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INTERDEPENDÊNCIA ENTRE A MISSÃO E A CT&I
Desde quando Santos-Dumont ergueu aos céus o mais pesado que o ar, o 14-Bis, o poder aéreo jamais prescindiu de mulheres e homens que se dedicam diuturnamente ao progresso aeronáutico de modo a contribuir para o desenvolvimento tecnológico e o progresso da Aeronáutica brasileira e do próprio Brasil.
Nessa aerovia, percorrida e perseguida por inúmeros pioneiros e visionários, a Força Aérea teve participação fundamental, primeiro com o Marechal Casimiro Montenegro e a criação do CTA e do ITA, demonstrando sua visão aguçada, estabelecendo a educação como condição para que o Brasil pudesse ser o nascedouro de uma pujante indústria aeronáutica e, finalmente, com o Coronel Ozires Silva e o IPD-6504, o Bandeirante, dando origem à EMBRAER e a todo um parque tecnológico voltado para a atividade aeroespacial.
Agora, no amadurecimento do século XXI, a Ciência,Tecnologia e Inovação (CT&I) revelam-se pilares ainda mais fundamentais para dotar a Força Aérea de meios cada vez mais avançados e que representem, de fato, fator dissuasório para a defesa de nosso país.
Com esse objetivo, e em um futuro que já se descortina para a nossa Força, o Projeto KC-390 finalizará o seu desenvolvimento como a plataforma mais avançada do mundo na sua categoria, com respectivo potencial de vendas para outros países. Já o Projeto F-39 Gripen começa a entregar suas aeronaves para a operação junto à FAB, estabelecendo um patamar de operacionalidade e capacidade nunca antes experimentado.
Mas, cabe-nos divisar, imaginar e concretizar o futuro a longo prazo, aquele que proporcionará manter a Força Aérea no limiar do conhecimento e buscará enfrentar os desafios que ainda nem conseguimos imaginar.
Para esse propósito, continuaremos a investir em pesquisa e desenvolvimento, apoiando fortemente nossas Instituições Científico-Tecnológicas (ICT) na busca incessante do conhecimento. Conhecimento este que proporcionará a aplicação efetiva e eficaz dos recursos da Nação brasileira, de modo alinhado com nossa Política de Defesa e demais Forças irmãs.
Para o alcance de alvo tão difícil e desafiador, coordenado pelo EMAER, auxiliado pelo DCTA em especial, e respaldado pelos demais Grandes Comandos, focaremos em tecnologias específicas para os próximos 20 anos, tais como veículos hipersônicos, lançadores de satélites, sistemas de energia dirigida e o voo autônomo em todas as suas vertentes.
Sabedores do tamanho desafio, apoiar-nos-emos no princípio da tripla hélice, congregando as ICT do COMAER, além de outras ICT pelo Brasil, as organizações e fundações de fomento e a nossa Base Industrial de Defesa, abrindo espaço para a discussão das melhores soluções para a soberania e defesa nacionais, sempre sob a liderança de nossa Força Aérea.
Adicionalmente, dados e informações gerados por nossos diversos sistemas finalísticos e de apoio são igualmente ativos da Força que precisam ser explorados e automatizados de modo inteligente para que nossas Capacidades de Força Aérea sejam ampliadas. Nesse contexto de século XXI, atenção especial e esforços deverão ser envidados ao gerenciamento do Big Data gerado diuturnamente no âmbito do COMAER e ao desenvolvimento de inteligência artificial eficaz e ética, para que contribuam diretamente no cumprimento da missão da Força Aérea.