Revista Portal dos Condomínios - edição jul/ago 2012

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O seu condomínio em revista

Distribuição gratuita Ano 09 . Nº 97 Jul/Ago de 2012

COMO ESTÁ A ENERGIA DO SEU CONDOMÍNIO?

Acompanhamos a limpeza de cabine primária de um condomínio residencial de Jundiaí. Conheça aqui o que você precisa saber para evitar problemas de energia

Agora o Portal é associado da Proempi



EDITORIAL

ÍNDICE

Perigo silencioso Talvez o maior perigo é aquele silencioso, que

do setor e só depende de você, seja morador,

desperta de uma hora para outra. Em um con-

conselheiro ou síndico. Participe ativamente

domínio, as assembleias são repletas de ações cor-

das ações de desenvolvimento da área con-

retivas em prol da segurança, mas em poucas delas

dominial. As inscrições podem ser feitas direta-

a preocupação com a limpeza da cabine primária

mente com a Proempi: proempi@proempi.org.br

entra em pauta. O fato despertou a atenção da revista Portal dos Condomínios que foi fiscalizar de perto a manutenção em um condomínio residencial em Jundiaí-SP.

* Mandala: círculo de energia

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* Porteiro: obrigações

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* Portal Debate: as dúvidas

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do seu condomínio * Capa: limpeza de cabine

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primária

* Constantemente recebemos solicitações para entrada em novos condomínios, o que reflete a

Realizada por profissionais capacitados e com

credibilidade conquistada com as reportagens

a coordenação da concessionário de energia, o tra-

imparciais e o conteúdo de qualidade da revista

balho aconteceu sem qualquer problema e o con-

Portal dos Condomínios. Mas o mais importante é

domínio está regularizado, de acordo com as nor-

manter o cadastro atualizado dos seus moradores,

mas do AVCB, e todos os moradores estão pratica-

para evitar que a revista atrapalhe o serviço de cor-

mente isentos de ausência de energia elétrica.

respondência interno do seu condomínio. Entre em

Apesar de muitos condomínios não possuírem

contato com nossa central de relacionamento agora

a cabine primária, a atenção deve se redobrar para

mesmo: 11 4522-2142 e faça a atualização do seu

os cuidados com a energia elétrica, assim como a

cadastro.

manutenção e acesso de responsáveis por esse

*

setor. Confira o especial de capa e conheça mais

A revista Portal dos Condomínios tem mais de

sobre um condomínio que utilizará aerogerador na

nove anos de divulgação e está em constante cres-

cidade.

cimento. Mas o grande o objetivo é atender você, *

leitor, da melhor forma possível. Por esse motivo que

Em uma região que o mercado imobiliário está

criamos a editoria Portal Debate, um espaço para tirar

em constante crescimento, a Associação das Em-

dúvidas. Porém gostaríamos de saber o que ainda fal-

presas e Profissionais do Setor Imobiliário - Proempi

ta na revista. Dê a sua sugestão. Envie um email para

- conseguiu trazer para Jundiaí um curso direciona-

contato@condominioemrevista.com.br ou ligue para

do para zeladores. O objetivo é a profissionalização

a gente: 11 4522-2142

* Curso para zelador

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* Artigo: Projeto de

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segurança * Bem estar: horta

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em casa

EXPEDIENTE Redação: Rua das Pitangueiras, 652 - Jd. Pitangueiras

Caso ainda não receba e queira o exemplar em seu

CEP.13206-716 - Jundiaí / - Tel: 4522-2142

condomínio, ligue para 11. 4522-2142.

contato@condominioemrevista.com.br

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade do autor e não representam o pensamento a revista.

A revista é um produto da io! comunica CNPJ: 06.539.018/0001-42

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www.iocomunica.com.br Site: www.condominioemrevista.com.br Jornalista Responsável: Rodrigo Góes. MTB: 41.654

Twitter: @pcondominios

Designer Gráfico: Paloma Cremonesi

Facebook: Portal dos Condominios

Arte Final: Paloma Cremonesi e Jonas Junqueira

Blog: http://portaldoscondominios.wordpress.com

Reportagens: Vivian Lourenço MTB: 57471 Ilustração e Redes Sociais: Rafael Godoy

Associado

Estagiáros: Thais Bueno e Paulo Toledo Ilustração de Capa: ShutterStock Tiragem: 10.500 exemplares. mediante protocolo para moradores de condomínios

PARA ANUNCIAR 11 4522.2142 | 4521.3670

constantes em cadastro do Portal dos Condomínios.

atendimento@ condominioemrevista.com.br

Entrega: Mala direta e direto em caixa de correio,

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DECORAÇÃO & DESIGN

Rodrigo Góes

Círculo de energia

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Por Vivian Lourenço Estresse, preocupações, cansaço e chateações. A vida moderna está repleta desses sentimentos, e muitas vezes não conseguimos entrar em casa e deixar todas essas energias negativas do lado de fora. É o preço que se paga, atualmente, para conseguir aquilo que almeja. Porém, se é impossível trancar esses sentimentos do lado de fora e não deixá-los invadir o ambiente doméstico afetando todos da família, é possível amenizar o impacto dessas más energias no lar. Afinal, é horrível ficar em um ambiente no qual você não se sente bem. Mas é possível sim usar a decoração para resolver um pouco desse pequeno problema. A palavra mandala vem do sânscrito, de origem hindu, e significa círculo mágico, ou círculo de energia. Ela é constituída basicamente por desenhos geométricos, como triângulos, quadrados ou círculos. Desde a época mais antiga, até os dias atuais, as mandalas são usadas para meditação, para atrair abundância material, sorte nos negócios, além de servir também para amenizar as dificuldades enfrentadas, harmonizar o ambiente e principalmente transformar vibrações negativas em positivas. Segundo a psicóloga, Júlia Pitthan Silveira, as mandalas podem ser encontradas na natureza

em forma de planetas, flores ou lagos; na arquitetura em uma construção circular ou até mesmo dentro dos templos, como uma mandala feita de areia no chão. “Elas estão em toda a parte. Sua origem é tão antiga quanto a própria natureza”, revela Júlia. O objetivo principal da mandala é restabelecer o equilíbrio interior. “Quando uma pessoa contempla uma mandala, um sentimento de ordem, paz e significado mais profundo da vida costuma se manifestar”, diz a psicóloga que explica ainda que existem vários tipos de mandalas, que podem ser feitas pela natureza ou construídas pelo homem. “As mandalas são comuns no Oriente, na tradição budista e hindu. Os orientais utilizam a mandala para meditar, se conectar com um sentimento de transcendência e respeito pelo Divino. Elas aparecem na cultura budista e tibetana dentro dos templos, geralmente feitas de areia no chão”. A construção de uma mandala é acompanhado de mantras, orações e músicas na dimensão religiosa. Além de as mandalas aparecerem ou serem construídas, elas também podem ser vistas em sonhos, segundo a Psicologia Junguiana (de Carl Gustav Jung). “Quando elas surgem no sonho de uma pessoa, elas revelam uma personalidade mais integrada e consciente do seu crescimento

psicológico”. É claro que atualmente a mandala já não pode expressar tanto significado assim. Em sua maioria, elas são usadas para resgatar o equilíbrio interior, tanto mental, quanto emocional, além de decorar o ambiente. “De acordo com o Feng Shui, uma técnica de harmonização de ambientes, a mandala pode ser utilizada corretamente quando posicionada estrategicamente na porta de entrada”, conta. A dica para quem quiser utilizar o artefato, segundo Júlia, é usar estampas de tecidos, flores, quadros e até mesmo tapetes. “Dentro de casa ou do escritório, o importante é que elas fiquem visíveis aos olhos de todos”. Usando somente a inspiração, a designer Stella Birolli Costa Laiko, produz suas próprias mandalas. “Elas vêm de várias inspirações de viagens. Comecei pintando telas, mas como amo as circunferências, achei que traduzir a minha arte nas mandalas em madeira daria visualmente um efeito lindo”. Seja com sentido espiritual ou somente um objeto de decoração, as mandalas podem revigorar a energia da sua residência e deixar os maus fluídos do lado de fora. O mais importante é que os moradores a tenham como um instrumento sempre a vista, nada de deixá-la escondida.

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VIVER EM CONDOMÍNIO

O QUÊ PODE E NÃO PODE fazer o

Manter as funções dos empregados devidamente bem definidas é tarefa de extrema importância. Cabe ao administrador conservar cada funcionário na sua função, deixando bem claro a tarefa de cada um, pois no dia a dia as tarefas se confundem e aquele empregado que hoje parece um tanto caprichoso e polivalente, acaba no futuro tornandose um reclamante na Justiça do Trabalho. Frequentemente recebemos o questionamento de como proceder de maneira correta, como definir as funções de cada empregado sem cometer erros ou equívocos. Para isso, o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, criou a tabela da CBO(Classificação Brasileira de Ocupações) que deve obrigatoriamente ser seguida por todos os empregadores, sejam eles empresas públicas, privadas, entre outras. E a administração e o funcionamento do condomínio são compostos por uma série de peças de um quebra cabeça, sendo que uma delas tem um destaque especial: o porteiro. Neste caso específico vejamos o conteúdo da CBO de nosso porteiro, assim classificado e com recente alteração trazida pela Portaria de número 397 de 09/10/2002 - MTE: Código CBO: 5-51.25 – Título: Porteiro de Edifício Descrição resumida – “Executa serviços de vigilância e recepção em portaria de edifício de apartamentos, comercial ou outros, baseando-se em regras de conduta predeterminadas, para assegurar a ordem no prédio e a segurança dos seus ocupantes”. Descrição detalhada – “Fiscaliza a entrada e saída de pessoas, observando o movimento das mesmas no saguão da portaria principal, nos saguões dos elevadores e nos pátios, corredores do prédio e garagem e procurando identificá-las, para vedar a entrada das pessoas suspeitas, ou encaminhar as demais ao destino solicitado; atenta para o uso dos elevadores, observando e vedando o excesso de lotação ou carga e a retenção em andares sem motivo justificável, para garantir o cumprimento das disposições internas e legais; susta o uso do elevador, baseando-se na constatação de desarranjos ou mau funcionamento, para evitar danos aos usuários; encarrega-se da correspondência em geral e de encomendas de pequeno porte enviadas aos ocupantes do edifício, recebendo-as e encaminhando-as aos destinatários, para evitar extravios e outras ocorrências desagradáveis. Pode desempenhar algumas tarefas próprias do zelador de edifício (5.51.20), como a inspeção de pátios, corredores, áreas e outras dependências do prédio, receber e conferir material e outras similares.” Vejam que interessante: a própria descrição do Código CBO, ao seu final, determina algumas tarefas do zelador que pode o porteiro a desempenhar sem a ocorrência do desvio da função, tão e somente aquelas permitidas pela legislação. Atente-se que o porteiro é o cartão de visita do

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PORTEIRO

? ??

do condomínio?

condomínio, peça fundamental, especialmente para a segurança do condomínio, assim jamais deve ser usado para efetuar os chamados “quebra-galhos” tão solicitados pelas unidades autônomas ou para as demais tarefas diárias do condomínio. Assim, devemos lembrar que ele deve desempenhar suas funções na área comum, e que seu horário de trabalho deve servir exclusivamente para o seu empregador, qual seja, o edifício ou associação, pois caso contrário desempenhará várias funções em prejuízo da real função para qual fora efetivamente contratado. Os trabalhos efetuados por estes funcionários,

mesmo que remunerados e fora do horário de trabalho, também devem ser evitados e encarados com certa restrição, pois podem ser confundidos como ampliação do horário de trabalho, além de gerar dúvidas aos demais proprietários. Outro ponto muito importante a ser levantado é em relação aos horários de cada empregado, que devem ser previamente estipulados e seguidos à risca, com controle muito bem organizado e guardado; eventuais horas extraordinárias devem seguir um ritual de autorização rígida e solene pelo administrador, evitando-se assim que empregados permaneçam em seus postos de trabalho além, ou antes, do horário, sejam nas entradas, nas saídas e principalmente no horário de refeição e descanso. Os nossos tribunais vêm entendendo que caso o porteiro acumule as funções com a de zelador ou de faxineiro, ou seja, o funcionário é contratado para exercer a função de porteiro e, na realidade, acumula e exerce indistintamente funções de zelador ou faxineiro, sendo que cada uma dessas atividades é contemplada com piso salarial diferente na convenção coletiva da categoria, o empregado deve ser remunerado, por atração lógica, com o piso salarial de maior valor e não por ambas as funções, considerando terem sido prestados ambos os serviços numa única jornada de trabalho, com onipresença e confusão. Importante ressaltar que os problemas que porventura ocorram no condomínio em relação à segurança ou às atividades gerais, devido ao desvio de função do porteiro, não podem ser a este atribuídos, devendo aqueles, de quem as ordens partiram arcar com as consequências decorrentes delas. Conclui-se que desviar a função do porteiro, acumulando funções, alterando seu horário e jornada de trabalho ou mesmo não arquivando autorizações e controle de horários de forma clara e objetiva gera oneroso passivo trabalhista, que deve ser evitado a todo o custo pelos administradores, os quais devem envidar esforços em busca de meios que impeçam e/ou dificultem a prática do desvio de função ou de qualquer outra questão trabalhista que esteja fora do contrato de trabalho, da convenção coletiva e das determinações legais. Para tanto, o apoio preventivo de um profissional do Direito especializado é uma medida de inteligência que elide dissabores e futuras despesas judiciais que muito custam ao condomínio seja em tempo para acompanhar o processo ou estar presente em audiências, seja financeiramente com altas indenizações trabalhistas.

* * Carlos Eduardo Quadratti, advogado especializado em direito condominial e de vizinhança, jornalista articulista inscrito no MTB 0062156SP.

Envie sua sugestão de tema jurídico para viveremcondominio@condominioemrevista.com.br


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PORTAL DEBATE

Dúvidas de moradores expostas aqui, PORTAL DEBATE A sua participação na editoria Portal Debate é fundamental para o melhor desenvolvimento do mercado condominial, visto que o seu questionamento pode ser o do vizinho e ambos podem enriquecer o conhecimento. Participe enviando suas dúvidas para contato@condominioemrevista.com.br Dulce M. M. da Silva: Qual a função de um conselheiro fiscal ou consultivo? Portal Debate: A legislação de 1964 traz a seguinte disposição: Art. 23: Será eleito, na forma prevista na Convenção, um Conselho Consultivo, constituído de três condôminos, com mandatos que não poderão exceder a dois anos, permitida a reeleição. Parágrafo único: Funcionará o Conselho como órgão consultivo do síndico, para assessorá-lo na solução dos problemas que digam respeito ao condomínio, podendo a Convenção definir suas atribuições específicas. O novo Código Civil ao tratar do assunto dispôs: Art. 1.356: Poderá haver no condomínio um Conselho Fiscal, composto de três membros, eleitos pela assembleia, por prazo não superior a dois anos, ao qual compete dar parecer sobre as contas do síndico. Vejamos então que a lei velha fala em Conselho Consultivo, e a lei nova fala em Conselho Fiscal, cada um com diferentes funções. Alguns operadores do direito entendem que a lei nova se sobrepôs à lei antiga valendo somente o disposto no atual Código Civil, outros entendem que os dois podem coexistir. Entendemos que deve ser observado e seguido o disposto na Convenção de cada condomínio, ademais a lei nova faculta a existência do Conselho Fiscal quando usa a expressão “poderá”, assim, se o conselho não estiver previsto em convenção ele não poderá existir, e uma vez previsto deverá seguir as atribuições ali previstas, observada também a legislação. Compete ao Conselho Consultivo: a) Assessorar o síndico do condomínio na solução de problemas de interesse comum; b) Fixar, mensalmente, o valor das multas e outras expressões monetárias previstas nesta convenção ou no Regulamento Interno, mediante proposta do síndico do condomínio.

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c) Examinar, mensalmente, as contas do condomínio, emitindo parecer, obrigatoriamente, no prazo de 15 dias; d) Examinar as contas relativas aos períodos anuais de gestão do síndico do condomínio, emitindo parecer no prazo de 30 dias. e) Emitir parecer e apresentar emendas à proposta orçamentária a ser votada pela Assembleia Geral Ordinária; f) Emitir parecer sobre assuntos condominiais, quando solicitado, por escrito, pelo síndico, ou por qualquer condômino interessado; g) Emitir parecer sobre a proposta do síndico do condomínio para aprovação de verbas destinadas a suprir variações negativas no orçamento; h) Deliberar, em grau de recurso, sobre as penalidades impostas aos condôminos; i) Convocar o síndico do condomínio e seus auxiliares para prestar esclarecimento sobre o desempenho de suas funções; j) Sustar o cumprimento de atos do síndico do condomínio, mediante deliberação tomada por 2/3 (dois terços) da totalidade de seus membros que se encontrem no exercício de suas funções, até decisão da Assembleia; k) Nomear Comissões Especiais, delegandolhes poderes; l) Autorizar, se necessário, a realização de auditoria externa anual, relativamente às contas da Administração. Parág. único - As decisões do Conselho Consultivo, nos casos não expressamente previstos, serão tomadas por 2/3 (dois terços) da totalidade de seus membros que se encontrem no exercício de suas funções. Maria Inês C. Guitti: No caso de na Assembleia Geral Ordinária, o demonstrativo financeiro não ser aprovado, o que devemos fazer? Destituir a síndica? Ela pode ser processada? PD: Destituição de síndico é um negócio muito sério. Ao reprovar as contas deve haver um parecer tanto do Conselho Fiscal quanto da assembleia apontando detalhadamente o porquê de não aprovar tais contas. O síndico pode solicitar um prazo para efetuar as correções ou explicações e chamar nova assembleia


e síndicos para você para rediscutir o caso, somente então se pode começar a pensar em destituição e processo, mas isso depende de cada caso concreto. João Ricardo Nani - Res. 9 de Julho 2: Venho reclamando de excesso de barulho manhã, tarde e noite com crianças. Já deixei registrado por escrito aproximadamente 20 bilhetes, no famoso livro “negro”, a síndica já aplicou advertência aos moradores, até a convocação para um bate-papo para solucionar o caso, onde os mesmos se comprometem a não fazer mais barulho ou diminuir, mas tudo volta a estaca zero. A atual síndica, Victória Furlan, até tem boa vontade de solucionar, mas não está aplicando o regime interno do condomínio, pois a mesma alega não poder aplicar multa aos moradores, por causa da CEDECA (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente), por se tratar de crianças. A dúvida é: O Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussan/ CEDECA é uma organização não-governamental e tem como missão enfrentar todas as formas e manifestações de violência contra crianças e adolescentes, sobretudo contra a vida e a integridade física e psicológica. A síndica não pode aplicar as normas do condomínio? Ou devo tomar as medidas cabíveis, como registrar um B.O. e procurar um advogado onde possa entrar com uma ação judicial ? No caso, essa ação, é contra o condomínio ou os moradores ou ambos? PD: As penalidades serão contra os propri-

etários do imóvel, e não contra as crianças. As crianças são de responsabilidade dos pais. João A. Soliani: Estou querendo implantar a coleta seletiva de materiais reciclado. Tem alguém que compra este material e retira no condomínio?

PD: É importante prestar atenção as pessoas que assumem o compromisso de comprar e retirar esse tipo de material, pois não são empresas constituídas. E ainda pode haver o dia que não cumprirão com o compromisso assumido, deixando o condomínio com materiais acumulados.

A equipe Portal Debate: Fernando Fernandes (síndico profissional), André Schuler (técnico),Melícia Geromini (psicóloga), Carlos Eduardo Quadratti advogado), e Reginaldo Moron (advogado)

Daniela Mendes

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Capa

Uma faxina

necessária 10

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Por Vivian Lourenço Quantos dias você consegue ficar na sua residência sem limpá-la? Se você não for um adolescente, com preguiça de limpar o quarto, provavelmente em poucos dias ou horas começará a se incomodar com a bagunça e o pó acumulado na mobília e no chão. Casa suja dá uma sensação de mal estar, de pouco aconchego. É difícil se sentir bem em um ambiente assim. Na maioria das vezes, a preguiça é deixada de lado e o balde, vassoura, rodo e pano entram em ação. Com um pouco de boa vontade a residência fica limpa e mais fácil de ser habitada. Além da limpeza, precisa ter organização. Imaginou precisar de algo urgente e não fazer a mínima ideia de onde deixou? Só damos valor a organização em um momento de emergência, onde a pressa é sempre inimiga da bagunça. Ou naquele momento que você tropeça em algo no meio do caminho e

“ Muitos síndicos nem fazem ideia de que o condomínio possui uma cabine primária para distribuição de energia, muito menos que ela precisa de uma manutenção anual para não deixar todos os moradores no escuro, ou pior, para não correr o risco de acidentes mais graves, como um incêndio. Tudo isso, provocado pelo acúmulo de sujeira. O pó em contato com a eletricidade pode causar todos esses problemas”

acaba se machucando. Não é só dentro da nossa

Segurança refrçada durante o serviço de limpeza da cabine primária.

residência que precisamos ter organização e zelar pela limpeza. Em qualquer lugar que você vá, esses quesitos são os mínimos exigidos. Ou será que alguém frequentaria um restaurante sujo, com problemas de iluminação? Provavelmente somente ratos e baratas gostariam de ficar naquele local. Mas e se a residência estiver bem limpa e organizada e mesmo assim sofrer por causa da desorganização e sujeira? Isso pode acontecer se o síndico ou administrador do condomínio se esquecer de fazer a manutenção de um item essencial do local: a cabine primária. Provavelmente um ponto de interrogação deve ter surgido quando o nome “cabine primária” foi mencionado. Segundo o engenheiro eletricista, Evaldo Sérgio Campos dos Santos, muitos síndicos nem fazem ideia de que o condomínio possui esse tipo de distribuição de energia, muito menos que ela precisa de uma manutenção anual para não deixar todos os moradores no escuro, ou pior, para não correr o risco de acidentes mais graves, como um incêndio. Tudo isso, provocado pelo acúmulo de sujeira. O pó em contato com a eletricidade pode causar todos esses problemas. A cabine primária é a entrada de energia elétrica ligada ao sistema de distribuição em

A concessionária de energia, obrigatoriamente, precisa estar presente.

média tensão. Em resumo, ela transforma os Portal dos Condomínios . Jul/Ago 2012

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13.800 volts que saem do poste na rua para os

presa especializada, com um engenheiro eletri-

220 volts que você utiliza na sua casa. Todos

cista responsável, que será o responsável por

os condomínios usam um sistema que transfor-

toda a intermediação com a CPFL, para o des-

ma essa energia, que pode ser feita pela cabi-

ligamento da energia. “Fizemos esse proces-

ne primária, ou ainda por um

so com quase um mês de antecedência, para

transformador instalado pela

colocar na demanda da empresa responsável,

companhia elétrica (no caso

que agendou o dia e o horário para poder fa-

de Jundiaí-SP, a CPFL) no pos-

zer essa manutenção”, esclarece o engenheiro.

te. O sistema de transformação é o mesmo.

Uso de equipamentos de segurança é essencial para esse serviço.

De acordo com Evaldo, a

ro eletricista também deve recolher a Anota-

diferença entre a cabine pri-

ção de Responsabilidade Técnica (ART). “Tem

mária e o transformador no

que fazer tudo direito. Não pode ter a famo-

poste é somente o método

sa gambiarra. Esse é um processo que envolve

de distribuição. “Na cabine

muito risco”, explica o síndico.

o sistema é mais eficiente, e

No Centro Empresarial Villa Jobim foi pre-

o condomínio tem uma ins-

vista a construção dessa cabine primária, visto

talação mais limpa, sem fios

que a demanda de energia elétrica do ar-con-

no poste”. Porém, tanto a

dicionado iria ser muito grande. “Nós temos

cabine, quanto o transfor-

lá uma cabine primária e também temos no

mador, precisam de ma-

Condomínio Residencial Vivere Intenso. A cada

nutenção constante. “Alguns

ano são feitas manutenção e limpeza, que con-

condomínios, de acordo com a necessidade

sistem em tirar o pó dos contatos, mantendo

prevista no projeto, tem essa cabine interna,

sempre limpo”, ressalta Fernando.

mas a maioria não. Porém, quando se tem essa

Nessa manutenção, aproveita-se também

cabine, é preciso fazer uma manutenção”, ex-

para fazer reparos dentro da cabine, como pin-

plica o Síndico Profissional, Fernando Fernan-

tura de chão, paredes, ou até mesmo a simples

des.

troca de uma lâmpada para a iluminação inter-

A manutenção é sempre feita por uma em-

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Além de todo o contato com a empresa responsável pelo desligamento, o engenhei-

na. “Isso só pode ser realizado com a cabine


desligada”.

atentos a esse calendário de manutenção, já

Como no Residencial Vivere Intenso há um

que cada caso é um caso. A lavagem de caixa

gerador, os problemas foram menores. “Esse

d’água, dedetização, cada condomínio tem sua

gerador atendeu a dois elevadores de serviço e

data específica”, orienta Fernando.

a iluminação de emergência das áreas comuns

Todo esse processo faz parte das exigências

e garagem”, diz Fernando. A empresa respon-

para a renovação do Auto de Vistoria do Corpo

sável pelo gerador também acompanhou a lim-

de Bombeiros (A. V. C. B.), então

peza, para garantir que não haja nenhum pro-

os síndicos precisam estar com o

blema.

laudo de eletricidade feito, por

Como o gerador não atende aos portões

um engenheiro elétrico. Dentro

elétricos houve um reforço na segurança, já

dos requisitos desse laudo, está a

que os portões ficarão abertos durante o traba-

limpeza e a manutenção da cabi-

lho. “Preferimos não deixar os geradores para

ne. “Além de preventivo, a cabine

o portão, para não sobrecarregar, por isso te-

primária em ordem compõe o lau-

mos um reforço para evitar problemas”, explica

do para a renovação do A.V.C.B.”,

o síndico.

ressalta Fernando Fernandes.

No caso do Centro Empresarial Villa Jobim,

Como o mesmo trabalho foi

que não há gerador, foi feita a locação de um

realizado em um condomínio re-

equipamento de pequeno porte, para uma ilu-

sidencial e um comercial, as datas

minação de emergência. No caso dos elevado-

escolhidas para o desligamento

res, não foi necessário, já que não havia nin-

da energia tentaram ter o menor

guém no edifício por se tratar de um serviço

impacto na rotina dos moradores

realizado em um final de semana.

e/ou trabalhadores. “No Vivere,

“Somente pessoas autorizadas e treinadas tem autorização para entrar na cabine primária, que fica fechada com cadeado, com a chave em poder do zelador. Ou seja, em caso de problemas de falta de energia, o zelador não está autorizado a deixar ninguém, que não for da companhia de energia, entrar no local. Mesmo que o morador insista, o risco é muito grande”

O ideal é que o síndico tenha um calendá-

como é residencial, fizemos du-

rio para a manutenção. Não há uma data certa

rante semana, já no Jobim, foi

para fazer essa verificação da cabine primária,

realizado de domingo”. Ao todo, o pedido de

depende da data de inauguração do condomí-

desligamento da energia durou quatro horas.

nio. Mas a cada ano é preciso fazer essa manu-

Depois da equipe formada, que foi com-

tenção. “É importante que os síndicos fiquem

posta de aproximadamente seis pessoas, e com

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a data de desligamento agendada com a CPFL, os profissionais responsáveis pela manutenção fazem um check-list de tudo a ser realizado nos dois locais. Na quarta-feira (11 de julho), na data marcada para a manutenção do Residencial Vivere Intenso, antes das oito horas da manhã, a equipe já estava preparada para começar a manutenção. Porém, por um atraso da CPFL, a energia só foi desligada por volta das 10 horas. Evaldo foi o responsável por toda a coordenação dos trabalhos e explicou os passos de segurança que devem ser feitos para a realização de um trabalho como esse. “É extremamente perigoso, mexemos com uma tensão muito alta, por isso todo o cuidado é pouco. Os itens de segurança que devem estar na cabine primária são a luva específica para esse trabalho, o bastão para desligamento da chave e também um extintor de incêndio. Sem isso, não dá para sequer pensar em começar a trabalhar”. Somente pessoas autorizadas e treinadas tem autorização para entrar na cabine primária, que fica fechada com cadeado, com a chave em poder do zelador. Ou seja, em caso de problemas de falta de energia, o zelador não está autorizado O engenheiro Evaldo do Santos coordenou a limpeza da cabine primária do Residencial Vivere Intenso.

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Portal dos Condomínios . Jul/Ago 2012

a deixar ninguém, que não for da companhia de energia, entrar no local. Mesmo que o morador insista, o risco é muito grande.


Distribuição gratuita Ano 02 . Nº 09 Jul/Ago de 2012

Por Vivian Lourenço

tropolitanas de São Paulo, São José dos Campos,

Que as cidades brasileiras estão crescendo,

Campinas e Baixada Santista. “Temos que adaptar as

isso não é novidade para ninguém. É só viajar para

cidades para as necessidades do mercado, tudo isso

outro município e você perceberá que a quantidade

sem esquecer a qualidade de vida. Antes, as pessoas

de residências fica constante em praticamente todo

ocupavam lugares sem planejamento, por isso que

o caminho. É até difícil saber onde estão os limites

temos tantas notícias sobre problemas relacionados à

das cidades; quando se percebe, já chegou ao des-

mobilidade, por exemplo”.

tino e a paisagem parece ter continuado a mesma.

É por esse motivo que o presidente da entidade

E em muitos casos, esse crescimento é tanto que as

defende o início imediato da discussão da região me-

cidades “se juntam”; uma invade o espaço da outra

gametropolitana para que os problemas decorrentes

e acabam formando uma só, como é

do aumento da população urbana não sejam ainda

o caso da região denominada Grande

maiores.

Megametrópole depende de planejamento

São Paulo. Os municípios naquele local

“Atualmente, em apenas dois picos de conges-

estão tão unidos que acabaram for-

tionamentos em São Paulo, de manhã e a tarde,

mando uma região própria.

são liberados 270 toneladas de Co2 na atmosfera”.

E esse fenômeno tende a aumen-

Bernardes relevou ainda que, atualmente, 50% da

tar. Ao invés de grandes regiões, o

população brasileira vivem em área urbana, mas que

crescimento dos municípios pode ser

esse número chegará a 80% em 30 anos. “Ou seja,

tanto que uma megametrópole deve

precisamos pensar na mobilidade urbana, o que irá

ser formada. E isso não vai demorar

acontecer?”.

muito para acontecer.

Com essa análise, o presidente do Secovi-SP de-

Por isso, o Sindicato da Habitação (Secovi-SP) em

fende o chamado diamante urbano, que já funciona

parceria com a Associação das Empresas e Profission-

em países da Europa. O diamante é um conjunto de

ais do Setor Imobiliário de Jundiaí e Região (Proempi)

condições sustentáveis para a vida da população da

realizou em julho o Encontro Secovi do Mercado

megametrópole. Deve-se haver uma política ou até

Imobiliário de Jundiaí e Região. Na ocasião, o plane-

mesmo uma lei que mostre as diretrizes sobre mora-

jamento megametropolitano foi o destaque.

dia, meio ambiente, transporte e outros fatores.

O presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes,

E na questão de transporte, Bernardes já propôs

defendeu o intenso debate sobre o tema e revelou

até mesmo uma solução. “O trem de alta velocidade

que não é possível uma megametrópole ser criada

vai ser fundamental nesse processo, já que as pes-

se não houver planejamento. “Com o crescimento

soas poderão se locomover mais rapidamente entre

das cidades, é urgente que se comece a planejar es-

as cidades”. O transporte se torna arma estratégica

sas áreas. Esta é a hora de tomar uma ação proativa

para que o planejamento megametropolitano dê

para sugerir moldes de ocupação ordenada”, explica

certo. Até porque, não é raro encontrar alguém que

Bernardes.

more em uma cidade e trabalhe em outra. O tempo

A megametrópole seria a aglutinação entre as

gasto nesse trajeto poderia ser um empecilho para

metrópoles já existentes. No Estado, elas já são re-

a criação da megametrópole. “Não devemos pen-

alidade e podem ser encontradas nas regiões me-

sar em cada cidade isoladamente, mas sim em um sistema. Hoje o diamante paulista tem 16 mil km² e engloba 60 municípios com mais de 500 mil habitantes. Estamos falando de uma população de 270 milhões”. E não são somente as pessoas que ganharão em qualidade de vida e mobilidade. Segundo o presidente do Secovi-SP, com a identificação do perfil imobiliário das cidades e o mapeamento geográfico, será possível identificar novos polos imobiliários. “Estamos tentando fazer um projeto de lei sobre isso, mas como demora muito tempo, os municípios já podem ir discutindo esse assunto e se preparando”, finaliza Bernardes.

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Capa Depois de desligada a energia no poste, o

ne primária. “É gostoso assim, quando pega-

passos necessários para a sua atuação, diver-

próximo passo é desligar as chaves dentro da

mos algum problema na manutenção. Temos

sas vezes, até não haver mais dúvidas. Nunca

cabine primária. “Ainda vamos isolar o trans-

aqui alguns componentes soltos. Imagine se

pode operar essa cabine sem treinamento,

formador, para realmente ter certeza que ne-

não tem manutenção, e dá algum problema,

Não adianta vir um morador e falar que é en-

nhuma corrente de energia irá passar por aqui.

como descobrir que é porque ali estava frou-

genheiro ou eletricista e insistir para entrar.

Esse é um procedimento de segurança, já que

xo. Não dá, só conseguimos pegar isso na ma-

Não pode. Até porque, se um choque normal,

muitas vezes a cabine fica distante do poste e

nutenção. Agora os moradores têm a certeza

na tomada de casa, com a voltagem de 220 já

quando der o horário de religação, se ninguém

que não haverá problema algum”, certifica o

dói, imagine uma descarga elétrica de 13.800?

perceber, pode ocorrer uma descarga elétrica

engenheiro.

Impossível de imaginar o risco. Tanto que os

fatal”, afirma o engenheiro.

Todo o trabalho demorou em torno de

responsáveis pela manutenção tomam todos

Além de tudo desligado e aterrado, Eval-

duas horas, e ao meio dia a energia elétrica

os cuidados e redobram a segurança antes de

do ainda usa um aparelho para se certificar

do residencial já havia sido restabelecida. No

pensar em colocar a mão em um dos compo-

que realmente não há nenhum risco para os

tempo todo que a equipe trabalhou na ma-

nentes do transformador.

funcionários, medindo se há alguma voltagem

nutenção, o portão principal ficou aberto,

“A cabine não é depósito, nada de guardar

passando pelos fios. Depois de tudo checa-

porém com um reforço na segurança. Os mo-

produtos de limpeza, caixas ou outros materiais

do é que a manutenção começa. Foi realizada

radores haviam sido avisados da manutenção

no local. Aqui só deve ter a chave, disjuntor,

a lavagem do tapete de borracha, usado para

uma semana antes do desligamento da energia.

transformador. Tudo identificado. Caso tem al-

desligar a chave, limpeza do chão, dos equi-

Além da manutenção, o zelador também

gum problema, desliga a chave e chama a con-

pamentos, além da pintura da parede e tam-

recebeu treinamento de como operar a cabine

cessionária responsável, é o melhor a se fazer”,

bém do chão. “O pó que fica acumulado pode

em caso de emergência. Todos os equipamen-

ressalta Evaldo.

causar curto-circuito. Por isso que a limpeza é

tos de proteção individual (EPI) foram mostra-

Os problemas mais comuns que a cabine

necessária. O tapete de borracha cheio de pó

dos para ele. “Tem que entrar na cabine com

primária apresenta, segundo o engenheiro, é

pode conduzir eletricidade”, explica Evaldo.

calçado adequado, óculos e capacete. Ali den-

não ter um local correto para os EPIs, guardar

Enquanto a limpeza era realizada e o zela-

tro da cabine há as luvas específicas e o bas-

a chave que abre a cabine em local de difícil

dor do residencial cuidava da pintura do chão

tão. É só desligar a primeira chave, pegar o

acesso, além do acúmulo da sujeira e do pó.

e das paredes, a equipe partia para a manu-

bastão, pisar no tapete de borracha e desligar

“O ideal é fazer esse trabalho pelo menos uma

tenção do transformador, que juntamente com

a outra chave”.

vez ao ano. O aperto dos parafusos é funda-

a retirada da poeira, é uma das peças funda-

Antes de a energia ser religada, o zelador

mentais do trabalho de manutenção da cabi-

e o engenheiro eletricista passaram todos os

mental para evitar problemas”. E quando o transformador de energia não

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fica dentro da cabine primária e sim no poste,

manda mais do que uma manhã para ser rea-

residência, depois de um dia inteiro de trabalho

precisa fazer manutenção? Segundo Evaldo,

lizada. Se por um lado pode causar incômodo

e descobrir que irá ficar sem energia, e o que

precisa sim. “Como esses transformadores são

ao morador por ficar sem energia por quatro

é pior: não se sabe as causas do corte no for-

a óleo, o síndico pode sim requerer a análise

horas, de outro lado é a certeza de que, por

necimento. Então, aquela velha dica das nossas

desse óleo junto à concessionária e se for verifi-

um ano, nada de grave poderá acontecer.

avós continua valendo: é melhor prevenir do

cada qualquer irregularidade, pode pedir a ma-

Mais desagradável do que chegar à própria

que remediar.

nutenção ou a troca desse transformador, sem problemas”. O procedimento também pode ser realizado anualmente. Os condomínios não precisam ter necessariamente um gerador, mas quando se tem, há um determinado conforto. “Há projetos de condomínios que já estão instalando um gerador de grande porte, que atende aos motores do elevador. Outros projetos não visam esse tipo de necessidade, e só há a iluminação de emergência, que funciona a bateria. Vai de cada projeto. Eu entendo que cada vez mais serão instalados geradores, para poder atuar com um acesso elétrico para os portões, monitoramento de vídeo e a cerca elétrica, para ter mais segurança no local”, explica Fernando. Porém, em São Paulo, existe uma lei que obriga os edifícios com mais de cinco pavimentos a terem um gerador, segundo explica Valtair Silveira, de uma empresa de geradores. “Antes de desligar a energia fazemos a manutenção preventiva do gerador”. O equipamento desligou automaticamente depois que a ener-

Novidade do mercado Já pensou em um gerador que além de não deixar o condomínio sem energia elétrica, ainda ajudasse na redução de gastos? O aerogerador, novidade na cidade, consegue fazer esse trabalho. Ele funciona da seguinte forma: o vento incide sobre as pás do rotor e faz com que ele gire, ocasionando torque no eixo, onde está acoplada uma caixa de engrenagens. A rotação aumentada é levada até um gerador elétrica no qual será produzida a energia que abastecerá parte das áreas comuns do condomínio. Futuramente, se os condôminos tiverem interesse, podem adquirir mais aerogeradores e, desta maneira, reduzir ainda mais o consumo de energia elétrica. Se a geração da energia por meio do aerogerador for superior ao consumo, ela pode ser até vendida para companhias de eletricidade Para a instalação desse equipamento, o ideal é realizar um estudo sobre a velocidade do vento no local, para que o equipamento tenha um aproveitamento maior. Mas qualquer condomínio pode ter um deste.

Como o gerador oferece mais comodidade, principalmente ao morador em caso de algum imprevisto, algumas construtoras estão buscando alternativas mais ecológicas para já, no projeto do condomínio, ter o gerador como parte integrante do local. O aerogerador é uma dessas iniciativas e é capaz de promover a redução no consumo de energia elétrica e também a emissão de gases poluentes, reduzindo, desta maneira o efeito estufa. Ele funciona da seguinte maneira: o vento bate sobre as pás do rotor e faz com que ele gire, ocasionando torque no eixo, onde está acoplada uma caixa de engrenagens. A rotação aumentada é levada até um gerador elétrico no qual será produzida a energia que abastecerá parte das áreas comuns do condomínio. Essa é outra opção, mais sustentável, para o problema de energia elétrica dos condomínios. É claro que nenhum condomínio está obrigado a possuir um gerador, porém fica indiscutível o conforto de se ter um equipamento desse, além da segurança em caso de falha da energia, já que todo o monitoramento e cercas elétricas continuarão funcionando. A certeza é: nunca um local tão sujo pode apresentar tantos riscos. A manutenção de uma cabine primária é fácil e rápida, e não de-

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Perspectiva do aerogerador frente ao Condomínio Resort, em Jundiaí, o primeiro no Brasil a adquirir este equipamento*

* fonte assessoria Santa Angela

gia elétrica foi religada.


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EDUCAÇÃO

Competir pra quê ? Carlos José Silva Borges Comunicação Colégio Divino Salvador RLógico que competir é saudável! Competir é totalmente humano, natural e incontrolável. Na verdade, até os mais humildes, tranquilos e bem resolvidos, de alguma forma, competem em alguma coisa. A competição é um estado que faz parte de cada um de nós, em todas as fases da nossa vida. Se você reparar bem, até os bebês se movimentam por um estímulo muito parecido com a competição. Crianças já disputam a atenção, jovens já disputam um papel satisfatório em seu grupo, logo depois disputam as melhores vagas, as melhores oportunidades no mercado de trabalho. Quando adultos, disputam dentro da sua empresa por um cargo melhor. E em todas as idades, disputam o valor das suas coisas e conquistas, se comparando e

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comparando a todo momento. Enfim, quase tudo é uma disputa. Aí está o perigo. Por que disputar quem tem o melhor celular, o melhor tênis, a melhor roupa, enquanto podemos exercitar o agradecimento do que temos e o sincero reconhecimento do nosso próximo? Por que disputar quem tem mais contatos no perfil de uma rede social, enquanto podemos valorizar os nossos amigos reais, àqueles com os quais podemos dividir alegrias e desafios? Por que dizer o seu é o melhor ou que do seu jeito é melhor, enquanto todos e tudo seguem uma fórmula única entre si, fazendo com que os mesmos fins aconteçam por meios diferentes ou que, simplesmente, para o outro, está ótimo daquela forma? Por que competir entre amigos, irmãos e até com os nossos pais e filhos, enquanto podemos seguir a vida em um estado maior de paz, harmonia e satisfação? E o pior: por que fraudar uma competição, agir de má fé, prejudicar o próximo, por um falso prêmio, já que, na real, essa conquista não terá valor algum? Nesse caso, é tão melhor ficar com o segundo, terceiro, quarto lugar, porém ficar em

paz com a sua consciência e ainda não correr o risco de perder a máscara diante de todos. A competição é natural e saudável, mas quando ela acontece exatamente dentro desses parâmetros. O problema é quando geramos um torneio, um jogo, uma disputa em situações da vida em que são realmente desnecessárias. O vestibular é uma competição, os processos de seleção das empresas são competições, mas há partes e momentos dessas jornadas que não são, em que o melhor pode ser esperar, compartilhar e até ceder. Por isso que a formação humana é extremamente essencial em todo processo educativo. O Colégio pode preparar o aluno para vencer, mas primeiro nas vitórias proporcionadas pelos bons valores, como solidariedade, honestidade e amizade. Assim, as demais vitórias certamente virão, na forma certa, no tempo certo, justas, duradouras e valiosas.


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UTILIDADES DOMÉSTICAS

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ACONTECE

Condomínio mostra exemplo de reciclagem e pode facilitar vida de moradores Por Rodrigo Góes O Residencial Guido Pelliciari demonstrou que está preocupado com a preservação do meio ambiente. Em atitude inédita, o condomínio promoveu uma palestra com a engenheira química, Vivian Ceciliata M. Drezza, que tratou sobre Coleta Seletiva, no último dia 25 de maio. O encontrou reuniu prestadores de serviço do condomínio e as profissionais do lar dos moradores do Guido, e contou com o apoio da administradora Impacto. Vivian fez um balanço da importância da consciência ecológica em um país que acumula mais de 195 mil toneladas de lixo por dia e que muitos desses resíduos tem mau gerenciamento e causam impacto físico, biológico e socioambiental. “Fisicamente, denigre os nossos rios e solos. Biologicamente, geram doenças e causam insetos e, por último, causam entupimento de canais”, exemplifica a palestrante. Ela destacou que um dos princípios para o

melhor gerenciamento do lixo é trabalhar com os três Rs: Redução: evitar desperdício, fazendo compras sem exagero; Reutilizar: utilizar os produtos de outras formas; Reciclar: reaproveitar certos produtos e reciclá-los. Vivian lembra que é muito importante que os produtos recicláveis estejam limpos, ou seja, sempre que for descartá-los, passar água para melhor aproveitamento pelas empresas de reciclagem. Mas uma das explicações que despertou a curiosidade dos presentes foi a da caixa de pizza. Antônia Moraes, que trabalha há mais de 10 anos para a moradora Gláucia, não sabia. “Eu enrolava a caixa e deixava no reciclável, mas vi aqui que, por conter comida no papelão, não é reciclável”. Antônia também mostrou que está empe-

nhada na preservação do meio ambiente. Há muitos anos que não joga óleo pelo ralo e utiliza o usado para fabricação de sabão. E quem sai ganhando é a própria patroa. “As crianças voltam da escola e o único produto que limpa é o sabão dela”, diz Gláucia. “Os meus panos ficam branquinhos”, se orgulha a empregada. O óleo foi um dos temas mais importantes da palestra no Residencial Guido Pelliciari. Vivian lembrou o público que de nada adianta esquentar água com detergente e jogar o óleo pela pia. O correto, ela lembra, é recolher todo o óleo em uma garrafa e deixá-lo em um local adequado para coleta. O mesmo mecanismo é válido para medicamentos. Nunca descartá-lo no lixo, mas sim encaminhar as grandes redes de farmácias. A palestra durou cerca de 30 minutos, contou até com um café da tarde e pretende ser uma constante pelos condomínios de Jundiaí-SP.

CONFIRA QUAIS MATERIAIS SÃO RECICLÁVEIS E SEPARE CORRETAMENTE SEU LIXO MATERIAL

RECICLÁVEL

NÃO RECICLÁVEL Etiquetas, papel carbono e celofane, fita crepe, papeis hi-

Papel

Metal

Jornais e revistas, folhas de caderno, formulários de computador,

giênicos, absorventes, fraldas, papéis metalizados, guar-

caixas e aparas de papel (limpas), fotocópias, envelopes, rascunhos.

danapo, caixa de pizza, bituca de cigarro, fotografias

Tampinha de garrafa, latas de óleo, em pó, conservas, refrigerantes e cervejas, alumínio, embalagens metálicas de congelados, papel

Clipes, grampos, esponjas de aço, tachinhas e pregos.

alumínio. Plástico

Canos e tubos, sacos, disquetes desmontados, embalagens de pro-

Cabos de panela, tomadas, carga de caneta, protetor au-

dutos de limpeza e alimentos, PET, caneta desmontada, escova de

ricular, papel de bala, elástico, tubo de pasta de dente.

dente. Vidro

Recipientes em geral, garrafas e copos

Espelhos, vidros planos e cristais, cerâmicas e porcelanas.

Cursos para Zeladores em Jundiaí

Por Rodrigo Góes A Associação das Empresas e Profissionais do Setor Imobiliários de Jundiaí e Região - Proempi fechou acordo com o Senai para a realização de dois cursos direcionados a condomínios: Noções de Zeladoria e Auxiliar Eletricista para zeladores. O primeiro abrangerá os conceitos sobre condomínios, atribuições e responsabilidade do zelador, relações interpessoais; portaria e segurança patrimonial; serviços gerais: limpeza e conservação, tratamento de piscinas, estacionamento

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e jardinagem e terá uma carga horária de 24h. Já o curso de Auxiliar Eletricista abordará conceitos sobre auxiliar a execução de instalações elétricas residenciais, públicas, comerciais e industriais de acordo com normas técnicas, ambientais, de qualidade e de segurança e saúde do trabalho e tem 40h de aula. Ambos os cursos são pagos, mas têm custos reduzidos para Associados da Proempi e estão com vagas limitadas. Outras informações: 11 4586-3535

Festa do Síndico

O que você acha de uma festa em homena-

gem ao síndico? O que seria melhor: jantar, almoço, palestra? Mande sua sugestão para: contato@condominioemrevista.com.br

Feiccad

A maior feira de imóvel, construção, condomí-

nios, arquitetura e decoração acontecerá entre os dias 27 e 30 de setembro, no Maxi Shopping Jundiaí. Mais informações: www.feiccad.com.br


ARTIGO

Projeto de Segurança

DE CONDOMÍNIO, primÍCias básicas Tive a honra de participar do 2° PORTAL DE DEBATE como palestrante e senti uma enorme energia dos presentes, querendo aprofundar no assunto sobre projeto de segurança patrimonial. Sendo assim, vamos passar uma visão sobre esse assunto tão complexo. Tentarei ser sucinto no que tange como iniciar “Projeto de Segurança Condominial”. A segurança patrimonial tem como grande objetivo aumentar a capacidade de conseguir proteger o local onde se encontra todo o seu patrimônio. A primeira ação para agir preventivamente é fazer do tema um objeto permanente para desenvolvimento do projeto de segurança. Os sinistros não geram apenas o pânico e o desaparecimento de alguns bens do patrimônio e sim com a própria atividade de um condomínio ou residência. A pouca vontade ou incapacidade financeira para comprar e contratar uma empresa de instalação de câmeras de vigilância e sistemas de alarme levam algumas pessoas imaginar que estão economizando, mas os resultados da falta de investimentos em equipamentos de segurança patrimonial podem acabar por ditar o fim no curto, médio ou longo prazo dependendo do tipo de problema que o patrimônio acabe por enfrentar. Esses problemas podem passar pelo roubo total do patrimônio ou em casos de empresas, comercio e condomínios, pelo roubo sistemático e continuado ao longo de anos, sem dar muito nas vistas, por vezes pelos próprios empregados. Para garantir ao máximo a segurança patrimonial é preciso a conscientização dos responsáveis percebendo a necessidade de programar rapidamente procedimentos e normas que sejam a resposta para várias situações da própria vivência interna destes locais.

A preparação de um plano de segurança patrimonial deve incluir vários tipos de elementos de prevenção, são eles: • Recursos Humanos; • Meios Organizacionais; • Tecnologia; • Normas e procedimentos; • Treinamento; • Implantação do Plano de Segurança. Temos as três metas fundamentais de um plano de segurança nas suas diversas facetas são: a proteção a vida, da propriedade e a restauração de atividade e operações normais. Vamos entender o projeto de segurança após feita analise de risco e diagnosticado a vulnerabilidade que nesse exemplo é segurança eletrônica. A decisão do sistema eletrônico que será implantado está diretamente ligado à politica de segurança que o empreendimento deseja incorporar. O projeto de segurança tem que ser o mais operacional possível e fazer frente aos riscos com eficácia, ou seja, cumprir os objetivos propostos que são: • Detectar o risco – trabalhar na prevenção para identificar o risco; • Inibir, dissuadir – impedir psicologicamente o agressor de tentar algo; • Impedir a agressão – possuir barreiras eletrônicas; • Retardar a agressão – implantando barreiras eletrônicas; • Responder a agressão – através dos meios eletrônicos. Todo o plano de segurança patrimonial deve ser baseado na análise de risco sendo feito o levantamento por matrizes de vulnerabilidade tendo como primícia extrair fatos concretos direcionando

as medidas preventivas a serem tomadas. O plano de implementação da segurança patrimonial deve ser executado por profissionais especializados neste meio, outra medida é buscar empresas sérias e com profissionais qualificados que tornaram eficaz e econômico o projeto de segurança patrimonial. * Emerson Januzzi, especialista em segurança pessoal.

Jonas Junqueira

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BEM-ESTAR

Por Vivian Lourenço

Saúde na varanda

Aquele molho do macarrão ficaria melhor com algumas folhas de manjericão fresco ou até mesmo um pouco de salsinha e cebolinha picadas na hora. E depois de exagerar no almoço, um chá de hortelã, feito na hora, ajuda a digestão de qualquer um. Mas, com tantos produtos industrializados na geladeira e no armário, como ter ingredientes naturais e orgânicos na alimentação diária? Fica difícil ir todos os dias ao supermercado para comprar algumas folhas, até porque não é todo dia que esses produtos são encontrados com facilidade, e mesmo assim, não são totalmente frescos. Acreditem: há uma sensível diferença entre uma hortaliça colhida na hora e uma ensacada no supermercado. E isso pode ser resolvido facilmente! Já imaginou ter uma pequena horta na varanda de casa ou do apartamento? Não é nada impossível, já que você precisa dispor de um pequeno espaço, um pouco de sol e boa vontade para cuidar das hortaliças. O primeiro passo é encontrar dentro do apartamento um local que receba, no mínimo, cinco horas de sol por dia. E não importa onde esse lugar é: a horta pode ser planejada no chão, parapeito ou até mesmo na mureta ou na parede. Segundo a florista, Maria Inês Biazi, as ervas mais usadas e que não podem faltar em nenhuma cozinha são manjericão, manjerona, orégano tomi-

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lho, alecrim, salsinha, cebolinha, tomate cereja e pimenta. “Além das medicinais, como a hortelã, poejo, capim cidreira e melissa”. Para fazer uma horta que seja eficiente, o primeiro passo é a escolha correta da floreira ou da bacia. Ela precisa ser razoavelmente funda, podendo até mesmo ser um vaso na parede (em caso de horta vertical). “Tem que usar muita terra rica em matéria orgânica e também precisa ter uma boa drenagem”. As ervas precisam de, aproximadamente, três horas de luz solar, mas o ideal são cinco. Não pode esquecer de regar pelo menos três vezes por semana nos primeiros 30 dias depois do plantio. Ou seja, melhor marcar compromisso com a sua horta para não deixá-la morrer. A cada dois meses, a florista recomenda adubar, usando qualquer tipo de adubo orgânico. “Não precisa de muito espaço. Pode ser floreira de 1m x 0,20x020cm. Nesse espaço cabem 12 mudas”. Mas, se você tiver mais espaço, nas floreiras mais largas, como as de 1m x 0,30 x 0,30, aproximadamente 20 mudas por floreira podem ser plantadas. Em cada vaso de parede, o morador pode cultivar até dois tipos de hortaliças. Passo a passo Você pode apoiar as floreiras em paletes de madeira, encontrados facilmente, até mesmo de graça,

na rua. Fure as floreiras para que a água escorra. Logo depois, forre o fundo com argila estendida e depois coloque alguns pedaços de manta de bedin para ajudar a conservar a umidade. Depois de feita essa cama, coloque uma camada de composto orgânico e preencha com terra até o topo da floreira. Para plantar as sementes, faça furinhos de 1 cm e jogue as sementes, sem cobrir os buracos depois. Pronto, agora é só regar, mas sem encharcar a terra. Em pouco tempo e sem ocupar espaço na sua casa, você pode consumir hortaliças frescas, na hora que quiser. Pode até mesmo descobrir sabores e aromas que nem imagina que existia.

Tempo de Germinação Manjericão - 5 a 7 dias Manjerona e Orégano – Cerca de 8 dias Tomilho e Poejo: 14 a 21 dias Alecrim: 25 a 30 dias Tomate Cereja – 7 a 8 dias Pimenta: 8 a 10 dias Hortelã: 14 a 28 dias Capim Cidreira: 7 a 21 dias Salsinha: 12 a 13 dias Cebolinha: 4 a 7 dias Melissa: 7 a 14 dias


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CRÔNICA

Muito rojão e muita con fusão Nos tempos at-

com plástico, levava o cobertor do canil para a sala e ficava

uais, quem mora em

esperando os rojões. Para cada gol, um martírio. Lobinha queria

condomínio vive um ver-

ficar junto da gente para se proteger do barulho.

dadeiro inferno, principal-

Mas diferente das festas juninas as comemorações se ar-

mente se tiver cachorro em

rastaram noite adentro até a madrugada e a Lobinha não queria

casa, como é meu caso que tenho três

ficar sozinha, chorava, latia e acordava os vizinhos. O jeito era

cachorros e dois gatos. Quando passaram as festas juninas e os rojões, já estava tudo calmo, tivemos em uma semana a final da Copa Libertadores da América e na outra semana um da Copa do Brasil e os festejos voltaram. Com os gatos e dois cães pequenos foi fácil, porém com uma cadela da raça Pastor Alemão, o trabalho foi muito maior.

dormir com a cadela na sala ou levá-la para cama, que seria inviável. A solução foi dormir na sala com a pastora tremendo de medo. Passadas as festividades futebolísticas, Lobinha ficou mal acostumada. Qualquer escapamento de moto, com barulho diferente, é motivo de pegar o cobertor e querer dormir na sala, de preferência na hora da novela.

Quando começava os rojões, Lobinha (nome da pastora) ficava

Ah! Já estava me esquecendo, temos Olimpíadas de Londres.

desesperada e queria deixar seu canil e invadir casa adentro,

Se Ganso e Neymar trouxerem a tão sonhada medalha de ouro

sempre tremendo de medo.

no futebol, vou ter que dormir pelo menos uma noite na sala

Os animais pequenos são de fácil cuidado, mas com a Lobinha nada é fácil pelo seu tamanho. Assim, para cada jogo era feita uma verdadeira operação de guerra: cobria-se o sofá

com o a Lobinha.

Por Dr. José Miguel Simão Advogado e cronista

fael Godoy.

Ilustração: Ra

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