Recortes 123 28 06 2013

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Recortes nº 123 Índice – 28 de junho de 2013 • Mesmo sem decisões definitivas, já há um porto de contestação na Trafaria • Um comunicado da Comunidade Portuária de Setúbal • Bastonário dos Engenheiros também critica a Trafaria • Lisboa ganha ligação à costa Oeste da América do Norte • ETE realiza carga de clínquer em pleno Mar da Palha • Cimpor exporta 45 mil toneladas de cimento • Navio graneleiro escalou o porto de Lisboa • Porto de Lisboa recebe escala do novo serviço MPS • Refer admite rever datas de ligações dos portos a Espanha • PSA vai acertar com Governo detalhes do investimento para expandir Sines • Cruzeiros trazem mais 307 mil turistas do que em 2011 • Novo dono dos Estaleiros de Viana vai ficar definido em Outubro • Subconcessão dos ENVC avança em Julho

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PĂşblico, 28 de junho de 2013, pĂĄgs. 16 e 17



Revista de Marinha, 27 de junho de 2013


Transportes & Negócios, 27 de junho de 2013

Bastonário dos Engenheiros também critica a Trafaria O bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Matias Ramos, juntou a sua voz ao coro que protesta contra a projectada construção do terminal de contentores da Trafaria ou, pelo menos, contra a forma como foi decidida. "Sobre o projecto do Governo para o terminal de contentores da Trafaria, penso que o mais importante são as dúvidas que ressaltam. A questão principal é saber o que é que se pretende para o porto de Lisboa. É preciso saber se o transhipment é o mais adequado para o desenvolvimento do porto, da cidade de Lisboa e da economia nacional", disse, em declarações ao “DE”. Dúvidas tem também o bastonário dos Engenheiros quanto à localização decidida. "Acreditemos que o terminal de transhipment é a melhor solução para o porto de Lisboa. Coloca-se outra questão: a melhor posição para um terminal deste tipo será a Trafaria ou a Cova do Vapor?", referiu, criticando o facto de o Governo ter “imposto que se excluísse qualqueer intervenção no Bugio ou no fecho da Golada”. “Não se devem impor à partida restrições a visões integradas e dizer que não se pode fazer o fecho da Golada. Estude-se, analise-se e veja-se quais são os efeitos", reforçou. Carlos Matias Ramos referiu-se ainda à questão das acessibilidades terrestres, nomeadamente ferroviárias, e aos sobrecustos do encaminhamento das cargas da Trafaria para a zona Norte de Lisboa, onde se concentra o consumo.

E, finalmente, à questão dos custos. "O Governo diz que o terminal será um investimento totalmente privado, mas isso custa-me a crer. Quem faz investimentos deste tipo, tem de estar agarrado a operadores ou então já há um operador que garante esse investimento. Se o valor, entre cerca de 600 e 800 milhões de euros, já foi anunciado com tanta minúcia, parece que já está consolidado um operador e parece que já existe uma avaliação que permite sustentar esse valor", concluiu o bastonário.


Transportes & Negócios, 27 de junho de 2013

Lisboa ganha ligação à costa Oeste da América do Norte A partir de 9 de Julho, Lisboa será o primeiro porto europeu do Mediterranean Pacific Service (MPS), na ligação entre a costa oeste do Canadá, EUA e América Central e o Mediterrâneo. O MPS é operado conjuntamente pela Hapag-Lloyd e pela Hamburg Süd, com um total de 11 navios (9+2) de mais de 20 mil toneladas DTW. As escalas semanais em Lisboa acontecerão no terminal de Liscont. O porto da capital será apenas tocado no sentido eastbound, mas terá a vantagem de ser a primeira escala europeia. A rotação completa é a seguinte: Tacoma, Vancouver, Portland, Oakland, Los Angeles, Manzanillo (México), Manzanillo (Panamá), Cartagena, Caucedo, Lisboa, Tanger, Valência, Cagliari, Livorno, Génova, Fos, Barcelona, Valência, Cartagena, Manzanillo (México), Los Angeles, Oakland, Tacoma. Num comunicado emitido a propósito, a Hapag-Lloyd adianta que esta nova escala vem substituir o MCA (Mediterranean Canada Service), que voltou a tocar Lisboa em Janeiro passado (depois do interregno provocado pelas greves dos estivadores). Neste caso, a ligação é feita directamente à partida de Montreal. O último navio deste serviço deverá chegar depois de amanhã, dia 29, e será, curiosamente, o Lisbon Express. A primeira escala do novo serviço em Lisboa está prevista para 9 de Julho, com o Sofia Schulte.


Transportes & Negócios, 27 de junho de 2013

ETE realiza carga de clínquer em pleno Mar da Palha Uma carga de 45 mil toneladas de clínquer está a ser embarcada para exportação em pleno Mar da Palha, no porto de Lisboa, com o recurso a barcaças. A operação deverá demorar ainda alguns dias, com o cimento a ser transportado desde a unidade fabril da Cimpor, em Alhandra, até junto do graneleiro “Universal Barcelona”. Com um comprimento de 190 metros, 56 729 toneladas de TDW e uma capacidade de carga de 68 200 toneladas (em cinco porões), o navio é um Large Handymax, construído em 2011. Para movimentar as cargas possui quatro gruas de 30 toneladas. As operações de estiva e de transporte fluvial em barcaças estão a ser asseguradas pela ETE. O navio, fretado pela Cimpor, é agenciado pela Ocidenave. O cimento embarcado tem por destino os portos africanos de Tema (Gana) e de Freetwon (Serra Leoa). Da parte da administração portuária, acredita-se que o sucesso desta operação, de reltativa envergadura, poderá motivar outros embarques idênticos. Já esta semana, o porto da capital foi escalado por um graneleiro capesize, com 250 metros de comprimento e capacidade de transporte de cerca de 132 mil toneladas, que descarregou no terminal de granéis alimentares de Palença 34 mil toneladas de grão de soja.


Transportes em Revista, 27 de junho de 2013 27-06-2013

Através do porto de Lisboa

Cimpor exporta 45 mil toneladas de cimento A Cimpor vai exportar 45 mil toneladas de cimento, a partir de Alhandra, para o continente africano. O cimento será transportado por barcaça até ao porto de Lisboa, onde se encontra atracado o navio “Universal Barcelona”, estando a operação de carga da mercadoria a cargo do operador de estiva ETE. O navio graneleiro “Universal Barcelona”, fretado pela Cimpor para a realização deste transporte e agenciado pela Ocidenave-Navegação Lda., vai transportar 25 mil toneladas para a cidade de Tema, no Gana, e 20 mil toneladas para Freetown, na Serra da Leoa. O navio tem 190 metros de comprimento, 56,729 GT e capacidade até 68.200 toneladas. “Com o sucesso desta operação poderão suceder-se outros embarques idênticos, o que reflete as boas condições naturais para a atividade portuária existentes no porto de Lisboa”, refere a Administração do Porto de Lisboa. por: Laura Melgão


Transportes em Revista, 27 de junho de 2013

250 metros de comprimento

Navio graneleiro escalou o porto de Lisboa O navio graneleiro “Anangel Dawn”, da classe CAPESIZE, com 250 metros de comprimento e 61.504 GT, atracou, no passado dia 23 de junho, no terminal de granéis alimentares de Palença, concessionado à Sovena, no porto de Lisboa. A operação consistiu na descarga de 34 mil toneladas de grão de soja. Segundo a Administração do Porto de Lisboa (APL), este é o segundo maior navio a ser operado nesta instalação portuária, tendo capacidade para transportar 131.861 toneladas de grãos. O “Anangel Dawn” foi construído em 2011 nos estaleiros de Shanghai Shipyard, estando ao serviço do operador de transporte marítimo Oldendorff Carriers GmbH. O porto de Lisboa, sendo “líder nacional na movimentação de granéis sólidos alimentares, concorrendo neste mercado a nível Ibérico com o porto de Tarragona, congratula-se com a escala deste navio no porto, o qual certamente contribuirá para reforçar a liderança do porto de Lisboa neste importante segmento de carga, promovendo a atividade económica do país e da região”. Esta escala resulta do investimento privado da Sovena e do investimento público da APL, que em conjunto permitem a receção deste tipo de navios no porto de Lisboa. por: Laura Melgão


Transportes em Revista, 27 de junho de 2013

América do Norte e Mediterrâneo

Porto de Lisboa recebe escala do novo serviço MPS O porto de Lisboa, no âmbito da sua nova ligação à América do Norte, vai receber o navio “Sofia Schulte” no próximo dia 9 de julho, naquela que será a escala inaugural da nova linha regular “Mediterranean Pacific Service” (MPS). Esta escala vai ligar diretamente o porto de Lisboa a portos localizados no Mediterrâneo, América Central, Estados Unidos e Canadá. O novo serviço consiste numa “joint” entre a Hapag-Lloyd e a Hamburg Sud e será composto por 11 navios, com arqueação bruta superior a 20 mil GT. A nova linha regular de navegação vai passar a escalar semanalmente o terminal de contentores de Alcântara do porto de Lisboa, concessionado ao operador Liscont, disponibilizando um serviço de transporte marítimo que passa por vários portos. O porto de Lisboa refere ainda que esta linha utiliza o Canal do Panamá, para ligar o continente Europeu à costa Oeste da América do Norte. “O porto de Lisboa congratula-se com este novo serviço que irá proporcionar às empresas portuguesas a possibilidade de potenciar as suas exportações, contribuindo assim para o desenvolvimento da economia nacional”, acrescenta a Adiministração do Porto de Lisboa. por: Laura Melgão


Di谩rio Econ贸mico (online), 28 de junho de 2013


Di谩rio Econ贸mico (online), 28 de junho de 2013


Jornal i (online), 28 de junho de 2013

Cruzeiros trazem mais 307 mil turistas do que em 2011

Segundo o SEF, em 2012 passaram pelos portos nacionais mais 307 mil pessoas do que em 2011. Aumento poderá estar relacionado com conflitos no Mediterrâneo. Número de passageiros nos aeroportos portugueses também aumentou No ano passado, passaram pelos portos portugueses mais de dois milhões de passageiros, o que representa um aumento de 307 mil pessoas em relação a 2011. O número faz parte do Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo (RIFA) do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que também aponta para um aumento do número de estrangeiros que em 2012 passaram pelos aeroportos portugueses: mais 30 mil que no ano anterior. No caso dos portos, o maior aumento diz respeito às escalas de navios-cruzeiro, que totalizaram 93,8% do total de passageiros. Um fenómeno que tem a ver, segundo explicou ao i uma fonte do SEF, com "os conflitos que têm vindo a acontecer em vários países do Mediterrâneo e à insegurança sentida na Grécia". Factores que estarão a levar as empresas de cruzeiros a apostar em novas rotas comerciais, que passam por Portugal. Já no que diz respeito ao aumento de passageiros nos aeroportos, o território nacional continua a ser uma plataforma de acesso a outros países da Europa. "Nota-se um aumento do fluxo de passageiros provenientes de países africanos, como Mali, que tentam chegar, através de Portugal, a países europeus como a Itália", explica a mesma fonte. Por outro lado, Lisboa passou a ter, no ano passado, voos diários para o Médio Oriente - o que terá contribuído para que um maior fluxo de passageiros no aeroporto. No total, e de acordo com os dados disponibilizados no relatório anual do SEF, foram controlados nos aeroportos nacionais mais de 9,7 milhões de passageiros, enquanto que pelos portos portugueses passaram, em 2012, mais de dois milhões de pessoas (mais 14,8% que no ano anterior). Um aumento que contrasta com a diminuição significativa do


número de imigrantes estrangeiros a viver em Portugal: no espaço de um ano, quase 20 mil estrangeiros abandonaram o território nacional. CRIMINALIDADE No ano passado, também de acordo com o RIFA, foram instaurados 299 inquéritos-crime - menos 30% que em 2011 - que começaram com investigações do SEF. A falsificação de documentos, o auxílio à imigração ilegal e os casamentos por conveniência foram os crimes com maior expressividade. No total, o SEF deteve 103 pessoas, tendo constituído 464 arguidos - a maioria portugueses e brasileiros. Mais de 90 arguidos estarão alegadamente envolvidos em redes de casamentos por conveniência e 58 vão responder por uso de documentos falsos. No que diz respeito ao capítulo do auxílio à imigração ilegal, 87 pessoas acabaram constituídas arguidas. Como um casal que angariava brasileiros ilegais em Portugal para trabalharem como dentistas - sem que tivessem habilitações para o efeito - em clínicas dentárias sem licença. O casal foi condenado a penas de prisão com penas suspensas. O SEf também desmantelou uma rede liderada por uma contabilista portuguesa que, ajudada por dois egípcios, arranjava falsos títulos de residência a estrangeiros. O esquema passava pela criação de empresas fictícias e falsas moradas - que serviam de base à emissão dos documentos falsos. A investigação culminou com 11 arguidos, condenados pelos crimes de associação criminosa, auxílio à imigração ilegal e falsificação e contrafacção de documentos. Numa outra investigação, foi apanhado um casal de ucranianos, legalizados em Portugal mas a viver em Espanha, que fornecia documentos falsos a estrangeiros - desde cartas de condução a títulos de residência - através do arranjo de casamentos por conveniência. O caso acabou com sete pessoas constituídas arguidas - quatro delas foram condenadas - por auxílio à imigração ilegal, atestado falso e falsificação e contrafacção e documentos. A investigação contou com a colaboração das autoridades espanholas. MAIORIA DE ILEGAIS SÃO BRASILEIROS No ano passado, ainda segundo o relatório anual, o SEF instaurou 34307 processos de contra-ordenação, dos quais 35% por permanência irregular no país, 4,7% por falta de declaração de entrada, e 1,7% pelo exercício de actividade profissional não autorizada. Os imigrantes ilegais em Portugal continuam a ser, na sua maioria, brasileiros. Por outro lado, foi negada a entrada a 1246 estrangeiros, quase todos no controlo feito nos aeroportos e provenientes maioritariamente do Brasil, de Angola, do Mali, do Senegal e da Nigéria. O relatório anual da actividade do SEF refere ainda que, no ano passado, os pedidos de asilo registaram um aumento de 8,73%, ascendendo a 299 solicitações. No total, Portugal concedeu 14 estatutos de refugiados e 95 autorizações de residência por razões humanitárias - maioritariamente a cidadãos oriundos de países africanos.


Di谩rio Econ贸mico (online), 28 de junho de 2013


Transportes & Negócios, 27 de junho de 2013

Subconcessão dos ENVC avança em Julho O Governo alterou hoje, em Conselho de Ministros, o contrato de concessão entre o Porto de Viana do Castelo (APVC) e os ENVC, primeiro passo para avançar, em Julho, com o processo de subconcessão dos estaleiros. De acordo com a decisão de hoje, foi rectificada a “área de concessão dominial atribuída à ENVC” e afectados à área de jurisdição da APVC os terrenos, edifícios e equipamentos que hoje são instalações dos estaleiros. Ao mesmo foi revisto o contrato de concessão entre a APVC e a ENVC, para permitir a subconcessão “para a instalação de actividades industriais de construção e reparação de navios”. A exemplo do que já se verifica com a Enercon (fabrico de componentes para aerogeradores eólicos). No final da reunião do Executivo, o ministro da Defesa, que tutela os ENVC, disse que “a decisão do Conselho de Ministros é o passo decisivo para o objectivo de resolvermos o problema dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo”. Para José Pedro Aguiar-Branco, a subconcessão da actividade é a melhor solução para que “naquela região se mantenha ou possa manter actividade industrial”. “Esta decisão vai ao encontro da melhor solução para Viana e para os trabalhadores”, reforçou. Segundo o ministro, o concurso para a subconcessão será lançado em Julho, prevendo-se a decisão final para Outubro. Assim haja candidatos. Os brasileiros da Rio Nave e os russos da RSI Trading já manifestaram o interesse de princípio no concurso, dependendo das condições impostas. Segundo o Governo, a subconcessão é a única forma de “salvar” os estaleiros de Viana do Castelo, uma vez que a ENVC está condenada por causa dos 180 milhões de euros de ajudas de Estado que recebeu e que teria de devolver caso se mantivesse em actividade.


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