Recortes nº 122 Índice – 27 de junho de 2013 • Bastonário dos Engenheiros critica Governo pelo terminal na Trafaria • Autoeuropa pára produção mas preserva direito à greve • APAT associa-se ao protesto sobre a greve no porto de Lisboa • Transitários apelam ao fim da greve em Lisboa • João Franco “Sines vai continuar a crescer mas não está sozinho no mercado” • Norte-Americanos investem 27 ME e criam 500 postos de trabalho em Viana do Castelo • Algarve alvo de mega campanha oceanográfica em busca da sua biodiversidade
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Diário Económico (online), 27 de junho de 2013 Estudos
Bastonário dos Engenheiros critica Governo pelo terminal na Trafaria Nuno Miguel Silva 27/06/13 00:05
Carlos Matias Ramos exige estudos comparativos sobre as alternativas, sem quaisquer restrições. O bastonário da Ordem dos Engenheiros (OE), Carlos Matias Ramos, discorda da forma como o Governo avançou para o projecto de investimento previsto para o terminal de contentores da Trafaria e tem muitas dúvidas de que aquela seja a melhor localização, a melhor forma de proporcionar valor acrescentado à economia da capital e que a infra-estrutura pretendida não venha gerar impactos negativos nos portos de Setúbal e de Sines. "Sobre o projecto do Governo para o terminal de contentores da Trafaria, penso que o mais importante são as dúvidas que ressaltam. A questão principal é saber o que é que se pretende para o porto de Lisboa. É preciso saber se o ‘transhipment' [tráfego intercontinental de contentores] é o mais adequado para o desenvolvimento do porto, da cidade de Lisboa e da economia nacional", defende Carlos Matias Ramos, ao Diário Económico. O bastonário da OE junta-se, assim, às várias críticas públicas ao projecto do Executivo, que têm subido de tom nas últimas semanas. "Deve ser a cidade a condicionar o porto e não o porto a condicionar a cidade, como tem acontecido no passado. Essa é que deve ser a lógica. Devemos tentar perceber qual é a vocação do porto de Lisboa, não só para Lisboa, mas também para a margem Sul, e penso que, nesse aspecto, o terminal de cruzeiros possa trazer mais valor acrescentado que um terminal de ‘transhipment'", acrescenta Carlos Matias Ramos. O mesmo responsável prossegue nas duras críticas e verbaliza sérias dúvidas sobre o projecto. "Acreditemos que o terminal de ‘transhipment' é a melhor solução para o porto de Lisboa. Coloca-se outra questão: a melhor posição para um terminal deste tipo será a Trafaria ou a Cova do Vapor?", questiona. Carlos Matias Ramos relembra que até ao início da década de 40 do século passado existia um cordão dunar ininterrupto entre a Costa da Caparica e o Bugio (Golada), que limitava os efeitos nefastos das correntes marítimas Sul/Norte e poderia ter impedido o desassoreamento das praias da região. E calcula que a solução de depositar areia junto às praias da Caparica, a que se opôs desde o início, já custou aos cofres públicos cerca de 36 milhões de euros, sem qualquer resultado prático. "É necessário arranjar soluções que desviem a velocidade das correntes Sul/Norte na Costa da Caparica, que têm grandes implicações no período de enchentes. Quando o projecto do terminal de contentores da Trafaria foi anunciado pelo Governo, foi imposto que se excluísse qualquer
intervenção no Bugio e no fecho da Golada", defende o bastonário. Para Carlos Matias Ramos, "para um projecto deste tipo, deve ter-se uma visão fisiográfica de toda a zona. Não se devem impor à partida restrições a visões integradas e dizer que não se pode fazer o fecho da Golada. Estude-se, analise-se e veja-se quais são os efeitos". O bastonário da OE coloca ainda outras dúvidas sobre este projecto, ao nível da solução dos acessos ferroviários e do sobrecusto pelo facto de 80% das mercadorias chegadas ao porto de Lisboa se situarem na margem Norte, quando o terminal da Trafaria vai levar os contentores mais para Sul, não se sabendo de que forma poderão regressar à capital. "O Governo diz que o terminal será um investimento totalmente privado, mas isso custa-me a crer. Quem faz investimentos deste tipo, tem de estar agarrado a operadores ou então já há um operador que garante esse investimento. Se o valor, entre cerca de 600 e 800 milhões de euros, já foi anunciado com tanta minúcia, parece que já está consolidado um operador e parece que já existe uma avaliação que permite sustentar esse valor", conclui Carlos Matias Ramos.
Diário Económico (online), 27 de junho de 2013
Greve
Autoeuropa pára produção mas preserva direito à greve Sara Piteira Mota 27/06/13 00:05
Cada trabalhador terá o direito de decidir se adere à greve. A Volkswagen (VW) Autoeuropa decidiu decretar hoje um dia de não produção com o objectivo de minimizar os esperados efeitos da greve no quotidiano dos seus colaboradores, assim como nas dificuldades da cadeia de fornecimento dos seus fornecedores. Uma decisão que não interfere com os direitos dos trabalhadores em aderir à greve geral. "Não é ilegal. Do ponto de vista da gestão da empresa é a decisão mais correcta e uma forma de defesa. Mesmo que os colaboradores se apresentem para trabalhar estarão sempre dependentes dos fornecedores, e sem estes é impossível avançar o processo produtivo", explica ao Diário Económico João Salvador, advogado da Sociedade Albuquerque e Associados. À partida os trabalhadores da VW Autoeuropa que quiserem aderir à greve devem comunicar à administração da empresa essa decisão. No entanto, os colaboradores que respeitarem o dia de não produção implementado pela fábrica irão ser ressarcidos do dia. A maior fábrica de automóveis do País explica em comunicado que "esta decisão tem como propósito minimizar as dificuldades que previsivelmente serão sentidas pelos colaboradores da empresa, em particular no acesso a serviços públicos como redes escolares e de transportes". Além disso, a administração sublinha ainda em comunicado que são esperadas "dificuldades na cadeia de fornecimento de origem nacional, pelo que esta decisão destina-se igualmente, a evitar perturbações no fluxo de produção da empresa." A comissão de trabalhadores da VW Autoeuropa apela aos trabalhadores que aderiam à greve, não contra as políticas da empresa - até porque o acordo de trabalho é muito bom - mas sim "contra os aumentos do IRS e a taxa adicional aplicada ao mesmo, o aumento de cortes nas reformas e a redução do subsídio de desemprego e da duração do mesmo", referem em comunicado. "O acordo de empresa entre a fábrica alemã e os trabalhadores é um modelo a seguir.No entanto, a maior parte das empresas do parque não beneficia das mesmas condições", salienta o advogado João Salvador. Algumas empresas presentes no parque industrial da VW Autoeuropa já comunicaram às comissões de trabalhadores que irão adoptar a mesma medida da VW Autoeuropa, mas outras não o vão fazer. De qualquer forma, as Comissões de Trabalhadores do parque industrial da Autoeuropa vão apelar ao todos que participem na greve geral em "protesto contra as políticas do Governo para empobrecer o País", disse Daniel Bernardino, coordenador da CT da Faurecia.
Cargo News, 26 de junho de 2013
APAT associa-se ao protesto sobre a greve no porto de Lisboa A APAT – Associação dos Transitários de Portugal, à semelhança da AGEPOR – Associação dos Agentes de Navegação de Portugal, veio condenar hoje a greve que teve início terça feira “ tendo em conta os sérios prejuízos que a mesma acarreta para os operadores económicos que utilizam o porto de Lisboa”. Segundo a AGEPOR esta nova paralisação afasta “navios e cargas, prejudicam e encarecem as exportações, e finalmente põem em risco os postos de trabalho de todos que desenvolvem a sua atividade no porto de Lisboa”. Também a A-ETPL – Associação – Empresa de Trabalho Portuário (ETP) Lisboa, a AOP – Associação Marítima e Portuária, e a AOPL – Associação de Operadores do Porto de Lisboa já condenaram a nova greve de um mês convocada pelos sindicatos do setor portuário. Para as associações de empregadores do porto de Lisboa mais esta greve irá “acelerar o definhamento do porto, em prejuízo das empresas, dos próprios trabalhadores e da economia nacional”. António Mariano, presidente do Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul, disse à Lusa que "se, efetivamente, continuarem a utilizar trabalhadores estranhos à atividade no meio do circuito de operação portuária, os trabalhadores vão mesmo parar totalmente. Não iremos aceitar e podemos mesmo parar totalmente, não o Porto de Lisboa, mas a operação”. Esta paralisação parcial decorre entre as 9 horas e as 10 horas nas primeiras duas semanas. Nas duas semanas seguintes vão parar entre as 9 horas e as 10 horas, e entre as 15 horas e as 16 horas, terminando a 22 de julho.
Transportes & Negócios, 27 de junho de 2013
Transitários apelam ao fim da greve em Lisboa Depois dos agentes de navegação, foi agora a dos transitários apelarem ao fim da greve dos estivadores no porto de Lisboa, que hoje viu cumprido o segundo dia. Na memória dos agentes transitários estão ainda as dificuldades vividas, meses a fio, no ano passado, para encontrarem alternativas ao encaminhamento das cargas de exportação e de importação. Dificuldades que, com o passar do tempo, começavam logo pelo mais básico: arranjar meios disponíveis para transportar as cargas. Tal como em 2012, os transitários fazem agora coro com os agentes de navegação na denúncia das consequências que a greve pode acarretar para todos quantos dependem do porto de Lisboa – e desde logo os próprios estivadores –, e no apelo ao fim da paralisação e à negociação do novo CCT entre os representantes dos operadores portuários e dos trabalhadores. Entretanto, hoje cumpriu-se a segunda paralisação de uma hora, entre as 9 e as 10 horas. Com a nova legislação sobre trabalho portuário, os operadores poderão recorrer à contratação de trabalhadores exteriores ao contingente portuário para reduzir os impactes da paralisação. Mas é precisamente esse um dos motivos dos protestos dos estivadores.
Transportes em Revista, 26 de junho de 2013
João Franco
«Sines vai continuar a crescer mas não está sozinho no mercado» O novo presidente da Administração do Porto de Sines, João Franco, referiu à Transportes em Revista, nas suas primeiras declarações como responsável daquela infraestrutura portuária, que «o Porto de Sines tem grande capacidade de crescimento em todas as áreas, mas não nos podemos deslumbrar nem entusiasmar demasiado, porque não estamos sozinhos neste mercado». Segundo João Franco «este conselho de administração está consciente das potencialidades do porto de Sines, que é o maior a nível nacional. Estamos a crescer e vamos continuar a crescer. No entanto, não nos podemos esquecer, nomeadamente ao nível do transporte contentorizado, que estamos em concorrência direta com os portos espanhóis, que também estão a crescer e que são muito atentos aos mercados. Temos de ter uma postura de médio/longo prazo, estando presentes num mercado internacional que é extremamente competitivo, mas também temos de estar cientes das dificuldades que podem vir a surgir». De acordo com o novo responsável do Porto de Sines, «fazemos parte de uma estrutura portuária de âmbito nacional e temos de acautelar, não só, os interesses do porto como também os interesses do país». Recorde-se que, na semana passada, o presidente da PSA Sines, Rui Pinto, referiu publicamente que a concessionária do Terminal XXI irá realizar, já no próximo ano, um investimento de cerca de 90 milhões de euros que irá quase que duplicar a capacidade instalada. As obras irão contemplar a construção de um novo cais de 210 metros e a aquisição de três novas gruas, sendo que a PSA prevê a criação de 250 novos postos de trabalho. Veja essa notícia aqui. por: Pedro Pereira
APP, 27 de junho de 2013
POTENCIANDO O PORTO DE MAR
Norte-americanos investem 27 ME e criam 500 postos de trabalho em Viana do Castelo Uma empresa norte-americana do ramo automóvel vai instalar uma fábrica em Viana do Castelo, num investimento de 27 milhões de euros que criará, até final do ano, 500 postos de trabalho, anunciou a autarquia. A proposta de constituição do lote necessário à instalação da unidade deste grupo, que produz acessórios para automóveis, foi aprovada segunda-feira em reunião quinzenal do executivo da Câmara de Viana do Castelo e diz respeito a 52 mil metros quadrados do Parque Empresarial de Lanheses, naquele concelho. «Esta empresa vai desenvolver uma estratégia de expansão internacional a partir de Viana do Castelo, potenciando o nosso porto de mar com uma atividade que é essencialmente para exportação», explicou o presidente da Câmara, José Maria Costa, acrescentando que, «numa altura de tantas dificuldades no país, esta, é uma grande aposta em Viana do Castelo». Contudo, José Maria Costa escusou-se para já a identificar o grupo, de origem norte-americana e que vai produzir transmissões para automóveis. O autarca disse ainda que a instalação desta fábrica será «concretizada com grande celeridade», por interesse dos investidores, até porque o projeto «já está aprovado» pela administração da empresa, devendo o contrato de investimento ser assinado no próximo mês. «Até ao final de julho teremos que disponibilizar os terrenos, para que eles iniciem as obras e para que, até ao final do ano, arrancarem com a laboração», rematou.
APP, 27 de junho de 2013 Algarve alvo de mega campanha oceanográfica em busca da sua biodiversidade Uma campanha oceanográfica de proporções pouco habituais no país está a decorrer até 11 de julho no mar do Algarve, com a participação de 80 pessoas, das quais metade são investigadores. A bordo do navio «Creoula», o objetivo é fazer um dos maiores levantamentos de sempre para estudar a cartografia e caracterizar as espécies e habitats marinhos da costa sul do Algarve, de modo a completar a informação relativa à biodiversidade marinha da zona. Segundo noticiou a Antena1, esta campanha que se estende de Vila Real de Santo António a Sagres, dedica especial atenção aos recifes de coral existentes ao largo da costa algarvia e que servem de abrigo e zona de alimentação para inúmeras espécies marinhas.