Gente da Gente GIRO Ano 05 Ed.02 Abr Mai Jun 2015
DESTAQUE
Marcos Lessa lança disco solo e parte em turnê pelo país
Autodesenvolvimento e bem-estar dos colaboradores
Curta o frio no paraíso gelado da Patagônia argentina
// EDITORIAL
Editorial Expediente Estilo é uma publicação da Porto Freire Engenharia PRESIDENTE
Jorge Wilson Porto Freire
F
oi em 2013 que o cantor Marcos Lessa ganhou fãs no país inteiro ao se destacar na segunda edição do The Voice Brasil, na Rede Globo. De lá para cá, a carreira do cearense só avança. Em entrevista à Revista Estilo, Marcos fala sobre seu primeiro CD solo, “Entre o Mar e o Sertão”, com participação de ninguém menos que Fagner. Entre um papo e outro, o cantor revela que rejeitava a comparação com Emílio Santiago e diz que sua grande inspiração é Elis Regina.
DIRETOR COMERCIAL
Martônio Rodrigues DIRETORIA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
Roberta Catrib COORDENADORA DE MARKETING
Valdenisia Souza ANALISTA DE MARKETING
Wellington Gomes
Inspiração é o norte da matéria “Do pessoal para o profissional”. Em um cenário no qual as empresas focam sobretudo em resultados a Porto Freire busca trabalhar também o relacionamento e o cultivo de valores como a amizade, a empatia, a solidariedade, levando esses temas para a vida prática das pessoas. Com base nisso, a construtora deu início a um projeto que valoriza o funcionário e, sobretudo, o ser humano. Não deixe de conferir.
REDAÇÃO
R&B Comunicação JORNALISTA RESPONSÁVEL
Lucílio Lessa PRODUÇÃO E REVISÃO
Valdenisia Souza e Wellington Gomes FOTOS
Jarbas Oliveira e banco de imagens PROJETO GRÁFICO
Não dá para perder também os deliciosos doces da Empório Brownie. Em “Com gosto de quero mais”, conheça a história da badalada browneria e o motivo pelo qual, apesar dos anos, ela se mantém como a principal empresa de seu segmento no Estado. Na mesma linha do diferencial, confira a matéria “Subindo Escalas” e entenda os processos de trabalho que otimizam as obras da Porto Freire. Ah! E que tal conhecer a região mais fria da Argentina? Em matéria da seção Giro, os cenários que invadiram a tela da TV na novela Sete Vidas são o destaque de “A beleza gelada da Patagônia”.
Raphael Lira DIREÇÃO DE ARTE E DIAGRAMAÇÃO
Promosell Comunicação Fale conosco (85) 3299 6600 revistaestilo@portofreire.com.br
Boa leitura!
SUMÁRIO
Sumário 04|
Destaque Marcos Lessa lança primeiro disco solo O CD "Entre o Mar e o Sol" conta com a participação de Fagner
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12| Gente da Gente
Giro
Projeto cria conexão e bem estar entre os funcionários
As imensas geleiras e os encantos da Patagônia argentina
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24| À Mesa
Os deliciosos doces caseiros da Empório Brownie
Tijolo por Tijolo O passo a passo na construção de um edifício Porto Freire
// Destaque
MPB “A não te deixa na mão”
Às voltas com o lançamento de seu primeiro trabalho solo, o disco “Entre o Mar e o Sertão”, o cantor cearense Marcos Lessa comemora o dueto com Fagner na canção “Contrassenso” e comenta os rumos de sua carreira após a participação no programa musical The Voice Brasil, da Rede Globo. Em um papo descontraído, o cantor revela uma antiga rejeição à comparação com Emílio Santiago, afirma que Elis Regina sempre foi sua maior referência e solta o verbo em defesa da Música Popular Brasileira. Por Lucílio Lessa Fotos Jarbas Oliveira
// Destaque
Revista Estilo\\ Marcos, como surgiu essa parceria entre você e Fagner? Marcos Lessa\\ Quando saí do The Voice, meu empresário, Hélio Santos, que tinha trabalhado com o Fagner, fez a ponte. Mas quem me apresentou mesmo foi o Edmilson Filho (ator do filme Cine Holliúdy). Fagner foi muito legal. Me ajudou na escolha do repertório, deu dicas, teve muito carinho pelo meu trabalho. Gravamos juntos. Esse projeto busca trazer lá detrás coisas que tenham potencial até hoje, dentro dessa universalidade da Música Brasileira. A ideia é matar saudade dessa época e apresentar as músicas para a nova geração. Além disso, cada vez mais me apresentar como compositor. “Entre o Mar e o Sertão” é o meu primeiro disco solo. O título é o mesmo da música que ganhei do Evaldo Gouveia para gravar. Ela diz tudo o que eu estava sentindo. Sou do litoral, mas tenho muito do sertão. Das 13 músicas, cinco são minhas. Ao todo, tenho 50 músicas compostas. Já cogito que meu próximo disco seja de samba. Embora não seja sambista, amo. Mas ainda tem muita coisa para acontecer na divulgação desse primeiro CD. E a turnê vai até novembro. Está previsto, inclusive, um novo show em Nova York. RE\\ A música está presente na sua vida desde a infância?
Em seu primeiro disco, Marcos Lessa apresenta cinco músicas de sua autoria. Ele conta que já compôs 50 canções.
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Revista Estilo Porto Freire
“Minha primeira memória da infância já tem essa coisa da música me chamando, essa necessidade de me expressar musicalmente”
ML\\ Sim, a música entrou na minha vida pela influência dos meus pais. Meu pai começou a trabalhar com música na década de 1970. Lembro que eles faziam músicas especiais de ninar para cada filho. Muito criativos. Minha mãe (jornalista) contava histórias que ela mesma inventava. E isso nos estimulava. Ela dizia: “Vocês também podem criar coisas”. Mas não vou te dizer que isso foi determinante para eu ter uma ligação com a música. Essa ligação já veio comigo. Minha primeira memória da infância já tem essa coisa da música me chamando, essa necessidade de me expressar musicalmente, de compor. Eu pensava em muita música, melodias que ainda não existiam, e brincava de compor. Tenho sorte de ter nascido em uma família muito musical. RE\\ Você toca instrumentos ou sua paixão foi sempre o vocal? ML\\ Meu caminhar de estudo musical começou com o teclado, aos 10 anos. Estudei piano clássico, música popular, mas aí comecei a achar mais graça em cantar do que tocar. Eu tocava mais para me acompanhar. O lance mesmo era a voz. Via pessoas tocando há muito menos tempo e já muito adiantadas. Comigo, era o canto e a composição. Aos 16 anos, já devia ter perto de 20 músicas, ainda bem experimentais, não muito trabalhadas, mas com potencial de mais a frente a gente fazer até alguma coisa com elas. A caminhada decisiva, meu início de carreira, posso dizer que foi aos 17 anos. Até então eu cantava mais em família. Gravei um disco patrocinado pelo Banco do Nordeste. Uma amiga minha, a Clarissa, filha de um grande cantor cearense, o Tiago Araripe, se mudou para cá. Ela tinha experiência em produção, era compositora. Aquele era o momento de eu fazer alguma coisa. Gravamos esse disco juntos,
chamava-se: “Olhares da Vida”. Bem singelo, pueril, por vezes até ingênuo. Era meio pop rock. Se você ouvir esse meu disco, hoje, não vai me encontrar lá. RE\\ E quando se encontrou musicalmente?
Elis Regina É a musa inspiradora de Marcos Lessa
ML\\ Bom, depois desse disco eu fiquei meio parado. Fui prestar vestibular para Direito. Tinha um plano de ser diplomata. Queria viajar. Tinha essa inquietação. Mas, chegou um momento que eu passei a me distanciar dos estudos do Direito e, em 2010, conheci o Manassés Sousa, grande instrumentista. Ele me viu cantando em Guaramiranga e me lançou. Manassés me chamou para ser cantor da banda dele. Posso dizer, então, que apesar de ter sete anos de trajetória, no fundo são cinco. Também ingressei na Faculdade de Música, em 2011. Aprendi muito com as aulas de técnica vocal, mas não concluí o curso. RE\\ O que você escutava? Quais as referências nessa época? ML\\ Muito Tom Jobim, Beatles, música clássica e uma paixão forte por Elis Regina. Descobri que a maior parte dos cantores de Música Popular Brasileira tem esse amor pela Elis. Fiquei morrendo de ciúme, imaginava que era só eu (risos). Era uma imersão. Meus pais já deviam ouvir músicas dela em casa, mas conscientemente a primeira vez que ouvi Elis foi com Águas de Março, tocando na rádio, aos 11 anos. Fiquei apaixonado e mergulhei na obra. Ouvi a discografia toda, desde o primeiro disco, gravado em 1963, até o último de carreira, em 1989, e todos os discos que foram lançados depois. Assisti a todos os vídeos. Evidentemente, quando comecei a cantar, levei muito disso para o palco. As pessoas diziam: “Poxa, Marcos, você está fazendo o gestual da Elis. Isso é muito afemina-
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// Destaque
Segundo Lessa, poucos cantores homens têm boa presença de palco.
do, você é um homem”. Os amigos até brincavam: “Está parecendo um ‘viado’ em cima do palco”. Mas é que estava tudo no meu subconsciente. Então, quando dava um agudão lá na nota, eu levantava o braço, uma marca muito dela. A risada, a coisa de levantar o olho. Muito disso eu ainda tenho no palco. RE\\ Com as críticas, você se policiava para exorcizá-la?
Marcos Lessa, em entrevista ao jornalista Lucílio lessa.
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Revista Estilo Porto Freire
ML\\ Ah, velho, ficava me policiando porque muita gente enchia o saco para eu exorcizar Elis Regina do meu corpo. Mas não é proposital. As coisas que a gente se debruça nessa fase da nossa vida ficam gravadas muito mais do que coisas posteriores. A Elis está muito no meu subconsciente. Se eu for fazer um show amanhã e, antes, passar o dia ouvindo Elis, vou fazer coisa parecida no gestual. Mas, depois fui buscar outras referências, como Frank Sinatra. A verdade é que os cantores homens têm uma presença de palco muito ruim. São maravilhosos, mas estou falando especificamente de presença de palco. Milton, Chico, Caetano, Gil, estão ali, com o violão cantando, mas parados no show. São gênios e maravilhosos naquilo que estão fazendo, mas eu não sou instrumentista, eu sou um performer, estou com os dois braços livres. Quem é o cantor que tem uma movimentação de palco no Brasil? É o Ney Matogrosso. O Emílio também não era um performer, nem o Wilson Simonal. Então, existem poucos referenciais masculinos.
RE\\ Já que você citou Emílio Santiago, te incomoda ser tão associado à imagem de outro cantor? É de praxe fazerem uma associação entre você e ele.
“Hoje, fico feliz pela comparação” (com Emílio Santiago)
ML\\ Me aborrecia. Mas isso porque eu não ouvia (Emílio). Ele nunca fez parte do meu processo de construção, como a Elis, Ivan Lins, Gonzaguinha, Milton Nascimento. Na minha primeira apresentação profissional, já me compararam. Quando comecei a trabalhar com o Manassés, fazia shows no Iate Club e cantava o repertório do Emílio, sem saber. Ele cantou muita coisa, sei lá, 30 anos de carreira. E todo show, religiosamente, vinham falar comigo sobre isso. Eu até já sacava. Quando me chamavam numa mesa, eu já sabia. Só fiz as pazes com isso quando ele morreu. A verdade é que dei o azar de ouvir dele os primeiros discos, que tinham uns arranjos meio cafonas, peço até desculpas de dizer isso. Em 2013, o meu pianista, Tito Freitas, que trabalhou 10 anos com Emílio Santiago, me indicou alguns discos. Foi quando ouvi o Emílio na Bossa Nova, o Emílio contra João Donato, discos lindos. Talvez não tivesse ouvido antes por uma rejeição. Era tanta gente falando que eu não queria nem ouvir, para não me influenciar. Mas vi que realmente havia umas passagens, a coisa do grave. Hoje, os homens querem cantar fino, né?! São poucos os cantores de voz grave que ficaram conhecidos. Estou falando de Nelson Gonçalves, Dick Farney, Orlando Silva, Simonal e Emílio Santiago. Eu faço parte dessa escola de cantores populares. Hoje, fico feliz pela comparação, e canto. RE\\ Vocês chegaram a se conhecer? ML\\ Não. Um dia, o Tito falou que ele ficava ligado no Facebook e eu mandei um vídeo cantando “Minha Namorada”. Falei que trabalhava com Tito Freitas e as pessoas assimilavam muito essa semelhança entre nós. Ele teve o AVC na noite do mesmo dia que eu enviei a mensagem. Então, ficou a incógnita se ele ouviu ou não ouviu. Eu fiquei maluco. Cada artista desse que morre, fico desesperado, pois o tempo está passando e tem muita gente que eu quero conhecer. Eles estão envelhecendo e eu tenho que correr. Quero muito conhecer, por exemplo, o Gilberto Gil. É um sonho. Já até nos encontramos várias vezes, jantamos na mesma mesa, mas ele deve achar que sou um cara amigo de um amigo, apenas. E eu não sou invasivo. RE\\ Como foi a experiência no The Voice? ML\\ Fiz no The Voice algo que já vinha trabalhando antes. Não era um iniciante. Já tinha feito um show em tributo ao Simonal segundo os jornalistas, o show mais aplaudido do Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga; ganhei o prêmio de melhor intérprete no Festival da Assembleia; havia feito shows em Natal, Porto Velho, Brasília. A verdade é que eu já tinha tentado o primeiro The Voice, em 2012. Não me chamaram nem para a seletiva regional. E eu tinha trauma de reality show. Com 18 anos, me inscrevi no (programa) Ídolos da TV Record. Foi uma experiência horrível.
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A experiência no programa Ídolos, da TV Record, foi negativa para Marcos
Me disseram assim: “Quem disse que você canta? Você não canta nada”. Era aquele Marco Camargo (jurado). Minha voz, na época, era muito diferente. Não cantei como no The Voice, mas também não foi aquela coisa horrível que eles disseram. Aquele programa é muito ruim, desrespeita o artista. Ganha audiência em cima da humilhação. Mas como vi que o The Voice tinha uma seriedade, pois eles só passavam na televisão o que fosse valorizar o artista, pensei: “Quero estar nesse programa”. Eu tinha que chegar na Globo de qualquer maneira. Elis Regina, Caetano Veloso, Edu Lobo, Rita Lee, Emílio Santiago, Leila Pinheiro, Zizi Possi, apareceram em programas de televisão, nos festivais. O The Voice é um festival de música. Eu sabia que isso ia ser um diferencial na minha vida porque as pessoas se envolviam muito emocionalmente. RE\\ Como foi o processo? ML\\ Fiz um vídeo de inscrição. Eles gostaram a ponto de o diretor geral do programa, o Creso Macedo, vir fazer a matéria aqui, comigo. Então, senti que tinha alguma coisa acontecendo, mas só soube que estava dentro quando fui chamado para a fase de cantar. São cinco dias de gravações às cegas e eu já tinha tido notícias de pessoas sendo chamadas para fazer, e eu nada. Até que me ligaram. Lá, via aqueles cantores fazendo malabarismos, cheguei a ficar intimidado. Me lembrei do (programa) Ídolos e pensei: “O que é que eu estou fazendo aqui?”. Só que eu não era mais aquele menino, tinha crescido como artista. Mas só vi que tinha dado
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Festival Para Lessa, “o The Voice é um festival de música. Eu sabia que isso ia ser um diferencial na minha vida porque as pessoas se envolviam muito emocionalmente”
“Fui ao The Voice cantar música brasileira” a volta por cima, mesmo, quando aquelas duas cadeiras viraram. Foi um momento mágico. Eu queria até dizer assim: “Para tudo, eu já passei”. O (Carlinhos) Brown veio falar comigo. Parecia um boneco da Disney, ali, do meu lado. Hoje, estou muito mais naturalizado com ele e com todos. Peguei esse amadurecimento artístico. São pessoas normais. RE\\ Você chegou bem perto da final e, com isso, ganhou muita projeção. Ficou frustrado em não vencer? ML\\ Nada. Eu estava tão feliz! Na verdade, o melhor era eu sair ali. Os finalistas tinham uma turnê com as músicas do programa. E eu, as minhas coisas. Saí livre para fazer o que eu quisesse, mas ao mesmo tempo com toda projeção. Só deixei de aparecer em um programa. Fui ao The Voice com uma proposta de cantar música brasileira. Às vezes, até me perguntava se deveria cantar algo mais comercial, mas as próprias pessoas da equipe torciam, diziam que realmente deveria ter alguém cantando aquilo. Cantores fizeram esse reconhecimento. Não falo isso me vangloriando. Crianças vêm falar comigo. E é MPB. Isso não tem preço. Continuo fazendo o que eu fazia antes, mas com o The Voice as pessoas passaram a ter um motivo para prestar mais atenção. O programa passou na Globo Internacional e foi um sucesso em Nova York. Fui lá este ano e me reconheceram algumas vezes - brasileiros que moram lá. Fiquei espantado. RE\\ É comum muitos cantores de realities não alcançarem sucesso após o programa. No próprio The Voice, isso ocorre. A que você atribui essa ascensão tão progressiva da sua carreira? ML\\ À solidez do meu trabalho. A televisão não faz mágica. Ela é uma difusora do que está ali. Faço até uma comparação entre a paixão e o amor. Vi agora o Zé Ramalho e o Fagner falando dos 40 anos de carreira, e o Zé disse: “Vimos muitos sucessos subirem e caírem, e estamos aqui, 40 anos depois”. A música brasileira tem isso. Ela não é foguete, meteoro, mas ela não te deixa na mão. Os seguidores da MPB são muito fiéis e talvez tenham visto em mim mais uma esperança. Tem outra coisa, não estou aqui para continuar o trabalho de Emílio Santiago, mas ele deixou mesmo uma saudade e a gente tem uma semelhança com a voz. Também devo muito à TV Verdes Mares e aos jornalistas em geral. Pensei até em seguir essa profissão no passado. Tanto é assim que hoje tenho até um programa na Rádio Beach Park. E sou filho de jornalista. A gente tem que tratar os jornalistas muito bem. Eles mantiveram minha chama acesa.
Dentre os apoios recebidos, Lessa destaca o dos jornalistas: “eles mantiveram a minha chama acesa”
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Do pesso para o p Por LucĂlio Lessa Fotos Jarbas Oliveira
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oal profissional A ideia de formar grupos de autodesenvolvimento é a nova proposta da Porto Freire para o bem-estar da sua equipe. Ações de edificação pessoal aliadas aos valores da organização vêm fazendo a diferença entre os colaboradores da empresa.
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O
cenário é uma sala impessoal, tipicamente de empresa. Lá, todos se conhecem. Alguns, superficialmente, outros, com aquela intimidade conquistada na convivência do trabalho e pelas afinidades. Estimulados pelas orientadoras, todos passam a falar de si. Mas isso é feito com prudência, buscando as palavras exatas, com aquele cuidado de quem topou se expor, mas só um pouco, sabe?! Entre uma atividade e outra, o “gelo” vai quebrando e, assim como o colega de trabalho, você passa a se revelar por dentro. A partir daí, inevitavelmente, surge um sentimento de identificação, de integração. Pronto! Nem ele, nem você continuam o mesmo um para o outro. Esse momento de sensibilização chama-se Grupo de Maestria e faz parte de um projeto maior da Porto Freire Engenharia, que em 2009 começou a trabalhar na empresa um conceito de identidade definido como Cajado (Colaboração, Amizade, Justiça, Autonomia, Determinação e coragem e Organização). Ser humano Para o coordenador de Desenvolvimento Humano, Felipe Teixeira, o objetivo do programa é pensar no ser humano
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Revista Estilo Porto Freire
De acordo com o coordenador de Desenvolvimento Humano, Felipe Teixeira, a abordagem surgiu na empresa a partir dos conceitos filosóficos que o presidente Jorge Porto Freire decidiu implantar. “O objetivo é pensar no ser humano, não ser meramente uma empresa que constrói prédios”, diz. Ele aponta que, desde o início, foram realizados cursos, capacitações, a fim de que os colaboradores aderissem a essa cultura. Mas só em 2014 a ideia de sair da teoria e partir para a prática ficou mais latente e novas estratégias foram adotadas.
Integrantes do Grupo Maestria
MAPEAMENTO DAS ESTRATÉGIAS O primeiro passo foi definir os objetivos e contratar uma empresa especializada na área de desenvolvimento pessoal e profissional. “Percebemos, com muita intensidade, o foco da Porto Freire em trabalhar a responsabilidade social e os valores (do Cajado) junto aos colaboradores, mas, partindo, inicialmente, do que são esses valores para cada um. Por exemplo: o valor de amizade. Não só da amizade no grupo, mas o que cada um leva para a vida de forma geral”, destaca a psicóloga e coaching, Marina de Oliveira Simeão, da M. Simeão. Marina afirma que, a partir do momento no qual é trabalhada a questão pessoal, tudo faz mais sentido. “E é natural começar a levar isso para o convívio na empresa”, diz. Para chegar a essa conclusão, uma das primeiras estratégias foi realizar uma pesquisa de clima organizacional com os colaboradores, a fim de avaliar as práticas no dia a dia. A princípio, foram desenvolvidos e replicados na comunicação interna alguns símbolos que representassem os valores defendidos pela Porto Freire. “Mas notamos que o ideal seria fazer algo mais prático”, destaca Felipe Teixeira. O caminho escolhido foi partir para atividades em conjunto com foco em resultados específicos. Assim, surgiu o Grupo de Maestria, que conta com turmas de 30 pessoas. Em 12 encontros, sempre às quintas-feiras, cada um dos três grupos realiza atividades lúdicas que auxiliam em uma maior conexão consigo e com os demais.
Foco Maria Simeão, psicóloga e coaching: “Percebemos o foco da Porto Freire em trabalhar a responsabilidade social junto aos colaboradores”
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ETAPAS DO PROCESSO A metodologia é interessante e se divide em três etapas: o aspecto teórico, o vivencial e os exercícios de casa. Quem explica é Marina Simeão. “Após conversarmos sobre os temas, partimos para a fase vivencial. Há uma dinâmica. Fazemos exercícios com algumas perguntas reflexivas, para que cada um possa relacionar o tema com o que vivencia. Durante a semana, a ideia é que eles coloquem em prática coisas que gostariam de fazer, mas, até então, ainda não haviam conseguido”, diz Marina. Ela revela que a estratégia, inclusive, foi muito enfatizada na solicitação da Porto Freire: usar uma metodologia que instigasse a ação, para não ficar no teórico. “É gratificante. De uma aula para outra, muitos já trazem coisas voltadas para a superação, inclusive de situações familiares. E, então, compartilham isso no grupo”, destaca a psicóloga. Para o assistente de planejamento, Lucas dos Santos, o projeto colabora, sobretudo, na sua autoavaliação. “Para mim, é importante porque a gente passa a se autoavaliar com frequência. Normalmente, as pessoas vão refletir sobre suas ações quando passam por problemas, e não é para ser assim”, diz ele. Lucas ressalta que a troca de experiências ajuda também a quebrar preconceitos. Felipe Teixeira conta que, além do Grupo de Maestria, há também um trabalho desenvolvido com as lideranças da empresa. “Um é o complemento do outro. A ideia é formar líderes para que eles trabalhem as equipes”, diz. Nesse, o cronograma é anual, mas também com 12 encontros. Em breve, terão início as atividades com os diretores. PROJETO DO BEM Além de contribuir com o autoconhecimento de cada participante, a soma das ações rendeu a criação do Projeto do Bem. Segundo o coordenador Felipe Teixeira, trata-se do maior resultado do processo em nível de estratégia. Entre as primeiras ações, destaca-se a criação da Rádio Porto Freire. Com 30 minutos de duração, sempre às sextas-feiras, a programação traz músicas escolhidas pelos colaboradores e notícias do mundo dos esportes, da economia, eventos etc. “Contamos com a participação de todos. Já tivemos até poesia, fazemos divulgações. Uma colaboradora, por exemplo, pediu para a gente divulgar que ela está vendendo produtos de beleza. Ela gostou muito”, diz Lucas dos Santos, locutor da Rádio. A divulgação da estreia contou com uma canja do coordenador de Suprimentos, Farney Garcia, que toca violão. A propósito, um dos itens das atividades de grupo é descobrir habilidades ocultas dos colaboradores. Foi assim que o Farney, recém-chegado na empresa, passou ao patamar de músico da turma. “Me ajudou muito na adaptação. Quando você chega num trabalho novo, fica meio sem saber onde está pisando. Me senti acolhido”, diz ele, e emenda: “Nunca pensei na minha vida que iria tocar violão no meio do expediente”, conclui, sob as risadas dos novos colegas, dos novos amigos.
Equipe de colaboradores que participam do Grupo Maestria
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Me sinto duplamente pronto
A Patag么nia argentina tem a terceira maior extens茫o de geleiras do mundo.
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A beleza gelada da
Pata
go nia
Por Rozanne Quezado Fotos Virgínia Zapana (cedidas pela Secretaria de Turismo de El Calafate) e banco de imagens
Imensas geleiras, um vento frio constante e temperaturas abaixo de zero. Foi nesse cenário incomum e fantástico que as primeiras cenas da novela Sete Vidas, da TV Globo, foram gravadas, encantando os telespectadores. Na ficção, a aventura de Miguel aconteceu na Antártida. Mas as gravações foram feitas na região da Patagônia argentina. Um lugar com paisagens de tirar o fôlego e tremer o queixo, que a Estilo convida você a conhecer. www.portofreire.com.br
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// Giro
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abe a sensação de estar em alguma cena do filme A Era do Gelo? É essa a impressão que se tem quando se percorre os imensos glaciais da Patagônia, no sul da Argentina. Aos pés da Cordilheira dos Andes, a região ostenta uma paisagem rústica, com cenários espetaculares: lagos em tons azulados, montanhas, planícies e enormes geleiras, em plena harmonia com uma rica flora, com árvores milenares e gigantes, e uma fauna exuberante, com destaque para os elegantes flamingos. A região é chamada de Fim do Mundo. Certo seria chamá-la de princípio do mundo, já que ali parece que a vida começou e ainda se pode ver uma natureza que se mantém em equilíbrio. O ponto de partida desta aventura gelada é a charmosa cidade de El Calafate. Fundada em 1927, às margens do Lago Argentino, o maior do país, com 1.466 km de extensão, o pequeno povoado, que não tinha mais que 100 habitantes, ganhou notoriedade com a criação, nos anos 40, do Parque Nacional dos Glaciares, considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Ali se encontra a terceira maior extensão de gelo do mundo, só perde para as zonas polares do Ártico e da Antártida. São 365 geleiras.
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Revista Estilo Porto Freire
Imensos lagos azuis e montanhas geladas embelezam a região
BOOM TURÍSTICO Nos últimos 15 anos, El Calafate, cuja arquitetura lembra as pequenas cidades europeias, passou a vivenciar o seu boom turístico. Ganhou um aeroporto internacional, melhorou a infraestrutura hoteleira, com luxuosos hotéis cinco estrelas de nível internacional, confortáveis pousadas e grandes áreas de camping, e ampliou o número de restaurantes, com uma rica gastronomia, com destaque para o famoso cordeiro patagônico, prato típico da região, lojas comerciais e agências bancárias. Com uma população em torno de 15 mil habitantes, a cidade recebe mais de 200 mil visitantes na alta temporada. Mas, essa efervescência só acontece no verão, quando a temperatura média é de 19 graus e os dias são longos, só escurecendo depois das 22 horas. No inverno, quando os termômetros ficam abaixo de zero – podendo chegar a 18º negativos - e os ventos constantes e gelados, a cidade vira um deserto, reduzida a cinco mil habitantes. Nessa época, os dias são curtos, com menos de 8 horas de luz.
Com arquitetura europeia, El Calafate é o ponto de partida para a aventura gelada da Patagônia
O GIGANTE BRANCO Há diversos passeios ofertados pelas agências de viagens, mas, a procura maior é pela vedete da região: o Glaciar Perito Moreno, no Parque Nacional dos Glaciares. A excursão para chegar ao local, que fica a 87 km de El Calafate, começa nas primeiras horas da manhã. A viagem de uma hora vai descortinando a beleza da Patagônia com lagos, montanhas e planícies. A primeira parada é no Mirador Panorâmico do Perito Moreno. O local tem boa estrutura com restaurante e apoio ao turista, que deve cuidar do lixo que produz, levando-o à cidade. O mirador é composto de uma imensa passarela, com paradas de onde se pode admirar o Perito Moreno de vários ângulos, até chegar o mais próximo desse imenso paredão de gelo em tons de azul, que causa impacto pela sua grandeza e beleza. Com 60 metros de altura acima do nível da água e cerca de cinco quilômetros de paredão, o Perito Moreno é cercado por bosques e fica às margens do Lago Argentino. Além da beleza que a vista mal consegue alcançar, o gigante branco azulado desperta outros sentidos. Os estrondos provocados pela queda dos blocos de gelo causam admiração e espanto. Para muitos, parece o barulho de um avião rompendo a barreira do som. É a natureza em toda a sua plenitude.
Imensos blocos de gelo caem provocando um barulho ensurdecedor
Gigantes geleiras cercam os lagos e dão um tom azul ao cenário
A aventura de explorar as montanhas geladas é o passeio mais procurado pelos turistas
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// Giro
Turistas admiram o Perito Moreno pelas passarelas
A aventura do mini-trekking sobre o Perito Moreno
O segundo momento da excursão é tão emocionante quanto o primeiro: fazer o mini-trekking, caminhar sobre a geleira. O ônibus leva até o porto Bajo de las Sombras, a 6 km do Mirador. Toma-se um barco que navega pelo Lago Rico, margeando o paredão sul do Perito Moreno. A viagem dura uns 20 minutos e o cenário é deslumbrante. No local, grupos de até 20 turistas são conduzidos por guias locais. Com os crampons nos pés (espécie de sandália com ferros no solado para caminhar sobre o gelo em segurança), é hora de subir a ‘montanha’ de gelo. A travessia é indescritível quando se tem diante de si natureza grandiosa e bela em todos os sentidos. Entre a subida e descida são quase três horas, com duas paradas para apreciar a vista e as variadas formações de gelo, como fendas e pequenas lagoas azuis. Na última parada, os guias oferecem água formada dos gelos, doce e puríssima. Por conta do esforço físico exigido e do trajeto irregular, há algumas restrições para participar do mini-trekking. Crianças menores de 10 anos, mulheres grávidas e portadores de doenças cardíacas, por exemplo, não podem tomar parte deste passeio.
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BAR DE GELO Outro passeio imperdível é a visita ao Glaciarium, o museu de gelo, a 5 km da cidade. Vídeos e salas com esculturas e fotografias dão as boas-vindas mostrando a evolução do gelo no planeta. Mas, o principal atrativo do local é o bar de gelo. Em um ambiente de 10 graus negativos – os visitantes recebem roupas apropriadas -, tudo é feito de gelo. Até os copos onde são servidas as bebidas são feitos de gelo. Pena que a visita não dura mais que 20 minutos.
O Glaciarium e o inusitado bar de gelo, com 10 graus abaixo de zero
//SAIBA MAIS BLOCOS DE GELO Os glaciais são formados por imensos blocos de gelos de neve compactada. No inverno, as baixas temperaturas fazem com que essas massas aumentem de tamanho e, no verão, elas começam a derreter. Os gelos que caem se transformam em grandes icebergs que alimentam rios e lagos da região. Os estudos mostram que a maioria dos glaciais, em todo o planeta, vem diminuindo gradativamente, sobretudo nos últimos 50 anos. O Glaciar Perito Moreno, no entanto, continua estável, desde 1914 tem o mesmo tamanho. O que o torna ainda mais famoso.
Passeios em barcos permitem chegar perto dos imensos glaciares
//ONDE FICAR
//O QUE COMER
No quesito hospedagem, El Calafate é um polo turístico completo. Para quem está disposto a pagar bem, a oferta de luxuosos hotéis é imensa, além das famosas estâncias. O hotel Los Notros, quatro estrelas, tem como diferencial a proximidade com o Parque Nacional dos Glaciares e todos os quartos com vista para o Perito Moreno. A fazenda Los Sauces oferece luxo, conforto e preço dignos de um hotel 5 estrelas. A diária mais barata fica em torno de R$ 900.
Impossível não provar o famoso e delicioso prato típico da região, o cordeiro patagônico, que vem assado com acompanhamentos leves. Quase todos os restaurantes da região oferecem este prato, como o La Tablita, sempre lotado, e o Casimiro Biguá. Para os apreciadores de um bom drinque, o Borges & Alvarez Libro Bar é um charme.
Mas, as opções de hotéis mais simples e pousadas, todos confortáveis e aconchegantes, não deixam a dever, e é possível se hospedar pagando diária (casal) de R$ 140.
Os principais restaurantes e bares se concentram na Av. del Libertador San Martin, a única avenida da cidade.
Para os mais aventureiros, nos arredores da cidade existem muitos campings com boa estrutura.
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// À Mesa
Por Lucílio Lessa Fotos Jarbas Oliveira
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Revista Estilo Porto Freire
Pioneira em seu segmento no Estado, a Empório Brownie alia o profissionalismo de uma grande empresa com o gostinho do doce caseiro.
Mila Ary, propriet谩ria da Emp贸rio Brownie
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// À Mesa
A Empório Brownie coleciona prêmios e reconhecimento
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invenção pode até ser gringa, mas muita gente se pergunta: existe brownie mais delicioso que o da Empório Brownie? Pioneira no Estado, a badalada browneria fez fama e só não ganhou Brasil afora porque a proprietária, Mila Ary, tem a respeitosa mania de se preocupar em não perder a qualidade. Coisa rara. Talvez por isso, a marca siga ganhando prêmios e conquistando paladares. Fica até difícil imaginar alguém que goste de brownie e não tenha se deliciado com os doces da Empório. Todos criados na cozinha de casa, onde “familiares e amigos são usados como ‘cobaias’ das novas receitas”. Olha que “tortura”! A variedade de doces não é tão grande, mas o apetite que eles dão é enorme. Basta dizer que, por um segundo, quase dá para imaginar ser possível tentar experimentar, de uma vez, todos os sete sabores da especialidade da casa (ver BOX), tamanha é a empolgação. E haja doce! “Nosso diferencial são os produtos utilizados e a forma de cada receita ser produzida. Nada do outro mundo, claro, mas são técnicas como a forma que se bate, assa, se é fogo alto ou baixo, enfim, tudo isso muda o resultado. Toda receita tem seus segredos”, diz Mila. Apesar de fazer doces em alta escala, a Empório Brownie possui os mesmos processos e matérias primas de quando Mila, hoje com 28 anos, começou o negócio, em 2004. Na época, ela fazia os brownies com a ajuda de uma única assistente e vendia para as pessoas mais próximas. “Era em casa mesmo. Mandei uma cestinha para todos os amigos, informando. Aí começaram a surgir as primeiras encomendas”, conta. Mila afirma que, ainda hoje, o processo é manual. “Faço questão de não usar nenhum produto químico. Todo dia a gente manda produto novo para as lojas. Tudo é renovado com muita frequência para não perder a qualidade”, conta.
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Mila Ary (centro): “Nosso diferencial são os produtos utilizados e a forma de cada receita ser produzida”
QUAL VAI SER O PEDIDO? Conheça alguns itens do cardápio da Empório Brownie:
Brownie Em seu cardápio, a Empório traz os brownies de brigadeiro, kitkat, doce de leite, nutella, meio amargo, tradicional e o de raspas de chocolate. Que delícia, hein?! Bem casado Tem o de brownie, o tradicional, que é recheado com leite condensado, o de canela e o bem casado crocante. Cupcake Brigadeiro branco, chocolate, crocante e o de canela.
HISTÓRIA A gastronomia sempre foi muito presente no dia a dia da família de Mila Ary. “Todo mundo lá em casa gosta de cozinhar e de comer. Apreciamos uma comida bem feita. E minha mãe, Ana, sempre preferiu cozinhar doces. Ela inventava muitas receitas e o nosso brownie foi uma delas. Os amigos perguntavam, mas ela nunca revelava o segredo”, diz. Como em todo início, os brownies (a princípio só havia o tradicional) eram comercializados timidamente, mas não tardou e Mila passou a fornecer o produto para padarias, restaurantes, supermercados. A procura era tanta que ela foi obrigada a mudar o local de trabalho, a fim de montar uma cozinha industrial básica, já que os vizinhos reclamavam do entra e sai no apartamento. “Eles diziam que eu estava gastando muita energia com elevador, muito gás. Foi quando consegui o primeiro ponto, na Rua Ana Bilhar. Fizemos uma reforma básica, instalamos a cozinha e abrimos a parte da frente para atender às encomendas. Uma espécie de mini loja. Aí bombou. As pessoas ficavam curiosas porque a loja era muito pequena e vivia cheia de gente”, diz. Hoje, a Empório Brownie possui sete lojas, sendo uma delas uma pequena fábrica. Nada mal para quem chegou a ouvir que a marca não conseguiria pagar as contas só vendendo doces.
Trufas Chocolate branco, chocolate preto e crocante Waffles doces É a novidade. Sem fritura, são crocantes por fora e macios por dentro. O cliente escolhe a cobertura e o topping. Feito na hora. Tem o waffler de leite ninho, Ferreira Roche, nutella com castanha, o black and white (com raspas de chocolate branca e preta) e o irresistível (doce de leite crocante e o sorvete de creme). Os preços dos produtos variam de R$ 3,60 (brownie) a R$ 12,50 (waffle). www.emporiobrownie.com.br
www.portofreire.com.br
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// Tijolo por Tijolo
Subi Por LucĂlio Lessa Fotos Jarbas de Oliveira
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Profissionais discutem a execução do projeto. Da esqueda para direita, Roberto Pinheiro, Ricardo Góes, Rafhael Andrade e Nelson Calixto.
A FIM DE OTIMIZAR OS SERVIÇOS, A EQUIPE DE ENGENHEIROS DA PORTO FREIRE INOVA NA CONDUÇÃO DOS PROCESSOS DE TRABALHO www.portofreire.com.br
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// Tijolo por Tijolo Líder de empreendimento, Nelson Calixto
Equipe de engenheiros da Porto Freire busca nos grandes centros do país tecnologias inovadoras.
As obras da Porto Freire atendem à norma ISO 9001 e ao PBQP-H
PADRONIZAÇÃO DA QUALIDADE A explicação para essa padronização é que os fornecedores das obras mais caras são os mesmos que atendem às demais construções, permitindo equivalência na qualidade dos produtos. “Após o engenheiro responsável fazer a solicitação e os pedidos serem encaminhados ao setor de compras, é feito orçamento com cerca de três empresas. Ressalto que nem sempre optamos pelo menor preço, já que três coisas precisam estar alinhadas: preço, prazo e qualidade”, diz .
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uem nunca se impressionou com a capacidade do ser humano, ao admirar a grandiosidade de um prédio em construção? Tijolo por tijolo, o que antes não existia começa a surgir diante dos olhos. Mais contundente ainda é constatar o óbvio: que erguer um edifício exige um processo metódico e extremamente cuidadoso, no qual cada detalhe é primordial para a segurança na obra e excelência dos resultados. O administrador Alexandre Leite Lima que o diga. Sempre que vai acompanhar as obras no edifício Valência, no Parque del Sol, onde comprou um apartamento, ele reflete. “A capacidade do ser humano, realmente, não tem limites”. Nesse caso, multiplique capacidade dezenas de vezes, assim é possível ter uma ideia da atuação dos muitos que trabalham para construir os edifícios da Porto Freire Engenharia. A mecânica é engenhosa. Tudo começa na aquisição do terreno e decisão do padrão a ser utilizado - feita a partir de um estudo de viabilidade. “Muda o tipo
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Por falar em qualidade, esta é uma busca incessante da construtora. Tanto é assim que parte da equipe de engenheiros frequentemente circula por São Paulo e outros Estados a procura de tecnologias inovadoras. Inclusive importam, quando a qualidade do produto é melhor. “O mercado da construção é igual em qualquer lugar do mundo, o que muda é a tecnologia adotada pela construtora”, diz o engenheiro Nelson Calixto.
Líder de empreendimento, Ricardo Góes
de material, a qualidade não muda. Por exemplo, muda se o piso vai ser no porcelanato ou na cerâmica, se a esquadria de alumínio será cinza ou branca etc”, diz o coordenador de obras Andrade. Ele aponta que é muito comum no mercado haver uma redução na qualidade, de acordo com o padrão do empreendimento, o que não ocorre na Porto Freire, que atende à norma ISO 9001 e ao PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat).
Perguntado sobre o que seria uma dificuldade no processo de trabalho, o engenheiro Roberto Pinheiro aponta como principal gargalo da construção civil o transporte vertical dos materiais, feito no guincho, ou seja, em elevadores de madeira. A fim de otimizar essa etapa, a construtora aposta em procedimentos como os pisos autonivelantes e os caminhões betoneiras, que já fazem a argamassa e a enviam por meio de uma grua (guindaste), diminuindo em 25% e 30% o tempo de transporte. “Quando a gente está fazendo a fachada, são 20 frentes de trabalho e dois elevadores de madeira. Então, o equipamento colabora bastante”, diz Roberto.
Sâmya Diniz, coordenadora do Setor de Qualidade, responsável pela capacitação dos profissionais
Gerente de obras, Rafhael Andrade
PROCESSO INOVADOR DE AUDITORIA Ao todo, a Porto Freire conta com 11 engenheiros. Destes, oito encontram-se em obras e os demais em setores administrativos. Desde abril, os engenheiros atuam também como auditores das obras em construção. A ideia partiu da coordenadora do Setor de Qualidade, Sâmya Diniz, que organizou a capacitação dos profissionais. “Vejo isso como um diferencial da construtora. Tenho contato com coordenadores de outras empresas que se surpreendem positivamente quando digo que os nossos engenheiros auditam as obras. Antes, só a qualidade auditava, mas quem tem a vivência necessária para isso são eles”, diz. Evidentemente, cada engenheiro audita a obra do colega, nunca a dele. Então, ele prepara um documento especificando os itens definidos como “não conformidades” e envia para a Qualidade. A partir daí, o profissional responsável pela obra tem 10 dias para justificar e o problema ser corrigido. Sâmya destaca que todos na obra passam por treinamentos constantes, a fim de evitar falhas, e possuem um passo a passo de tudo o que devem fazer. Cada obra dispõe ainda de um equipamento eletrônico com um sistema de qualidade que ajuda os técnicos em segurança a fazer as inspeções. Todas as obras obedecem rigorosamente às normas de segurança especificadas na legislação. “Temos uma preocupação para que as coisas sejam realizadas da forma correta. E o objetivo é cada vez mais com que isso melhore”, diz Sâmya.
ATUAÇÃO SOCIAL Para além do caráter técnico, a filosofia da construtora fundamenta outras iniciativas que contribuem com setores diversos da sociedade. É o caso das ações de sustentabilidade, como, por exemplo, a reciclagem. Há cerca de um ano, o engenheiro Ricardo Góes deu início aos processos na construtora. “Percebemos que muitos materiais estavam sendo descartados como lixo, então, resolvemos dar um destino melhor. Separamos o aço, o plástico e o papelão e entramos em contato com empresas de reciclagem, que vêm pegar o material. Começamos no Solares e replicamos, no início do ano, para os outros empreendimentos. O dinheiro serve para comprar pequenas coisas urgentes e auxilia nas comemorações de fim de ano do pessoal da obra”, ressalta. O caráter social perpassa por outras áreas. O coordenador Andrade destaca que, frequentemente, ocorrem capacitações e campanhas no local de trabalho. “Temos parceria com o Sinduscon, Coopercon, Senai. Trazemos palestras sobre diversos temas, como DSTs. Realizamos essas ações durante o expediente, para garantir que todos assistam”, diz. As palavras do coordenador ecoam no discurso do engenheiro Nelson Calixto. “Valorizar o profissional é uma característica da Porto Freire. No mercado, é de praxe trabalhar com o funcionário de obra pagando uma parte do que ele ganha na carteira, e o restante por fora. Aqui, 100% do salário estão no contracheque, garantindo a totalidade dos direitos trabalhistas. Para se ter uma ideia, a rotatividade é mínima. Temos funcionários nas obras com 15, 20, 30 anos de construtora. Tem gente se aposentando sem nunca ter trabalhado em outra empresa”, conclui.
Líder de empreendimento, Roberto Pinheiro
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