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g Científico-Tecnológica
g Científico-Tecnológica
A partir da segunda metade da década de 1950, o processo de industrialização adquire novos contornos com a expansão das indústrias básicas, como metalurgia, química pesada, celulose e papel, e com a instalação de indústrias dinâmicas, como a automobilística, a de construção naval e a de material elétrico, entre outras. O Brasil passa, nesse período, a adotar uma política mais agressiva de desenvolvimento econômico, e as atividades de ciência adquirem, portanto, base institucional mais sólida.
Evidencia-se a necessidade de dotar o País de infraestrutura científico-tecnológica capaz de suprir carências do parque industrial em crescimento nesse setor. Criam-se dois órgãos de fomento às atividades de pesquisa e capacitação de recursos humanos: o Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) e a Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Nesse período, o mundo assiste ao notável incremento de experiências científicotecnológicas na utilização de energia nuclear, com o objetivo de aperfeiçoar o armamento atômico. A Guerra Fria, em pleno curso, associa-se às questões do domínio da tecnologia nuclear e aos recursos minerais nucleares, o que direciona interesses de estudo e pesquisa no Brasil.
Em 1956, o País contava com os seguintes órgãos de pesquisa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD), Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), Comissão de Energia Atômica, Instituto de Pesquisas Rodoviárias e Instituto de Energia Nuclear, todos vinculados ao CNPq. No quinquênio de 1956 a 1960, Kubitschek apresentou um plano de desenvolvimento econômico que tomou o nome de Programa de Metas. Visava, entre outras, à substituição de importações pela produção interna, assim como atender à necessidade de criar divisas. Esse Programa abrangia os seguintes setores: Energia, Transportes, Alimentação, Indústria de Base e Educação. Diversos setores expandiram-se, destacando o petrolífero, cuja produção ampliouse, passando a abastecer 35% do consumo nacional. A fabricação de veículos automotivos cresceu de 7.200 unidades, em 1957, para 1.333.078 unidades, em 1960. A multiplicação de fábricas e oficinas que se efetivou estendeu-se a diversos outros ramos da produção, impulsionando acima de tudo a indústria de máquinas. Destacaram-se nesse período de governo diversos outros eventos que concorreram para a impulsão da Ciência e Tecnologia (C&T) e do desenvolvimento no País: a construção da cidade de Brasília, a criação da SUDENE, a ampliação da Usina de Volta Redonda e o apoio à construção da Usina Siderúrgica de Minas Gerais S.A. (USIMINAS) e da Companhia Siderúrgica Paulista (COSIPA). O Brasil pós-1964 deu continuidade ao tipo de desenvolvimento capitalista iniciado no Governo Kubitschek, dependente do capital estrangeiro e dos investimentos do Estado nas atividades econômicas.