ID: 69783619
01-06-2017
O Nacional
Portugal quer acolher organismo
Tiragem: 66504
Pág: 6
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 25,50 x 30,00 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 3
Já há duas agências europeias em Lisboa
Mais de 20 países na corrida à EMA
Em Lisboa, estão já sediadas
Há mais de 20 países candidatos a receber a sede da Agência Europeia do Medicamento, que abandonará Londres na sequência da saída do Reino Unido da União Europeia. Itália, Espanha, Suécia, Dinamarca, Irlanda, França, Polónia e Alemanha são alguns candidatos.
duas agências europeias, o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, com cerca de cem funcionários, e a Agência Europeia de Segurança Maritima, que emprega cerca de 250 pessoas.
Candidatura Infarmed discutiu com Direção
da EMA critérios de deslocalização da sede
IRS reduzido para aliciar vinda da Agência Europeia do Medicamento Inês Schredc ines@jn.pt ›. Se a sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa) for deSlocalizada de Londres para Lisboa, na sequência do Brexit, os cerca de 900 funcionários poderão beneficiar de um regime fiscal especial, em que o escalão máximo de IRS não ultrapassará os 20%. Este foi um dos argumentos apresentados no Reino Unido para convencer a EMA de que a candidatura portuguesa é a melhor das cerca de duas dezenas que estão na corrida. "Já está acordado com o Ministério das Finanças que o escalão máximo será de 20%. E sabemos que é um dos mais amigáveis", referiu, ao IN, Maria do Céu Machado, presidente do Infarmed, que esteve ontem e anteontem em Londres com os mais altos dirigentes da EMA. Regressou com a certeza de que a candidatura portuguesa "é forte" e com a sensação de que este é um sentimento mútuo. "Sentimos que é uma candidatura com hipóteses, mas sabe-
mos que a decisão é muito política". realçou. Maria do Céu Machado e o vice-presidente do Infanned, Rui Santos Ivo, reuniram durante uma hora e meia com Guido Rasi e Andreas Po«, diretor e vice-diretor-executivo da EMA, respetivamente. Discutiram em pormenor cada um dos critérios para a instalação da agência e apresentaram vários argumentos em favor de Lisboa. E ficaram a saber que a EMA recebe anualmente 36 mil visitas de peritos, cerca de 700 por semana, o que por si só, na opinião de Maria do Céu Machado, não permite equacionar uma candidatura de outra cidade que não a capital. "É preciso uma infraestrutura hoteleira enorme, um aeroporto com capacidade, escolas, jardins de infância de língua estrangeira." A deslocalização da EMA implica mudar a vida de mais de 900 funcionários, que trazem cerca de 600 conjugues e 600 filhos, a quem é necessário encontrar emprego, jardins-de-infância, escolas e faculdades que lecionem em língua estrangeira. Os funcioná-
\.
\\\\\\\\;: \\\\\\\\\ \\.\\\\,\\\:\ \\.\\\\\\
11\1.\\\
Em causa a necessidade de escolher um novo pais para receber a sede da EMA, atualmente localizada em Londres, devido ao Brod
áà Sentimos que é uma candidatura com hipóteses, mas sabemos que a decisão é muito política" Maria do Cão Machado
Presidente do Infarmed
rios da agência já fizeram saber, num inquérito a propósito da mudança da sede, que as questões relacionadas com a integração da fáiniba são prioritárias. Razão pela qual o Governo está empenhado em facilitar a acomodação destes estrangeiros no pais. Se Lisboa ganhar, será criado um balcão único para ajudar os funcionários da EMA a alugar ou comprar casa, encontrar emprego para os conjugues e escolas para os filhos. lá foi feita uma sondagem nas escolas de língua estrangeira para perceber se têm capacidade para abrir mais turmas. Os "timings" da mudança são algo que preocupa, já que a agência não pode parar ou diminuir a atividade. "O limite para a mudança é 29 de março de 2019, mas, até por razões escolares, deverá acontecer um pouco antes", adiantou a líder do Infarmed. A delegação portuguesa contou
ainda com dois arquitetos, um da Câmara de Lisboa e outro da Estamo (Entidade Gestora do Património do Estado), e um engenheiro que foram conhecer as instalações para depois procurarem um espaço adequado em Lisboa. "Temos um ou dois edifícios identificados - um deles vazio no centro, que era um antigo banco - e dois terrenos na zona da Expo, que têm a vantagem da proximidade ao aeroporto, mas onde os edifícios teriam de ser construidos de forma muito célere". adiantou. A segurança, o nível de vida mais barato, o clima, a existência de "farmacêuticos e médicos muito competentes no país" para o caso de saírem vários funcionários da EMA foram outros argumentos lançados sobre a mesa. A candidatura terá de ser entregue até 31 de julho e a decisão do Conselho Europeu será tomada até 20 de outubro. •
ID: 69783619
01-06-2017
e
Sendo de aplaudir essa candidatura nacional (...) também ela parece, agora, aprisionada pela lógica centralista" Rui Moreira
Tiragem: 66504
Pág: 7
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 25,50 x 30,00 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 2 de 3
Controlo das Pescas
5, Segurança e a Saúde no Trabalho
BILBAU (!)-VIDO
9 Empresa Comum • Fusion for Energy
MADRID
• Centro de Satélites da União Europeia
Segurança Marítima 1-0 LISBOA Obs. Europeu da Droga •--) e da Toxicodependência
aucaurECt)
---• Inst. da Prop. Intelectual da União Europeia
Pres. Câmara do Porto
Porto garante ter todas as condições para acolher regulador europeu CIÊNCIA A qualidade e inovação
da investigação científica e das instituições de ensino, a proximidade a um aeroporto internacional, a facilidade no acesso à habitação e a capacidade hoteleira seriam argumentos a favor do Porto, se fosse candidatado pelo Governo a receber a Agência Europeia do Medicamento, concordam Amélia Ferreira (diretora da Faculdade de Medicina), Sousa Pereira (diretor do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar) e Oliveira e Silva (presidente do Hospital de S. João). O cientista Alexandre Quintanilha diz que o importante é que a agência venha para o país. A decisão deverá ser tomada na reunião de dezembro do Conselho Europeu. Os critérios que irão presidir à escolha ainda não foram definidos, mas conhecem-se desde 2003 as condições impostas à localização de novas agências europeias: acesso a transporte internacional, garantia de acesso à Educação, Saúde e Segurança So-
Amélia Ferreira (Faculdade de Medicina) e Oliveira e Silva (Hospital S. João)
cial, condições de emprego para os familiares, capacidade para garantir a continuidade da atividade da agência e dispersão geográfica, para privilegiar os países da Europa de Leste, que entraram a partir de 2004. Neste caso, adiantou fonte da União Europeia, acrescenta-
Para o Governo, o "perfil de Lisboa foi considerado o mais adequado"
se a de garantir que a agência não perde um único dia de trabalho. Seguindo os critérios, fonte oficial da Secretaria de Estado dos Assuntos Europeus diz que o Governo ponderou candidatar outras cidades, mas "o perfil de Lisboa foi considerado o mais adequado". O IN perguntou também de que forma compatibiliza a decisão de candidatar a capital com o discurso descentralizador e de valorização do interior. A candidatura, defendeu a fonte, "é realizada num contexto europeu especifico e, por isso, em nada afeta o compromisso do Governo com a descentralização e valorização do interior". A justificação não convence Amélia Ferreira. "Infelizmente o Governo tomou a decisão sem sequer uma discussão pública, quando a Região do Porto tem todas as características para uma candidatura vencedora", lamenta. "Não vejo que Lisboa tenha mais condições para receber a agência", concorda Oliveira e Silva, para quem "não se trata de uma questão futebolística, do Norte contra o Sul, mas sim de captar um polo de desenvolvimento sustentável para uma região apetrechada com todas as condições necessárias". Sousa Pereira segue a mesma linha e entende que tanto a Europa quanto Portugal têm a responsabilidade política de assegurar um desenvolvimento harmonioso do território. ALEXANDRA FIGUEIRA
:isão será tomada até 20 de outubro
Turismo pronto para o desafio Meichior Moreira, que preside ao Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), diz que o Norte do pais tem estruturas hoteleiras para acolher a EMA. "Temos, obviamente, capacidade para receber a EMA e dar uma resposta muito positiva ao Turismo de Saúde. É um cluster extremamente interessante e importante para potenciar o turismo de negócios. O Porto e o Norte já têm muitas entidades - públicas e privadas a trabalhar na área, como é o caso da Bial. A TPNP tem acompanhado o trabalho no setor com muita atenção. Hoje, o Norte é o primeiro destino wellness e temos na saúde e bem-estar um dos produtos estratégicos", sustentou.
Autarcas pressionam Costa e avaliam alternativa no Norte GRANDE PORTO O Conselho Metro- Governo, para "marcar posição", e
politano do Porto (CmP) pondera apresentar uma candidatura para acolher a Agência Europeia do Medicamento (EMA), em alternativa à de Lisboa que está a ser apresentada pelo Governo. Emídio Sousa, presidente do (CmP) criticou ontem, que "em nenhum momento tenha passado pela cabeça dos governantes que pudesse ser o Porto" a acolher a EMA. Os autarcas concordaram que, primeiro, vão reivindicar junto do
depois, vão apresentar um dossiê de candidatura. O assunto voltou a ser falado depois de, na sexta-feira, alguns dos autarcas que compareceram à reunião ordinária do CmP concordarem em enviar uma carta ao primeiro-ministro, António Costa, a manifestar que o Porto tem condições para acolher a sede. Como exemplo de descentralização, Emídio Sousa apontou o caso espanhol onde há "cinco agências, nenhuma em Madrid" [o Centro de Sa-
[Esta) visão centralista do país, é má para o próprio país" Emfdio Sousa Presidente do Conselho Metropolitano do Porto
télites da União Europeia fica em Torrejón de Ardoz, a 30 km de Madrid'. O também autarca de Santa Maria da Feira acrescentou que "Lisboa já tem duas sedes" e acusou o Governo de ter uma "visão centralista do país, que é má para o próprio pais". José Manuel Ribeiro, autarca de Valongo, propôs que se fizesse já uma candidatura, em vez de "só se reivindicar": "Para não aparecermos como os calimeros do Norte, mas como os autarcas que não estão sozinhos", aludindo ao interesse das universidades circundantes da região. No encontro, foi feita referência a uma carta que o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, enviou ao presidente do CmP. Na mesma, que foi subscrita pelos autarcas presentes, foi criticada a centralização do poder e o interesse do Porto em acolher a sede da EMA. FILOMENA ABREU
ID: 69783619
01-06-2017
Tiragem: 66504
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 16,65 x 11,12 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 3 de 3
• EM TODOS OS BRiNQUEDOS • NUMA GRANDE SELECÇÃO DE ViDEOJOGOS E JOGOS PC
Quinta-feira I de junho 2017 -
www.jn.pt • Cl • N., 365 • Ano 129 • Diretor Afonso Camóes • Diretor-exeative Domingos de Andrade • Satiniens David Pontes, Inès Cardoso e Pedro Ivo Carvalho • Dirder de Me Pedro Plmentel
Jornal de Notícíns
Triplica tráfico e consumo de ecstasy Portugal é plataforma entre a Europa e o Brasil. Apreensões subiram 3000 o num ano Páginas 1 u ;
• Infarmed promete em Londres benefícios fiscais para os funcionários do regulador do medicamento • Autarcas do Porto contestarn "visão centralista" • Responsáveis de faculdades e hospitais garantem que a cidade reúne "todas as condições" Páginas 6 e 7
Governo dá bónus no IRS para trazer agência europeia para Lisboa
Turismo Nova cadeia compra o hotel mais antigo do Porto Página 14
Sérgio Conceição quer treinar em Portugal
Ensino Docentes doentes têm de apoiar crianças com deficiência Pá-
Braga "Bruxo" ameaça quebrar silêncio sobre Pedro Bourbon Página 18
N-TV.pt lá abriu o novo site com tudo sobre a vida dos famosos P 42 e 43 Pu
ESTA SEXTA O QUE FARIA COM
•. ot.‘ECE JA A `:.C94HAR MAIS. MUITC., MAIS