Notaer Fevereiro 2019

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Fevereiro - 2019

CARTA AO LEITOR

Somos a Força Aérea Brasileira! A edição de fevereiro do NOTAER traz informações relativas à nossa campanha institucional de 2019. Mais do que imagens concebidas para agendas e cadernos, ela reforça as ações de Controlar, Defender e Integrar na Dimensão 22; e coloca nossos recursos humanos como protagonistas da Força Aérea Brasileira. Militares e servidores civis serão os elementos destacados e valorizados ao longo do ano e nossos leitores poderão conferir um pouco mais nesta edição. Outra campanha na qual nós, do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica

(CECOMSAER), estamos engajados é a da ampla divulgação das formas de ingresso na FAB. Diversos de nossos veículos de comunicação abordam o tema, e o NOTAER não poderia ficar de fora. Voltado ao público interno da instituição, este jornal é uma ferramenta importante para levar também essas informações aos nossos familiares, amigos e conhecidos. É uma oportunidade para mostrar as especialidades e funções que a Força disponibiliza para a sociedade, descritas de maneira bem objetiva e didática em um conteúdo especial que pode ser acessado por meio da página 8.

Fevereiro também é o mês em que comemoramos o Dia da Aviação de Asas Rotativas. Assim, apresentamos uma reportagem que mostra a relevância das missões realizadas pelos helicópteros e pelos militares que operam essas máquinas, bem como o avanço trazido por tecnologias como o Reabastecimento em Voo recentemente realizado pelo helicóptero H-36 Caracal. Deixamos ainda, um pequeno lembrete com bastante antecedência: o Carnaval é no início do próximo mês, e nunca é demais lembrar que somos integrantes de uma instituição séria e com uma imagem pela

O que fazer quando estiver perdido? Neste mês de fevereiro convido você a não se perder entre as siglas e acrônimos. A diferença está na pronúncia: enquanto a sigla é pronunciada letra a letra, ou seja, como se estivéssemos a soletrar - QSS, SDE, BCT -, no acrônimo faz-se uma leitura silábica, tal como se fosse uma palavra normal. Um acrônimo é uma combinação inventada de letras. Cada letra é uma dica ou sugestão de um item de que você precisa se lembrar. FAB é um exemplo de acrônimo, assim como CECOMSAER, COMAER, EMAER, DIRAP,

DECEA, dentre outros. O acrônimo é uma técnica que ajuda a sua memória. Como um exemplo prático, temos ESAON, que é uma técnica utilizada pelas forças militares brasileiras quando o militar se dá conta que está perdido em plena floresta. Assim: E – Estacione: pare de andar, mantenha a calma, porque ficar agitado só te roubará energia. S – Sente-se: a cabeça desacelera, avalie o ambiente ao seu redor. A – Alimente-se: o cérebro não funciona sem glicogênio, e você precisa pensar em ma-

Boa leitura! Brigadeiro do Ar Antonio Ramirez Lorenzo Chefe do CECOMSAER

O j o r n a l N O TA E R é u m a publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), voltado ao público interno. Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Antonio Ramirez Lorenzo. Vice-Chefe do CECOMSAER: Coronel Aviador Flávio Eduardo Mendonça Tarraf. Chefe da Divisão de Comunicação Integrada: Coronel Aviador Paulo César Andari. Chefe da Subdivisão de Produção e Divulgação: Major Aviador Mário César Ferreira Alle. Editor: Tenente Jornalista Emília Maria (MTB 14234/RS). Colaboradores: Textos enviados ao CECOMSAER via SISCOMSAE.

LÍNGUA PORTUGUESA

Sgt Érika Alves

qual devemos zelar. Assim, vamos aproveitar a ocasião para nos divertir com responsabilidade, tendo consciência de que continuamos sendo militares mesmo quando não estamos fardados. Espero que apreciem esta edição e sejam nossos multiplicadores da campanha institucional e das formas de ingresso. Contamos com cada um de vocês para compartilhar esse conhecimento!

Expediente

neiras de obter água e comida.Depois de alimentado, hidratado, ficar um pouco mais calmo. O – Oriente-se: marque referências. Verifique se tem mapa ou bússola. É hora de usá-los. Observe o movimento do Sol e das estrelas. N – Navegue: uma vez que você sabe em qual direção seguir, tente acompanhar sua evolução no mapa (caso tenha um). Caminhe. A partir de agora, você não ficará mais perdido na floresta ou entre as siglas e os acrônimos.

Diagramação e Arte: Tenente Longo e Suboficial Ramos Capa: Subdivisão de Publicidade e Propaganda Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencionada a fonte. Endereço: Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar - CEP: 70045-900 Brasília/DF

Impressão e Acabamento: Viva Bureau e Editora


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PALAVRAS DO COMANDANTE

Fevereiro é o mês em que celebramos o Dia da Aviação de Asas Rotativas. É o momento de homenagear os valorosos homens e mulheres que integram nossos oito esquadrões responsáveis por operar helicópteros. As missões realizadas por estas unidades são as mais variadas, mas gostaria de destacar a importância dos nossos vetores para acessar regiões remotas, muitas vezes de difícil acesso; e como isso garante a cidadania e também ajuda a salvar vidas. A versatilidade das Asas Rotativas garante que a população brasileira seja assistida mesmo em locais com pouco espaço para pousar e decolar. É assim que a Força Aérea Brasileira, em meio à mata ou em pequenas clareiras, consegue realizar evacuações aeromédicas, resgates de acidentados ou entregar urnas durante processos

FOTO: SGT BRUNO BATISTA / CECOMSAER

Aos rotores, o sabre!

eleitorais, por exemplo. Devemos nos sentir orgulhosos por ter a capacidade de realizar esse tipo de missão! Capacidade essa que está

em constante evolução, a exemplo da recente campanha de Reabastecimento em Voo com o helicóptero H-36 Caracal, o que vai aumentar

que devemos sempre navegar, independente da área em que escolhemos servir à Nação, por meio da nossa gloriosa Força Aérea. Tenho certeza de que os senhores e senhoras têm plena convicção disso. Em meu primeiro mês como Comandante da Aeronáutica, sinto-me satisfeito em perceber o empenho de todos na continuidade do aperfeiçoamento de seus processos operacionais, logísticos e administrativos, empregando sofisticados sistemas de TI, corrigindo rumos e resultados, de forma que nossas organizações militares continuem mais focadas em suas atividades-fim. Vamos em frente, na certeza de que 2019 será pleno de vitórias!

ainda mais a autonomia desse modelo de aeronave, perTenente-Brigadeiro do Ar mitindo maior versatilidade Antonio Carlos Moretti Bermudez em diversas missões. Comandante da Aeronáutica É nessa rota de evolução


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SUSTENTABILIDADE

Conheça o Plano de Logística Sustentável na FAB Ações começam a ser adotadas a partir de março de 2019 Economia de materiais, co n s u m o co n s c i e nte d e água, redução no uso de copos descartáveis, separação de resíduos. Essas são algumas das ações previstas no Plano de Logística Sustentável (PLS). A implantação do plano nas organizações militares da Força Aérea Brasileira está prevista para começar, de maneira sistêmica, neste ano e tem como objetivo contribuir para a conscientização do efetivo, além da manutenção e preservação da natureza. A iniciativa, coordenada pela Diretoria de Infraestrutura da Aeronáutica (DIRINFRA) no âmbito do Comando da Aeronáutica, está alinhada à política e aos preceitos estabelecidos na Agenda Ambiental da Administração Pública

(A3P) e em tratados internacionais - dos quais o Brasil é signatário - que visam ao desenvolvimento sustentável. “A FAB está concebendo suas políticas ambientais para orientar as ações no campo da sustentabilidade, considerando questões ambientais, sociais e econômicas. No contexto que vivemos de mudanças globais, a preocupação com o meio ambiente é fundamental e deve permear tudo o que é feito por nós no cumprimento da nossa missão”, destaca o Diretor de Infraestrutura da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Sérgio de Matos Mello, ao falar sobre a importância da doutrina de gestão ambiental nas atividades militares. Além de apresentar diretrizes estratégicas para o uso racional dos recursos naturais e bens públicos, o Plano de

Logística Sustentável define objetivos, metas e indicadores necessários à avaliação das ações propostas. A expectativa é de que o uso consciente dos recursos disponíveis contribua para a redução do desperdício e promova economia. Para instruir as ações, foi elaborado o Manual de Práticas Ambientais nas Organizações Militares da Força Aérea Brasileira. O documento – ainda em fase de aprovação – contém as principais práticas ambientais que podem ser adotadas no gerenciamento de resíduos sólidos, captação de água e efluentes, gestão de recursos energéticos, preparação da tropa, licitações sustentáveis, supressão vegetal, postos de combustíveis e hangares, licenciamento ambiental, acidentes ambientais e recuperação de áreas degradadas. “Estamos trabalhando co-

ordenadamente com nossos elos sistêmicos, os Destacamentos de Infraestrutura da Aeronáutica (DT-INFRA), em projetos e obras, buscando as opções de construção menos impactantes ao meio ambiente, procurando intervir o mínimo possível nos ambientes naturais e propondo as compensações ecologicamente mais vantajosas para cada caso”, completa o Major-Brigadeiro Sérgio.

Cada organização militar deve possuir seu próprio plano para atingir os índices esperados. Por exemplo, entre as metas a serem alcançadas pelo Destacamento de Infraestrutura da Aeronáutica de Brasília (DTINFRA-BR), a partir de março, estão: a diminuição de 25% do gasto com energia elétrica e o aumento de 20% da quantidade de materiais enviados para reciclagem. GOOGLE IMAGENS

Ten JOR Carlos Balbino


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5 FOTO: SGT BRUNO BATISTA / CECOMSAER

ENSINO

Um complexo de edifícios modernos, equipamentos de última geração, salas e ambientes amplos. Esta é a nova estrutura do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), inaugurado em dezembro de 2018. A nova sede possui área total de 711 mil m2, sendo 57 mil m2 de área construída. Em respeito às questões ambientais, 40% da área do Centro será preservada. A nova estrutura é resultado do trabalho conjunto entre o Comando-Geral do Pessoal (COMGEP) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), responsáveis pela construção e implantação de todos os sistemas. São 56 salas de aula, ginásio de esportes, seis alojamentos com capacidade para 420 alunos. De acordo com o Chefe da Assessoria Especial do CIAAR, Coronel Aviador José Luiz Jardim

Gouveia, uma característica importante da nova instalação é o agrupamento do efetivo da Força Aérea, uma vez que o Centro está mais próximo do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Lagoa Santa (DTCEA-LS) e de Confins (DTCEA-CF), do Grupamento de Apoio (GAP-LS) e do Parque de Material Aeronáutico (PAMA-LS). “Temos agora todas as organizações da Força Aérea, atualmente existentes na grande Belo Horizonte, concentradas em Lagoa Santa. Isto promove, sem dúvida nenhuma, melhor convivência e mais eficiência da estrutura de apoio”, afirmou. O Comandante do CIAAR, Brigadeiro do Ar Mário Sérgio Rodrigues da Costa, fala da importância da nova estrutura e da economia que o novo espaço vai gerar. “Esta é uma grande oportunidade, não apenas para os alunos, mas também para a Força Aérea, que ganhou um grande complexo, quer seja na qualidade das instalações, quer seja no

conceito em que o CIAAR foi estabelecido, respeitando o meio ambiente, com reuso de água e aproveitamento da luz solar nas salas”, disse. Após 14 anos na FAB como sargento, a aluna Laís Bigosi Aragão Valle cursará o segundo ano do Curso de Formação de Oficiais Especialistas (CFOE), no Quadro de Suprimentos, já na nova instalação. “Estou com grandes expectativas com o novo Centro. A nova estrutura do CFOE promete muita coisa boa para os alunos. A modernidade de suas instalações vai favorecer bastante o estudo e o aprendizado”, disse. História O CIAAR surgiu em 26 de setembro de 1983, concentrando principalmente os cursos para o quadro feminino, tanto de oficiais como de graduados, além dos cursos de oficiais especialistas e de oficiais convocados. Do início dos anos 80 até os dias de hoje, o Centro já formou mais de 8 mil oficiais.

FOTO: SGT BRUNO BATISTA / CECOMSAER

Ten JOR Cristiane dos Santos

FOTO: SGT BRUNO BATISTA / CECOMSAER

Novo CIAAR conta com estrutura ampla e moderna

Instalações da Unidade, sediada em Lagoa Santa (MG), são destinadas à formação e adaptação de oficiais de carreira da FAB


Fevereiro Janeiro - 2019 - 2019

CARREIRA

ARQUIVO PESSOAL / ASP CRISTIAN ALOÍSIO

ARQUIVO PESSOAL / ASP CRISTIAN ALOÍSIO

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Após quatro anos de formação na AFA, a tão esperada formatura em que os cadetes recebem o símbolo do oficialato: a espada

Esforço recompensado Conheça a história do primeiro colocado da turma mais recente formada na Academia da Força Aérea Ten JOR Raquel Alves Depois de passar três anos na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), em Barbacena (MG), e seguir para a Academia da Força Aérea (AFA), o Aspirante a Oficial Cristian Aloísio, primeiro colocado do Curso de Formação de Oficiais Aviadores de 2018 - Turma Jaguar - segue para uma nova fase da progressão operacional na Ala 10, em Parnamirim,

na região metropolitana de Natal (RN), onde realizará o Programa de Especialização Operacional (PESOP). Força de vontade, dedicação e resistência. Essas são as palavras que acompanharam Aloísio e são as atitudes que ele recomenda para quem está iniciando o curso. “Tive muitos momentos difíceis, mas ao término o sentimento é de vitória, que valeu a pena ter passado por tudo”, ressalta. O início da carreira exigiu

http://www.fab.mil.br/reservainterativa

sete anos de dedicação exclusiva. Dias e noites de estudo e superação, sendo a maior delas a saudade da família. “Estar longe de quem sempre nos apoia é muito complicado, mas sempre foi meu sonho e me fez enxergar que teria uma nova família: a FAB”, conta. No Ninho das Águias, como também é conhecida a AFA, Aloísio relembra que foi difícil passar pelo período de adaptação. Foram cerca de 40 dias na fase inicial das

atividades. Uma nova turma é formada pela integração dos alunos formados na EPCAR com os recém aprovados no exame de admissão para a AFA e, a partir daí, começam as instruções militares. A rotina começa na alvorada e dificilmente termina antes do anoitecer, pois mesmo após as atividades previstas no cronograma é preciso reforçar os estudos. “O espírito de corpo é fundamental para que todos possam se ajudar. Em várias situações eu ajudei ou fui ajudado. Isso faz com que o grupo permaneça unido”, comenta o aspirante. Exercício de sobrevivência na selva, no mar, participar de treinamentos e superar todas as adversidades que

surgem são fases que os futuros oficiais da FAB enfrentam durante os quatro anos que permanecem na Academia. O salto de paraquedas foi um grande desafio para o Aspirante Aloísio. Até chegar o dia do salto é preciso passar por uma semana de treinamento, em que os cadetes aprendem as técnicas de aterragem no solo com segurança, além dos procedimentos normais na aeronave e de emergência em caso de panes durante o salto, como a abertura parcial do paraquedas. “Ter a responsabilidade de saltar e saber todos os procedimentos foi o maior desafio que enfrentei, pois é um exercício que dura pouco tempo no ar e exige que tudo saia perfeito”, destaca.


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FOTO: SGT ROBERTO / ITA

DIA DA INFANTARIA - 11 DEZ ESPAÇO

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Engenho espacial foi projetado pelo ITA, em São José dos Campos (SP)

Entre os benefícios estão a recepção de dados de sensores climáticos e de comunicação por radioamador, a transmissão de internet banda larga e o monitoramento de fronteiras Ten JOR Carlos Balbino/ Ten REP Raquel Piani / Ten REP Paola

FOTO: SGT ROBERTO / ITA

Em poucos minutos, foi possível ver um projeto elaborado há anos dar certo. Desenvolvido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e com recursos fornecidos pela Agência Espacial Brasileira, o nanossatélite ITASAT chegou ao espaço após ser lançado da Base de Vandenberg, na Califórnia (EUA), em dezembro de 2018. O lançamento foi acompanhado aqui do Brasil, em tempo real, pela internet. “Esse projeto proporcionou a interação com pessoas de conhecimentos distintos e a melhor parte é ver os ótimos resultados dessa união tão diversa. Agora, fica a expectativa para que tudo dê certo na validação do que foi projetado”, afirma Lídia

Shibuya, pesquisadora que teve oportunidade de coordenar parte da equipe responsável pelo projeto. A ideia do ITASAT - primeiro satélite brasileiro a levar a bordo um software de controle de atitude totalmente projetado no país – surgiu em 2008. Pela proposta inicial, ele pesaria 100kg. Mas, em 2013, o projeto foi adaptado para o modelo de CubeSat, com pouco mais de 5kg. O desenvolvimento, em si, teve início no ano seguinte. Desde então, 29 pessoas participaram do projeto. Depois de pronto, em maio de 2016, o ITASAT foi levado para a Holanda, onde foi testado durante um mês. “Nossas jornadas eram em média de 14 horas de trabalho e depois éramos ‘expulsos’. Corríamos para jantar e dormir para voltarmos no dia seguinte. Foi um período de muita dedicação”, lembra a pesquisadora. Falhas nos lançadores e variações climáticas chegaram a adiar a partida do foguete Falcon 9, até que, enfim, o satélite fosse de fato colocado em órbita junto com outros 63 dispositivos de 17 países. O engenho espacial dotado de quatro funções (GPS, câmera, recepção e transmissão de dados de sensores climáticos e de comunicação por radioamador) deve ficar pelo menos um ano no espaço, realizando 15 voltas por dia, em média, ao redor da terra. Pesquisadores acompanharam, em tempo real, o lançamento do nanossatélite

Centro de Operações Espaciais Secundário é inagurado no Rio de Janeiro Foi inaugurado, no dia 19 de novembro, no Rio de Janeiro, o Centro de Operações Espaciais Secundário (COPE-S). A unidade, instalada na Estação Rádio da Marinha, integra a infraestrutura montada para a operacionalização do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). O satélite, em órbita desde maio de 2017, permite a transmissão de internet banda larga para todo o Brasil, além de garantir comunicação segura para as operações das Forças Armadas. FOTO: DIVULGAÇÃO INTERNET

Nanossatélite ITASAT entra em operação


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FORMAS DE INGRESSO Confira na nova edição da Revista da Força Aérea Brasileira, a Aerovisão, um encarte especial que orienta os interessados em ingressar na FAB.

Acesse também: https://issuu.com/portalfab/ docs/aerovisao_259_jan_fev_ mar_2019/27

As escolas da Força Aérea Brasileira oferecem, anualmente, milhares de oportunidades. Conheça as profissões militares da FAB e saiba os detalhes dos Exames de Admissão

Cabo Andre Feitosa / Agência Força Aérea

Acesse o conteúdo especial

Sargento Bruno Batista / Agência Força Aérea

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O embarque foi realizado na noite de domingo (20). O voo teve duas etapas: a primeira de 7 horas e a segunda de 4 horas

TRANSPORTE

Presidente Jair Bolsonaro faz primeiro voo oficial nas asas da FAB Viagem aconteceu no dia 20 de janeiro, quando a FAB completou 78 anos Ten JOR Jonathan Jayme O Presidente Jair Messias Bolsonaro embarcou pela primeira vez em um voo oficial, após sua posse como mandatário da República, no mesmo dia em que a FAB comemorou 78 anos de história. No dia 20 de janeiro, a aeronave presidencial VC-1, comandada pelo Major Paulo Henrique dos Santos Costa, conduziu o chefe do Executivo brasileiro e sua comitiva até a Suíça, onde participaram do Fórum Econômico Mundial. Antes de embarcar na Ala 1, em Brasília, o Presidente parabenizou o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, pelo aniversário da FAB.

A rota para a missão foi planejada em duas etapas. Foram cerca de 7 horas de voo até Las Palmas, situada na ilha de Gran Canária, onde foi feito um pouso técnico para reabastecimento. De lá, o avião seguiu para Zurique, na Suíça, em um tempo de aproximadamente 4 horas. Segurança O Major Paulo Costa diz que garantir o transporte do Presidente requer um processo rigoroso de preparação da tripulação. O oficial conta que, nos dias que antecederam a decolagem para a Suíça, foi realizado um briefing com toda a tripulação, quando foram repassadas as informações mais importantes da missão. “É uma responsabilidade

muito grande. Todos os envolvidos devem estar focados, principalmente na segurança de voo, que é a nossa maior bandeira”, explicou. Uma das comissárias de voo integrante da tripulação que transportou o Presidente, a Sargento Gláucia Galvão de Souza Xavier reafirmou o compromisso com a segurança dos passageiros. “Existe um cuidado antes, durante e depois do voo. Deve haver uma atualização constante para que a gente cumpra a missão com excelência”, disse. Mecânico de aeronave, o Sargento Rodrigo Fabiano Soares Gomes também embarcou no VC-1 como um dos responsáveis pela manutenção do avião. Sobre a rotina da equipe, ele conta que sempre é

Antes de embarcar, o Presidente foi recepcionado pelo Comandante da Aeronáutica e gravou uma mensagem pelo aniversário de criação da FAB

feita a checagem da aeronave três horas antes do voo para iniciar a viagem com segurança. Ele também explica que é feito um controle diário para garantir que a cada pouso e decolagem a aeronave esteja em condições seguras. Versatilidade O VC-1 é uma aeronave militar designada especialmente para cumprir a missão de transportar com segurança o Presidente da República. O vetor possui uma performance que permite a operação em diferentes aeródromos, bem como por realizar voos

de longa duração. Grupo de Transporte Especial O GTE foi criado no mesmo ano que a FAB, em 1941, com o primeiro nome de Seção de Aviões de Comando. Em seus quase 78 anos, foram mais de 500 mil horas de voo para assegurar o transporte aéreo do Presidente da República, do Vice-Presidente e de altas autoridades nacionais e estrangeiras, bem como realizar Missões de Misericórdia, e de Evacuação Aeromédica e, ainda, missões em apoio ao Comando de Operações Aeroespaciais.

FOTOS: CB FEITOSA / CECOMSAER

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ASAS ROTATIVAS

Resgates e aumento da operacionalidade marcam momento da Aviação de Asas Rotativas na FAB Nos últimos meses, os helicópteros da FAB têm sido protagonistas de resgates de sucesso e ascendido a novos patamares operacionais Pela primeira vez na Força Aérea Brasileira, foi realizada uma campanha de Reabastecimento em Voo (REVO) de um helicóptero. Com os H-36 Caracal dos Esquadrões Falcão (1º/8º GAV) e Puma (3º/8º GAV) operados por pilotos e engenheiros de prova do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), a atividade aconteceu a partir da Ala 11, no Rio de Janeiro (RJ) e envolveu um KC-130H, que atuou como tanker. Para o Major Aviador Um avião tanker KC-130 realiza inédita campanha de reabastecimento em voo de um helicóptero no Brasil

Bruno Roque Teixeira, piloto de ensaio e responsável pelo planejamento da campanha, os benefícios do REVO são aumento da autonomia e alcance da aeronave. “Em um cenário de paz, será possível chegar mais longe num menor tempo. Este pode ser o diferencial para salvar mais vidas, num resgate em alto mar, por exemplo”, ressalta. Com esse feito, o Brasil será o primeiro país da América do Sul a dominar esse tipo de operacionalidade. Segundo a Airbus Helicopters, fabrican-

te do modelo H225M, operado pelas Forças Armadas brasileiras, há poucas nações no mundo que realizam REVO com helicópteros, dentre elas os Estados Unidos, Israel e França. A capacidade também se limita a poucos modelos de aeronaves: além do Caracal, apenas o AS332 L2 Super Puma e alguns helicópteros táticos norte-americanos permitem essa potencialidade. O dia da Aviação de Asas Rotativas é celebrado em 3 de fevereiro. Saiba mais em: www.fab.mil.br/asasrotativas

FOTO: IPEV

Ten JOR Gabrielli Dala Vechia


FOTO: ESQUADRÃO HARPIA

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O resgate de acidentados em áreas de difícil acesso é uma das missões realizadas pelos helicópteros

Resgates: quando o som do rotor anuncia a salvação No último mês de 2018, as histórias de cinco pessoas foram modificadas pelos helicópteros da FAB e suas tripulações. No dia 4 de dezembro, um helicóptero H-60 Black Hawk localizou e resgatou com vida os dois tripulantes da aeronave matrícula PT-ICN, que estavam há cinco dias na mata, após um acidente aéreo. Eles seguiam de Pimenta Bueno (RO) com destino a Santo Antônio do Leverger (MT) e foram encontrados

próximos a Cáceres (MT), cidade distante 220 km da capital mato-grossense. Cerca de 30 militares do Esquadrão Pelicano (2º/10º GAV) estiveram envolvidos nos quatro dias de buscas. Militares do Esquadrão Pantera (5º/8º GAV) e do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR) também fizeram parte da tripulação que realizou o resgate. Já no dia 18 do mesmo mês, o Esquadrão Harpia (7º/8º

GAV), utilizando também o H-60 Black Hawk, resgatou três sobreviventes de um acidente aéreo próximo à cidade de Tabatinga (AM), na fronteira com o Peru e a Colômbia. Todos foram acolhidos e transportados conscientes, o piloto e dois passageiros - um homem e uma mulher, além de um cachorro que os acompanhava na aeronave. Não havia espaço para o pouso do helicóptero e as vítimas foram içadas com o guincho de resgate.

Modificação na frota: Black Hawk no Esquadrão Pelicano GAV) está incorporando, em substituição, o H-60 Black Hawk. O Pelicano é uma das principais Unidades Aéreas da

FAB nas atividades de busca e salvamento dentro do cenário de 22 milhões de quilômetros quadrados da Dimensão 22. FOTO: SGT JOHNSON BARROS / CECOMSAER

Com a aposentadoria do H-1H, após mais de 50 anos de operação na FAB, o Esquadrão Pelicano (2º/10º

A possibilidade de pouso e decolagem em pequenas áreas é um grande diferencial dos helicópteros. Na foto, um H-36 Caracal e um H-60 Black Hawk voam lado a lado


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Conheça a Campanha Institucional da FAB em 2019 Ten JOR Felipe Bueno O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) lançou, no início deste ano, a Campanha Institucional 2019 “Somos a Força Aérea Brasileira”, reforçando a participação do efetivo nas ações de Controlar, Defender e Integrar no cenário de 22 milhões de quilômetros quadrados da Dimensão 22. Um dos publicitários responsáveis pela elaboração, Tenente André Eduardo Longo, da Subdivisão de Publicidade e Propaganda do CECOMSAER, explica como foi o desenvolvimento da campanha. “Buscamos reforçar o conceito Dimensão 22 com uma abordagem mais humanizada, dando ênfase ao trabalho dos homens e mulheres que vestem o azul e se dedicam exclusivamente ao serviço da Pátria”, explica. Durante o ano, a campanha será divulgada em peças publicitárias (cartazes, anúncios, contracapas de publicações como o NOTAER) e materiais institucionais, como calendários, agendas e cadernos da Força. De acordo com o Tenente Publicitário Wander Marcel Barros Chaves, que também trabalhou na elaboração da campanha, o foco é a valorização do público interno da FAB. “A linha criativa tem um discurso em primeira pessoa – Somos a Força Aérea Brasileira – que visa à motivação do público interno, pessoas, funções e especialidades, destacando que eles realmente são o elemento mais importante da Instituição”, completa.


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PENSANDO EM SEGURANÇA DE VOO

Como a prevenção de acidentes aeronáuticos depende da mobilização e do comprometimento de todos os envolvidos na aviação civil e militar brasileira, 2019 já começou no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). O Calendário de Cursos 2019 está disponível no site do Centro com períodos específicos, assuntos que serão abordados, condições para matrícula e data limite para divulgação dos matriculados em cada curso.

No CENIPA, prevenir acidentes é uma das principais atividades. Há, no Centro, programas distintos de prevenção, como: Risco de Fauna, Raio Laser e Risco Baloeiro. Além desses, há ainda o Relato ao CENIPA para Segurança de Voo (RCSV), a Divulgação Operacional (DIVOP) e o Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CNPAA). Os conhecimentos sobre cada programa são difundidos nos cursos ministrados no Centro, em Brasília, e em todo o Brasil.

Com o objetivo de mitigar o risco de ocorrências, o CENIPA também atua por meio dos sete Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA) distribuídos pelo território brasileiro. Os SERIPA realizam seminários, palestras e cursos para difundir conhecimentos sobre os programas de prevenção: Risco de Fauna, Raio Laser e Risco Baloeiro, além de conscientizar os profissionais sobre os benefícios e a importância da segurança de voo.

ARTE: CENIPA

Calendário de cursos do CENIPA para 2019 está disponível

Para mais informações: http://www2.fab.mil.br/cenipa/index.php/destaques/1378-calendario-2019

Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA)

alizada durante um curso, os alunos examinaram o lixo de uma residência. Num primeiro momento, um dos estudantes achou estranho, mas depois entendeu. Ele descobriu que o dono da casa estava doente, qual era a doença e os locais frequentados pela família, simplesmente analisando as notas fiscais e boletos do cartão de crédito, extrato de bancos e de telefone, convites de festas e até um CD com fotos de toda a família. As informações encontradas poderiam ser a base para o planejamento de ações de má fé. Será que as organizações do COMAER e o nosso pessoal tratam de forma correta os seus lixos, utilizam fragmentadoras, tanto de papel como de mídias? E, após isso, efetuam o correto e controlado descarte dos resíduos? Você faz isso? A metodologia de avaliar o lixo alheio é muito utilizada

em espionagem industrial e corporativa, causando enormes danos às empresas e organizações. Os valores gastos na aquisição e na padronização do uso de fragmentadoras de todos os tipos – adequadas às necessidades de cada organização – são infinitamente menores que os prejuízos causados pela perda de informações sensíveis ou sigilosas. Isso se aplica, igualmente, às residências das pessoas. É fundamental que saibamos realizar o tratamento do lixo produzido em nossas organizações e residências, com o foco na segurança preventiva a vazamentos de informações, pois, de outra forma, poderemos estar fornecendo preciosos subsídios para que ações mal-intencionadas sejam perpetradas contra nós mesmos.

GOOGLE IMAGENS

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

LIXO, FONTE DE INFORMAÇÃO!!! A quantidade de resíduos gerados por cada ser humano vem se tornando, cada vez mais, alvo de interesse de ações mal-intencionadas. O conteúdo descartado pode revelar informações das mais variadas a respeito de pessoas e de organizações, inclusive conteúdos sigilosos. Numa sociedade cada

vez mais globalizada e dinâmica, as preocupações que devemos ter em relação à segurança são inúmeras e o tratamento do lixo é uma delas. Aqui não falamos dos aspectos ecológicos, mas sim das informações que podem estar depositadas ali. Vivendo um “boom” tecnológico, organizações e pes-

soas têm grande preocupação com a segurança cibernética e não medem esforços para mantê-las mais seguras em suas redes de computadores e arquivos. Utilizam senhas, criptografia e uma série de outros recursos. Contudo, é comum esquecerem de uma coisa: sua lixeira. Em uma experiência re-

Centro de Inteligência da Aeronáutica (CIAER)


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ENTRETENIMENTO

CAÇA-PALAVRAS A formação especializada em Asas ROTATIVAS ocorre na Ala 10, onde estão sediados três ESQUADRÕES de instrução: RUMBA, JOKER e GAVIÃO; além de dois esquadrões OPERACIONAIS: Pastor e Falcão. Os ASPIRANTES realizam o Curso de Especialização Operacional em Asas Rotativas. Eles passam, em média, um ano em instruções teóricas e PRÁTICAS adquirindo todo o CONHECIMENTO necessário para voar o H-50 Esquilo, bem como toda a DOUTRINA inerente à aviação que escolheram.

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