocar na cabeça de todos que segurança é um conjunto
Distribuição gratuita Ano 02 . Nº 08 Mai/Jun de 2012 Por Vivian Lourenço
residência.
Você pesquisou, analisou e finalmente deci-
“Todas as vias do contrato devem conter a
diu comprar a sua casa ou apartamento próprio.
assinatura de todos, inclusive testemunhas”. Se-
Escolheu o imóvel que pudesse ter a melhor lo-
gundo Flávio, existem duas maneiras de realizar
calização pos-
o registro. Se for pelo Sistema Financeiro Imobi-
sível, compa-
liário (SFI), há necessidade do reconhecimento
rou todos os
das firmas (todas as assinaturas), enquanto, se
custos bene-
for pelo Sistema Financeiro Habitacional (SFH),
fícios e tam-
está dispensado o reconhecimento das firmas.
Registro de imóveis: o que você precisa saber
bém preço de
Há ainda a necessidade de recolher o Im-
mercado e as
posto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).
condições do financiamento. Porém, não basta
O futuro morador ainda precisa de uma cópia
somente pagar as prestações, pegar as chaves e
simples do Imposto de Propriedade Territo-
realizar a mudança.
rial e Urbano (IPTU). “Se algumas das partes
Há um passo muito importante para que
(vendedor e comprador) estiverem sendo re-
o morador possa chamar o imóvel de “seu”:
presentados por um procurador, será preciso
o registro. Quem não realiza essa etapa, não
juntar também uma cópia autenticada da pro-
pode se considerar, legalmente, dono da
curação”.
residência. Por isso, não adianta estar em dia
Outros documentos podem ser pedidos du-
com as prestações e também com o con-
rante o processo de registro, mas essa etapa
domínio se você não registrou o seu imó-
vai depender da conferência do contrato, que é
vel.
realizada no próprio cartório. “Quem não regisDe acordo com o Substituto do Ofi-
tra, não é dono”. Então, a melhor coisa a ser feita
cial do Cartório do 2º Oficial de Registro
é reunir os documentos e partir para o cartório
de Imóveis, Títulos e Documentos Civil
mais próximo.
de Pessoa Jurídica, Flávio Luiz Bres-
A lei dá um prazo para o comprador de 15
san, há diferenças entre o registro
dias corridos para registrar o contrato depois
de imóveis financiados e com-
da compra do imóvel. Já os custos, de acordo
prados à vista. “Os imóveis
com Bressan, não tem nenhuma relação com o
financiados, além do re-
tempo de uso do imóvel. Ou seja, não é porque
gistro da compra e venda
a residência é velha que o registro custará mais
é
registrar
caro. “Os custos variam, não conforme a idade
também a garantia do
do imóvel, mas em relação ao seu valor”. A ta-
financiamento, que nor-
bela de custos é progressiva por faixas de valores
malmente é a constitui-
do imóvel, e também se a aquisição deu-se pelo
ção fiduciária”, explica
SFH. Neste caso, sobre a parte financiada há um
Bressan.
desconto de 50%:
necessário
Isso,
porém,
não ocorre nos pagos à
“Vamos citar um exemplo: em uma compra
vista, no qual só é pre-
de R$ 300 mil, sendo R$ 100 mil de financiamen-
ciso que se registre a
to, o valor do SFI sairá por R$ 2.713,33”. O mes-
compra ou a venda.
mo tipo de registro, com as mesmas condições,
Não
há
nenhuma
mas pelo SFH, sairia na faixa de R$ 1.919,67.
necessidade de o mora-
Para não ter dor de cabeça, é melhor colocar já
dor procurar ajuda es-
nos custos de compra do imóvel o que você irá ga-
pecializada, já que o
star com o registro, para não sofrer com surpresas
registro do imóvel pode
inconvenientes depois. “O registro se torna impor-
ser feito por qualquer
tante, pois quem não registra não é dono, ou seja,
um. Basta levar até o
a propriedade imóvel só transmite com o registro do
cartório de registro de
contrato”. Não seria condizente ver a sua residência,
imóveis o contrato da
sendo tomada de você, por puro esquecimento.
de medidas, e não somente equipamento, homem ou arma, não vai resolver nada”. E inovações tecnológicas na segurança não faltam, até mesmo uma câmera que detecta maldade já foi inventada. Mas nada disso adianta se o projeto não tiver a colaboração dos moradores. Por isso que precisam ser realizados procedimentos de segurança. “Achei muito interessante a palestra da Evelyn, pois tudo é baseado em leis, mas a segurança não é. Porém, dá sim para multar se a pessoa inflige a segurança, já que ela coloca em risco o condomínio inteiro”. Um exemplo clássico que Emerson mostrou é a do entregador de pizza. Segundo ele, é muito mais fácil mandar o porteiro pedir para ele subir, do que descer para pegar a pizza de forma segura. “Hoje, qual é a função do porteiro, ele é segurança? Ele fez curso de formação? Ele é reconhecido pela polícia? Não, ele é o porteiro”. O porteiro é um tipo de recepcionista do condomínio. Porém, a recepcionista de qualquer lugar tem instrução, o porteiro, de acordo com Januzzi, fica sendo aquele que sobrou, ou a indicação de algum conhecido. “O que é pior, pois ele faz escala de 12x36, então ou ele passa informação para os bandidos, ou bicos. E então ele se confunde, e um dia ele pode não aparecer para trabalhar”. Para exemplificar o que queria dizer, Emerson mostrou uma reportagem sobre a facilidade que uma pessoa tem para entrar em um condomínio.
Mesmo aqueles que foram assaltados e investiu em equipamento, a produtora da reportagem não encontrou com dificuldade para entrar nos lugares. O síndico precisa tomar pulso da segurança do condomínio. “É a segurança de todos; o morador que não cumprir as normas de segurança deve receber multa. Pela falha de um, acontece o caso de todos pagarem, não pode acontecer. É responsabilidade de todos”. O síndico pode ser o prefeito do condomínio, mas no projeto de segurança, todos devem participar ativamente. O comodismo, nesses casos, não pode acontecer nunca, como explicou Emerson. “Não é fazer o que você quer, mas o que é certo. Quando vocês colocam câmeras de segurança no condomínio, acabou a privacidade”. Outro ponto que Emerson tocou foi a dita carona. “Vocês gastam uma fortuna em eclusas, mas quando estão saindo, seguram o portão pra outra pessoa entrar, ou seja, para o ladrão entrar. Não é raro, é só ver no youtube, tem vídeo para o dia inteiro”. Treinamento é a maneira mais eficaz. Guarita blindada, portão com eclusa e controle de quem entra e sai. “Guarita é do porteiro, não é lugar de zelador ou síndico. Tira a atenção de quem está trabalhando”. Emerson trabalha com o tripé da segurança, ou seja, homem, equipamento e treinamento, sendo que sem esses três pilares funcio-
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pondeu às questões dos participantes do Portal Debate. Dentre as questões a que mais surpreendeu foi sobre “como fazer os condomínios investirem em segurança”. Segundo ele, não é comum esse tipo de questão, mas é pertinente, já que é complicado explicar a necessidade desses gastos. “Esse é um evento bem organizado, com um público diferenciado e com perguntas inteligentes”. Até mesmo quem não é de Jundiaí se surpreendeu com o Portal Debate, com o é o caso do participante do conselho de síndicos do condomínio Beverly Hills, em São Paulo, Carlos Rogério Costa. “Um dos diretores da empresa onde trabalho conhece o Januzzi e me falou dessa palestra. Minha única sugestão é que fosse um debate mais longo, com mais tempo de exposição do assunto, perguntas e respostas. Mas é muito bom e gostaria de participar mais vezes”.
nando bem, o condomínio não estará seguro. Como é o caso da cerca elétrica. Ela não serve para “fritar” o ladrão. Mas, se houver rompimento dela e o sistema de segurança for montado direito, haverá um aviso da área rompida e ainda mais, deverá haver uma câmera apontada para aquele lugar. “De médico, louco e segurança, todo mundo tem um pouco”. Ele cita o exemplo do próprio condomínio onde reside. “Vai ter uma reunião para decidir se troca ou não as esteiras, enquanto as câmeras estão todas viradas para a parede. Todo mundo preocupado com outras coisas, menos com a segurança. O conforto anda vindo em primeiro lugar”. A portaria é o centro nervoso do condomínio e da segurança. A partir do momento que um assaltante domina a portaria, ele terá acesso a todas as casas ou apartamentos. A falta de orientação é o maior empecilho da segurança. Os baixos salários também não ajudam na hora da seleção. “Quem paga com banana, contrata macaco”. Há outros erros, como falta de
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água e sanitário dentro da guarita, o que faz com que faxineira ou zelador cumpram esse espaço vago entre essas situações. “Outra coisa interessante: você vai a guaritas e tem televisão, videocassete, DVD, tem tudo. Então o cara está lá, vendo o jogo e esquece-se da portaria”. Se no local de trabalho não tem toda essa mordomia, não é na guarita, o centro nervoso, que vai ter. Isso gera distração. Emerson exemplificou com outros dois vídeos, onde mostrou um porteiro despreparado que forneceu todas as informações para os assaltantes, e aquele preparado, que soube agir quando uma pessoa suspeita se aproximou do condomínio e começou a fazer perguntas demais. São nessas conversas que os assaltantes colhem todas as informações para realizar os assaltos depois. A função do porteiro é fiscalizar e guardar o patrimônio, inspecionando as dependências para evitar incêndios e outras normalidades, além de garantir o controle de entrada e saída de pessoas. “Se o síndico é o prefeito, o porteiro é o policial”. Ao final da palestra, Januzzi também res-
Para um dos mediadores, o advogado Carlos Eduardo Quadratti, o evento é muito positivo para o mercado da cidade. “É uma data importante no calendário dos síndicos e tem uma aceitação muito positiva”. Segundo Quadratti, é sempre importante abordar esses temas, pela reciclagem. “Sempre há novas pessoas atuando como síndico. É dentro do condomínio que nascem exemplos de cidadania”, finaliza o advogado. Para o síndico profissional, Fernando Fernandes, o evento foi um sucesso, com temas positivos e atuais. “As perguntas foram bem variadas, só tivemos duas repetidas. O público participou bastante”, finaliza o síndico profissional. Após o término das palestras, alguns prêmios foram sorteados, inclusive o livro escrito por Evelyn Gasparetto, Administrando Condomínios. A segunda edição do Portal Debate se consolida como um evento de grande importância para a vida do síndico e de quem vive em condomínio. Ao todo, 100 pessoas, entre síndicos, subsíndicos, conselheiros, administradores, presidente de associação de moradores e empresários, estiveram presentes para prestigiar. O evento contou com apoios do Secovi-SP, da Associação das Empresas e Profissionais
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do Setor Imobiliário de Jundiaí e Região (Proempi), além do Conselho de Síndicos e é uma idealização da Revista Portal dos Condomínios que completou no mês de maio nove anos de publicação.
Ganhadores: Oferecidos pela LGM: Aparelho de Jantar: Lúcia do Parque Residencial Nove de Julho Cafeteira: Ana Cláudia do Condomínio Residencial da Serra Panela de Arroz: Eleni Fachini que trabalha na Elicon Grill: Silvana Souza do Residencial Anchieta Evelyn Gasparetto: Livro Administrando Condomínios, da Evelyn Gasparetto: Arquiteto Roberto Franco Bueno Kits do Secovi: Luiz Roberto do Condomínio Cantabili Maria Ângela do Condomínio Tiradentes José Nelson do Portal das Palmeiras Portal dos Condomínios: Grill: Laura do Condomínio Garden Lancheira: Luiz Macedo do Condomínio Tiradentes Mixer: José Miguel Simão Liquidificador: Carlos Rogério Costa do condomínio Beverly Hills, em São Paulo Forno Elétrico: João Claudio Rodrigues do Village Firenze.
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UTILIDADES DOMÉSTICAS
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EDUCAÇÃO
Meus pais, meus amigos! Carlos José Silva Borges Comunicação Colégio Divino Salvador Recentemente, um vídeo muito divertido fez sucesso na internet, trazendo pai e filha dançando juntos no aniversário da menina, que aparenta perto de 10 anos de idade, uma mocinha pequena, com um belo vestido, bem delicada e até um pouco tímida. O pai, vestido de calça social, camisa e gravata, utilizando óculos, cabelo comportado, também aparentando timidez. Com as amigas ao redor, parece até festa de 15 anos, mas, como disse, a menina claramente é mais jovem ainda. Juntos, eles começam dançando o clássico “My Girl”, com toda a graciosidade do mundo. Em poucos segundos, eles alteram os passos para uma série de músicas e ritmos, fazendo da apresentação um momento divertidíssimo e inesquecível, terminando novamente com My Girl e um delicioso abraço de pai e filha. As amiguinhas adoraram, a turma toda
aplaudiu e, com certeza, aquela festa entrou para a história. Assistindo o vídeo, imediatamente vem à mente como é bom ver a amizade de pais e filhos! Há correntes que dizem que pai tem que ser pai, não amigo. Que pode e deve haver amizade, mas pai é pai. Há também quem aqueles que defendem a mistura dos papeis sim, principalmente em uma sociedade cada segundo mais invadida por esse furacão de comportamentos vindos dos meios de comunicação, cada vez mais presentes e insistentes. Dessa forma, dizem que é melhor ser amigo deles do que perdê-los para essas outras conexões. Como, nesse caso, é muito arriscado defender uma posição única, já que cada família tem a sua personalidade e possibilidade, fica aqui uma simplificação de toda essa história, bem mostrada nesse vídeo: pais e filhos, divirtam-se, compartilhem, dancem, brinquem, sejam amigos! Filhos, não tenham vergonha dos seus pais! Vocês não imaginam o quanto eles amam vocês e parte da integração com eles depende de vocês também! Por mais que haja algum receio de contar certos assuntos, saibam que os seus pais, certa-
mente, podem ser muito mais confiáveis do que seus melhores amigos. E são mesmo, pois eles, facilmente, dariam a vida por vocês! Pais, encontrem tempo, abram-se às novidades que vêm dos seus filhos! Com essas confusões da modernidade, pode parecer que não, mas certamente fará uma diferença imensa no crescimento deles as lembranças dos bons momentos vividos entre vocês! Não precisa forçar a barra... Quando os pais realmente se abrem a fazer uma amizade com seus filhos, esse novo laço acontece naturalmente. Se você deseja ver esse vídeo, no site www. divino.com.br há o link... Assista e imagine a dedicação de ambos para construir esses mais de cinco minutos de danças variadas, passando a sensação da quebra dos preconceitos, da satisfação entre eles, e do amor incondicional. Fica uma vontade imensa de viver um momento igual...
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ShutterStock - Chirasak Tolertmongkol
BEM-ESTAR
Com ela, não se brinca
Por Vivian Lourenço
Imagine aquela cena de filme de terror ou ficção científica com uma planta carnívora gigante engolindo uma pessoa. Ou até mesmo vários esqueletinhos dentro dela. Há ainda a clássica cena de desenho animado, na qual a planta engole a pessoa, mastiga e acaba cuspindo o que sobrou. Cenas engraçadas e até mesmo assustadoras com plantas carnívoras são o que não faltam. Até por isso mesmo, essa planta tenha toda uma mística em torno dela. E até mesmo não é muito comum vê-la como objeto de decoração, até porque provavelmente muitos tenham medo que a planta devore os membros da família, por exemplo. Mas não é nada disso, como explica a proprietária da Flora Bem-Te-Vi, Maria Inês Maciente Biazi. Muitos acreditam que se colocar o dedo perto da planta carnívora, ela irá certamente morder o dedo. “Não é isso, ela vai fechar a boca, mas não que machuque, só vai pensar que é um inseto”. E isso não acontece só com o dedo de algum curioso que resolve experimentar para ver o que acontece, mas com qualquer material até mesmo um pedaço de pau pequeno.
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Isso acontece, pois a planta carnívora vai se sentir enganada, ou até mesmo ameaçada. Mas cuidado, essa brincadeira de colocar o dedo ou algum objeto para ela fechar a “boca” diversas vezes pode provocar até mesmo a morte delas, pois elas se sentem enganadas. Ou seja, não é uma boa ideia enganar a sua planta só para ver o que acontece, já que você pode acabar ficando com o dedo e sem a planta. Segundo Maria Inês, diferentes de outras plantas, elas preferem terra pobre em matéria orgânica. “Elas devem ser plantadas em fibra coco ou musgos. Os vasos podem ser plásticos ou em cerâmica”. A planta carnívora ainda gosta muito de sol, mesmo que indireto. Um bom lugar para cultivá-las são as varandas, sacadas e até mesmo lugares abertos, bem ventilados e com luminosidade natural. “Quanto a rega, é sempre bom molhar duas vezes por semana e, ao menos, uma vez ao ano colocar adubo e completar a fibra coco”. E se a planta é carnívora, o que ela come? Se você quiser alimentá-la com pequenos insetos, até pode, porém Inês não aconselha, já que para isso os insetos precisam estar vivos. O melhor
mesmo é deixá-la “caçar” o próprio alimento. Por isso, o dono de uma dessas plantas não precisa se preocupar se alguma mosca invadir o ambiente que ela logo servirá como alimento para sua planta. O melhor lugar para deixá-la, até mesmo pela quantidade de alimento, é em áreas abertas. “Pode-se deixar a meia sombra com muita claridade solar. Quando digo solar não é artificial”. Se for cultivá-la na área interna da residência, a dica é revezar e colocar só no fim de semana na parte interna. Nos restantes dos dias fora, numa varanda, sacada ou até mesmo embaixo de uma árvore. “Não se esqueça de regar duas vezes na semana e é melhor se não colocar aquele pratinho embaixo, já que isso retém água embaixo, fazendo-a apodrecer”. Para quem se interessou em ter essa plantinha exótica e até mesmo diferente, ela está à venda em lojas especializadas, como floriculturas e floras. Porém, nunca se esqueça de não ficar “brincando” com a planta carnívora, para que ela não morra tão rapidamente. Com cuidados simples e alguns insetos, a planta poderá virar o xodó da residência.
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CRÔNICA
King e Kong Essa aconteceu
as providências deveriam tomar? E até o síndico foi avisado do
em um condomínio de
medo dos moradores, pois em caso de fuga, todos estariam
chácaras na região do
vulneráveis.
Caxambu, Jundiaí-SP. Um
Pois bem, passados cinco dias sem qualquer ocorrência com
morador não contente com a
os cães, nem latidos, nem fugas, chegou o morador. Na parte
segurança apresentada, comprou dois
externa da casa não notou nada de anormal, porém quando
dobermanns, irmãos negros, de orelhas cortadas e
adentrou em sua residência percebeu que a mesma fora visitada
muita cara de mau. Foram bem treinados para guardar a casa
por ladrões. Estes reviraram toda a casa, levando eletrodomésti-
de seu dono, corriam, latiam forte e colocavam todos os gatos
cos, joias, roupas e até bebidas.
das redondezas para correr.
Para sua maior surpresa os ladrões limparam até a geladeira,
Acreditando na dupla de seguranças que habitavam
fazendo um verdadeiro banquete, mas quando encontraram as
sua chácara, marcou sua primeira viagem. Tomou todas as
duas feras, foi o fim: King e Kong estavam de gravata borboleta,
providências avisando a portaria que somente o adestrador
faltando somente o fraque para completar o traje.
teria autorização para adentrar na propriedade, já que era o
Quem ficou uma fera foi o dono: vendeu a chácara, mu-
único que tinha alguma intimidade com as feras. Além de várias
dou–se para um apartamento e a última vez que King e Kong
vasilhas com água, foram providenciadas algumas varas para
foram vistos estavam na gaiola do adestrador em uma viagem
que o adestrador pudesse, com toda segurança, completar a
sem volta para alegria dos condôminos.
comida das feras. Os vizinhos ficaram apreensivos, pois sem seus donos,
Por Dr. José Miguel Simão
como deveriam proceder caso os cães saíssem para rua? Quais
Advogado e cronista
Ilustração: Rafael Godoy.
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