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“Chega de mentiras...”

“Chega de mentiras...”

Todos os dias recebemos milhares de informações e nem todas elas são confiáveis. Queremos que você esteja preparado para se safar das armadilhas da desinformação, vem com a gente?

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Fake news são informações falsas, mentiras divulgadas como se fossem notícias. Espalhar boatos e mentiras não é uma coisa necessariamente nova, mas com a velocidade da propagação e a capacidade de alcance que a internet possibilita, esse problema ganhou uma nova dimensão.

As fake news são produzidas com o objetivo exclusivo de enganar, manipular e confundir a população. Tudo isso, disfarçado de conteúdo jornalístico sério. Esses conteúdos enganosos são distribuídos com objetivos financeiros, políticos e ideológicos.

Além de criar propositalmente notícias falsas, pessoas e empresas mal intencionadas podem utilizar outras formas para distorcer a realidade, como tirar determinadas informações do contexto correto [saiba mais no Box Muito além das fake news]. A esse processo chamamos de desinformação.

Por que é tão grave?

Mal informadas e influenciadas por mentiras, as pessoas tomam decisões ruins. Por exemplo, votar em um mau candidato baseado em fake news. Deixar de vacinar os filhos por causas de mentiras que associam as vacinas a conspirações políticas ou a problemas de saúde.

Além disso, a disseminação de fake news pode destruir a reputação de pessoas dignas, provocar violência, minar a confiança nas instituições públicas e na imprensa. Tudo isso é muito prejudicial para a nossa democracia.

Redes sociais: se você só se informar pelas redes sociais estará mais vulnerável às fake news. Acesse sites de jornalismo profissional para se manter informado.

Efeito bolha: nas redes sociais os algoritmos tendem a nos manter conectados com as pessoas e páginas com as quais temos mais afinidade. Isso diminui a probabilidade de nos depararmos com opiniões diferentes da nossa, algo fundamental para formamos uma leitura crítica do mundo. É o que chamam de bolha.

Viés de confirmação: é o nome dado à tendência que todos nós temos de entender, lembrar, interpretar ou buscar por informações que confirmem aquilo em que acreditamos. Por se identificarem com o conteúdo, as pessoas podem crer e repassar notícias falsas.

Para escapar das fake news

Saiba o que você precisa saber para se manter bem informado e não cair na armadilha da desinformação.

Acessar fontes confiáveis: siga veículos de jornalismo. As notícias produzidas por profissionais passam por critérios rigorosos de checagem.

Diferenciar os tipos de texto: para saber ler e interpretar corretamente uma informação é preciso distinguir os diferentes formatos de textos.

Informação: é um texto objetivo que narra um acontecimento a partir de dados e fontes confiáveis.

Opinião: é um texto no qual uma pessoa expõe sua opinião sobre determinado tema ou acontecimento. Uma boa opinião deve ser baseada em dados precisos.

Publicidade: é aquele texto que promove e tenta vender um produto ou uma ideia.

Sátira: é um texto que utiliza o humor para fazer uma crítica sobre determinado assunto.

Muito além das fake news

Não são apenas as fake news que podem distorcer a realidade e induzir as pessoas ao erro. Existem diferentes formas de promover a desinformação.

Manipular o contexto: mesmo que uma notícia seja verdadeira, ela pode ser tirada do contexto correto para induzir ao erro. Por exemplo, publicar uma notícia velha como se fosse atual.

Sátira: Se for publicada fora de contexto e sem explicitar que se trata de um conteúdo de humor, uma sátira pode contribuir com a desinformação.

Desacreditar fontes profissionais: minar a confiança das pessoas no jornalismo profissional é uma forma de confundir a população e deixá-la sem referenciais seguros.

Dizer que tudo é fake news: chamar de fake news aqueles conteúdos verdadeiros que não lhes favorece é uma técnica usada por pessoas e empresas mal intencionadas.

Imagens, vídeos e áudios também podem ser manipulados, criados ou tirados de contexto para te enganar.

Você já ouviu falar de deepfake? Trata-se de “uma técnica de síntese de imagens ou sons humanos baseada em técnicas de inteligência artificial”1 . Imagina um vídeo no qual Monalisa, a rainha Elisabeth, o Kiko e até o Michael Jackson cantam Evidências, da dupla Chitãozinho e Chororó. Parece loucura? Pois o artista Bruno Sartori2 criou uma deepfake no qual isso é possível. Ele utiliza a técnica para fazer humor e sátira política. Mas nem todas as deepfakes tem esse caráter e podem ser produzidas para te enganar.

1 Wikpedia - deepfake

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@brunnosarttori

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