CARTA AO LEITOR
FORÇA AÉREA BRASILEIRA: CONQUISTAS, LIDERANÇA E
INOVAÇÃO EM DESTAQUE
Prezado leitor, Nesta edição do Notaer, celebramos importantes marcos e avanços que fortalecem a Força Aérea Brasileira (FAB) em sua missão de bem servir ao Brasil. Destacamos o aniversário de criação do Ministério da Aeronáutica, cuja história é marcada por figuras notáveis, como o Brigadeiro do Ar Nero Moura, símbolo de liderança e dedicação à aviação militar. A representatividade também ganha destaque com a Major Joyce, que fez história ao se tornar a primeira mulher a assumir o comando de uma Unidade Aérea, o 1º/1º GT – Esquadrão Gordo. Este feito reflete o compromisso
MÍDIAS SOCIAIS
da FAB com a valorização e o protagonismo feminino. Entre as conquistas operacionais, celebramos o Esquadrão Phoenix, que alcançou a marca de 80.000 horas de voo com o P-95 Bandeirulha, reforçando sua atuação na vigilância e na proteção do espaço aéreo brasileiro. No Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), a tríplice coroa do Poder Aeroespacial –Defesa Aérea, Busca e Salvamento e Missões Humanitárias – continua consolidando as ações permanentes que garantem a segurança e a assistência à população. O futuro também é pauta desta edição: a FAB aposta
em Inteligência Artificial para trazer ainda mais eficiência e inovação às operações. Além disso, o mês de janeiro marca as cerimônias de passagem de comando em diversas organizações militares, como o EMAER, COMPREP, COMGAP, V COMAR e DCTA reafirmando a continuidade e o dinamismo nas lideranças. Aproveite a leitura e compartilhe conosco suas impressões. Sua opinião é essencial para seguirmos aperfeiçoando o nosso trabalho!
Boa leitura!
Brigadeiro do Ar Daniel Cavalcanti de Mendonça Chefe do CECOMSAER
Uma publicação no Instagram sobre o falecimento do Major João Rodrigues Filho, último veterano do 1º Grupo de Aviação de Caça da Segunda Guerra Mundial, alcançou grande destaque, atingindo mais de 250 mil contas e 26 mil curtidas. A FAB divulga em suas mídias sociais produtos elaborados pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) e pelos elos do Sistema de Comunicação Social da Aeronáutica.
O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) voltado ao público interno.
Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Daniel Cavalcanti de Mendonça
Vice-Chefe do CECOMSAER: Coronel Aviador Fabiano Pinheiro da Rosa
Chefe da Divisão de Comunicação Integrada:
Coronel Aviador Bruno Perrut Gomes Garcez dos Reis
Chefe da Subdivisão de Produção e Divulgação:
Tenente-Coronel Aviador Michelson Abrahão Assis
Chefe da Subseção da Agência Força Aérea:
Capitão Jornalista Emília Maria
Editora-Chefe:
Tenente Jornalista Susanna Scarlet (MTB 0013148/ DF)
Editora:
Tenente Jornalista Mônica Lopes
Colaboradores: Textos enviados ao CECOMSAER via SISCOMSAE
Diagramação: Soldado SNE Gustavo Guilherme Nunes Leitão
Capa e Artes: Tenente PUP Jefferson Lima Feitosa Sargento TDE Jonathan Fernando Lopes
Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte.
Endereço:
Esplanada dos Ministérios
Bloco “M” 7º andar CEP: 70045-900 Brasília/DF
TRADIÇÃO, INOVAÇÃO E INCLUSÃO NO ANO DE COMEMORAÇÕES E CONQUISTAS
Ao comemorarmos mais um aniversário do Ministério da Aeronáutica, refletimos sobre sua importância histórica, que desde sua fundação em 1941, tem sido essencial para o desenvolvimento, proteção e soberania do Brasil. Destacamos marcos que nos inspiram a seguir com determinação e visão estratégica.
É impossível falar da Força Aérea Brasileira sem lembrar de Nero Moura, herói da
Segunda Guerra Mundial, comandante do 1º Grupo de Aviação de Caça, que completaria, no dia 30 de janeiro, 115 anos. Seu legado de bravura e liderança continua vivo, guiando os integrantes da FAB em missões de defesa, resgate e assistência humanitária.
Outro marco importante foi a nomeação da Major Joyce de Souza Conceição como comandante do 1º/1º GT – Esquadrão Gordo, um exemplo
de igualdade e valorização do mérito. Sua trajetória inspira todos nas Forças Armadas, demonstrando que o futuro é construído com coragem e competência.
O Esquadrão Phoenix, com 80.000 horas de voo na aeronave P-95 Bandeirulha, também é um símbolo da excelência da FAB em missões de patrulha, busca e salvamento.
O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) in-
tegra aeronaves, satélites e sistemas de inteligência, desempenhando um papel crucial na defesa do Brasil e em missões humanitárias. As trocas de comando ao longo de janeiro reafirmam o compromisso com a missão da FAB e sua renovação constante, fortalecendo seu papel transformador e integrador.
Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno Comandante da Aeronáutica
MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA: UM MARCO NA HISTÓRIA DO BRASIL
Ten JOR Myrea Calazans
Há 84 anos, a criação do Ministério trouxe consigo a promessa de que o país não mais apenas sonharia com as alturas.
No início do século XX, o mundo estava fascinado pelos avanços da aviação, e o Brasil não ficou para trás, especialmente sendo o berço de Santos Dumont, o Pai da Aviação. Inspirado por essas asas do progresso, nasceu em 20 de janeiro de 1941, o Ministério da Aeronáutica, com a assinatura do presidente Getúlio Vargas, que unificou as aviações naval e militar e a infraestrutura aeronáutica existente até então.
O documento que criava a nova pasta também incorporou o Departamento de Aeronáutica Civil (DAC) e o Ministério da Viação e Obras Públicas. Estava estabelecido então, pelo Decreto-Lei 2.961, o Ministério da Aeronáutica e seu braço militar, as Forças Aéreas Nacionais, que passaram a se chamar Força Aérea Brasileira (FAB) naquele mesmo ano, pelo Decreto-Lei 3.302, de 22 de maio.
O primeiro Ministro da Aeronáutica foi Joaquim Salgado Filho. Seu desafio foi desenvolver a aviação civil, a infraestrutura, a indústria nacional do setor, as escolas de
formação e o braço-armado da Aeronáutica. Começou ali a edificação do poder aéreo brasileiro e todas as transformações que a aviação proporcionou à Nação.
Há 84 anos, a criação do Ministério trouxe consigo a promessa de que o país não apenas sonharia com as alturas, mas as alcançaria. A exemplo disso, diversos feitos foram alcançados a partir desse marco histórico, sendo alguns deles a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial; o desenvolvimento de tecnologias que resultaram no lançamento de satélites; a aquisição de novos caças e a modernização de tantas outras aeronaves que elevaram nosso Poder Aéreo.
Em 1999, o Ministério da Aeronáutica foi extinto e suas atribuições foram transferidas para o Comando da Aeronáutica (COMAER). Desde então, a FAB, juntamente com a Marinha do Brasil (MB) e no Exército Brasileiro (EB), compõe o Ministério da Defesa (MD).
Ao longo dos anos, avanços es-
tratégicos significativos foram implementados, como a modernização da sua frota, seja com a aquisição de novas aeronaves ou a modernização das já existentes. Dentre os vetores, que hoje compõem o acervo da FAB, destacam-se o KC-390 Millennium, projeto em que a Força Aérea ajudou na construção e no desenvolvimento, dando visibilidade à indústria aeronáutica brasileira projetando o país no cenário mundial, e o F-39 Gripen, um caça de Quarta Geração, que elevou o Brasil a um novo patamar tecnológico em se tratando de defesa aérea. Na área de pesquisa e inovação, o COMAER também tem promovido grandes investimentos, por meio de parcerias, como a realizada com o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Avançados de Saúde (ISI – SAS) – Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (SENAI-CIMATEC), em Salvador (BA), dedicado à pesquisa e soluções inovadoras para a indústria.Nesta área, a criação da nova unidade do ITA, no Ceará, trará avanços significativos
nos cursos de Engenharia de Sistemas e Engenharia de Energias Renováveis, áreas estratégicas para a nova matriz econômica do Ceará, dando continuidade ao legado do visionário Marechal do Ar Casimiro Montenegro Filho.
No setor espacial, a criação da Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil S.A. (ALADA) proporcionará uma maior flexibilidade e autonomia na aplicação de ativos e serviços, além de abrir espaço para novos modelos de negócios que irão alavancar as potencialidades do programa espacial brasileiro.
A iniciativa pretende alavancar oportunidades únicas oferecidas pelo Brasil, com destaque para o Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão (MA), e o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), no Rio Grande do Norte (RN), colocando o país numa posição de destaque em se tratando de lançamento de satélites e foguetes. Essas são apenas algumas das iniciativas que demonstram o compromisso contínuo da FAB com a inovação, a ciência e a educação.
MAJOR JOYCE: PIONEIRISMO E LIDERANÇA
NO COMANDO DO ESQUADRÃO GORDO
A trajetória da primeira mulher a comandar uma
Unidade Aérea na FAB
Ten
JOR Eniele Santos
A Major Aviadora Joyce de Souza Conceição entrou para a história da Força Aérea Brasileira (FAB) como a primeira mulher a comandar uma Unidade Aérea, assumindo o Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo – sediado na Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro (RJ). Natural de Manaus, Amazonas (AM), a Major Joyce ingressou na Academia da Força Aérea (AFA), em 2003 e formou-se como Aspirante a Oficial Aviadora em 2006, sendo parte da primeira turma de aviadoras da Academia da Força Aérea (AFA). Especializada na Aviação de Transporte, a Major Joyce pilotou aeronaves como o C-98 Caravan e o C-97 Brasília no Norte do Brasil, enfrentando desafios das condições adversas da Amazônia. Em 2012, fez história ao se tornar a primeira aviadora brasileira a pilotar o C-130 Hercules, consolidando-se como uma das principais aviadoras da FAB. No Esquadrão Gordo, a Major Joyce continuou a acumular feitos notáveis, incluindo o pioneirismo de ser a primeira mulher brasileira a pousar na Antártica em 2016, uma missão de extrema complexidade operacional.
“Considero o ápice, a coroação da minha trajetória operacional como piloto da aeronave C-130 no Esquadrão Gordo, Unidade de enorme tradição e importância
operacional no âmbito da Força Aérea. Os desafios da meteorologia instável na Península Antártica, com condições de visibilidade e teto restritas, além de ventos superiores a 100 km/h, exigiam experiência e perícia de toda a equipe. Esse marco só foi possível porque grandes profissionais vieram antes de mim, preparando o caminho e compartilhando seus conhecimentos, permitindo que eu chegasse até aqui”, relatou.A competência e liderança da Major Joyce foram reconhecidas ao longo dos anos, culminando, agora, na nomeação para comandar uma das Unidades mais operacionais da FAB, que desempenha papel essencial em operações logísticas, humanitárias e de defesa.
Sob o comando da Major Joyce, o Esquadrão Gordo continuará a se destacar pela excelência operacional e pela capacidade de resposta em momentos de crise, mantendose como um pilar fundamental para a projeção de poder e assistência do Brasil globalmente.
A ascensão da Major Joyce ao comando do 1º/1º GT não é apenas um marco pessoal, mas também um símbolo do avanço na promoção da participação feminina nas Forças Armadas. Para a Major, liderar esta unidade é uma honra e uma oportunidade de inspirar futuras gerações de mulheres e homens que desejam seguir carreira nas Forças Armadas.
Considero o ápice a coroação da minha trajetória operacional como piloto da aeronave C-130, no Esquadrão Gordo, Unidade de enorme tradição e importância operacional no âmbito da Força Aérea. Os desafios da meteorologia instável na Península Antártica, com condições de visibilidade e teto restritas, além de ventos superiores a 100km/h, exigiam experiência e perícia de toda a equipe
Major Aviadora Joyce de Souza Conceição
ESQUADRÃO PHOENIX
CELEBRA 80.000 HORAS DE VOO COM O P-95 BANDEIRULHA
Ten JOR Eniele Santos
Esquadrão Fênix: O Segundo Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (2º/7º)Esquadrão Fênix - alcançou um feito histórico ao atingir 80.000 horas de voo com a aeronave P-95 Bandeirulha, em serviço desde 15 de fevereiro de 1982. Baseado em Florianópolis (SC) até 2016, o Esquadrão transferiu sua sede para Canoas (RS), mantendo o P-95 como pilar fundamental em diversas missões estratégicas.
O P-95 Bandeirulha é especializado em Patrulha Marítima, Busca e Salvamento (SAR), Reconhecimento Eletrônico e por Imagens. Equipado com tecnologia avançada, desempenha um papel fundamental na defesa dos interesses brasileiros, patrulhando águas jurisdicionais para combater atividades ilegais como tráfico de drogas e pesca irregular, reforçando a soberania nacional no mar e apoiando a Marinha do Brasil.
Além do seu papel na segurança marítima, o “Bandeirulha” é essencial em operações de Busca e Salvamento, respondendo a
emergências e ajudando a salvar vidas. No Reconhecimento Eletrônico, coleta dados estratégicos, enquanto no Reconhecimento por Imagens, contribui para o mapeamento e monitoramento de áreas críticas, fundamentais para o planejamento e defesa nacional.
O Comandante do Esquadrão, TenenteCoronel Aviador Nícolas Gomes Moreira, destacou o alcance deste marco como uma grande conquista. “Alcançar as 80.000 horas de voo reflete o compromisso e dedicação de nossas tripulações, além do suporte contínuo das equipes de manutenção, garantindo a eficiência e operacionalidade da aeronave ao longo dos anos”, relatou.
O marco alcançado demonstra não apenas a robustez e versatilidade do P-95 Bandeirulha, mas também o compromisso da FAB em manter operações de alto nível para proteger o território nacional e seus cidadãos, em terra e no mar. Esse feito só foi possível graças aos veteranos que vieram antes, construindo um legado de profissionalismo e excelência que pavimentou o caminho para as tripulações de hoje.
A TRÍPLICE COROA: O PODER AEROESPACIAL NO COMAE
A expressão “tríplice coroa”, historicamente associada a conquistas territoriais ou à soberania em contextos esportivos, serve como metáfora para ilustrar a amplitude da atuação do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) em tempos de paz. Simultaneamente, a locução aponta uma rede de apoio composta por aeronaves de sensoriamento, satélites, sistemas computacionais impulsionados por inteligência artificial e unidades de segurança e defesa em terra que se enlaçam para incrementar a eficiência e a eficácia do empenho permanente do COMAE: a Defesa Aérea, a Busca e Salvamento e as Missões Humanitárias.
O COMAE mantém aeronaves de caça em alerta permanente, prontas para decolagem imediata a partir de suas bases aéreas. Apenas em 2024 foram interceptadas 412 aeronaves a fim de garantir a soberania do espaço aéreo brasileiro.
Outro exemplo de prontidão foi a atuação na Operação G20 de Defesa Aérea, realizada durante a Cúpula do G20, no Rio de Janeiro. Nessa missão, o COMAE garantiu a segurança do espaço aéreo, com a criação da Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA). A Operação contou com integração de sistemas antiaéreos, assegurando proteção aos líderes internacionais e destacando a capacidade da FAB em eventos globais.
As operações de Busca e Salvamento realizadas pelo COMAE reafirmam o compromisso do Brasil com a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), agência da ONU que regulamenta a aviação civil. Em 2024, o COMAE foi acionado para 38 operações de busca e salvamento, resultando no resgate de 16 sobreviventes em condições extremas. O serviço de alerta do Sistema de Busca e Salvamento (SISSAR) é permanentemente ativado e pode ser adaptado para missões em contextos de guerra, como o Combat Search and Rescue (C-SAR), demonstrando a dualidade operacional do COMAE. São muitas as missões de ajuda humanitária e, tanto no apoio à vaci-
nação, quanto a desastres naturais, por exemplo, todas refletem o compromisso social da FAB, especialmente com as comunidades mais vulneráveis. Nesse sentido, entre as principais ações subsidiárias da FAB, destacam-se o transporte de órgãos para transplante, as Evacuações Aeromédicas (EVAMs) e as Operações Tucumã e Catrimani II, ambas em curso em 2025.
Transporte de órgãos: Em 2024, a FAB transportou 292 órgãos, incluindo 126 fígados e 96 corações, garantindo que esses recursos vitais chegassem a tempo de salvar vidas. Desde 2016, a FAB já transportou mais de 2.175 órgãos em mais de 1.900 missões, consolidando seu papel essencial no sistema de saúde.
Evacuações Aeromédicas (EVAMs): Utilizando recursos aeroespaciais, as EVAMs transferem indivíduos feridos ou doentes de locais de atendimento inicial para centros médicos especializados, assegurando suporte médico durante o transporte.
Operação Tucumã: Esta operação visa combater incêndios florestais e mitigar os impactos da estiagem na Amazônia. A ação inclui o uso da aeronave KC-390 no combate a incêndios, bem como a distribuição de água potável, alimentos e kits de tratamento de água, garantindo a subsistência de famílias ribeirinhas em situação de vulnerabilidade.
Operação Catrimani II: Instituída pelo Governo Federal, a operação visa proteger as Terras Indígenas Yanomami (TIY) e combater crimes ambientais na região. Desde abril de 2024, militares da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da FAB atuam no combate à mineração ilegal e em ações humanitárias, em coordenação com órgãos governamentais em Roraima.
Essas operações reforçam a contribuição da FAB na integração nacional, além de fomentar a conscientização sobre a preservação ambiental.
“Em 2025, o COMAE reafirmará o compromisso com a sociedade brasileira e com a Constituição Federal, enquanto continuará a cumprir sua missão de empregar o poder aeroespacial brasileiro para garantir a soberania do espaço aéreo e a integração do território nacional”, conclui o Comandante de Operações Aeroespaciais, Tenente-Brigadeiro do Ar Raimundo Nogueira Lopes Neto.
FAB APOSTA EM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA POTENCIALIZAR OPERAÇÕES E SEGURANÇA
A Força Aérea Brasileira (FAB) está avançando significativamente na modernização de suas operações com a criação do primeiro Laboratório de Inteligência Artificial (IA). Este projeto de inovação, aprovado pelo EstadoMaior da Aeronáutica (EMAER) em novembro de 2024, visa transformar
a maneira como a FAB gerencia suas operações, com foco na otimização de processos logísticos, manutenção de aeronaves e tomada de decisões estratégicas.
Objetivos e potencialidades do projeto
O Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJ) será o responsável pela implementação do projeto, que terá como principal ferramenta os Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLM), como o Generative Pre-trained Transformer (GPT). O laboratório de IA será financiado pelo Plano de Investimentos de Royalties do Comando da Aeronáutica (COMAER), com um aporte de R$ 6,5 milhões. O objetivo é integrar a IA
em diversas áreas da FAB, promovendo uma transformação digital profunda e aumentando a eficiência nas operações.
Localizado em São José dos Campos (SP), o CCA-SJ se beneficia de sua proximidade com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o que favorece parcerias estratégicas para a troca de conhecimento e inovação. A colaboração com o Instituto de Logística da Aeronáutica (ILA) também será crucial para o avanço do uso de IA no
• Tomada de decisões: A IA permitirá processar grandes volumes de dados em tempo real, proporcionando decisões mais rápidas e precisas, essenciais para missões complexas e operações de combate.
• Manutenção de Aeronaves: A tecnologia ajudará a monitorar o desempenho das aeronaves, prever falhas e otimizar os custos e prazos de manutenção, aumentando a disponibilidade da frota.
Além disso, a IA será aplicada para automatizar tarefas repetitivas,
setor logístico, que busca soluções cada vez mais eficientes para o planejamento e a distribuição de recursos.
O projeto de implantação do laboratório de IA visa otimizar sistemas logísticos e administrativos fundamentais para a gestão da FAB, como o Sistema Integrado de Logística de Material e de Serviços (SILOMS) e o Sistema de Gestão Administrativa da Aeronáutica (SIGADAER). A Inteligência Artificial será aplicada para:
• Simulações de combate: A utilização de IA em simulações permitirá treinar pilotos e equipes em cenários controlados, economizando recursos e diminuindo a emissão de carbono.
• Otimização logística: Algoritmos de IA irão melhorar o planejamento de rotas e a gestão de suprimentos, garantindo maior eficiência no apoio às missões aéreas.
como a análise de imagens e a gestão de documentos, liberando os recursos
humanos da FAB para se concentrarem em atividades mais estratégicas.
Infraestrutura de ponta e autonomia digital
Com a implementação do laboratório, a FAB investirá na aquisição de infraestrutura de hardware de última geração, incluindo o DGX H-200, um equipamento de alto desempenho necessário para rodar modelos de IA em larga escala. Esta infraestrutura será instalada no Núcleo Corporativo de Tecnologia da Informação (NCTI) do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), garantindo à Força Aérea autonomia sobre seus dados, sem depender de soluções externas ou nuvens públicas.
A implementação da IA também garante a segurança dos dados sensíveis tratados pela FAB. O uso de ferramentas de anonimização e a manutenção dos processos dentro da rede interna da Força Aérea irão proteger as informações estratégicas, evitando que dados confidenciais sejam expostos ou comprometedores.
O projeto prevê também o envolvimento de estagiários do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que, durante o período de janeiro a fevereiro de 2025, trabalharão em atividades práticas relacionadas ao desenvolvimento e testes dos modelos de IA. Os testes envolverão a segurança da rede, a arquitetura de balanceamento de carga e o uso de ferramentas de anonimização para proteger dados pessoais e sensíveis.
Além disso, a FAB planeja capacitar sua equipe interna para o uso e manutenção dos novos sistemas, promovendo o desenvolvimento de expertise em Inteligência Artificial dentro da instituição. O treinamento contínuo da equipe e a colaboração com outras unidades da FAB, como o Centro de Defesa Cibernética da Aeronáutica (CDCAER), também serão essenciais para o sucesso do projeto.
O projeto de IA da FAB tem um cronograma de quatro anos e trará benefícios a longo prazo para a instituição. Além da otimização dos processos logísticos e administrativos, a Força Aérea poderá aplicar a IA em diversas áreas operacionais, como o planejamento das missões aéreas e a gestão do ciclo de Planejamento Baseado em Capacidades (PBC), uma das principais estratégias do EMAER.
O Chefe do Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos, Coronel Aviador Rodrigo Araujo Freire, falou sobre o projeto. “A aposta da Força Aérea Brasileira em Inteligência Artificial representa um marco significativo na evolução tecnológica da instituição. Com a implementação do primeiro Laboratório de IA e a otimização de sistemas essenciais à operação da FAB, a Força Aérea não apenas moderniza seus processos, mas também se prepara para os desafios do futuro, garantindo eficiência, segurança e inovação em suas missões”, afirmou o Oficial.
A criação do Laboratório de Inteligência Artificial (LabIA) no CCA-SJ marcará a entrada da FAB no mundo da IA de maneira segura e controlada. Com a implementação desta tecnologia, a FAB se posiciona como líder em inovação tecnológica no setor militar, acompanhando as tendências globais e mantendo a soberania sobre suas operações e dados.
FORÇA AÉREA BRASILEIRA REALIZA CERIMÔNIAS DE PASSAGEM DE COMANDO
Ten JOR Mônica Lopes
Em janeiro, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou cerimônias de passagem de comando em diversas Organizações Militares, marcadas por despedidas emocionantes e pela assunção de novos desafios por Oficiais-Generais. Os eventos ocorreram em Brasília (DF), São Paulo (SP) e Canoas (RS), reafirmando a tradição da FAB de valorizar as trajetórias de seus líderes e de fortalecer o compromisso com a missão de proteger e garantir a soberania do espaço aéreo brasileiro. As solenidades contaram com a presença do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, que acompanhou de perto esse momento significativo de transição e continuidade na liderança da instituição.
No dia 7/01, a Base Aérea de Brasília (BABR) sediou a cerimônia de transmissão de cargo de Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER). O evento marcou a passagem do Tenente-Brigadeiro do Ar Sergio Roberto de Almeida para o Tenente-Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic, com a presença do Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho. A cerimônia também foi marcada pela despedida do Tenente-Brigadeiro do Ar Almeida do serviço ativo. O Comandante da Aeronáutica destacou o legado do Tenente-Brigadeiro do Ar Almeida, que encerrou sua carreira de 45 anos na FAB. “O Brigadeiro Almeida deixa significativas conquistas no ápice de nossa governança institucional, entregando um grande legado à nossa Força”, afirmou.
Durante seu discurso de despedida, o Oficial-General relembrou sua trajetória. “Tive uma carreira feliz e premiada, alcançando grandes funções e o mais alto posto da ativa das Forças Armadas”, declarou. O novo Chefe do EMAER, Tenente-Brigadeiro do Ar Farcic, comprometeu-se a liderar o planejamento estratégico da FAB com excelência. “A missão que assumo é essencial para o cumprimento da nossa sagrada missão institucional e darei continuidade ao trabalho desenvolvido”, disse.
Despedida do Tenente-Brigadeiro Almeida
Após 45 anos de dedicação à FAB, o Tenente-Brigadeiro do Ar Almeida encerrou sua trajetória militar. Natural de Porto Alegre (RS), ingres -
sou na Força em 1979 e ocupou cargos de destaque, como Comandante do Primeiro Grupo de Aviação de Caça, Adido de Defesa na Itália, Comandante de Operações Aeroespaciais e de Preparo, além de Chefe do EMAER em sua fase final de carreira. Em seu discurso, o Tenente-Brigadeiro Almeida destacou a felicidade e as conquistas de sua trajetória, encerrando sua jornada no mais alto posto da ativa. “Resumidamente, tive uma carreira feliz e premiada para alcançar grandes funções e o mais alto posto da ativa das Forças Amadas”, expressou o Tenente-Brigadeiro Almeida em seu discurso de despedida. A cerimônia contou com homenagens, como a entrega do Espadim de Cadete, simbolizando o início de sua carreira, e da insígnia de Tenente-Brigadeiro do Ar.
Dois dias depois, em 9/01, também na BABR, ocorreu a transmissão de cargo do Comando de Preparo (COMPREP). O TenenteBrigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic transmitiu o comando ao Tenente-Brigadeiro do Ar Raimundo Nogueira Lopes Neto. Durante o evento, o Comandante da Aeronáutica exaltou a trajetória de ambos os Oficiais-Generais e destacou o papel estratégico do COMPREP no preparo dos meios operacionais da FAB. Em seu discurso, o Tenente-Brigadeiro do Ar Farcic ressaltou o trabalho em equipe como chave para o sucesso de sua gestão. “A confiança entre subordinados, pares e superiores tornou a liderança do COMPREP uma experiência gratificante”, declarou. Já o novo Comandante, Tenente-Brigadeiro do Ar Nogueira, enfatizou a continuidade e o fortalecimento da prontidão operacional. “Utilizarei os aprendizados adquiridos ao longo de minha carreira para contribuir ainda mais para o desenvolvimento da FAB”, disse. Promovido ao posto de Tenente-Brigadeiro em 2024, o Oficial-General possui extensa experiência operacional e acadêmica, incluindo mais de 2.200 horas de voo e qualificações em comando e controle.
No dia 17/01, foi realizada em São Paulo (SP) a passagem de comando do ComandoGeral de Apoio (COMGAP). O TenenteBrigadeiro do Ar Ricardo Augusto Fonseca Neubert transmitiu o cargo ao Tenente-Brigadeiro do Ar Valter Borges Malta, em solenidade presidida pelo Comandante da Aeronáutica. Durante o evento, o Tenente-Brigadeiro do Ar Neubert agradeceu à equipe e destacou as realizações de sua gestão. “Deixo o cargo com orgulho e gratidão, certo de que o TenenteBrigadeiro Malta dará continuidade ao trabalho com competência e dedicação”, destacou. O novo Comandante-Geral de Apoio assumiu a responsabilidade de liderar as estratégias logísticas e operacionais da FAB, reforçando seu compromisso com a excelência. “Estou determinado a enfrentar os desafios e a contribuir para o crescimento e a missão da nossa Força Aérea”, declarou.
Natural de São Paulo, o Tenente-Brigadeiro Malta possui mais de 4.500 horas de voo e vasta experiência operacional e gerencial, tendo ocupado cargos de destaque, como Vice-Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica e Gerente de projetos estratégicos.
V COMAR
O Quinto Comando Aéreo Regional (V COMAR) realizou a passagem de comando do Tenente-Brigadeiro do Ar Vincent Dang para o Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel Soares no dia 23/01. A cerimônia ocorreu na Base Aérea de Canoas (BACO) e contou com a presença do Comandante da Aeronáutica, TenenteBrigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, além de outras autoridades civis e militares. Durante seu discurso de despedida, o TenenteBrigadeiro Dang ressaltou as ações realizadas sob sua liderança, com destaque para a Operação Taquari II, que prestou socorro às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul em 2024. “Foi uma honra testemunhar o empenho e a excelência dos nossos militares e civis em momentos tão desafiadores”, afirmou. Ao assumir o comando, o Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel Soares destacou a responsabilidade e a honra de liderar o V COMAR. “Tenho grande expectativa e orgulho em continuar o trabalho em prol da Força Aérea Brasileira e do país”, declarou. Natural do Rio de Janeiro, o novo comandante possui uma trajetória de destaque, com mais de 3.000 horas de voo e extensa formação acadêmica e operacional, incluindo Doutorado em Ciências Navais e cursos estratégicos no Brasil e no exterior.
Encerrando o ciclo de passagens de comando realizadas ao longo do mês, o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), localizado em São José dos Campos (SP), realizou, nesta sexta-feira (31/01), a cerimônia de transmissão de cargo da Direção-Geral. O TenenteBrigadeiro do Ar Ricardo Augusto Fonseca Neubert assumiu a função, sucedendo o Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros.
Em sua despedida, o Brigadeiro Medeiros destacou as conquistas
alcançadas nos últimos três anos e ressaltou o papel do DCTA no desenvolvimento da ciência e tecnologia aeroespacial. “Hoje, são os senhores e as senhoras que escrevem a história deste Departamento. A conquista dos notórios marcos em projetos de tecnologia de ponta só foi possível pelo trabalho integrado e colaborativo de cada militar, de cada servidor civil e de cada organização que compõe o DCTA”, afirmou.
Já o novo Diretor-Geral, Brigadeiro Neubert, reforçou o compromisso com a excelência e a inovação.
“É com grande responsabilidade e entusiasmo que assumo a Direção-Geral do DCTA. Estamos comprometidos em continuar a trajetória de excelência, buscando sempre o desenvolvimento de soluções inovadoras que contribuam para o progresso do país”, declarou. Com vasta experiência na Força Aérea Brasileira, incluindo 4.000 horas de voo, o Brigadeiro Neubert já ocupou cargos de liderança e possui uma extensa formação acadêmica, consolidando-se como referência no setor aeroespacial.