O seu condomínio em revista
Distribuição gratuita Ano 09 . Nº 98 Set/Out de 2012
Au auauau auaua, au au!
* TRADUZINDO
A culpa não é minha. Se você me leva para passear é sua obrigação recolher minhas cacas. Já tem um monte de gente achando que o vilão da história sou eu. Já parou pra pensar que a culpa é toda sua?
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Portal dos CondomĂnios . Set/Out 2012
EDITORIAL
ÍNDICE
Qualidade em todos processos Se nem as reuniões de condomínios têm
marca nos condomínios. São mais de 9 anos
quórum, quiça uma revista com assuntos voltados
contribuindo para o desenvolvimento do mer-
para as “dores de cabeça” dos moradores de con-
cado condominial.
domínio. Pelo contrário, a participação de pessoas
Inovação: a revista foi a única na região
que leem, comentam e participam da revista Portal
a abraçar a causa da acessibilidade e promover
dos Condomínios é satisfatória. E isso é resultado
uma edição em braille, que destacava o tema e
de diversos fatores. Vamos listá-lo:
suas dificuldades dentro dos condomínios. Hoje
Qualidade gráfica e editorial: as reporta-
a revista também realiza o evento Portal Debate,
gens não possuem cunho comercial. A pauta é
abrindo espaço para moradores, síndicos, sub-
determinada independentemente de qualquer vín-
síndicos e conselheiros participarem efetivamente
culo com as empresas participantes nos anúncios.
de um debate com profissionais do setor. As últi-
Além da imparcialidade, o aprofundamento. A re-
mas novidades foram a filiação com uma entidade
vista busca as opiniões em diversos setores da so-
representativa do setor - Proempi - e o apoio na 1ª
ciedade, para apresentar um material de qualidade.
Festa do Síndico, que você acompanha nesta edição
Qualidade essa que pode ser constatada no projeto
na página 29.
gráfico.
sempre oferecer informação de qualidade para todo
tas são entregas com etiquetas e dados do desti-
tipo de público nos condomínios, uma diversidade
natário, protegidas por uma embalagem plástica,
grande e uma meta a ser atingida.
respectiva casa.
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* Portal Debate: as dúvidas
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do seu condomínio * Capa: Quanta sujeira
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* Festa do síndico
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* UD: luminárias
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* Artigo: vinhos
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* Bem-estar: compostagem 28 * Crônica: Dona Chica
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O primeiro passo já foi dado, com a reportagem
Abrangência: são mais de 130 condomínios
domínios e que envolve praticamente todos os moradores: a falta de cuidados com as fezes dos animais. A falta
10.500, e potenciais 30 mil leitores.
de leis e de bom senso, somado aos problemas de saúde
Condomínios reforça o valor de seu conteúdo e sua
* Uso das piscinas
de capa que trata sobre um problema comum em con-
e loteamentos residenciais, com uma tiragem de Tradição: desde maio de 2003, o Portal dos
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O desafio da revista Portal dos Condomínios é
Entrega direcionada: mais de 90% das revis-
garantindo o recebimento pelo morador em sua
* Móveis externos
que podem ser causados, são os principais pontos dessa matéria. Acompanhe e participe.
EXPEDIENTE Redação: Rua das Pitangueiras, 652 - Jd. Pitangueiras
constantes em cadastro do Portal dos Condomínios.
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Tiragem: 10.500 exemplares.
Portal dos Condomínios . Set/Out 2012
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DECORAÇÃO & DESIGN
Uma peça exclusiva Por Vivian Lourenço Todo mundo precisa de um refúgio. Aquele local na residência que é para meditar, ler, pensar na vida ou passar uma tarde agradável reunida com os amigos e familiares. Nada como ter um espaço reservado só para momentos de descontração e lazer. Pode ser uma varanda, um quintal ou até mesmo a área da piscina. Não importa o local, desde que ele esteja preparado para o momento. Mas é claro que um esconderijo assim não precisa ser desconfortável, muito pelo contrário. Nada mais desagradável do que passar horas a beira da piscina ou na varanda observando a paisagem (nem que seja de concreto), sentado naquelas cadeiras e mesas de plástico, que podem ser totalmente desconfortáveis, ou móveis que não são resistentes às mudanças climáticas, como chuva ou muito sol; aí vem aquela preocupação chata em recolher os móveis ao menor sinal de chuva, ou a preocupação com o sol em excesso, que pode
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danificar as peças. Antigamente era muito comum observar o material vime predominando nos móveis da área externa. Porém, atualmente os móveis são feitos de matéria sintética, chamada de fibra sintética, que pode ser o vime, rattan, junco, tabou, apuí, etc., que não são indicados para áreas molhadas ou locais com forte incidência solar, por se tratar de um material natural e sua estrutura geralmente é de ferro, o que resulta em mais durabilidade. “Mas o vime ainda é muito utilizado no mobiliário interna”, explica Orlando Pincinato, representante comercial e que possui uma loja, Área Casual, em Vinhedo. Se você ainda não sabe como mobiliar a parte de fora da sua casa, há diversas maneiras de montar uma área descontraída, aconchegante e funcional. A melhor opção é o uso da fibra sintética ou até mesmo a tela sling, aliada à estrutura em alumínio com pintura eletrostática ou alto brilho. Isso vai proporcionar leveza, praticidade e durabilidade ao móvel. “Além disso, esse tipo de mobília pode ser exposto as intempéries (chuva, sol, frio, calor, etc.) 24 horas por dia, os sete dias
para cada ambiente da semana, sem ter qualquer alteração de cor ou ferrugem”. E quem gostou da ideia e quer investir em móveis mais sofisticados para a varanda ou a área externa, a tendência 2013 trás algumas peças interessantes. Para as áreas de piscina, segundo Orlando, as mobílias mais procuradas são as cadeiras e espreguiçadeiras de alumínio com pintura eletrostática e tela sling. “Tem de várias cores. Elas dão mais conforto, além de não marcar a pele e não esquentar. Os ombrelones (tipo de guarda-sol) de cores claras, como o branco e o bege, com coberturas em poliéster são mais indicados, já que são mais leves para o manuseio”. Já para as varandas, a dica é usar móveis com linhas mais retas, com sofás e poltronas, explorando a estrutura aparente do alumínio, sempre em tons claros e com tramas de fibras sintéticas que podem ser mescladas. “Cabos navais coloridos e tecidos em acrílico ou acquablock, em tom pastel, e misturas com estampas em vermelho, laranja e azul, também serão muito usados. E não se esquecendo do espaço gourmet, com misturas de alumínio e madeira de demoli-
ção, com cadeiras e banquetas em fibra sintética”. Para quem quiser dar um ar mais moderno ao ambiente, opte por peças que utilizam cabo naval colorido com tampo de MDF revestido por uma película à base de polipropileno, que é resistente as ações do tempo. Também pode escolher os tampos em polimadeira e os ombrelones com cobertura em tecido ecológico. Na maioria dos casos, a pessoa encontra as peças em medida padrão, mas não que isso seja regra. “Em nossa loja temos nos adequado a este mercado sob medida, com fabricação de peças exclusivas para cada ambiente, tanto sofás, poltronas ou até mesmo mesas, cadeiras e banquetas para áreas gourmet”. Para quem quer algo mais personalizado, que se adeque a todas as áreas, pode escolher essa opção. De acordo com Orlando, os móveis mais vendidos para as áreas externas são os conjuntos compostos por mesa, cadeira, espreguiçadeira em tela sling e ombrelones em alumínio e com cobertura em poliéster. “São os mais procurados, tanto pelo conforto, leveza e praticidade”.
Para quem pensa que vai gastar horas na manutenção dos móveis, está muito enganado. É necessário apenas lavar as telas e fibras a cada 15 dias, utilizando água e sabão neutro; já para as telas brancas, é recomendado repetir esse procedimento a cada 10 dias. “Nas estruturas, principalmente nas brancas, após a lavagem, pode ser utilizada cera automotiva à base de silicone”. Para os tecidos em geral é preciso apenas utilizar sabão neutro e secar à sombra. Nunca utilize produtos abrasivos como sabão em pó, água sanitária ou cloro, pois eles removem a camada de UV que o material possui, e podem diminuir a vida útil deles. “Móveis externos podem durar entre seis a 10 anos expostos as intempéries, desde que seja feita a manutenção correta, conforme indica o fabricante.” Com poucos materiais e móveis é possível ter ideias simples, práticas e exclusivas para mobiliar a área externa da residência. Além da comodidade de não se preocupar com sol ou chuva excessiva, os móveis podem compor um ambiente totalmente diferente, agradável e aconchegante ao lar.
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VIVER EM CONDOMÍNIO
O uso das piscinas em condomínios Com a chegada da primavera, seguida pelo verão, aumenta a procura pelo Neste assunto sempre surge àquela perguntinha: Posso proibir o uso das piscinas nos condomínios, principalmente pelas crianças, e daí surgem inadimplente de usar a piscina? diversos problemas. Os condomínios precisam ter regras claras sobre o uso e a O assunto é polêmico, então vamos nos socorrer do entendimento de nossos tribunais para responder a questão. Podemos administração deve atuar com firmeza em relação as infrações para garantir a destacar o entendimento do TJPR, o qual esposamos: segurança de todos. “Para o caso de inadimplemento de taxas condominiais, a leAs regras de uso da piscina seguem o mesmo parâmetro de todas as áreas gislação vigente prevê a via de cobrança judicial, podendo ao final sociais do condomínio, ou seja, vale o regimento interno de cada condomínio culminar na expropriação do bem em razão dos débitos. Não é dee o bom senso por parte dos condôminos. Assim deve ficar disciplinado no mais observar que o condomínio apelante dispõe de um arsenal de regulamento o horário de funcionamento e período do ano em que a piscina remédios legais e convencionais para combater a inadimplência, não irá ficar aberta, da obrigatoriedade da apresentação de exame médico, se o se revelando legítima qualquer outra medida limitadora do direito de visitante pode ou não usar a piscina, bebidas e comidas na beira da piscina, propriedade, ainda que este esteja inserido em contexto comunitário. jogos com bolas na piscina, proibição no uso do óleo bronzeador, a necesA pretendida liminar em ação de cobrança de taxas condominiais, que sidade de crianças estarem acompanhadas de adultos etc. autorizaria o corte do fornecimento de água e gás, a proibição do uso Sendo estipuladas as regras de uso da piscina, estas devem ser cumpde elevador, piscina e outras áreas ou serviços comuns do condomínio, ridas por todos os condôminos e se descumpridas pode haver até mesmo afronta aos direitos de posse e propriedade, constitucionalmente assegua aplicação de multa, como por exemplo, caso haja no regulamento inrados, da agravada e seus familiares.” (Ap Civ nº 333119-1 9ª Cam. Civ. terno do condomínio a determinação de que para o uso da piscina deFls. 1 TJPR ) destacamos. verá o condômino se submeter a exame médico e o condômino se nega Nesse sentido o entendimento do Tribunal de Justiça deixa claro que a apresentar o comprovante do exame e mesmo assim usa a piscina, o uso das áreas comuns não pode ser obstado ao inadimplente, ainda que estará este condômino sujeito a aplicação das multas previstas no possa parecer uma injustiça, afinal são os adimplentes que estão sustentanregulamento. E, embora multado ele insista em usar a piscina sem do o funcionamento da piscina para o deleite dos inadimplentes e sua famíapresentar o exame, o condomínio poderá propor uma ação judilia! cial contra ele e conseguir uma ordem proibindo o condômino de As piscinas em condomínios, que pertencem às áreas comuns, possuem utilizar a piscina sem o exame e caso este condômino descumpra uma Norma Técnica Especial que as regulamenta, aprovada pelo Decreto Estadesta ordem judicial, a situação fica mais grave, pois o condômino ual 13.166/79, obrigando assim aos condomínios seguirem as regras dispostas na estará cometendo um crime de desobediência e estará sujeito a norma técnica. responder um processo criminal. Além de conter questões que envolvem as obras de instalação de uma piscina, tais como, inclinação de solarium, tipo de piso em vestiário, distanciamento de vegetação e uso de lava pés, entre outras regras. Disciplina também a obrigatoriedade do controle da água, o registro de usuários, a necessidade de o usuário submeter-se a exame médico prévio, pelo menos a cada seis meses, devendo tais exames ser apresentados ou arquivados no condomínio. Para tanto controle, o condomínio deverá implantar livros, que ajudarão na fiscalização dos usuários, do controle da qualidade da água, bem como nas demais exigências legais. Os condomínios estão sujeitos à fiscalização por parte da vigilância sanitária, a qual poderá autuar o condomínio nos termos do Código de Vigilância Sanitária em penas pecuniárias caso não esteja sendo cumprido o que determina a lei quanto ao controle da água e dos exames médicos dos condôminos Assim aconselhamos aos síndicos que procurem atender as determinações legais para que não tenham problemas futuros.
COLABORADOR: CARLOS EDUARDO QUADRATTI, advogado especializado em direito condominial e de vizinhança, jornalista articulista inscrito no MTB 0062156SP.
Envie sua sugestão de tema jurídico para viveremcondominio@condominioemrevista.com.br
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Portal dos Condomínios . Set/Out 2012
Portal dos CondomĂnios . Set/Out 2012
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PORTAL DEBATE
Dúvidas de moradores expostas aqui, PORTAL DEBATE Equipe Portal Debate: Fernando Fernandes (síndico profissional), André Schuler (técnico),Melícia Geromini (psicóloga), Carlos Eduardo Quadratti advogado), e Reginaldo Moron (advogado)
A revista Portal dos Condomínios tem o objetivo de ajudar não só o síndico, mas todos os moradores que sofrem uma carência de informações. Nesta editoria - Portal Debate, a dúvida do seu vizinho, pode ser a mesma que a sua e facilitam o andamento nas reuniões cotidianas do seu condomínio. Participe você também. Envie agora a sua pergunta para sindico@condominioemrevista. com.br José Pozza, Ed. Saint Charles: Uma assembleia pode ser ordinária e extraordinária ao mesmo tempo? Portal Debate: Não. As assembleias ditas Ordinárias, por ordem legal, ocorrem apenas uma vez por ano e estão regulamentadas no artigo 1.350 do Código Civil. O objetivo é a aprovação orçamentária do período anterior e aprovação da previsão orçamentária para o período seguinte,
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além da eleição do síndico e demais integrantes da administração. A Assembleia Geral Extraordinária refere-se aos demais assuntos que são tratados ao longo do ano e sempre que há necessidade de votar temas específicos ou rateios extras. Estas podem ocorrer quantas vezes seja necessário deliberar sobre demais assuntos de interesses do condomínio. José Pozza, Ed. Saint Charles: Quantas vezes seguidas o síndico pode ser eleito? PD: O artigo 1.347 do Código Civil limita o prazo do mandato a dois anos mas não impede a reeleição. Somente a convenção limita. José Pozza, Ed. Saint Charles: Tendo na Convenção de Condomínio. Uma cláusula que diz que deve haver “unanimidade para autorização do uso de partes comuns ou alteração da fachada ou
e síndicos para você estrutura do edifício”, pode ser alterada por maioria simples ou 2/3 dos condôminos? PD: A convenção de condomínio faz lei entre as partes, ademais o próprio Código Civil já regulamenta estas questões. Quanto à unanimidade, esta já tem sido relatividade pelos tribunais. Normalmente para estes itens, de diferente teor, exigese quórum específico, por exemplo: unanimidade para autorização do uso de partes comuns: maioria do quórum simples, ou seja 50% mais 1 dos presentes aptos a votar; alteração da fachada ou estrutura do edifício: maioria absoluta de quórum específico. Mário Sérgio Levada, Res. Cantábile: Quais são as ações legais e mais eficientes contra a inadimplência? O que pode e o que não pode? O que deve e o que não se deve fazer? PD: Uma recomendação para qualquer ação
que possa gerar altos custos é a prevenção. Neste caso, a melhor atitude é contratar um profissional com experiência na área, pois cada caso tem suas particularidades e a falta de informação ou experiência podem levar a erros no trato da questão expondo o condomínio a outros danos e riscos de ações indenizatórias.
sional da área de educação física para orientação e acompanhamento das atividades é uma medida bastante recomendável. O ideal seria a orientação deste profissional e um advogado, para que juntos com os demais condôminos elaborem as normas de uso da academia considerando as particularidades de cada condomínio.
Leda, Res. Delfim Verde: Gostaríamos de esclarecimentos sobre o uso dos aparelhos de ginástica nos condomínios? Quais critérios devemos seguir? Quais leis que o regulamentam? Quem fica responsável pelo cumprimento legal? Quem fiscaliza? PD: A responsabilidade é sempre do síndico. Quanto ao uso, este deve seguir os demais critérios de uso da propriedade comum e contar com o bom senso dos colaboradores, sempre com a fiscalização do zelador. A contratação de profis-
José Nelson Lopes: Gostaria de saber o que acontece com o síndico quando o Conselho Fiscal não aprova as suas contas na gestão e está preste a ter outra eleição. O mesmo pode se candidatar com as contas rejeitadas? PD: O síndico deve contar com a confiança da assembleia que o elegeu. Se esta já reprovou suas contas, isto significa que ele não dispõe mais desta credibilidade. Nesta situação deve se abster de se candidatar, sob pena de sofrer o constrangimento de ver sua candidatura impugnada.
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Capa
a t n a Qu ! a r i e j su
a p l u e a c
é o nã NOSSA
Por Vivian Lourenço
de uma família. A cena da morte do cachorro
Ter um animal de estimação é muito bom.
pode ser considerada uma das mais emocio-
Ter alguém sempre te esperando quando che-
A família sempre sofre quando um animal
e para as brincadeiras. Há médicos que reco-
de estimação morre. Mas e quando é ao con-
mendam que as crianças convivam com gatos e
trário, quando o cachorro fica sem seu dono?
cachorros para o melhor desenvolvimento e há
Um caso real, transformado em filme, mostra
quem diga que os cães são os melhores amigos
como a lealdade do cão pode ir além da vida.
do homem. Afinal, eles estão ali, sempre com
Na história, um professor universitário encontra
bom humor e nunca se cansam.
um filhote da raça Akita perdido em uma esta-
Casos de amor entre homens e cães já
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Portal dos Condomínios . Set/Out 2012
nantes.
ga em casa, uma companhia para um passeio
ção de trem e começa a cuidar do animal.
foram tema de grandes produções de suces-
A história ficou famosa no cinema por
so. Como não rir e se emocionar com o filme
mostrar a lealdade do cachorro. Todos os dias,
Marley e Eu, inspirado em uma história real e
no mesmo horário, ele ia esperar o professor
que conta a história do cão mais desastrado e
universitário na porta da estação de trem, até
charmoso, que mesmo causando tantos proble-
que um dia seu dono não voltou. Mesmo sa-
mas foi o elo fundamental para a construção
bendo que o dono nunca mais reapareceria, o
cão ia, todos os dias, no mesmo horário espe-
que é possível ver a imundice que as cidades vi-
rar o regresso do amigo. A devoção foi tanta,
viam. Eram dejetos de animais, humanos, lixo,
que, depois da morte do cão, uma estátua foi
tudo misturado. Não é a toa que a expectativa
construída para lembrar a história.
de vida daquela época era muito baixa; impos-
É claro que além de dar comida, carinho,
sível não contrair uma doença vivendo daquela
afeto, banho e levar ao veterinário, os cuidados
maneira, na sujeira. Quantas cidades não foram
básicos com o cachorro também exigem alguns
dizimadas por pestes provenientes da falta de
passeios. Se você não aguenta ficar trancafia-
higiene.
do dentro do emprego ou de casa, nem mes-
Felizmente a humanidade evoluiu e com ela
mo um animal suporta a mesma situação; ele
o tratamento de saneamento básico começou
precisa sair, nem que seja para dar uma volta
a ser realizado e doenças outrora tão comuns
no quarteirão. É aí que os problemas começam.
desapareceram. Mas há alguns que ainda só
Arrumar tempo para uma volta, de apenas
pensam na higiene própria, esquecem que con-
cinco minutos, na correria do dia a dia, não é
vivem em uma sociedade e que se cada um fi-
fácil. Mas, com o compromisso de ver o ami-
zer a sua parte, a cidade ficará mais agradável
go canino feliz, é preciso sempre arrumar um
para se viver.
jeitinho, faça chuva ou faça sol. O Brasil já é o
Apesar de muitos acreditarem que, do lado
segundo país em número de cães e gatos no
de fora de suas residências vale tudo, as ruas,
ranking mundial, eles já são mais de 52 mi-
calçadas, jardins e o condomínio onde residem
lhões, sendo pesquisa da Associação Brasileira
não são latas de lixo. Não é porque
da Indústria de Produtos para Animais de Esti-
você não precisa limpar, que vai aju-
mação (Abinpet).
dar a sujar.
Só que andar nas calçadas da cidade tam-
Não é raro caminhar pelas calça-
bém não é tarefa fácil, cada passo é um ver-
das da cidade tendo que desviar do
dadeiro obstáculo, seja por má conservação do
coco dos cachorros que estão ali, in-
piso, por árvores e postes no meio do caminho
vadindo o espaço que deveria estar
ou por qualquer outro problema, como veícu-
limpo. Ainda mais quando essa sujei-
los estacionados no local onde os pedestres de-
ra chega até os jardins. E parece que
veriam passar.
não há o que faça os donos dos ca-
Porém, se fossem só essas as situações incomodas que o pedestre enfrenta, o problema
chorros a terem consciência de que a calçada não é um banheiro público.
não seria tão grande, até porque, dono ou não
É raro ver o dono munido de
de cachorro, todos estão sujeitos a enfrentar
sacolinhas ou sacos de lixo em um
esses desafios que são, até em certa parte, pre-
passeio canino. E o que acontece? A
vistos.
sujeira acaba ficando toda ali, para
E quando o obstáculo não está no script e, além de representar uma falta de respeito com
outra pessoa recolher, isso se alguém não pisar primeiro.
“Quem sofre com toda essa situação, além da população em geral, são os síndicos e zeladores dos condomínios, que observam, dia após dia, as calçadas e os jardins dos condomínios invadidos pelas fezes dos cachorros - dos próprios moradores, e dos moradores vizinhos”
a comunidade, falta de higiene e ainda repre-
Muitos irão reclamar que fica
senta uma ameaça à saúde? Pois é só caminhar
difícil sair preparado de casa, já que
pelas calçadas da cidade que dá para perceber
alguns supermercados deixaram de
a sujeira que essas criaturas fofas e alegres po-
distribuir as tais sacolinhas (ah, mas
dem produzir. E o pior, como seus donos não
agora elas voltaram, diga-se de passagem). Po-
ligam nem um pouco para isso e transformam
rém isso não é desculpa, já que o dono do ani-
as calçadas em verdadeiros banheiros caninos.
mal pode carregar sacolas de lixo ou recorrer
Mas a culpa não é dos cachorros; eles não
as empresas especializadas que darão suporte
têm como recolher a sujeira que eles fazem,
fornecendo saquinhos especialmente para essas
nem podem ser ensinado a usar o banheiro,
ocasiões. A preguiça é a maior e única desculpa
igual a nós (mesmo que alguns animais tenham
que pode ser aceita nesses casos.
o mesmo tratamento que o ser humano, ou até
Quem sofre com toda essa situação, além
melhor). Imagine só como seria se não houves-
da população em geral, são os síndicos e ze-
se ninguém para recolher o lixo que produzi-
ladores dos condomínios, que observam, dia
mos diariamente, a imundice que seria. Não dá
após dia, as calçadas e os jardins dos condomí-
para viver no meio de tanta sujeira.
nios invadidos pelas fezes dos cachorros – dos
Nos tempos remotos, do começo da hu-
próprios moradores e dos moradores vizinhos.
manidade, não havia essa preocupação com a
O zelador do Residencial Joana, Maurício
higiene; não havia nem sequer banheiro ou se
de Lima, sabe bem o que é a árdua tarefa de,
pensava em saneamento básico. É só observar
dia após dia, ver o jardim do condomínio e a
em livros de histórias ou filmes da idade média
calçada repleta de coco de cachorro. “E não é Portal dos Condomínios . Set/Out 2012
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Capa
só de morador daqui não; são os vizinhos, vem
mões, cansado de ver o problema e não achar
gente de todo canto. A gente tinha um arbusto
uma solução apelou para tentar sensibilizar o
maior rodeando o jardim, mas pensa que isso
dono do animal através de uma faixa com os
inibia? Que nada, os donos pegavam o cachor-
dizeres: “Atenção srs. (as) proprietários (as) de
ro no colo e colocavam dentro do jardim para
cães. Aqui é passagem de pedestres, por favor,
que eles fizessem as necessidades. Nem é o ca-
limpem as fezes deixadas pelos seus bichinhos
chorro que quer, é o dono”, explica Maurício.
de estimação. A população agradece.”
Ele nos contou que, no dia que visitamos
E não pensem que a chamada de aten-
o residencial, demos sorte, já que não havia
ção surtiu efeito, incomodou ou envergonhou
nenhum indício de
quem utiliza o local. Faz quase dois meses que
dono
o aviso está ali, visível dos dois lados da calça-
porcalhão
deixando
sua
da (sentido de quem vai e de quem vem) e até
local.
agora, o problema persiste. “Teve até uma mu-
Porém aquela si-
lher que achou um absurdo colocar essa faixa.
tuação era uma
Ela disse que é normal, que cachorro faz coco
exceção
mesmo. Normal é, tudo bem, mas tem que re-
marca
a
no
e
que
a regra era encontrar
Faixa localizada em frente do Residencial Joana
Portal dos Condomínios . Set/Out 2012
E o problema não se limita ao Residen-
dia o jardim e a
cial Joana. Outros condomínios alegam terem
calçada repleta
o mesmo problema que o zelador Maurício.
de
dos
“Temos problemas com moradores vizinhos,
animais de es-
dos prédios que ficam ao lado. Eles usam nos-
timação.
so jardim, que fica na frente do condomínio,
fezes
E no resi-
como banheiro dos cachorros”, explica o zela-
dencial, o problema não se resume somente a
dor do Edifício Caravaggio, Felipe Dias Martins.
calçada ou no jardim. “Antes de ter as câmeras
Parece que os donos de cachorros esco-
de monitoramento, já vimos cachorro fazendo
lhem os jardins dos condomínios como verda-
coco no estacionamento, xixi na escada, era
deiros banheiros caninos, sem se preocupar em
absurdo. Agora com o monitoramento parou
‘dar a descarga’, ou seja, em dar uma destina-
de acontecer dentro do condomínio. O proble-
ção correta ao coco do animal. E ali eles vão
ma ficou só para o lado de
ficando, causando mau cheiro e atraindo mos-
fora”.
cas; deixando o local com ar sujo e de desleixo.
“Teve até uma mulher que achou um absurdo colocar essa faixa. Ela disse que é normal, que cachorro faz coco mesmo. Normal é, tudo bem, mas tem que recolher, não pode deixar assim espalhado”
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colher, não pode deixar assim espalhado”.
todo
Além do monitoramento
Identificar os porcalhões não é tão difícil
interno, o residencial tam-
assim, ainda mais com todos os recursos de
bém tem câmeras apontadas
monitoramento usados para garantir a segu-
para a rua, o que não inibe
rança e que podem facilmente delatar os do-
os donos porcalhões de não
nos irresponsáveis. “Até sabemos quem é, con-
recolherem as fezes dos ani-
seguimos identificar. Mas também tem aqueles
mais. “Já teve gente que eu
que veem aqui com as sacolinhas e recolhem”,
vi deixar o cachorro fazer
diz Felipe.
coco na porta de entrada e
A falta de consciência dos donos dos ani-
ia saindo como se nada ti-
mais também é problema constante em outros
vesse acontecido. Chamei a
dois residenciais. “Tem gente que passa por
atenção e mandei recolher,
aqui, o cão faz a necessidade, sai e não reco-
arrumei até um papel pra
lhe”, relata a presidente do Bosque dos Jatobás
recolher, já que a pessoa ale-
e Portal do Paraíso 2, Fabíola Cristiane Martho.
gou que estava sem saquinho”.
Com tantos casos desse tipo, até mesmo provocados pelos próprios moradores, que Fa-
Porém o monitoramento
bíola também lançou mão da conscientização
também não surtiu muito efeito, já que, segun-
para tentar reduzir os problemas que o acúmu-
do o zelador, muitos donos de cachorro vão
lo de fezes dos cachorros traz ao condomínio.
até o local de noite, quando fica difícil fazer o
“Fizemos divulgação no condomínio com
reconhecimento do infrator. “Não dá pra ficar
alguns panfletos no jornal interno que vai para
olhando para as câmeras o tempo todo. Mas
os moradores”. Segundo Fabíola, quando o in-
toda vez que flagramos, chamamos a atenção”.
frator é identificado, ele primeiro é notificado
A situação no residencial chegou a um
e depois recebe uma multa. “Mas, além dis-
ponto extremo. Segundo Maurício, o presiden-
so, precisamos conscientizar a população dos
te do conselho do Residencial Joana, Fabio Si-
riscos que não recolher as fezes dos animais
pode trazer”. E parece que a conscientização é o caminho que os síndicos, zeladores e até mesmo alguns moradores escolherem para tentar acabar com o problema. Foi o que aconteceu, a exemplo do Bosque dos Jatobás e Portal do Paraíso 2, no Condomínio Alto di Felicità. O morador do local, Daniel Cavalli, encontrou no panfleto uma ideia criativa e até mesmo educativa de tentar chamar a atenção para o problema que também é constante nesse local. “Resido no condomínio desde dezembro de 2011, porém minha esposa e eu começamos a frequentar as reuniões mensais do condomínio antes mesmo de morar aqui (desde janeiro de 2011) e a minha intenção sempre foi colaborar e contribuir com a gestão do condomínio.” O informativo criado por Cavalli ficou com um layout como se fosse um caderno de jornal, no qual estava abordando diferentes temas por dia, entre eles, o coco de cachorro. “Escolhi o tema devido muitos moradores saírem para passearem com os seus cães e muitos não recolherem o coco. Moramos próximo a uma EMEB e uma praça, ou seja, há uma grande quantidade de crianças que irão sofrer as consequências, seja pisando no coco no trajeto até a es-
colinha ou mesmo ao brincar na pracinha”. Daniel acredita que ele não seja a pessoa mais indicada para falar deste tema, apenas tentou despertar a responsabilidade de cada um perante a sociedade. “Gostaria que o informativo fosse diversificado, mas que principalmente
despertasse
o
interesse e conscientização para vivermos em um ambiente mais agradável e que os problemas fossem minimizados. Este é o efeito que gostaria que surtisse”. A síndica do Alto di Felicitá, Geane Cleia, relatou que teve
“Aplicamos multa com a filmagem que temos do infrator. O processo de apenas solicitar que não façam, nem sempre funciona”.
o problema no condomínio há algum tempo, mas sempre do lado de fora, na calçada. “Nos informativos mensais, fomos pedindo a colaboração de todos para que isto deixasse de acontecer e avisamos que a calçada estava sendo filmada e que o morador poderia ser multado se não recolhesse o coco do seu cachorro”. Segundo Geane, apenas pedir para que as pessoas recolham o coco do cachorro não surte efeito. Precisa de medidas mais drásticas e que também doam no bolso, para que assim o morador se lembre disso toda vez que sair para passear com o cãozinho e se esquecer de levar
Portal dos Condomínios . Set/Out 2012
13
Capa a sacolinha. “Aplicamos multa com a filmagem
até mesmo escorregar e cair, além de levar o
que temos do infrator. O processo de apenas so-
mau cheiro para todo o canto que for.
licitar que não façam, nem sempre funciona”. Mas de quem seria a responsabilidade des-
Mas Jundiaí parece ser exceção e não a re-
até que é válida, já que pretende conscientizar
gra nesses casos. Nossa vizinha, Campinas, tem
não só quem mora no local, mas também os
uma lei, desde 2010, que obriga os proprietá-
vizinhos que, por muitas vezes, por não serem
rios a recolheres as fezes de cães. O prefeito,
responsáveis diretos pela área, acham que não
Hélio de Oliveira Santos, demorou aproximada-
precisam cuidar do bairro.
mente um mês para sancionar a lei que já havia
Lei de Jundiaí
sido aprovada na Câmara Municipal de Campinas.
A responsabilidade da fiscalização não deve
De autoria do vereador Thiago Ferrari, a Lei
ser apenas da população, já que elegemos ve-
nº. 13.822 obriga o proprietário do animal - ou
readores e prefeito para fazerem as leis que te-
o responsável por sua condução - a recolher as
riam o objetivo de melhorar a vida do cidadão.
fezes quando feitas na rua, e depositar o mate-
Para esses casos, do não recolhimento dos de-
rial em lixo adequado.
jetos de animais, também existe lei, porém não uma punição, pelo menos não em Jundiaí-SP.
De acordo com a nova regra, qualquer pessoa poderá denunciar desrespeito à lei. O cida-
A Lei Municipal Nº. 06320, de 25 de maio
dão pode fazer isso pessoalmente, nas Admi-
de 2004, de autoria do vereador Júlio César
nistrações Regionais, Subprefeituras ou através
de Oliveira, o Julião, atualmente presidente da
do telefone de serviços 156 (somente em Cam-
Câmara Municipal de Jundiaí, prevê as normas
pinas). A denúncia poderá ser feita também
municipais para a criação, propriedade, posse,
por e-mail, que é encaminhado ao site oficial
guarda, uso e transporte de cães e gatos no
da Prefeitura local. Neste caso, a denúncia deve
município.
ser comprovada com fotografia. As fotos não
No texto da lei consta que no capítulo III,
podem suscitar dúvidas em relação à ocorrên-
artigo 15, fica explícito que “O condutor do
cia da infração, nem sofrer qualquer tipo de
animal fica obrigado a recolher os dejetos eli-
adulteração. O Poder Público garante que, em
minados pelo mesmo em vias e logradouros
todos os casos, a identidade do denunciante fi-
públicos”. No parágrafo único desse artigo está
cará preservada.
escrito que, “Em caso de não cumprimento do
O proprietário do ani-
disposto no ‘caput’ desse artigo, caberá multa
mal que for flagrado come-
a ser estipulada pelo Executivo”.
tendo a infração, primeiro
Se a lei existe há 8 anos na cidade, como
sofrerá uma advertência.
ninguém ainda foi multado ou não foi visto ne-
Na segunda infração, será
nhum fiscal que passa orientando os donos de
penalizado
animais a não cometerem uma infração que se-
R$ 400. Na reincidência, o
ria punida pela lei municipal? De quem seria a
valor da multa dobra. Em
responsabilidade dessa fiscalização? Do Centro
Campinas, não andar com
de Controle de Zoonoses, da Guarda Municipal,
saquinho para recolher o
da Secretaria de Saúde? Não fica claro na lei
coco do cachorro pode
nem o responsável, muito menos como a multa
sair bem caro.
será aplicada. Segundo a Prefeitura, em resposta da soli-
14
Exemplos
sa fiscalização? A iniciativa dos condomínios
com
multa
O texto da lei de Campinas é claro e de-
citação feita para que a lei ficasse mais clara,
talhista,
fomos informados apenas que a legislação é de
obrigações do dono do
2004, de número 6320, mas que ainda precisa
animal, que além de re-
de regulamentação, pois falta definir forma de
colher as fezes, deve dar
aplicabilidade de multa. A lei diz que as fezes
uma destinação correta
dos animais devem ser recolhidas pelo proprie-
a elas. Até porque não
tário do mesmo.
adianta recolher as fe-
mostrando
as
Ou seja, a cidade tem uma lei, mas não
zes com um saquinho
tem um fiscal nem uma punição. Em 8 anos o
e depois jogar em um
poder executivo não conseguiu regulamentar a
terreno baldio, ou na
lei municipal que poderia amenizar o problema
sarjeta que o proble-
de quem caminha pelas calçadas da cidade e
ma continuará sendo
corre o risco de pisar em algo indesejável – e
o mesmo. E há vários
Portal dos Condomínios . Set/Out 2012
Acima cartaz utilizado por um síndico de São Paulo e abaixo panfleto de conscientização do Bosque dos Jatobás
Capa
Portal dos CondomĂnios . Set/Out 2012
15
Capa canais de denúncias que
Mas, nem por isso a cidade de São Paulo
podem ser feitas e a
está livre de ter problemas com donos irrespon-
multa pesada deve real-
sáveis, muito menos os condomínios de sofre-
mente inibir essa prática.
rem com o coco de cachorro depositado nas
Em São Paulo, a en-
Um exemplo disso foi notícia em 2011. Um
Marta Suplicy, decretou
síndico, cansado de ver a situação usou um
a lei nº. 13.131, em 18
poste para criticar quem não recolhia as fezes
de maio de 2001. O tex-
dos animais de estimação. O poste ganhou
to da lei diz, no seu Art.
um colorido cartaz que criticava “dona pig”. O
16, que o condutor de
caso aconteceu na alameda Tietê, entre as ruas
um animal fica obriga-
da Consolação e Bela Cintra, no Jardim Paulis-
do a recolher os dejetos
ta, na zona oeste de São Paulo.
fecais
eliminados
pelo
O síndico escolheu o poste porque aquele
mesmo em vias e logra-
local era o que mais apresentava problemas e
douros públicos. Pará-
não fez questão de economizar; forrou com
grafo único: Em caso
recados em papéis amarelos, azuis, verdes e
do não cumprimento do
rosas. “Não permita que seu cão deixe aqui o
disposto no “caput” des-
que você tem na cabeça”, diz um dos papéis.
te artigo, caberá multa
Já outro continha um desenho em pincel atô-
de R$ 10 (dez reais) ao
mico de uma porquinha com um vestido, cer-
proprietário do animal.
cada de moscas e acompanhada de um cão, a
Bem
antes
disso,
E claro, como no caso do Residencial Joa-
exercício naquele ano,
na, em Jundiaí, o síndico da capital também
Celso Pitta, regulamen-
foi criticado por muitos, que acharam a atitude
tou o artigo 14 da lei nº.
exagerada. Porém, até que surtiu efeito, já que
10.309, de 22 de abril
em pelo menos por dois dias a calçada ficou
de 1987, além do artigo
limpa.
13 de julho de 1994. A
Portal dos Condomínios . Set/Out 2012
Já outro condomínio de São Paulo achou uma ideia criativa para tentar solucionar o pro-
regulamentação
blema que não colocar faixas ou cartazes. Eles
colocava o dono do animal como responsável
construíram um “cachorródromo”. A ideia foi
pelo recolhimento das fezes dos animais, fixan-
criada em julho desse ano em um condomínio
do uma multa de três Unidades Fiscais do Mu-
no Capão Redondo, na Zona Sul, que tem 250
nicípio (UFM) para quem desobedecer à lei. Em
apartamentos e pelo menos 50 bichos de esti-
caso de reincidência, a multa seria aplicada em
mação. Para evitar conflitos entre moradores,
dobro.
a solução foi criar um espaço para os animais.
Ou seja, por falta de uma lei, a cidade de
No “cachorródromo” eles podem ficar à von-
São Paulo tem duas e ambas fixam punição
tade e os donos só precisam recolher as fezes
para o dono que for irresponsável e não reco-
depois da brincadeira. No local há saquinhos
lher os dejetos dos cachorros das calçadas e lo-
plásticos e lixeira disponíveis.
cais públicos.
16
“dona pig”.
em 2000, o prefeito em
2 da lei nº. 11.616, de
Informativo de elevador utilizado no condomínio Alto di Felicità
calçadas, gramados e jardins.
tão prefeita da cidade,
E no litoral os donos de animais precisam
E
N
C
A
R
T
E
PORTAL DE
IMÓVEIS
Distribuição gratuita Ano 02 . Nº 10 Set/Out de 2012
Encarte especial da revista Portal dos Condomínios as incorporadoras não lançam imóveis nem em
torno”.
dezembro, nem em janeiro; é muito difícil ter
“Quem comprou no mercado antes de
um lançamento nesse período por isso a queda
2009, ganhou muito. “Quem comprou imóvel
nas vendas e também na procura.
na planta nesse período teve valorização de
Thiago explica que, diferentemente de out-
até 70%, dependendo do imóvel e da região”.
ros segmentos, o imobiliário
Segundo Thiago, não existe a melhor época do
não abre espaço para grandes
ano para a pessoa começar investir. “Para com-
negociações, ou seja, não é
prar no final do ano a pessoa precisa ter um 13º
igual a você entrar em uma loja
salário muito alto. Mas para investir, sempre
de sapatos e pedir desconto
procurar o de dois ou três dormitórios, que é
por um calçado; ou a famosa
onde a procura é maior na cidade”.
A melhor hora para investir em imóvel
lei da oferta e da procura. Não
O investidor que quer entrar nesse mercado
é porque não há grandes lança-
tem que fazer uma busca. Não é entrar no pri-
mentos em dezembro e janeiro
meiro plantão de vendas e já comprar, tem que
que os imóveis irão ficar mais
pesquisar. O preço do metro quadrado de uma
barato nessa época.
unidade pronta tem muita variação. Um semi-
“Tem as pessoas que querem vender rapi-
novo (de 10 anos atrás) tem o metro quadrado
damente, mas nem por isso elas vão derrubar
mais barato do que um novo.
muito o valor, não chega a ter queda de 20%
Segundo o economista, Almir Ferreira de
no preço por causa da baixa procura. Hoje, com
Godoy, o 13º salário, por exemplo, pode vir
Por Vivian Lourenço
o mercado financeiro estável que o Brasil tem, é
a ajudar como um sinal na hora da comprar,
Se o ditado “Quem casa, quer casa”, faz
muito difícil de isso acontecer”, detalha Thiago.
para que depois as prestações fiquem mais
muitos correrem aos plantões de vendas dos
O perfil de quem quer comprar imóvel para
suaves. “Há inúmeras oportunidades como
empreendimentos, há quem também procure
fazer dinheiro é o mais seguro possível. O imóv-
os planos desenvolvidos pelo governo como
um corretor para adquirir um imóvel não so-
el é uma garantia de que irá se valorizar com o
Minha Casa Minha Vida, no qual não há deter-
mente para morar, mas também para ter outra
tempo, ou seja, é um investimento em longo
minados custos, o que barateia o imóvel e pos-
fonte de renda. Afinal, a cidade tem crescido e
prazo. “Em curto prazo é muito difícil ter o re-
sibilita a compra com prestações que cabe no
não é raro ver novos lançamentos pipocarem
torno, como por exemplo, eu vou comprar um
bolso de famílias de baixa renda, além de fi-
em quase todos os bairros; para todos os gos-
imóvel e em dois anos eu quero ter 40% de lu-
nanciamentos oferecidos pela Caixa com taxas
tos: tem casa e apartamento com os mais diver-
cro, não dá para ser assim”.
ainda menores”.
sos tamanhos e atrativos de lazer e localização.
Ele explica que o pico imobiliário na cidade
A dica do economista para quem quer
Porém, quem não quiser fazer um mau
foi entre 2010 e 2011, quando houve uma
comprar o imóvel para morar ou para investir
negócio, com tantas opções no mercado e cor-
grande valorização do mercado de imóveis, não
é procurar a Caixa Econômica Federal para
retores de imóveis preparados para atrair o con-
só em Jundiaí, mas em todo o país.
mais informações sobre financiamento. “Além
sumidor, precisa bater muita perna e pesquisar
Hoje há mercado para todos os tipos de
é claro que hoje, na web, você tem também
bastante. Até porque, cair na lábia do primeiro
clientes, e segundo Thiago, o empreendimento
como pesquisar e se proteger de abusos de
corretor de imóveis pode fazer você não conse-
com maior déficit na cidade é o de dois e três
vendedores mal intencionados. Outra dica é
guir a melhor valorização para seu investimento.
dormitórios. Além disso, há também a falta
procurar a prefeitura e verificar se o imóvel
Há quem acredite que o final do ano é a
de imóveis de um dormitório. “Os lançamen-
está regular”. Almir ressalta que ultimamente
melhor hora de investir em imóveis, porém,
tos estão com o valor muito alto, precisa-se de
se tornou comum terem lançamentos com ir-
segundo o diretor da Mediterrâneo Imóveis,
imóveis mais baratos, como kitnets, e/ou outros
regularidades, principalmente em loteamen-
Thiago Coelho, esse é um dos períodos que há
do tipo, para estudantes e solteiros que estão na
tos, mas não é raro ver obras embargadas em
menos lançamentos na cidade. “Na verdade no
cidade a trabalho”.
qualquer outro tipo de imóvel.
final do ano caem as vendas por causa do perío-
Para um investidor novo começar a pensar
Ou seja, antes que a sua fonte de renda ou
do, já que as pessoas estão mais focadas em fes-
em investir imóveis ele tem que entender como
sua moradia vire de sonho a pesadelo, nada
tas e presentes. Dezembro é um período que a
funciona o mercado. “Sempre tem que ter um
melhor do que pesquisar, bater perna e utilizar
gente considera ruim, de baixa no mercado. Até
pensamento em longo prazo. Tem várias pos-
todas as informações que você puder adquirir
metade do mês ainda vai bem, mas as duas últi-
sibilidades, desde comprar e reformar para
antes de pensa em fechar um negócio. É muito
mas semanas de dezembro e as duas primeiras
alugar, até comprar um apartamento na planta.
dinheiro que será investido para ser gasto de
de janeiro, são as piores”. E o motivo é simples,
Depende do jeito que você vai querer ter o re-
qualquer maneira.
Capa seguir a lei para poder transitar com os ani-
e essas doenças podem ser transmitidas por
mais. O Código de Posturas da Prefeitura de
contato e até pelo ar.
Santos, de 1968, previa a proibição de animais
zado pelo Sindicato dos Trabalhadores em
de doenças pelas fezes desses bichos, como a
Empresas de Prestação de Serviços
larva migrans (bicho geográfico), e até doenças
de Asseio e Conservação e Lim-
mais graves, como a larva visceral. Desde 2009,
peza Urbana de São Paulo
os animais de estimação podem transitar pelas
(SIEMACO), são recolhidos
praias de Santos, desde que no colo dos pro-
diariamente, em média, 25
prietários. Eles também são responsáveis por
kg de dejetos de cachorros
recolher as fezes e a fiscalização fica a cargo da
nos parques Aclimação, Ibira-
Guarda Municipal. Caso alguém desrespeite a
puera, Parque Cidade de Toronto,
lei, é retirado da praia.
Buenos Aires e Trianon, localizados na capital
pelas sujeiras dos cachorros, mantendo o bem-
paulista.
-estar comum. Eles instalaram o dispenser e,
Já em Ribeirão Preto, ano passado, o coco de cachorro virou até mesmo caso de polícia.
com os saquinhos oxibiodegradáveis, conse-
As fezes de um cachorro na calçada em frente
Coletores
a uma casa provocou o desentendimento entre
Mais do que um dever, a coleta dos deje-
dois vizinhos e o caso foi parar na delegacia. O
tos dos animais é um ato de cidadania. Além
“Nos condomínios, o produto fica locali-
dono do cão da raça Pug disse que chegou a
de contribuir para deixar as ruas e vias públi-
zado próximo aos elevadores ou na portaria,
ser ameaçado de morte.
cas sujas, o contato com as
guem preservar a limpeza dos espaços de for-
De acordo com o dono do cachorro, ele
fezes dos animais pode pro-
saiu para passear com o animal levando consi-
vocar problemas de saúde
go três sacolas plásticas para recolher as fezes.
tanto no ser humano, como
No entanto, o cão defecou mais de uma vez,
no próprio pet, que pode
quando já não havia mais sacolinha para reco-
desenvolver doenças parasi-
lher a sujeira.
tárias.
Foi então que o dono do imóvel chegou e
“É importante que os
viu a cena. O dono do cachorro até retirou as
donos se conscientizem so-
fezes com folhas e jogou na sarjeta, mas es-
bre a importância do reco-
queceu de que ali também era a frente da re-
lhimento das fezes durante
sidência. O caso provocou uma discussão, com
os passeios. Além de preser-
até mesmo perseguição pelas ruas do bairro e
var as ruas, calçadas e espa-
ameaça de morte. Depois do susto, o dono do
ços públicos limpos, ele vai
cachorro disse que, a partir daquele dia, iria
contribuir para o bem-estar
sair mais prevenido para passear com seu Pug,
comum”,
levando o bolso cheio de sacolas.
Garcia Gomes, diretor co-
orienta
Wesley
ma sustentável.
Só para efeitos de comparação, na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, a multa para os responsáveis pelos cachorros, que não retiram os dejetos de seus animais das vias públicas, é de 100 dólares
para facilitar a retirada dos saquinhos pelos moradores que saem para passear com os cachorros”, explica Gomes. “O produto não beneficia apenas os donos de animais, mas todos os moradores do condomínio e do bairro, que podem conviver com ambientes, calçadas e ruas mais limpas”, acrescenta o diretor comercial. Além de conscientizar os condôminos, é preciso pensar além do
Só para efeitos de comparação, na cida-
mercial de uma empresa
de de Nova York, nos Estados Unidos, a multa
responsável pelo desenvol-
para os responsáveis pelos cachorros, que não
vimento do Acacabou, dispenser de saquinhos
bairro e uma cidade inteira. Não adianta ape-
retiram os dejetos de seus animais das vias pú-
oxibiodegradáveis próprios para a coleta dos
nas os moradores fazerem a sua parte se o vizi-
blicas, é de 100 dólares. E a fiscalização é fei-
dejetos dos animais. “Nossa proposta foi de-
nho continua sujando. O mau exemplo infeliz-
ta de forma rigorosa, implacável e efetiva, por
senvolver um produto que facilitasse o dia a
mente é mais seguido do que as boas atitudes.
profissionais designados especialmente para
dia dos donos. O Acacabou ainda elimina o uso
Com o pensamento de “se ele faz, eu também
atuarem e autuarem este tipo de ocorrência.
das sacolinhas de supermercado, tradicional-
posso fazer”, a cidade vai ficando suja e conta-
mente utilizadas pelo dono, oferecendo uma
minada.
O problema das fezes dos animais de estimação vai além da sujeira e do risco de pisar
17
De acordo com um levantamento reali-
nas praias para evitar o risco de transmissão
alternativa mais ecológica”.
condomínio e trabalhar com a educação de um
Uma atitude simples de separar sacolinhas ou
nesses “presentinhos” que os donos deslei-
A ideia de criar o produto também visou
pedir a instalação do dispenser na portaria do con-
xados deixam nas calçadas e jardins da cida-
acabar com os dejetos dos animais que tam-
domínio pode fazer a diferença no bem-estar de um
de. Além do mau cheiro e da falta de higiene,
bém afetam moradores de condomínios, que
bairro inteiro. Até porque, não é somente outra pes-
o descaso pode causar até mesmo doenças,
sofrem com o descaso de alguns donos. “Um
soa que pode pisar no coco do cachorro, a vítima
como acontecia em Santos.
dos principais conflitos gerados pela presença
pode ser também quem não recolhe. E aí, vai brigar
As fezes atraem moscas, veiculadoras de
do pet é o não recolhimento dos dejetos nas
com quem? Não dá para exigir algo de outra pessoa
várias doenças, e facilitam a propagação de
áreas comuns e no entorno do condomínio”,
quando você também não dá o exemplo.
bactérias. Além dos ricos ao ser humano, os
explica Gomes, que conta que o produto é usa-
Pequenas atitudes podem garantir mais do que
animais também podem ser prejudicados, con-
do como forma de minimizar os atritos entre os
uma boa convivência. Elas podem trazer saúde e
traindo viroses ou verminoses. No homem, são
moradores.
melhoria na qualidade de vida de todo mundo. Nin-
comuns as doenças provocadas por parasitas
Perto de mil condomínios de São Paulo
cujos ovos estão presentes nas fezes dos cães,
conseguiram minimizar os conflitos gerados
Portal dos Condomínios . Set/Out 2012
guém é obrigado a olhar para o chão e desviar do coco que fica ali. Portal dos Condomínios . Set/Out 2012
17
EDUCAÇÃO
Médio ou Técnico? Carlos José Silva Borges Comunicação Colégio Divino Salvador Novamente, vale recorrer ao tema dos Cursos Técnicos, pois é um assunto de extrema importância na atualidade e no futuro dos jovens da nossa região. Por enquanto, vamos analisar a diferença entre o Ensino Médio e o Curso Técnico com Ensino Médio. A questão não é e nunca será descobrir qual opção é a melhor. Cada caso indica uma tendência. É preciso primeiro que o jovem entenda a importância de pesquisar as profissões com antecedência e encontrar a sua preferência. A partir daí, saberemos se o ideal é passar pelo Ensino Médio ou pelo Curso Técnico. Quando o jovem já tem uma dimensão da carreira que deseja seguir e essa linha se enquadra em Cursos Técnicos oferecidos na
18
Portal dos Condomínios . Set/Out 2012
região - e esse jovem tem o interesse de entrar o mais rápido possível no mercado de trabalho - optar pela formação profissionalizante é o mais indicado. Vale ressaltar que a região e principalmente Jundiaí estão passando por um aumento exponencial de vagas de alto rendimento. Mais ainda: as empresas já estão (realmente) com dificuldades de encontrar mão de obra qualificada. No entanto, ainda encontramos muitos jovens perdidos, sem saber o que fazer, buscando emprego... Que estranho, não é? O que está acontecendo? O problema é que há pessoas que estão descobrindo um pouco tarde, nos anos iniciais da faculdade ou até depois de formados, que deveriam ter optado por um Curso Técnico, pois já estariam no mercado e, consequentemente, melhor encaminhados na carreira. Hoje em dia as empresas estão contratando cada vez mais jovens, tanto pela questão salarial, como também pela oportunidade de formar profissionais conforme a ideologia da instituição. Começar cedo vem fazendo a diferença! Já a vantagem do Ensino Médio é, obviamente, a carga maior dos conteúdos ex-
igidos no vestibular e também nas matérias de formação humana. Ou seja, por mais que haja uma boa programação de Ensino Médio em um Curso Técnico, cursar apenas o Médio pode sim preparar melhor para superar os melhores vestibulares. Quando a profissão do seu interesse só está disponível na universidade ou o seu foco agora é uma formação mais ampla em educação básica e não em trabalhar nessa carreira pelos próximos anos, o Ensino Médio é o caminho ideal! Pense bem no seu presente e no seu futuro! É lógico que há exceções para quase tudo na vida e a gente, com dedicação, pode sempre mudar o nosso rumo. Mas se você já tiver um sonho, analise bem e siga a sua escolha com muito empenho! O tempo está cada vez mais valioso... Não perca o seu!
Portal dos CondomĂnios . Set/Out 2012
19
Evento
A Festa do
Por Rodrigo Góes A região de Jundiaí vai ganhar um evento especial em homenagem ao Dia do Síndico. No próximo dia 28 de novembro a Proempi e o Secovi realizarão, com apoio da revista Portal dos Condomínios, a 1ª Festa do Síndico, um grande evento para comemorar o progresso nas atividades do mercado condominial em 2012. A festa será de gala, com direito a jantar,
20
Portal dos Condomínios . Set/Out 2012
stand up, banda show e sorteio de brindes, e acontecerá no Espaço Monte Castelo, reservado apenas aos síndicos, presidentes de associação de moradores, administradores e empresários do setor. O objetivo da 1ª Festa do Síndico é unir ainda mais o setor condominial, ação esta já proposta pela Proempi desde o final de 2011 quando foi lançado o Conselho de Síndicos, que visa analisar as necessidades em comuns dos condomínios na região de Jundiaí. O encontro terá também um caráter social, pois para a retirada dos convites, o síndico e seu acompanhante deverão levar uma lata de leite em pó, que será doada a uma instituição de caridade a definir. Os ingressos deverão ser retirados obrigatoriamente na sede da Proempi, localizada no Edifício Nino Plaza, na Rua Abílio Figueiredo, 92, conjunto 83, em Jundiaí-SP. Durante mais de 60 dias uma equipe organizadora da Proempi, juntamente com a revista Portal dos Condomínios, reuniu para definir o melhor formato para este evento. A escolha de
um jantar, com show de stand up e apresentação de banda se deu para fugir dos atuais padrões de eventos de condomínios na região de Jundiaí. O objetivo é celebrar o Dia do Síndico com alegria e descontração. Por esse motivo, está sendo preparada uma apresentação divertida de stand up com assuntos relacionados aos condomínios e seus causos mais marcantes. O local escolhido também foi determinante para a realização do evento. O Espaço Monte Castelo é uma das principais referências, assim o a escolha do buffet foi criteriosamente definida para oferecer uma festa de qualidade. Para abrilhantar ainda mais a noite (o evento ocorrerá a partir das 19h), será realizada uma apresentação de banda show, aqueles grupos que fazem performance e animam até os mais tímidos! O Portal dos Condomínios fará a cobertura do evento, trará na próxima edição todas as fotos e também disponibilizará em sua fan page, no Facebook, todos os momentos marcantes da 1ª Festa do Síndico. A 1ª Festa do Síndico servirá para comemorar os 20 anos de atividades da LGM, que é Patrocinadora Master do evento. A empresa é uma das
Síndico vem aí referências em prestação de serviços para condomínios e também tem uma forte presença em alarmes e monitoramento. Três das principais administradoras de condomínios da região de Jundiaí estarão apoiando o evento. Impacto, Móbile e Cortizo, que juntas somam grande parte da administração condominial da cidade, aceitaram em retribuir toda a confiança depositada pelos síndicos no trabalho que vem sendo realizado há anos. Duas grandes empresas também já fazem parte do quadro de patrocinadoras (Quota Diamante): a Ultragaz, que tem a exclusividade de exposição no segmento de Gás, e a Braseg, fornecedora de produtos de CFTV, alarmes e portões eletrônicos, entre outros. A 1ª Festa do Síndico também é uma excelente oportunidade para fazer divulgação. Isso porque o evento contará com a presença de 400 pessoas, com expectativa de pelo menos 150 síndicos. As vagas são limitadas e a exposição é atrativa. Os interessados em participar deste evento como patrocinador devem entrar em contato com a secretaria da Proempi, através do telefone: 11 4586-3535.
Portal dos Condomínios . Set/Out 2012
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ACONTECE
Cursos, ainda há vagas Por Rodrigo Góes
Não Associados: R$ 240,00
Aproveite a oportunidade de profissionalizar o seu condomínio. Últimas vagas. 1 – Noções de Zeladoria
2 – Auxiliar de Eletricista Conteúdo: Conceitos sobre auxiliar a execu-
Conteúdo: Conceitos sobre condomínios;
ção de instalações elétricas residenciais, públicas,
Atribuições e responsabilidade do zelador; Rela-
comerciais e industriais de acordo com normas
ções interpessoais; Portaria e segurança patrimo-
técnicas, ambientais, de qualidade e de seguran-
nial; Serviços gerais: limpeza e conservação, trata-
ça e saúde do trabalho.
mento de piscinas, estacionamento e jardinagem.
Carga Horária: 40h
Carga Horária: 24h Certificação SENAI: 75% de presença e 50% de rendimento
Certificação SENAI: 75% de presença e 50% de rendimento Investimento:
Investimento:
Associados Proempi: R$ 200,00
Associados Proempi: R$ 150,00.
Não Associados: R$ 290,00
Programe-se. Evento em 2012 Por Rodrigo Góes Além da primeira Festa do Síndico, outro evento marcante para o mercado condominial da região de Jundiaí e que já se tornou referência é o Portal Debate, uma realização da revista Portal dos Condomínios. Com formato diferenciado, com apresentação dos palestrantes e grande espaço para perguntas e respostas, a edição 2013 promete mui-
tas novidades. E para garantir uma vaga especial de exposição da sua marca aos síndicos, subsíndicos, conselheiros, moradores de condomínios, presidentes de associação de moradores e administradores, entre em contato com a revista o quanto antes: 11 4522-2142 ou portaldebate@ portaldebate.com.br Para saber como foram as edições passadas, acesse: www.portaldebate.com.br
De olho nos parquinhos Por Vivian Lourenço
O texto nada mais é do que um apoio ao
não ver uma criança com os olhinhos brilhando
Projeto de Lei n.º 514/2012, do Deputado Es-
nesses brinquedos, tão comuns nos parquinhos.
tadual Roberto Massafera, que fala sobre a
Mas os pais sabem quem fiscaliza os equipamen-
exigência de vistoria anual com laudo técnico
tos da brincadeira da molecada? E não é raro en-
acompanhado da respectiva via da Anotação de
contrar os equipamentos dos parques em mau es-
Responsabilidade Técnica (ART) para utilização
tado de conservação, que certamente trazem um
de brinquedos em parques infantis de educação
risco para os pequenos.
infantil, ensino fundamental público ou privado,
No dia 4 de setembro, na sessão ordinária da Câmara Municipal de Jundiaí, os vereadores apro-
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bleia Legislativa.
Balanço, escorregador e gira-gira; impossível
bufês, parques públicos, de diversão, condomínios, hotéis, clubes e similares.
varam a Moção nº. 222/12, de autoria da verea-
Então, a partir de agora fique de olho, e an-
dora Ana Tonelli. A moção trata da fiscalização de
tes de deixar seu filho brincar no parquinho da
brinquedos em parques, escolas e diversos outros
rua ou do condomínio, exija a vistoria ou a ART
estabelecimentos. A intenção é exigir vistorias
dos brinquedos. A segurança tem que vir sempre
anuais, conforme projeto que tramita na Assem-
em primeiro lugar.
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UTILIDADES DOMÉSTICAS
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ARTIGO
O que o vinho tem a ver com os condomínios?
MUITA COISA E você deve estar dizendo: então me explique! Há dez anos, conversava com um conceituadíssimo enólogo chileno e um dos melhores do mundo. Para nós do mundo do vinho é um momento de êxtase, haja vista é como se estivéssemos ao lado de uma figura mítica tal o deslumbre. Indaguei-o sobre como deveria ser maravilhoso um enólogo chegar ao ápice da sua profissão, fazer o que gosta, viajar pelo mundo a trabalho em busca de novos conhecimentos, dar palestras, aulas, encantar as pessoas apaixonadas pelo vinho etc. Qual foi minha surpresa quando ele me interrompeu com a seguinte frase: “A coisa mais bonita do vinho são os amigos que ele lhe proporciona”. Uma irrefutável verdade. Traremos essa frase para o dia a dia de um condomínio. Por vários motivos, seja pelo tamanho do condomínio, ausência das pessoas devido o trabalho, comportamento introspectivo, morador recém chegado, entre outros, fazem com que deixem de se conhecerem melhor, abstendo-se ao simples bom dia no elevador, ou na caminhada quando o condomínio tem esse espaço. Agora, imagine você meu caro amigo leitor que está inserido no cenário acima exposto, receber
um convite para participar de uma degustação de vinhos de um determinado país ou vários países, no salão de festas do seu condomínio, acompanhada de uma pequena palestra explicativa e informações técnicas das vinícolas e dos vinhos a serem degustados! No final do ano então, ahhh que beleza, com o espírito festivo das festas nos tomando conta, nada mais alegre do que uma degustação de espumantes nacionais, que nos dias atuais, tão bem estão se posicionando no mercado mundial! Concorda que a timidez pedirá licença para se retirar ou, aquele morador sisudo que você imaginava ser, na realidade é um contador de piadas, ou aquela moradora que diziam ser uma chata, mas verá que não é tão chata assim, enfim, às vezes tudo muda pela simples oportunidade de estarem ali, juntos, degustando vinhos e se conhecendo melhor. Por tudo isso, associado ao prazer e à saúde quando tomado com parcimônia, essa bebida milenar também tem essa propriedade de unir as pessoas, basta definir o tema, os vinhos, se espumantes, brancos, roses ou tintos, e harmonizá-los com uma comidinha. Crie uma Confraria em seu condomínio, assim haverá mais um grande momento de prazer na sua vida, enaltecendo que, vinho é cultura, exageros à parte, a oitava arte. Carpe Diem. Muito Obrigado e até uma próxima oportunidade! Sou o Adilson Pilot, profissional do Mundo do Vinho, e coloco-me inteiramente à disposição para os que se interessarem sobre o assunto. adilson@pilotvinhos.com.br 11 99118-9555 / 11 7602-7033
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BEM-ESTAR
De lixo a nutriente Por Vivian Lourenço As plantas alegram qualquer ambiente. Dificilmente você verá uma residência com ar triste que contenha uma planta ou flor; por menor que seja um vaso ele já é capaz de fazer uma verdadeira transformação em qualquer pessoa. E se nós precisamos de alimento para suportar as dificuldades do dia a dia, imaginem as plantas, que dependem totalmente dos donos para sobreviver? Um dos itens principais para a manutenção das plantas, além de dispensar alguns minutos de cuidado e água, é uma boa terra adubada. Compostos artificiais podem até resolver o problema, mas porque gastar se há como conseguir adubo reciclando os alimentos que não servem mais. O que não te serve, pode se tornar, de forma simples, um excelente método de nutrição para as suas plantas. Muitos podem torcer o nariz por causa do adubo orgânico fabricado em casa, parte pelo cheiro, parte por não saber como proceder corretamente para ter um composto eficaz. Há duas opções: comprar uma composteira (na qual se preparará o adubo) ou fabricar uma de forma simples, porém eficiente; é nela que será realizada a compostagem. Compostagem é um processo biológico através do qual microrganismos naturais e presentes no meio ambiente “atacam” o lixo, reduzindo (muito) seu volume. Ele será decomposto em partículas muito pequenas e isentas de agentes nocivos, transformando-no em um material estável, fertilizante e benéfico ao meio ambiente. O processo é básico e muito simples. Para resumir, você precisará separar o lixo orgânico rico em nitrogênio e misturá-lo a restos vegetais ricos em carbono. A mistura irá gerar o composto orgânico. Segundo o diretor da Agroambiental, Luiz Henrique S. Carvalho, o material necessário para construir uma composteira são duas caixas plásticas (aquelas que se acham em feiras), dois metros de tela sintética de jardim e uma pá ou garfo de jardinagem. Para construir a composteira, primeiro é necessário forrar as caixas com a tela. “Para fixar a tela, você pode costurá-la nas bordas, aproveitando que a caixa tem vários furinhos, ou prender com um arame ou elástico. Procure não deixar espaços entre a tela e a caixa para que o lixo fique com seu peso apoiado sobre a caixa e não fique forçando a tela.” É importante ter em mente que a proporção do lixo deve obedecer a uma simples regra, que são duas partes de carbono para uma parte de nitrogênio (no blog do Portal tem a tabela dos lixos que liberam esses dois gases). “Funciona como a alimentação das pessoas: nós comemos (ou deveríamos
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comer) uma pequena porção de proteínas e uma porção maior de fibras e carboidratos”. O passo seguinte é forrar o fundo da composteira com restos secos de jardinagem ou lixos como papéis, guardanapos, serragem e outros. Depois, é necessário depositar o lixo “úmido” por cima. Por fim, se for possível, cubra com um pouco de folhagens secas. Se você fez tudo direitinho, depois de dois meses já não será possível identificar nenhum tipo de lixo ou restos vegetais. “Tudo vai estar com um aspecto bastante homogêneo, com exceção de galhos, espigas de milhos ou caroços muito grandes. Esses você pode separar e jogar em uma composteira nova. Depois de mais uma rodada eles certamente desaparecerão”. Depois de pronto, basta acrescentá-lo em qualquer tipo de planta, já que sua origem vegetal funciona como complemento do solo, e o seu lixo dos últimos meses vai embora de uma maneira limpa e 100% orgânica. Além de colaborar com o meio ambiente, diminuindo o que vai para os aterros sanitários, você ainda cuida das suas plantas. Para saber se o composto está ideal, Luiz passa algumas dicas. “O composto deve ter uma temperatura morna, sinal de que as reações químicas estão acontecendo. Se estiver muito quente significa que está fermentando demais e os microrganismos estão morrendo”. Porém, se estiver muito fria não chega a ser um problema, porém vai demorar mais para a decomposição total. Nesse caso é provável que faltem lixos-nitrogênio. “O composto deve ter uma textura mais homogênea possível. Procure triturar um pouco os lixos antes de jogá-los na composteira”. Se estiver embolado e pegajoso não é muito bom. Nesse caso, remexa com mais frequência. Agora, se estiver afofado é um bom sinal. Depois de um tempo, é claro que sua composteira começará a ficar com a capacidade lotada. Quando isso acontecer, finalize com uma boa camada de folhas secas e deixe descansar por 60 dias, revirando uma vez por semana. Enquanto isso pode começar o mesmo processo com a outra caixa, que está vazia. Luiz também explica que alguns problemas com a composteira podem surgir, mas há solução para eles. “Se ela estiver muito úmida e você remexer o conteúdo e ele parecer um ‘pudim de lixo’, é porque está faltando lixo tipo Carbono [C], que é a “massa”. Coloque mais restos secos de jardim, ou serragem, ou jornal picado”. Agora, se ela estiver apresentando mau cheiro,
é porque você colocou muito lixo tipo nitrogênio. “Novamente, capriche em coisas do tipo Carbono. Borra e filtros de café também ajudam. Lembre-se, essa é uma compostagem aeróbica, bem ventilada, e por isso não deve apresentar cheiro algum!” E quando vai ser a hora de colocar as minhocas? “Quando o conteúdo estiver a meia-vida, ou seja, com os restos já semidecompostos é a hora certa”. Para isso, você vai precisar afofar bem o material deixando-o o mais homogêneo possível. Depois, cave um buraco a meia profundidade da caixa e deposite ali as minhocas. Numa caixa com 20 quilos, 200g de minhoca já são o suficiente. Tampe tudo e cubra toda a superfície com palha ou outros restos vegetais secos. Depois, cubra com uma lona preta e por fim, cheque uma vez por semana a textura do composto, remexendo com cuidado. Pronto, de maneira simples e eficiente você ajuda o meio ambiente, evitando o acumulo de lixo nos aterros sanitários e ainda economiza com os cuidados com a planta, oferecendo a ela uma nutrição mais eficiente e sem compostos artificiais.
Veja em nosso blog qual o lixo que serve ou não serve para a composteira. Acesse: http://portaldoscondominios. wordpress.com/
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CRÔNICA
Os quatro pedidos de Dona Chica Desde que sua
vezes e nenhum latido ou sinal de cachorro no apartamento.
irmã faleceu, Dona Chica
Pelo interfone foi avisado pelo morador que o pobre cãozinho
ouve barulhos no prédio,
faleceu há quatro meses e de velhice, sendo que há muito tempo
conversas, brigas, latidos de cachorros e outras coisas mais.
não tinha forças nem para latir. Alarme falso. O terceiro era um jogo de truco todas as quarta-feira, que
Porém quem sofre com os barulhos
começava antes da 22h e ia até perto da meia noite. O apar-
de Dona Chica é o síndico que tem que ouvir suas
tamento era de um casal sem filhos e que raramente recebia
reclamações e muitas vezes buscar soluções onde não há
visitas. Como poderia toda quarta ter jogatinha em pleno meio
problemas.
de semana? O síndico foi averiguar e o jogo realmente acon-
Naquela segunda-feira de dia nublado, um verdadeiro dia
tecia, somente nos intervalos jogo de futebol na TV em uma
londrino, Dona Chica encontrou o síndico e o zelador no eleva-
propaganda de cerveja e, por cima, com o volume normal, nada
dor, sem pestanejar retirou da bolsa, quatro reclamações de
de exagero na cerveja e no barulho.
seus vizinhos que incomodavam seu sonho praticamente toda
O quarto pedido vinha do apartamento 69, onde dona Chica
a semana, exigindo das autoridades do prédio, providências
afirmava que a moradora negociava jóias e sempre recebia
urgentes contra o barulho.
sua clientela masculina fazendo um barulho muito esquisito
O primeiro pedido foi esclarecido no ato, o apartamento
durante o dia e parte da noite. Esta o síndico foi averiguar se
de cima fazia muito barulho, os vizinhos arrastavam os móveis
o comercio existia, porém a jóia era outra. Sua clientela era
por toda noite, incomodando Dona Chica. O apartamento que
sempre homens de meia idade e nunca levavam a mercadoria
tanto barulho faz toda noite está desocupado há mais de seis
para casa, no máximo saiam com os cabelos molhados, mesmo
meses, esperando seus proprietários se mudarem de volta ao
não havido chuva naquele dia. O síndico passou a fazer visitas
Brasil depois de mais uma temporada na Europa.
periódicas ao apartamento 69, sempre às quintas e o zelador
O segundo é de um cãozinho vira-lata do apartamento 82 que, conforme Dona Chica, late sem parar quando seus donos saem para o trabalho. Esta missão foi dada ao zelador que visitou o apartamento tocando a companhia por várias
aos sábados pela manhã, porém, com todo cuidado para não incomodar ninguém, principalmente Dona Chica.
Por Dr. José Miguel Simão Advogado e cronista
fael Godoy.
Ilustração: Ra
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