ANO 4 NÚMERO 2 JUNHO 2014
D I ST R I B U I Ç Ã O G R AT U I TA
DESTAQUE
Mirandinha, o embaixador da Copa no Ceará, afirma: “Em qualquer que seja a competição, a Seleção Brasileira é a favorita”
GIRO
Em clima de Copa do Mundo, conheça destinos turísticos imperdíveis
GASTRONOMIA A arte de cozinhar nas palavras da chef Lia Quinderé
EDITORIAL
A
Copa do Mundo de 2014 está presente em todos os movimentos do País. Por esta razão, a Revista Estilo não poderia deixar de abordar o tema. E vai além: bate uma bola com o primeiro jogador a integrar um time estrangeiro – algo comum nos dias de hoje, mas raro nos anos 1980. O cearense Mirandinha, hoje escolhido pelo Governo do Estado do Ceará, como embaixador da Copa, foi contratado, em 1987, pelo time inglês Newscastle. Sobre esta experiência, até então inovadora na profissão, e muito do que ele viveu no mundo do futebol, você vai conhecer na entrevista que o craque concedeu à Estilo. Ainda no clima do Mundial, a coluna Giro traz dicas imperdíveis do jornalista esportivo, Eduardo Bulchhoz, para quem quer mais que futebol: conhecer os mais charmosos recantos turísticos das cidades sede dos jogos, como Fortaleza. O Gente da Gente mostra o valor da solidariedade. Colaboradores da Porto Freire se unem para ajudar colega a realizar o sonho da casa própria. Desde o projeto da casa até os tijolos, tudo foi doado. E a participação foi além dos materiais. Muitos colocaram, literalmente, a mão na massa. Convidamos você a conhecer esta bela história de amizade, que vai além do coleguismo. Valores que, afirmam os colaboradores, fazem parte da própria história da Porto Freire. Ainda nesta edição, conheça a chef Lia Quinderé e sua paixão pela gastronomia, que a fez criar a pâtisserie Sucré e os seus famosos chocolates. É de dar água na boca. Boa leitura!
ESTILO É UMA PUBLICAÇÃO DA PORTO FREIRE ENGENHARIA Av. dos Expedicionários, 5571, Aeroporto - Fortaleza – CE PRESIDENTE Jorge Wilson Porto Freire DIRETOR COMERCIAL Martônio Rodrigues DIRETORIA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO Roberta Catrib ASSESSORA DE MARKETING Valdenisia Souza ANALISTA DE MARKETING Wellington Gomes REDAÇÃO R&B Comunicação, Helena Félix e Wellington Gomes JORNALISTA RESPONSÁVEL Lucílio Lessa PRODUÇÃO E REVISÃO Valdenisia Sousa e Wellington Gomes FOTOS Jarbas Oliveira e banco de imagens DIREÇÃO DE ARTE E DIAGRAMAÇÃO Promosell Comunicação FALE CONOSCO (85) 3299 6600 revistaestilo@portofreire.com.br
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Revista Estilo Porto Freire
SUMÁRIO
DESTAQUE
GIRO
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TIJOLO POR TIJOLO
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Revista Estilo Porto Freire
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GASTRONOMIA
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GENTE DA GENTE
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CULT
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DESTAQUE
“A SELEÇÃO BRASILEIRA É A FAVORITA” AOS 54 ANOS DE IDADE, FRANCISCO ERNANDI LIMA DA SILVA, O MIRANDINHA, AINDA É LEMBRADO COMO O PRIMEIRO JOGADOR BRASILEIRO A DEFENDER UM CLUBE INGLÊS, O NEWCASTLE, EM 1987. CONVOCADO SEIS VEZES PELA SELEÇÃO BRASILEIRA, FOI O AUTOR DE 13 GOLS. NOMEADO PELO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ COMO EMBAIXADOR DA COPA DO MUNDO DE 2014, ELE É RESPONSÁVEL POR RECEBER E CICERONEAR TODOS OS DIAS CENTENAS DE VISITANTES QUE SE DIRIGEM À ARENA CASTELÃO. EM ENTREVISTA EXCLUSIVA À REVISTA ESTILO, MIRANDINHA FALA SOBRE O COMEÇO DA CARREIRA, AS VITÓRIAS E O QUE O CEARENSE PODE ESPERAR PARA A COPA DO MUNDO. Por Lucílio Lessa. Fotos Jarbas Oliveira
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Revista Estilo Porto Freire
Francisco Ernani Lima da Silva, o Mirandinha
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Revista Estilo Porto Freire
DESTAQUE
Revista Estilo – Mirandinha, bem antes de o senhor
cearense Sub-21, com 17 anos. Foi quando surgiu
se tornar profissional, como foram seus primeiros
uma pessoa divina na minha vida, o Dr. Mauro
passos no futebol?
Fernandes, que era um empresário, e que tinha fundado aqui a funerária Paz Eterna. Ao ver os jogos
Mirandinha - Comecei a me dar conta de que poderia
do Ferroviário, e a badalação em cima de mim, muito
jogar futebol em meados dos anos 70. Morava na
jovem, fazendo muitos gols, ele me indicou para um
Aerolândia, e como naquela época a gente tinha
amigo que era diretor da Ponte Preta, de Campinas.
muita alternativa de campinhos para jogar futebol,
Foi quando por conta de um jogo da Ponte Preta
optei em jogar nas margens do Rio Cocó. Não tinha
em Fortaleza, contra o Ceará, o diretor do time me
avenida, não tinha nada. Eu e meus amigos tínhamos
procurou e fez o convite. Eu acabei aceitando e fui
a mesma faixa etária. Fazíamos os nossos campinhos
parar na Ponte Preta de Campinas, no ano de 1977.
e jogávamos futebol. Sempre tive essa iniciativa de montar grupos. Arrumava um jeito de comprar um
RE - Por algumas vezes o senhor usou a camisa
jogo de camisas, um jogo de calção, e a gente saia
da Seleção Brasileira. Como era o peso dessa
jogando. Por volta de 1975, comecei a procurar
responsabilidade?
um espaço onde eu pudesse desenvolver o meu potencial. Fui primeiro no (Sport Club) Maguary, meu
M - Olha, no ano de 83 eu jogava no Náutico de
primeiro time real.
Fiquei pouco tempo lá porque
Recife e estava fazendo muitos gols. Fui convocado
logo o Maguary desativou o futebol profissional.
então para a minha primeira Seleção Brasileira,
Então fui levado para o Ceará (Sporting Club), para
que ia disputar o Torneio de Tunon, na Franca. O
as escolinhas do Ceará, onde permaneci por mais ou
Brasil já era bicampeão e nós fomos para lá com a
menos 1 ano, quando fui mandado embora. Nessa
responsabilidade de ganhar o tricampeonato. Éramos
época, já com 16 anos, procurei o Fortaleza (Esporte
um time totalmente novo. Nosso treinador, o professor
Club). Lá fiz apenas 1 jogo, pois fui mandado embora
Sebastião Lapola, era um goiano que tinha sido
mesmo tendo tido um rendimento ótimo. O jogo
treinador em Goiás, desconhecido também. Fomos
terminou com o placar 12 a 0 para o Fortaleza. Fiz 7
com humildade, um grupo de jogadores que nunca
gols no jogo. O problema é que tive a infelicidade de
tinham jogado na Seleção Brasileira, e conquistamos
jogar com o braço quebrado, pois tinha tomado uma
o tricampeonato em cima da Argentina, num jogo
pancada durante a semana. Haviam me encaminhado
maravilhoso. Foi 2 a 2 o resultado final. Ganhamos
para o médico, fratura no rádio. Mas como pensaria
nos pênaltis. Lembro bem que esse time marcou a
qualquer garoto, aquela era a minha chance. E eu fui.
minha primeira passagem pela Seleção Brasileira. No
Enfaixaram meu braço, joguei com ele imobilizado, e
ano de 84, estávamos de novo convocados para a
fiz 7 gols. Mesmo assim fui dispensado. Até hoje eu
Seleção Pré-Olímpica, que ia disputar o Pré-olímpico
nao entendi bem o porquê.
no Equador e os Jogos Olímpicos de Los Angeles. Naquela oportunidade, éramos de novo um time
RE - O que ocorreu depois disso? Ficou
desconhecido de jogadores em que só alguns haviam
desestimulado?
jogado na Seleção de Novos de Tunon. Mas fomos lá e nos tornamos campeões pré-olímpicos. Classificamos
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M - Na verdade, a grande oportunidade que eu
o Brasil nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. Depois,
buscava no futebol aconteceu em virtude dessa
o tempo passou, eu saí do Náutico, fui para o futebol
dispensa. Eu fui para o Ferroviário. Lá me receberam
em São Paulo. Joguei primeiro na Portuguesa, depois
muito bem e já naquele ano de 1977, aos 17 anos,
fui contratado pelo Palmeiras e, quando cheguei lá, fui
comecei a jogar nas escolinhas do time. Logo fui parar
novamente convocado para a Seleção Pré-Olímpica
no time juvenil, que na época era para quem tinha
que ia disputar o torneio Seleção Pré-Olímpica da
até 21 anos de idade. Fiz muitos gols . Fui campeão
Bolívia, para os Jogos Olímpicos de Seul, em 88.
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“No ano de 83 eu jogava no Náutico de Recife e estava fazendo muitos gols. Fui convocado então para a minha primeira Seleção Brasileira”
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DESTAQUE Aí já era um time mais recheado de jogadores que, inclusive, tinham parcicipado da Copa do México em 1986. Fui convocado novamente, pelo bom trabalho que eu tinha feito no Pré-Olímpico, mas fui meio desacreditado porque tinha um monte de gente grande como o Bebeto, Romário, Careca, Evair, Muller. Mas por incrível que pareça, cheguei na Inglaterra e o Professor Carlos Alberto Silva apostou em mim. Jogamos eu e o Muller nesse jogo contra a Iglaterra, e eu fiz o gol do empate naquela oportunidade. Depois desse jogo fui eleito o melhor em campo por toda a imprensa europeia. Esse grupo de pessoas que analisavam aquela Copa, me deu o titulo de melhor jogador do torneio. Foi maravilhoso para mim porque ali eu praticamente selei o meu passaporte para ir para o futebol inglês. RE – O senhor considera que o Brasil é realmente favorito à Copa de 2014?
RE – Foi um campeonato difícil, aquele? M - Foi porque passamos um aperto danado na primeira fase. Lembro que chegamos na última rodada, num jogo contra o Peru, onde a gente tinha que ganhar de qualquer maneira para ir para a segunda fase, que seria em La Paz. Conseguimos um resultado fantástico na última rodada. Ganhamos de 1 a 0 do Peru, bem apertado, com um gol de um jogador que não costumava chutar nem em treino. E ele fez um golaço de fora da área, que foi o Douglas, volante do Cruzeiro. Fomos então para La Paz, mas meio que desacreditados. Alguns jogadores do grupo não acreditavam que a gente pudesse ir muito longe na sengunda fase. Mas por incrível que pareça, só perdemos um único jogo, que foi para a Argentina. Para a nossa felicidade, ganhamos todos os outros jogos. Na última rodada, tínhamos que ganhar da Bolívia para garantir o passaporte para Seul, e ganhamos da Bolívia de 2 a 1. Eu fiz um gol nesse jogo, inclusive. Estava no banco e entrei no lugar do Sérgio Araújo, que era um jogador do Atlético Mineiro. A primeira bola que eu toquei foi para fazer o gol. Entrei em campo, bateram uma lateral, deram um chutão para frente, ganhei na velocidade da defesa, toquei do lado do goleiro e fiz um gol relâmpago. RE – A partir daí, então, a aceitação foi maior? M - Logo em seguida o Brasil se preparava para uma escursão na Europa, com a seleção principal.
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M - Em qualquer que seja a competição que ela esteja participando, sempre vejo a Seleção Brasileira como favorita. O futebol brasileiro é um celeiro inesgotável de talentos. A gente vê aí, a toda hora, saírem talentos do Brasil e surgirem outros. Nunca para de surgir talentos no nosso futebol. A Selecão Brasileira, para mim, hoje, é sim qualificada a ganhar a Copa do Mundo. Isso por várias razões. Temos no elenco vários jogadores que todo ano são colocados em listas de melhores do mundo e que jogam nos melhores times da Europa. A maioria deles já está acostumada a jogar contra tudo quanto é escola: europeia, asiática, africana, enfim, são jogadores preparados. Financeiramente nem se fala, né?! São jogadores que têm muito, muito poder finaceiro, estabilidade financeira. Isso favorece porque o jogador joga tranquilo, sabedor de que pode se superar por qualquer outra razão. E eu acredito muito que o Felipão montou um grupo que se ajustou, todos se respeitam muito, não existe aquela coisa de vaidade. Nas vezes em que estive com o grupo da Seleção Brasileira, aqui em Fortaleza, quando eles estiveram na Copa das Confederações, ou todas as vezes que eu encontro com o Professor Luis Felipe Scolari, eles passam cada vez mais essa coisa positiva para a gente. E tem uma pessoa ao lado deles que é meu ídolo como treinador, o (coordenador técnico) Professor Carlos Alberto Parreira. Acredito que hoje nós temos não apenas o melhor time, mas também a melhor comissão técnica, em termos de conhecimento do futebol. RE – O senhor já declarou que considera o Neymar o melhor jogador da seleção. Continua apostando nele?
M - A Seleção Brasileira tem no Neymar, hoje, a sua grande estrela, mas temos jogadores na seleção que, para mim, têm tido papel importantíssimo nessas últimas competições e dentro dos amistosos. O próprio Hulk é um jogador de muita qualidade na definição. Temos também um miolo de defesa que dispensa comentários, que é o Davi Luis com o Tiago Silva, dois excelentes jogadores. Eu acredito que o Brasil realmente esteja qualificado para ganhar a Copa do Mundo. RE – O senhor é o embaixador no Ceará da Copa do Mundo de 2014. Quais são as suas atribuições? Mirandinha: Bom, fui convidado inicialmente para vir fazer um trabalho tímido dentro da Arena Castelão, em virtude de estar saindo do banco de reserva como treinador para atuar no lado administrativo. O secretário da copa Ferruccio Feitosa me fez esse convite para que eu garimpasse material e informações, para eu trazer os ex-jogadores para a Arena Castelão. Fomos convidados eu e o Celso Gavião, mas o Celso, por problemas particulares e de trabalho, não pôde dar sequência comigo. Comecei a fazer o trabalho, timidamente como falei, de buscar acervos, de buscar informações para a gente criar o Memorial do Futebol Cearense. Foi quando o secretário Ferrucio
me deu uma grande oportunidade, a de estar ao lado dele acompanhando as visitas que chegavam (ao Castelão), e que eram muitas. Quando ele viu que poderia me colocar à frente dessa ação, me deu a oportunidade de fazer algumas apresentações importantes, dentro do contexto, e comentasse tudo o que ocorria dentro da obra. Gracas a Deus tive a felicidade de me sair muito bem. Ele passou a me deixar sempre à frente quando não estivesse presente e fui ganhando corpo dentro desse trabalho. Hoje, além de ser o Embaixador da Copa no Ceará, tenho uma função na Arena, a de conduzir as visitas guiadas, tanto de estudantes, quanto de idosos, além de visitas de outros Estados, de delegações estrangeiras, e tudo mais. Na verdade, hoje me sinto o braço direito do secretário nesse segmento, sem contar que eu também tenho participação no Memorial do Futebol Cearense, na administração. Fora isso, depois da inauguração da Arena, me passaram a missão de administrar toda a parte de Zona Mista, delegações, vestiários, arbitragem, enfim, eu e minha equipe de trabalho temos a responsabilidade de conduzir todo esse espaço conhecido como Zona Mista, um espaço que requer muito cuidado, pois você tem que dar total tranqulidade às delegações, aos arbitros, às autoridades que vêm trabalhar nos jogos aqui na Arena Castelão.
MEMORIAL O estádio Plácido Aderaldo Castelo, o Castelão, conta hoje com o Espaço Cultural Deputado Etevaldo Nogueira. Trata-se de um espaço para conhecer e cultivar a memória do futebol cearense. O objetivo é levar aos torcedores toda a emoção vivida na história do esporte local.
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DESTAQUE RE- Mirandinha, o nosso estádio é referência para todo o País. E a cidade? M - Hoje temos um estádio prontinho para receber a Copa do Mundo. Um estádio que não deixa nada a desejar a estádio nenhum do mundo inteiro. Um equipamento de primeiro mundo em requinte, beleza. Realmente de primeiro mundo. Mas temos algumas situações que ainda não estão resolvidas e está claro que não vão estar totalmente prontas para a Copa do Mundo, como é o caso da (Avenida) Paulino Rocha. Já o túnel que liga a Paulino Rocha à Dedé Brasil, vai ficar pronto até lá. Há ainda algumas outras situações como o Veículo Leve sobre Trilho, ou o próprio aeroporto, mas o nosso Governo está tentando de todas as maneiras criar uma situação confortável para que a gente receba bem todos os nossos visitantes, que serão muitos. Temos que entender que, infelizmente, as coisas às vezes se arrastam por mais tempo em virtude das paralisações, das seguidas greves que acontecem, principalmente dentro da construção civil. Mas eu acredito que o Castelão é, hoje, uma referência mundial e tenho certeza que o entorno da Arena vai estar muito bem conduzido e preparado para receber a Copa do Mundo. RE - Qual o legado da Copa do Mundo para os times cearenses? M - Temos a felicidade de ter, hoje, esse estádio maravilhoso que é a Arena Castelão. Temos também o (estádio) Presidente Vargas, que vai também fazer parte do contexto. A Seleção Brasileira vai se utilizar do Presidente Vargas para treinamento, e nós vamos ganhar com isso. A Unifor (Universidade de Fortaleza) também está se preparando para receber delegações que vão fazer treinamentos por lá. O Centro de Treinamento do Ceará, na Itaitinga, vai servir também a alguma delegação. A gente tem a certeza de que a empresa que está à frente da Arena Castelão, vai trazer muitas melhorias para o nosso futebol, pois é interessante que o futebol cearense receba esse apoio para ficar mais forte. Não podemos ter uma arena dessa grandeza e não ter um futebol de primeira linha. Acho que os dirigentes do nosso futebol, as pessoas envolvidas no nosso futebol, precisam entender de uma vez por todas que precisamos ter um futebol
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por primeira linha e, para que isso aconteça, temos que verdadeiramente profissionalizar o nosso futebol, em todos os âmbitos. No âmbito de administração, que passa pela Federação Cearense, precisamos nos profissionalizar mais ainda. Temos os clubes, que ainda não se tornaram clubes de verdade, pois muitos deles ainda são times de futebol. Então acho que é necessário haver realmente uma mobilização de todos aqueles que fazem o futebol cearense. Vamos ter agora a felicidade de termos um Centro Olímpico para 24 modalidades olímpicas de primeiro mundo, aqui do lado da Arena Castelão, que vai trazer um benefício muito grande para as categorias, principalmente para as divisões de esporte amador, esportes individuais, que com certeza precisam ser trabalhadas. RE – Na sua opinião, por quê os dois principais times cearenses (Ceará e Fortaleza) estão em situações tão díspares? M - Bom, o Ceará se modernizou na sua direção. O Evandro (Leitão) – técnico – montou uma equipe de trabalho, saneou todas as dívidas do clube, e passou a remunerar todos os seus funcionários em dia. Isso é um fator importantíssimo para o sucesso de qualquer clube de futebol. Uma motivação a mais. Ele criou um sistema onde o Ceará é completamente diferente do que era no passado, Na oitava linha da última pergunta, substituir “de quando saí”por “em termos de quando sai” para jogar fora. Já o Fortaleza tem aquela coisa do Fortaleza, que é a raça tricolor: faz as coisas meio que no amadorismo, em virtude de às vezes colocar pessoas que nunca estiveram dentro do futebol. O Fortaleza passa por dificuldades por se tratar, hoje, de um clube que tem dificuldades financeiras. Espero que possa se recuperar e no futuro alcance o mesmo nível de administração do Ceará, pois os dois têm uma coisa que qualquer time ou qualquer clube de futebol do mundo gostaria de ter: suas torcidas. Agora, você não vai obter sucesso se não demonstrar seriedade, não demonstrar que tem realmente um propósito, se planejar, conduzir o clube com o mínimo que for de suporte financeiro, e dentro da realidade do clube, cumprindo com os seus compromissos, que é uma das coisas mais importantes para que qualquer clube de futebol possa se tornar poderoso e autossuficiente.
“Temos a felicidade de ter, hoje, esse estádio maravilhoso que é a Arena Castelão”
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GIRO
América Latina para loucos por
futebol Você é daqueles fanáticos por futebol ou só assiste aos jogos da seleção? Ainda que você não tenha um time do coração, o futebol se faz presente na vida dos moradores dessa “pátria de chuteiras”. Quem não guarda boas lembranças do pai ou avô, ouvindo os jogos no rádio ou levando a família ao estádio? Hoje, com certeza você tem um amigo, familiar ou companheiro que compra o pay-per-view para não perder um jogo do seu time em HD, sofrendo e vibrando a cada partida. O Giro desse mês entra, então, no clima de Copa do Mundo e traz destinos turísticos na América do Sul para quem faz desse esporte “paixão nacional”. Quem dá as dicas é o jornalista esportivo Eduardo Bulchhoz, do Diário do Nordeste. Por Helena Felix Fotos Divulgação
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Eduardo Bulchhoz 2. Rio de Janeiro (RJ) – Mundialmente famosa, a Cidade Maravilhosa conta com diversos atrativos turísticos, mas se você é aficionado por futebol, o Maracanã é parada obrigatória. Além de ser o maior estádio do Brasil, se destaca pela fama que o envolve como palco de importantes disputas nacionais e internacionais, incluindo a Copa de 1950. Estádio do Pacaembu. 1. São Paulo (SP) – Na capital paulista, o Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, mais co n h e c id o co mo Paca e mb u, s e d i a o Mus eu do Futebol. Além das exposições temporárias, conserva um rico acervo que resgata a história do esporte no país. O visitante não vai encontrar apenas peças raras, como as da primeira Copa do Mundo nos anos 30, ele vai se surpreender com a interatividade. Há uma área debaixo da arquibancada na qual se reproduzem gritos de torcida, levando o visitante a se sentir em um jogo. Você também pode selecionar um gol histórico e ouvir na voz de diversos narradores. Isso sem falar nos textos bacanas, fotos e vídeos. Eduardo garante que os torcedores vão encontrar referências da maioria dos times brasileiros. Ele recomenda o programa para toda a família, que também pode fazer um tour pelo estádio. Mais informações no site www.museudofutebol.org.br
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“Para quem gosta de futebol, o ‘Maraca’ é um dos grandes símbolos. Todo jogador quer jogar lá. Todo torcedor que ver um jogo do seu time lá. Há estádios que parecem ter ‘alma’, como o La Bombonera (Argentina), o Wembley Stadium (Inglaterra) e o Maracanã”, explica o jornalista. Entre outros fatos que entraram para a história do futebol, foi no estádio carioca que o Pelé fez o gol 1000 da sua carreira e o t ime d o San tos foi camp eão mu n dial. Mais informações no site: www.maracana.com
Estádio do Maracanã.
GIRO
“Mão de Deus” Como é conhecido, o gol de mão do Maradona
3.Buenos Aires (Argentina) – As pesquisas indicam que Buenos Aires é uma das cidades com maior número de estádios. De acordo com o site Uol, são mais de 40, de tamanhos de médio e grande porte, a maioria com capacidade para 10 mil espectadores. “Deve ser porque cerca da metade da população do país se concentra vivendo na capital, mas é interessante constatar que cada time tem seu estádio, tem rivais que são vizinhos, inclusive”, diz Eduardo. Ele lembra que se hospedou em um hostel, o MilHouse, que recepciona turistas do mundo todo com um quadro do gol de mão do Maradona, conhecido como “Mão de Deus”. O ex-jogador se tornou uma lenda em todo o mundo, mas em sua pátria ganha status de “divindade” com a fundação da Igreja Maradoniana, uma espécie de paródia de religião. O jornalista recomenda a visita aos estádios dos times Boca Juniors e River Plate, pois ambos possuem museus também. “O do Boca é fantástico, tem bastante conteúdo, história do time, estrelas para cada sócio e presidente. Ganha destaque uma sala, que através de projeções, dá uma visão 360o do Estádio Olímpico Monumental, onde foi disputada a final da Copa Libertadores da América entre o time argentino e o Grêmio em 2007 que consagrou o Boca campeão”, lembra Eduardo. Apesar da famosa rivalidade entre argentinos e brasileiros, ele conta que o museu tem um espaço em homenagem a Pelé, com camisas e taças do Santos. O visitante também pode fazer uma foto montagem
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com jogadores do time e tirar uma foto com uma taça ou com bandeiras de diversos times do mundo, incluindo o Fortaleza e o Ceará, no campo do La Bombonera. Menos frequentado pelos turistas, o museu do River também vale a visita, até para conhecer o Estádio Monumental Antonio Vespucio Liberti, conhecido como El Monumental. “É interessante observar que lá se investe pesado no turismo, gerando uma renda extra para os times”, destaca. Mais informações nos sites: www.bocajuniors.com.ar e www.riverplate.com
Estádio do time do River Plate.
Estádio do time Boca Juniors.
Eduardo Bulchhoz
“Há estádios que parecem ter ‘alma’, como o La Bombonera (Argentina), o Wembley Stadium (Inglaterra) e o Maracanã” Eduardo Bulchhoz
Estádio Centenário de Montevidéu (Uruguai) 4. Montevidéu (Uruguai) – O país sediou e venceu a primeira Copa do Mundo de futebol. O Estadio Centenário preserva muito de sua estrutura original, atraindo curiosos e turistas. Vale a pena visitar seu museu para conhecer melhor sobre o futebol sul
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americano e uruguaio, afinal a sua seleção é bi-campeã mundial. “A história deles é bastante rica, só para ter uma ideia, os clubes de lá têm mais conquistas que os brasileiros”, reforça o jornalista. Mais informações: www.estadiocentenario.com.uy
GASTRONOMIA
Doce de
Chef
De pronto, o curriculum da Chef Lia Quinderé chama a atenção pelo curso de Patisserie na Le Cordon Bleu, na França. Mais tarde ela ainda se especializou em Cake Design na Wilton School of Cake Decoration, em Chicago, fora sua graduação no curso de Direito, aqui no Ceará. No entanto, é a paixão pela Gastronomia e os talentos que herdou da família, seja o de cozinhar, com a avó, seja o das artes, com os pais, que de fato a tornam uma profissional super diferenciada. Proprietária da badalada confeitaria Sucré, que já conta com filiais em sete cidades, Lia ainda coleciona em sua lista de talentos, a simpatia. Característica facilmente identificada na entrevista exclusiva que ela concedeu à Revista Estilo. Por Lucílio Lessa Fotos Jarbas Oliveira
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Revista Estilo - Lia, você lembra como surgiu o seu prazer em cozinhar? Em que momento você decidiu fazer disso uma profissão? Lia Quinderé - A minha infância foi dentro da cozinha, ao lado de minha tia avó Agnete, confeiteira de mão cheia, mas que nunca exerceu a profissão. Meu programa preferido à tarde, era fazer as receitas do livro Pequenos Cozinheiros, que havia ganhado da minha mãe. Cresci com essa paixão, mas nunca imaginei que seria minha profissão. Fiz faculdade de Direito e, durante o curso, fui trabalhar na área administrativa de um buffet da minha família. Naturalmente me encaminhei para cuidar da cozinha, já que não havia ninguém da familia cuidando. Fui me envolvendo, comprando livros, procurando por cursos, até que resolvi trancar o Direito por um tempo e ir estudar gastronomia. RE - Foi difícil trancar a faculdade? LQ - No início, foi difícil meu pai aceitar que eu largasse os tribunais, pela cozinha. Mas consegui convencê-lo, pois ele mesmo sempre me dizia que eu tinha que fazer algo que me fizesse pular da cama todos os dias. E a confeitaria me causa até hoje esse efeito. Outra dificuldade foi o fato de as pessoas ao meu redor acharem que era um capricho, e não seria para valer. Mas me mantive focada e, graças a Deus, as coisas foram acontecendo para que desse tudo certo. RE – Então você foi para Paris, estudar. Como foi essa experiência? LQ - Paris é o berço da gastronomia. Não tem lugar melhor para se estar, quando se quer aprender sobre c o z i n h a . Vo c ê r e s p i r a c h o c o l a t e e m Pa r i s . E não poderia ter sido diferente de maravilhosa a experiência. Foram três módulos. No primeiro, passei três meses em 2004. Eu era nova, sem muita experiência, mas muito curiosa. Terminei o primeiro módulo com sucesso e em primeiro lugar da turma. Voltei ao Brasil e continuei a trabalhar no buffet, mas eu sabia que ali não era o meu lugar. Retornei no ano seguinte a Paris e fiz o segundo módulo, em 2005, onde passei mais três meses. Aluguei o mesmo apartamento do primeiro ano, e essa experiência já foi diferente, mais amadurecida, com outros questionamentos, mais vontade de aprender. Depois
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Revista Estilo Porto Freire
para os amigos, familia etc. Demorou seis anos para que eu conseguisse voltar a Paris e terminar o último módulo. Mas valeu muito a pena. Nesse momento a Sucré já existia e, quando eu estava em Paris finalizando os estudos, ganhamos o primeiro prêmio da Veja, como a melhor doceria da Cidade. Foi uma alegria geral de toda a equipe e, mesmo eu estando longe, comemoramos a vitória. A última experiência em Paris, acredito que tenha sido a melhor de todas. Tinha um gostinho de despedida, e por isso aproveitei cada segundo daquela cidade maravilhosa. Fiz grandes amizades e tenho histórias para contar durante a minha vida toda. RE - Como você enxerga a crescente procura no Ceará (e no País) pelas faculdades de gastronomia? O que você teria a dizer aos interessados? LQ - Esse momento que vivemos hoje é muito diferente do que o de quando eu comecei. Aqui ninguém sabia dizer o que era uma Patisserie (tipo de padaria francesa especializada em bolos e doces). Lembro que as pessoas me diziam para não arriscar, porque um negócio como o meu, não teria público. Não escutei e segui em frente. Acho que para o nosso mercado, quanto mais mão de obra especializada, melhor. Mas acho que o mais importante para se dizer para essa turma nova é que ser Chef não é aparecer nos jornais e tv. Não é fama, boa vida e glamour, como muitos pensam e desejam ao entrar na faculdade. Ser Chef é trabalhar muito, abdicar muitas vezes da companhia da família e dos amigos, para o trabalho. É trabalhar duro, em pé, sem descanso. Não tem glamour nenhum o nosso dia a dia. Mas para quem ama, é extremamente prazeroso. Então apesar de tudo, eu agradeço a Deus por ter me encontrado nessa profissão. RE - Você vem de uma família ligada à arte. Sua mãe, por exemplo, é artista plástica. O que você trouxe dessa bagagem para o universo da gastronomia? LQ - Minha mãe é artista plástica e eu cresci nesse meio. Sempre pintando alguma coisa, quadro, tecido, louça… Sempre tive habilidade para trabalhos manuais, graças à ela. E escolhi a parte mais artística da cozinha, a Patisserie. Ali é onde consigo expressar um pouco dessa arte que me foi incutida pela minha mãe. Meu pai também tem um pouco de arte. Ele toca bem alguns instrumentos. É cheio de bossa e e um pouco de samba… (rs!)
GASTRONOMIA RE - Que outras referências você possui? Quais
RE – O seu trabalho mescla referências distintas.
cursos você já participou e em quais profissionais
Você mistura, por exemplo,
se espelha?
com a regional. Essa escolha tem a ver com o fato
a cozinha francesa
de você querer contemplar a culinária local ou você LQ- Antes de ser confeiteira, eu era fotógrafa. Fazia foto
enxerga similaridades entre ambas?
profissional (mais um indício da arte da minha mãe). Fiz vários cursos de fotografia. Quando decidi seguir
LQ -Tem a ver com a minha vontade de querer
a gastronomia, fiz outros cursos voltados para isso,
valorizar o que é nosso, o que temos aqui. E provar
dentre eles o curso de cake design (bolos decorados
que é possível fazer gastronomia de verdade, com
e artísticos), em Chicago, na Wilton School. Foi muito
ingredientes simples e do nosso dia a dia. A técnica
importante, porque também me deu a delicadeza
francesa tradicional não sairá de mim, mas eu gosto
para trabalhar melhor na confeitaria. Me espelho nos
de utilizar a técnica com os nossos ingredientes
profissionais da minha área. Hoje, diria que tenho duas
regionais e brasileiros.
referências no mundo. O primeiro, Jordi Roca, que recentemente ganhou o título de melhor confeiteiro
RE - Como foi o processo até você chegar a Sucré?
do mundo, pelo 50 best (lista que classifica os 50
Pretende expandi-la para outros locais?
melhores do mundo em suas áreas). Tenho também observado o trabalho de uma confeiteira no Chile,
LQ - O caminho foi longo, cheio de obstáculos
Alejandra Hurtado. Muito delicado e clean. Adoro.
e vai sempre ser. Muito suor, sacrifício, mas muito gratificante. Pretendemos sim expandir. Mas ainda
RE - Como se dá o seu processo criativo?
não decidimos quando, nem onde. Por enquanto é continuar nos dedicando e trabalhando com amor.
LQ -Não tem hora certa para acontecer, embora eu dedique minhas segundas feiras para criar, ele pode
RE - Que dicas você daria para quem pretende dar
acontecer até dormindo. Mas quando me sento para
um jantar para os amigos?
criar algo, inicialmente escolho o ingrediente principal que quero trabalhar naquela sobremesa, depois vou
LQ - Tem uma frase do Savarin (Jean Anthelme Brillat-
criando balões ao redor daquele elemento com
Savarin, advogado, político e cozinheiro francês), que
outros ingredientes que combinam com ele, depois
diz: “Aquele que recebe seus amigos e não presta
faço a junção. Recentemente criei uma sobremesa
atenção ao que será servido, não merece ter amigos”.
de caramelo, e para combinar com o caramelo, defini
Portanto, acho que mesmo com simplicidade, é
vários outros elementos. No meio deles, me veio
preciso ter atenção ao que se serve. Os que entram
à cabeça: pipoca. E acabei criando um sorvete de
na minha casa, têm que sair mais felizes do que
pipoca que harmonizou muito bem com a sobremesa
entraram. E a comida faz isso por nós.
de caramelo.
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“Não tem glamour nenhum o nosso dia a dia. Mas para quem ama, é extremamente prazeroso”
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Programa Multiplicador vai ao interior do Ceará A
equipe comercial da Porto Freire começou em abril a realizar eventos no interior do Ceará para divulgação do Programa Multiplicador, sendo Itapajé a primeira cidade a receber essa ação. Antes disso, os consultores de vendas já estavam em contato com clientes em potencial, distribuindo o material sobre os empreendimentos que estão sendo comercializados atualmente.
O evento em Itapajé aconteceu no dia 23 de abril por meio de uma participante do Programa Multiplicador, Raimunda Barbosa Gomes, que fez o contato da empresa com o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade, Francisco Robério Araújo Oliveira, para consolidar a parceria a fim de realizar o evento para aproximadamente 40 associados. As consultoras de vendas Ana Nascimento, Erlita Lopes e Adriana Mesquita coordenadaram essa ação, planejando a palestra sobre o tema “A força Por Helena Félix Fotos Divulgação
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dos indicadores de desempenho para o sucesso dos negócios”, proferida pelo Diretor Comercial da Porto Freire, Martônio Rodrigues, seguida de apresentação em vídeo sobre os empreendimentos Torres do Jockey e Solaris Residence. A ação foi concluída com um farto e descontraido coffee break onde os consultores fazem contatos com os convidados e apresentam as condições especiais para os associados da CDL. “Acreditamos no potencial de consumo do interior cearense e estamos muito satisfeitos com a receptividade dos comerciantes de Itapajé. Essa experiência positiva nos motiva a seguir com a divulgação em outras cidades do Ceará em 2014”, afirma Martônio. Para mais informações sobre o Programa Multiplicador, os empreendimentos e as ações da empresa, acesse o site www.portofreire.com.br
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Amigo
multiplicador
Reivison e a mãe, Carmem. Com a compra do apartamento novo, Reivison viu uma chance de garantir bonificações através do Programa Multiplicador e, de quebra, fazer do novo lar um espaço para conviver com amigos.
M
orar em Fortaleza nunca foi imperativo para o pedagogo José Reivison. Morador de Pacajus, distante cerca de 51km de Fortaleza, ele já havia se acostumado com as idas e vindas, tendo em vista a proximidade entre as cidades. Mas a mãe, Dona Carmem Santiago, ficava receosa com o deslocamento. A bem da verdade, Reivison diz que vez por outra pesquisava imóveis na capital. “Pesava na balança a rotina de viagens sem um ponto de apoio”, diz. O ponta pé inicial para a decisão ocorreu em 2013. “Perguntei a uma amiga, que é funcionária da Caixa Econômica, e ela me indicou a Porto Freire. Ela disse que trata-se de uma empresa séria, que realmente entregava os imóveis”, relata. Não deu outra. Na sequência, Reivison foi a um stand da construtora e, após conhecer os projetos, se interessou pelo Mares do Sul, empreendimento situado no Cambeba. “Fiquei muito bem impressionado e simpatizei com a Ana, a consultora de vendas. A partir daí meu Por Lucílio Lessa Fotos Jarbas Oliveira
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objetivo foi fazer um prédio só de amigos”, conta. Nem bem contou seus planos para Ana, e ela já indicou ao pedagogo o Programa Multiplicador, que destinase a beneficiar os participantes que indicarem novos contatos para aquisição de imóveis com a respectiva venda efetivada pelos consultores da empresa no prazo estabelecido no regulamento do programa. Em suma, se o Multiplicador ainda estiver pagando seu apartamento, terá direito a receber uma bonificação na prestação de sua unidade equivalente a 1% do valor de contrato da unidade do cliente indicado. Já se o Multiplicador estiver com a sua unidade quitada ou que não seja cliente receberá um bônus de 1% do valor de contrato da unidade adquirida pelo indicado através de cheque, dentro dos critérios do Programa. Com a indicação de 10 clientes, o Multiplicador recebe, além da porcentagem referente a venda de cada imóvel, um bônus extra. “Das pessoas que indiquei, duas já compraram. E elas
*Deduzidos os impostos - promoção válida até 31/07/2014
já estão indicando outras pessoas”, diz o pedagogo. Na contabilidade de Reivison, quem aderiu primeiro foi uma amiga, Mariana, que topou de pronto, mas não sem antes consultar profissionais de áreas distintas. “Falei com um advogado e um contador, que leram o contrato e disseram que estava tudo certo. Eles me falaram que eu podia comprar, pois além de tudo estar correto, o apartamento era um ótimo investimento e com preço acessível”, comemora Mariana, destacando que da compra para cá, o empreendimento já teve uma valorização considerável. “Agora é só alegria”, diz. As palavras de Mariana ecoam no discurso de Reivison.
“Estou muito satisfeito com essa compra. Para mim, o apartamento em Fortaleza será sobretudo um ponto de apoio, além de uma fonte de investimento, pois trata-se de uma poupança por conta da rápida valorização”, avalia. Enquanto não recebe o novo apartamento, Reivison conta os meses e não se furta em dar uma passadinha sempre que pode para acompanhar a evolução da obra. “Passo em frente e fico olhando, admirando. O meu é no 10º andar. Outra amiga, a Regina, comprou no 11º”, comemora ele, que continua firme e forte na decisão de trazer outros amigos para o Mares do Sul.
INDICOU, INDICOU, GANHOU! GANHOU! O Programa Multiplicador Porto Freire é um meio fácil e eficiente de garantir uma renda extra. Basta você indicar um comprador para os corretores credenciados e aguardar. Se o negócio for fechado, você receberá 1% do respectivo valor. Por exemplo, se indicar um apartamento no Portal de Ávila, localizado no Parque del Sol, você pode ganhar até mais de R$ 5.000,00* por uma única indicação bem sucedida. Aproveite. Seja um multiplicador. Quanto mais você indicar, maior a sua renda extra. Consulte o regulamento no site www.portofreire.com.br ou entre em contato pelo telefone (85) 3194.7999.
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GENTE DA GENTE
Corrente do
bem Há quem acredite que cenário de vendas é simplesmente um ambiente de competição. Na contramão dessa lógica, funcionários da Porto Freire invertem o jogo e provam que solidariedade é palavra de ordem. A prova disso é a inspiradora história do colaborador Raimundo Nonato. Por Lucílio Lessa Fotos Jarbas Oliveira
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N
onato, vou te ajudar”. Foi assim que a consultora de vendas Vladilene Monteiro deu início a uma ação que vem ganhando parceiros de uma ponta a outra da empresa, em uma clara demonstração de amizade, de solidariedade. Às voltas com o sonho da casa própria, o zelador Raimundo Nonato Moura Rocha, 36 anos, ficou emocionado com a ação da colega, que de pronto afirmou poder colaborar com a compra de tijolos. Mal sabia ele que a partir dali Vladilene se uniria a uma corrente do bem com o propósito de realizar o sonho do zelador.
Nonato agradece. Casado e pai de dois filhos, o zelador queimava o juízo tentando organizar as finanças para construir sua casa. O esforço lhe garantiu a compra de um pequeno terreno, mas até a intervenção dos colegas, o sonho não passava daí. “Muitas vezes tive problemas em pagar o aluguel. Cheguei a morar com minha família no fundo de um quintal, de favor. Antes de trabalhar na Porto Freire, fiz bicos e trabalhei em dois lugares ao mesmo tempo para sobreviver. Minha história sempre foi de muito trabalho”, diz Nonato, com dignidade. Ao ser perguntado sobre como se sente com o carinho que recebeu dos colegas, Nonato O primeiro a aderir foi o marido, Gilvan. Engenheiro, ele faz uma pausa e diz, com voz embargada, que embora se prontificou a fazer o projeto da casa. Imediatamente sempre lhe tenha chamado a atenção a forma solidária a isso, Gilvan começou a ligar para amigos e foi com que todos se tratam na empresa, ficou comovido recebendo retornos positivos para a doação de com a demonstração de generosidade. “Nem sei como materiais. Mas adesão maior foi a que ocorreu dentro retribuir. Só Deus sabe como estou me sentindo. É da Porto Freire. Com o apoio da se todos fossem meus irmãos”, diz “Nem sei como como também consultora de vendas Nonato. Para a consultora Vladilene, o Tâmara Keyveh, Vladilene viu o retribuir. Só Deus ambiente de união vivenciado na Porto projeto tomar corpo e encampar sabe como estou Freire, fortalece o propósito. “A intenção surpreendentemente todo o é motivar a empresa como um todo, até me sentindo. time de vendas. “Percebi que É como se todos porque não queremos parar nessa primeira quando a gente fala em ajudar, casa, e sim colaborar para a realização do fossem meus muitos se manifestam como se sonho de outros colegas que, como o irmãos” estivessem apenas esperando uma N o n a to , m e r e c e m e s s e a p o i o ”, d i z . oportunidade”, diz a consultora. A Bloktec, empresa de pré moldados do grupo Porto A história de Nonato e seus companheiros de Freire, já disponibilizou dois mil blocos de tijolos. trabalho rendeu até reportagem de TV. É que o quadro Nosso Ceará, veiculado às terças e quintas no Ressalte-se que a adesão não ocorreu apenas na CETV 1ª Edição, na TV Verdes Mares, fez reportagem garantia de materiais, mas sobretudo em mão de sobre essa ação solidária. Na matéria, o apresentador obra. Para levantar a casa de Nonato, já estão a Rodrigo Vargas dá ênfase ao companheirismo, o que postos mestre de obras e uma diversidade de outros garantiu até ligações de telespectadores interessados profissionais da empresa, motivados pelo simples em ajudar Nonato. “No nosso quadro, buscamos interesse em fazer a sua parte. “Por exemplo, ele ganhou de um eletricista, o Ricardo, funcionário pessoas que inspiram. E quanto mais coletividade ele da Porto Freire, toda a instalação elétrica. Quando produzir, mais satisfeitos ficamos. Ao ver um grupo o Ricardo nos ouviu comentando o projeto, disse, de pessoas preocupadas em transformar o sonho de de ca ra : ‘quero participar!’”, ressalta a consultora alguém em realidade, acreditamos que podemos viver num mundo melhor”, conclui Rodrigo. Tâmara Keyveh.
Rodrigo Vargas no centro da equipe Porto Freire.
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GENTE DA GENTE
Nonato entre as consultoras Vladilene e Tâmara. Ainda sobre o projeto, a consultora Vladilene Monteiro ressalta que tratase não apenas da construção de uma casa. “Na verdade, estamos praticando o CAJADO (Colaboração, Amizade, Justiça (social), Autonomia, Determinação e coragem, e Organização). Esses valores tão divulgados na empresa que estão consolidados no nosso DNA, sendo impossível viver sem eles em qualquer pilar de nossas vidas. Falo em nome de todos que têm se dedicado a esse projeto social”, avalia.
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GENTE DA GENTE Cláudio Aguiar
Bate pronto com o Tabelião
Cláudio Aguiar À frente do 8º Tabelionato de Notas e Protesto de Títulos - mais conhecido como Cartório Aguiar, o Tabelião Antônio Cláudio Mota de Aguiar, reforça, por meio de sua postura firme e assertiva, a concepção de que o Tabelionato Aguiar dispõe de uma sedimentada imagem de credibilidade e ética. Em um bate papo com a Revista Estilo, ele responde a algumas das perguntas mais frequentes sobre a compra de um imóvel. Por Lucílio Lessa Fotos Jarbas Oliveira
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Revista Estilo - Sr. Cláudio, quais documentos são necessários para a compra e venda de imóveis? Cláudio Aguiar - Dos vendedores, se pessoa juridical: a certidão da dívida ativa do Estado, certidão dos tributos federais, certidão da Justiça do Trabalho e certidão do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social). Se pessoa física, as mesmas certidões citadas, excluindo a certidão do INSS. Das partes, se é o comprador: cópias das identidades, CPFs, certidão de casamento. Se é o vendedor: idem. Se o vendedor for pessoa jurídica, há a necessidade da cópia do contrato social e aditivos. RE - Para que um imóvel construído possa estar apto para um financiamento na hora da venda, é necessário que ele possua que documentos? CA - Os documentos são os mesmos mencionados com a inclusão da certidão negativa do Cadin (Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal) e certidão do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). RE - Qual a importância de obter a regularização completa da documentação de um imóvel na hora da compra e venda? E como o senhor avalia o excesso de barreiras burocráticas e regulatórias enfrentado pelo setor da Construção Civil? C A - É importante a segurança jurídica do ato elaborado pelo tabelião, que tem a fé pública, lavrando
“Quem comprar um apartamento ainda na planta deve atentar para a obrigatoriedade do Registro de Incorporação”
a escritura perfeita sem vícios de nulidade do ato. Quanto à segunda pergunta, existem algumas práticas que poderiam ser melhoradas dando mais agilidade aos processos. Todavia é necessária lei federal para melhoria do sistema. RE - Quais os cuidados a serem tomados para adquirir um apartamento ainda na planta? C A - Quem comprar um apartamento ainda na planta deve atentar para a obrigatoriedade do Registro de Incorporação.
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Cláudio Aguiar
GENTE DA GENTE
“O Cartório Aguiar se utiliza de uma lâmpada de luz negra ultravioleta para examinar a autenticidade de documentos com indícios de falsificação”
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RE – O que um estrangeiro que tenha imóveis ou negócios no Brasil deve fazer para que alguém o represente em território nacional? C A - Ele deverá fazer uma procuração no Consulado ou Embaixada Brasileira, pois tem o mesmo efeito de uma procuração feita em cartório. Se a procuração foi feita em outro idioma, a mesma tem que ser traduzida no Brasil por um tradutor público e registrado em cartório de títulos e documentos. RE - Que irregularidades mais frequentes ocorrem no processo de autenticação e como evitá-las? C A - É necessário muito cuidado e atenção com os documentos falsificados. O Cartório Aguiar se utiliza de uma lâmpada de luz negra ultravioleta
para examinar a autenticidade de documentos com indícios de falsificação. Também capacitamos nossos colaboradores com treinamentos feitos por peritos grafotécnicos da polícia civil. Desta forma, conseguimos descobrir documentos adulterados. RE - Como funcionam os trâmites de trabalho entre a Porto Freire e o cartório? C A - Neste caso, o Cartório se desloca até a Porto Freire. É designado um colaborador e diariamente ele se apresenta na empresa para proceder os serviços cartorários.
“É importante a segurança jurídica do ato elaborado pelo tabelião, que tem a fé pública, lavrando a escritura perfeita sem vícios de nulidade do ato”
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MERCADO DEL SOL
Nos últimos meses, o Parque del Sol se tornou um palco com grandes atrações. Além de uma programação diferenciada e que envolve todos os públicos, o Mercado del Sol trouxe boa música e um leque de variedades de produtos confeccionados pelos próprios expositores. Confira o registro feito pelo fotógrafo Gustavo Sampaio.
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CULT
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CULT
Por Ronaldo Lima
COMO PLANEJAR, ORGANIZAR E EXECUTAR SEU EVENTO COM SUCESSO Em parceria com o Sebrae, a equipe de CRC promoveu, no dia 26 de abril, uma palestra ministrada por Ana PatrĂcia Matos Porto. Fotos: CRC.
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CULT
AULÃO DE CULINÁRIA
No dia 10 de maio, a equipe do CRC promoveu um Aulão de Culinária, com a chef Geny France, em homenagem ao Dia das Mães. O evento contou com a presença de 38 clientes. Além de dicas preciosas, o aulão contou ainda com um delicioso coffee break e sorteio de brindes. Fotos: CRC.
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