Notaer dezembro 2017

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www.fab.mil.br

Ano XL

Nº 12 Dezembro, 2017

RESERVA INTERATIVA:

Conheça o novo canal de comunicação da FAB. (Pág. 4)

CARREIRA:

Confira o currículo dos oficiais-generais promovidos (Págs. 10 a 12)

ISSN 1518-8558


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CARTA AO LEITOR

Expediente

Nesta última edição do ano temos muito o que festejar. Em um tradicional mês de celebrações, congratulamo-nos com nossos companheiros da infantaria e da saúde pelas suas datas comemorativas, e damos os parabéns ao guerreiro Esquadrão Pelicano (2º/10º GAv) que completa 60 anos de existência “para que outros possam viver”. Cumprimentos extensivos também a todos os oficiais promovidos que estão perfilados nas páginas do nosso noticiário. A esses oficiais-generais, toda sorte

e felicidade no prosseguimento de suas carreiras em prol do bem maior da FAB. Dezembro é também um mês em que o sentimento de união da família se mostra muito presente. E é com este viés em mente que gostaríamos de agradecer a cada integrante da FAB pela interação com o CECOMSAER, na busca diária da preservação e da projeção da imagem da nossa instituição. Valendo-se de muitos produtos - este mesmo é um exemplo deles -, uma dedicada e incansável equipe de profissionais da comuni-

FOTO: ALA 5

Celebração e inspiração

cação social almeja sempre a excelência. E são justamente essas interações diárias, por meio de críticas e sugestões dos nossos leitores, que têm permitido que galguemos degraus rumo a um padrão de qualidade compatível com o que a nossa Força Aérea merece. Fica aqui o agradecimento da equipe do CECOMSAER

pela confiança depositada em nosso trabalho, somado aos nossos votos de um Natal de muita paz e alegria, e à certeza de um 2018 pleno de desafios e conquistas nas nobres tarefas de controlar, defender e integrar a nossa Dimensão 22. Brig Ar Antonio Ramirez Lorenzo Chefe do CECOMSAER

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

CASA E TRABALHO SEGUROS DURANTE AS FÉRIAS

Como se prevenir: Ao viajar, use o bom senso nas publicações em redes sociais. Se possível, poste suas fotos e comentários após o regresso. Isso evitará a vulnerabilidade da sua casa e da sua família. Outra dica é conferir as configurações de privacidade, para que as informações só sejam visualizadas por amigos. Não é necessário ficar temeroso com a internet, mas vale a pena se prevenir e

pensar antes de divulgar informações sobre sua vida pessoal. Para evitar acidentes como incêndios, queima de equipamentos eletrônicos e vazamentos de água ou de

gás, durante o período em que a família estiver fora de casa, é preciso prestar atenção nas tomadas, fogão e torneiras. Quando a casa for ficar vazia por um

FOTO: INTERNET

Para quem pretende viajar no fim de ano, deve atentar aos cuidados necessários para reforçar a segurança, não só de seus locais de trabalho, mas também das vilas militares e PNR, pois os riscos de furtos e arrombamentos aumentam. Além disso, pequenas medidas de prevenção em relação à rede de energia, água e gás podem evitar prejuízos.

tempo prolongado, os aparelhos elétricos devem ser desligados e desconectados da energia, e as válvulas de saída de gás e os registros hidráulicos devem ser fechados. Já no trabalho, prevenir-se, de forma a: • manter as chaves de armários em local seguro (claviculários); • intensificar as inspeções, visando a identificar vulnerabilidades, com o objetivo de reforçar pontos que permitam a retirada de material de forma ilícita; e • restringir as possibilidades de empréstimo de material e somente autorizá-los, após a elaboração e assinatura da cautela pelo responsável. Lembre-se: A prevenção de hoje poderá ser a segurança de amanhã. (Centro de Inteligência da Aeronáutica - CIAER).

O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social O jornal NOTAER é uma publicação da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao mensal do Centro de Comunicação Social público interno. da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao público interno. Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Antonio Ramirez Lorenzo. Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Antonio Ramirez Lorenzo. Vice-Chefe do CECOMSAER: Coronel Aviador Flávio Eduardo Mendonça Tarraf. Vice-Chefe do CECOMSAER: Coronel Aviador Flávio Eduardo Mendonça Tarraf. Chefe da Divisão de Comunicação Integrada: Coronel Aviador José Frederico Júnior. Chefe da Divisão de Comunicação Integrada: Coronel Aviador José Frederico Júnior. Chefe da Subdivisão de Produção e Divulgação: Tenente-Coronel Aviador Rodrigo Chefe da Subdivisão de Produção e DivulJosé Fontes de Almeida. gação: Tenente-Coronel Aviador Rodrigo José Fontes de Almeida. Editores: Tenente Jornalista Felipe Bueno (MTB 0005913/PE) e Tenente Relações Editores: Tenente Jornalista Felipe Bueno Públicas Nara Lima (CONRERP/6 1759) (MTB 0005913/PE) e Tenente Relações Públicas Nara Lima (CONRERP/6 1759) Colaboradores: textos enviados ao CECOMSAER via SISCOMSAE. Colaboradores: textos enviados ao CECOMSAER via SISCOMSAE. Diagramação e Arte: Suboficial Ramos, Sargento Polyana e Cabos M. Gomes Diagramação e Arte: Suboficial Ramos, e Pedro. Sargento Polyana e Cabos M. Gomes e Pedro. Capa: Sargento Jobson Augusto e Cabo Maclaudio Gomes. Tiragem: 18.000 exemplares Tiragem: 18.000 exemplares Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencioEstão autorizadas transcrições integrais ou nada a fonte. parciais das matérias, desde que mencionada a fonte. Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF

Impressão e Acabamento: Viva Bureau e Editora


PALAVRAS DO COMANDANTE

Que venham novos desafios Estamos nos despedindo de 2017. Temos agora a oportunidade de refletir e de agradecer pelas realizações e pelo aprendizado durante o ano que passou. Vivenciamos a construção de uma nova etapa na história da FAB com a Reestruturação que, progressivamente, tem trazido mudanças que visam garantir a perenidade e a constante evolução de nossa Força. Além da atualização das estruturas administrativa e operacional de nossa instituição, podemos citar como marcos deste período o lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) e a Campanha Dimensão 22. O primeiro voltou as atenções do País e do mundo para a inserção do Brasil na era espacial. Trata-se de um fator preponderante para o cumprimento das tarefas não só da Força Aérea, mas também da Marinha, do Exército e de

diversos setores da sociedade. A Campanha Dimensão 22, que passa a ser vista como o “DNA” da FAB, estará estampada em todos os produtos institucionais a partir de 2018, apresentando uma nova maneira de compreendermos o tamanho da nossa responsabilidade diante de cada cidadão brasileiro. O empenho de todo o nosso efetivo, já reconhecido pelo apoio e aproximação com a população, agora será ainda melhor percebido pela sociedade. Afinal, saber e entender que a Força Aérea Brasileira é responsável por Controlar, Defender e Integrar 22 milhões de quilômetros quadrados é de extrema relevância para que nosso trabalho seja cada vez mais valorizado. Agradeço a dedicação de todo o efetivo que se empenhou para que a FAB não só cumprisse sua missão constitucional em 2017 como também alçasse

voos mais altos. Tenho a certeza de que 2018 será ainda melhor e sei que continuarei contando com o empenho de todos os senhores e senhoras. Boas Festas e Feliz 2018! Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato Comandante da Aeronáutica

3 FOTO: SGT JOHNSON BARROS / CECOMSAER

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CONTINUE A BORDO PARA NOVOS VOOS

O estabelecimento de relações duradouras com os reservistas é um dos maiores objetivos do Reserva Interativa. Queremos promover a integração, fortalecer laços e estabelecer um canal de comunicação com aqueles que sempre farão parte da família Força Aérea Brasileira.

O que é o Reserva Interativa? É um canal de comunicação direcionado aos militares que não estão mais no serviço ativo. Essa comunicação será feita por meio do nosso site, um portal exclusivo que conta com informações gerais, acesso facilitado a serviços, um espaço para sugestões, além de histórias interessantes sobre a FAB.

Qual a importância de um canal de comunicação com os reservistas? Com o passar dos anos os nossos militares acumulam experiências, conhecimentos e informações importantes sobre a FAB. Essas informações são preciosas para nós e queremos que continuem contribuindo.

Qual o objetivo do Reserva Interativa? O propósito é estimular os nossos militares a continuarem se sentindo parte da Família FAB. Eles estiveram todos esses anos contribuindo em processos importantes para a Instituição em diversos setores e níveis hierárquicos, agregando muito valor à imagem FAB.

O que está disponível no Reserva Interativa? Esta página apresenta ícones que direcionam para serviços sobre Saúde, Capacitação, História e Cultura, Acesso ao Contracheque, Catálogo COMAER e Biblioteca da Aeronáutica e ainda sub-ícones sobre Qualidade de Vida, Finanças Pessoais e muito mais. Também teremos um Fale Conosco específico para os reservistas, um local para cadastramento exclusivo e um espaço para divulgação de eventos que ocorrem por todo o país.

É necessário se cadastrar no Reserva Interativa? Para fazer parte do Reserva Interativa não é necessário cadastramento, basta entrar no nosso site: www.fab.mil.br/reservainterativa e participar com sugestões e interagindo conosco. No entanto, temos um ícone específico para cadastro caso o reservista deseje receber nossos produtos institucionais. O cadastramento também é importante, pois, futuramente, pretendemos criar mais ações direcionadas a esse público.

www.fab.mil.br/reservainterativa


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DIMENSÃO 22

A responsabilidade de DEFENDER a Nação “A missão da FAB é a defesa nacional. Nós somos as Asas que protegem o País. Precisamos ser atuantes, agir com comprometimento e profissionalismo. Isso é o que a sociedade brasileira pode esperar de nós”. Assim destaca o Comandante da Ala 5, localizada em Campo Grande (MS), Coronel Aviador Daniel Cavalcanti de Mendonça. Defender é uma das ações da Campanha Institucional Dimensão 22, que sintetiza a responsabilidade de atuação da FAB no cumprimento da sua missão constitucional e tem, em seu código genético, o compromisso de controlar, defender e integrar o País. O grande desafio é garantir a soberania do espaço aéreo em uma área de 12 milhões de km², composta por todo território nacional e pela Zona Econômica Exclusiva (ZEE). As missões de Caça, Transporte, Patrulha Marítima, Asas Rotativas, Reconhecimento e

Alerta Aéreo Antecipado e as ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), de Defesa Antiaérea e Contraterrorismo fazem parte da estrutura utilizada para a defesa aérea que, ininterruptamente, trabalha para coibir o tráfego aéreo desconhecido ou ilícito.

ÁREA DE ATUAÇÃO

A ação de Defender soma o total de 12 milhões de km² que correspondem aos 8,5 milhões de km² de extensão de todo o território brasileiro somado à Zona Econômica Exclusiva (ZEE) – que possui 3,5 milhões de km². A ZEE se refere a uma faixa que vai da região Sul à Norte, abrangendo também toda a faixa litorânea do Atlântico.

SERVIÇO DE ALERTA Prontidão! Assim é como piloto, mecânico de aeronave, operador de armamento e equipe de serviço de alerta permanecem 24 horas por dia, 365 dias no ano. Em cada esquadrão de defesa aérea há um serviço de alerta. Quando o radar detecta uma aeronave suspeita, a sirene toca e o piloto guarnece a aeronave, já pronta e armada. As informações da missão são repassadas apenas após a decolagem, juntamente com os vetores de interceptação. Esse controle é realizado pelo Centro Integrado de Defesa Aérea, que cumpre as Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), progressivamente, desde a averiguação até o tiro de detenção.

FOTOS: SGT JOHNSON BARROS / CECOMSAER

Ten REP Nara Lima

OPERAÇÃO OSTIUM

Exemplo de ação de defesa aérea, a Operação Ostium, lançada em março desse ano, tem como objetivo repreender crimes como o narcotráfico. De lá para cá, cerca de 150 interceptações já foram realizadas, reduzindo em 80% os tráfegos aéreos desconhecidos. Para a operação, a FAB conta com os caças F-5M e A-29 Super Tucano, helicópteros H-60 Black Hawk, AH-2 Sabre, aviões-radar E-99, aeronaves de reconhecimento R-35A e RA-1 e Aeronaves Remotamente Pilotadas, além de radares e sistemas de defesa aeroespacial. As ações são coordenadas a partir do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), localizado em Brasília (DF), e fazem parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), do Ministério da Defesa.


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REESTRUTURAÇÃO

Especial Alas

Unidades militares passam por mudanças estruturais com foco no emprego operacional Ten JOR Aline Fuzisaki

Ala 13 - São Paulo (SP)

Localizada em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, a Ala 13 promoveu as mudanças necessárias para a melhoria dos processos administrativos e das atividades operacionais, de forma

a dar sustentabilidade ao dinâmico processo de Reestruturação da FAB. De acordo com o Comandante da Ala 13, Coronel Aviador Kennedy Fernandes Ferreira, os setores que tiveram maior impacto com as mudanças foram: a Companhia Contra Incêndio (Cia. CI); o Grupamento de Segurança e Defesa (GSD); e o Quarto Esquadrão de Transporte Aéreo (4º ETA).

“A Cia. CI, além de continuar prestando o serviço de prevenção, salvamento e combate a incêndio (SESCINC) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, atingiu 100% de conformidade nas auditorias da ANAC e do aeroporto de Guarulhos. No GSD, a ação gerencial trouxe economia de meios e ênfase nos procedimentos de segurança e defesa com um aprimoramento doutrinário resultante

de experiências recentes em missões de Garantia da Lei e da Ordem. Já no esquadrão de voo, o progresso operacional ocorreu com a centralização do planejamento, preparo e organização das operações aéreas. Com isso, atingimos a marca de mais de 50 missões de Transporte de Órgãos Vitais”, afirma o Comandante. Como parte do processo de Reestruturação da FAB, a Ala 13 será desativada em

breve e uma nova estrutura, voltada à atividade logística e manutenção de aeronaves, será implementada. Também haverá um novo setor destinado à segurança e defesa, com subordinação ao Comando-Geral de Apoio (COMGAP). Atualmente, o 4º ETA encontra-se em fase de desativação e suas aeronaves e pilotos serão transferidos para outras unidades da Força Aérea.

e no Grupamento de Segurança e Defesa. O emprego, estando a cargo do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), torna a rotina mais próxima das atividades existentes em uma operação. Além disso, o Comandante passou a participar mais das ações voltadas ao preparo e emprego, pois

as atividades administrativas foram absorvidas pelo GAP-SV”, explica o Comandante da Ala 14, Coronel Aviador José Henrique Kaipper. No início de 2018, o 1º/7º GAV será transferido para a Ala 12, localizada em Santa Cruz (RJ), e a Ala 14 será desativada.

consequência, da segurança de voo. A Reestruturação significou uma oportunidade de contribuirmos para o incremento operacional da Força, separando o preparo do emprego, melhorando a eficiência das suas equipagens no cumprimento das missões a elas atribuídas”, afirma o Co-

mandante da Ala 15, Coronel Aviador Alexandre Hoffmann. No início do próximo ano, o 2º ETA será transferido para a Ala 10, localizada em Natal (RN), e a Ala 15 será incorporada ao Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III).

Ala 14 - Salvador (BA)

A criação das Alas permitiu que cada unidade tivesse contato diretamente com o Comando de Preparo (COM-

PREP), o que reduziu significativamente a tramitação das informações, proporcionando mais agilidade aos processos. Assim, o Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º GAV), sediado na Ala 14, desvinculou-se da logística e teve suas preocupações voltadas quase que exclusivamente

para o emprego operacional, fortalecendo a doutrina. “Quando a Ala 14 passou a ter contato sistêmico mais aprofundado com o Parque de Material Aeronáutico do Galeão, houve unificação de procedimentos, como a indicação e controle de cursos em todos os setores, como no 1º/7º GAV

Ala 15 - Recife (PE)

Com a ativação da Ala 15, a responsabilidade administrativa e operacional da Organização Militar agregou as demandas do

Segundo Esquadrão de Transporte Aéreo (2º ETA), que era subordinado operacionalmente ao Segundo Comando Aéreo Regional (II COMAR). Além disso, as atribuições relacionadas à logística passaram à responsabilidade da Ala, o que permitiu ao Esquadrão voltar seu foco para o preparo

e emprego de suas equipagens. “O maior ganho da Reestruturação, no que diz respeito à questão operacional, foi a possibilidade de uma supervisão mais próxima dos Esquadrões por parte das Alas. Com isso, há um aumento da eficiência operacional dos Esquadrões e, por


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Esquadrão Pelicano: 60 anos salvando vidas Com o lema “Para que outros possam viver”, o Esquadrão Pelicano (2º/10º GAV), sediado na Ala 5, em Campo Grande (MS), completa 60 anos com o sentimento de dever cumprido. Criado em 6 de dezembro de 1957, o Esquadrão operava inicialmente na Base Aérea de São Paulo, sendo transferido em 1972 para a cidade de Florianópolis (SC). Em 20 de outubro de 1980, foi transferido para a Base Aérea de Campo Grande (MS). Um dos mais

antigos Esquadrões da FAB voltados para a missão de busca e salvamento no Brasil e que já realizou inúmeras missões feitas por militares comprometidos com o dever de salvar vidas. Mantendo-se em alerta durante 24 horas por dia, sete dias da semana, 365 dias no ano, para decolar em poucos minutos, o Esquadrão está equipado para atender qualquer situação de emergência, seja na terra ou no mar. Por força de tratados internacionais, o Brasil é responsável por essas missões em uma área de mais de 22 milhões de km², quase três vezes a extensão

continental do País (de 8,5 milhões de km²). O Ministro do Superior Tribunal Militar, Tenente-Brigadeiro William de Oliveira Barros, que já foi Comandante do Esquadrão Pelicano entre 1981 e 1982, descreve o Esquadrão como uma grande equipe que não pode falhar. “Seis horas no mar ou na selva é muito tempo para quem precisa de ajuda. Os militares que compõem a equipe do Pelicano são profissionais com conhecimento e altruísmo e estão aptos a cumprirem a missão do Esquadrão

Meio século do “sapão” Ten JOR Gabrielli Dala Vechia O helicóptero H1-H, também chamado na Força Aérea Brasileira de “sapão” ou “hzão”, completou meio século de missões em 2017 praticamente todo esse perí-

odo, operando no Esquadrão Pelicano. Quando o helicóptero chegou ao Esquadrão, no início de junho de 1967, o 2º/10º GAV estava alocado em São Paulo e o “sapão” ainda era chamado de H1-D, devido ao tipo de motor, um

L11. Em 1972, o Pelicano foi transferido para Florianópolis (SC) e, na sequência, para a capital sul-mato-grossense. Nesse último deslocamento, a frota de H-1H ficou temporariamente no 3º/8º GAV, oferecendo suporte até a

que é salvar vidas”, conta o oficial-general. Ao longo de sua história, o Esquadrão Pelicano tem atuado em diversas missões de resgate, como as buscas ao VARIG 254, em 1989, ao GOL 1907, em 2006 e ao AIR FRANCE 447, em 2009. Paralelamente, atua no atendimento às populações atingidas por desastres naturais, como aconteceu no terremoto no Peru em 1972, enchentes na Bolívia em 2007 e, dentro do território nacional, nas enchentes da Região Serrana do Rio de Janeiro, em Santa Catarina e no Estado do Acre.

chegada do CH-33 Puma. A foto mostra a chegada do H-1D ao Brasil, desmontado, a bordo de um C-130 Hércules. Poucos dias depois, o helicóptero passou por seu batismo de fogo na Força: foi empregado na missão de

A nova aeronave Este ano o Esquadrão recebeu a nova aeronave SC-105 Amazonas, equipada com os mais modernos recursos para busca e salvamento. O avião representa um novo passo à atividade do Esquadrão, permitindo que novas tecnologias aumentem a operacionalidade da unidade. Dentre as novas funcionalidades, duas se destacam por aposentar o antigo procedimento de busca visual: o radar com abertura sintética e o imageamento por infravermelho.

FOTO: ACERVO CECOMSAER

Ten JOR Raquel Alves

FOTO: SGT JOHNSON BARROS / CECOMSAER

FOTO: SGT JOHNSON BARROS / CECOMSAER

BUSCA E SALVAMENTO

busca e salvamento do voo 2068, que caiu em plena selva amazônica, quando cinco pessoas sobreviveram. É em homenagem a essa missão que, em 26 de junho, comemora-se o Dia da Aviação de Busca e Salvamento.


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OPERACIONAL

Curso de Comandos de Força Aérea No mês em que celebramos o Dia da Infantaria, conheça o curso que prepara os militares da FAB para atuar em Operações Especiais Ten JOR João Elias Ten REP Camila Barbieri

O Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento, conhecido como PARA-SAR, realizou, em 24 de novembro, a formatura do Curso de Comandos de Força Aérea (CCFA), que visa capacitar os militares para atuarem em Operações Especiais. Durante três meses, os alunos participaram de atividades nos mais variados ambientes operacionais do País: selva, mar, montanha, área urbana e rural. As instruções exigiram não só a capacidade física, mas também a psicológica dos alunos. “Existem militares bem preparados fisicamente, mas que, ao longo do curso, acabam desistindo devido aos fatores emocionais. Nós trabalhamos muito com os atributos afetivos, como resiliência, persistência e comprometimento, necessários para o cumprimento de nossas missões, geralmente realizadas em ambientes hostis, inóspitos e que envolvem elevado grau de periculosidade”, ressaltou o Coordenador do CCFA, Major de Infantaria

Antonio Luiz Moura Junior. O candidato à vaga é submetido a uma rigorosa seleção. O aluno Evilásio Fernando Barros se preparou durante quatro meses para estar em melhores condições de realizar o curso. “A marcha com mochila pesada é a que eu imaginava ter mais dificuldade, então treinei bastante para isso e também as demais áreas, tendo em vista que todas as atividades do curso são bem cansativas e com grau elevado de exigência. Pretendo, ao finalizar o curso, fazer parte do Destacamento Operacional do EAS e poder cumprir as ações de Força Aérea atribuídas ao Esquadrão”, disse. Realizado de dois em dois anos pela FAB, o curso inclui oficiais e graduados do PARA-SAR e das Unidades de Infantaria de todo o país. Os futuros comandos estarão aptos a comporem os destacamentos operacionais do PARA-SAR, visando ao cumprimento das ações de Força Aérea previstas na missão daquele Esquadrão. “O curso ocorre desde 1994 e é considerado a porta de ingresso no PARA-SAR,

sendo uma oportunidade na qual os militares de outras unidades da FAB são testados e selecionados para prosseguirem nas demais especializações do Esquadrão, recebendo o título de Pastor. Com a conclusão do curso, o militar torna-se apto a cumprir ações de Força Aérea de Reconhecimento Especial, Ação Direta e Contraterrorismo, bem como terá os requisitos para ser capacitado em Guia Aéreo Avançado (GAA). Os Comandos de Força Aérea têm como ideal ‘viver como poucos e ir além dos demais’, em prol do cumprimento da missão atribuída ao Esquadrão. ‘Nossa lida, vossa vida’”, comentou o Comandante do PARA-SAR, Tenente-Coronel de Infantaria Anderson de Oliveira Schiavo, Pastor 145. O aluno Bruno Pinheiro Negromonte pretende se especializar cada vez mais na área de operações especiais. “Para mim, concluir o curso é ver portas abertas de oportunidades na minha carreira, como o ingresso no PARA-SAR, além de poder realizar outros cursos especializados nessa área”, destacou.


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Fases Fase 1 Nivelamento Tático: nesta fase, realizada ainda em Pirassununga (SP), os instruendos possuem pouco tempo de descanso e passam por diversas avaliações, como técnicas aquáticas e defesa pessoal. Também são levados a conhecerem seus próprios limites em longas marchas a pé conjugadas com instruções de navegação terrestre. A rotina é estressante e realizada sob condições de relevante desgaste físico e mental.

Fase 2 Consolidação: realizada em Campo Grande (MS), o objetivo é consolidar os atributos adquiridos na primeira fase, estimulando o raciocínio estratégico do aluno em situações não convencionais, semelhantes ao que as Operações Especiais exigem. Durante essa fase são transmitidos conhecimentos na área de armamento, explosivos, tiro tático, planejamento de missões especiais, operações de inteligência e de apoio à informação.

Fase 3 Técnica: realizada no Rio de Janeiro (RJ), é a fase em que os alunos aprendem métodos de infiltração no mar, de adaptação ao ambiente e de operação em relevo de montanha. Também são treinados em áreas edificadas, pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE-RJ), e nas técnicas e táticas de contraterrorismo, com o Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais (Tonelero), da Marinha do Brasil.

Fase 4 Operações: desenvolvida em Manaus (AM), essa fase é composta pelo módulo de adaptação e operações na selva, ministrado pelo Esquadrão Harpia (7º/8º GAV).

Fase 5 Conclusiva: realizada em Campo Grande (MS), promove o módulo final com instruções de combate rural e rastreamento com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE-MS) e aplicação das técnicas de fuga e evasão, simulando o abandono de uma área hostil.

Processo Seletivo O processo seletivo do Curso de Comandos de Força Aérea (CCFA 2017) durou 3 dias e foi realizado na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP). Contando com a presença de 37 candidatos, incluiu testes de aptidão física e de conheci-

mentos práticos. O primeiro foi composto por flexão de braços na barra fixa, abdominal, flexão e extensão de braços, subida na corda vertical, corrida de 8 km, marcha a pé de 16 Km, natação, nado submersão e flutuação. Já os testes de conhecimentos prá-

ticos avaliaram o desempenho dos candidatos em patrulhas, nós e amarrações, orientação, armamento, comunicações, primeiros socorros, explosivos e demolições. No final dessa fase de nivelamento, apenas 25 militares se tornaram aptos a prosseguir no curso.


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FOTOS: TEN-CEL LUIZ FELIPE THOMAZ

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Major Brigadeiro Médico José Luiz Ribeiro Miguel Natural do Rio de Janeiro (RJ). Praça de 31/01/1984, declarado Aspirante em 31/01/1984 Principais cargos: Chefe da Unidade de Emergência, Chefe da Unidade de Internação, Chefe da Seção de Medicina Preventiva e Ocupacional, Chefe da Seção de Pediatria, e Chefe da Seção de Pessoal Militar do Hospital de Aeronáutica de Recife; Assistente da Seção de Pediatria e Vice-Diretor do Hospital Central da Aeronáutica; Chefe da Seção de Pediatria;

Chefe da Seção de Medicina Preventiva e Ocupacional; Chefe da Unidade de Pacientes Internos; Chefe da Unidade de Apoio à Criança; Chefe da Secretaria da Direção; Adjunto à Chefia da Divisão Médica; Chefe da Divisão Médica; e Vice-Diretor do Hospital de Força Aérea do Galeão; Diretor do Hospital de Aeronáutica de São Paulo e Subdiretor Técnico da Diretoria de Saúde da Aeronáutica. Principais condecorações: Ordem do Mérito Aeronáutico

(Comendador); Ordem do Mérito Militar (Comendador); Ordem do Mérito Naval (Comendador); Medalha da Vitória; Medalha Militar de Ouro; Medalha Mérito Santos-Dumont; Medalha do Pacificador; Medalha Mérito Tamandaré; Medalha Ordem do Mérito Circulista – Grau Oficial – Estado de São Paulo; e Medalha Revolução Constitucionalista – Estado de São Paulo. Cargo designado: Diretor de Saúde da Aeronáutica.


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Major Brigadeiro do Ar Dilton José Schuck Natural de Venâncio Aires (RS). Praça de 01/02/1982, declarado Aspirante em 12/12/1985. Principais cargos: Chefe do Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos e depois Vice-Chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos; Chefe da Assessoria Militar da Vice-Presidência da República; Chefe do Curso de Política e Estratégia Aeroespaciais (CPEA) da Escola de Comando e Estado-

-Maior da Aeronáutica (ECEMAR); Chefe da Assessoria de Segurança Operacional do Controle do Espaço Aéreo (ASOCEA); Chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA); Presidente do Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos; e Secretário de Coordenação e Assessoramento Militar do GSI-PR. Horas de voo: Possui mais de 3.000 horas de voo. Principais condecorações: Or-

dem do Mérito Aeronáutico (Comendador); Ordem do Mérito Naval (Comendador); Ordem do Mérito da Defesa (Comendador); Medalha da Vitória; Medalha Militar de Ouro; Medalha Mérito Santos-Dumont; Medalha do Pacificador; Medalha Mérito Tamandaré. Cargo designado: Secretário de Assuntos de Defesa e Segurança Nacional do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Major Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic Natural de São Paulo (SP). Praça de 05/03/1979, declarado Aspirante em 12/12/1985. Principais cargos: Oficial de Operações do Primeiro Esquadrão do Grupo de Transporte Especial; Gerente de Projeto do Programa de Fortalecimento do Controle do Espaço Aéreo Brasileiro no Estado-Maior da Aeronáutica; Oficial de Operações do Sexto Esquadrão de Transporte Aéreo; Adjunto da 4ª Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica; Comandante do Grupo de Serviços

de Base da Base Aérea de Fortaleza; Comandante da Base Aérea de Salvador; Adido de Defesa e Aeronáutico na França e Bélgica; Adjunto da Subdiretoria de Administração Logística da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico; Vice-Chefe do Centro de Inteligência da Aeronáutica; Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica e Comandante da Primeira Força Aérea. Horas de voo: possui mais de 4.700 horas de voo. Principais condecorações: Me-

dalha da Ordem do Mérito da Defesa (Oficial); Medalha da Ordem do Mérito Aeronáutico (Comendador); Medalha da Ordem do Mérito Naval (Comendador); Medalha da Ordem do Mérito Militar (Comendador); Medalha da Vitória; Medalha Militar de Ouro; Medalha Mérito Tamandaré; Medalha Mérito Santos-Dumont; Medalha do Pacificador; Medalha Marechal Trompowsky; Medalha da Defesa Nacional da França. Cargo designado: Chefe da Sétima Subchefia do EMAER.

Brigadeiro do Ar Mauricio Carvalho Sampaio Natural do Rio de Janeiro (RJ). Praça de 01/02/1982, declarado Aspirante em 8/12/1988. Principais cargos: Chefe da Subseção de Equipamentos de voo do 1º GAE; Chefe da SIPAA da BASV e da BAFL; Chefe da SSIPAA do 1º/7º GAV e do 2º/7º GAV; Oficial de Comunicação Social da BASV, da BAFL e do 2º/7º GAV; Chefe da Seção de Material do 2º/7º GAV e do 3º/7º GAV; Oficial

de Operações do 3º/7º GAV; Comandante do 1º/7º GAV; Chefe da Assessoria de novos Projetos do Comandante e Chefe da Seção de Legislação e Tecnologia da Informação da II FAE; Gerente Adjunto do Projeto da Aeronave P-3AM na II FAE; Comandante da BASV; e Chefe dos Oficiais de Enlace da Junta Interamericana de Defesa na Organização dos Estados Americanos – Washington DC.

Horas de voo: possui 3.500 horas de voo. Principais condecorações: Medalha da Ordem do Mérito Aeronáutico (Cavaleiro); Medalha Militar de Ouro; Medalha Mérito Santos-Dumont; Medalha Mérito Tamandaré; Medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura. Cargo designado: Chefe do Estado-Maior do Terceiro Comando Aéreo Regional.


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Brigadeiro do Ar José Madureira Junior Natural de Niterói, Rio de Janeiro. Praça de 01/02/1982, declarado Aspirante em 09/12/1988. Principais Cargos Exercidos: Oficial de Seção de Manutenção do 1º ETA; Chefe da Seção de Manutenção do 3º/7º GAV; Chefe da Seção de Relações Públicas do 1º/2º GT; Oficial de Segurança de Voo e Chefe da Seção de Material do 1º/1º GT; Membro da Comissão de Avaliação Operacional e Técnica

do Programa de Modernização de ANV C-130 – Milwalkee, EUA; Chefe da Seção de Operações do 1º/1º GT; Comandante do 1º/5º GAV; Oficial de Gabinete do Comandante da Aeronáutica; Comandante da Base Aérea do Galeão; Chefe da Comissão Aeronáutica Brasileira na Europa – CABE; e Diretor do PAMA-GL. Horas de Voo: possui 6.000 horas de voo. Principais Condecorações: Me-

dalha Mérito Santos-Dumont; Medalha Militar de Ouro; Menção Destaque Operacional Ouro, do Comando-Geral de Operações Aéreas; Medalha Mérito Naval (Oficial); Medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura; Medalha Mérito Desportivo Militar; e Ordem do Mérito Aeronáutico (Oficial). Cargo Designado: Subdiretor de Administração e Logística da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico.

Brigadeiro do Ar Valdir Eduardo Tuckumantel Codinhoto Natural de Pirassununga (SP). Praça de 01/02/1982, declarado Aspirante em 09/12/1988. Principais cargos: Chefe da Seção de Manutenção de Aeronaves de Instrução T-25 da AFA; Adjunto da Seção de Doutrina do Corpo de Cadetes da Aeronáutica; Chefe da Seção de Material do 2 ETA; Chefe da Subdivisão de Infraestrutura do CINDACTA III; Comandante do Destacamento de Controle do Espaço

Aéreo de Maceió; Chefe do Gabinete do Comandante do Cindacta III; Chefe da Assessoria de Organização, Doutrina, Ensino e Operações do Gabinete do Comandante da Aeronáutica; Comandante do Corpo de Alunos da EPCAR; Comandante da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais da Aeronáutica; Adido Aeronáutico Junto À Embaixada do Brasil no Paraguai. Horas de voo: possui 3.000

horas de voo. Principais condecorações: Medalha Mérito Santos Dumont; Medalha da Vitória; Medalha do Mérito Nacional dos Ex-Combatentes; Medalha Sangue de Heróis; Medalha Militar de Ouro; Ordem do Mérito Aeronáutico; Medalla De La Aeronáutica “Honor Al Mérito” – Paraguai. Cargo designado: Chefe da Segunda Subchefia do EMAER.

Brigadeiro Médico Ricardo Gakiya Kanashiro Natural de Santos (SP). Praça de 31/01/1984, declarado 1º Tenente em 05/08/1988. Principais cargos: Assistente da Clínica Médica e do CTI do Hospital de Força Aérea do Galeão; Médico de Esquadrão do 1º/6º GAv, do 2º ETA e do 2º/8º GAv; Comandante da Esquadrilha de Saúde da Base Aérea de Recife; Instrutor do CENIPA; Chefe da Subdivisão de Auditoria Técnica e

da UTI do Hospital de Aeronáutica de Recife; Comandante do Esquadrão de Saúde da Base Aérea de Santos; Diretor do Instituto de Medicina Aeroespacial; Diretor do Hospital de Força Aérea de São Paulo. Horas de voo: possui mais de 500 horas de voo como Médico de Esquadrão. Principais condecorações e Títulos: Medalha da Ordem do

Mérito Aeronáutico - Grau Oficial, Medalha Militar de Ouro, Medalha Mérito Santos Dumont, Medalha do Mérito Bombeiro Militar do Estado de Pernambuco, Medalha D. João VI - Justiça Militar de São Paulo, Medalha “Amigo da Marinha”, Título de Especialista em Medicina Intensiva, Título de Mestre em Ciências Aeroespaciais. Cargo designado: Diretor do HFAB.


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MISSÃO DE PAZ

MINUSTAH: Dever cumprido

FOTOS: FÁBIO MACIEL

Esse é o sentimento dos militares da FAB que encerraram sua participação na missão de paz da ONU no Haiti

JOR Denise Fontes Os militares trouxeram na bagagem não só conhecimentos operacionais, mas a certeza de ter contribuído para amenizar o sofrimento da população haitiana. O Coronel Aviador Alexan-

dre Nogueira de Sousa participou de missões de transporte aéreo logístico durante todo o período da missão de paz. “Eu fui um dos primeiros pilotos a pousar no Haiti, em 2004”, relembra. O oficial também foi voluntário na área de assuntos civis do 22° Batalhão Brasileiro de Força de Paz (BRABAT 22), em 2015. “Apoiei as atividades de assistência humanitária, de fortalecimento das instituições nacionais e as operações militares de manutenção da paz”, afirma. Além do aprendizado, a experiência no Haiti também deixou marcas em quem participou da missão. O Sar-

gento Alexandre de Souza Rego serviu entre maio e dezembro de 2015. “Quando percebemos que podemos fazer a diferença na vida de pessoas que passam por necessidade ou precisam de segurança ou alimentos, isso marca para sempre as nossas vidas”, declara. O bom relacionamento com os haitianos também foi fruto de várias ações sociais proporcionadas pelos militares. Uma delas foi a capacitação profissional de moradores locais, a exemplo do curso de operador de empilhadeiras. “Auxiliar na qualificação profissional daquelas pessoas fez com que tenha valido a pena o cumprimento da missão no Haiti”, avalia o Sargento Alexandre, do Centro de Transporte Logístico da Ae-

ronáutica (CTLA). Segundo o Comandante do Pelotão da FAB, Tenente de Infantaria João Lourenço Espolaor Neto, o sentimento de cumprir o dever é o que há de mais forte nas lembranças dessa missão. “Foi gratificante poder ajudar o povo haitiano. Passamos a valorizar as pequenas coisas do dia a dia. Acredito ter voltado melhor como pessoa. Foi um aprendizado único”, explica. Para o militar, o grande diferencial foi a oportunidade de desempenhar atividades não habituais para a Infantaria da Aeronáutica. “A experiência no Haiti nos deu uma boa bagagem para sermos engajados em missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), como na Copa do Mundo em 2014 e nos Jogos Olímpicos Rio 2016”, conclui.

FAB na MINUSTAH Após 13 anos de atuação, a FAB encerrou a participação dos militares na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH). A Missão de Paz no Haiti contabilizou números que ficaram marcados na história: De 2004 a 2017, foram mais de 12 mil horas de voo, cerca de 64 mil passageiros e mais de 6 mil toneladas de cargas transportados em aeronaves da FAB. “A avaliação da presença dos militares no Haiti, ao longo desses anos, foi muito positiva. Tivemos um enorme ganho operacional e pessoal”, ressalta o Ministro da Defesa, Raul Jungmann.


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Cerca de 100 mil litros de água foram despejados no Parque Nacional Chapada dos Veadeiros O 1º GTT se deslocou do Rio de Janeiro (RJ) para Anápolis (GO) e, em menos de 24h, deu início à operação Ten JOR Cynthia Fernandes Quase 100 mil litros de água foram lançados pelo C-130 Hércules no combate ao incêndio da Chapada dos Veadeiros, região Centro-Oeste do Brasil. Em quatro dias de operação, foram oito viagens até Alto Paraíso (GO) e região, onde se concentrava o maior número de chamas que tomaram conta de 28% do Parque Nacional. A Força Aérea Brasileira foi

acionada pelos Ministérios da Defesa e Meio Ambiente no dia 23 de outubro e as operações começaram menos de 24 horas depois. Segundo um levantamento do 1º Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT), responsável pelo emprego do Hércules, foram utilizadas 13h e 20min de voo para auxiliar na extinção dos focos de incêndio. Duas tripulações e uma equipe de solo,

totalizando 26 militares, se revezavam para manter a missão ininterrupta. A Ala 2, situada em Anápolis (GO), foi a localidade escolhida para servir como base de apoio da missão. O C-130 Hércules possui um sistema chamado MAFFS - sigla em inglês para Modular Airborne Fire Fighting System. O equipamento é composto por cinco tanques de água com capacidade para até 12 mil

litros, além de dois tubos que se projetam pela porta traseira do avião. No solo, duas piscinas de 22 mil litros de água foram mantidas cheias para que o reabastecimento da aeronave fosse otimizado. De acordo com um dos pilotos do Hércules, Capitão Douglas Lopes, a coordenação com toda a equipe foi primordial para o bom desempenho da operação. “A área é bem extensa e são muitos focos

de incêndio. A fumaça atrapalhava a nossa visualização durante a descida e, por isso, a coordenação teve que ser bem feita”, revela. Para o Suboficial André Luiz da Costa Reis, coordenador da equipe de solo, era necessário dar todo o suporte em terra para que o fogo fosse apagado com agilidade. “A gente preparava a aeronave para abastecer e decolava o mais rápido possível,” declara.

EDUCAÇÃO

É hora de dizer tchau Mas antes, vamos testar seus conhecimentos

Ten JOR Gabrielli Dala Vechia Último Notaer de 2017, última edição desta coluna. É hora de dizer até logo, mas não sem antes checarmos se este espaço foi útil. Já que dezembro é o mês das provas do

ITA e de exames finais, que tal testar seu aprendizado com uma questão de prova? Banca: Fundação Carlos Chagas Recontar uma história alheia, para o cordelista e para o dramaturgo popular,

é torná-la sua, porque existe na cultura popular a noção de que... Sem prejuízo da correção e do sentido original, e sem que nenhuma outra modificação seja feita na frase, o elemento sublinhado acima pode ser corretamente substituído por: a) ainda que. b) conquanto. c) à medida que. d) se bem que. e) na medida em que.

Com o título “Pense nos porquês”, o Notaer explicou, no mês de maio, as quatro formas de escrever os “porquês”. Lá, dizíamos que “porque” junto e sem acento equivale a “pois” e, portanto, estabelece uma relação de causa entre as orações. O mesmo acontece na letra E desta questão, na medida em que. “Fui bem avaliado no teste físico, na medida em que me preparei para ele”

é o mesmo que dizer: “Fui bem avaliado no teste físico, porque me preparei para ele”. Outro ponto que vale a pena estar atento diz respeito à diferença entre à medida que e na medida em que. Embora pareçam semelhantes, seus sentidos não têm nada a ver. À medida que exprime proporcionalidade, como na frase “tornei-me mais confiante à medida que aprendia novos conteúdos”. E aí, gabaritamos?

FOTO: CB ANDRE FEITOSA / CECOMSAER

OPERACIONAL


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ENTRETENIMENTO

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CAÇA-PALAVRAS RESERVA INTERATIVA O estabelecimento de RELAÇÕES duradouras com os RESERVISTAS é um dos maiores objetivos do Reserva INTERATIVA. Queremos promover a INTEGRAÇÃO, fortalecer LAÇOS e estabelecer um canal de COMUNICAÇÃO com aqueles que SEMPRE farão parte da FAMÍLIA Força Aérea Brasileira. Continue a BORDO para novos voos. Acesse o SITE: www.fab.mil.br/reservainterativa

RESPOSTAS DO MÊS ANTERIOR


#DimensĂŁo22


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