Revista Estilo - Setembro 2014

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ANO 4 NÚMERO 3 SETEMBRO 2014

DESTAQUE O apresentador Rodrigo Vargas fala de carreira, música e sobre o Nosso Ceará

GIRO

A aventura de percorrer o Caminho de Santiago ao encontro de si mesmo

À MESA

O Chef Jorge Diego remete seus clientes às maravilhas gastronômicas da Espanha

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EDITORIAL

A Revista Estilo traz, nesta edição, um pouco da Espanha, assim como já ocorre com os condomínios do Parque del Sol. Lá, todas as torres são batizadas com nomes de províncias espanholas que encantam o mundo inteiro. Diante disso, a seção Tijolo por Tijolo resolveu explicar essa tendência da Porto Freire Engenharia através da matéria “Natureza, lazer e segurança: o sonho da moradia”. A reportagem destaca que o Parque del Sol foi um divisor de águas na paisagem da Cidade dos Funcionários. O local trouxe para Fortaleza o conceito de viver em um condomínio sem abrir mão da natureza e dos grande espaços. Vale a pena conferir! É também a Espanha que colore e dá sabor à seção À mesa, que traz uma entrevista exclusiva com o chef espanhol Jorge Diego. Radicado em Fortaleza, ele está à frente do restaurante El Molino. Entre declarações sobre a cozinha espanhola, Jorge deixa transparecer o amor e a responsabilidade com que encara a Gastronomia, alçando-a, com justiça, a um patamar artístico e, sobretudo, sensorial. No encaixe das pautas com alma espanhola, conheça, na seção Giro, o famoso Caminho de Santiago, no norte da Espanha. A matéria “Pé na estrada e mergulho interior” mostra o porquê de tanta procura em fazer o trajeto, reconhecidamente uma experiência de reflexão e mergulho interior. Quem figura, desta vez, na seção Gente da Gente, é o empresário Luís Azevedo, proprietário de um apartamento no condomínio Montserrat. Já a capa desta edição convida o leitor a conferir entrevista com o apresentador da TV Verdes Mares, Rodrigo Vargas. Figura popular, sobretudo entre os jovens cearenses, por conta de uma longa atuação como VJ, Rodrigo conta há alguns anos histórias inspiradoras no quadro Nosso Ceará, transmitido no CETV 1a Edição. Em entrevista, o goiano de alma nordestina fala sobre música, política e a emoção de se deparar com o poder do povo cearense.

ESTILO É UMA PUBLICAÇÃO DA PORTO FREIRE ENGENHARIA Av. dos Expedicionários, 5571, Aeroporto - Fortaleza – CE PRESIDENTE Jorge Wilson Porto Freire DIRETOR COMERCIAL Martônio Rodrigues DIRETORIA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO Roberta Catrib ASSESSORA DE MARKETING Valdenisia Souza ANALISTA DE MARKETING Wellington Gomes REDAÇÃO R&B Comunicação JORNALISTA RESPONSÁVEL Lucílio Lessa PRODUÇÃO E REVISÃO Valdenisia Sousa e Wellington Gomes FOTOS Jarbas Oliveira e Banco de Imagens DIREÇÃO DE ARTE E DIAGRAMAÇÃO Promosell Comunicação FALE CONOSCO (85) 3299 6600 revistaestilo@portofreire.com.br

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SUMÁRIO

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TIJOLO POR TIJOLO

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À MESA

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GENTE DA GENTE

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DESTAQUE

Eu trabalho com os invisíveis” AOS 37 ANOS, O APRESENTADOR RODRIGO VARGAS TORNOU-SE UMA FIGURA CONHECIDA DO PÚBLICO POR CONTA DO QUADRO “NOSSO CEARÁ”, VEICULADO PELA TV VERDES MARES E GLOBO NEWS. NATURAL DE GOIÁS, ELE SE FIRMA COMO UM DOS GRANDES TALENTOS DA TV CEARENSE E FALA COM A PERSPECTIVA DE QUEM ADOTOU O ESTADO COMO LAR. “A GENTE ESTÁ ACOSTUMADO A PENSAR EM TUDO COM UMA CABEÇA MUITO GEOGRÁFICA, EM TERMOS DE FRONTEIRA. QUANDO EU DIGO ‘NOSSO CEARÁ’, SIGNIFICA DIZER QUE EU SOU DO LUGAR QUE ME ENCONTRO AGORA”. EM ENTREVISTA À REVISTA ESTILO, RODRIGO FALA DE CARREIRA, MÚSICA, POLÍTICA E SOBRE OS INVISÍVEIS A QUEM DÁ VOZ EM SEU QUADRO. Por Lucílio Lessa / Fotos Jarbas Oliveira

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DESTAQUE

Revista Estilo - Rodrigo, você sempre quis ser comunicador? Teve alguma influência familiar? Rodrigo Vargas - Sempre gostei de ler e escrever, mas não sabia bem o que queria. Me formei em Literatura, mas o destino me jogou no Jornalismo. Havia algumas pessoas na família que eram dessa área (comunicação): meu avô, minha mãe, meu tio, mas não foi por causa deles, não é herança genética, foi mais uma questão de destino mesmo. Aqui em Fortaleza eu tive essa certeza. Quando cheguei, a TV União estava no começo e, para resumir a história, acabei parando lá. Antes do primeiro concurso de VJ, já estava fazendo matéria para eles. Era muito empolgante. Fui descobrindo as coisas aos poucos. Depois disso tudo, fazer Jornalismo foi quase obrigatório. Na verdade, eu sentia necessidade de dominar as técnicas, pois não basta só ter vontade. RE - Você então é a favor do diploma para jornalistas, correto? RV - Há uma discussão muito grande se vale a pena ter o diploma ou não. Para mim, essa é uma discussão inócua. Claro que é importante, né?! Acho que isso (ser contra o diploma) é desculpa de preguiçoso que não tem capacidade de estudar, e fica colocando essa questão em pauta. Minha vida profissional melhorou muito quando fiz faculdade de Jornalismo. Acabei unindo duas coisas que acho fundamentais para a manutenção da atividade: a paixão e o conhecimento. Um sem a outro, para mim, é fugás. RE – Onde você estudou Literatura e como foi o processo para entrar na TV? RV - Estudei Literatura na Inglaterra e, quando cheguei no Ceará (Rodrigo veio passar férias na casa de familiares e acabou decidindo morar), estava passando a propaganda de um concurso de VJs. Eu não esqueço essa propaganda, que era com a Natália Nara (ex-VJ) dançando em uma boate, o Dam (hoje apresentador da Verdes Mares) e aquelas figuras todas. Reencontrei então uma ex-namorada de antes de eu ir para a Inglaterra e ela me disse: “Cara, você gosta de rock, porque não participa desse concurso?”. Um dia me deu um estalo, liguei e consegui falar com o diretor, o Pompeu (Vasconcelos). Então fui para a TV União, conversamos e ele disse: “Você começa agora”. Lembro que comentei com ele qual era o projeto que eu queria fazer - o que se tornou depois o (programa) Rock Collection. RE – Você já havia trabalhado com música? RV - Na verdade, eu escrevia muita poesia. Era o que eu queria fazer. Só que estudar poesia me matou um pouco. Não vou entrar nesse assunto.

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De qualquer forma, a poesia me levou para a música. Esse lance musical foi muito mais por influência dos meus amigos, em Brasília, de querer fazer sucesso. Tenho muito mais talento para escrever do que para cantar. Foi uma experiência ilógica fazer música. RE – Como você avalia o cenário musical no Estado de 10 anos para cá? RV - Acho que posso pontuar. Quando cheguei aqui (em janeiro de 2003), era um cenário fortíssimo. Nos primeiros cinco anos a qualidade musical era uma coisa de louco. Você tinha Jumenta Parida, Sou Zé, Cidadão Instigado, Jamba, Karine Alexandrino no auge, e Alcalina - que para mim foi uma das melhores bandas que eu vi no Ceará, mas que simplesmente evaporou. Alcalina era genial. Eram bandas engajadas, mas muito distintas. Hoje, é difícil eu fazer uma análise porque na época eu trabalhava com isso, agora não. Então não posso dizer se a cena piorou ou se sou eu que não estou por dentro. RE – Considera que existam investimentos suficientes nessa área? RV - Eu acho que essa questão do investimento melhorou. O artista, hoje, vive de edital. Naquela época, era muito menos. Então esse negócio de que falta investimento é uma barca furada, porque o cara deixa de trabalhar a arte dele para se preocupar com outras coisas. É uma barca furada essa história de dizer que está faltando dinheiro. Quantos artistas sem dinheiro algum foram extremamente fundamentais? Nessa geração mesmo, quantas vezes vi a rapaziada colando os cartazes nas ruas, indo atrás e pagando do próprio bolso para tocar? Então, tinha muita gente fazendo a coisa acontecer. O que eu posso dizer é que é dificil fazer essa análise, colocar a régua do tempo, porque naquela época eu estava inserido naquele movimento. Não sei te dizer se eu ter feito parte daquilo me faz ter uma visão diferente do hoje. Atualmente, não faço parte de nenhum movimento musical, não sei as bandas que estão tocando. Pode ser que tenha a mesma quantidade de gente fazendo coisas boas, mas eu não estou mais inserido nesse contexto. RE – O que você escuta em casa? RV - Eu sou louco por Pink Floyd. É a única banda que eu não enjoo. É incrível. Não consigo mais ouvir Led Zeppelin, The Doors, Black Sabbath, Bob Dylan, de tanto que ouvi. E essa geração dos anos 90 para cá, não escuto mais em casa porque literalmente abusei. Das mais novas eu gosto de (The) Strokes, entre outras.


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Exibido sempre às terças-feiras e quintas-feiras no CETV 1ª edição, o quadro “Nosso Ceará” mostra histórias que têm o espírito cearense. O jornalista Rodrigo Vargas percorre o sertão, praia e serras à procura de homens e mulheres que fazem a diferença apesar das dificuldades.

RE - Você nasceu em Goiania, morou em Brasília e hoje está apresentando um quadro chamado “Nosso Ceará”. Já se sente totalmente adaptado? RV – Estou. Na verdade, isso que você falou é um eufemismo. A gente está acostumado a pensar em tudo com uma cabeça muito geográfica, em termos de fronteira. Quando eu digo “Nosso Ceará”, significa dizer que eu sou do lugar que me encontro agora. Não vejo muita diferença entre o sertanejo e o caipira. É uma questão de diálogo, só. Me sinto bem em qualquer lugar, e o jornalista tem que se sentir assim. Você tem que explorar o lugar, conhecer as pessoas. Acho que a pergunta é inversa. Não fui eu que me adaptei às pessoas, elas que se adaptaram a mim. Aceitar um branquelo, de olho azul, de fora, fazendo um quadro chamado “Nossa Ceará”, e esse quadro ser um sucesso, significa que estou fazendo o meu papel, que é o de comunicar, de ser um bom jornalista. Além disso, a minha relação emocional com a cidade é muito grande. Foi aqui que eu me descobri como profissional, meus amigos hoje estão aqui, minha filha nasceu aqui. Não me sinto bem em Brasília, é estranho. Cresci lá, mas não me sinto em casa, apesar de lá eu ter meus amigos de infância. Aqui que eu me sinto em casa. Se existe algo espiritual, isso acontece com o meu caso. RE - Nas suas andanças pelo interior, houve alguma história de bastidores que você poderia pontuar e que foi muito representativa para você? RV – Sim. Foi a única vez que eu me emocionei mesmo, de chorar, pois foi uma das cenas mais diferentes da minha vida. Fui fazer uma matéria na Escola de Samba Unidos do Roçado de Dentro, uma escola fantástica, só de camponeses, em Várzea Alegre. Quando estava saindo de lá, havia dois menininhos, de mais ou menos 6 e 8 anos. O pai deles pediu para eu levá-los até a cidade. No caminho, o garoto menorzinho perguntou se eu morava em Fortaleza. Falei que sim e ele disse que queria morar aqui também. Então tentei diminuir aquele sentimento dele de superioridade nossa, e disse: “Mas aqui é tão bonito, cara! Olha só essa paisagem. Isso não tem lá”. Foi quando ele falou: “Mas lá tem água”. Meu amigo, você sabe o que é uma criança falar isso para você? Bicho, aquilo me matou. É sério, eu fico emocionado até agora. É duro. Não é fácil ouvir isso não. (Nesse momento, Rodrigo faz uma pausa, emocionado). RE – Você demonstra ser uma pessoa simples. Como lida com a fama, com o fato de ser uma pessoa pública? RV - Eu tive meu tempo para amadurecer. Tem gente que não tem e faz bobagem. O começo da TV UnIão foi um negócio muito forte na cidade. Era uma coi-

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sa meio “beatlemania” mesmo. A gente chegava nos lugares e vinha todo mundo. Mas a fama é muito efêmera. É um negócio que não tem valor. Não existe um valor. Ela passa. E eu descobri isso cedo, fazendo sucesso, não foi no fracasso. A minha sorte foi essa. E descobri que dentre os que estavam ali, sobreviveria mais aquele que buscasse um amadurecimento interior. Via meus colegas muito preocupados com outras coisas, então eu dizia: “Cara, não é por aí”. Falava isso para eles, inclusive peguei no pé de alguns amigos meus dessa época. Aquela geração tem uma intimidade. Começamos juntos. Éramos meninos. RE – E o que realmente importa para você? RV - O que me interessa, na verdade, é o efeito positivo das coisas que eu estou fazendo. No “Nosso Ceará”, é muito bom saber que estou incentivando as pessoas a continuarem a fazer o bem, entende? Eu trabalho com os invisíveis, não trabalho com gente que está fazendo sucesso. Há pessoas que constroem a estrutura cultural do Estado, ou econômica, ou social, e que não aparecem, que nunca iriam aparecer. Estou dando voz a elas. Essa exposição dá uma força gigantesca, porque às vezes triplica aquela ação, só porque apareceu cinco minutos na TV Verdes Mares. Era isso que eu queria. Qual é a relavância que tem eu entrevistar um artista que é nacionalmente famoso? É claro que é legal ter isso na estrutura da televisão, mas é legal também ter o outro lado. Eu vivi as duas partes e me sinto muito feliz nesse outro lado. RE – Como surgiu a ideia do quadro? RV - Quando saí da TV União, fui convidado para fazer o “Se Liga” (programa de variedades) na TV Verdes Mares. A primeira conversa que eu tive com o Gomide (João Marcos Gomide, Diretor de Jornalismo e Esporte na TV Verdes Mares) foi assim: estavam lá o Gomide e o Hermann Hesse (então apresentador da TV Verdes Mares). Eu já conhecia o Hermann há bastante tempo. Ele havia me dito: “Olha, tem um projeto na TV que é a tua cara”. E pediu para eu ir conversar com o Gomide. Na conversa entre mim, Hermann e Gomide, eu disse que queria fazer algo parecido com o que se tornou o “Nosso Ceará”. Também com invisíveis, mas não tinha essa cara do “Nosso Ceará”. Então o Gomide disse que eu iria fazer o “Se Liga”, uma outra coisa, mas foi a minha porta de entrada. Fui muito feliz no “Se Liga”. Conheci muita gente legal, mas sempre de olho naquele projeto. Então chegou uma hora que o Gomide me chamou. Na verdade eu já estava me preparando para sair do “Se Liga”. Eu queria passar o bastão.

Paixão e conhecimento. Um sem o outro, para mim, é fugaz.”

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RE – Estava pensando em voltar para Brasília? RV – Sim, estava pensando em voltar porque o Daniel Guaraciaba, que é o editor-chefe de lá, estudou comigo e gosta muito das minhas matérias. Ele sempre me chamou para ir para a Globo Brasília. mas eu nunca quis voltar. Quando eu já estava pensando em voltar para casa, o Gomide me chamou e apresentou o projeto, que era mais ou menos o “Nosso Ceará”. Já tinha a parte publicitária pronta, o esboço, e se encaixava naquela ideia que eu tinha tido no início. Foram seis meses para chegar ao que é hoje. Quando as pessoas veem no ar, acham que o projeto já vem pronto, mas não é assim. Você tem uma estrutura de ideias, mas elas vivem, elas respiram, elas vão se transformando. Um dia desses o Gomide deu uma entrevista dizendo que o projeto era meu. Não, o projeto é dele. A ideia que a gente teve lá atrás era mais ou menos isso aí, mas foi ele quem fez e me ajudou a chegar nessa estrutura. As coisas têm que ser justas. Eu tinha um pensamento, mas foi ele que pegou meu pensamento e formatou. Até o texto do piloto foi ele que fez. O Gomide foi importantíssimo não só porque me levou para lá, mas porque confiou em mim. RE - E quais os projetos para o futuro? Você tem alguma pretenção política? RV - Não gosto de pensar muito a frente, pois a gente acaba se frustrando. Meu futuro é o mais próximo possível. Amanhã. Já em relação a segunda pergunta,

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é evidente que sim, ou melhor, não é uma pretenção política, eu sou um ser politico. É diferente uma coisa da outra. Fazer política é não deixar com que as coisas aconteçam ao sabor do tempo. Fazer política é cobrar, é discutir, é dar opinião. Isso a gente tem que fazer. Quando escuto alguém dizer assim: “Ah, cara, política é um saco”. Eu penso: “Deus do céu, qual o futuro dessa pessoa? Qual é o direito que ela tem de reclamar que a rua dela não tem energia, ou que a conta de água dela veio mais cara mês passado? Qual o direito que essa pessoa tem de reclamar da saúde e da educação?”. Fazer política, para mim, é isso. RE – Ser candidato, não? RV - Ser candidato é outra história. Não penso em ser candidato. Não vou dizer que nunca vou fazer isso, pois seria um tiro no pé se um dia eu resolvesse ser e alguém mostrasse essa entrevista. Hoje, eu não quero ser politico. Mataria o jornalista que eu sou. E eu adoro o que eu faço. Mas política eu faço todos os dias. É algo positivo. Quando falo em política, quando analiso a estrutura social, penso muito em Max Weber (pensador). É uma estrutura tão imbecil em alguns momentos, porque quando você fala assim: “Ah, esse cara é muito politico”, é sempre com um ar negativo, né?! Pô, você que é menos politico! A política é inerente à condição humana. Ou você faz, ou você não é humano. Então as pessoas deveriam dar mais importância a isso.


DESTAQUE

O meu futuro é o mais próximo possível.”

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GIRO

Pé na estrada e mergulho interior ESQUEÇA O SHOPPING, A PRAIA, O CELULAR... O QUE VOCÊ ENCONTRARÁ NESSA VIAGEM É O SEU EU. ALÉM, CLARO, DE TER O PRIVILÉGIO DE ESTAR EM CONTATO COM PAISAGENS INCRÍVEIS E PEREGRINOS DE DIVERSAS PARTES DO MUNDO. O CAMINHO DE SANTIAGO É UM TEMPO DE REFLEXÃO. UM MERGULHO NUMA VIDA SIMPLES. Por Rozanne Quezado / Fotos: Banco de Imagens

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GIRO

No primeiro momento, a decisão pode não ser muito fácil. Afinal, quando pensamos na tão sonhada viagem de férias, logo vem a imagem de festas, eventos culturais, passeios por shopping centers, restaurantes com seus menus irresistíveis, uma aconchegante cadeira à beira mar... Enfim, fugir da rotina com muita diversão e conforto e, de preferência, cercado de familiares e amigos. O Caminho de Santiago, no norte da Espanha, é o inverso desta imaginação. Mas, se você decidir trocar as badalações e as ‘benesses’ do mundo moderno pelo longo percurso de um caminho, muitas vezes, solitário e que pode durar 30 dias, estará se permitindo umas das experiências mais fantásticas de sua vida. Dizem os peregrinos que o caminho é sem volta, ou seja, ninguém chega à Santiago de Compostela, na Galícia, destino final da viagem, sem ter passado por uma transformação interior. Que o diga o escritor Paulo Coelho que escreveu ‘O diário de um mago’ depois de ter feito o Caminho de Santiago. O sucesso que o sucedeu está além da nossa imaginação.

Catedral de Santigo de Compostela

Caminho francês

Cidade de Saint Jean de Pied de Port, no sul da França

Para se chegar à Santiago de Compostela e visitar a Catedral onde estão os restos mortais do apóstolo São Tiago Maior, existem vários caminhos, partindo de pontos diversos da Europa. O mais tradicional é o que sai da cidade de Saint Jean de Pied de Port, no sul da França. São cerca de 780 quilômetros, cruzando cidades, povoados, campos, numa viagem com cenários de grande riqueza histórica, arquitetônica e cultural. Sem contar que, fora da área urbana, a paisagem muda constantemente: montanhas cobertas de neves, vales extremamente verdes, bosques, que mais parecem saídos de contos de fadas, e intermináveis campos de trigo. Depois de atravessar as montanhas dos Pirineus franceses, considerado um dos trechos mais difíceis e mais belos do caminho, o peregrino cruza o norte da Espanha, passando por províncias, como Pamplona – com suas muralhas medievais e palácios remancentistas -, Burgos, Leon, Lugo e Corunha, até chegar ao destino final.

Montanhas dos Pirineus Franceses

O percurso é feito a pé, o mais comum, de bicicleta ou a cavalo. Para quem consegue caminhar uma média de 20 a 25 quilômetros por dia, com as pausas para descansar, alimentar-se, fazer um tour pelas províncias e dormir, a viagem durará uns 30 dias.

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GIRO

Desapego A rota é bem sinalizada e há albergues e restaurantes ao longo de todo o trajeto. Existem quase 400 alojamentos, a estadia é gratuita em alguns e em outros se paga taxas simbólicas. Mas, nada de luxo, tudo muito simples, até porque a ideia principal da peregrinação é a experiência espiritual, é o mergulho em si mesmo, tendo o desapego como o melhor guia. A proposta é fazer o caminho da forma mais leve possível, começando pela bagagem que deve conter o essencial – o ideal é que não pese mais que 10% do seu peso corporal. Até porque, a mochila terá que levada nas costas durante todo o percurso e quanto mais leve, melhor.

Certificado

A viagem também proporciona ao peregrino fazer amizade com pessoas de várias nacionalidades, idades e culturas. Não importa o objetivo de cada um nesta empreitada: todos compartilham do momento para exercitar o companheirismo e a solidariedade.

Antes de partir para fazer o Caminho de Santiago, o viajante deve solicitar a “Credencial Oficial do Peregrino”. Um documento necessário à sua viagem, porque dá direito a pernoitar em albergues, igrejas e monastérios ao longo do caminho. Além disso, ao receber o carimbo dos lugares por onde se hospedou, ele comprova a sua passagem pelo caminho. Ao chegar a Santiago, o peregrino deve apresentar a credencial, devidamente carimbada, e receberá a “Compostela”, um diploma escrito em latim, igual ao concedido aos viajantes na Idade Média. No Brasil, há associações credenciadas à emissão desse documento, como a Associação de Confrades e Amigos do Caminho de Santiago de Compostela, de São Paulo.

Certificado Oficial do Peregrino

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GIRO

Informação: o melhor apoio

O apóstolo Tiago O que seduz tantos peregrinos numa viagem pouco atrativa do ponto de vista do conforto e da diversão, e que, além disso, exige um preparo físico e psicológico? A história é longa e teve início lá nos idos do ano 800, quando, acredita-se, foi descoberto, na Galícia, noroeste da Espanha, o túmulo do apóstolo de Jesus Cristo, Tiago Maior. Diz a tradição que ele havia estado na região por volta do ano 34, pregando o Evangelho. Ao retornar à Jerusalém, foi preso e decapitado. Seus discípulos levaram seu corpo para a Galícia e o sepultaram ali.

Antes de começar a viagem, é importante que o futuro peregrino busque conhecer tudo sobre o Caminho de Santiago. Na internet, há variados sites com informações sobre o lugar, sua origem e relatos de viajantes. Dentre eles, estão dicas importantes de entidades criadas com o objetivo de orientar os interessados em fazer o Caminho. Uma delas é a Associação de Confrades e Amigos do Caminho de Santiago de Compostela-ACACS-SP (www. santiago.org.br). O livro “Guia do Viajante do Caminho de Santiago – Uma vida em 30 dias”, do jornalista Daniel Agrela, também traz informações preciosas.

Durante séculos se buscou o local da sua tumba. Até que, no ano 813, uma chuva de estrelas (que deu origem ao nome Compostela, ‘Campo de Estrela’) apontou, para um eremita, a urna onde estavam depositados os restos mortais do apóstolo. No local, foi erguida a Catedral de Santiago, ponto de chegada dos peregrinos. O rumor da descoberta espalhou-se por toda a Europa. Os fiéis enfrentavam os mais diversos desafios, perfazendo caminhos longos, para ver de perto a tumba. Muitos ali ficaram, dando origem à cidade de Santiago de Compostela, hoje considerada um dos destinos de peregrinação cristã mais importantes do mundo, superado apenas por Roma e Jerusalém.

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À MESA

“A Gastronomia é uma fonte inesgotável de prazer ” À FRENTE DO RESTAURANTE ESPANHOL EL MOLINO, O CHEF JORGE DIEGO PROCURA REMETER SEUS CLIENTES ÀS MARAVILHAS DA CULINÁRIA ESPANHOLA. UMA ARTE QUE, PARA ELE, TRANSCENDE O SABOR E PERMITE UMA EXPERIÊNCIA SOBRETUDO SENSORIAL DE DAR E RECEBER FELICIDADE. Por Lucílio Lessa / Fotos Jarbas Oliveira

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À MESA

Revista Estilo – De onde vem essa paixão pela Gastronomia? Jorge Diego - Eu morava numa vila no Norte da Espanha, onde obviamente todas as famílias se conheciam. Então, os filhos eram filhos de todo mundo, andávamos por todas as casas. Lá, tinha essa coisa da cozinha de carvão, tinha o aroma das comidas que realmente impregnavam. Cada casa ficava com um aroma diferente e, ao mesmo tempo, parecido. Eu tinha uns quatro ou cinco anos e isso já ficava impregnado em mim. Eu sou um gastrônomo, sou professor universitário, mas sou cozinheiro. Então, isso ficou dentro de mim, independente da ciência. RE – Mas antes de enveredar pela Gastronomia, você fez outros caminhos, correto? JD - Tenho duas formações. Além de chef, sou engenheiro topográfico. Me formei na Espanha. Na verdade, vim para cá com seis anos. Voltei para o norte da Espanha quando tinha 18 anos, e estudei numa entidade para filhos de imigrantes. Nessa época, eu já cozinhava. Na verdade, eu sempre cozinhei. Meus pais tinham restaurante em São Paulo e eu acabava vivendo nesses ambientes. O restaurante deles era típico. Não tão típico quanto o meu, porque, na verdade, eu quis imprimir uma pressão étnica mesmo. Então, a cozinha sempre foi uma coisa vivida por mim. Depois de algum tempo, também fiz um curso de medicina tradicional chinesa, em São Paulo, e trabalhei 15 anos numa clínica. Aí fiz curso de psicanálise, e tudo isso foi afinando os meus sentimentos. Foram solicitando reminiscências. Isso é automático, acontece muito. Quando a gente abre para a ciência, o feeling acaba abrindo.

Eu sou um gastrônomo, sou professor universitário, mas sou cozinheiro.” www.portofreire.com.br

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À MESA

As pessoas dizem que a felicidade não tem preço, mas ela tem sim. Só que a moeda é outra.” RE – Como tudo isso desembocou na Gastronomia? JD - Aconteceu o seguinte: primeiro eu pulei de uma ciência cartesiana para uma ciência quase artística, que é a medicina chinesa, a acupuntura. Uma ciência que é empírica, mas não é. E aí me dei conta de uma coisa: para você ser analista, tem que se analisar. E percebi que uma coisa me causava medo, inquietação: a morte. Todo mundo tem isso, e em certos momentos da vida isso aparece. Mas essa morte que eu me refiro não é a física, mas o desaparecer sem deixar nada. Então descobri que a Gastronomia poderia me imortalizar. Para quem? Para os meus 30 clientes, para a minha família. Foi quando eu me dediquei à Gastronomia. Fiz curso de Gastronomia, especialização em segurança alimentar. RE – Jorge, você realmente leva a Gastronomia muito a sério. Que ensinamentos você enxerga nessa arte? JD – Sim, levo a Gastronomia muito a sério. Aqui na Uece (Universidade Estadual do Ceará), por exemplo, fiz Gastronomia Sanitária dos Alimentos. O prazer da Gastronomia é duplo: porque é o de quem faz e o de quem come. Então é uma fonte de prazer inesgotável porque você dá prazer e tem prazer. É algo sensorial. Esse é o grande sentido. As pessoas dizem que a felicidade não tem preço, mas ela tem sim. Só que a moeda é outra. Para você ter felicidade, a moeda é dar felicidade. Se você consegue dar felicidade, tem felicidade. Se você consegue dar prazer, você tem prazer. A não ser que seja patológico. RE – Foi para compartilhar isso que decidiu lecionar e montar o restaurante? JD - Fui convidado a trabalhar como docente. Ao mesmo tempo, decidi que iria materializar esse amor que estava platônico. Nessa tentativa de edificar a

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coisa, eu e minha esposa, que também é psicanalista, resolvemos materializar esse desejo. A gente conversou e decidiu ver se o mercado de Fortaleza aceitaria um restaurante tipicamente espanhol. Então fizemos uma pesquisa física em todo o mercado, comemos em tudo o que foi lugar – comemos bem, comemos mal - para ver o que tínhamos à disposição. Aí ficamos dois anos e meio com um delivery, que era na nossa casa. Pegamos duas salas e fizemos uma cozinha laboratorial. Fomos ver o que acontecia. O feedback foi muito bom e a demanda foi exigindo que tivéssemos um espaço físico. RE – Há quanto tempo estão no novo endereço? JD – Cerca de 20 dias (a entrevista foi realizada em agosto). Aqui nós temos duas formas de lembrar a Espanha. A lembrança voluntária, que é o que se vê, e a involuntária, quando você é levado a outro lugar ao comer. Aquele filme, o Ratatouille, (filme americano sobre um rato vivendo em Paris que sonha em se tornar um chef de cozinha), é muito ilustrativo. Quando o crítico vai provar a comida, vemos que embaixo da mesa aparece a fazenda dele, e ele pequenino na casa da avó, ou seja, aquilo é uma memória involuntária. Os pratos te levam a isso. RE – Então sua paixão pela Gastronomia espanhola é fruto de muita saudade da Espanha. JD - É uma forma de dizer que eu sou espanhol. Eu realmente gosto muito da minha terra e todos os anos vou para lá, onde me reciclo. Estive agora na França e na Espanha. Fiquei um tempo para ver o que estava se falando por lá. RE – Essa forma de encarar a Gastronomia diferencia o seu trabalho? JD - Seria um pouco arrogante dizer isso, mas acho que as pessoas deveriam pensar assim. Não é muito fácil quando se mistura dinheiro e o outro. Quando é o outro só, é muito mais fácil. Por isso, os jantares em casa são tão fantásticos. E trazer isso para um nicho de mercado é ótimo. Eu dedico muito do meu tempo para cá. E se eu trago isso como uma verdade para mim, quero que essa ideia atinja o meu cliente. Quem manda em mim, nesse momento, é o meu cliente. Eu não mando em nada. O que eu tenho é o cliente que vai decidir. Estamos aqui há 20 dias e temos que reservar mesa. As pessoas voltam. Eu decidi que só seriam 30 lugares porque esse tipo de cozinha não posso delegar. Tenho que estar a frente dos pratos. Se eu quiser o resultado que almejo, tem que ser assim. E olhe que eu sou especialista em formar pessoas.


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TIJOLO POR TIJOLO

Natureza, lazer e segurança:

o sonho da moradia O PARQUE DEL SOL MUDOU A PAISAGEM DA CIDADE DOS FUNCIONÁRIOS. MAIS QUE UM EMPREENDIMENTO PIONEIRO NAQUELA ÁREA, ELE TROUXE O CONCEITO DE VIVER EM CONDOMÍNIO SEM ABRIR MÃO DO CONTATO COM A NATUREZA E OS GRANDES ESPAÇOS, ALÉM DE PODER USUFRUIR DE SEGURANÇA E DIVERSOS EQUIPAMENTOS DE LAZER E SERVIÇOS. QUEM MORA LÁ, SABE O QUE ISSO REPRESENTA. Por Rozanne Quezado / Fotos: Banco de Imagens

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TIJOLO POR TIJOLO

Sociabilidade Além da área verdejante, da diversidade de equipamentos de lazer para todas as idades e de um centro comercial, que incentivam a prática de atividades físicas, facilitam a vida dos moradores e promovem a integração entre todos, cada condomínio do Parque del Sol tem vida própria. São exemplos Astúrias, Córdoba, Sevilha, Portal de Madri, Montserrat, Portal de Leon, Valência, Portal de Málaga, Cervantes, Jardins do Sul, Zaragoza e Las Palmas. As províncias espanholas que encantam o mundo inteiro estão aqui. Não apenas no nome, mas na concretização do conceito de qualidade de vida tão bem vivenciado naquele país.

O mais urbanizado empreendimento imobiliário de Fortaleza nasceu de uma ideia de oferecer em um só lugar, de forma sustentável, com conforto e segurança, um novo estilo de viver e morar. Um verdadeiro bairro programado permeado por uma natureza exuberante, com toda infraestrutura para proporcionar qualidade de vida aos seus moradores. E mais: localizado numa das áreas que mais se valorizam em Fortaleza e perto de tudo, desde escolas, shopping centers, supermercados, farmácias, restaurantes, bancos até casas de shows. Assim é o Parque del Sol. Um lugar privilegiado que permite ao morador estar na cidade, usufruindo de todas as benesses da modernidade, sem ter que pagar o preço de conviver com poluição, barulhos constantes, carros que vão e vêm em um frenesi diário. Ultrapassar, todos os dias, a entrada de volta ao Parque é quase como entrar em um outro mundo, onde a tranquilidade deita morada.

Cada empreendimento é uma evolução, sobretudo do ponto de vista tecnológico, proporcionando bem estar e qualidade para a vida dos seus moradores. O sistema Flex, por exemplo, que só encontramos nas obras assinadas pela Porto Freire, é uma revolução para o segmento dos apartamentos compactos. Você dispor de paredes móveis que, com um simples movimento, ampliam áreas e permitem maior integração entre moradores e visitantes, ao mesmo tempo em que dão privacidade a ambientes do apartamento, é um ‘achado’. Do ponto de vista arquitetônico, não faltam beleza e praticidade. As áreas de convivência de cada condomínio oferecem uma variedade de equipamentos de lazer. Um exemplo, é o Las Palmas, um verdadeiro clube de esporte com quadras de futsal, vôlei, basquete, campo de futebol de areia, pista de cooper, ciclovia, piscinas com raias e Pilates, além de ofurô, gourmet center e centro de estética. Tudo dentro do condomínio, ao alcance dos moradores. As novidades do setor imobiliário são sempre incorporadas às obras da Porto Freire e quem ganha é o morador e o investidor.

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TIJOLO POR TIJOLO

O Espaço Cultural Porto Freire democratiza o acesso às manifestações culturais e artísticas, ao mesmo tempo em que facilita o acesso à educação cultural.“ Consumo de arte e cultura Os eventos culturais, como bem sabemos, agregam conhecimento, lazer e identificação pessoal, contribuindo para a formação intelectual e humana. Um privilégio a que poucos cearenses têm acesso e que os moradores do Parque del Sol têm à sua porta. O Espaço Cultural Porto Freire, criado e gerenciado pela Fundação Porto Freire, desde 2010, trouxe para a região um espaço disseminador de artes, que além de valorizar e apresentar as manifestações artísticoculturais, dá espaço para educação nesse campo. A cada evento, seja uma exposição de obras de arte ou um acervo de história – como foi a mostra do Cangaço -, se proporciona aos fortalezenses, sobretudo aos estudantes de escolas públicas, oficinas e palestras relacionadas ao produto cultural exposto. Portanto, ao oferecer gratuitamente os eventos que promove, o Espaço Cultural Porto Freire democratiza o acesso às manifestações culturais e artísticas, ao mesmo tempo em que facilita o acesso à educação cultural.

As belas do Parque As campanhas do Parque del Sol, assinadas pela Promosell, sempre priorizaram aliar a imagem do empreendimento à personalidades reconhecidamente talentosas, belas e, principalmente, que chamam a atenção pelas suas atitudes politicamente corretas. Por isso, ao longo dos anos, atrizes como Eliane Giardini, Irene Ravache e Letícia Spiller foram as garotas propaganda do Parque del Sol. Decisões tão acertadas que, de imediato, ganharam a simpatia do público. Obra do design Sérgio Matos

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TIJOLO POR TIJOLO

PAULO HERMANO MOTA BARROSO Arquiteto e Urbanista. Professor da UNIFOR. Mestrando em Arquitetura e Urbanismo Mackenzie/Unifor Autor de vários projetos de edifícios no Parque del Sol

O Parque, não é apenas usufruto de seus moradores, é referência de lazer e urbanidade da cidade”

OS OLHOS DO PARQUE Por Paulo Hermano O Parque del Sol está localizado em uma das regiões com maior crescimento e valorização da cidade, tradicionalmente ocupada por casas, vem sofrendo um processo de verticalização alavancado pelos edifícios construídos pela Porto Freire. A implantação do parque com sua área verde e seus equipamentos, incentivaram a presença dos moradores, provocando uma sensação de segurança, consequência da qualidade deste espaço e da densidade de pessoas nos diversos horários do dia. Jane Jacobs, escritora e ativista política americana, publicou em 1961 o livro Death and Life of Great American Cities (Vida e Morte das Grandes Cidades), onde já identificava que a presença de pessoas nas ruas era um fator inibidor da criminalidade. Para Jacobs (1961), a circulação de pessoas, ainda que desconhecidas, é fundamental para o aumento da segurança, uma calçada e rua interessantes formam uma cidade interessante. Quanto mais olhares uma rua recebe, mais segurança ela terá. A vigilância natural cotidiana realizada pelos usuários, comerciantes e habitantes locais, possibilitada pelas calçadas com utilização contínua e boa visualização das ruas, estão presentes no Parque. Esta vitalidade tende a ampliar progressivamente, com o aumento da população local, o adensamento, a diversidade de tipologia dos apartamentos e a construção de novos empreendimentos, como o centro comercial (em obras), intensificando a circulação das áreas públicas. Os condomínios com calçadas e muros similares, estabelecem uma identidade e correlação da rua com os prédios. Diferente de outras regiões da cidade, onde os prédios são idealizados independentemente, no Parque, os projetos foram concebidos de forma a implantar as torres permitindo a melhor ventilação e insolação, e afastamento entre torres, que proporcionam as melhores visuais. Atualmente, o Parque, não é apenas usufruto de seus moradores, é referência de lazer e urbanidade da cidade, tendo utilização constante de toda a população de Fortaleza.

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GENTE DA GENTE

Por Lucílio Lessa Fotos Jarbas Oliveira

Multiplicando

felicidade A REALIZAÇÃO DO SONHO DA CASA PRÓPRIA FOI O MOTE

PARA QUE O EMPRESÁRIO LUÍS HENRIQUE DE SOUSA SILVA BUSCASSE MULTIPLICAR A EXPERIÊNCIA PARA PARENTES E AMIGOS, ATRAVÉS DO PROGRAMA MULTIPLICADOR 24

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GENTE DA GENTE

Criar as condições necessárias para realizar um sonho é um comportamento inerente à condição humana. Nesse sentido, dois fatores são fundamentais: foco e colaboração. Quem ilustra bem essa tese é o empresário Luís Henrique de Sousa Silva, hoje proprietário de um apartamento no Parque del Sol. No local, Luís desfruta da tranquilidade de um ambiente seguro e da paisagem que majestosamente “invade” seu apartamento, no edifício Montserrat. O namoro para comprar o imóvel durou cerca de seis meses e, segundo Luís, a decisão contou com uma forcinha da própria Porto Freire. “O que me chamou a atenção foi a facilidade e a praticidade que vocês têm no conceito de montar a forma de pagamento de acordo com o perfil do cliente. É um diferencial incrível. Em outras construtoras, a forma de pagamento é engessada. A Porto Freire é bem mais maleável com relação às nossas condições”, considera o empresário. “A sensação de estar de casa nova foi fantástica”, é o que garante a mulher de Luís, a também empresária Silvana Silva. “Embora antes eu morasse em uma casa, hoje é que tenho a oportunidade de criar meus filhos mais soltos. Aqui, nós temos o parquinho, a pracinha, temos até Missa aos domingos (além das Missas, o Parque tem também cultos evangélicos). Estou adorando”, diz. Logo após a compra, foi a vez de Luís e Silvana participarem aos demais familiares a conquista. De lá para cá, eles vêm convidando parentes e amigos a conhecer o Parque del Sol, a fim de garantir uma vizinhança de novas e velhas amizades. De quebra, ambos possibilitam ainda uma renda extra, já que na Porto Freire as indicações são contempladas no Programa Multiplicador, que traz a proposta de agregar mais clientes para adquirir nossos imóveis, através da indicação de outros clientes satisfeitos com os serviços. De acordo com o regulamento, podem participar do Programa: clientes, não clientes e funcionários. O Multiplicador deve fazer a indicação da pessoa interessada em adquirir um imóvel através de um cadastro diretamente com um consultor de vendas ou através do telefone 3194.7999. Outro canal de contato é o chat disponível no site. Além da comissão de 1% pela venda do imóvel, caso o Multiplicador finalize um determinando número de indicações, pode ganhar bônus extras. Para cada dez indicações, o multiplicador tem direito a uma geladeira duplex das marcas Esmaltec, Consul ou Brastemp. A cada 20 indicações, pode ganhar uma televisão LED 32

polegadas, e a cada 30 indicações, um notebook Sony Vaio ou Dell. Enquanto Luís e Silvana seguem na intenção de convidar mais pessoas de quem gostam para virem morar no Parque del Sol – já indicaram três pessoas –, desfrutam do novo lar com a serenidade de quem tomou a decisão certa. “Colocar sua família num local de qualidade é sim a realização de um sonho. É para esse bem estar que trabalhamos. Morar bem também compõe a receita da felicidade”, conclui Luís.

Em outras construtoras, a forma de pagamento é engessada. A Porto Freire é bem mais maleável com relação às nossas condições” Luís Henrique de Sousa Silva

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CULT

MERCADO DEL SOL De junho a setembro deste ano, o Mercado del Sol levou os mais variados expositores e produtos, além de diversas atrações infantis, para os moradores do Parque del Sol. O evento ocorre mensalmente e é aberto a todas as idades. Confira os registros do fotógrafo Gustavo Sampaio:

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