Revista Estilo - Setembro 2018

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Destaque Ano 09 Ed. 03 Jul Ago Set 2018

Jomara Cid: sucesso na criação de chapéus

GIRO

Viajantes Solitários Turistas comentam sobre a experiência de desbravar o mundo em sua própria companhia

Gente da Gente Uniparque: projetos em prol dos moradores


// EDITORIAL

Editorial E

la faz, literalmente, a cabeça da mulherada e dos marmanjos também. Conheça a cearense Jomara Cid, que hoje é referência nacional quando o assunto é chapéu. Nesta entrevista, ela comenta sobre moda e trabalho.

Expediente Estilo é uma publicação da Porto Freire Engenharia PRESIDENTE

Jorge Wilson Porto Freire DIRETORA TÉCNICA

Tatiana Freire

O presidente da Uniparque, Marcelo Gripp, fala sobre as inovações que estão sendo implantadas no Parque del Sol, que trará, sobretudo, mais segurança para os cerca de oito mil moradores do local. Manter o rosto e corpo em forma ficou mais fácil com os produtos de beleza portáteis que estão invadindo as prateleiras de lojas e sites. Conheça os mais populares e a opinião de especialistas sobre o uso doméstico desses equipamentos.

DIRETORIA ADMINISTRATIVA FINANCEIRA

Adriana Freire COORDENADORA DE MARKETING

Valdenisia Souza REDAÇÃO

Quem nunca teve vontade de arriscar-se numa viagem sozinho? A Estilo conversou com três viajantes solitários que contam a experiência de desbravar o mundo na sua própria companhia. “Vale a experiência”, garantem.

R&B Comunicação JORNALISTA RESPONSÁVEL

Rozanne Quezado PRODUÇÃO E REVISÃO

Rozanne Quezado Lucílio Lessa Valdenisia Souza FOTOS

Jarbas Oliveira, bancos de imagens e divulgação

A seção À Mesa traz uma boa dica de gastronomia: o Sótão Moleskine. Voltado para o público mais maduro, une a boa música e um ambiente com conceitos diferenciados a um cardápio irresistível. Sempre atenta à satisfação do cliente, a Porto Freira implantou mais uma ferramenta ao SAC: NPS (Net Promoter Score), que possibilita a identificação de pontos positivos e negativos da empresa, a fim de localizar identificar e resolver problemas e potencializar as ações que dão certo.

PROJETO GRÁFICO

Raphael Lira DIREÇÃO DE ARTE E DIAGRAMAÇÃO

Promosell Comunicação Fale conosco (85) 3299 6600 gestaomkt@portofreire.com.br

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O Nordeste sempre instigou os grandes escritores brasileiros. É grande a lista dos clássicos da nossa literatura que abordam o tema. A Estilo selecionou cinco livros que discorrem sobre a região e seus dramas. Boa leitura.


SUMÁRIO

Sumário 18|

Giro Mundo afora em sua própria companhia

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04| Destaque

Bem Viver

Ela faz a cabeça

Beleza na palma da mão

30|

24|

Tijolo por Tijolo

À Mesa La la Sotão

34|

Ouvindo ainda mais o cliente

Estilo Indica Clássicos para entender o sertão

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// Destaque

Ela faz a cabeça A evidente sofisticação da designer de chapéus Jomara Cid chama a atenção no primeiro contato. Elegante e de fala mansa, ela discorre sobre a sua profissão com a seriedade dos grandes profissionais e a inspiração dos artistas verdadeiros. A chapeleira é o exemplo clássico de como a determinação, aliada à vocação, abre caminhos improváveis. Cearense de Horizonte, Jomara é um nome nacional da chapelaria, tendo sido destaque na São Paulo Fashion Week e na última edição do Baile da Vogue. Às voltas com uma negociação com a Rede Globo para assinar a chapelaria de uma das próximas minisséries, ela fala a Estilo sobre carreira e tendências da moda.

Texto: Lucílio Lessa

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// Destaque

O mundo da costura faz parte do universo de Jomara desde os oito anos de idade.

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Revista Estilo - Quando você decidiu ser designer de chapéus?

RE - Como você define esse segmento?

Jomara Cid - Eu ia fazer medicina ou psicologia. Não sabia o que era chapelaria e nem que estilismo e moda eram uma profissão. Um dia, vi uma menina vestida com uma blusa “Estilismo e Moda UFC”. Perguntei e ela me explicou, então entendi que era o que minha mãe já fazia dentro de casa. Ela era professora de matemática, mas sempre costurou. Sempre teve muito prazer com isso. Eu já fazia parte daquele universo. Com oito anos, já sabia mexer em máquina de costura, quebrava todas as agulhas e linhas, mas, já fazia roupas para as minhas bonecas. Sempre teve muito tecido e maquinários dentro da minha casa. Tem tecidos lá de 20 ou 30 anos. Minha mãe sempre fez muita roupa para a gente. Ela pegava (inspiração) da revista Manequim e aquilo se chamava modelagem. Até hoje ela ainda faz. Entendi que cresci fazendo estilismo e moda. Fiz a faculdade de moda e descobri a chapelaria. Nunca quis trabalhar com roupa, achava meio óbvio. Sempre me incomodou a história de ir com a manada. Quando eu descobri a chapelaria, pensei: “Opa, existe um segmento que nem todo mundo vai. É esse o caminho que eu vou seguir”.

JC - A chapelaria me faz resgatar muito o passado. Você tem que ir lá atrás para entender o que se passa na chapelaria. Isso me motivou a pesquisar e estudar. Sempre gostei muito de história. Comecei a fazer umas coisas meio intuitivamente. Quando vi que poderia ser um negócio, fui me especializar. Penei muito, mas achei dois cursos no Rio de Janeiro. Foi quando eu, realmente, vi o que é a chapelaria. Dentro da faculdade a gente não vê nada disso. Só existe uma publicação em português sobre chapéus. A gente é bem pobre nesse conteúdo. Depois de três anos, montei meu ateliê e fui fazer um curso na França, no Mademoiselle Chapeaux, um curso avançado, onde eu aprendi novas técnicas.


Os chapéus compõem o look das cabeças femininas e masculinas.

RE - A cultura de chapéus no Ceará está muito ligada ao utilitário, à proteção do sol, ao sertanejo. O uso de chapéus como moda não é algo muito comum. Você não ficou com receio de investir nessa área? JC - Não, pois quero fazer o que me inspira. Eu nunca tive medo, nunca pensei: “Tenho que terminar a faculdade, tenho que ganhar dinheiro". Nunca pensei assim. Sempre pensei: “Quero ser independente, conquistar o meu espaço, mas, antes disso, quero fazer o que eu acredito, o que me motiva". Já estagiei em chão de fábrica, e era um tormento para mim, fazer as mesmas coisas (todos os dias). Aquilo não me inspirava de jeito nenhum. Quando resolvi fazer chapelaria, dei minha cara a tapa. Mas, eu nunca tive medo porque eu sempre achei que dependia de mim. Esse caminho quem trilha sou eu. Essa história quem tem que contar sou eu. E coragem eu tenho. O dinheiro nunca esteve em primeiro lugar nos meus planos. Sempre que eu penso sobre isso, imagino que o dinheiro é a consequência do meu trabalho. Quero ser feliz. No dia que a chapelaria não me fizer mais feliz, eu paro. Vou atrás de outra coisa. Não é fácil, mas se alguma vez eu tivesse duvidado, ou tivesse ficado com medo, não teria dado o segundo passo.

RE - Como funciona o seu processo criativo? JC - O meu processo criativo não é convencional. Não fazemos coleção primavera-verão, por exemplo, embora a moda funcione assim. São lançadas as macrotendências e dentro delas você pega o seu tema e cria sua coleção. Mas, o fato é que minha criação é muito intuitiva. Me incomoda ficar presa a esses rótulos. Quem trabalha com criação é uma esponja do mundo. Você não para de pensar e de ver referências. Tudo te inspira. Você vai captando. Quando tem alguma coisa que bate, mexe lá dentro, eu crio uma coleção. Pode ser que eu crie três coleções no período de três meses, ou pode ser que eu passe um ano para criar uma coleção. Tive uma coleção que saiu de um conto, outra que foi criada quando eu estava andando na rua. Tenho uma coleção de noivas inspirada no centenário de Vinícius de Moraes, o primeiro poeta que eu li. E fiz uma coleção inspirada no filme Orfeu, escrito por ele. No final, virou desfile. Foi um marco na minha carreira, foi muito impactante.

As noivas respondem, atualmente, por 50% dos clientes da chapelaria.

RE - Você comentou, há algum tempo, em uma entrevista, que quem mais procura pelo seu trabalho são noivas. Ainda é assim? JC - A minha geração não viu o uso do chapéu. Cresci nos anos 80, 90 e, nessa época, não se usava chapéu. Ele foi abduzido da moda. Em 2000 ele começa a voltar. Iniciei em 2010. Demorou um pouco para esse mercado chegar aqui. Então, quando comecei, o setor de noivas era o mais comum e mais rentável. As noivas entendiam que precisavam de algo para a cabeça. Por muito tempo me sustentei nesse mercado. Hoje é diferente. Acredito que já esteja 50% (o uso de outros estilos). Tenho muita procura de chapéu, tanto masculino quanto feminino. Vendo muito para o dia a dia e, também, para eventos e festas.

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// Destaque

A casa antiga, na Praia de Iracema, abriga a chapelaria.

RE - E a sua participação no Baile de Carnaval da Vogue?

A grife marcou presença no SP Fashion Week e Baile da Vogue.

RE - No ano passado, você foi destaque no desfile do estilista Ronaldo Fraga, na São Paulo Fashion Week. Como foi para você essa parceria? JC - Foi muito boa porque, com o Ronaldo, eu tive uma projeção nacional mais forte. Meu nome saiu nos grandes sites de moda. É uma parceria com um ícone da moda brasileira. E tudo se deu, em primeiro lugar, porque ele é muito generoso, muito agregador e consegue enxergar para além do comercial. Ele sabe enxergar a essência. É uma parceira que eu creio que dará mais bons frutos. Ele é um dos estilistas que eu mais admiro na vida.

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JC - Já fazia três anos que a gente assinava a cabeça de quem ia (do Ceará) para o Baile da Vogue. Mas eram duas, três pessoas. Nunca tão forte. Neste ano, assinamos a de todas e todos as cearenses que foram. Além disso, tivemos outras pessoas de outros locais do Brasil com as nossas cabeças. O Baile da Vogue é um dos maiores eventos do carnaval. Os holofotes estão voltados para ele. É onde se reúnem os grandes nomes da moda. Então, ter assinado a cabeça dessas pessoas foi muito legal, principalmente porque o tema era “Entre o divino e o maravilhoso”. Fiquei muito feliz porque a maioria das cearenses que foram se inspirou em algo que é nosso. Cada uma levou um pouquinho da nossa história. RE – Hoje, a sua chapelaria vem fazendo a cabeça de muitos famosos. Como se deu esse processo? JC - Esses convites chegaram de uma forma muito natural. Tanto a Claudia Leite quanto a Sabrina Sato, por exemplo, vieram através de um convite da Água de Coco. Eles me ligaram e falaram: “Estamos fechando o look da Sabrina e da Cláudia, e eu queria que você assinasse a chapelaria desse figurino”. Não procuro, mas nunca digo não. Mesmo quando as pessoas me pedem coisas que eu não sei fazer, faço. Procuro, pesquiso, estudo. Isso é bom para mim como profissional, pois saio da minha zona de conforto, e eu não quero deixar oportunidades escaparem. E uma coisa acaba puxando outra. Estou em negociação com a TV Globo para fazer uma minissérie que eles vão gravar em 2019 e vai ao ar em 2020.


A minha criação émuito intuitiva”, diz Jomara

Os chapéus são vendidos para todo o Brasil.

RE - Quais as tendências, atualmente? JC - Para as mulheres, as boinas estão super em alta, é uma tendência da chapelaria. As tiaras estão ganhando força também. Seja fina ou larga, você pode usar o tempo inteiro. A boina é um pouco mais complicado porque é feita de feltro, e para o nosso clima acaba ficando mais limitada. Já a tiara turbante foi um desejo bem pessoal. Eu amo turbante, mas sou uma pessoa muito prática, gosto das coisas mais fáceis. Tudo com muita praticidade. Queria algo que fosse fácil de colocar e deixasse o cabelo arrumadinho, aí algumas pessoas com visibilidade nacional usaram e bombou. Hoje eu vendo para o Brasil todo. Posso dizer que a tiara turbante é o que está em maior tendência dentro da minha chapelaria. RE - Quais as tendências para as grinaldas de noivas?

Os chapéus fazem a cabeça de artistas famosos.

RE - E que dicas você daria para quem está querendo começar a usar chapéus? JC - Já é muito bom a pessoa querer usar, ter isso dentro dela. Você não começa a usar algo se isso não te atrai de alguma forma. Costumo dizendo que você tem que sustentar o chapéu. E se você está na dúvida, não fique em destaque, procure usar o que as outras pessoas estão usando, pois não vai se sentir tão estranho. Depois, comece a traçar o seu estilo.

JC - Para as noivas eu não gosto de falar de tendência, pois acho que mais importante que a moda, que a tendência, é o seu estilo, o que você gosta, quem você é. Quando uma noiva vem fazer um acessório exclusivo, é quase uma terapia. Converso com ela, quero entender o porquê, conhecer o casamento dela, traçar um perfil. Hoje as noivas pagam os seus casamentos, elas tomaram as responsabilidades para si. Então, o casamento deixou de ser algo pensado pelos pais. Elas olham mais para dentro de si e eu acho isso muito importante. RE - Você acabou de se mudar para um novo espaço. É a realização de um sonho? JC - Sim. A nossa chapelaria fica em um espaço maravilhoso, uma casa que tem mais de 40 anos, na Praia de Iracema, e carrega o que me alimenta, o cultural, a arte. Preservei o piso. Tive todo o cuidado ao fazer o meu novo espaço. Quero que as pessoas entrem e se sintam em casa, não em uma loja.

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// Gente da Gente

Ă€ frente da Uniparque, o advogado Marcelo Gripp fala sobre novidades que beneficiam os cerca de oito mil moradores do Parque del Sol.

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// Gente da Gente

Ações voltadas para a melhoria do Parque del Sol.

O plano possui três linhas principais. A primeira é cobrar do poder público melhorias para o Parque del Sol. "Atualmente, estamos negociando com a AMC (Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania) e já agora vamos fazer o ordenamento do trânsito aqui dentro. Estamos ainda negociando com a Prefeitura o plano de asfalto nas ruas da parte de trás do Parque, além de melhorias no calçamento, entre outros", destaca Gripp, que já teve mais de 30 reuniões com representantes do poder público.

SEGURANÇA A segunda inciativa, segundo o presidente, é estruturar a associação, o que contempla a previsão orçamentária e a instalação de uma sede no futuro, além da contratação de um auxiliar administrativo. Já a última linha de ação é a implantação do Plano de Segurança do Parque del Sol, o que envolve a interligação das portarias, bem como a presença de um policiamento fixo na praça, além de placas avisando que a área é monitorada pela comunidade.

O

discurso afirmativo do novo presidente da Associação dos Moradores do Parque del Sol (Uniparque) dá o tom das ações e projetos idealizados para as cerca de oito mil pessoas que residem no local. Em meio à identificação das necessidades do Parque, o advogado Marcelo Gripp, 33 anos, à frente da associação desde meados de 2017, compôs um plano de ação que envolve diferentes diretrizes.

"Essa associação foi constituída formalmente em 2014, mas não era regularizada, e esse foi o primeiro trabalho que fiz como presidente. Regularizamos o CNPJ, abrimos conta bancária, formalizamos as filiações. Hoje, temos oito condomínios filiados e contribuindo, mas o objetivo é formalizar os 16 existentes. Paralelamente a isso, formamos e estamos colocando em prática nosso plano de ação", afirma Marcelo.

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"Área monitorada pela comunidade. Qualquer atividade suspeita comunique ao 190 e à portaria mais próxima. Agradecemos a vigilância de todos', essa é a frase que constará na sinalização. A ideia é que qualquer atividade suspeita seja comunicada à portaria mais próxima ou ao poder público", destaca Marcelo. No total, serão 50 placas e 16 portarias interligadas, além do centro comercial e o restaurante. "Estamos fechando com uma empresa de segurança privada, que já dispõe de uma viatura, para nos dar uma cobertura maior e nos ajudar na segurança. Nesta semana (a entrevista ocorreu em meados de agosto), fechamos ainda o pa-


trulhamento fixo de três policiais de bicicleta para a praça do Parque del Sol, que também estarão integradas com as portarias dos condomínios. As bicicletas serão doadas pela associação, pela comunidade, então, estamos arrecadando, fazendo o levantamento dos custos das bicicletas", explica.

ADOÇÃO DA PRAÇA

Ainda de acordo com o presidente da Uniparque, uma das guaritas da praça será adesivada com os símbolos da Polícia Militar e da Guarda Municipal, para que os profissionais de segurança tenham um ponto de apoio. "Estimo que até o final do ano o Plano de Segurança deva estar 100% implantado. Vai ser o primeiro plano de interligação do Estado do Ceará entre poder público e iniciativa privada", comemora.

A praça do Parque del Sol, atualmente administrada pela Porto Freire Engenharia, também está nos planos da associação. A ideia é realizar um grande plano de melhoria da estrutura, inclusive com a reforma das quadras. Até lá, a providência é cobrar melhorias ao poder público. "Como não temos caixa suficiente, estamos fazendo eventos. Nossa ideia é, a partir do próximo ano, quando tivermos um caixa estabilizado e os planos iniciais de segurança pagos, montarmos um calendário de eventos aqui na praça, com um campeonato entre os condomínios, com futebol, tênis, volei etc, além de festas temáticas, como a junina e o Natal comunitário", destaca Marcelo Gripp.

A estratégia contempla a sintonia dos rádios do ciclopatrulhamento em uma única frequência. Isso permitirá que qualquer ocorrência em um raio de 3 km da praça seja automaticamente comunicada às portarias, ao restaurante e ao centro comercial. Ressalte-se que cada portaria irá posicionar uma câmera para a rua do seu prédio, a fim de garantir uma cobertura maior de monitoramento.

Marcelo ressalta ainda outra estratégia, a de se trabalhar com parcerias. "Já estamos contatando algumas empresas. Nossa ideia é fazer uma espécie de loteamento da praça, no qual as empresas parceiras ficariam responsáveis por partes específicas, ou mesmo os próprios condomínios, como já ocorre com o Málaga, que cuida do jardim na parte da praça que fica em frente ao prédio", conclui.

A segurança no condomínio é item prioritário da Uniparque.

O cuidado com a praça será fruto de parcerias

ADESÃO Atualmente, o Parque del Sol possui 2.300 apartamentos e 16 condomínios, dos quais, apenas oito são filiados à associação. Cada apartamento paga uma taxa mensal de R$ 5,00. "A filiação ocorre de forma indireta. Solicitamos ao síndico de cada edifício a autorização para participar de uma reunião, representando a associação. Uma vez que o condomínio tenha o interesse em aderir, pedimos uma assembleia especial de adesão à filiação. O próprio condomínio faz a arrecadação e nos passa. Se existir um morador que não queira participar, o condomínio libera esse morador de pagar a taxa", explica Marcelo Gripp.

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Beleza na palma da mão Aparelhos portáteis de uso doméstico que prometem resultados promissores para a pele, como antienvelhecimento, depilação definitiva e antiacne, invadem o mercado brasileiro e surgem como alternativa aos caros tratamentos realizados em consultórios médicos. A Estilo pesquisou os produtos mais procurados e conversou com profissionais sobre os benefícios e os riscos do uso destes equipamentos. 14

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Quem não sonha em reduzir aquela gordurinha localizada, amenizar rugas e linhas de expressão e livrar-se de uma vez dos incômodos pelos nas áreas do biquíni, pernas e axilas? Sem medo de errar: cem entre cem mulheres. No entanto, o desejo de modelar o corpo e rejuvenescer a pele, muitas vezes, esbarra nos altos custos dos tratamentos realizados em consultórios de dermatologistas e clínicas estéticas. Mas, nada de desânimo! A tecnologia tem atuado em favor dos que sonham em promover um upgrade na imagem sem gastos estratosféricos. Nas prateleiras das lojas e, sobretudo, dos shoppings virtuais – já que a maioria dos produtos vem de fora, sobretudo dos países asiáticos – há uma infinidade de aparelhos de beleza portáteis que podem ser usados em casa e prometem resultados promissores no combate à gordura localizada, celulite, estria e flacidez, no tratamento de acne e depilação definitiva. Os preços variam de acordo com a marca e a tecnologia empregada, mas, de antemão, são muito mais acessíveis que os custos de um tratamento convencional. Os fabricantes garantem que os aparelhos têm a mesma tecnologia daqueles utilizados em clínicas profissionais, como radiofrequência, luz pulsada e laser, porém, de acordo com os especialistas, sem o mesmo poder de atuação destes já que a potência é bem inferior aos aparelhos profissionais. “Eles podem funcionar como coadjuvantes no tratamento convencional”, ressaltam.

Imagem: allure

// Bem viver


Aparelhos portáteis que podem ser usados em casa.

Imagem: shutterstock

CAUTELA Antes de se aventurar no paraíso encantado da beleza made in casa, porém, é preciso tomar algumas precauções. A primeira providência é consultar o seu médico antes de comprar e usar qualquer um desses produtos. O dermatologista Heitor de Sá Gonçalves explica que é preciso bastante cautela em relação ao uso desses aparelhos. Segundo ele, a principal preocupação é “quanto ao uso inadequado e à possibilidade de danos à pele, com riscos de queimaduras, sangramentos e infecções”. Ele cita os equipamentos a laser e luz pulsada como os mais preocupantes quanto aos riscos de queimaduras.

A Estilo ouviu ainda a opinião de profissionais da área de estética, não médicos. A esteticista Valéria Melissa Santiago também recomenda cautela, mas diz que “se houver o cuidado em comprar um aparelho com certificado da Anvisa e o paciente, após se aconselhar com um profissional médico capacitado, seguir todas as orientações do fabricante durante o uso, não creio que haja riscos maiores. O que pode acontecer é, realmente, quanto à eficácia, já que estes equipamentos de uso domésticos não têm a mesma potência daqueles de uso profissional e, portanto, os resultados serão muito abaixo do esperado”, avalia.

A outra questão, de acordo com ele, diz respeito aos resultados dos procedimentos feitos com alguns equipamentos de uso doméstico. “Existe a real possibilidade de ineficácia de determinados equipamentos quanto aos efeitos prometidos pelo fabricante e desejados pelos pacientes”, diz.

Para os que pretendem adquirir e fazer uso desses equipamentos, Heitor Gonçalves dá as seguintes dicas: “sempre aconselhar-se com médico, dermatologista ou cirurgião plástico, capacitado no manejo de tais aparelhos, verificar se, em casa, é possível a utilização do aparelho por uma terceira pessoa treinada no uso do mesmo e observar, com muito cuidado, os parâmetros do equipamento que permitam a sua utilização de forma segura e eficaz”.

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// Bem viver

Os milagrosos que podemos levar para casa LUZ LED – A cor da luz tem funções diversas. A vermelha tem efeito anti-inflamatório, ajuda na cicatrização e estimula a produção de colágeno. Já a azul atua como bactericida, é ótima no combate à acne, melhora a hidratação da pele, suaviza manchas e clareia algumas áreas. A luz amarela, além de estimular o colágeno e melhorar a elasticidade das fibras, tem efeito drenante. Dentre os produtos destacam-se: Tanda Zap (Iluminage Beauty), Acne Light (Adcos), LightStim for Wrinkles (LightStim) e Optimizer Voyage Tri-light (Skin). O destaque são as máscaras que combinam todas as cores para tratamento antiacne e antiidade, como a Light Therapy Acne Mask (Neutrogena) e a IlluMask (La Lumière). Os preços variam de R$ 200 a R$ 2.500.

RADIOFREQUÊNCIA – É uma corrente elétrica que gera calor. Ao aquecer a pele, o tecido subcutâneo estimula a produção de fibras elásticas e colágeno. Há aparelhos com diversas funções, principalmente no combate à flacidez e à celulite e redução de gordura corporal, prometendo resultados a partir de dois meses de tratamento, com 2 a 3 seções por semanas. Dentre os produtos: Tripollar Stop (Pollogen) e FaceFX (Silk’n Brasil) – preços podem chegar a R$ 3.000 - e uma variedade de marcas asiáticas, com valores bem mais acessíveis, a partir de R$ 250, como o Smart RF Warm (Ketrina).

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Acima: Light Therapy Acne Mask (Neutrogena), à esquerda: Tanda Zap (Illuminage Beauty).

Abaixo: Tripollar Stop (Pollogen), à direita: FaceFX (Silk'n Brasil).


MICROAGULHAMENTO – Técnica é a queridinha das famosas. São microagulhas que causam microperfurações na pele, gerando um processo inflamatório que estimula a produção de colágeno. Pode ser usado no rosto e no corpo, tratando rugas, cicatrizes de acne e poro dilatado, além de suavizar manchas, estrias e celulite. Deve ser usado somente uma vez por semana, com um creme anestésico antes e outro calmante depois. Após cada uso, o aparelho deve ser esterilizado para evitar os riscos de infecção.

À direita: Smart Derma Roller (Smart Gr), abaixo: DTS Beauty Roller (GS Standard).

Dentre os produtos, estão: DTS Beauty Roller (GS Standard), Derma Roller (Fabinject) e Smart Derma Roller (Smart Gr). É a técnica mais acessível com preços de R$ 35 a R$ 200.

FOTODEPILAÇÃO – É uma das técnicas mais eficazes na eliminação dos pelos indesejados pelo corpo e rosto. Ela é feita através de um aparelho que emite Luz Intensa Pulsada (LIP), eliminando os pelos e destruindo os folículos que os produzem. A LIP por ter menos potência que o laser, exige mais aplicações para eliminação de pelos, mas, o processo é inodoro e com menos riscos de queimaduras. De acordo com

a área tratada, pode ser necessário fazer cerca de dez sessões, com intervalo de 15 dias entre cada uma. A manutenção deve ocorrer entre seis meses a um ano da última sessão. Produtos mais conhecidos: I-Pilator (Basall), Lumea Precision (Philips), Me Soft (Iluminage) e Flash&Go Compact (Silk’n Brasil). Preços entre R$ 600 e R$ 2.900.

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Imagens: divulgação.

À direita: Lumea Precision (Phillips), abaixo: Compact Control (Remington).

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// Giro

Mundo afora

em sua própria

companhia O que têm em comum a fotógrafa Bia, a produtora de TV Jesica e o advogado Sérgio? Eles amam viajar... sozinhos. Desafiando possíveis riscos, sobretudo no tocante à segurança, eles engrossam a fileira desse novo nicho de mercado de turistas que, na trilha do “On the road”, do movimento hippie e dos mochileiros, seguem seus instintos de liberdade e autoconhecimento. Eles contam para a Estilo sobre a experiência de ser um viajante solitário. Texto: Rozanne Quezado


Sérgio

Templo Angkor Wat, Camboja

Bia

ariana, MG

trem para M

Jesica

Museu do Louvre, Paris


// Giro

D

esde que, nos anos 60, o movimento hippie abriu caminho pelas longas estradas americanas e europeias, em busca de autoconhecimento e na onda do ‘paz e amor’, muitos jovens foram estimulados a jogar a mochila nas costas e aventurar-se mundo afora. Em grupo, com o amor da sua vida ou simplesmente sozinhos, eles viajavam pelo prazer de desbravar o desconhecido e em busca de novas experiências de vida. Meio século depois, é incontável o número de pessoas que seguem com a mesma sede de cruzar os limites do seu espaço físico, conquistar novos territórios e viver momentos inusitadas. No entanto, o perfil do viajante das últimas décadas, vai além do mochileiro, com disposição de dormir em qualquer lugar e, às vezes, ter que trabalhar nos lugares que visita para poder bancar as despesas. Claro que ainda há muitos que seguem essa filosofia e sempre serão vistos pelas estradas ou ruas das mais variadas cidades com suas mochilas e colchonetes às costas. Os viajantes da atualidade têm algumas características que os diferem dos seus precursores. Além de exigir um pouco mais de conforto, seja no meio de transporte ou na hospedagem, eles têm estabilidade na carreira profissional, boa situação econômica e uma vida social movimentada. Dentro desse perfil se destaca um segmento que agora está atraindo a atenção do mercado de turismo: o viajante solitário. Também chamados de turistas solteiros, alguns se arriscam na empreitada por falta de companhia ou em busca dela, mas, a maioria por decisão de ter a liberdade para planejar e executar a sua viagem da maneira que mais lhe convém e, principalmente, encarar a experiência de estar por conta própria na caminhada rumo ao desconhecido.

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Jesica passeia pelos famosos canais de Amsterdam.

Bia aprecia a beleza colonial de Ouro Preto.


PÉ NA ESTRADA “Viajar tem sido a minha paixão há alguns anos”, afirma o advogado e professor universitário, Sérgio Gurgel, 27 anos. Viajando desde criança com a família, ele começou a fazer turismo sozinho a partir de 2013, durante um curso em Portugal, quando aproveitou para conhecer alguns países da Europa. Em 2015, foi a vez da Argentina, onde iniciou um doutorado. Viajou à Colômbia e depois à Noruega. Este ano, repetiu a façanha e foi mais longe: Tailândia e Camboja. Para ele, além de conhecer novos lugares, as viagens lhe dão a possibilidade de realizar façanhas que não estão ao seu alcance no dia a dia. “Ao viajar para a Noruega, minha meta era observar a Aurora Boreal; na Tailândia, passear ao lado de elefantes resgatados de maus tratos decorrentes de um turismo predatório e, também, fazer uma tatuagem (não permanente) no rosto, ao estilo Mike Tyson, exatamente na mesma rua em que um dos personagens do filme "Se Beber Não Case 2" a fez; e no Camboja, conhecer um dos três sobreviventes resgatados do que, hoje, é o Museu do Genocídio (tive sorte, conheci dois!)”, ressalta. Para a viagem à Ásia, Sérgio conta que foi possível “preparar um roteiro inteiramente adaptado ao meu perfil de viagem, o que, muitas vezes, é prejudicado quando se viaja em grupos, já que cada turista tem um ritmo diferente. Essa flexibilidade me permitiu aproveitar cada turno de cada dia em uma atividade que me parecia interessante, tais como assistir a uma luta de boxe tailandês em Chiang Mai ou reservar uma noite inteira para me deliciar no Gaggan (famoso restaurante de Bangkok), sem comprometer o orçamento”, explica.

A liberdade de escolher o seu próprio roteiro”

Sergio realizou o sonho de ver a Aurora Boreal na Noruega.

CULTURA E GASTRONOMIA Já a produtora de TV, a argentina Jesica Lefkovics, 28 anos, que já fez viagens com familiares e amigos, conta que viajar sozinha era uma cobrança que fazia a si mesma há algum tempo. “Amo viajar, sou muito independente, desfruto muito do meu tempo sozinha e percorrer o mundo é algo que me entusiasma. Nem sempre os amigos têm a mesma disponibilidade para viajar, por causa do trabalho, outros compromissos ou questões financeiras. Apareceu uma boa oportunidade de viagem e decidi aproveitá-la”, diz. Em junho passado, ela viajou pela Europa, percorrendo Barcelona, Paris e Amsterdam.

Salmão, queijo e cerveja: o menu francês no jantar improvisado.

Nas três cidades, Jesica conta que os maiores gastos foram com excursões, museus, espetáculos e baladas noturnas. “Sou amante da gastronomia também e sempre que viajo gosto de provar a culinária de cada lugar”, diz. Para driblar os preços salgados dos restaurantes europeus, ela fazia pequenas degustações, escolhendo um prato típico por dia, e complementava com opções mais econômicas, como saladas e wraps. “Com poucos euros, ia ao supermercado e montava meu próprio jantar”, revela.

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// Giro

IMPREVISTOS Para Beatriz Medeiros, a chance de fotografar paisagens inusitadas é o que lhe impulsiona hoje a aventurar-se em viagens solitárias. Há seis anos, ela descobriu a paixão pela fotografia após ver a vida dá um giro de 180º depois de sofrer três aneurismas. “Tive que ressignificar muita coisa na minha vida e a fotografia que, antes a via apenas como registro de momentos, foi um resgate em minha vida”, explica. Hoje, aos 53 anos, atuando profissionalmente como fotógrafa, ela não pensa duas vezes em jogar a velha Canon na mala e partir para registrar as belezas do Brasil. “Gosto de viajar sozinha porque desenvolvo melhor o meu autoconhecimento e sinto prazer em minha companhia”, esclarece. Suas duas últimas viagens foram para Minas Gerais e Goiás. Ao contrário de Jésica e Sérgio, que planejaram bem seus roteiros, Bia diz que, às vezes, prefere viajar sem planos e descobrir o que o lugar tem para lhe oferecer. Ela cita a experiência da chegada em Belo Horizonte: “O taxista indicado por uma amiga, não estava no aeroporto. Fiquei apreensiva porque já passava das 22 horas e eu não tinha reserva em nenhum hotel (o motorista iria me indicar um lugar próximo a rodoviária, já que teria que sair cedo para Ouro Preto) e o aeroporto fica a uma hora da cidade. Em contato com o motorista, ele informou que um colega, o Pedro, iria me buscar. E foi maravilhoso, fizemos amizade na hora.

Ele me propôs todas as oportunidades que cabiam no meu orçamento para que eu conhecesse Congonhas do Campo (fotografei todas as obras de Aleijadinho), Mariana e Ouro Preto, e lá indicou uma hospedagem simples e barata. Voltou 10 dias depois para me levar de volta a BH, onde fiquei em casa de um casal amigo. E no final, não cobrou a corrida até o aeroporto”, conta.

ENFRENTANDO DESAFIOS Viajar sozinho tem seus encantos, como a liberdade de montar seus planos, a flexibilidade com horários, a facilidade para fazer amigos, o contato mais próximo com a cultura local e a oportunidade de mergulhar no seu próprio eu. Mas, também tem algumas desvantagens, como não ter com quem dividir os custos (hospedagem, transporte), não ter companhia para as baladas e a maioria dos registros fotográficos será de selfies. Quem viaja sozinho para o exterior e não conhece o idioma local, é importante ter, pelo menos, noções básicas de inglês para se comunicar. Falando quatro idiomas (inglês, italiano, francês e português), além do espanhol, sua língua materna, Jesica não teve maiores dificuldades em sua viagem. “Creio que sempre é possível se fazer entender e sempre há pessoas dispostas a ajudar, mas, é fundamental saber um pouco de inglês”, afirma, acrescentando que a internet é um grande aliado dos viajantes. “Ter um celular com dados para navegar, pode te salvar em muitas ocasiões. Hoje se

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Fazer novos amigos é uma das vantagens de viajar só.

fazer entender pode ser tão simples como abrir o Google Translator, escrever a palavra que queremos dizer e mostra-la à pessoa com quem estamos falando”, garante. A questão da segurança também é um ponto importante a considerar. Dependendo para onde se vai, alguns cuidados,

sobretudo para as mulheres, devem levados em conta. Sites de viajantes solitários dão dicas como: manter os seus pertences sempre por perto, se for beber, não exagere e não tire os olhos do seu copo, evitando que sua bebida seja manipulada com substâncias alucinógenas, e, sobretudo, evitar andar por lugares isolados.


VALEU A PENA? Ao comentar sobre as experiências vividas na aventura solo, Jesica, Bia e Sérgio destacaram o contato mais próximo com as pessoas e a forma como foram acolhidos por elas. “Me descobri socializando com pessoas de toda parte do mundo de uma maneira tão natural que me surpreendi comigo mesma. Aprender sobre culturas tão distintas, ver quanto evoluídos estão alguns países, como a Holanda, em nível educacional, por exemplo, foram coisas que me fascinaram. Creio que, por isso, Amsterdam foi a cidade que mais gostei, não só por sua bela arquitetura, mas por sua gente que, com amabilidade e cortesia, me fez desfrutar cada minuto da minha estadia ali”, ressalta. “Estar sozinho, sobretudo em um lugar que não é o seu, nos permite autoconhecimento, experimentar o prazer da própria companhia e, ao mesmo tempo, estar aberto a novos contatos. As pessoas que conheci, em Minas e Goiás, fizeram a minha viagem ainda mais prazerosa. Isso foi mais importante, inclusive, que toda a beleza dos lugares visitado”, diz Bia, avisando que já está arrumando as malas para seguir, no próximo mês, para Paris, onde irá participar de uma exposição fotográfica. Para Sérgio, viajar sozinho é algo que deve ser sempre praticado. “É uma oportunidade de reflexão e amadurecimento. Como estou com casamento marcado para este ano, minhas próximas viagens já são planejadas em companhia de minha atual noiva, mas o espírito aventureiro e desbravador deve ser mantido e, em razão disso, em 2019, viajarei à Namíbia e ao México/Panamá, esta última, para acompanhar a Jornada Mundial da Juventude”, conclui.

Para Jesica, Sergio e Bia, a experiência superou as expectativas.

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// À Mesa

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La la Sotão Pela segunda vez nas páginas da Estilo, o Moleskine Gastrobar traz agora um novo espaço: o Sótão. Com um conceito diferente do restaurante, mas ao mesmo tempo complementar pela assinatura sofisticada do Moleskine, o lugar alia gastronomia, artes e música. Perfeito para quem procura requinte e muito conforto.

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// À Mesa

O

Moleskine Gastrobar, um dos mais badalados restaurantes da capital cearense, é point da juventude descolada. A atmosfera de sofisticação pede uma produção caprichada dos frequentadores, que fazem do espaço um palco para verem e serem vistos. Mas, o principal chamariz do lugar é a inovação. Atento às novidades, o proprietário, Felipe Lima, busca levar ao público experiências inspiradas em suas viagens pelo mundo. Foi nessa perspectiva que, em 2017, a casa reformou todo o primeiro andar do prédio para inaugurar um novo espaço: o Sótão.

"Antigamente, funcionava aqui um espaço de eventos, sem um conceito formatado. Com o Sótão, desenhamos um caminho diferente do Moleskine, conhecido pela veia de entretenimento e gastronomia. O conceito do Sótão atrai um público mais maduro, que também valoriza música, nosso DNA, mas gosta de algo mais aconchegante. Culturalmente falando, o Sótão é muito rico em detalhes, mais relaxante, ideal para apreciar um bom vinho e uma boa conversa em uma roda de amigos", resume Felipe.

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Detalhes e fachada do restaurante.


O Sótão éum jazz lounge com ares londrinos

A iluminação muda de acordo com o hit da noite.

Ambientes intimistas atraem os casais.

Com um amplo salão interno para 55 pessoas e um espaço externo batizado de rooftop, telhado em inglês, próprio para 60 pessoas, o Sótão é um jazz lounge com ares londrinos. Na intimista parte interna chama atenção as mesas para grupos grandes e para casais, cadeiras de couro, pé direito alto, paredes com texturas diferentes, cortinas aveludadas, além de uma iluminação especial, que muda de acordo com o hit da noite. "Se for um show mais calmo, mais romântico, abaixamos as luzes e o espaço fica a luz de velas, com as obras de arte expostas iluminadas. É interessante, acho que isso dá todo um charme ao ambiente", avalia Felipe. Ele conta ainda que, trimestralmente, o Sótão recebe quadros de novos artistas, o que também garante ao local o título de galeria. Um piano de cauda compõe o ambiente. E apesar de o filme se passar em Los Angeles, a sensação é de estarmos em La la Land.

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// À Mesa

MÚSICA E VINHO A programação musical é diversificada e ocorre de quarta a sábado. Às quartas, a pedida é um bom jazz, seguido de bossa nova e piano todas as quintas. Na sexta-feira, o jazztronik, mistura de jazz com música eletrônica, é a atração. Aos sábados, jazz e blues fazem a noite dos frequentadores. "Fechamos o Sotão aos domingos. Às segundas e terças focamos em eventos particulares", explica Felipe.

Diversificada programação musical às quartas e sábados.

As apresentações musicais ocorrem no mini-palco situado em um espaço um pouco mais elevado no salão interno. "Procuramos fazer um palco discreto, para que as pessoas se sintam incluídas e bem envolvidas no show. A música é predominante nesse ambiente, ela e o público são os protagonistas. Estamos sempre pesquisando os melhores artistas da cidade. E quando artistas de outras regiões vêm ao Ceará, trazemos para fazerem shows", informa. Ainda na área interna, destaca-se uma adega com mais de 115 rótulos do mundo inteiro, que variam de R$ 50 a R$ 600. Uma curiosidade: a adega é suspensa em chão e paredes de vidro. O local também possui uma pequena charutaria para os clientes degustarem e darem baforadas no rooftop, conhecido como "Jardim do Sótão" por ser um espaço a céu aberto bastante arborizado. "As pessoas vêm aqui geralmente para curtir a lua, fumar um charuto, um cigarro. É um espaço um pouco mais descolado, despojado. Caprichamos no paisagismo. Vamos fazer uma reforma no próximo ano", comenta Felipe.

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MENU VARIADO A viagem pelo menu do Sótão começa pelos petiscos. "São três grupos de petiscos, os leves, que são basicamente os crus, no qual destacam-se a comida havaiana, os ceviches e a comida peruana. A outra categoria é a de petiscos Moleskine, assinados pela casa, autorais, um pouco mais sofisticados, como o pet foie gras, feito com filé, e o rosbife de magret de pato. O último grupo de petiscos é o tradicional, que comumente pode ser visto em bares e restaurantes, mas que aqui leva uma pitada diferente", explica Felipe. O cardápio do Sotão é assinado pela chef Louise Benevides, formada em Cordon Bleu, França.

Pineapple gold, com tequila Absolut, licor de cassis e mel com blend de chás.

O jantar também é contemporâneo. Ao todo, são 12 opções, entre peixes, camarão, risoto, massas, lasanha de cogumelo, nhoques com frutos do mar e todo tipo de carne. "Para a Estilo, escolhemos o Grã Foie Gras, um filé com molho Roti de rapadura, azeite trufado, acompanhado de risoto, parmesão e amêndoas", explica Felipe. Custa R$ 78. E quem não quiser optar pelos pratos contemporâneos, pode pedir um grelhado. "Há opções como bife de tiras, costela, sirigado, parrilha, grelhados. O cliente escolhe o acompanhamento", diz o proprietário, que dentre as seis sobremesas do menu, sugeriu a Calla crocante. "Essa sobremesa é incrível, feita com biscoitos Briejer e o sorvete da Belutti, duas marcas conhecidas na cidade", ressalta. Já na seção de drinks, a dica de Felipe Lima é o Pineapple gold, que chama atenção pela embalagem dourada em forma de abacaxi. Com 400ml, o drink leva tequila Absolut, licor de cassis, e mel com blend de chás. Custa R$ 29. O ticket médio no Sótão para uma refeição completa gira em torno de R$ 120. Acredite, vale a pena conferir.

Pratos contemporâneos, com 12 opções, compõem o menu do Sotão.

Grã Foie Gras, filé com molho Roti de rapadura, azeite trufado, acompanhado de risoto, parmesão e amêndoas.

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// Tijolo por tijolo

Ouvindo, ainda mais, o cliente. Buscando otimizar a qualidade no atendimento, a Porto Freire implanta novo sistema de análise de satisfação que garante mais precisão dos pontos positivos e negativos da construtora.

Com o intuito de garantir precisão no feedback dos clientes, a Porto Freire Engenharia acaba de implantar um novo sistema de pesquisa para análise de satisfação. Trata-se do NPS (Net Promoter Score), método que possibilita a identificação de pontos positivos e negativos da empresa, a fim de localizar o foco dos problemas para resolução e os aspectos que devem ser potencializados. "Já fazíamos pesquisa de satisfação com uma empresa externa, que entrava em contato com os clientes e fazia perguntas por telefone sobre atraso de obras, satisfação etc, mas, acreditamos que a metodologia do NPS é mais adequada", destaca Sâmia Diniz, coordenadora do SAC da Porto Freire. O motivo é que, diferentemente do sistema anterior, o Net Promoter Score realiza a pesquisa online, o que, segundo Sâmia, deixa o cliente mais à vontade para inclusive fazer críticas. "A grande diferença da ligação que fazíamos para o sistema de agora é que o cliente responde pelo email, sozinho, sem se sentir pressionado, pois não está precisando falar", considera.

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COMO FUNCIONA A pesquisa realizada pelo sistema NPS é inserida em uma plataforma digital e disparada para os emails dos clientes. "Você indicaria a Porto Freire para um amigo ou familiar?" é a primeira pergunta. "O cliente então pode escolher sua nota em uma numeração de zero a 10. Até 6, ele é um detrator, ou seja, não indica. De 7 e 8, é neutro, e de 9 a 10, é um promotor, realmente indica para um amigo ou familiar", explica a coordenadora. Na pesquisa, há itens ainda como cordialidade e manutenção.

Sâmia Diniz, coordenadora do SAC da Porto Freire.

A partir desse ponto, o NPS compila os resultados e o processo passa por uma avaliação qualitativa. "Começamos a usar há dois meses. Pegamos um banco de dados, uma lista de atendimento, e enviamos para os clientes. O pessoal começa a responder com a numeração, mas também enviamos perguntas abertas", destaca Sâmia. Ela informa que foram enviados, aproximadamente, 220 formulários. O próximo passo, de acordo com a coordenadora, é reunir os dados e apresentar à diretoria da construtora, para que ações de melhorias sejam realizadas, bem como a potencialização dos aspectos positivos.

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// Tijolo por tijolo

Equipe do SAC, sob a coordenação de Sâmia Diniz.

CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE No período de 30 de setembro de 2003 a 09 de julho de 2018, a Porto Freire Engenharia esteve certificada na NBR ISO 9001. Em 10 de julho de 2018, a construtora foi certificada na NBR ISO 9001:2015. A certificação é válida para as atividades como Incorporação, Projeto, Comercialização, Administração e Acompanhamento da Construção de Imóveis Residenciais a preço de custo e a preço fechado. Também possui o certificado no PBQP-H / SIAC, desde 2009, para execução de obras de edificações.

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De acordo com a construtora, a Gerência da Qualidade é usada para, além de padronizar os processos de trabalho, direcionar e orientar aqueles que os executam. O objetivo é atingir a excelência dos produtos e serviços, aumentando a satisfação dos clientes. Outros benefícios importantes percebidos que derivam da implementação dos processos da qualidade são a otimização do clima organizacional e a consistência das atividades realizadas, um ciclo que começa pelo planejamento, seguido da execução das ações planejadas. Constantemente e repetidamente checa-se se o que foi feito


A política épromover a satisfação dos clientes através da qualidade dos produtos e do atendimento está de acordo com o planejado, e a partir daí, toma-se uma ação para eliminar ou minimizar falhas no sistema. A construtora defende que sua Política de Qualidade é “proporcionar a satisfação dos clientes através da qualidade dos produtos e do atendimento, buscando a melhoria contínua dos processos e o crescimento sustentável da organização”. Ao cumpri-la, a empresa está atenta às filosofias e valores descritos na Identidade Organizacional, já que para o atendimento dos objetivos do Sistema de Gerenciamento da Qualidade, é necessário o envolvimento e comprome-

A Porto Freire obteve a certificação NBR ISO 9001:2015.

timento de todos os colaboradores, pois o sistema funciona como uma corrente, onde os elos estão interligados, e a quebra de qualquer um deles compromete a integridade de todos os outros. Na implementação desses sistemas, todos os processos são mapeados, normatizados e disponibilizados para os responsáveis envolvidos e áreas de interfaces. Dessa forma, ficam registrados os principais pontos críticos dos sistemas (que na maioria das vezes ocasionam as melhorias contínuas dos processos) e os pontos vitais inerentes ao constante crescimento.

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// Estilo Indica

CLÁSSICOS PARA ENTENDER O SERTÃO No 8 de outubro comemora-se o Dia do Nordestino. A Estilo aproveita a data para convidá-lo a conhecer o pouco a região através da leitura de clássicos da nossa literatura. De Jorge Amado a Euclides da Cunha, sugerimos cinco livros que contam sobre essa gente que, ao longo dos séculos, vem conseguindo enfrentar as mazelas sociais e ambientais, transformando a dor em esperança e o sofrimento em fé.

Desde a época do ‘Romance Regionalista’, surgido em meados do século 19, até os dias atuais, o sertão nordestino tem sido tema de uma importante produção literária. A paisagem, o modo de vida, a sobrevivência ante as más condições climáticas, a violência e a falta de assistência do poder público, bem como a sua resistência a estas adversidades, deram o tom às muitas histórias contadas por grandes escritores que buscaram, através de suas obras, dar visibilidade aos dramas vividos pelos sertanejos. Aproveitando a data que comemora o Dia do Nordestino (08/10), através de lei criada em 2009, em São Paulo, para homenagear o Patativa do Assaré, sugerimos a leitura de cinco livros em meio ao vasto acervo de obras que tratam da temática do sertão – algumas delas, como Os Sertões, de Euclides da Cunha, podem ser baixadas gratuitamente pela internet, através do portal Domínio Público (dominiopublico.gov.br).

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As obras escolhidas têm em comum a aridez do sertão, o enfrentamento da seca, causada pela escassez de chuva, um problema que, ao longo dos séculos assola grande parte da região Nordeste, provocando o êxodo rural e deixando essas áreas na dependência de ações públicas assistencialistas. A Transposição do Rio São Francisco, projeto que nasceu ainda nos tempos do Império e mais recentemente começou a ser posto em prática, é a primeira ação governamental que poderá trazer benefícios concretos para a região, ao reduzir o impacto da seca, facilitando a atividade agrícola e promovendo o desenvolvimento sustentável da região. Veja a lista, escolha o que mais se identifica com o seu modo de pensar o Nordeste e boa leitura.

OS SERTÕES

O QUINZE

Euclides da Cunha (1902): obra-prima da literatura brasileira, tem como tema central a Guerra de Canudos, ocorrida no interior da Bahia, de 1896 a 1897, entre os seguidores de Antônio Conselheiro e o Exército Brasileiro. Como correspondente do jornal O Estado de São Paulo, Euclides esteve no local cobrindo parte do conflito. A obra, que representa um marco na literatura e na história do Brasil, é dividida em três partes ‘A terra’ (com minuciosa descrição do sertão), ‘O homem’ (aborda o jagunço, o cangaceiro, o sertanejo e a sua resistência ante à terra seca) e ‘A luta’ (o conflito entre o exército e os bravos sertanejos que resistiram a quatro ataques antes da destruição de Canudos).

Rachel de Queiroz (1930): primeiro romance da escritora cearense, que tinha 19 anos quando o escreveu, o livro tem como tema central a grande seca de 1915 que assolou o Nordeste. Aborda, em dois momentos, a luta das famílias no interior que perdem o sustento da terra e partem para a capital, a miséria enfrentada durante a longa viagem e o encarceramento no campo de concentração que ficava nos arredores de Fortaleza. Os personagens centrais são a família do vaqueiro Chico Bento, o fazendeiro e criador de gado Vicente e a professora Conceição. O romance tem forte teor social e promove uma análise psicológica destes personagens ante o enfrentamento da fome e da miséria.

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//Estilo Indica

"O sertanejo é antes de tudo um forte", frase imortalizada por Euclides da Cunha, em "Os Sertões"

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SEARA VERMELHA

GRANDE SERTÃO: VEREDAS

Jorge Amado (1946): Mais uma obra onde a natureza, por vezes implacável, do sertão, é pano de fundo, para a história de retirantes nordestinos. Aqui, o autor baiano insere personagens no caminho da família de Jerônimo que parte em busca de sobrevivência: um bando de cangaceiros, cujo chefe, Lucas Arvoredo, espalha temor pela região, e os seguidores do beato Estevão que prega pela caatinga. Na longa e penosa travessia pelo sertão baiano até chegar a São Paulo, parte da família de Jerônimo vai ficando pelo caminho: um filho e uma sobrinha conseguem trabalho numa fazenda, uma filha se prostitui, uma irmã decide seguir o beato Estevão e alguns morrem de fome ou doença.

João Guimarães Rosa (1956): Ambientado no sertão, aqui visto de uma maneira mística, o livro, utilizando-se de uma linguagem peculiar, própria da região, conta sobre as lutas, os medos, o amor e ódio, que cada ser humano carrega dentro de si. É o personagem Riobaldo, rebuscando seu passado, quem narra sua vida, rememorando sua entrada no mundo dos jagunços, as batalhas travadas contra o bando de Hermógenes, o pacto com o diabo e, principalmente, o amor impossível por Diadorim, seu amigo de infância e companheiro de lutas, e a infeliz e tardia descoberta que ele era, na realidade, uma mulher que se escondia em trajes masculinos.

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O sertão nordestino é tema de uma importante produção literária

MORTE E VIDA SEVERINA

SAIBA MAIS

João Cabral de Melo Neto (1967): o livro relata, através de um poema dramático, a trajetória de Severino que sai do sertão pernambucano, seguindo a trilha do Rio Capiberibe em direção ao mar. Fugindo da seca, ele se depara com situações de morte e de desespero. A miséria faz da morte uma coisa banal e para quem lida com o tema, um negócio lucrativo. O rio também começa a morrer e, desiludido, ele pensa em desistir. Mas, segue o caminho até chegar em Recife. Ao ouvir dois coveiros se queixando por ter que enterrar tantos retirantes, ele decide que é hora de enfrentar a sua própria morte. Mas, o nascimento de uma criança pode trazer uma nova esperança para Severino.

O livro “Vidas Secas”, do escritor alagoano Graciliano Ramos, é outro épico da literatura regionalista que aborda o enfrentamento da seca no Nordeste, através da saga da família de Fabiano. A obra, na versão história em quadrinhos, já foi tema de matéria da Estilo (edição 04 – Jan Fev Mar 2017), que pode ser lida através do site da Porto Freire (www.portofreire.com.br).

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