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Ano XXXVII
Nº 2
Fevereiro, 2014
ISSN 1518-8558
FOTO: SGT BATISTA / CECOMSAER
ASAS ROTATIVAS - Salvando vidas em todo o país Socorro em calamidades públicas, missões de vacinação, ações cívico-sociais. Conheça a história dos esquadrões de helicópteros que, também, são importantes para a defesa de áreas estratégicas do país e agora contam com a atuação de aeronaves ainda mais potentes. Pág. 06 Grupamento de Apoio à Saúde é ativado no Rio de Janeiro
Cuidado: a perda da audição é irreversível
Escola Militar analisa a obesidade dos alunos
Time da FAB vai disputar campeonato nacional
Você sabia que 20% da população sofrem com problemas auditivos causados pelos sons do dia a dia? Veja como se prevenir com as dicas dos especialistas na nossa reportagem de saúde. Pág. 13
Projeto da Escola Tenente Rego Barros, no Pará, ganha destaque internacional. O estudo mostra que o teor de gordura dos alunos está dentro da normalidade, mas pode aumentar. Pág. 11
O time de futebol da FAB se prepara para fazer bonito no Campeonato Brasileiro das Forças Armadas deste ano. Oito novos jogadores foram selecionados. O que não falta é dedicação. Pág. 12
FOTO: CDA
Os helicópteros da FAB são empregados em diversas missões humanitárias em todas as regiões do país
A nova unidade é responsável por centralizar a execução orçamentária, financeira e patrimonial na área médica de sete Organizações Militares no Rio de Janeiro. E os usuários dos serviços de saúde também são beneficiados, pois agora os profissionais podem se dedicar inteiramente às atividades de sua especialização. Pág. 07
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CARTA AO LEITOR
Expediente
Esta edição do NOTAER traz para você uma reportagem especial sobre a Aviação de Asas Rotativas. Você vai conhecer o trabalho de busca e salvamento dos militares e as perspectivas dos esquadrões para os próximos anos. Saiba também como é a atuação da nova organização militar, criada no Rio de Janeiro, para dar apoio às
unidades de saúde, que serão dispensadas de encargos logísticos e administrativos. Este ano a Copa do Mundo acontece no Brasil e também tem futebol na Força Aérea. O NOTAER traz uma reportagem sobre a equipe da FAB que vai disputar o Campeonato Brasileiro das Forças Armadas. E como está sua proteção contra os ruídos nas áreas
FOTO: CB V.SANTOS / CECOMSAER
Missões da Força Aérea
operacionais e no dia a dia? O som acima de 85 decibéis não é adequado ao ouvido humano. A perda auditiva é irreversível e provoca diversos problemas para a
saúde. Veja as dicas dos especialistas. Boa Leitura! Brig Ar Marcelo Kanitz Damasceno Chefe do CECOMSAER
O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao público interno. Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno Chefe da Divisão de Comunicação Integrada: Coronel Aviador Max Luiz da Silva Barreto Chefe da Divisão de Comunicação Corporativa: Coronel Aviador Paulo Cesar Andari Chefe da Subdivisão de Produção e Divulgação: Tenente-Coronel André Luís Ferreira Grandis
PENSANDO EM INTELIGÊNCIA
Chefe da Seção de Divulgação: Capitão Aviador Bruno Perrut Gomes Garcez dos Reis
O golpe do falso sequestro ainda faz vítimas
Chefe da Agência Força Aérea: Capitão Aviador Bruno Perrut Gomes Garcez dos Reis
O golpe do falso sequestro não é coisa nova em nossa sociedade, mas infelizmente continua fazendo vítimas. É importante ressaltar que não existe um estrato específico da sociedade que seja alvo dos criminosos, uma vez que eles conseguem extorquir pessoas de diferentes graus de instrução e poderes aquisitivos. O que continua a diferenciar a forma como o cidadão lida com a situação é, de fato, a informação que se tem sobre o assunto. Por isso, é importante conhecer seus principais aspectos e como proceder em caso de tentativa de golpe. O crime consiste em dizer pelo telefone que um ente querido está em posse de sequestradores e sua integridade física só poderá ser garantida por meio do cumprimento de certas exigências, como por exemplo: transferência bancária, fornecimento de número de cartão de recarga de celular, entrega de envelope de dinheiro, e outras mais. São diversos os formatos em que se apresenta o golpe do falso sequestro. Na sua forma mais elaborada os crimino-
Editor: Tenente Jornalista João Elias ( Registro Profissional nº 8933 / RS)
sos – muitas vezes presidiários – buscam coletar informações prévias sobre suas possíveis vítimas de modo a dar mais realidade ao seu discurso. Para isso, podem se passar por empresas de telefonia, bombeiros, empresas de pesquisas, etc. Outra fonte de informações que tem sido bem explorada pelos golpistas são as redes sociais, pois muitas pessoas acabam expondo o nome dos seus familiares e suas localizações na rede mundial de computadores. Munidos dessas informações, o falso sequestro pode assustar ainda mais. Na sua forma mais simples, os dados são extraídos durante a ligação: a vítima se desespera e acaba por falar o nome do seu parente e outras coisas mais que passam a ser exploradas como se o criminoso já dispusesse previamente dessas informações. A partir daí é só prosseguir com a chantagem. Alguns fatores têm aumentado o sucesso dos criminosos. Muitas vezes eles conseguem prender sua vítima à ligação por muito tempo para que ela não consiga entrar em contato com o falso sequestrado. Outro fator
é que às vezes eles sabem quando o parente está, por exemplo, em uma sala de cinema ou de teatro e não irá atender ao telefone. Mas todas essas situações podem ser controladas caso algumas orientações de segurança sejam seguidas: 1- Não tome atitudes precipitadas. Mantenha a calma; 2- Desligue de imediato e tente entrar em contato com seu parente. Evite em um primeiro momento conversar com o criminoso. Finja que o telefone está com problemas e desligue. Nenhum sequestro real exige um tempo tão curto para efetuar o depósito do resgate; 3- Caso não consiga contato no celular do parente, tente ligar para pessoas que estejam próximas a ele; 4- Se o criminoso voltar a ligar, tente identificar o número da chamada e, se possível, pegue o número da conta bancária na qual se exige o depósito para passar esses dados à polícia; 5- Não atenda a pedidos estranhos para qualquer procedimento no celular; 6- Evite passar informações pessoais ou dizer nomes
de parentes. Exija que eles falem o nome da vítima; e 7- Informe imediatamente a situação à polícia com o máximo de dados possível. De acordo com as Polícias Militar e Civil, o golpe do falso sequestro não é tipificado como crime pelo Código Penal e isso dificulta a construção de um cadastro estatístico. Denúncias desse tipo são sempre registradas como extorsão ou estelionato, o que impossibilita que os dados sejam filtrados e compilados e que se tenha a real dimensão do número de ocorrências diárias. Mas é fato que essas tentativas continuam ocorrendo em larga escala. Cabe a todos nós difundirmos essas informações entre nossos familiares, principalmente entre as pessoas mais idosas, visto que elas costumam ser as vítimas preferenciais dos golpistas. Faça sua parte e converse hoje com seus parentes sobre essa realidade. Você estará levando tranquilidade aos familiares e amigos. (CENTRO DE INTELIGÊNCIA DA AERONÁUTICA)
Repórteres: Ten JOR Humberto Leite, Ten JOR Flávio Nishimori, Ten JOR Carla Dieppe, Ten JOR Emille Cândido, Ten JOR Evellyn Abelha e Ten JOR Iris Vasconcellos. Colaboradores: textos enviados ao CECOMSAER via Sistema Kataná. Diagramação e Arte: Ten FOT José Mauricio Brum de Mello, Sargento Emerson Guilherme Rocha Linares, Sargento Santiago Moraes Moreira, Sargento Ednaldo da Silva e S2 Yago Vinicius Santos. Revisão: Tenente-Coronel André Luís Ferreira Grandis, Maj Av Rodrigo Alessandro Cano e Cap Av Bruno Perrut Gomes Garcez dos Reis Tiragem: 30.000 exemplares Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte. Comentários e sugestões de pauta sobre aviação militar devem ser enviados para: redacao@fab.mil.br Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF
Impressão e Acabamento: Log & Print Gráfica e Logística S.A
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PALAVRAS DO COMANDANTE
O legado da nossa história: a mudança Força Aérea Brasileira vai percorrendo a sua vida, agregando as experiências do passado, adequando-se aos cenários vivenciados, de maneira a estar cada vez mais radiante no futuro. Esta Instituição tem no seu nascedouro a marca de “cumprir a missão”. Personalidades como Eduardo Gomes e Nero Moura precisaram quebrar paradigmas, romper tradições e superar desconfianças para atingirem esse ideal. Assim como a velocidade proporcionada pelas hélices e pelas turbinas a jato, a FAB também encara uma realidade em rápida mutação. Mas esse dinamismo, essa aceitação de mudança que marcou o início da história da Força Aérea Brasileira, parece ter arrefecido com o decorrer dos anos. Ao analisar a localização de nossas unidades, constatamos que nos vemos presos a uma estratégia elaborada na época da Segunda Guerra Mundial. Das 18 Bases Aéreas hoje ativas, apenas cinco não remontam ao período da criação da Força Aérea Brasileira, em 1941, ou mesmo anteriormente. Brasília, Anápolis, Manaus,
Boa Vista e Porto Velho foram frutos de uma política que vê o Brasil como algo bem maior do que o seu litoral, que enxerga a Amazônia como uma riqueza a ser explorada. Abrir novas frentes, obviamente, significa redimensionar a Força de acordo com as suas necessidades. Há o exemplar caso do 1°/5° Grupo de Aviação, que acaba de sair da Base Aérea de Fortaleza (BAFZ), “regressando” para a Base Aérea de Natal. Por causa do aeroporto internacional movimentado da capital cearense, determinadas fases do curso de formação de pilotos da aviação de transporte passaram a ser realizadas em outras cidades. Além disso, os estagiários precisavam realizar o curso de Tática Aérea em Natal durante três meses e tudo isso envolvia elevados custos. O Esquadrão Rumba já ocupa o prédio onde até 2010 estava sediado o Esquadrão Pacau, que agora é responsável pela defesa do espaço aéreo na região Norte a partir da Base Aérea de Manaus. Foram necessários quase 70
anos de história para termos um único esquadrão de jatos na Amazônia! Já era hora! Surpreende, contudo, a reação. A mudança do Rumba para Natal movimentou pouco mais de cem militares de um efetivo de mais de mil que ainda atuam na BAFZ, onde permanece a manutenção dos Bandeirantes. Mas a simples menção à mudança gerou denúncias à imprensa, aos políticos, às entidades de classe. O discurso pessimista, que esconde os fatos e mostra apenas um cenário falsamente terrível, mancha a imagem da instituição sem se basear em nada concreto. É também o caso da transferência das aeronaves do 1° GTT dos Afonsos para o Galeão. A despeito das reconhecidas vantagens em se concentrar a frota, em todos os seus aspectos logísticos, operacionais e financeiros, há um entendimento de que a tradição deve estar acima da eficiência da Força. Chega a ser estranho, em nome da tradição, sugerir que nossas maiores aeronaves de transporte operem abaixo da sua capaFOTOS: SGT JONSON / CECOMSAER
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A Força Aérea muda constantemente as aeronaves para continuar crescendo, como é o caso do C-115 Buffalo que foi substituído pelo C-105 Amazonas
Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito Comandante da Aeronáutica cidade máxima, unicamente, para permanecerem em nosso respeitado sítio histórico. Agora vemos, com surpresa, artigos que anunciam o fechamento de bases aéreas para supostamente fazer economia em nome do projeto F-X2. Mas isso não é possível. De acordo com as regras de Administração Pública, existem rubricas específicas e não se pode “guardar” dinheiro de 2014 para gastar em outro ano. Créditos destinados à vida vegetativa de organizações não “conversam” com o pagamento de nossos maiores projetos, em fase de aquisição. Devemos buscar uma Força Aérea moderna, uma Força Aérea que corresponda aquilo que os brasileiros almejam; uma Força Aérea que faça parte do seleto grupo das forças aéreas mais operacionais e profissionais do mundo. Para essa renovação contínua é necessário que confiemos na capacidade dos atuais responsáveis pelos destinos da Força. Em respeito a nossa história e honrando os seus pioneiros, devemos não manter
a FAB exatamente como eles deixaram. Um verdadeiro legado não se faz com paredes ou pedras e, sim, com pensamentos e ideais. A história nunca ficará esquecida. O lendário Campo dos Afonsos, com certeza, terá para sempre o seu papel na história da Força Aérea Brasileira. É por isso que sua pista acaba de ser recuperada. É por isso que inúmeras unidades estão ali sediadas, como a nossa UNIFA. É por isso que a maior vitrine histórica da FAB – o MUSAL – está ali. Mais que simplesmente vivê-la, cabe à Força Aérea Brasileira ter o mesmo sentimento dos seus pioneiros e não ter medo em mudar para cumprir a sua destinada missão da melhor forma possível.
Este texto é um extrato do artigo do Comandante “Mudar ou Lapidar?”, publicado no dia 20/01/2014. Para ler o texto na íntegra, acesse o seguinte endereço: www. fab.mil.br/files/MSG_ CMTE_20_JAN_2014.pdf
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ACONTECE
Os militares da ativa, reserva, pensionistas e dependentes em situação de vulnerabilidade social podem solicitar o ressarcimento de parte das despesas com aquisição de material, livros e uniformes escolares. É o Projeto Educação, coordenado pela Subdiretoria de Encargos Especiais (SDDE) da Diretoria de Intendência (DIRINT). A solicitação deve ser feita no Núcleo de Serviço Social (NUSESO) da organização militar com a apresentação das notas fiscais e dos documentos necessários: contracheque, declaração e matrícula escolar de beneficiário, além da lista de material escolar. O valor máximo do benefício é de um salário mínimo por dependente. Os prazos são determinados pela unidade, com limite até o fim do mês de março. O benefício vale também para pagamento de mensalidades de crianças portadoras de necessidades especiais. Nesse caso, o projeto ainda exige a apresentação de laudo médico. Outras informações você pode encontrar no endereço eletrônico: www.dirint.aer.mil.br
Inscrições para o Serviço Militar
ITA amplia vagas
Projeto Educação
O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) começa 2014 com 60 novas vagas no vestibular. Essa ampliação faz parte do projeto de expansão da instituição, que prevê melhorar a infraestutura, criar um centro de inovação e reforçar o trabalho de cooperação internacional. A primeira parceria está sendo firmada com o Massachusetts Institute of Technology (MIT). “A cooperação internacional é obrigatória para instituições de vanguarda que tenham por objetivo melhorar a ciência e a pesquisa”, afirma o reitor do ITA, Carlos Américo Pacheco.
Curso de Formação de Taifeiros
Já começou o período de alistamento para o Serviço Militar. Todos os jovens do sexo masculino que completam 18 anos em 2014 devem participar do processo seletivo e, caso sejam selecionados, poderão servir a Aeronáutica, Marinha ou Exército. Os jovens devem se apresentar à Junta de Serviço Militar mais próxima da sua residência levando certidão de nascimento ou outro documento (RG, carteira de motorista ou de trabalho), além de comprovante de residência e uma foto 3x4 recente. O prazo termina no dia 30 de junho. As pessoas com deficiência têm que apresentar o atestado médico e, caso o convocado tenha filhos, também é necessário levar a certidão de nascimento das crianças. Todos os documentos apresentados devem ser os originais. O alistamento é um ato obrigatório. Quem não se alistar, sofre algumas sanções, como não poder retirar passaporte, ingressar no serviço público ou na iniciativa privada. No ano passado, mais de dois milhões de jovens se alistaram em todo o país. Cerca de 92 mil foram incorporados pelas Forças Armadas.
Estão abertas até o dia 18 de fevereiro as inscrições para o exame de admissão ao Curso de Formação de Taifeiros da Aeronáutica (CFT). São 30 vagas para arrumador e 70 para cozinheiro. As inscrições custam 60 reais e devem ser feitas no site www.depens.aer.mil.br. Para participar, os interessados devem ter entre 18 e 25 anos de idade, completados até o fim deste ano, além de curso de qualificação profissional como cozinheiro ou garçom. A seleção vai contar com as seguintes etapas: exame de escolaridade (língua portuguesa e matemática) e de conhecimentos especializados (relativos à especialidade a que concorre), inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de avaliação do condicionamento físico e validação documental. O curso com duração de 16 semanas é também regional e será ministrado nos sete Comandos Aéreos Militares da Força Aérea. A prova escrita está marcada para o dia 23 de março deste ano.
ANIVERSÁRIO Centro de Transporte Logístico da Aeronáutica CTLA 01/02 - 1 ano P r i m e i ro E s q u a d rã o do Primeiro Grupo de Transporte - 1º/1ºGT 17/02 - 61 anos
Te r c e i r o E s q u a d r ã o do Terceiro Grupo de Aviação - 3º/3ºGAV 08/02 - 10 anos
Centro de Medicina Aeroespacial - CEMAL 13/02 - 79 anos
Quer ver sua unidade no NOTAER? Mande sua notícia pelo sistema Kataná. Não tem a senha? Cadastre-se pelo e-mail: web.dpd@cecomsaer.aer.mil.br
Segundo Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação 2º/7ºGAV 15/02 - 32 anos
Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate - COPAC 24/02 - 33anos
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MÍDIAS SOCIAIS
Mais curtidas do mês Em janeiro, a foto da aeronave F5EM foi a mais curtida na nossa Fanpage no Facebook com mais de 2200 visualizações. Já no Instagram, a homenagem ao “Dia Nacional dos Fotógrafos” bateu o recorde de “likes” desde a criação dessa mídia. O clique que mostra o fotógrafo Sargento Johnson a bordo de um T-27 Tucano teve quase 700 curtidas apenas na primeira semana de exibição. E no nosso canal no YouTube, o programa “FAB em Ação” especial dos 50 anos do PARA-SAR foi o destaque: em menos de duas semanas, mais de oito mil pessoas já tinham acompanhado a rotina da tropa de operações especiais da Força Aérea Brasileira (FAB).
Viva o dia a dia da Força Aérea Brasileira nas nossas mídias sociais. Comente, visualize, interaja, sugira, reclame. Nós estamos esperando por você!
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COMEMORAÇÃO
FOTO: CAP FÁBIO VALENTIM
As missões da Aviação de Asas Rotativas
O H-36 Caracal trouxe novas possibilidades aos pilotos durante as missões de ajuda humanitária em todo o país
então Tenente Aviador Ércio Braga voltava de uma missão da Organização das Nações Unidas (ONU) de resgate de missionários e freiras da Guerra Civil no Congo, na África Central, quando houve um problema mecânico com o helicóptero H-19 em pleno voo. O pouso forçado foi em um local vulnerável, composto de árvores esparsas e de baixa altura. Em um dos outros helicópteros estava o Tenente Aviador Milton Naranjo, que pousou em meio aos tiros das tribos rebeldes para realizar o resgate. No final, todos voltaram em segurança. A data era três de fevereiro de 1964 e a ação marcou o Dia da Aviação de Asas Rotativas. Esse foi considerado o primeiro resgate da Aviação de Asas Rotativas em um teatro de operações. “No dia resgatamos quatro freiras congolesas. Na volta, eu vi que vazou o óleo
hidráulico e o motor ia parar. Antes que isso pudesse acontecer, eu pousei em um campo aberto. Os rebeldes vinham se aproximando e atiravam. Nós tivemos de abandonar o helicóptero, mas, antes, conseguimos retirar o combustível. Se o helicóptero explodisse, pessoas poderiam morrer”, conta o agora Brigadeiro do Ar Ércio Braga. A Aviação de Asas Rotativas começou a operar no país em 1953. Uma das principais missões é a busca e salvamento (SAR). E não faltam exemplos atuais. Basta lembrar a recente atuação da Força Aérea Brasileira (FAB) nas enchentes no Espírito Santo, em dezembro do ano passado, em que helicópteros Black Hawk e Super Puma resgataram mais de 500 pessoas. “É indiscutível o nosso papel nas atividades ligadas à integração nacional e ao socorro em caso de calamidades públicas. Nesse sen-
tido, missões de vacinação indígena, ações cívico-sociais, evacuações aeromédicas, resgates a embarcações e aeronaves acidentadas são cotidianas para todos os nossos esquadrões de helicópteros”, explica o Comandante da Segunda Força Aérea (II FAE), Brigadeiro do Ar Carlos José Rodrigues de Alencastro. Perspectivas Atualmente são sete esquadrões de Asas Rotativas da FAB no país. A chegada de helicópteros como o AH-2 Sabre, H-60L Black Hawk e o H-36 Caracal trouxe novas possibilidades aos pilotos, como a capacidade de operar à noite, além de novos armamentos e sistemas de autodefesa e sensores. Para o Comandante da II FAE, o helicóptero mais moderno da FAB é o H-36 Caracal, do Primeiro do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º GAV), em Belém (PA). O esquadrão recebeu o seu primeiro modelo
em 2011 e já contabiliza mais de 1000 horas de voo em operações reais e treinamentos. O Pelicano (2°/10° GAV) e o Puma (3°/8° GAV) também vão receber a aeronave. A previsão é que até 2017, a FAB já esteja operando com as 18 aeronaves H-36 Caracal, sendo duas do Grupo de Transporte Especial. FOTO: SGT JOHNSON / CECOMSAER
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“Para o Resgate em Combate, o H-36 possui sistemas de autodefesa, EWS com lançamento automático de chaff e flare e uma infinidade de sensores de consciência situacional que ampliam sobremaneira o emprego deste vetor das Asas Rotativas da FAB”, salienta o Brigadeiro Alencastro. De acordo com o oficial-general, a Aviação de Asas Rotativas é importante para a defesa de áreas estratégicas do país, como o pré-sal e a Amazônia, e, ainda, nos grandes eventos que o país irá sediar. “Cada unidade aérea vem desenvolvendo capacidades específicas, como o voo com os óculos de visão noturna (NVG), a navegação entre obstáculos (NOE) e as ações de defesa aérea. Muitas dessas aplicações foram empregadas em missões reais, a exemplo de Busca e Salvamento durante a noite e participações importantes em eventos, como a Copa das Confederações, a visita do Papa Francisco e, em um futuro próximo, na Copa do Mundo e nas Olimpíadas”, explica o militar.
Os helicópteros ajudam no transporte de pessoas e alimentos
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LOGÍSTICA
FAB ativa Grupamento de Apoio da Saúde no RJ FOTO: GAPS
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s unidades de saúde da Força Aérea Brasileira (FAB) localizadas no Rio de Janeiro agora contam com o auxílio do Grupamento de Apoio da Saúde (GAPS). Desde o dia primeiro de janeiro, a nova unidade é responsável por centralizar a execução orçamentária, financeira e patrimonial de sete Organizações Militares (OM) na área médica. Com a ativação do Grupamento, as OMs serão dispensadas de encargos logísticos e administrativos, que antes estavam sob sua responsabilidade. A execução das atividades de licitações, contratos, pagamento de pessoal e fornecedores passam a ser realizadas pelo GAPS. “De maneira prática, a unificação dos encargos resultará numa aquisição mais
Reunião do GAPS com o comandante do COMGEP, Tenente-Brigadeiro do Ar Luiz Carlos Terciotti e o comandante do Grupamento
econômica de medicamentos, equipamentos e bens comuns através de um planejamento bastante antecipado. E isso gera uma melhor utilização dos recursos recebidos”, explica o Comandante do GAPS, Coronel Intendente Odilor da
Silva Lopes. A criação do Grupamento surgiu da necessidade de racionalizar a estrutura organizacional por meio da centralização de métodos, atividades e Unidades Gestoras, determinada pelo Comando da Aeronáutica (COMAER).
O usuário dos serviços de saúde da FAB no Rio de Janeiro também será beneficiado com a criação do GAPS. As atividades-meio, aquelas necessárias para manter a Organização em funcionamento, passam a ser realizadas pelos 68 profissionais, civis e militares do Grupamento. “Os profissionais da Saúde podem dedicar-se inteiramente às atividades para as quais foram formados, proporcionando um aumento na qualidade e quantidade de atendimento aos usuários do Sistema de Saúde da Aeronáutica, ou seja, todo o efetivo da FAB e nossos dependentes”, avalia o Coronel. Sediado na Base Aérea do Galeão, o GAPS está subordinado ao Comando-Geral do Pessoal (COMGEP)
e atende às necessidades do Hospital Central de Aeronáutica (HCA), Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG), Hospital de Aeronáutica dos Afonsos (HAAF), Centro de Medicina Aeroespacial (CEMAL), Instituto de Medicina Aeroespacial (IMAE), Laboratório Químico-Farmacêutico da Aeronáutica (LAQFA) e a Casa Gerontológica de Aeronáutica Brigadeiro Eduardo Gomes (CGABEG). “Esperamos que o GAPS possa ser reconhecido, interna e externamente ao COMAER, como referência quanto à legalidade, eficiência e oportunidade na condução dos processos logísticos e administrativos que atendam às necessidades das Unidades Apoiadas”, finaliza o comandante.
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OPERACIONAL
GRIPEN GRIPEN NG NG O novo caça da FAB D
eu em todos os jornais. O Ministro da Defesa e o Comandante da Aeronáutica, finalmente, anunciaram o Gripen NG (New Generation) como o novo caça da Força Aérea Brasileira. O assunto desperta curiosidade e, por isso, o NOTAER responde às dúvidas mais comuns sobre esse assunto.
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O Gripen NG é o melhor para a FAB?
Sim. Dos três concorrentes finais, o avião foi o melhor classificado no relatório elaborado pela Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC). O relatório foi minucioso: são 28 mil páginas que abordam aspectos operacionais, técnicos, logísticos, de transferência de tecnologia e comerciais. Um piloto de testes da FAB também fez voos na Suécia.
O avião tem um alcance pequeno?
Não. O Gripen NG cumpriu os pré-requisitos da FAB e tem um alcance bem maior que o do F-5. A versão New Generation, além de poder realizar reabastecimento em voo, possui tanques de combustível maiores que as versões iniciais do Gripen.
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Por que comprar um avião que ainda não existe?
O fato de a aeronave estar em desenvolvimento é bom para o Brasil: nossa indústria pode se integrar ainda mais ao projeto e engenheirosbrasileiros vão poder não apenas aprender o que já está pronto, mas ajudar a desenvolvê-lo. Isso tudo trará ganhos na área de transferência de tecnologia e também em economia, pois o Brasil também irá fabricar aeronaves por aqui. Vale lembra que o Gripen já existe: cinco forças aéreas já operam o Gripen. O que está em desenvolvimento é a sua nova versão, o Gripen NG, de New Generation.
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Quando o Gripen vai chegar?
No final deste ano deve ser assinado o contrato que estabelecerá prazos, períodos de treinamento, armamentos a serem adquiridos e uma grande série de detalhes. A previsão, contudo, é que por volta de 2018 os Gripen NG comecem a chegar ao Brasil.
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E como vai ficar a defesa aérea?
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A FAB vai fechar Bases para pagar o Gripen?
Não. Mudanças em Esquadrões e em Bases Aéreas não têm relação com a compra do Gripen NG, e sim com decisões estratégicas. O pagamento dos novos caças só deve começar na próxima década e não tem relação com o orçamento atual da FAB.
A FAB possui hoje 46 F-5 modernizados e mais 11 já estão em modernização. Essa frota será responsável pelo alerta a partir das bases de Santa Cruz (RJ), Canoas, Manaus e também em Anápolis.
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Como fica a Base de Anápolis?
O 1° Grupo de Defesa Aérea não tem aviões desde o dia 31 de dezembro, quando os Mirage foram aposentados. Até a chegada dos novos caças, aviões do 1° Grupo de Caça, do Esquadrão Pampa e do Esquadrão Pacau vão se revezar para manter pelo menos uma aeronave de alerta em Anápolis. Já o 2°/6° GAV continua suas operações normalmente.
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E os A-1 e F-5, vão ser desativados?
Ainda não. Os F-5 devem voar até em torno de 2025. Já os A-1, que estão passando por um processo de modernização, também vão operar lado a lado com os Gripens até 2030. Depois disso, a perspectiva é que o Gripen se torne o único jato de combate da FAB, cumprindo missões de caça, de ataque e de reconhecimento.
PROJETO F-X2
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caças participaram da concorrência caças na short-list mil páginas no relatório final países já selecionaram o Gripen NG: Suécia, Suíça e Brasil Gripens em operação em 5 forças aéreas Gripens da Suécia atuaram na Líbia, em 2011.
Veja uma reportagem especial sobre o Gripen NG na Aerovisão. Acesse a revista no QR Code abaixo:
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MÍDIAS DA FAB
A presença da FAB no país A
té o fim do ano, a Força Aérea Brasileira (FAB) vai lançar doze vídeos da campanha institucional “Força Aérea Brasileira: presente na vida dos brasileiros”. O objetivo é mostrar como a FAB faz parte do dia a dia da população, por meio de várias atividades realizadas pelos homens e máquinas que formam a instituição. “Nós estamos 24 horas por dia, sete dias por semana, o ano todo em todas as regiões do país e essa é a nossa prestação de contas com os cidadãos”, diz o Tenente Publicitário Rachid Jereissati de Lima. No primeiro vídeo, lançado em janeiro, o tema é “Missões Humanitárias” e mostra
como a FAB atua no auxílio às populações que sofrem com terremotos, enchentes ou outros fenômenos naturais. Já este mês, será lançado o vídeo “Ações Cívico-Sociais” que demonstra os serviços gratuitos e temporários de saúde preventiva, educação e esporte realizados pela Força a fim de contribuir com a inclusão social e o crescimento pessoal dos brasileiros. Os outros temas são os seguintes: Indústria Aeroespacial, Defesa Aérea, Missões de Paz, Integração, Vigilância e Controle do Espaço Aéreo, Operações Especiais, Hospital de Campanha, Esquadrilha da Fumaça, Prevenção e Investi-
gação de Acidentes, além de Responsabilidade Ambiental. Como parte da campanha, em janeiro foram distribuídos cadernos, calendários de mesa e plannings para Organizações Militares de todo o país. Veja o primeiro vídeo lançado:
Ou acesse: http://www. fab.mil.br e clique no ícone do nosso canal no youtube.
Livro mostra a rotina da FAB
livro “Asas que protegem o país” mostra como é o dia a dia da Força Aérea Brasileira (FAB) em diversas áreas. São 177 fotografias que retratam o trabalho realizado pelos militares da FAB. “Ao documentar e expressar momentos únicos, esta sequência de cliques faz um interessante apanhado da história contemporânea de nossa Força”, ressalta o Brigadeiro do Ar Marcelo Damasceno Kanitz, Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER). A publicação é dividida nos seguintes temas: Ensino, Bastidores, Cultura, Logística, Saúde, Memória, Controle, Antártica, Socorro, Capacitação, Tecnologia e Paixão. E nela você encontra imagens das escolas de formação, da atividade de controle do espaço aéreo, dos equipa-
mentos de última geração, do mecânico que trabalha para deixar as aeronaves prontas, do dentista que cuida da saúde e do taifeiro que prepara as refeições. Dez profissionais da FAB são os responsáveis pelas fotos produzidas em missões por todo o país. “São trabalhos envolventes que nos incentivam a querer tirar a melhor fotografia cada vez que participamos de uma missão”, afirmou o Sargento Fotógrafo Johnson Barros.
O livro conta também com um encarte sobre a Dimensão 22, uma representação dos 22 milhões de quilômetros quadrados que correspondem ao território brasileiro, à zona econômica exclusiva e à área de responsabilidade de missões de busca e salvamento. Essa é a primeira publicação editada exclusivamente pela FAB e após o lançamento, previsto para o dia 17 de março, vai estar disponível no endereço eletrônico: www.fab.mil.br FOTO: SGT JOHNSON / CECOMSAER
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O livro é composto por 177 fotografias
Veja os programas da FAB TV lançados no mês de fevereiro: No dia 03/02 vai ser exibido o videoclipe em comemoração ao Dia da Aviação de Asas Rotativas. Os esquadrões de helicópteros atuam em missões humanitárias, de busca e salvamento, ações cívico-sociais por todo o país. Veja reportagem completa na pág. 06.
O vídeo da campanha institucional “Força Aérea Brasileira: presente na vida dos brasileiros” será lançado no dia 12/02. O tema é “Ações Cívico-Sociais”. E você vai ver os serviços realizados pela FAB que contribuem para o desenvolvimento das pessoas.
No dia 19/02, o programa vai mostrar como é a rotina dos alunos da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), em Barbacena (MG). Conheça os segredos que compõem a qualidade de ensino da EPCAR e faz como que seja destaque nacional em olimpíadas científicas no país.
No dia 26/02, o Programa Especialistas vai mostrar como é o trabalho do profissional especializado em meteorologia. Quais as suas responsabilidades? Como é realizada a formação? Quais as habilidades necessárias para quem pretende seguir essa carreira? Não perca!
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ENSINO
Projeto de escola no Pará ganha destaque internacional As atividades de iniciação científica analisaram o nível de obesidade entre os alunos FOTO: I COMAR
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ois projetos científicos da Escola Tenente Rêgo Barros (ETRB), colégio tradicional da cidade de Belém (PA) e administrado pelo Primeiro Comando Aéreo Regional (I COMAR), analisaram a obesidade e alimentação infanto-juvenil dos alunos. As iniciativas receberam o reconhecimento pela qualidade da pesquisa e conquistaram vários prêmios na área acadêmica. Os projetos intitulados “Programando em IAC (Índice de Adiposidade Corporal) e IMC (Índice de Massa Corporal) para avaliar os índices de obesidade infanto-juvenil na ETRB” e “Pesquisa, Avaliação e Análise Bioquímica dos lanches mais consumidos pelos alunos da ETRB, como instrumento na prevenção da obesidade infanto-juvenil” foram o resultado de um trabalho cuidadoso que passou por todas as fases metodológicas exigidas para validação no meio acadêmico. Cerca de 170 alunos das turmas do ensino fundamental e médio da escola foram avaliados quanto à situação calórica e condição de massa corpórea apresentada. Além disso, os lanches consumidos pelos estudantes foram cuidadosamente analisados. Entre pizzas, mistos quentes e salgados industrializados, a quantidade de gorduras, glicose, proteínas e carboidratos, e a entrevista com nutricionistas, o relatório revela um consumo inadequado de calorias consumidas diariamente e traz ideias para a conscientização de uma
Os alunos criaram um programa de computador para fazer a pesquisa
alimentação mais saudável a ser aplicada na escola. “Os estudantes fizeram a pesquisa teórica, por amostragem de alunos e/ ou dados na escola, testes laboratoriais, tratamento estatístico, desenvolveram tabelas, gráficos e criaram programa de computador”, ressalta a professora Margareth Maia, uma das coordenadoras do projeto. Analisando os dados colhidos e os níveis apresentados pelos alunos, apesar do alto teor de gordura, o estudo chegou à conclusão de que os índices de massas estão dentro da normalidade. “A solução para evitar o avanço dos números seria o aumento do número de aulas de educação física durante a semana, além de uma alimentação controlada e mais saudável”, recomenda o relatório. De acordo com Joel Almeida de Souza, aluno do
1° ano do Ensino Médio, a maior recompensa está em sensibilizar e despertar as pessoas para um assunto de extrema importância como a obesidade infanto-juvenil. “A equipe tem orgulho de participar desse projeto e poder mostrar a todos que ele pode mudar diretamente ou indiretamente a situação da população não só brasileira, mas mundial em questão de
obesidade infanto-juvenil”, lembra o estudante. Reconhecimento O sucesso foi tanto que o reconhecimento apareceu em eventos de ciências e feiras de tecnologia realizados no Brasil. Ainda em 2013, os dois projetos foram premiados na Mostra de Ciências e Tecnologia da Escola Açaí, evento integrante do Movimento Científico Norte/Nordeste (MOCINN).
Além disso, o Projeto sobre a avaliação dos alimentos foi qualificado para ser apresentado na Feira de Ciência e Tecnologia – Sul do Maranhão (FECITEC), já o projeto sobre o IMC recebeu o prêmio de Excelência em Iniciação Científica da Associação Brasileira de Incentivo à Ciência (ABRIC) e parte agora para o México, onde os alunos vão representar o Brasil na Red Nacional de Actividades Juvenilles em Ciencia y Tecnologia. A equipe de cada projeto foi composta por três alunos e um professor coordenador, que desenvolveram materiais em artigos e cartazes para expor os resultados das pesquisas sobre os hábitos alimentares dos estudantes da escola. “A iniciação científica é um importante passo para os alunos se familiarizarem com a linguagem e os métodos do meio acadêmico, além de ajudar nas escolhas profissionais”, conclui o professor Waldemir Nascimento que também coordenou os projetos.
De acordo com o relatório, se não houver mudanças de hábitos, a obesidade vai aumentar entre os alunos
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ESPORTE
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m ano de Copa do Mundo, o futebol é um dos temas principais e a FAB também tem time. Reativado em novembro de 2012, a equipe da Força Aérea Brasileira (FAB), coordenada pela Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA), se prepara para disputar, em abril deste ano, o Campeonato Brasileiro das Forças Armadas. A competição servirá como seletiva para definir o grupo que vai representar o Brasil no Mundial Militar da modalidade previsto para 2015 na Coréia do Sul. Para reforçar o time, a CDA realizou, entre os dias 25 e 29 de novembro, uma seletiva reunindo militares de unidades de todo o país. Dos 148 atletas participantes, apenas oito foram escolhidos. Com os novos integrantes, o time passa a contar com 33 jogadores. “Nós tínhamos carências na lateral esquerda, no ataque e também no gol. Com a seletiva, conseguimos compor o time nessas posições”, explica o Capitão Marcos Vinicius Pires Brant, chefe da equipe. Com o objetivo de melhorar o desempenho no Brasileiro de 2014, a comissão já organizou um planejamento para intensificar os treinamentos. Os jogadores devem se apresentar na CDA, no Rio de Janeiro, em março, conforme explica o Suboficial Gláucio Gonçalves Carvalho, técnico do time. “Depois do carnaval, voltamos a treinar em período integral até a data do campeonato. Teremos folga apenas aos domingos. Esse período de concentração é muito importante para que o grupo fique fechado. Acredito no conjunto e na motivação como
FOTOS: CDA
FAB prepara equipe para disputar o Brasileiro das Forças Armadas
O time da Força Aérea vai treinar em tempo integral a partir de março
os diferenciais da equipe para vencer o Brasileiro”, ressalta o treinador. Fazer parte do time da FAB, para muitos atletas, é resgatar o sonho de ser jogador de futebol. É o caso do Tenente Enfermeiro Victor Bispo dos Santos Neto, de 35 anos, um dos convocados na seletiva. Entre 1997 e 1999, o atleta atuou nas categorias de base do Coritiba ao lado de Alex, um dos destaques do time no Brasileirão de 2013, e que já teve passagens pelo Palmeiras e por equipes do exterior. “Certamente jogar pelo time da FAB é voltar àquele sonho de menino. Por isso, quando estiver dentro de campo vou dar o máximo de mim”, diz. O atleta é um dos mais experientes do grupo e encara isso como uma vantagem. “Hoje jogo um futebol mais ca-
denciado, sempre pensando na equipe, mantendo assim uma regularidade. A expectativa para esse Brasileiro é a melhor possível”, afirma o atleta. A dedicação para conseguir uma vaga na equipe da FAB foi grande não só dentro de campo, mas também fora das quatro linhas. Vencer distâncias continentais para participar da seletiva foi um dos obstáculos superados, por exemplo, pelo Soldado Edney da Costa Souza, de 20 anos. Ele serve no Sétimo Comando Aéreo Regional (VII COMAR) e precisou viajar de Manaus para o Rio de Janeiro. Uma boa atuação garantiu a vaga no ataque da equipe. “A seletiva estava muito disputada. Achava que não conseguiria ser escolhido. Mas no primeiro jogo fiz três gols, acho que estava inspira-
do. Estou realizado duas vezes, uma por servir a Força Aérea, outra por jogar futebol pela instituição”, revela o atleta, que marcou cinco gols no total. Animado, o atleta, que já treinou no Nacional, um dos
clubes mais tradicionais do futebol amazonense, pensa em voos mais altos. “O próximo objetivo é me destacar no campeonato brasileiro e disputar o mundial”, prevê o jogador.
A seletiva escolheu oito novos integrantes para a equipe
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SAÚDE
Prevenção: combate aos riscos da perda auditiva Vinte por cento da população sofre com doença causada pelos sons do dia a dia otor da aeronave, turbina do avião, pouso e decolagem. Tudo nas áreas operacionais provoca ruído. E quem não fica incomodado? O barulho em excesso pode causar problemas auditivos graves e aumentar o estresse. Para os especialistas, a prevenção é a melhor forma de não comprometer a saúde nesses ambientes. O Sargento Víctor Sanches Morais aprendeu essa lição desde quando entrou na Força Aérea Brasileira (FAB). Mecânico de formação e, hoje, inspetor de manutenção do 6° Esquadrão de Transporte Aéreo (6° ETA), ele convive com o barulho há 15 anos, mas não esquece de utilizar o seu Equipamento de Proteção Individual (EPI). “Como eu trabalho diariamente em área operacional com muito barulho, tenho que usar o protetor auricular. Eu ando com ele o tempo todo”, garante. Os EPIs podem reduzir o ruído em, pelo menos, 14 decibéis. Dependendo do tipo de equipamento, que pode ser de borrachinhas comuns
FOTOS: CB V. SANTOS / CECOMSAER
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De acordo com o Tenente Médico Melo, a perda da audição é irreversível e traz diversos problemas para a saúde
até a chamada concha, a redução pode ser ainda maior: até 27 decibéis. Outra forma de prevenção são os exames regulares que, segundo determinação do Comando da Aeronáutica (COMAER), devem ser feitos a cada dois anos, mas para os aeronavegantes e pessoas que trabalham diretamente com as áreas operacionais,
o recomendável é que seja feito anualmente. “O aeronavegante tem uma inspeção de saúde anual mais rígida do que a dos outros militares”, comentou o sargento. Além disso, a prevenção também deve ser feita por meio da fiscalização dos equipamentos individuais, que possuem vida útil limitada, pois se desgastam com o uso.
Mas não é apenas nas áreas operacionais que ocorrem os problemas. Todo brasileiro está exposto à perda auditiva induzida por ruído, decorrente de um trauma agudo ou de exposição freqüente a sons acima de 85 decibéis (quando não é mais confortável ao ouvido humano). Os barulhos do dia a dia são responsáveis pelos 20% de brasileiros que já sofrem com problemas de zumbido. Segundo a Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), cinco por cento desses cidadãos têm problemas causados pelo mau uso de aparelhos sonoros. A atenção deve ser redobrada porque a perda auditiva é irreversível. A doença provoca intolerância a sons intensos e zumbidos, além de comprometer a inteligibilidade da fala. Para o Tenente Médico Jader Simão Santana Melo, especializado em otorrinolaringologia, a audição é um dos sentidos mais importantes. “A audição te dá uma noção de 360 graus, e principalmente, é ela que permite a comunicação”. Muitas vezes as pessoas não percebem a perda auditi-
va. “Vários pacientes apenas percebem que estão sofrendo de perda auditiva, quando ela já se iniciou. A exposição ao ruído pode revelar sintomas diretos na audição, como o zumbido e a tontura, assim como sintomas indiretos: ataque cardíaco, pressão alta, mal estar digestivo. Algumas vezes, o militar fica na área operacional o dia inteiro, chega em casa com diarréia, com um mal estar não específico, e na verdade é exposição ao ruído”, complementou o médico. A FAB possui um programa de conservação da audição, no qual recomenda conscientização e fiscalização. O Tenente-Coronel Aviador, Mauro Henrique Monsanto da Fonseca e Souza, Comandante do 6° ETA, leva as normas a sério. Há 28 anos na FAB, ele nunca teve problemas auditivos diagnosticados pelos médicos. “A nossa orientação aqui é: ultrapassando a linha amarela que marca o início da área operacional, todos devem usar o equipamento de proteção individual”, finaliza.
Veja a escala de decibéis nos sons do dia a dia: Silêncio total: 0 db
Buzina de automóvel: 110 db
Sussurro: 15 db
Trovão forte: 120 db
Conversa normal: 60 db
Show de rock: 120 db
Voz humana (alta): 75 db
Tiro ou Rojão: 140 db
Máquina de cortar grama: 90 db Ruído do metrô: 90 db
Fonte: Sociedade Brasileira de Otologia O Sargento Morais sempre utiliza os equipamentos de proteção
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ORGANIZAÇÕES
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Brigadeiro-do-Ar Mário Luís da Silva Jordão é o novo comandante da III Força Aérea (III FAE), organização que engloba os esquadrões de caça e de reconhecimento da Força Aérea Brasileira. Ele recebeu o cargo do Brigadeiro do Ar Luiz Fernando de Aguiar, que agora assume a Subchefia de Comando e Controle do Ministério da Defesa. A solenidade
foi presidida pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito. Em seu discurso de despedida, o Brigadeiro Aguiar lembrou as ações realizadas ao longo de 2013, como a atuação durante a Jornada Mundial da Juventude e a Copa das Confederações, além da operação Ágata e do exercício CRUZEX Flight 2013. “Fomos
engajados em missões de elevado valor para a nação”, disse. O Brigadeiro do Ar Jordão assume a III FAE em um momento de renovação das aeronaves. Além da futura aquisição de caças Gripen NG, está em curso o recebimento de versões modernizadas dos jatos A-1 e F-5. “É uma grande responsabilidade assumir O Brigadeiro Aguiar passou o cargo ao essa organização”, afirmou o Oficial. Brigadeiro Jordão
Veja a seguir as mudanças de comando em Organizações Militares de todo o país: Base Aérea de Florianópolis (BAFL): O Coronel Claus Kilian Hardt passou o cargo de comandante ao Coronel Sandro Francalacci de Castro Faria.
Base Aérea de Santa Maria (BASM): O novo comandante Tenente-Coronel Ramiro Kirsch Pinheiro recebeu o cargo do Coronel David Almeida Alcoforado.
Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial do Galeão (BINFAE-GL): O Coronel Marcio Ronaldo Rocha passou o comando para o Major Manoel Gomes da Silva Neto de Queiroz. 3° Esquadrão de Transporte Aéreo (3° ETA): O Tenente-Coronel Alexandre Rubiolli Cordeiro assumiu o comando no lugar do Tenente-Coronel Maurício Derenne.
Primeiro Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (1°/2°GT): O Tenente-Coronel Alessandro de Oliveira Araújo passa a comandar a unidade no lugar do Tenente-Coronel André da Silva Ferreira.
Esquadrão Poti (2°/8° GAV): O Tenente-Coronel Cláudio Wilson Saturnino Alves passou o Comando ao Tenente-Coronel Rodrigo Gibin Duarte.
Base Aérea de Porto Velho (BAPV): O Coronel Augusto Cesar dos Santos passou o cargo de comando ao Coronel Giancarlo França Apuzzo.
Instituto Medicina Aeroespacial Brigadeiro Médico Roberto Teixeira (IMAE): O Coronel Marcos Aurélio Leiros da Silva assumiu o cargo em substituição ao Coronel Ricardo Gakiya Kanashiro.
Esquadrão Onça (1º/15º GAV): O Tenente-Coronel Robson Louzada de Lima Ferreira assumiu o comando no lugar do Tenente-Coronel Ricardo Feijó Pinheiro.
Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS): O Major Eduardo Gomes Nogueira ocupa o lugar do Coronel Ivandilson Diniz Soares.
Esquadrão Pelicano (2°/10° GAV): O Tenente-Coronel Higino José de Oliveira assume o lugar do Tenente-Coronel Daniel Cavalcanti de Mendonça.
Base Aérea de Santa Cruz (BASC): O Coronel Sérgio Barros de Oliveira passou o cargo ao Tenente-Coronel Luiz Cláudio Macedo Santos.
Base Aérea de Canoas (BACO): O Coronel Airton Miguel Yasbeck Junior passou o comando para o Tenente-Coronel Paulo Eduardo do Amaral Navarro.
Prefeitura de Aeronáutica de São Paulo (PASP): O Coronel Geraldo Testi Junior passou o cargo para o Coronel Alcides Roberto Nunes.
Esquadrão Pantera (5º/8º GAV): O Tenente-Coronel Alex Moreira Amaral passou o comando para o Tenente-Coronel Josirley Brito De Sousa.
Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ): O Coronel Adilson da Silva Lemos Junior passou a direção ao Coronel Dalmo José Braga Paim.
Serviço Regional de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II) - O Tenente-Coronel Luis Claudio Veloso Gonçalves foi substituído pelo Tenente-Coronel Sérgio Machado de Azevedo.
Esquadrão Jocker (2°/5° GAV): O Tenente-Coronel Francisco Claudio Gomes Sampaio passou o cargo de comandante ao Tenente-Coronel Rômulo Coutinho Lucas.
Grupamento de Transporte de Tropa (1° GTT): O Tenente-Coronel Marco Antonio Parreiras entregou o comando para o Tenente-Coronel Cleber dos Passos Jorge.
Centro de Lançamento Barreira do Inferno (CLBI): O Coronel Maurício Lima de Alcântara substitui o Coronel Marco Antônio Vieira de Rezende no cargo de diretor da instituição.
Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA I): O Tenente-Coronel Maurício Teixeira Leite passou a chefia para o Tenente-Coronel Marcus Antônio Carvalho de Lima.
Primeiro Grupo de Artilharia Antiaérea de Autodefesa (1°GAAAD): O novo comandante Major Luís Marcelo Sotoriva recebeu o cargo do Coronel José Roberto de Queiroz Oliveira. Esquadrão Gavião (1°/11°GAV): O Tenente-Coronel André Luiz Barboza Topini transmitiu o cargo ao Tenente-Coronel Jair Novaes de Almeida.
Base Aérea de Fortaleza (BAFZ): O Tenente-Coronel Francisco Cláudio Gomes Sampaio assumiu o comando em substituição ao o Coronel Paulo Servo Costa Filho. Esquadrão Orungan (1°/7° GAV) - O Tenente-Coronel Fábio Luís Morau transmitiu o cargo ao Tenente-Coronel Antonio Ferreira de Lima Júnior.
Odontoclínica de Aeronáutica de Brasília (OABR): O Coronel Wilson Guilherme da Silva Leão assumiu a direção em substituição ao Coronel Marcos Aricieri Ribeiro.
FOTO: SGT JOHNSON / CECOMSAER
III Força Aérea tem novo comandante
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MEMÓRIA
Morreu no dia sete de janeiro, aos 76 anos, em Barbacena (MG) o Major de Infantaria e Guarda Olney Lopes Nogueira. Dos 39 anos de serviço na Força Aérea Brasileira (FAB), mais de 20 foram dedicados à Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR). O militar, que ingressou na FAB como soldado, destacou-se como membro do Corpo de Alunos da EPCAR, onde atuou na formação de centenas de futuros oficiais. Aluno do Major Olney e hoje Comandante da Escola, o Brigadeiro do Ar Alex Picchi Izmailov conta que o militar era uma das personalidades mais marcantes da vida castrense da Escola. “Por dentro da pessoa firme e decidida do profissional Olney Lopes Nogueira, sempre foi percebida a figura de um grande orientador, aquela pessoa com o dom de acolher, ouvir e aconselhar os ‘bonecos’ que haviam ultrapassado algum limite nas várias normas por ele ensinadas”, revela o Oficial-General. “Ao se debruçar sobre as funções desempenhadas
O então Cap Olney atuou como instrutor da EPCAR
FOTOS: ARQUIVO PESSOAL
Morre Oficial que formou gerações da FAB
O Major Olney recebe homenagens durante encontro de turmas de alunos da EPCAR
na EPCAR, é nítido que a convivência com várias gerações de jovens reforçaram o comportamento robusto do experiente Oficial, que exerceu, senão todas, quase que a totalidade das funções no Corpo de Alunos da Escola. Ele havia fechado o ciclo desenhado e conquistado com todas as forças que dispunha”, completa o Brigadeiro Izmailov. O Major atuou na formação dos alunos da EPCAR de 1973 a 1995 e, mesmo na reserva, sempre estava presente nas reuniões de turma e eventos da Escola. O oficial ajudou não só na formação de militares, mas de muitos profissionais civis. O advogado Paulo Fernandes Magalhães, aluno da turma de 76 da EPCAR, lembra a importância do então Tenente Olney para os alunos da Escola. “Ele conseguia reunir e equilibrar a firmeza do comandante com a ternura de um pai. Sabia usar uma psicologia natural para lidar com
jovens de todas as classes sociais, de várias regiões do país, iniciando uma carreira e reunidos na nossa EPCAR. Com ele aprendemos o valor da disciplina e lealdade.” Paulo se recorda da última conversa que teve com o então Tenente Olney, em um dos aniversários da EPCAR. “Perguntei a ele como se sentia ao ver seus ‘bonecos’ agora já Brigadeiros. E, com os olhos marejados, ele disse que era uma maravilhosa sensação do dever cumprido”. O advogado destaca a honradez, o patriotismo, o caráter e a humildade como as principais qualidades do instrutor. “Tenho absoluta certeza que todos aqueles que passaram pela EPCAR nas décadas de 70, 80 e início de 90, sabem e reconhecem a importância deste militar exemplar na sua formação moral e no fato de hoje terem se tornado homens de bem e cidadãos responsáveis”, finaliza o advogado.
Trajetória do Oficial na FAB
O Major Olney trabalhou durante 39 anos na FAB
Nascido na cidade do Rio de Janeiro em 25 de agosto de 1937, o Major Olney ingressou na FAB como soldado, aos 19 anos. Prestou concurso para promoção a sargento e estudou na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR). Posteriormente estudou na antiga Escola de Oficiais Especialistas e de Infantaria de Guarda (EOEIG), em Curitiba, e se tornou oficial. Ele começou a atuar na EPCAR em 1973 como aspirante. Na Escola, comandou esquadrilhas, esquadrões, foi
paraninfo de turma, instrutor de ordem unida, chefe da subseção de instrução militar e ajudante do corpo de alunos. O militar também comandou o Batalhão de Infantaria (BINFA) da Escola e, no último ano de carreira, assumiu o cargo de Comandante do Corpo de Alunos. Major Olney recebeu a Condecoração das Nações Unidas por serviços prestados à Missão de Verificação das Nações Unidas em El Salvador, país onde foi adido em 1992. Ele deixa cinco filhos.