Ciclo de Fotografia no Edifício AXA —de 27 de junho a 31 de agosto

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Ciclo de Fotografia inaugura a 27 de junho no Edifício AXA, sob o signo de Henri Cartier-Bresson, reflexões artísticas sobre fotografia contemporânea e grandes nomes do fotojornalismo nacional. Depois de ter acolhido a maior exposição de Street Art da cidade do Porto, e mais de 20.000 visitantes num mês, o Edifício AXA recebe de 27de junho a 31 de agosto um novo ciclo de exposições, e reflexões, agora dedicado à fotografia. Tendo como elemento central a exposição “L’imaginaire d´aprés nature”, de Henri Cartier-Bresson (HCB), este Ciclo incluirá a exposição “Encenação do quotidiano” que se propõe refletir sobre a fotografia contemporânea e ainda o “Projecto Troika, em construção”, que se apresenta pela primeira vez ao público, e que inclui destacados nomes do nosso panorama nacional. Elegendo agora a fotografia como centro das atenções, o Edifício AXA promete uma vez, não só tornar-se um dos locais de visita obrigatória dentro da atual oferta cultural da cidade, como num dos locais de reflexão sobre essa mesma atualidade e da sua estreita ligação com o quotidiano das cidades e das suas pessoas.

“L'imaginaire d'après nature”, de Henri Cartier-Bresson É já no próximo dia 27 às 22:00 que inaugura a exposição de fotografia “L’imaginaire d’aprés nature” de Henri Cartier-Bresson (HCB), e que trará ao Porto 54 fotografias originais daquele que é considerado o pai do fotojornalismo. Falecido em 2004, HCB permanece, para uma geração inteira de jornalistas amantes da liberdade, o pai do instante decisivo, tantas foram as grandes personalidades do século passado que fotografou como Fidel Castro, Pablo Picasso, Édith Piaf, Che Guevara, Henri Matisse, entre muitos outros, e tantos foram os momentos marcantes do século XX que registou numa fração de segundos. Na verdade, se olharmos para o século XX através da lente de Henri Cartier-Bresson, vemos que está tudo lá: a era do jazz da década de 1920, a guerra colonial da África, a guerra civil espanhola, o desenvolvimento dos direitos humanos, a expansão capitalista, as duas guerras mundiais, os últimos momentos de vida e o funeral de Ghandi, a descolonização, o primeiro homem no espaço, a coroação de George VI, a Guerra Civil Espanhola, a entrada triunfal de Mao em Pequim, o colapso do bloco soviético, tendo sido inclusive o primeiro fotógrafo a entrar na Rússia após a morte do estadista Estaline… Cartier Bresson foi ainda o fundador da agência de fotografias mais famosa do mundo ao lado de seu amigo Robert Capa, a “Magnum”. A exposição que estará patente no Edifício AXA foi inaugurada em moldes muito semelhantes em 2009 no Museu de Arte Moderna de Paris, por altura do centenário de HCB, sendo na altura a “reprodução” de uma exposição feita pelo fotógrafo em 1975 com uma espécie de "best of" do seu trabalho, montada “à época”, ou seja, como acontecia na década de setenta, com impressões de grande formato (70x90 cm), em papelão ou alumínio. “O Olho do Século”, como também era chamado HCB dizia que, em fotografia, "a menor coisa pode ser um grande assunto, o pequeno detalhe humano se tornar um leitmotiv". Fotografando sempre a preto e branco, nunca cortou nenhuma imagem, mantendo sempre todos os detalhes originais do instante captado, que considerava essenciais. Esta exposição é assim uma oportunidade de ver algumas das obras mais emblemáticas deste génio da fotografia, e de perceber a relevância dos seus ensinamentos no panorama do fotojornalismo contemporâneo, nas outras iniciativas que integram este Ciclo do Edifício AXA.


“A encenação do quotidiano” Esta exposição ocupará os pisos 6 e 7 do AXA, inaugurando em simultâneo com a anterior. O convite foi dirigido a actuantes no universo da crítica , da estética, da arte e da fotografia, partindo de um entendimento do que é a fotografia contemporânea e dos conceitos de encenação e de quotidiano. O objetivo da exposição é o de refletir e provocar a reflexão sobre a fotografia contemporânea. O resultado, espera-se interdisciplinar, inusitado, inquieto e inquietante…e será, certamente, inesperado. As áreas de intervenção serão diversas e os resultados cruzarão instalação, fotografia, vídeo, multimédia… mas também a áreas de curadoria, a crítica… a intenção é essencialmente disruptiva, mas sem perder de vista, a perspetiva de construir algo sobre o que refletir, um ponto de partida para uma discussão inclusiva, e que se quer participada, e continuada. Os trabalhos apresentados representarão o resultado das reflexões feitas por Fátima Lambert, Gabriela VazPinheiro, André Cepeda, Paulo Catrica, Carlos Lobo e Guy Amado. Tiago Afonso, Rogério Martins, Hugo R. Costa, Cláudio Reis, Gabriela Machado, Praça Pereira Coutinho, Samuel Rama, Pedro Bandeira, Tiago Casanova, Pedro de Passos, Wagner Morales Teresa Luzio e Catarina Botelho, são os nomes dos artistas já confirmados e que integrarão esta exposição representando as reflexões acima referidas.

“Projecto Troika, em construção” Duas semanas depois da inauguração deste Ciclo de dedicado à Fotografia, a 12 de julho, pelas 22h, inaugurará uma nova exposição, em processo de construção, pela mão de Adriano de Miranda, António Pedrosa, Bruno Simões Castanheira, José Carlos Carvalho Lara Jacinto, Paulo Pimenta, Pedro Neves, Vasco Célio e Rodrigo Cabrita. 8 fotógrafos e 1 realizador que lançam um olhar ao país pós troika: “Nove olhares, nove fragmentos de um país que mudou. Nesta exposição vamos dar ao público parte da construção do nosso trabalho, pedaços de espaços habitados e vazios mas sempre com gente dentro. Experimentamos, numa perspectiva em work-in-progress, um trabalho inacabado e que só conseguiremos levar a bom termo se a sociedade quiser.” Na rua, assistimos a uma situação bem diferente da que aparece nos relatórios de instituições que nos comandam à distância, em Portugal e no estrangeiro. Leis e contas feitas dentro de gabinetes que não medem o pulsar de uma realidade que nos entra pelos olhos a dentro, que fica impressa nas imagens que temos captado de câmara em punho. Quando nos propusemos, os nove, a captar o rasto da Troika e das políticas que a apoiam, em fotografia e vídeo, nunca mais parámos. Estamos a fazer um livro com um filme dentro. O país está melhor. Os portugueses estão pior.” A exposição contará ainda com a participação dos artistas convidados, Carlos Oliveira, Isaque Pinheiro, Nuno Florêncio, Rute Rosas e Rafi, que irão expor trabalhos desenvolvidos a partir do conceito deste projeto.

Porto, 18 de junho de 2014


Atividades Paralelas A par das exposições referidas, o Edifício AXA manterá a sua vocação para desenvolver e acolher as mais variadas atividades paralelas, com destaque para as relacionadas diretamente com a temática eleita como destaque, de modo a envolver os mais variados públicos e a gerar proximidade com públicos improváveis, cumprindo assim a sua missão de gerar novos e mais atentos espectadores para a oferta da cidade em geral. Nesse sentido, o Serviço Educativo continuará a desenvolver visitas guiadas e oficinas e workshops para todas as idades, agora mais centrados na temática da fotografia, e que prometem criar uma maior proximidade entre o público em geral e o mundo da fotografia. A par das habituais propostas e da gestão a cargo do Serviço Educativo do Edifício AXA a cargo da ESE IPP, o Serviço Educativo integrará também um workshop da Corbis sob a temática dos direitos de autor relacionado com as imagens hoje em dia tão aparentemente disponíveis no internet, bem como um conjunto da oficinas de fotografia do Instituto de Fotografia Português, integradas por ações de formação de curta duração pensadas para todas as pessoas que gostam de fotografar e que sentem a falta de uma orientação prática. Está também prevista a realização do Colóquio “O Efeito de Veracidade da Imagem Fotográfica”, por Alexandra Beleza Moreira I Professora de Estética, Estética Contemporânea e Crítica de Arte no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro. A 19 de agosto, o Dia Mundial da Fotografia será marcado por uma ação colaborativa a decorrer no espaço público, e cujo conteúdo decorrerá do envolvimento prévio da população, através de uma convocatória aberta a lançar no mês de julho.


PROGRAMA GERAL Ciclo de Fotografia_Edifício AXA_27 de junho a 31 de agosto Horários das Exposições: 2.ªs e 3.ªs e 4ªs (encerrado ao público) I 5ªs: 11h às 23h; 6ªs, sábados e vésperas de feriados - 11 à 1h; domingo: 11h às 19h

EXPOSIÇÕES L'IMAGINAIRE D'APRÈS NATURE I PISO 3 Inauguração 27 de junho, 22h I Patente até 31 de agosto Exposição de Fotografia de Henri Cartier-Bresson A ENCENAÇÃO DO QUOTIDIANO I PISOS 6 e 7 Inauguração 27 de junho, 22h I Patente até 31 de agosto

Exposição coletiva, que terá como ponto de partida a reflexão da fotografia contemporânea aproximando actuantes de diferentes áreas . As disciplinas presentes serão instalação, fotografia, vídeo, multimédia curadoria, crítica Participação: André Cepeda propõe Tiago Afonso Carlos Lobo propõe Rogério Martins; Hugo R. Costa; Cláudio Reis Fátima Lambert propõe Gabriela Machado, Graça Pereira Coutinho e Samuel Rama Gabriela Vaz-Pinheiro propõe Catarina Botelho Guy Amado propõe: Wagner Morales; Teresa Luzio Paulo Catrica propõe Pedro Bandeira Tiago Casanova propõe Pedro de Passos PROJECTO TROIKA, EM CONSTRUÇÃO I PISO 2 Inauguração 12 de julho, 22h I Patente até 31 de agosto Um projeto de: Adriano de Miranda; António Pedrosa; Bruno Simões Castanheira; José Carlos Carvalho; Lara Jacinto; Paulo Pimenta; Pedro Neves; Vasco Célio; Rodrigo Cabrita Artistas convidados: Carlos oliveira Isaque Pinheiro, Nuno Florêncio, Rafi, Rute Rosas ATIVIDADES PARALELAS: COLÓQUIO “O EFEITO DE VERACIDADE DA IMAGEM FOTOGRÁFICA” Julho (dia a confirmar) Por Alexandra Beleza Moreira SERVIÇO EDUCATIVO o 5 e 19 julho I “Instante decisivo - Inconsciente Fotográfico” (ESE/AXA) o 12 de Julho I "Caixas de luz"(ESE/AXA) o julho (dia a confirmar) I “Banco de Imagens: Serviços e Direitos de Autor” (CORBIS) o Oficinas de fotografia (IFP)  12 de Julho | das 15h às 18h00 I Oficina de Processamento RAW  26 de Julho | das 15h às 18h Oficina de Flash portátil I  09 de Agosto | das 19 às 21h Oficina de Estúdio em casa  28 de Junho | das 15h às 18h; 29 de Agosto | das 19 às 21h I Oficina de Iphonografia A inscrição via e-mail com Ficha de Inscrição (que lhe poderá ser enviada por e-mail) O IPF só se obriga à abertura de cursos que tenham pelo menos 12 inscrições. Informações e inscrições: IPF – Porto I Rua da Vitória 129 I Tel 223 326 875 I Email: ipf.porto@ipf.pt


EDIFÍCIO AXA I CICLO FOTOGRAFIA NOTAS BIOGRÁFICAS

L'IMAGINAIRE D'APRÈS NATURE I PISO 3 Inauguração 27 de junho, 22h I Patente até 31 de agosto Exposição de Fotografias de Henri Cartier-Bresson “A máquina fotográfica é para mim um caderno de esboços, o instrumento da intuição e da espontaneidade, o mestre do instante que, em termos visuais, questiona e decide alternadamente. Para “significar” o mundo é preciso sentir-se implicado naquilo que recortamos através do visor. Esta atitude exige concentração, sensibilidade, um sentido de geometria. É através da economia de meios e, sobretudo, um esquecimento de si próprio que chegamos à simplicidade da expressão. Fotografar: é suster a respiração quando todas as nossas faculdades convergem para captar a realidade evasiva; nesse momento a captura de uma imagem reveste-se de uma enorme felicidade física e intelectual. Fotografar é nivelar na mesma linha de mira a cabeça, o olhar e o coração. É um modo de vida.” Henri Cartier–Bresson

Nota Biográfica: 1908 - Nascido em 22 de agosto em Chanteloup, Seine-et-Marne. Estuda no Lycée Condorcet, Paris. 1923 Desenvolve um apaixonado interesse pela pintura e pelas caraterísticas do Surrealismo. 1927-28 Estuda pintura com André Lhote. 1930 Passa um ano na Costa do Marfim, onde tira as suas primeiras fotografias. De volta à Europa, concentra-se na fotografia. 1933 Expõe na Julien Levy Gallery, Nova Iorque. As suas fotografias são depois exibidas no Ateneo Club, em Madrid. 1934 Passa um ano no México numa expedição etnográfica. Expõe com Manuel Alvarez Bravo no Palacio de Bellas Artes do México em 1935. 1935 Passa algum tempo nos EUA, onde tira as suas primeiras fotografias de Nova Iorque e faz as suas primeiras experiências em cinema, com Paul Strand. Exposição ‘Photographs by HCB, Walker Evans, Manuel Alvarez Bravo’ na Julien Levy Gallery, Nova Iorque. 1936 Trabalha como segundo assistente de Jean Renoir em Une partie de champagne. 1937 Por indicação de Louis Aragon publica na Regards uma série de reportagens fotográficas, incluindo a cobertura da coroação de George VI. 1939 Trabalha como assistente em La Règle du jeu, de Renoir. 1940 É feito prisioneiro pelos alemães e consegue fugir, à terceira tentativa, em fevereiro de 1943. 1943 Trabalha para o MNPGD, uma organização secreta dedicada a auxiliar prisioneiros e fugitivos. 1944-45 Faz uma série de retratos fotográficos de escritores e artistas (Matisse, Picasso, Braque, Bonnard, Claudel, Rouault, etc.) para as Edições Braun. Fotografa a Libertação de Paris integrado numa equipa. Dirige Le Retour, um documentário sobre a repatriação de prisioneiros e detidos de guerra. 1946 Passa mais de um ano nos EUA a trabalhar na chamada exposição “póstuma” do seu trabalho, proposta pelo Museum of Modern Art de Nova Iorque numa altura em que se acreditava que tinha morrido na guerra. 1947 Exposição ‘The Photographs of Henri Cartier-Bresson’ no Museum of Modern Art , Nova Iorque. Com Robert Capa, David Seymour (Chim), William Vandivert e George Rodger funda a agência cooperativa Magnum Photos. 1947-50 No Extremo Oriente durante três anos: na India, na morte de Gandhi, na China, nos últimos seis meses do Kuomintang e nos primeiros seis meses da República Popular, e na Indonésia, na independência. 1952 O seu primeiro livro Images à la sauvette, capa de Matisse, é publicado pela Tériade. 1954 Publicação por Robert Delpire do seu livro sobre teatro balinês, Les danses à Bali (1954), marcando o início de uma longa colaboração com a Delpire. É o primeiro fotógrafo a quem é permitida a entrada na URSS durante o período da détente. 1955 Primeira exposição em França, no Pavillon de Marsan, no Louvre, que percorre, de seguida, todo o mundo.


A Tériade publica Les Européens (Os Europeus), capa de Miró. 1958-59 Regressa à China durante três meses para o décimo aniversário da República Popular da China. 1963 Regressa ao México pela primeira vez em trinta anos, onde permanece durante quatro meses. A Life Magazine envia-o a Cuba. 1965 Viaja pelo Japão durante vários meses. 1966 Regressa à Índia. Termina a relação profissional ativa com a Magnum Photos, apesar da agência de distribuição reter os seus arquivos. 1967 Comissionado pela IBM para criar ‘Man and Machine’. 1968-69 Passa um ano a viajar em França para a Reader’s Digest e publica um livro, Vive la France, para acompanhar a exposição ‘En France’, instalada no Grand Palais, em 1970. Dirige dois documentários para a CBS News, nos EUA. 1972 Regressa à URSS. 1975 Primeira exposição de desenhos na Carlton Gallery, Nova Iorque. Concentra-se no desenho, mas continua a praticar o retrato e a paisagem fotográficos. 1979 Robert Delpire publica o livro HCB Photographe. 1981 Grande Prémio Nacional de Fotografia, apresentado pelo Ministro da Cultura em Paris. 1987 O Museum of Modern Art, Nova Iorque, acolhe a exposição de fotografias ‘Henri Cartier-Bresson: The Early Work’. 1988 O Centre National de la Photographie celebra o seu octogésimo aniversário. 2000 Planeia (com a sua mulher Martine Franck e a sua filha Mélanie) criar a Fondation Henri Cartier-Bresson, para guardar o conjunto dos seus trabalhos de uma forma permanente e para servir como local de exposição aberto a outros artistas. 2002 A Fondation Henri Cartier-Bresson recebe a aprovação do estado. 2003 Inauguração da Fondation Henri Cartier-Bresson. Exposição retrospetiva ‘HCB : de qui s’agit-il ?’ na Bibliothèque Nationale de France. 2004 Henri Cartier-Bresson morre em Montjustin a 3 de agosto. 2006 ‘Le Scrapbook d’Henri Cartier-Bresson’ é exposto na Fondation HCB e a Steidl publica Scrapbook. 2010 O Museum of Modern Art (MoMA), Nova Iorque, apresenta postumamente a exposição ‘Henri Cartier-Bresson: The Modern Century’, organizada por Peter Galassi. A exposição viaja para o Art Institute, de Chicago, o San Francisco Museum of Modern Art (SFMOMA), e o High Museum of Art, de Atlanta. 2014 O Centre Pompidou, em Paris, expõe a nova retrospetiva Henri Cartier-Bresson.


A ENCENAÇÃO DO QUOTIDIANO I PISOS 6 e 7 Inauguração 27 de junho, 22h I Patente até 31 de agosto Participação: André Cepeda propõe Tiago Afonso Carlos Lobo propõe Rogério Martins; Hugo R. Costa; Cláudio Reis Fátima Lambert propõe Gabriela Machado, Graça Pereira Coutinho e Samuel Rama Gabriela Vaz-Pinheiro propõe Catarina Botelho Guy Amado propõe: Wagner Morales; Teresa Luzio Paulo Catrica propõe Pedro Bandeira Tiago Casanova propõe Pedro de Passos ANDRÉ CEPEDA Propõe TIAGO AFONSO ANDRÉ CEPEDA I André Cepeda nasceu em 1976, em Coimbra. Vive e trabalha no Porto. Frequentou o curso de fotografia na École des Art d’Ixelles de Bruxelas. Colaborou com diversas instituições como os Encontros de Fotografia, Centro Português de Fotografia e Fundação Ílidio Pinho, onde foi responsável pelo tratamento e digitalização de imagens do projecto www.anamnese.pt. Expõe regularmente desde 1999, em Portugal e no estrangeiro. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Das suas recentes exposições individuais destacam-se: Explicação da Lâmpada, Galeria Pedro Oliveira, Porto 2014; Rien, Centro Cultural Vila Flor, Guimarães, 2014, Museu do Neo Realismo, vila Franca de Xira, 2013; Ontem, Gallery INVALIDEN, Berlim, Alemanha, 2012; Kanal, com Eduardo Matos, Espace Photographique Contretype, Bruxelas, 2012 e Standard Delux, Laussanne, Suiça; 2011, Centro de Artes Visuais, Coimbra, 2011; Untitled, Galeria Pedro Oliveira, Porto, 2010; Ontem, Espace Photographique Contretype, Bruxelas, Bélgica, 2010; BesPhoto 2010, Museu Berardo, CCB, Lisboa, 2010; TIAGO AFONSO I Tiago nasceu a 4 de março de 1978. Licenciou-se em Cine-Vídeo na ESAP, fez formação nos ateliers Varan no Programa Criatividade e Criação Artística da Fundação Gulbenkian, acompanhou o Seminário de Jean Rouch "Anthropologie et Cinéma" na Cinemateca Francesa e concluiu o mestrado em cinema documental da ESMAE-IPP. Como atividade principal, realiza filmes de pendor documental. Realizou trabalhos de instalação-vídeo e trabalha como técnico (câmara, som, montagem) para filmes de outros realizadores: Rodrigo Areias, Regina Guimarães, Ricardo Leite, Catarina Alves Costa, Saguenail, André Gil Mata, Paulo Abreu e Amarante Abramovici. Leciona na Licenciatura de Comunicação Audiovisual e Multimédia da ULP, além de orientar formações nas áreas de introdução à linguagem cinematográfica e cinema-directo (documentário). Colabora regularmente com companhias de teatro. Como programador, co-programou o 5º Panorama do Documentário Português, integrou a equipa de programação do Sabor do Cinema, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, e colabora na programação do festival DocLisboa.


CARLOS LOBO Propõe ROGÉRIO MARTINS; HUGO R. COSTA; CLÁUDIO REIS CARLOS LOBO I Carlos Lobo é licenciado, desde 1997, em ensino de Português e Inglês pela Universidade de Aveiro. Tem formação na área do audiovisual e possui o Bacharelato em Tecnologias da Comunicação Audiovisual, pelo Instituto Politécnico do Porto. Concluiu o mestrado em Imagem e Comunicação em 2005, CARLOS LOBO I Carlos Lobo é licenciado, desde 1997, em ensino de Português e Inglês pela Universidade de Aveiro. Tem formação na área do audiovisual e possui o Bacharelato em Tecnologias da Comunicação Audiovisual, pelo Instituto Politécnico do Porto. Concluiu o mestrado em Imagem e Comunicação em 2005, na Goldsmiths University, em Londres. Atualmente frequenta um programa de doutoramento em Fotografia na Universidade Católica do Porto. Em 2006, fez parte do «Programa Criatividade e Criação Artística», da Fundação Calouste Gulbenkian. É ainda docente na Universidade Católica do Porto e comissário de fotografia do CAAA (Guimarães). No campo dos livros, é fundador da editora de livros de fotografia LEBOP. HUGO R. COSTA I Hugo Costa nasceu em Lisboa em 1978. Estudou fotografia na Ar.Co (Lisboa), licenciou-se em Imagem na Escola Superior de Teatro e Cinema (Lisboa) e frequenta, atualmente, o mestrado em Fotografia na Universidade Católica (Porto). Expôs na Galeria Municipal de Exposições do Palácio Quinta da Piedade (2014). Em 2013, foi seleccionado para o prémio DST Emergentes, inserido nos Encontros de Imagem em Braga. Recebeu o Prémio Bienal na Bienal de Vila Franca (2012) e participou, em 2012, no Festival Cannes Court Métrage com o filme O Grito. CLÁUDIO REIS I Cláudio Reis nasceu em Vila do Conde em 1980. Atualmente, encontra-se a concluir o Mestrado em Fotografia na Escola das Artes da Universidade Católica do Porto (EA/UCP). Estudou Arquitectura na École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL), na Suíça, tendo obtido o diploma em Arquitectura na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), em 2004. Desenvolve, desde 2008, atividade na área de ilustração, visualização digital, e mais recentemente fotografia. Os seus projectos pessoais têm vindo a ser distinguidos e seleccionados para diversas exposições e publicações associadas: Prémio de “Melhor Fotografia”, em 2014, no 11ºº Black & White Festival; o Primeiro Prémio Cityscopio International Photography Narrative Contest, em 2013; Ancrages, Espace Six Elzévir em Paris, 2013; Death is not justice, no Musée des Arts Décoratifs em Paris, em 2010; White House Redux, Storefront for Art and Architecture Gallery, Nova Iorque, em 2008. ROGÉRIO MARTINS I Rogério Martins nasceu em Guimarães em 1977. Licenciou-se em 2002, em Engenharia de Sistemas e Informática, pela Universidade do Minho. Concluiu em 2012 a Pós Graduação em Fotografia, na Escola das Artes da Universidade Católica do Porto. Das várias exposições individuais e coletivas, destacam-se: “Ausência de memória, visual”, em 2013, na Casa da Imagem em V.N. de Gaia e “Paisagem Urbana”, no Guimarães Noc Noc, em 2012. No mesmo ano, expôs “Não-lugares”, no CAAA, em Guimarães. Em 2010, realizou workshops de fotografia com Carlos Lobo e Susana Paiva. Participou ainda no “Curso de Fotografia a Preto e Branco”, organizado pela Secção de Fotografia do Cineclube de Guimarães. Integrou o Workshop Scan and Print, orientado pela Blues Studio Photography, em 2012. Colabora desde 2011 com a Secção de Fotografia do Cineclube de Guimarães, um espaço destinado à formação, realização e discussão da fotografia.


FÁTIMA LAMBERT propõe GABRIELA MACHADO, GRAÇA PEREIRA COUTINHO; SAMUEL RAMA Curadoria Fátima Lambert I “Encenações do quotidiano: lentidão, intervalo e demora” FÁTIMA LAMBERT I Gabriela Machado nasceu no Porto. É licenciada em Filosofia (1982) pela Faculdade de Filosofia de Braga da Universidade Católica. É mestre em Filosofia Moderna e Contemporânea (1986) pela mesma Universidade, com a dissertação: “A Estética Pessoana no Modernismo Português”. Doutorada em Filosofia Moderna e Contemporânea – Estética (1998) pela Faculdade de Filosofia de Braga, na Universidade Católica Portuguesa, apresentou a dissertação: “Fundamentos Filosóficos da Estética de Almeida Negreiros”. É coordenadora do Curso de Licenciatura de Gestão do Património, Escola Superior de Educação do IPP, desde 1998. Foi coordenadora a Comissão para o Ensino Artístico, Ministério da Educação, Lisboa e Presidente do Conselho Científico da Escola Superior de Educação do IPP, de 1998 a 2003.

GABRIELA MACHADO I Gabriela Machado nasceu em Santa Catarina, em 1960. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. É formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Santa Úrsula desde 1984. Participou em trabalhos de restauração na Fundação Roberto Marinho. Estudou gravura, pintura, desenho e teoria da arte na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (Rio de Janeiro, 1987-1992). Frequentou cursos em História da Arte, por Paulo Venâncio Filho, Paulo Sérgio Duarte e em Estética e História da Arte, por Ronaldo Brito. Em 2012, realizou uma exposição no Paço Imperial do Rio de Janeiro. No mesmo ano, realizou uma exposição individual na Galeria Bolsa de Arte de Porto Alegre. Inaugurou a exposição Cadência, na Galeria Moura Marsiaj (SP). Entre as suas exposições individuais destacam-se: Desenhos no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (2002); Centro Universitário Maria Antônia (São Paulo, 2002); Neuhoff Gallery de Nova York (2003). Gabriela Machado está presente em importantes coleções brasileiras, como as de Gilberto Chateaubriand, José Mindlin, George Kornis, João Carlos Figueredo Ferraz, Charles Cosac, Fundação Castro Maya, Instituto Brasileiro de Arte e Cultura, Centro Cultural Cândido Mendes e Fundação Catarinense de Cultura (MASC), e mais recentemente, na Fundação ECCO e no Museu de Arte da Pampulha. GRAÇA PEREIRA COUTINHO I Graça Pereira Coutinho nasceu em Lisboa onde tirou o curso de escultura na ESBAL. Em 1971 foi estudar para Londres, onde tirou o curso de pós-graduação ST. Martins School of Art. Das inúmeras exposições que realizou destacam-se: Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa Fundação de Serralves, Porto Caixa Geral de Depósitos, Lisboa Museu de Arte Contemporânea Osaka, Japão Bienal de São Paulo, Brasil MAC, Badajoz Museu Historico Nacional, Rio de Janeiro Centro Britânico, São Paulo Centro Cultural Ecco-Brasilia Tem exposto na Todd Gallery, Londres; Galeria Graça Fonseca, Lisboa; Galeria Cristina Guerra, Lisboa; Galeria Porta 33, Funchal; Galeria João Esteves de Oliveira, Lisboa, entre outras. Tem trabalhos em várias colecções particulares e nas colecções da Caixa Geral de Depósitos, Fundação António Prates, Fundação PLMJ, Museu de Arte Contemporânea Belém, Brasil, Museu de Arte Contemporânea Osaka, Japão, Fundação Calouste Gulbenkian, Centro Cultural de Belém, Lisboa, etc. SAMUEL RAMA I Samuel Rama nasceu em 1977, em Montemor-o-Velho. É doutorado em Artes Visuais, pela Universidade Politécnica de Valência, desde 2013. Possui Diploma de Estudos Avançados, pela mesma instituição desde 2008. Realizou, em 2006, uma Pós-Graduação em Artes Visuais e Intermédia, pela Universidade Politécnica de Valência. No mesmo ano, frequentou o Curso de Representação no século XXI: Media, Novos Media e Meta-Media, Orientado por Lev Manovich, no Centro Cultural de Belém. É licenciado em Artes Plásticas , pela Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha. Realizou, em 2003, o Curso de Artes Performativas, Orientado por Rebecca Schneider. Entre 2000 e 2002, frequentou cursos de Fotografia e de Gravura. Das várias exposições, destacam-se: MEGAPARSECS, em 2012, no Teatro da Politécnica/ Artistas Unidos, em Lisboa; SITE SIZE, em 2011, no Carpe Diem, em Lisboa; ACREÇÃO, em 2010, na Galeria 111, em Lisboa.


GABRIELA VAZ-PINHEIRO Propõe CATARINA BOTELHO GABRIELA VAZ-PINHEIRO I Gabriela Vaz-Pinheiro é formada em Escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, possui o Mestrado Europeu em Cenografia pelo Central St. Martins College e Utrecht School of the Arts, Mestrado em Teoria e Prática da Arte Pública e Design pelo Chelsea College of Art & Design, e Doutoramento por projeto pelo Chelsea College, com a tese: " Art from place: the expression of cultural memory in the urban environment and in place-specific art interventions". Foi professor convidado na Central St. Martins College of Art & Design, em Londres, entre 1998 e 2006. Recebeu bolsas de estudo da Fundação Calouste Gulbenkian, Ministério da Cultura, da Contemporary Art Society e do The London Institute, e recebeu, como artista, o apoio da Direcção Geral das Artes / Instituto das Artes, realizando trabalho que refecte sobre questões identitárias e contextuais, utilizando a produção artística como forma de interrogar a própria noção de indivíduo. Colaborou com o Institute of Contemporary Arts em Londres durante cerca de dois anos, incluindo na organização de conferências como "Spaced Out" em torno da ideia de interdisciplinaridade entre arte e arquitectura. Tem tido envolvimento contínuo em seminários interdisciplinares e publica em revistas nacionais e internacionais de arte e de pesquisa sobre arte. O seu trabalho editorial também tem sido contínuo, com múltiplo livros publicados e textos em catálogos. Responsável pelo Programa de Arte e Arquitectura para Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, ensina, desde 2004, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde dirige o Mestrado em Arte e Design para o Espaço Público, bem como colabora regularmente com várias outras instituições académicas. CATARINA BOTELHO I Catarina Botelho é licenciada em pintura pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa, desde2004. Frequentou, em 2007, o curso avançado de fotografia do Ar.Co e integrou, em 2008, o curso de Fotografia do Programa de Criatividade e Criação Artística da Fundação Gulbenkian. Expõe regularmente desde 2005. Do seu percurso artístico destacam-se os seguintes momentos: prémio Bes Revelação (2007), expondo na Fundação de Serralves, no Porto. Nesse mesmo ano apresentou a sua primeira exposição individual na Galeria Módulo em Lisboa. Em 2009, realizou a exposição Dias Úteis na Rua Anchieta 31, Lisboa. Em 2010, foi selecionada para a Plat(T)form 10 no Winterthur Museum. Em 2011, foi nomeada para o prémio Edp Novos Artístas e, em 2012, para o European Photo Exhibitiom Award cuja exposição teve lugar na Haus der Photographie, em Hamburgo. Também em 2012 vence a convocatória aberta da Galeria espanhola Elba Benitez, realizando uma exposição individual na FotoEspaña desse ano. Em 2013, realizou uma residência artística na FAAP, em São Paulo.

GUY AMADO Propõe WAGNER MORALES; TERESA LUZIO GUY AMADO I Nascido em Londres, Reino Unido [1968]. Vive e trabalha entre São Paulo e o Porto [desde 2010]. Crítico de arte e investigador em arte contemporânea, atuando também como curador independente. Integrou grupos de crítica de arte nas instituições Paço das Artes, Centro Universitário Maria Antonia e Centro Cultural São Paulo [SP/Brasil]. Colabora como freelance para diversas publicações especializadas desde 2000. Membro fundador e integrante do corpo editorial da revista Numero. Colunista da revista DasArtes desde 2009. Realizou diversas consultorias em conteúdos de arte contemporânea junto a instituições brasileiras da área como Itaú Cultural, SESC e Centro Cultural Banco do Brasil. Integrou cerca de 10 júris e comissões de seleção ou premiação de editais públicos e salões de arte no Brasil. Participa, como convidado ou organizador, de dezenas de debates e mesas-redondas sobre arte e áreas afins [entre 2002 e 2010]. Foi co-coordenador do espaço EDEN 343, em São Paulo [2007/2009], voltado para orientação e acompanhamento de práticas e processos artísticos. Atualmente desenvolve doutoramento em Arte Contemporânea no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, com a tese "Potências no avesso: do fracasso na arte contemporânea".


PAULO CATRICA Propõe PEDRO BANDEIRA PEDRO BANDEIRA I Pedro Bandeira (1970), arquiteto, é Professor Auxiliar na Escola de Arquitetura da Universidade do Minho. Em 2007, Concluiu a tese de doutoramento sob o título Arquitetura como Imagem, Obra como Representação: Subjetividade das Imagens Arquitetónicas. Recentemente desenvolveu, com Pedro Nuno Ramalho, a “Proposta de Relocalização da Ponte D. Maria Pia” no Porto. É fotógrafo amador desde 1985.

TIAGO CASANOVA Propõe PEDRO DE PASSOS TIAGO CASANOVA I Tiago Casanova nasceu na Madeira a 1988. Iniciou o Mestrado Integrado em Arquitectura na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP) em 2006. Dirigiu o 1º e o 2º ciclos “A Fotografia na Arquitectura” (2008 e 2009) e, em 2009, o “Prémio FAUP de Fotografia de Arquitectura”. Foi bolseiro da Fundação Ciência e Tecnologia para a Integração na Investigação. Em 2010 e 2012 fez parte da organização do Seminário Internacional “Na Superfície - Imagens de Arquitectura e Espaço Público em Debate” e do workshop internacional “Na Superfície - A Periferia do Centro”. Tiago expõe colectiva e individualmente desde 2005. Em 2011/12 participou no projecto internacional de residências artísticas “European Borderlines”, de Vanessa Winship e George Georgiou, e colabora regularmente com várias revistas, entre as quais a Scopio - International Photography Magazine. Em 2012 foi um dos vencedores do Prémio “Bes Revelação” e ganhou uma menção honrosa nos “Novos Talentos Fnac Fotografia”. PEDRO DE PASSOS I Pedro de Passos nasceu em Viana do Castelo em 1988. Vive e trabalha no Porto. É licenciado em Artes Visuais – Fotografia pela Escola Superior Artística do Porto. Frequentou o Mestrado Integrado em Arquitectura na mesma instituição. Concluiu em 2013 Mestrado em Arte e Design para o Espaço Público na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Pedro tem vindo a expor e a publicar o seu trabalho a nível nacional e internacional.

PROJECTO TROIKA, EM CONSTRUÇÃO I PISO 2 Inauguração 12 de julho, 22h I Patente até 31 de agosto Na rua, assistimos a uma situação bem diferente da que aparece nos relatórios de instituições que nos comandam à distância, em Portugal e no estrangeiro. Leis e contas feitas dentro de gabinetes que não medem o pulsar de uma realidade que nos entra pelos olhos a dentro, que fica impressa nas imagens que temos captado de câmara em punho. Quando nos propusemos, os nove, a captar o rasto da troika e das políticas que a apoiam, em fotografia e vídeo, nunca mais parámos. Estamos a fazer um livro com um filme dentro. Nove olhares, nove fragmentos de um país que mudou. Nesta exposição vamos dar ao público parte da construção do nosso trabalho, pedaços de espaços habitados e vazios mas sempre com gente dentro. Experimentamos, numa perspectiva em work-in-progress, um trabalho inacabado e que só conseguiremos levar a bom termo se a sociedade quiser. O país está melhor. Os portugueses estão pior. + info www.projectotroika.com<http://www.projectotroika.com> Um projeto de: Adriano de Miranda; António Pedrosa; Bruno Simões Castanheira; José Carlos Carvalho; Lara Jacinto; Paulo Pimenta; Pedro Neves; Vasco Célio; Rodrigo Cabrita Artistas convidados: Carlos oliveira Isaque Pinheiro, Nuno Florêncio, Rafi, Rute Rosas


Projecto Troika - Os Despidos I Adriano Miranda “Depois de me desafiar o PROJECTO TROIKA, cheguei a um caminho carregando uma metáfora – Os Despidos. Tenho a minha opinião sobre este terramoto económico, político e social que nos está a acontecer. Sinto-me revoltado e zangado. Olho para trás e tenho saudades, olho para a frente e não sei para onde me querem levar. Sinto-o na pele. Já quase nada resta para tirar. Estamos, cada um de nós, à sua maneira, a ficar despidos. Despidos de rendimento, despidos de trabalho. Despidos de dignidade e de direitos. Despidos de afectos, de liberdade e de alegria. Despidos de saúde, de cultura, de educação. Despidos até de revolta com as ruas vazias. Por esta maligna metáfora – despidos – fotografo portugueses em pele –nus- nas suas casas, nos seus jardins, nas suas praias, nos seus empregos ou desempregos… Fotografo gente que devia viver mas que só consegue sobreviver. Os Despidos somos todos nós.” ADRIANO MIRANDA I Adriano Miranda, fotógrafo, formado no AR.CO e fotojornalista no jornal PÚBLICO. Professor no AR.CO, CENJOR e actualmente na ESMAE. Exposições, livros, prémios e muito trabalho resumo de 20 anos de fotografia com imenso prazer. Projecto Troika - Educação.Trabalho.I António Pedrosa “1 em cada 3 jovens não trabalha, nem estuda- 434 mil portugueses entre os 15 e os 34 anos.* A geração Nem-Nem, Nem Trabalha Nem Estuda, ou o acrónimo NEET (“Not in education, Employment or Training) é formada por jovens que não consegue entrar no mercado de trabalho. Apesar de ser um problema crescente na sociedade Europeia, Portugal é um dos países em que se sentiu mais o aumento dos Nem-Nem devido ao agudizar da crise. Deste número esmagador mais de metade terminou simplesmente o ensino básico. Apesar deste problema ser transversal a esta geração os jovens com menor instrução tem uma maior probabilidade de cair nesta situação. Muitos tiverem experiências de trabalho precário e muitos vivem em casa dos pais, ou porque nunca ganharam o suficiente para sair ou porque o desemprego os devolveu. Com a continuação da falta de trabalho ou do trabalho barato e precário, com o perder constante de acesso a educação pública, com a diminuição imposta da qualidade dos serviços públicos penso sobre qual será o futuro para esta geração. ANTÓNIO PEDROSA I Fotojornalista desde 1996. Publicou em diversas revistas e jornais portugueses e internacionais. A par deste trabalho desenvolve trabalho na área da fotografia documental. Em 2012 ganhou o Grande Prémio Estação Imagem | Mora para Fotografia Documental. Vencedor da bolsa Estação de Imagem | Mora 2013 para desenvolver o projeto “Caça Grossa” que será publicado e exposto em maio 2014. Vencedor do Hasselblad Masters 2014.

Projeto Troika I Bruno Simões Castanheira O projecto Troika é liberdade de expressão e a voz de quem tem mais dificuldade para se fazer ouvir. São fotografias do sofrimento e de liquidação das conquistas sociais dos trabalhadores portugueses. Reflectem a incompatibilidade histórica entre a ausência de bem estar social e a democracia. Testemunham o país mais desigual da Europa e todos aqueles que sempre viveram abaixo das suas possibilidades. Está comprometido a dizer não a uma agenda ideológica radical e totalitária, desmontando o discurso institucionalizado, moralista e revelador de insensibilidade humana. Pretende mobilizar a sociedade para ser politicamente exigente, e quer edificar esperança e decisões com rumo. O resultado é fixar de uma forma consciente a nação que quer olhar outros olhos: livres, democráticos, e que não aceitam a degradação humana como o caminho inevitável. BRUNO SIMÕES CASTANHEIRA I Nasceu em Lisboa, em 1979. Documenta e publica como fotógrafo freelancer desde 2003. Não desvaloriza os currículos empolgantes, mas nunca teve a oportunidade nem a motivação de se realizar desta forma. Possui a consciência de ser apenas mais um, entre muitos outros, que procura através da sua existência, dar um pequeno contributo para que o mundo seja progressivamente mais livre e humanista. Uma das formas que encontrou foi reproduzir a verdade das imagens. Através delas espelha a sua definição, essência.


Projecto Troika - Os Portugueses estão tristes I José Carlos Carvalho “Vivemos hoje uma verdadeira e muito profunda depressão coletiva”, estas são palavras de Vítor Gaspar, Ministro das Finanças de Portugal e principal negociador do governo com a Troika.Estamos cada vez mais parados na vida, andamos de cabeça baixa sem olhar para a frente, estamos tristes e esta tristeza é contagiosa.Se calhar, habituámonos a ser tristes e já não sabemos ser de outra forma, sempre se disse que o nosso Fado é triste, mas nos tempos que correm esta falta de esperança pode condicionar o nosso futuro por algumas décadas. Não podemos viver sem pensar no amanhã mas também não podemos viver o amanhã se deixarmos de viver hoje JOSÉ CARLOS CARVALHO I Nasceu em Luanda, 1970. Com o curso de fotografia do Ar. Co, iniciou a sua carreira na imprensa regional, sendo posteriormente convidado para ingressar no Correio da Manhã. Foi repórter fotográfico e editor de fotografia no Diário de Notícias, de onde saiu para a revista Visão. Atualmente, leciona no Instituto Português de Fotografia e no Instituto Politécnico de Tomar. Vencedor de vários prémios de fotografia, já realizou várias exposições individuais e coletivas. Fez parte do projecto 12.12.12. Projecto Troika I Lara Jacinto . “A ideia de viagem remete-nos habitualmente para uma mudança desejada, para momentos agradáveis, que partem de uma vontade ou impulso. É muitas vezes um sonho antigo que esperamos concretizar um dia. Hoje esta ideia parece distante dos pensamentos daqueles que partem de Portugal com o objectivo de sobreviver a uma fase, que alguns dizem estar prestes a fazer parte do passado. No último ano, dezenas de milhares de portugueses saíram de Portugal com a esperança de encontrar a solução que lhes é negada pelo país que aparentemente não chega para todos. Esta viagem impõe uma separação, uma ruptura que obriga a uma mudança de rota. A família fica para trás, há filhos que não se vêm crescer, casamentos que não se fazem, ou acontecem à pressa, projectos abandonados, expectativas desfeitas. Desde a década de 60 que não saía tanta gente do país. Para muitos será uma viagem sem regresso. Como partem estes portugueses? Em que circunstâncias? O que sacrificam? Como sobrevivem à partida os que ficam? Este ajustamento está longe de ser apenas financeiro. LARA JACINTO I Nasceu em Leiria, 1982. Licenciada em Design Multimédia, completou também o Curso de Fotografia do Instituto Português de Fotografia no Porto. Actualmente, desenvolve trabalhos como freelancer, colabora com as agência NFactos, publicando em vários jornais e revistas nacionais como Jornal Público, ou revista Visão. Em paralelo, desenvolve trabalhos de autor, tendo participado em vários projetos e mostras individuais e colectivas. Projecto Troika I Paulo Pimenta “Faço parte de um grupo de trabalho constituído por oito fotógrafos e um realizador de vídeo que está a trabalhar o tema “Troika em Portugal”. A partir dessa base geral, cada um de nós irá desenvolver um tema específico, que permitirá pôr à discussão e denunciar as formas particulares de viver o momento da crise. Quais as inevitáveis consequências da Troika no país, ao nível da economia, do estado social, da saúde, educação, e principalmente nas pessoas? Que impacto está a provocar nos indivíduos, nas famílias, nos idosos? Até ao final do ano prevê-se que o número de desempregados atinja um milhão… É tudo isto que pretendemos abordar no nosso projecto. A expectativa em relação ao futuro que hoje é o presente, e o papel que o medo pode representar no período de desemprego, também farão parte do cenário. O trio de instituições, esta trindade que nos governa – a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) -, serve de arranque ao meu tema proposto para este ensaio. É também três o número de palavras/conceitos que pretendo desenvolver através de experiências de pessoas no desemprego. A minha abordagem será, por isso, sobre o Tempo/Memória/ Partida, sob esta ordem.


TEMPO I Tempo de fazer um dia que deixou de ser normal porque não inclui as rotinas do trabalho. Acompanhar o quotidiano de uma pessoa, uma família, um grupo sem trabalho, seguir o seu percurso, os hábitos, as rotinas de um dia normal. Como é que as pessoas ocupam o seu tempo a partir do momento em que deixam de trabalhar, que efeitos têm nessas pessoas, o que vai alterar nas suas vidas? MEMÓRIA I Registo de percursos, de hábitos, de rotinas de quando trabalhava, registar a memória desse período. Registar os espaços por onde se deslocavam e onde passavam o seu dia de trabalho. Se se trata de uma memória agradável, de uma memória dolorosa e qual das memórias pesa mais. PARTIDA I Esta última etapa poderá ser a consequência das anteriores. Em último caso, e depois de eliminadas todas as alternativas no país, esta pode ser a tentativa final de resolução pessoal do período de desemprego. Desenvolvimento fotográfico do trabalho. Este trabalho será essencialmente sobre o desemprego. Pretendo fazer um registo da vida das pessoas que estão há já algum tempo sem emprego. Serão pessoas de certa forma próximas de mim – amigos, conhecidos -, pois cada vez são mais e das mais diversas áreas. Registar actualmente a sua ocupação, o modo como lidam com o tempo durante um dia sem trabalho, quais são as novas situações, como lidam e como se adaptam a este problema. Como as pessoas gerem o seu tempo depois de terem ficado desempregadas. É tudo isto que vou procurar abordar. O trabalho será fotografar ao máximo o espaço mais pessoal de cada retratado. Cada uma das pessoas irá contar a sua história e vivê-la. Este é um trabalho para ser desenvolvido ao longo de um ano, de 2013 a 2014, altura em que a Troika sairá de Portugal. A proposta é começar no mês de Maio, já depois da 7ª avaliação. As sessões fotográficas compõem-se de duas partes: o quotidiano dos retratados, na sua vertente mais doméstica ou mais pública, na ocupação do seu tempo e das suas memórias, numa abordagem real; e o registo da intoxicação permanente pela imprensa escrita pelo uso de recortes de títulos, notícias e opiniões, ou excertos do memorando, numa abordagem mais conceptual. Pretende-se que a apresentação de cada retratado seja em díptico, de um lado o retrato e em paralelo a imagem dos excertos ou frases do dia-a-dia sobre a troika em Portugal. Pretende-se que o trabalho final seja apresentado em livro e em exposição, tendo como objectivo máximo a divulgação pública, no maior número de plataformas de comunicação (site, blogue, redes sociais), com a intenção clara de proporcionar o debate na sociedade civil. “Ora bem, é verdade que este sistema de economia livre acentua as diferenças económicas e dá alento ao materialismo, ao apetite consumista, à posse de riquezas e uma atitude agressiva, beligerante e egoísta que, se não encontrar qualquer freio, pode chegar a provocar perturbações profundas e traumáticas na sociedade. Com efeito, a recente crise financeira internacional, que fez tremer todo Ocidente, tem como origem a cobiça desenfreada dos banqueiros, investidores e financeiros que, cegos pela sede de multiplicar os seus lucros, violaram as regras do jogo de mercado, enganaram, burlaram e precipitaram um cataclismo económico que arruinou milhões de pessoas no mundo.” A Civilização do Espetáculo, Mário Vargas Losa “ A austeridade é a penitência – a dor virtuosa após a festa imoral – ,mas não vai ser uma dieta de dor que todos partilharemos. Poucos de nós são convidados para a festa, mas pedem-nos , a todos , que paguemos a conta” “Eu sou a favor que – desde que usemos todos as mesmas calças. Mas está longe de ser esse o caso, hoje em dia .” “A austeridade é, então, uma ideia perigosa porque ignora as externalidades que gera, o impacto das opções de uma pessoa nas opções de outra pessoa, especialmente em sociedades com uma distribuição do rendimento altamente distorcida.” AUSTERIDADE, Mark Byth


PAULO PIMENTA I Nasceu 24 Dezembro 1967, é actualmente fotojornalista do Jornal Público. Desenvolve projectos de autor entre os quais com varias companhias de teatro (Crinabel, As Boas Raparigas, Nec, entre outros). Vencedor de vários prêmios , em destaque o Prémio máximo da Estação Imagem/Mora com a reportagem Linha do Sabor Desactivada 2011. Realizou várias exposições individuais com particular destaque em 2013 no Centro Português de Fotografia “Histórias Fora de Palco” e participou em exposições colectivas. Vive no Porto. Projecto Troika I Pedro Neves A Troika impôs-nos o vazio. O discurso das inevitabilidades. O governo apontou-nos o dedo, fez-nos passar por culpados pelos roubos e fraudes, pela corrupção latente que mina todo o sistema. “Acima das nossas possibilidades”, tem sido uma das frases mais ouvidas desde que chegou a Troika com a demissão do anterior governo. “Acima das nossas possibilidades”, a frase mais fraudulenta da nossa história recente, serve apenas para esconder os verdadeiros males de um país que um dia ousou sonhar com melhores dias e que hoje se arrasta pelo chão. Um país que se encheu de corruptos que nos colocaram em causa o Estado Social, a protecção dos mais desiguais, dos mais desfavorecidos. Uma frase que ajudou a Troika e o governo que a suporta – e que quer ir mais longe do que a própria Troika – a destruir uma economia que sempre foi frágil, num país que nunca deixou de ser pobre. Nas filas da ajuda alimentar, já não estão só os que sempre dela precisaram. De poucas dezenas o número cresceu para centenas, mesmo quando nos dizem que tudo está a correr bem. PEDRO NEVES I Nasceu em Leiria, em 1977. Estudou no Porto, onde concluiu uma pós-graduação e um mestrado em Cultura e Comunicação, variante Documentário, onde escreveu uma dissertação sobre o documentário dos anos da Revolução de Abril. É documentarista e jornalista freelance desde 1999. Colabora com o jornal Expresso, fundou a produtora Red Desert e é autor de vários documentários: a olhar o mar (2007), En La Barberia (2008), Os Esquecidos (2009), Desencontros (2010) e Água Fria (2012), curta documental que passou em mais de 30 festivais, esteve na competição internacional do festival de Clermont-Ferrand e recebeu cinco prémios. O seu último filme chama-se A Raposa da Deserta (2014). Projecto Troika I Rodrigo Cabrita As notícias sucedem-se. Congelamento das reformas. Corte nas pensões. Fim dos subsídios para os reformados. Convergência de pensões. A sobretaxa de IRS. O corte nas pensões de viuvez. As notícias não param. Aumentos dos impostos, das rendas, das taxas moderadoras, da electricidade, dos transportes. Aumento da idade. Todos os anos. Aumento do custo de vida. Todos os anos. Aumento do desemprego e dos filhos emigrados. Todos os anos. Aumento da solidão. Como é que se vivem estas notícias na primeira pessoa? Como é que se estica o dinheiro, como é que se engana a solidão e o estômago vazio se o tempo nos levou a força, a agilidade e a esperança e só nos deixou com mais anos no corpo? Olhar para estas pessoas é uma máquina do tempo. É uma viagem ao futuro sombrio que não queremos para nós. Mas todos os dias alguém de carne e osso, às vezes na porta ao lado da nossa, vive este desconforto sem darmos por ele. Até vermos aquela cara nas notícias. Idosa encontrada morta em casa. Idoso acamado abandonado pela família. Casal de idosos suicida-se para fugir à pobreza. Vizinhos não deram por nada. RODRIGO CABRITA I Nasceu em Oeiras, 1977. Iniciou o seu percurso no Diário de Notícias e foi colaborador do jornal O Jogo. Ingressou na Agência Global Imagens, que congrega todas as secções de Fotografia do grupo Controlinveste. Faz parte do colectivo 4SEE e atualmente, é fotógrafo do jornal i. Expõe desde 2010, fez parte do projecto 12.12.12 e venceu vários prémios de fotojornalismo.


Troika 2013 I Vasco Célio Abordar fotograficamente, e numa perspectiva documental tudo o que simboliza a presença das 3 entidades: fundo monetário internacional, união europeia e banco central europeu, em Portugal a comandar os nossos destinos desde 2011 e com provas dadas que todas as politicas e decisões tomadas pelos 3 e obedecidas o mais militarmente pelo nosso governo, não têm de forma alguma, tido qualquer efeito numa melhoria e progresso da nossa débil situação económica e consequentemente a penalizar fortemente o quotidiano da nação e do povo. Documentar esta complexidade é um desafio que a meu ver vai muito mais além de algo que se possa fazer numa simples senda fotográfica. Como tal a minha proposta vai seguir um raciocínio de trabalho em progresso tendo como linhas condutoras ou temas: 1. o lado fixo e imutável desta invasão, o que nunca mudou desde a primeira invasão e o que por certo não vai mudar nesta segunda; 2. o manifestante, aquele que cansado, sai de casa e vai para a rua falar e gritar por ele e por todos aqueles que decidem não o fazer. VASCO CÉLIO I Nasceu em Lubango, 1975. Frequentou o Curso Nível 3 no CENJOR, em Lisboa, e concluiu uma Pós – Graduação em Arte e Programação Cultural no Instituto Superior Afonso III, em Faro. Iniciou a carreira de freelancer com colaborações com os jornais Público, Expresso, Diário Económico, as revistas Sábado e Visão, Agência Lusa e Getty Images. Em paralelo, desenvolve trabalhos de autor, tendo participado em vários projetos artísticos e mostras individuais e coletivas.


ATIVIDADES PARALELAS COLÓQUIO “O Efeito de Veracidade da Imagem Fotográfica” Neste Colóquio, Alexandra Beleza Moreira, propõe pensar a imagem fotográfica enquanto partindo do seu Efeito de Veracidade. Veracidade é aqui tomada não no sentido tradicional como coincidência entre o que é descrito nas imagens fotográficas e o correspondente objeto ou acontecimento do mundo físico que lhes deu origem, tal como são nesse mundo físico. Propomos sim questionar a imagem fotográfica como sendo uma imagem que se adequa particularmente à nossa conceção perceptiva do que as coisas são. O colóquio estrutura-se em dois momentos, num primeiro momento em que debaterá a prática artística e a Fotografia como encenação do quotidiano”; e num segundo momento em que se debaterá “ A Imagem fotográfica enquanto Representação Visual Descritiva” Nota Biográfica: Alexandra Beleza Moreira I Professora de Estética, Estética Contemporânea e Crítica de Arte no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro. Membro do CITAR (Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes), Universidade Católica Portuguesa. SERVIÇO EDUCATIVO Serão desenvolvidas um conjunto de visitas guiadas, a par dos workshops e oficinas a seguir descritos. Todas as atividades são de acesso gratuito, mas de inscrição obrigatória ou aconselhada (v. condições). “Instante decisivo - Inconsciente Fotográfico” 5 e 9 julho Palavras-chave: Cartier Bresson; Inconsciente óptico; Walter Benjamin; instante; imagem; subconsciente Sinopse I Um local na cidade, ponto de partida e de chegada habitual, como local de encontro e de construção de uma imagem pessoal in e transmissível. Os viajantes locais, nacionais e internacionais serão convidados a operarem uma câmara fotográfica como observadores de momento, instante, disponibilizada para a construção da atividade, e captarem uma imagem e construir um consciente de espaço/tempo ao qual naturalmente estariam alheados. No final será disponibilizado um endereço web onde poderão ter acesso a sua fotografia, viajando pelas várias imagens de recolha de cada participante, descobrindo um momento de integração do seu instante decisivo no inconsciente fotográfico do coletivo cultural, um momento irrepetível no tempo de um espaço que os recebeu numa atividade partilhada, que os convidará a parar, sentir, agir e integrar-se na exposição construída pelos serviços do coletivo: ESE, AXA, Porto Lazer, num espaço repleto de história e seus registos, do seu país e cidade ou deste para os quais se deslocaram para conhecer. Parceiro: ESE – AXA “Caixas de luz” 12 julho Com este Workshop pretende-se a exploração da transparência e opacidade dos materiais através da construção de uma caixa de luz, com desenhos, colagens e pintura sobre folhas de acetato e outros materiais translúcidos, tomando como ponto de partida a obra "Shades" de Robert Rauschenberg mas "piscando o olho" à obra do fotógrafo Henri Cartier-Bresson. Parceiro: ESE-AXA


“Banco de Imagens: Serviços e Direitos de Autor” julho Apesar de cada vez mais facilmente acessíveis, nem todos os conteúdos de imagem disponíveis online são de utilização gratuita ou podem ser usados sem quaisquer limitações. Neste workshop serão transmitidas as regras gerais de disponibilização e utilização disponíveis na internet, sem ferir direitos autorais existentes sobre as mesmas. Será explorada uma vertente essencialmente prática, propondo-se uma metodologia baseada sobretudo na resposta direta às perguntas e aos pedidos de esclarecimento dos participantes. O workshop está aberto a todos os que queiram saber mais sobre a questão dos direitos de autor nas imagens. Parceiro: CORBIS www.corbisimages.com Oficinas de fotografia IPF As oficinas de fotografia do IPF são um conjunto de ações de formação de curta duração (3 horas) pensadas para todas as pessoas que gostam de fotografar e que sentem a falta de uma orientação prática para que o seu “hobby” se torne compensador. Estes momentos são também aliciantes por proporcionarem o convívio com outras pessoas com os mesmos interesses.  Oficina de Processamento RAW Tire o máximo proveito das suas fotografias com ficheiros RAW. Principais conteúdos: Adobe Câmera RAW Ajustes de luz e cor Formatos de gravação Calendário: 12 de Julho | das 15h às 18h  Oficina de Flash portátil Controle o flash e dê nova vida às suas fotografias. Principais conteúdos: Modos de trabalho de Flash Utilização prática Calendário: 26 de Julho | das 15h às 18h  Oficina de Estúdio em casa Faça do seu candeeiro o aliado ideal para tirar fotografias surpreendentes. Principais conteúdos: Fontes de luz nas residências. Difusores e refletores caseiros. Exemplos práticos Calendário: 09 de Agosto | das 19 às 21h  Oficina de Iphonografia Aproveite ao máximo a câmara fotográfica que tem no seu smartphone Principais conteúdos: O processo da iPhoneography (fotografar, editar, partilhar) Editar: conceitos, aplicações, filtros, efeitos. Partilhar: conceitos, aplicações, comunidades e redes sociais Calendário: 28 de Junho | das 15h às 18h; 29 de Agosto | das 19 às 21h DURAÇÃO DE CADA OFICINA: 3 horas A inscrição é feita via e-mail pela entrega da Ficha de Inscrição (que lhe poderá ser enviada por e-mail) O IPF só se obriga à abertura de cursos que tenham pelo menos 12 inscrições. Informações e inscrições: IPF – Porto I Rua da Vitória 129 I Tel 223 326 875 I Email: ipf.porto@ipf.pt


Arquivo Internacional de Cor, Banco de Imagem, agente responsável pela exposição Magnum em Portugal

Anexos:  Comunicação editorial: 2 fotos de autoria de HCB cuja utilização é permitida para efeitos jornalísticos, mediante a inclusão das referências indicadas;  Comunicação publicitária: cartaz da campanha Comunicação editorial (para envio com o press release e permissão de utilização pela Comunicação Social):

Ref.ª PAR45089 (HCB1933005W00006C) Identificação: Seville. Spain. 1933 © Henri Cartier-Bresson/MagnumPhotos

Ref.ª PAR42251 (HCB1951007W00965/14C) Identificação: Henri Matisse, Vence, France. 1944 © Henri Cartier-Bresson/MagnumPhotos

Comunicação Publicitária (para utilização apenas na imagem geral de comunicação da exposição e nos suportes a desenvolver)

Ref.ª PAR44919 (HCB1932001W0066BC) Identificação: Hyères, France, 1932 © Henri Cartier-Bresson/MagnumPhotos


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