Cultura.Sul
Quinzenalmente com o POSTAL em conjunto com o
JULHO 2018 | n.º 117 www.issuu.com/postaldoalgarve
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Editorial
Missão Cultura
Algarveaorubro
Imagem, memória e património imaterial d.r.
Maria Simiris Jornalista mariasimiris.postal@gmail.com
O Algarve não é apenas sinónimo de praias na época balnear. Prova disso são os inúmeros eventos que irão ocorrer um pouco por toda a região nos próximos dias. Dia 20 de Julho, sexta-feira, inicia o “Salir do Tempo”. Decorre até domingo, dia 22, e leva à vila serrana um mercado medieval, numa autêntica viagem ao passado do tempo das lutas entre Mouros e Cristãos. O Festival Internacional do Caracol, faz as delícias de Castro Marim entre os dias 20 e 23 de Julho, com concertos e animação de rua. Ainda no mesmo fim-de-semana, nos dias 22 e 23, a Feira da Serra de São Brás de Alportel apresenta a alfarroba e o chocolate da serra como destaques gastronómicos. Já no barlavento algarvio, na cidade de Portimão, decorre o Festival da Sardinha, entre os dias 1 e 5 de Agosto. Matias Damásio e Raquel Tavares são alguns dos artistas que sobem ao palco. Por fim, e já até ao dia 1 de Setembro, a cidade de Tavira apresenta um Verão recheado com concertos. O algarvio Diogo Piçarra será um dos convidados a animar a noite. l
Direção Regional de Cultura do Algarve
No Ano Europeu do Património Cultural, a Direção Regional de Cultura do Algarve (DRCAlg) tem mantido o seu mote, entre outros, na valorização, salvaguarda e inventariação do Património Cultural Imaterial (PCI) da região. Esta temática já deu origem, no início deste mesmo ano, à organização de um Curso Breve, assim como ao lançamento, em março último, da página Algarve Imaterial (https://algarveimaterial. wordpress.com/), um projeto desenvolvido pela Rede de Museus do Algarve, do qual esta DRCALg faz também parte. A adesão e o interesse demonstrados por estas iniciativas geraram a necessidade de se promoverem mais ações que despertem a participação de todos de uma forma alargada, para que em conjunto com a comunidade possamos ser efetivos promotores desta consciência cultural de valorização e salvaguarda da memória e da identidade, e a temática do Património Cultural Imaterial possa adquirir novas dinâmicas. Neste sentido, vai esta DRCAlg desenvolver no mês de Julho uma ação de sensibilização para dar a conhecer o modelo de gestão da informação que está em desenvolvimento no Museu do Traje de São Brás de Alportel e aprofundar o conhecimento do projeto “FMId - Fotografia, Memória e Identidade”, que ocorre naquele lugar todas as quintas-feiras, e que conta com a participação da comunidade local. O Museu do Traje de São Brás de Alportel organizará esta sessão em partilha com a Direção Regional de Cultura do Algarve. Caso deseje informação adicional contacte-nos pelo: geral@cultalg.gov.pt.
Museu do Traje tem uma base de dados que contém cerca de 50 mil imagens de famílias são-brasenses SOBRE O PROJETO: Projeto “Fotografia, Memória e Identidade” (FMId) Excerto de: Sujeitos do Património: Os Novos Horizontes da Museologia Social em São Brás de Alportel (Sancho Querol, 2014). Informação adicional: http://www. museu-sbras.com/docs.html Criado em 2009 como um exercício de arqueologia memorial em torno do território do concelho de São Brás, o projeto FMId permite descodificar outros segmentos do DNA patrimonial local, entre os quais se encontram: saberes tradicionais, história e memória local, usos equilibrados dos recursos locais, formas
de economia alternativas, de organização comunitária, etc. Neste processo, o Museu assume o papel de mediador junto da população local. Objetivo(s): Trabalhar as memórias visuais do território a partir dos arquivos de fotografias das famílias do concelho, visando a construção de um imenso álbum da comunidade capaz de descodificar cartografias culturais, sociais, rurais e urbanas, há muito tempo esquecidas e fundamentais para a compreensão/construção de um presente com vista para o futuro. Simultaneamente, foi criada uma base de dados que contém hoje cerca de 50 mil imagens representativas
de 400 famílias do concelho e zonas limítrofes. É por isso que Museu e comunidade confluem na ideia de terem conseguido criar, com o tempo, uma “conta corrente da memória” para cada uma das famílias locais. Na verdade, a tipologia da documentação integrada nos processos familiares tem vindo a diversificar-se, passando atualmente a integrar também correspondências, documentos legais, registos vídeo e áudio, etc., num processo muito dinâmico a que não são alheias as alterações familiares, por exemplo os nascimentos, casamentos e óbitos (cf.: www.museu-sbras. com/grupo-fotos.html). l
Juventude, artes e ideias
A animação volta à baixa de Olhão
Jady Batista
Marketing Digital
A animação volta à baixa de Olhão, depois do sucesso da II FLO - Feira do Livro de Olhão, que decorre no Jardim Patrão Joaquim Lopes, até este sábado, 21 de julho, pelo quarto ano consecutivo, Olhão volta a ser palco do Festival Pirata. De 31 de julho a 3 de agosto, a zona ribeirinha envolve-se no quotidiano pirata, povoado por personagens de época. Nesta IV edição, a organização vol-
ta a apostar num evento diferenciado, com animação, fogo, lutas, dramatizações, música e dança. O festival decorre entre as 17 e às 24 horas, com um mercado pirata frente aos Mercados de Olhão, animação por toda a baixa e, a terminar cada dia do evento, um espetáculo frente ao caíque Bom Sucesso. O Festival Pirata de Olhão é uma iniciativa da Câmara Municipal e da Empresa Municipal Fesnima, organizada em
parceria com a Companhia de Teatro Viv’arte. A entrada é livre. Para terminar o mês em grande, a IV Edição das Noites de Levante volta a trazer muita animação à baixa da cidade, de 23 a 25 de agosto. Durante os três dias do evento, o público é convidado a ser surpreendido com momentos de pura magia numa mistura de cor, som, luz e fogo. A animação começa às 18 horas,
na Avenida da República, e termina por volta da meia noite, junto aos Mercados. Com as Noites de Levante, a autarquia pretende dinamizar vários pontos da cidade, nomeadamente na zona ribeirinha, com atividades de caráter lúdico, sem esquecer a vertente cultural, ao mesmo tempo que convida a sair à rua residentes e turistas de férias na cidade cubista. l