Notaer Outubro 2013

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CB V. SANTOS / CECOMSAER

www.fab.mil.br

Ano XXXVI

Nº 10

Outubro, 2013

ISSN 1518-8558

DIA DO AVIADOR

Esquadrão recebe caça A-1 modernizado Agora o A-1M do esquadrão Adelphi conta com equipamentos de autodefesa mais modernos. O caça, que já atuou na Operação Laçador 2013, também sofreu modificações nos sistemas embarcados. Saiba mais na Pág. 6

OPERAÇÃO LAÇADOR Mais de oito mil militares da Aeronáutica, Marinha e Exército participaram do treinamento em situações de conflito, realizado na região sul do país de 16 a 27 de setembro. O objetivo foi aprimorar a integração entre as Forças Armadas nos três estados, além de capacitar as tropas em ações de combate e apoio logístico. Mais de 60 aeronaves da FAB atuaram durante o exercício simulado, que contou com atividades de defesa aérea, ataque a locais estratégicos e missões de busca e salvamento. Pág. 11

ESPORTE

A Universidade da Força Aérea completou 30 anos no dia 26 de setembro. Em comemoração ao aniversário, foram realizadas palestras, apresentações culturais e competições esportivas. A Unifa é responsável pela pós-formação militar dos oficiais da FAB. Pág. 9

A 47ª edição da NAVAMAER contou com a participação de 600 cadetes da Aeronáutica, Marinha e Exército. Durante uma semana, os atletas disputaram cerca de 300 medalhas em 12 modalidades esportivas, entre elas, atletismo, natação e futebol. A ideia da competição é fortalecer atributos essenciais dos militares e desenvolver principalmente sentimentos de companheirismo e determinação. Pág. 8

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UNIFA


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TEN ENILTON / CECOMSAER

CARTA AO LEITOR

Mais segurança no voo Nesta edição do NOTAER, você vai conhecer o novo avião de caça do esquadrão Adelphi. A aeronave foi modernizada e conta com um radar e um sistema integrado de autodefesa mais adequados. Tudo isso vai ampliar a segurança do piloto. O A-1M não muda a missão da unidade aérea que é treinada para ataques ar-solo, mas altera a maneira de realizá-la. Melhorar a segurança também foi o objetivo da operação Voe Seguro, que a Força Aérea Brasileira reali-

zou no norte do país. Cerca de 1.200 aeronaves, 439 planos de voo e nove aeródromos foram fiscalizados durante uma blitz aérea. A ação pretende reduzir o número de acidentes aeronáuticos. Até o dia 31 de julho, já ocorreram 103 acidentes em todo o país. Você vai acompanhar ainda a Operação Laçador, realizada de 16 a 27 de setembro no sul do país que contou com a participação da Aeronáutica, Marinha e Exército. Durante o exercí-

cio, os militares realizaram atividades de treinamento com óculos de visão noturna e simularam operações de combate em cenário de conflito. E se você quer parar de fumar, saiba quais são as dicas dos especialistas na nossa reportagem sobre saúde. O fumo provoca diversos tipos de doenças, como aneurismas arteriais e úlceras do aparelho digestivo. Não

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno

existe uma receita simples para largar o vício, mas com persistência, dedicação e boa orientação é possível vencer a luta contra o fumo.

Chefe da Divisão de Comunicação Corporativa: Coronel Aviador Max Luiz da Silva Barreto

Boa Leitura!

Chefe da Seção de Divulgação: Capitão Aviador Bruno Perrut Gomes Garcez dos Reis

Brig Ar Marcelo Kanitz Damasceno Chefe do CECOMSAER

Chefe da Subdivisão de Produção e Divulgação: Major Aviador Rodrigo Alessandro Cano

Chefe da Agência Força Aérea: Capitão Aviador Bruno Perrut Gomes Garcez dos Reis Editor: Tenente Jornalista Humberto Leite

Quem está olhando? dispositivo está conectado sem senha de acesso. Mesmo sem a ajuda deste tipo de website é possível encontrar câmeras IP desprotegidas em abundância. Hackers realizam uma busca automática na rede procurando por todo tipo de alvo. Quando encontram alguma câmera de interesse tentam acessar utilizando a senha padrão, que varia de modelo para modelo. O usuário não precisa se aprofundar no conhecimento de técnicas de proteção de rede para tornar sua câmera IP mais segura, basta tomar simples medidas: a) Compre dispositivos seguros Antes de comprar qualquer câmera IP, realize uma busca na internet pelo modelo da câmera com a palavra “exploit” (Ex: SAMSUNG DVR exploit). Se encontrar algum site com explicações de como burlar as seguranças do aparelho, não

O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao público interno.

Chefe da Divisão de Comunicação Integrada: Coronel Aviador Henry Munhoz Wender

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

O mercado de câmeras IP tem crescido no Brasil. Nos últimos anos, diversas residências e estabelecimentos comerciais têm adquirido este tipo de equipamento para aumentar a vigilância. Comerciantes procuram proteger o patrimônio e chefes de família querem monitorar suas residências a distância. No entanto, muitos destes dispositivos estão sujeitos a ataques que permitem que o invasor observe aquilo que era pra ser protegido desses mesmos olhos. Há websites que se especializaram na busca por aparelhos conectados na internet, criando um banco de dados que contém o endereço IP de impressoras, sensores, roteadores e câmeras IP. Muitos destes dispositivos de transmissão de vídeo estão plugados na rede mundial sem a devida proteção - a senha padrão nunca foi alterada ou o

Expediente

compre. Existem diversos modelos no mercado para escolher. b) Atualize o firmware Firmware é o programa responsável por gerenciar a câmera IP. Sempre que o fabricante identifica falhas ou aperfeiçoa o funcionamento do aparelho, ele disponibiliza um firmware novo. É prudente que o usuário mantenha sempre a última versão. c) Modifique as senhas de administrador É comum que os dispositivos venham com uma senha padrão de fábrica (Ex: Login: admin, senha: admin). O usuário deverá mudar para uma outra senha tão cedo quanto possível. d) Proteja o acesso com senhas Muitas câmeras IP, por padrão, já transmitem vídeo mesmo sem senha de acesso. O fabricante considera que o usuário deseja ver a câmera funcionando primeiro para

depois protegê-la com senha. Infelizmente, muitos deles não configuram sua própria senha. e) Selecione os locais de instalação Não coloque câmeras IP em áreas onde você não se sentiria confortável se alguém estivesse olhando. Mesmo que o usuário tenha cumprido todas as etapas anteriores de proteção, é possível que haja uma vulnerabilidade até então desconhecida pelo fabricante que poderá ser utilizada por um bisbilhoteiro. As câmeras IP estão no mercado à disposição do consumidor comum - são de fácil instalação e têm preço acessível. Este dispositivos têm sido alvo de vários tipos de ataque pela rede mundidal. Porém, com o uso correto, e com medidas de segurança apropriadas, o usuário poderá usufruir de todos os benefícios do monitoramento remoto de seus bens mais valiosos. (Centro de Inteligência da Aeronáutica)

Repórteres: Ten JOR Humberto Leite, Ten JOR Flávio Nishimori, Ten JOR Willian Cavalcanti, Ten JOR Jussara Peccini, Ten REP Juliana Mota, Ten JOR Evellyn Abelha, Ten JOR João Elias Colaboradores: CIAER, EEAR, VII COMAR, UNIFA, AFA, EMCFA e SISCOMSAE (textos enviados ao CECOMSAER via Sistema Kataná). Diagramação e Arte: Ten FOT José Mauricio Brum de Mello, Suboficial Claudio Bomfim Ramos, Sargento Daniele Domingues Duarte, Sargento Jobson Augusto Pacheco e S2 Yago Vinicius Santos. Revisão: Cap Av Bruno Perrut Gomes Garcez dos Reis Tiragem: 30.000 exemplares Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte. Comentários e sugestões de pauta sobre aviação militar devem ser enviados para: redacao@fab.mil.br Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF

Impressão e Acabamento: Log & Print Gráfica e Logística S.A


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PALAVRAS DO COMANDANTE

17 de outubro: Dia da Indústria Aeronáutica Brasileira Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito Comandante da Aeronáutica

ezessete de outubro é uma data do Comando da Aeronáutica nem sempre lembrada pelos seus próprios militares. Não é o dia de alguma aviação nem o aniversário de algum grande fato histórico, como o 23 de outubro que anualmente nos lembra o feito de Alberto Santos Dumont. Contudo, o 17 de outubro merece um espaço na agenda de qualquer civil ou militar que reconheça a importância da aviação para o Brasil. No dia 17 de outubro comemoramos o Dia da Indús-

tria Aeronáutica Brasileira. Nesta data, em 1935, voou pela primeira vez o Muniz M-7. Projetado por Antônio Guedes Muniz, na época Major do Exército Brasileiro, o protótipo foi construído no então Parque Central de Aeronáutica, no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. O biplano foi equipado com um motor de 130 cavalos de potência e alcançava uma velocidade máxima de 190 km/h, desempenho que não podia ser ignorado naquela época. Aquele pequeno avião, com peso vazio

de 560 kg, entraria para a história do país com a ajuda do industrial Henrique Lage. Na época, o investidor acreditou no potencial de empresas como a Companhia Nacional de Navegação Aérea, em uma época que o Brasil sequer possuía uma siderúrgica. Deu certo. Em 30 de setembro de 1936, eram entregues os dois primeiros modelos de uma produção total de 28 unidades, sendo 11 para a Escola de Aviação e 17 para aeroclubes. Nascia, assim, a Indústria Aeronáutica Brasileira.

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Em um salto no tempo, chegamos a mais um outubro, o de 1968. Naquele dia, mais um sonho se tornava realidade. Em São José dos Campos (SP), decolava um turbohélice que não só fez sucesso na Força Aérea Brasileira como também se tornou o primeiro de uma série de aeronaves que mudariam a face do país. O Bandeirante, designado na FAB como C-95, foi o primeiro avião produzido pela Embraer, e já alcançou 245 unidades exportadas. Foi o início de uma história de sucesso. Hoje, em todos os continentes, vemos aeronaves com tecnologia nacional cruzando os céus. Dentro de nossas Bases Aéreas, temos o orgulho de estarmos equipados com centenas de aeronaves fabricadas ou modernizadas dentro das nossas fronteiras. Mais que um simples orgulho nacionalista, temos ganhos econômicos, científicos, logísticos e até sociais. E a história não para. Neste instante, em Gavião

Peixoto (SP), a Embraer desenvolve em parceria com a FAB o KC-390, o maior avião já projetado no Brasil e que deve começar a voar ano que vem. Na mesma fábrica, a empresa já entrega para a FAB os A-1 modernizados, aeronaves prontas para os desafios do século XXI. No Parque de Material Aeronáutico dos Afonsos, local histórico onde foi construído o protótipo Muniz M-7, atualmente os Bandeirantes passam por um processo de modernização que não apenas mostram a revitalização da nossa Força Aérea, mas também é o resultado direto de exitosos programas de transferência de tecnologia. E neste mês, além de lembrarmos mais uma vez do voo de Alberto Santos Dumont em 23 de outubro de 1906, vamos celebrar também o 17 de outubro. Afinal a Indústria Aeronáutica Brasileira, seja ela voltada para o mercado civil ou para o meio militar, tem realizado diversos feitos e mostra-se preparada para o futuro.


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ACONTECE

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Exercício treina busca e salvamento

Livro Branco O país tem agora um novo documento em que o Governo Federal expõe seus pontos de vista e estratégias em relação à defesa. É o chamado Livro Branco de Defesa Nacional. Nele, é feita uma análise do contexto estratégico do século XXI para fornecer perspectivas de médio e longo prazo, além de subsidiar a elaboração do orçamento e do planejamento plurianual. O documento foi publicado em 26 de setembro no Diário Oficial da União.

Brasil é reeleito na OACI

O exercício simulado Carranca 2, coordenado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), envolveu a Aeronáutica, Marinha e Exército. Os militares participaram da simulação de busca e salvamento.Uma

das atividades da FAB contou com os Salvaeros, que participaram das buscas de aeronaves desaparecidas e também auxiliaram a procura por embarcações. As ações ocorreram de 16 a 27 de setembro em Florianópolis.

O Brasil foi reeleito membro do Conselho da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) durante assembleia no Canadá. Com o resultado, o país garante mais três anos no Grupo I, formado por 11 dos 191 países-membros, e se consolida entre as nações de maior importância nas decisões do controle do espaço aéreo do planeta.

A EEAR é destaque na MAREXAER A Escola de Especialistas conquistou 5 troféus na XVIII MAREXAER realizada entre 16 e 20 de setembro em Guaratinguetá, no interior de São Paulo. Os militares da FAB foram campeões no atletismo, natação (feminino e masculino), basquetebol e voleibol feminino. O aluno Marcelo Costa das Neves obteve o recorde na natação masculina 50 metros, com o tempo de 25 segundos.

Oficial dá aula nos EUA O Major-Aviador Pedro Almeida, oficial da FAB que serve como Instrutor Convidado na Academia Interamericana das Forças Aéreas (IAAFA) no Texas-EUA, é o primeiro brasileiro a ministrar aula no Curso da Escola de Operações Especiais na Flórida. A aula foi realizada no dia 16/09 e abordou o tema IAAFA - Construir parceria duradoura por meio da formação e educação.

ANIVERSÁRIO Segunda Força Aérea II FAE

Prefeitura de Aeronáutica de Brasília PABR

01/09 - 43 anos

15/09 - 53 anos

Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais EAOAR 01/09 - 66 anos

Instituto de Psicologia da Aeronáutica IPA 15/09 - 46 anos

Base Aérea de Fortaleza BAFZ

Universidade da Força Aérea - UNIFA

21/09 - 77 anos

26/09 - 30 anos

Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação - 3º/8ºGAV 09/09 - 33 anos

Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação 1º/15ºGAV 17/09 - 43 anos

Segundo Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação – 2º/3ºGAV 25/09 - 18 anos

Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação - 3º/7ºGAV 27/09 - 23 anos

Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle 4º/1º GCC 11/09 - 28 anos

Hospital de Aeronáutica de São Paulo HASP 19/09 - 34 anos

Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica - CIAAR 26/09 - 30 anos

Primeiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação - 1º/3ºGAV 28/09 - 18 anos

Prefeitura de Aeronáutica de Manaus PAMN 12/09 - 41 anos

Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação – 2º/5ºGAV 19/09 - 60 anos

Quer ver a sua unidade no NOTAER? Mande sua notícia pelo sistema Kataná. Não tem a senha? Cadastre-se pelo e-mail: web.dpd@cecomsaer.aer.mil.br

Serviço Geral de Correspondência e Arquivo da Aeronáutica - SEGECAE 29/09 - 68 anos


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MÍDIAS SOCIAIS

Tumblr: a mais nova mídia social da FAB

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Força Aérea Brasileira (FAB) participa de uma nova plataforma de relacionamento com os internautas: o Tumblr. Por meio dessa mídia social, é possível publicar um pacote completo de informações como textos, áudios, vídeos, imagens, links, citações e até diálogos. Além disso, os usuários podem se relacionar entre si e ter acesso as suas postagens, bem como compartilhar conteúdos e selecionar os seus favoritos. A ideia é mostrar à sociedade que a

FAB está cada vez mais presente na vida dos brasileiros. No Tumblr da FAB, por exemplo, os usuários acompanham as matérias do Força Aérea Blog no momento em que são publicadas. Assim, o internauta pode utilizar essa mídia como uma revista digital e ter acesso a informações sobre eventos, operações militares, formas de ingresso, aeronaves de combate, cotidiano militar, entre outras. O Centro de Mídias Sociais do Centro de Comuni-

cação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) também administra outras redes de relacionamento, a exemplo do Facebook, Instagram e Twitter. O trabalho desenvolvido nessas mídias tem a característica da Comunicação 360 graus, contando com ações integradas e observando o que ocorre na instituição e no mundo para, a p a r t i r d i s s o, interagir com seus públicos.

Acesse: forcaaereabrasileira.tumblr.com

Mais curtidas do mês

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o mês de setembro, a imagem de uma aeronave da FAB voando bem perto do Cristo Redentor foi destaque no nosso Instagram. Já no Facebook, a foto em homenagem ao último piloto veterano da Segunda Guerra, Major-Brigadeiro Miranda Corrêa, foi a mais curtida pelos nossos fãs. E no Youtube, o vídeo publicitário da aeronave A-1M veiculado no canal da Força Aérea foi o mais assistido pelos internautas.

Conheça e faça parte da Força Aérea Brasileira através das mídias sociais. Estamos esperando por você!

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OPERACIONAL

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Esquadrão Adelphi recebe AMX modernizado

Com a modernização, os pilotos farão um curso sobre a operação dos novos sistemas

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Esquadrão Adelphi ingressou em uma nova fase da sua história com a nova “bolacha” usada nos macacões de voo. O novo símbolo levado no braço esquerdo identifica que os aviadores do 1°/16° GAV voam com o A-1M, a versão modernizada do jato. O primeiro voo oficial de um A-1M com o Adelphi foi realizado pelo próprio comandante da unidade: o Tenente-Coronel Raul Carlos Câmara Borges. Ele levou a aeronave da fábrica da Embraer em Ga-

vião Peixoto (SP) para a casa do Esquadrão, a Base Aérea de Santa Cruz. O caça já participou, inclusive, da Operação Laçador, realizada de 16 a 27 de setembro no sul do país. A chegada do A-1M foi um verdadeiro presente de aniversário para comemorar os 25 anos do Adelphi, criado em 7 de novembro de 1988. O novo caça conta com o radar SCP-01, com modos ar-ar, ar-solo e ar-mar. Foi instalado um sistema integrado de autodefesa com alerta

de detecção de radar (RWR) e de aproximação de mísseis (MAWS), contramedidas (AECM) e lançadores de iscas para mísseis (chaff e flare). O armamento também teve modificações. O envelope de emprego do caça foi ampliado e novos artefatos inteligentes foram incorporados. Agora os pilotos do Adelphi precisam aprender a dominar um novo avião. A cabine foi totalmente modificada com a instalação de três grandes mostradores

digitais multifunção e ocorreram alterações tanto na iluminação interna quanto externa para que os A-1M se tornassem compatíveis com o uso de óculos de visão noturna (NVG). Para dominar tudo isso, pilotos e mecânicos participaram de cursos sobre a operação dos novos sistemas. De acordo com o Tenente-Coronel, cada piloto deve cumprir pelo menos quatro missões. “Serão realizados voos para adaptação diurna, noturna, navegação por contato e por rádio”, detalha. A chegada da aeronave modernizada não muda a

missão da unidade aérea, treinada para ataques ar-solo. O que muda é a maneira de realizá-la. Para o gerente do projeto de modernização do AMX, Coronel-Aviador Márcio Bonotto, da Comissão Coordenadora do Programa de Aeronave de Combate (COPAC), um importante benefício das mudanças é o aumento na segurança para o piloto. “A modernização promoveu a incorparação da suíte de guerra eletrônica, com o sistema de autodefesa integrado que permite ao próprio avião detectar ameaças e disparar automaticamente os flares”, afirma.


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COMAR VII

FAB realiza fiscalização na região Amazônica

Na operação, mais de mil aeronaves foram vistoriadas

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om foco na prevenção de acidentes aeronáuticos, a Força Aérea Brasileira (FAB) intensificou a fiscalização da aviação nos estados do Amazonas e Pará. Cerca de 1.200 aeronaves, 439 planos de voo e nove aeródromos

foram vistoriados durante a blitz aérea, realizada de 1ø a 5 de setembro em parceria com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Receita Federal e Polícia Federal, sob a coordenação da Secretaria de Aviação Civil (SAC).

A operação Voe Seguro atuou em cidades de grande fluxo aéreo, como Manaus, Belém, Santarém e Marabá. Ao total, 38 aeronaves foram impedidas de voar. Uma equipe da FAB monitorava os radares e repassava informações sobre voos suspeitos para agentes da ANAC, que acionavam os inspetores em solo. “A operação conscientiza operadores, pilotos e oficinas quanto à prevenção de acidentes. É importante disseminar a cultura da segurança de voo”, afirma Marcos Antônio Rama, inspetor da ANAC. Passageiros e pilotos aprovaram a fiscalização. “Nada melhor que prevenção. Essa operação deixa a gente mais segura. É muito bom saber que vocês estão preocupados com a nossa segurança”, disse Maria Lúcia Alcântara, que voa diariamente entre Juriti e Santarém, no Pará. “A aviação depende da segurança tanto do aviador como da aeronave, da em-

presa e da documentação. É importante ter essa abordagem”, ressalta o piloto de táxi aéreo Felipi Cazado. Fiscalização constante O trabalho de prevenção e fiscalização do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) ocorre regularmente. São 1.700 profissionais envolvidos somente no Quarto Centro Integrado de Defesa e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), responsável pelos movimentos aéreos na Amazônia e pela busca e salvamento em quase 70% do território nacional. Os controladores monitoram se os pilotos estão cumprindo o plano de voo e as regras de tráfego aéreo. As irregularidades cometidas nessas áreas são encaminhadas para a Junta de Julgamento da Aeronáutica (JJAer), órgão responsável por aplicar as punições. “Um terço dos acidentes em 2012 aconteceu por

desvio de conduta do piloto. Queremos criar uma mudança de cultura, intensificando a segurança das operações e mostrando que não vale a pena voar sem ter as devidas condições”, explica o Capitão Especialista em Tráfego Aéreo Ubiraci Pereira. Até 31 de julho deste ano, foram registrados 15 acidentes na Amazônia pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), o que representa 15% dos 103 acidentes desse tipo ocorridos no país. Veja o vídeo sobre a Operação Voe Seguro:

Assista em: http://www.youtube.com


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ESPORTE

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ecordes quebrados, disputas acirradas, mas o que prevaleceu foi o espírito de confraternização entre os 600 atletas na 47ª Edição da NAVAMAER, tradicional competição entre os Cadetes da Marinha, Exército e Aeronáutica realizada na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP). “A principal finalidade da NAVAMAER é fazer com que os futuros líderes da Força Aérea, do Exército e da Marinha se conheçam e que isso gere

uma maior integração entre eles”, ressalta o Brigadeiro do Ar Carlos Eduardo da Costa Almeida, Comandante da AFA. Durante uma semana, no início de setembro, os militares disputaram cerca de 300 medalhas em 12 modalidades esportivas. As provas ocorreram no complexo desportivo da AFA, que inclui duas piscinas, pista de atletismo, quadra poliesportiva e campo de futebol. Os atletas da AFA conquistaram as três primeiras

Cadetes disputam prova de tiro na modalidade de pentatlo militar

Equipe de triathlon comemora a vitória no pódio

colocações no triathlon, modalidade que estreiou este ano. A Academia também ficou com o título por equipes. Para o General de Divisão Fernando Azevedo e Silva, Presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil do Ministério da Defesa (CDMB/MD), o esporte é fundamental para a formação dos futuros Oficiais das Forças Armadas, pois fornece atributos essenciais ao militar como o fortalecimento do corpo e aprimoramento das técnicas, além de proporcionar o desenvolvimento de sentimentos como companheirismo e determinação. “Sempre um bom atleta vai ser um bom militar”, afirma. Enquanto a pira olímpica esteve acesa, os Cadetes se superaram, proporcionando grande euforia entre as torcidas. Uma das curiosidades da NAVAMAER é que vários recordes estabelecidos há mais de 30 anos não foram superados nesta 47ª edição. São os casos, por exemplo, das marcas obtidas na década de 80 pelos Cadetes Panissa e Medeiros, da AFA, hoje Coronéis. Em 1980, o Cadete Panissa atingiu 15,32m no salto triplo, resultado ainda a ser batido. “Acho que fiz uma marca boa e que serve de incentivo para essa nova geração”, diz o Coronel Panissa. Já o Cadete Medeiros, no ano de 1983, foi recordista nos 100m rasos (10”20) e nos 400m rasos (47”80). “É bom prestigiar esses atletas. A emoção fala mais alto sem-

FOTOS: CB V. SANTOS / CECOMSAER

NAVAMAER AFA sediou competição entre Cadetes das Forças Armadas

Confraternização entre os atletas foi a marca registrada do evento

pre que venho acompanhar a competição, pois me recordo dos tempos de Cadete. Aquele dia em que bati esses recordes acho que acordei inspirado”, analisa o Coronel Medeiros. Infraestrutura A fim de proporcionar conforto aos atletas, a organização montou toda infraestrutura para garantir uma boa competição. Os alojamentos, por exemplo, foram especialmente preparados para receber os atletas. A alimentação também ganhou um reforço adicional durante o evento. Em dias normais são servidas 4500 refeições na AFA. Durante a NAVAMAER, o rancho forneceu aproximadamente seis mil refeições diárias. “Nós triplicamos a nossa escala de serviço e estendemos os horários das refeições para poder atender todos os atletas da competição. Além disso, confeccionamos praticamente 600 lanches por dia a fim de reforçar a alimentação dos competidores”, explica a Tenente Intendente Simone Machado da Motta Roque, chefe do Rancho da AFA.

Próxima NAVAMAER A próxima edição da NAVAMAER será realizada na Escola Naval, no Rio de Janeiro (RJ). Durante a solenidade de encerramento da 47ª edição, o fogo da pira olímpica foi apagado pelo Cadete Ary Batista Rocha Neto, da Academia da Força Aérea. Ele foi campeão individual e por equipes na prova de tiro com carabina de ar e também foi o primeiro lugar na prova de fuzil standard, ambas da modalidade tiro. Também houve uma homenagem ao Cadete Eduardo Meirelles Coelho Júnior, da Academia Militar das Agulhas Negras, que estabeleceu novo recorde na prova de 50 metros nado livre. A nova marca é de 24 segundos e 43 centésimos. O Tenente Brigadeiro Dirceu Tondôlo Nôro, Diretor do Departamento de Ensino da Aeronáutica, encerrou oficialmente o evento. “A disciplina e a camaradagem serviram para mais uma vez emoldurar o respeito entre os membros das três Forças Armadas”, declarou na solenidade de encerramento da competição.


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ENSINO

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m ciclo de eventos marcou a celebração do 30º aniversário da Universidade da Força Aérea (UNIFA), comemorado no dia 26 de setembro. Durante todo o mês, o efetivo da guarnição, localizada no Campo dos Afonsos no Rio de Janeiro, participou de palestras acadêmicas, apresentações

culturais e campeonatos esportivos. As comemorações foram iniciadas com o musical “Prata da Casa”, apresentado pela banda da Base Aérea dos Afonsos (BAAF). Foram realizadas também palestras sobre os primórdios da aviação militar no Brasil e no mundo, uma mostra cinematográfica

Atividades esportivas fizeram parte da comemoração

e dois recitais. Nos esportes, destacaram-se os campeonatos de vôlei e futebol. Segundo o Comandante da UNIFA, Major-Brigadeiro do Ar Luis Antônio Pinto Machado, “essa é uma oportunidade ímpar de apreciar a trajetória de inúmeros profissionais, militares e civis, que construíram essa história com sua luta diária, dedicando energia, coragem e amor às suas tarefas.” A UNIFA oferece cursos de pós-formação necessários à carreira de oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB), bem como mestrado e doutorado a militares e civis da Aeronáutica. Na instituição, são desenvolvidos conteúdos de utilidade prática para profissionais que lidam diretamente com o Poder Aeroespacial e com a Defesa da Pátria.

FOTOS: UNIFA

UNIFA celebra 30 anos de pós-formação de oficiais

Na UNIFA são realizados cursos de pós-formação militar

O campus da Universidade sedia ainda outras organizações militares: a Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA), o Centro de Documentação da Aeronáutica (CENDOC), o Centro de Instrução Especializada da Aeronáutica

(CIEAR), a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais da Aeronáutica (EAOAR), a Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR), o Museu Aeroespacial (MUSAL) e o Instituto de Medicina Aeroespacial (IMAE).

PRÊMIO

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Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu no dia 25 de setembro o prêmio Destaque na Promoção da Doação de Órgãos e Tecidos 2013. O troféu foi entregue ao Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito, pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante o lançamento da campanha nacional de doação de órgãos, em Brasília (DF). A FAB integra o sistema brasileiro de transporte de órgãos. A homenagem à instituição é o reconhecimento pelo apoio às centrais de captação distribuídas pelo Brasil e pelo esforço logístico aéreo

para chegar a localidades de difícil acesso, como é o caso da região amazônica. Em seu discurso, o Comandante destacou o trabalho realizado pela FAB em janeiro deste ano no transporte de pele do Chile para Porto Alegre (RS) a fim de socorrer as vítimas do incêndio da boate Kiss. “O envolvimento não se restringe a aeronaves e pilotos, mas também a controladores para que deem celeridade à missão”, enfatizou o Comandante, em referência à prioridade dada para aeronaves em operações de transporte de órgãos e UTI aérea.

No caso de Santa Maria, a FAB empregou helicópteros H-60 Black Hawk e um avião C-105 Amazonas, transformado na maior UTI aérea já utilizada no país para o transporte dos feridos. O esforço logístico da FAB também contribuiu para acabar com a espera na realização de transplantes no Distrito Federal, que lidera o número de cirurgias de transplante de córneas ao lado dos estados de São Paulo, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Sul. “O Brasil é o recordista mundial em transplantes totalmente gratuitos”, destacou o Ministro da Saúde.

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FAB é premiada por apoio ao transporte de órgãos

Comandante da FAB recebe troféu das mãos do Ministro da Saúde


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GESTÃO

FAB promove seminário sobre parcerias público-privadas

A

Força Aérea Brasileira promove no dia 10 de outubro, em Brasília (DF), seminário sobre parcerias público-privadas (PPP). O evento é organizado pela Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica (SEFA) em conjunto com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). O objetivo é diferenciar conceitos e apresentar a modalidade de PPP como alternativa de contratação para investimentos em áreas estratégicas, o que inclui o segmento de defesa do país. De acordo com o organizador do seminário, Coronel Intendente Marcelo Gomes Meirelles, muitos profissio-

nais costumam confundir a parceria público-privada com concessão, privatização ou termos de parceria. “Queremos difundir o conceito de PPP e despertar a discussão sobre as vantagens da modalidade na gestão pública”, explica o militar. Segundo ele, um dos desafios do setor público é a falta de conhecimento dos profissionais sobre como funciona a modalidade. As principais vantagens do sistema apresentam-se na eficiência da gestão, tempo de execução, além da administração de recursos humanos, materiais e financeiros. Com base em experiências de projetos americanos, britânicos e brasileiros, estima-se

que os projetos conduzidos por meio de PPP reduzam os custos de obras e operação em torno de 17%. Palestras – Durante o seminário, serão realizados três painéis: o primeiro abordará os aspectos conceituais

da PPP; o segundo fará o acompanhamento de projetos com as melhores práticas de licitações e contratos em PPP e o terceiro mostrará exemplos de aplicação da modalidade no segmento de defesa.

Serviço Data: 10 de outubro Local: Auditório do Grupamento de Apoio de Brasília, Esplanada dos Ministérios, Brasília (DF) Tel.:(61) 39621531 E-mail: iefa@sefa.aer.mil.br

CARREIRA

Primeiros especialistas chegam ao posto máximo

P 2S JOHNSON / CECOMSAER

ela primeira vez, militares do Quadro de Oficiais Especialistas chegam ao posto de Coronel na Força Aérea Brasileira. Para quem iniciou a carreira

como Sargento, este posto representa o coroamento de uma carreira bem sucedida. Neste ano, foram promovidos nove profissionais nas áreas de Aviões, Armamento,

Comunicações, Controle de Tráfego Aéreo, Fotografia, e Meteorologia. A etapa destaca a importância da categoria que presta serviços técnico-especializados em diversos campos. Um exemplo é o Coronel Marco Antônio Pizani Domiciano, que, há 30 anos, se dedica à área da fotografia. Atualmente como Chefe da Seção de Inteligência da Divisão de Inteligência do Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), ele comemora o momento histórico. “Sinto-me orgulhoso de conCoronel Pizani é o primeiro a ser promovido na especialidade de fotografia seguir atingir este

posto, que só foi possível por meio do trabalho, dedicação e perseverança dos oficiais que me precederam”, avalia o profissional. Além dele, chegaram a coronel, em 31 de agosto, dois especialistas em Aviões, Márcio Rodrigues Soares e João Claudio Paes Monteiro; dois especialistas em Comunicações, Francisco Almeida da Silva e Wilson do Couto Filho, e mais dois especialistas em Armamentos, Reginaldo Pereira Batista e Wilson Carlos Lopes Silva. No dia 30 de abril, Jorge Wilson de Avila Ferreira Penna foi promovido na especialidade de Controle de Tráfego Aéreo e Luiz Carlos dos Santos Filho em Meteorologia.

Saiba mais - A formação na carreira de Especialista começa ao optar por um dos 26 cursos da Escola de Sargentos da FAB, em Guaratinguetá (SP). Para concorrer ao oficialato, é necessário ter no mínimo oito anos de serviço no Quadro de Suboficiais e Sargentos (QSS) e atenda a exigências específicas do processo seletivo para o Curso de Formação de Oficiais Especialistas (CFOE). Após dois anos, o militar forma-se, no posto de segundo-tenente, no Curso Superior de Tecnologia nas seguintes especialidades: Aviões, Armamento, Comunicações, Controle de Tráfego Aéreo, Fotografia, Meteorologia e Suprimento Técnico.


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LAÇADOR

A

Operação Combinada Laçador reuniu mais de oito mil militares no sul do país. O exercício, coordenado pelo Ministério da Defesa, foi realizado entre os dias 16 e 27 de setembro e envolveu a participação da Marinha, Exército e Aeronáutica. O objetivo foi preparar as três Forças Armadas para atuar de forma coordenada e eficaz em conflitos convencionais. Os treinamentos envolveram simulações de ataque, defesa de espaço aéreo e terrestre, além de missões de busca e salvamento e ações cívico-sociais. A Marinha participou com treze navios, dois submarinos, quatro lanchas, oito helicópteros, um destacamento de mergulhadores de combate e uma tropa de Fuzileiros Navais. O Exército empregou militares do Batalhão de Operações Especiais e tropa da Brigada de Infantaria Paraquedista. Já a Força Aérea Brasileira participou com 64 aeronaves. O ministro da Defesa Celso Amorim ressaltou, como um dos destaques da operação, a aplicação da tecnologia da informação

durante os exercícios. “A cibernética contribuirá para proteger os sistemas de comunicação, para que nossos planos não sejam revelados para um eventual inimigo”, disse Celso Amorim. Simulação Durante o exercício simulado, houve um treinamento conjunto entre a FAB e o Exército com a utilização dos óculos de visão noturna (Night Vision Google – NVG). Os óculos aumentam em até 50 mil vezes a luminosidade e aproveita a luz das estrelas para que os pilotos consigam realizar missões noturnas sem referências visuais. Para a ação, foram destacados militares do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS - PARASAR), pilotos do Esquadrão Pantera (5º/8º GAV), e a equipe de Comandos do Exército Brasileiro. “Esta missão é uma experiência muito importante para os militares do nosso esquadrão e também para os outros envolvidos. Na teoria, seria fácil a coordenação dos esforços. Mas, na prática, nós vemos que existem dificuldades a serem superadas e temos de estar

O Ministro da Defesa destacou o uso da tecnologia nos exercícios

FOTOS: CB V. SANTOS / CECOMSAER

Operação Laçador realiza simulação de guerra

A Força Aérea Brasileira participou da operação Laçador com 64 aeronaves no sul do país

preparados para uma situação de guerra”, afirma um dos pilotos. O Centro de Operações Aéreas do Teatro (COAT), que gerenciou todos os voos na Laçador, foi montado em Brasília (DF). No exercício a FAB reduziu de 72 horas para 48 horas o tempo do ciclo de tomada de decisão para o planejamento de ações de combate As Forças Armadas realizaram ações cívicos-sociais durante a operação aéreo. Empregada pela primeira vez, a medida do Ar Mário Luís da Silva orientações sobre cuidados atende ao objetivo do treina- Jordão, chefe do COAT. com a saúde. Além disso, mento conjunto das Forças Na operação Laçador, a foram distribuídos agasalhos Armadas. “Reduzimos para ação cívico-social organizada e cestas básicas em um dos ter maior interoperabilidade pelas Forças Armadas aten- módulos da unidade celular com a Marinha e o Exército, deu moradores do município da intendência da FAB. “O visando a um resultado mais de Nova Santa Rita, no Rio nosso trabalho aqui é prestar adequado que atinja os ob- Grande do Sul. Durante dois atendimento para a populajetivos específicos de cada dias, médicos, dentistas e as- ção mais carente”, ressalta a força”, explicou o Brigadeiro sistentes sociais forneceram Tenente Marlise Santos.


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SEU TALENTO

Servidor do ITA transforma lixo eletrônico em obras de arte O projeto Arte com Reciclável nasce com a proposta de criar agentes multiplicadores da cultura da sustentabilidade; em três anos, já foram 25 exposições em dois estados.

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nicas aprimoradas nos três anos de projeto. São três tipos: na primeira, chamada de demonstração, os alunos apenas observam a criação de objetos; na segunda, feita para grupos de até oito pessoas, o servidor do ITA cria uma peça e os participantes fazem em seguida uma idêntica; na terceira, chamada de agentes multiplicadores, Gilberto ensina técnicas e mostra como dar continuidade ao projeto. “Em uma oficina, ministrada para moradores de rua assistidos pela Prefeitura de São José dos Campos, no primeiro dia os participantes já desenvolveram obras originais. Três meses depois, criaram a própria exposição, orgulha-se. O projeto Arte com Reciclável está prestes a desenvolver uma parceria com o Departamento de Física do ITA. A proposta é a seguinte: no primeiro dia de aula, os alunos serão apresentados ao projeto e em seguida serão desafiados a criar, ao longo do ano, materiais didáticos – como equipa-

FOTOS: ITA

E

ra abril de 2010 quando Gilberto Vieira Mendes, Gestor de Tecnologia da Informação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), se viu diante de um problema: sua filha estava confeccionando uma maquete de plataforma de petróleo e lhe faltou material para concluir a tarefa. Foi aí que Gilberto teve um insight: resolveu utilizar objetos eletrônicos velhos de sua própria casa para finalizar o trabalho. HDs antigos, mouses e placasmãe se transformaram em helicópteros e navios dos mais variados tamanhos. A ideia que nasceu por acaso deu origem ao Arte com Reciclável, projeto de educação ambiental que realizou 25 exposições em São Paulo e em Brasília e já conta com o incentivo de empresas ligadas à tecnologia. O objetivo principal da iniciativa é buscar a conscientização ambiental e criar adeptos à causa. Para isso, Gilberto desenvolve oficinas que passam adiante as téc-

Gilberto Vieira Mendes, Gestor de Tecnologia da Informação, trabalha com lixo reciclado desde 2010

mentos de medição de força, velocidade e aceleração – com base em peças eletrônicas descartadas. “A maior motivação é transformar aquilo que pode ser considerado lixo tecnológico para alguns em obras que podem decorar, educar ou estimular as pessoas. Isso faz com que elas reflitam como é possível contribuir com o presente e com as gerações

Lixo extraordinário

dedicação com as questões ambientais fez com que Gilberto enveredasse pelo mundo das artes e desse vida a diversas esculturas. Ano passado, o projeto Arte com Reciclável foi até Brasília e ficou exposto na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, cujo tema era Sustentabilidade. “Estava previsto que as obras ficassem em exposição apenas um dia, mas o sucesso foi tão grande que acabou fi-

cando três”, conta. Nas mãos de Gilberto, disquetes, baterias de relógio de parede e placas de computadores são unidas com cola quente e se tornam aviões, aranhas, pulmões e até motocicletas. ARMADURA ANTIGA Feita com carcaça de equipamento eletrônico, guardachuva, lâmpada de projetor, HD, parafuso, arame, ferrite, cola e tronco de madeira. Medida: 50 cm altura, 45 cm de largura e 24 cm comprimento.

futuras”, conta o Gestor do ITA. O próximo passo é desenvolver esculturas com equipamentos eletrônicos embarcados, que são capazes de interagir com o público por meio de comandos. A conscientização ambiental ligada diretamente ao incentivo à arte evita o surgimento do que Gilberto chama de eco-chato – pessoas

AVIÃO AMX Feito com mouse, prego, disquete, placa de circuito impresso, carretel, base de monitor de vídeo, parafusos, arame, cola, tinta e ferrite. Medida: 56 cm altura, 43 cm largura e 30 cm comprimento.

RELÓGIO DE SOL Feito com relógio de parede quebrado, dissipador, placa de circuito impresso, bateria de relógio e cola. Medida: 13 cm altura, 25 cm largura e 25 cm comprimento.

que buscam corrigir práticas ambientais incorretas sem despertar efetivamente o interesse e o engajamento pela causa. “No meu caso, as próprias peças falam por si. Sem usar um discurso insistente, passo a mensagem de que é necessário fazer o consumo consciente e descartar da melhor forma possível o lixo eletrônico”, finaliza.


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OPERACIONAL

T- 27 Tucano completa 30 anos de emprego na FAB

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demonstrações aéreas do EDA. “Esse tipo de aeronave em demonstrações aéreas traz uma beleza diferenciada ao show”, afirma o Capitão André. Desenvolvido pela Embraer em conjunto com a FAB em meados da década de 1970, o protótipo do treinador voou pela primeira vez em 19 de agosto de 1980. “A chegada do T-27 à Academia da Força Aérea, primeira unidade a recebê-lo, representou um salto na formação dos futuros aviadores da FAB, que passaram a contar com uma aeronave capaz de oferecer grande perfomance de voo, ao mesmo tempo que permitia a fácil correção dos erros cometidos por alunos ainda no nível de treinamento em que se encontravam na Academia”, explica o Tenente

Coronel Aviador Afonso Henrique Junqueira de Andrade Júnior, Chefe da Divisão de Instrução de Voo da Academia da Força Aérea. Performance Grande autonomia de voo - quatro horas e meia somente com o tanque interno -, manobrabilidade mesmo à baixa altitude, robustez, comandos precisos, boa margem de manobra, confiabilidade, visibilidade e capacidade de voo em diferentes condições climáticas. Essas características fizeram do T-27 Tucano uma aeronave não só eficiente no treinamento de pilotos, mas também para ser utilizado para ataque leve, como AT-27. “Diria, como piloto, que a aerodinâmica do T-27 é quase perfeita no quesito aproveita-

mento da energia. A característica de voo do Tucano é excelente, tanto que o EDA o utilizou por trinta anos e o explorou em toda a sua plenitude”, afirma o Tenente Coronel que, de 2005 a 2008, foi piloto da Fumaça. Futuro do T-27 Concebido no final da década de 1970 e início da déca-

da de 1980, o T-27 empregou painéis, aviônicas e tecnologias modernas para a sua época que, até o início da década de 2000, ainda eram utilizadas. Está em curso a modernização da sua aviônica que vai permitir que o T-27 mantenha-se atualizado, tendo ainda mais de uma década de vida útil na instrução de novos pilotos. AFA

ócil, ágil e manobrável. De grande autonomia, abrangência de missões, capaz de oferecer treinamento aos pilotos e desempenho elevado em diversas situações de voo, destaca o Capitão Aviador André Fabiano da Silva, piloto do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), ao descrever o T-27 Tucano que no dia 29 de setembro completou 30 anos de emprego na Força Aérea Brasileira. Visto por multidões nos céus do Brasil com a Esquadrilha da Fumaça de 1983 até 2013, o T-27 foi responsável pela formação de todos os aviadores que passaram pela Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga/SP, desde a sua chegada, quando foi apresentado com as cores vermelha, branca e preta para as

O T-27 Tucano é utilizado para treinamento de cadetes aviadores na AFA


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SAÚDE

Tabagismo: a luta diária contra o vício

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percentual de brasileiros fumantes alcançou, nos últimos seis anos, o menor índice: 12%. De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, divulgada em setembro, o número era de 15% em 2006. Na Força Aérea Brasileira, ações como a “Semana de Prevenção ao Uso de Drogas”, realizada pelo Núcleo de Serviço Social de Brasília (NUSESO-BR), colaboram para a redução dessa estatística. O projeto tem como principal objetivo difundir conhecimentos sobre uso de drogas e suas consequências. “Nasci de novo e hoje me sinto uma pessoa extremamente saudável”, afirma o Tenente-Coronel Flávio de Freitas Tristão, hoje na reserva, que há oito anos parou de fumar. Indisposição física, dores no peito e oscilações de humor foram os motivos que o levaram a abandonar o fumo. Durante três anos, ele tentou diversas formas para deixar o vício, desde o uso de adesivos e chicletes de nicotina até mesmo tratamento à laser.

“Vivenciei tristes fatos dentro de minha própria família em relação a essa poderosa droga que é o cigarro até deixar definitivamente de fumar. Foi extremamente difícil”, conta. Considerado uma doença crônica, o tabagismo não é um problema simples de ser superado, como explica a Capitão Adriana Santos do Nascimento Neves Cravo, médica pneumol o g i sta d o Hospital de Força Aérea d e B ra s í l i a (HFAB). “Sem tratamento é quase impossível a pessoa parar de fumar. Ela tenta e até fica sem, mas não consegue manter”. Isso porque a nicotina, principal componente do cigarro, atua no sistema nervoso central e causa dependência, havendo necessidade de ser tratada

com medicamentos. A capitão revela que 50% dos pacientes em tratamento têm recaída durante o processo, mas julga a reincidência como normal. Para vencer o

tabagismo, o fumante deve seguir uma orientação importante: “Eu não recomendo ninguém tentar parar de fumar sozinho, procure um

médico. As pessoas sofrem muito para deixar o vício de fumar e são várias as técnicas e abordagens para ajudar o paciente”, aconselha. Além das causas fisiológicas, fatores psicossociais também dificultam o abandono do cigarro. A Tenente Psicóloga Franciele Schopf Paiva do NUSESO-BR aponta alguns aspectos como as propriedades psicoativas do fumo, que proporcionam a diminuição da ansiedade e a sensação de bem-estar. “O tabaco ocupa um papel facilitador para lidar com angústias, estresse e situações sociais difíceis”, esclarece. Ela também comenta o fato de o vício de fumar ser tão comum entre os jovens. “Quando jovens, as pessoas buscam modelos de identificação e encontram no cigarro uma forma de autoafirmação, independência e desinibição”.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que o uso do tabaco continua sendo líder global entre as causas de mortes evitáveis. Estudos comprovam que fumar provoca uma série de doenças cardiovasculares e respiratórias, risco de aneurismas arteriais e úlcera do aparelho digestivo. Além disso, pode levar a impotência sexual nos homens e complicações na gravidez para mulheres. E, também, perda dentária, que é quatro vezes maior comparada com não fumantes. Na economia, o consumo do fumo gera uma perda mundial de 200 bilhões de dólares por ano. O tabagismo sobrecarrega o sistema de saúde com tratamento das doenças causadas pelo fumo, aposentadorias e mortes precoces de pessoas em idade produtiva. Há um menor rendimento no trabalho, mais gastos com seguros, limpeza, manutenção de equipamentos e reposição de mobiliários. O uso do tabaco reduz a qualidade de vida do fumante e de sua família.




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