GUIA OFICIAL
VELOCIDADE, PRECISテグ, DESTREZA.
O F1H20 é uma batalha travada na água em oito locais únicos do mundo. Velocidade, precisão e destreza são a chave do sucesso para triunfar nesta espetacular disciplina que, este ano, faz a sua estreia no fantástico cenário do rio Douro, tendo as cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia como pano de fundo.
O ESPETÁCULO DA ALTA VELOCIDADE EM ESTREIA NO RIO DOURO
O Grande Prémio de Portugal está de volta ao calendário da União Internacional de Motonáutica (UIM) em 2015. Numa iniciativa conjunta das Câmaras Municipais do Porto e de Vila Nova de Gaia, o rio Douro vai ser palco, entre 31 de julho e 2 de agosto, de uma das mais especulares e emocionantes competições de barcos a nível mundial: o F1H20. Após 13 edições consecutivas em Portimão, entre 1999 e 2011, as cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia estreiam-se como anfitriãs desta prestigiada categoria, acolhendo a terceira de oito etapas do calendário de 2015, num evento que promete atrair milhares de pessoas às margens do Douro. Nesta que será a 14ª edição do Grande Prémio de Portugal, 19 pilotos de 10 equipas e 12 nacionalidades vão desafiar as leis da gravidade, conduzindo a mais de 200 km/h sobre as águas do rio Douro, num circuito com cerca de 2 km de perímetro entre o Edifício da Alfândega e a Ponte Luís I.
O primeiro dia será reservado às obrigatórias verificações técnicas e administrativas, estando já prevista a realização de uma primeira sessão de treinos livres. No sábado, há lugar a nova sessão de treinos livres e qualificação para a definição da grelha de partida. Ainda no sábado, será disputada a primeira de duas corridas da Fórmula 4. Domingo, a manhã estará reservada para treinos livres, enquanto à tarde será disputada a segunda corrida da F4 e o Grande Prémio de
Portugal em F1, prova que será transmitida para mais 35 canais de televisão, chegando a mais de 100 milhões de lares em todo o Mundo. A etapa portuguesa do Campeonato de F1 em Motonáutica será a terceira de oito provas que constituem o Mundial de 2015 (o maior desde 2010) e uma das duas que se realizam este ano na Europa, a par da também estreante jornada francesa de Évian les Bains.
FACTOS & NÚMEROS
VENCEDORES DO GRANDE PRÉMIO DE PORTUGAL 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 201 1
Portimão: Guido Cappellini (ITA) Portimão: Guido Cappellini (ITA) Portimão: Guido Cappellini (ITA) Portimão: Guido Cappellini (ITA) Portimão: Guido Cappellini (ITA) Portimão: Scott Gillman (EUA) Portimão: Guido Cappellini (ITA) Portimão: Guido Cappellini (ITA) Portimão: Scott Gillman (EUA) Portimão: Jay Price (EUA) Portimão: Thani Al Hameli (EAU) Portimão: Ahmed Al Qamzi (EAU) Portimão: Jay Price (EUA)
Temporada inaugural: 1981 Total de Grandes Prémios: 253 Países visitados: 32 Campeões do Mundo: 13 Vencedores de Grandes Prémios: 45 Plantel em 2015: 19 barcos e 10 equipas Recorde de espetadores: 150.000 (GP da China, em 2014) Velocidade máxima atingida: 256 km/h (em 2005, por Guido Cappellini) Cobertura TV: 13 mil horas de imagens transmitidas em 2014 para 53 países
EQUIPAS & PILOTOS Guiar um barco a mais de 200 km/h entre boias insufláveis e a escassos metros das margens exige uma destreza excecional por parte dos pilotos. E é por isso que só os melhores estão habilitados a fazê-lo. Conheça aqui os 19 heróis que disputam o título mundial de F1H20. CTI CHINA TEAM
TEAM ABU DHABI
Team Manager Eric Chan
1
Team Manager Guido Cappellini
5
2
(FRA)
(CHN)
6
(ITA)
(ITA)
Phillipe Chiappe
Xiong Ziwei
David del Pino (ITA)
Alex Carella (ITA)
Presenças em GP 97 Estreia 2002 | Pódios 19 Vitórias 3 | Títulos 1
Presenças em GP 15 Estreia 2012 | Pódios 0 Vitórias 0 | Títulos 0
Presenças em GP 2 Estreia 2015 | Pódios 0 Vitórias 0 | Títulos 0
Presenças em GP 34 Estreia 2010 | Pódios 20 Vitórias 10 | Títulos 3
F1 ATLANTIC TEAM
MAD-CROC BABA RACING TEAM
Team Manager Mário Benavente
9
Team Manager Michael Jenkins
10
(KUW)
11
(POR)
12
(ITA)
(FIN)
Youssef Al Rubayan Duarte Benavente
Sami Selio (ITA)
Filip Roms (FIN)
Presenças em GP 21 Estreia 2011 | Pódios 2 Vitórias 1 | Títulos 0
Presenças em GP 136 Estreia 1998 | Pódios 39 Vitórias 12 | Títulos 2
Presenças em GP 19 Estreia 2012 | Pódios 1 Vitórias 0 | Títulos 0
Presenças em GP 131 Estreia 1999 | Pódios 5 Vitórias 0 | Títulos 0
TEAM SWEDEN
EMIRATES TEAM
Team Manager Bo Hanssen
Team Manager Scott Gillman
14
15
27
(SWE)
28
(UAE)
(SWE)
(SWE)
Jonas Andersson
Jesper Forss
Ahmed Al Hameli
Erik Stark
Presenças em GP 71 Estreia 2006 Pódios 13 Vitórias 4 | Títulos 0
Presenças em GP 6 Estreia 2014 Pódios 0 Vitórias 0 | Títulos 0
Presenças em GP 62 Estreia 2006 Pódios 17 Vitórias 6 |Títulos 0
Presenças em GP 9 Estreia 2000 | Pódios 2 Vitórias 0 | Títulos 0
MOTORGLASS F1 TEAM
VICTORY TEAM
Team Manager Franco Cantando
18
Team Manager Ragesh Elayadeth
23
(POL)
24
77
(AUT)
(USA)
(ITA)
Bartek Marszalek Bernd Enzenhofer
Francesco Cantando
Shaun Torrente
Presenças em GP 16 Estreia 2011 Pódios 0 Vitórias 0 | Títulos 0
Presenças em GP 157 Estreia 1996 Pódios 42 Vitórias 12 |Títulos 0
Presenças em GP 24 Estreia 200 | Pódios 8 Vitórias 2 | Títulos 0
Presenças em GP 2 Estreia 2015 Pódios 0 Vitórias 0 | Títulos 0
MAVERICK RACING
TEAM EMIC
73
50
Team Manager Jean Vital Deguisne
(FRA)
Team Manager Jean-Claude Goy
51
(NOR)
Cédric Deguisne
Marit Stromoy
Presenças em GP 10 Estreia 2014 | Pódios 0 Vitórias 0 | Títulos 0
Presenças em GP 60 Estreia 2007 | Pódios 0 Vitórias 0 | Títulos 0
(FRA)
Christophe Larigot Presenças em GP 1 Estreia 2015 Pódios 0 Vitórias 0 | Títulos 0
MAPA DO CIRCUITO + PROG
A terceira corrida da época realiza-se no rio Douro, num circuito com cerca de 2 km de perím Alfândega do Porto e a Ponte Luís I. Todos os circuitos são diferentes no seu tamanho e con plano de água disponível em cada cidade que acolhe esta competição. O formato habitual d uma a duas sessões de treinos livres e ronda de qualificação no sábado para definir a grelha uma duração máxima de 45 minutos, sendo disputada no domingo.
ALFÂNDEGA DO PORTO
P O R T O
CAIS DA RIBEIRA
CAIS DE GAIA
SINALÉTICA
V I L A
N O V A
Esta bandeira será mostrada no caso de ocorrer algum acidente ligeiro ou uma avaria. Quando levantada, os pilotos devem reduzir a velocidade e seguir atrás do pace boat, não podendo ultrapassar.
D E
G A I A
A bandeira vermelha s É mostrada na sequên drástico das condições
GRAMA
metro, entre o Edifício da nfiguração, dependendo do de um Grande Prémio inclui a de partida. A corrida tem
PROGRAMA Sexta-feira, 31 de julho 2015 10:00-15:00 Verificações Técnicas [Parque da Alfândega] 12:00-12:30 Verificações Administrativas [Edifício da Alfândega] 13:00-15:00 Passeios no F1 Bilugar 15:00-17:00 Treinos Livres 17:00-20:00 Animação no Village [Parque da Alfândega]
PONTE LUÍS I
significa a paragem imediata da corrida. ncia de um acidente grave ou agravamento s meteorológicas.
Sábado, 1 de agosto 2015 11:00-11:30 Briefing [Edifício da Alfândega] 12:00-12:30 Treinos Livres – F4 12:40-13:00 Treinos Cronometrados – F4 13:30-14:30 Treinos Livres – F1 15:00-16:00 Passeios no F1 Bilugar 16:00-16:20 Corrida 1 – F4 16.30-17:30 Qualificação – F1 17:40-18:00 Conferência de Imprensa [Edifício da Alfândega] 18:00-22:00 Animação no Village [Parque da Alfândega] 22:00-23:30 Concerto Mónica Ferraz [Parque da Alfândega] Domingo, 2 de agosto 2015 11:00-11:30 Briefing [Edifício da Alfândega] 12:10-12:30 Treinos Livres – F4 12:40-13:00 Treinos Cronometrados – F4 13:30-14:30 Treinos Livres – F1 14:30-15:30 Passeios no F1 Bilugar 16:00-16:20 Corrida 2 – F4 16:30-17:00 Acrobacias aéreas 17:10-17:15 Volta de Apresentação – F1 17:15-18:00 GP Portugal – Corrida [45’] – F1 18:15-18:25 Cerimónia do Pódio [Parque da Alfândega] 18:35-19:00 Conferência de Imprensa [Edifício da Alfândega] * Horário sujeito a alterações.
CALENDÁRIO 2015 PROVA Grande Prémio do Qatar Grande Prémio de França Grande Prémio de Portugal Grande Prémio da China Grande Prémio da China Grande Prémio da Tailândia Grande Prémio de Abu Dhabi Grande Prémio de Sharjah
CLASSIFICAÇÕES | PILOTOS CL
Nº
PILOTO (NAC)
LOCAL DATA Doha 12-14 março Évian-les-Bains 26-28 junho Porto/Gaia 1-2 agosto Liuzhou 01-02 outubro Zhuhai 10-11 outubro Pattaya 7-8 novembro Abu Dhabi 10-11 dezembro Sharjah 17-18 dezembro
CLASSIFICAÇÕES | EQUIPAS
QAR FRA
T
CL EQUIPA
QAR FRA
T
1
77
Shaun Torrente (USA)
20
9
29
1
Team Sweden
9
20
29
2
9
Youssef Al Rubayan (KUW) 4
20
24
2
F1 GC Atlantic Team
5
20
25
3
14
Jonas Andersson (SWE)
9
15
24
3
Mad-Croc Baba Racing Team
3
19
22
4
1
Philippe Chiappe (FRA)
15
RET
15
4
Team EMIC
17
3
20
5
12
Filip Roms (FIN)
3
12
15
5
CTIC China Team
15
0
15
6
28
Erik Stark (SWE)
12
RET
12
6
Team Abu Dhabi
9
0
9
7
6
Alex Carella (ITA)
7
DSQ
7
7
Victory Team
-
9
9
8
11
Sami Selio (FIN)
RET
7
7
8
Maverick Racing
-
3
3
5
1
6
9
Emirates Team
0
0
0
RET
5
5
10 Motorglass F1 Team
0
0
0
-
4
4
Cédric Deguisne (FRA)
-
3
3
Christophe Larigot (FRA)
-
2
2
9
50
Marit Stromoy (NOR)
10
15
Jesper Forss (SWE)
11
18
Bartek Marszalek (POL)
12
73
13
51
14
5
David Del Pin (ITA)
2
DNS
2
15
10
Duarte Benavente (POR)
1
RET
1
16
2
Ziwei Xiong (CHN)
0
0
0
17
24
Francesco Cantando (ITA) RET RET
0
18
23
Bernd Enzenhofer (AUT)
DNS DNS
0
19
27
Ahmed Al Hameli (UAE)
RET RET
0
FÓRMULA 4-S OS F4 TAMBÉM COMPETEM EM PORTUGAL Para além dos F1, o evento vai incluir duas corridas da Fórmula 4 (uma espécie de categoria de iniciação), onde competem nove pilotos em representação das principais equipas que estão disputar o Campeonato do Mundo na categoria principal.
ondulação obrigou a Organização a interromper a corrida por questões de segurança, o arranque desta série em 2015 acontecerá em Portugal, com duas corridas de 20m cada, a primeira no sábado e a segunda no domingo, ambas com início às 16h00.
Embora muito semelhantes aos seus parentes da F1H20, os barcos utilizados nesta fórmula são ligeiramente mais curtos, mais leves e, naturalmente, menos potentes, estando equipados com motores a 4 tempos de 60 cavalos, atingindo velocidades na ordem dos 120 km/h.
O F1 Atlantic Team de Duarte Benavente tem sido o grande dominador desta categoria nos últimos anos, tendo conquistado os títulos mundiais de 2013 e 2014 através do piloto alemão Mike Szymura, de 20 anos.
Por força da anulação da anulação da prova agendada para Doha, no Qatar, uma vez que a forte
A principal oposição deverá estar uma vez mais a cargo do Team Sweden, através da australiana Briney Rigby, uma das mais jovens de todo o pelotão, com apenas 16 anos.
LISTA DE INSCRITOS | FÓRMULA 4-S Nº EQUIPA
PILOTO (NAC)
10 29 35 41 56 56 78 88
Mike Szymura (ALE) Ferdinand Zandbergen (HOL) Elisa Leidi (ITA) Briney Rigby (AUS) Rashed Al Remeithi (UAE) Rashed Al Qemzi (UAE) Joakim Halvorsen (NOR) Wu Bingchen (CHI) Mansoor Al Mansoori (UAE)
Atlantic Team/Interpass/GC Mad-Croc Baba Racing Team Motorglass F1 Team Team Sweden Team Abu Dhabi Team Abu Dhabi EMIC Team China CTIC Team Team Emirates
F1H20 | OS BARCOS
OS FÓRMULA 1 DA ÁGUA Descubra todos os pormenores e características destes impressionantes barcos que desafiam a gravidade e voam literalmente sobre a água a velocidades próximas dos 240 km/h.
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS Carroçaria Comprimento Largura Peso Depósito Motor Potência Velocidade Aceleração
Fibra de carbono, kevlar 6,00 metros 2,1 metros 390 kg 120 litros V6 de 2,5 litros 400 cv às 10,500 rpm Mais de 240 km/h 0-160 km/h em 4 segundos
Pesando pouco mais de 500 quilos (piloto já incluído) e equipados com motores V6 de 2,5 litros que debitam uma potência de quase 400 cavalos, os barcos utilizados nesta competição desafiam as leis da gravidade a cada corrida, passando mais tempo com o casco no ar do que propriamente em contacto com a água.
Mas talvez o mais surpreendente destes barcos seja mesmo a sua agilidade e capacidade de viragem, já que são capazes de descrever apertadas curvas de 180 graus a mais de 150 km/h, gerando forças G superiores a 4.5 – ou seja, até 4.5 vezes o peso do piloto. E tudo isto, sem recurso a qualquer sistema de travagem ou caixa de velocidades.
Construídos essencialmente em fibra de carbono e kevlar, os barcos medem 6 metros de comprimento por 2 metros de largura. Com uma incrível relação peso/potência, os barcos utilizados no Campeonato do Mundo de Motonáutica chegam a ser mais rápidos do que os seus parentes do alcatrão, acelerando dos 0 aos 160 km/h em apenas quatro segundos.
Conduzir e competir num barco destes exige, por isso, uma excelente condição física, enorme perícia e capacidade de decisão em frações de segundo.
Não menos impressionantes são as velocidades máximas atingidas, já que dependendo das condições do vento e do plano de água, estes barcos chegam a atingir velocidades próximas dos 240 km/h.
Inaugurada em 1981, esta competição é em quase tudo semelhante ao Campeonato do Mundo FIA de Fórmula 1, quer pelo exigente regulamento técnico a que todas as equipas estão sujeitas, quer pelo facto de juntar os melhores e mais experientes pilotos desta disciplina, regulada pela União Internacional de Motonáutica (U.I.M.) e promovida pela F1H2O.
ENTREVISTA | DUARTE BENAVENTE
“O rio Douro é o meu sítio de sonho” No Grande Prémio de Portugal, as atenções do público vão estar certamente voltadas para Duarte Benavente, o português que desde 1999 tem marcado presença regular neste campeonato, representando o F1 Atlantic Team. Determinante no regresso do Grande Prémio de Portugal ao calendário da União Internacional de Motonáutica, Duarte Benavente não tem dúvidas que o rio Douro é o cenário ideal para a realização desta prova. E o local a que todos os pilotos vão querer regressar.
O Duarte é um dos mais experientes pilotos do Mundial, tendo já participado em mais de 130 Grandes Prémios desde a sua estreia em 1999. O que o faz manter nesta competição? A enorme paixão pela velocidade e por este desporto que me habituei a praticar desde pequenino, seguindo, de resto, as pisadas do meu pai (Mário Benavente), que foi também piloto de motonáutica. Já foi Campeão do Mundo de F4 e Campeão Europeu de F2. Contudo, persegue ainda uma primeira vitória na categoria rainha da motonáutica. Será que neste regresso da F1 a Portugal vamos ter o Duarte a lutar por uma vitória? A lutar certamente que sim, com todas as minhas forças e dedicação. Contudo, tudo vai depender de um conjunto de fatores, como a minha própria adaptação ao circuito e o trabalho de afinação que conseguirmos realizar no barco. Seja como for, voltar a correr é já um aliciante extra e um motivo de enorme orgulho para mim e para toda a equipa.
Com motores que são teoricamente iguais para todas as equipas, o que faz realmente a diferença nestas provas: a perícia dos pilotos ou o orçamento das equipas? Um pouco das duas. Os blocos do motor são de facto iguais, mas depois são preparados de forma muito diferente, acabando as equipas com maior orçamento por conseguirem contratar os melhores engenheiros, o que as coloca a um nível competitivo superior. É verdade que isso não é tudo, mas conta muito... Além de piloto, o Duarte é o proprietário do F1 Atlantic Team, uma das nove equipas que disputam o Mundial. O que dá mais trabalho: pilotar o barco ou gerir a equipa? São duas vertentes que me dão muito prazer, embora admita que seja talvez mais difícil e exigente gerir a equipa e ter que organizar toda a logística ao longo de uma época de corridas. De qualquer forma, é algo que não atrapalha em nada a minha faceta de piloto, porque é um trabalho que adoro fazer.
Campeão do Mundo de F4 em 1998 e Campeão Europeu de F2 em 1999, Duarte Benavente é um dos mais experientes pilotos a competir nesta categoria, onde já por cinco vezes subiu ao pódio, tendo como melhor resultado um segundo lugar. Em 2014, concluiu o Campeonato no 7º lugar, tendo agora o seu colega de equipa, Yossef Al Rubayan, vencedor do último Grande Prémio de França, na viceliderança do Mundial.
O F1 Atlantic Team está atualmente no segundo lugar do Campeonato. Apesar de não ter ainda os meios técnicos e humanos das equipas de ponta, será possível acalentar o sonho de lutar pelo título de 2015? Acredito que sim. É verdade que não temos o orçamento de algumas equipas do pelotão, mas estamos a dar passos pequenos e certos para sermos uma equipa cada vez mais forte e competitiva. Tenho uma excelente relação com o meu colega de equipa, que está a atravessar um excelente momento de forma, pelo que estou confiante que podemos fazer um grande resultado no final desta temporada. O Duarte foi um dos grandes impulsionadores para o regresso do GP de Portugal ao calendário do Mundial. O que o fez lutar tanto para trazer esta prova para o Porto? De facto, lutei imenso para que esta prova regressasse a Portugal e viesse pela primeira vez ao Porto, porque o Porto reúne, de facto, todas as condições logísticas para receber esta prova. Além de ser uma cidade lindíssima e que é hoje mundialmente conhecida, tem um rio com condições fabulosas para a prática desta espetacular disciplina. O rio Douro é, aliás, o meu sítio de sonho para fazer esta prova.
Qual é a expetativa da Organização e dos restantes pilotos que competem no Mundial em relação a esta jornada? A expetativa é enorme e acho que estão reunidas todas as condições para que este seja um grande evento. Estivemos há pouco tempo em França num cenário lindíssimo e a verdade é que todos falam na prova do Porto. Os pilotos e todos os que acompanham este circuito estão entusiasmadíssimos por virem pela primeira vez ao Porto e a Gaia. E muitos vão ficar uma ou duas semanas depois da prova para conhecerem o Porto e a região.
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