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Director Henrique Dias Freire • Ano XXV • Edição 1089 • Semanário à sexta-feira • 5 de Outubro de 2012 • Preço € 1
em foco 2 Piloto arrasa opção de levar heli do inem para beja 3 Isilda gomes é a cara do ps na corrida a portimão 4 castro marim refuta fusão
às Sextas em conjunto com o Público por €1,60
intermunicipal 5 rota dos descobrimentos junta algarve e andaluzia 6 escutas de tavira com nova viatura 8 Classificados 10
Heli do INEM em Beja deixa Algarve desprotegido
Num exclusivo ao POSTAL um piloto que opera helicópteros arrasa a decisão do Governo de transferir o helicóptero do INEM para Beja e deixar a fazer emergência o Kamov da protecção civil que é “incapaz de aterrar na grande maioria dos locais para prestar socorro” p. 3
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Algarvios vão pagar mais na Via do Infante
ricardo claro
> G overno sai a ganhar com novo regime de tarifas > Saiba quanto vai pagar por cada troço da A22 p. 2
Agricultura:
PS vai à luta em Portimão com Isilda Gomes
p. 4
ricardo claro
Vítimas de temporal recebem ajuda do Estado Temporal em Faro: Ventos ciclónicos destruíram muito no ano passado em Faro e arredores. Agricultores começam agora a receber as ajudas do Governo > 3 PUB
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2 | 5 de Outubro de 2012
em foco
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Corte nas portagens sem benefícios Conheça quanto custa usar a A22 no novo regime
Terminou no passado do-
mingo o regime de isenções que vigorou para os residentes do Algarve no que respeita às portagens introduzidas na Via do Infante (A22) a 8 de Dezembro de 2011. O direito que os residentes na região tinham de isenção em dez viagens por mês chega ao fim e põe termo ao regime de discriminação positiva regional que a União Europeia já havia avisado não admitir face à legislação comunitária. O Governo evitou assim multas por parte da Comissão Europeia por violação das normas comunitárias e altera o regime de portagens aplicando uma redução generalizada de 15% sobre todas as tarifas, quer na A22, quer nas restantes ex-SCUTs do país. A baixa de preços anunciada pelo secretario de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro, fixa um regime único de cobrança de portagens, para nacionais e estrangeiros, residentes e não residentes, mas perde a oportunidade de fazer os reclamados ajustes tendo em conta as especificidades de cada região e a sua situação e enquadramento económico-social. O Governo falha ainda a oportunidade de aplicar um regime que efectivamente, e de forma comprovada, garanta que a receita cobrada corresponde àquilo que se espera de uma cobrança de receita por parte do Estado, a máxima receita atingível com o menor encargo possível para quem a suporta. A redução de 15% é feita a nível nacional, não tem em atenção qualquer ponderação regional e deixa por provar a eficiência da Administração Central na cobrança de portagens nas ex-SCUTs.
Estado cobra mais A descida de 15% nas portagens é um facto e para os não residentes representa sempre uma poupança, mas se isto é verdade para nacionais não residentes
ÔÔ Sérgio Silva Monteiro anunciou descida no Algarve e para os turistas, uma vez que não beneficiavam de isenções no anterior regime, para os residentes a mesma verdade não tem aplicabilidade. No caso dos residentes que usavam esporadicamente a A22, menos de 10 vezes por mês, e tinham acesso ao regime de isenção, o acréscimo de custos é total. Antes não pagavam até dez viagens e agora pagam sempre a tarifa reduzida em 15%. Eis que o Estado começa a facturar mais do que anteriormente. Nos casos dos utilizadores frequentes, o POSTAL fez as contas e o Estado sai sempre a ganhar com o novo regime.
Na prática é sempre mais caro No caso de um traba-
lhador com um carro classe 1 que use a A22, 22 dias por mês entre Faro e Portimão, tinha no anterior regime um custo diário de viagem (ida e volta) de 10,10 euros, somando mensalmente um encargo de 222,20 euros. Com a isenção de dez destas viagens o condutor poupava 50,5 euros, o que fixava o encargo mensal final em 171,70 euros. No novo regime a mesma rotina passa a custar 189,64 euros, mais 17, 95 euros por mês. A mesma rotina para um condutor de um veículo classe 3 custaria ao utilizador com uso de isenções um encargo mensal de 389,30 euros e com o novo
regime custa 428,56 euros, mais 39,26 euros por mês. No caso de uma ligação Albufeira / Espanha para um trabalhador que use a Via do Infante 22 dias por mês com um veículo classe 2, no anterior regime teria um custo diário (ida e volta) de 24,40 euros, somando mensalmente um encargo sem isenções de 536,80 euros. Aplicada a isenção o encargo mensal descia no anterior regime para 414,80 euros mensais. No novo regime o mesmo condutor suporta 467,72 euros mensais de portagens, mais 52,92 euros por mês. Já um classe 4 na mesma rotina pagava por mês com isenções incluídas 593,30 euros e passa agora a pagar 652,52 euros, mais 59,22 euros por mês. O estado tem sempre maior receita e a queda de 15% nas tarifas prejudica sempre o utilizador que tinha direito a isenções.
Turistas poupam mas o custo continua elevado No caso
dos turistas, que nunca beneficiaram de isenções, o POSTAL analisou as ligações Espanha / Albufeira e Espanha / Lagos, dois dos destinos preferidos pelos espanhóis que visitam o Algarve. No primeiro caso, para um carro classe 2 o turista desembolsava numa visita ao Algarve (ida e volta) 24,40 euros de portagens e passa a gastar 21,26 euros para o mesmo percurso. Poupa 3,14 euros, mas paga ain-
da assim mais de 20 euros por circular na auto-estrada que tem piores condições que a via congénere no lado espanhol que é grátis. No caso da ligação a Lagos, o turista desembolsava entre a ponte do Guadiana e a cidade do Infante numa viagem de ida e volta 23,20 euros no anterior regime e a partir de agora gastará 19,78 euros, uma poupança de 3,42 euros. Mas, uma vez mais, para visitar o Algarve o turista que veio de Espanha em auto-estradas gratuitas pagará pela A22 quase 20 euros numa visita ao Algarve.
As reacções de PS e PSD Para
o deputado social-democrata eleito pelo Algarve para a Assembleia da República, Cristóvão Norte, “o Governo perdeu a oportunidade de maximizar a receita com a cobrança de portagens na A22”. De acordo com o deputado, “está por provar que o Estado se baixasse substancialmente as portagens na Via do Infante não obteria maiores receitas e ganhos na mobilidade e na economia”, uma ideia de que diz “estar convencido”. “A falta de estudos nesta matéria deita por terra a oportunidade do Estado maximizar a receita com o menor encargo possível para a população”, diz Cristóvão Norte, que classifica de mera redução a descida de 15% nas tarifas. O parlamentar espera ainda que o valor poupado pelo Estado nas obras que não fará na requalificação da EN 125 venha a ser utilizado no reforço da redução das portagens da A22. Antonio Eusébio, líder regional do PS, diz que “a redução apresentada pelo Governo é insuficiente e não recuperará o tráfego na A22, nem minorará a sobrecarga da EN 125 e o efeito da mesma em termos de qualidade de vida das populações e de sinistralidade rodoviária”. Para o líder socialista, “a medida, não obstante a redução de 15%, penaliza fortemente os algarvios e a economia regional numa atitude que mostra a falta de rumo do executivo nestas matérias quanto à região”.
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Legenda:
Portagem anterior regime Portagem actual regime
Reacções:
ÔÔ António Eusébio (PS/Algarve) “A redução apresentada pelo Governo é insuficiente e não recuperará o tráfego na A22, nem minorará a sobrecarga da EN 125”
ÔÔ Cristóvão Norte (Deputado do PSD) “A falta de estudos nesta matéria deita por terra a oportunidade do Estado maximizar a receita com o menor encargo possível para a população”
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5 de Outubro de 2012 | 3
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Piloto arrasa opção de levar heli do INEM para Beja Razões técnicas apontam para erro grosseiro na deslocação do meio de socorro Ricardo Claro ricardoc.postalgmail.com
O helicóptero do INEM que se encontrava estacionado no heliporto de Loulé foi na passada segunda-feira deslocado definitivamente para Beja, no âmbito do reordenamento dos meios aéreos de socorro nacionais feito pelo Governo. O Algarve perde assim um meio aéreo ligeiro de socorro do INEM capaz de operar em toda a região e de responder às necessidades de residentes e turistas em caso de emergência e no seu lugar o Governo deixa um aparelho da proteção civil que, de acordo com um piloto de helicópteros habituado a operar estes meios em Portugal, ouvido pelo POSTAL, não responde de todo às necessidades. O heli do INEM O helicóptero
do INEM que foi transferido de Loulé para Beja, um Augusta Westland A109E, certificado
para operações de emergência médica deixa o Algarve sem um meio eficiente de transporte urgente de doentes de cenários de emergência para os hospitais e de transporte entre os hospitais da região e os hospitais centrais de Lisboa. A partir de Loulé o Augusta podia operar em qualquer região do Algarve e seguir para Lisboa sem necessidade de reabastecer, recolhesse doentes num cenário de emergência ou num hospital. A partir de Beja, a fonte do POSTAL, que pediu anonimato, garante que o Augusta terá sempre de reabastecer para fazer um transporte, quer para os hospitais da região, quer destes ou de um cenário de emergência para Lisboa. Para chegar ao Algarve o Augusta levará sempre pelo menos 35 minutos, avança a mesma fonte, e o socorro será assim sempre mais demorado. Por outro lado, em 29 meses de destacamento em Loulé o
d.r.
ÔÔ Augusta Westland A109E, o helicóptero que foi para Beja Augusta fez 480 missões, das quais 87% tiveram como cenário o Algarve e apenas 11% o Alentejo. O heli agora deslocado é, afirma a fonte do POSTAL, o único que na região poderia operar em qualquer cenário aterrando em estradas ou nas ilhas da Ria Formosa, e numa pluralidade de localizações
que lhe permitiam ser um meio eficiente de resposta. Para além de estar preparado de raiz para ser um meio de emergência médica com total capacidade para o transporte de doentes graves, nomeadamente neo-natais.
Kamov não responde às necessidades De acordo com o
piloto contactado pelo POSTAL, um especialista na operação de Augustas Westland e Kamovs, o Kamov da protecção civil é inoperacional na prática em casos de socorro em emergência médica. Para o piloto, o Kamov não pode aterrar fora de heliportos ou zonas de aterragem de grandes dimensões e de estrutura similar a um heliporto. “Nunca como piloto aterraria um Kamov numa estrada como a EN 125, porque o perigo de causar danos a terceiros é enorme”, refere a fonte do POSTAL, que sublinha que, “um Kamov pode virar um autocarro com o impacto da aterragem”. Já nas ilhas barreira o Kamov aterra, diz o piloto, “mas dificilmente volta a levantar voo, porque fica com o trem de aterragem atascado, dado o enorme peso da aeronave”. No que respeita à autonomia, acrescenta, o Kamov não pode operar em todo o Algar-
ve e dirigir-se de imediato a Lisboa sem reabastecer. Facto a que se soma “a incapacidade de fazer transporte de doentes neo-natais” e a situação de “estar equipado com um kit médico adaptado que não oferece a mesma capacidade de resposta do que o instalado no Augusta”, garante. Na resposta de socorro, finalmente, o piloto destaca o tempo “gigantesco” necessário para levantar o Kamov para uma operação de socorro.
ricardo claro
to de permitir que a partir de uma situação negativa se promova a reestruturação das infra-estruturas e se actualize os meios de produção. O POSTAL apurou ainda junto do secretário de Estado que para os agricultores que não puderam avançar com as obras por falta de capital e incapacidade de disponibilização de crédito pela banca, “o Governo está a a preparar uma linha de crédito no âmbito do alargamento do programa PME Empresas à Agricultura”. “Dentro de um mês estaremos a responder a essas necessidades”, avançou José Diogo Albuquerque.
AMAL coNtra deslocalização A Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) manifestou-se entretanto contra a decisão do Governo e António Eusébio, vice-presidente da AMAL e líder regional do PS, afirmou ao POSTAL que “o Governo, uma vez mais, optou por marginalizar o Algarve na área da saúde” e “persiste numa política para a região desfasada da realidade”, sublinha.
Governo entrega ajudas a agricultores
Vítimas do temporal de 2011 em Faro recebem apoio Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com
José Diogo Albuquerque,
secretário de Estado da Agricultura, visitou recentemente o Algarve e assinou com os agricultores afectados pelo temporal de Outubro do ano passado os contratos de ajuda do Governo para a recuperação dos estragos causados pela intempérie. Na reconstrução de 20 hectares de estufas que, de acordo com o director regional de Agricultura, Fernando Severino, abrangem 20 explorações agrícolas, os fundos desbloqueados pelo Governo atin-
gem um montante de mais de 881 mil euros, uma ajuda a 75% de fundo perdido face ao montante elegível. Para Fernando Severino, em declarações ao POSTAL, a ajuda que tardou um ano em chegar veio dentro daquele que era o tempo possível, uma vez que o temporal foi no Outono e não se sabia se haveria durante o Inverno outros casos no país que justificassem a aplicação dos fundos agora utilizados de forma mais partilhada.
Eficácia da DRAP Algarve confirmada Numa posição
partilhada pelo secretário de
Estado, o director regional realça que a direcção regional trabalhou incansavelmente para conseguir o melhor apoio para os agricultores afectados no mais curto espaço de tempo. “Só depois de passado o Inverno poderia ser desbloqueada a verba e foi exactamente isso que aconteceu”, reforça o responsável regional da Agricultura. Quanto ao grau de efeitos secundários do temporal sobre a produção, o director regional não afasta a sua existência em estufas que podem ser utilizadas para várias sementeiras durante o ano, mas sublinha que “muitos agricultores já fi-
ÔÔ José Diogo Albuquerque, secretário de Estado da Agricultura zeram o investimento e estão a operar”, cabendo agora apenas ao Estado entregar o dinheiro
referente aos apoios. As verbas, nota o responsável algarvio, têm ainda o efei-
4 | 5 de Outubro de 2012
região ACRAL abre apoios às empresas exportadoras ÔÔ Está aberto o concurso para a internacionalização no âmbito da qualificação de pequenas e médias empresas tendo em vista a promoção e reforço da sua competitividade, assegurando uma maior orientação dos produtos internos para a procura externa. As empresas seleccionadas vão poder integrar as Missões Empresariais beneficiando dos incentivos do QREN. João Rosado, presidente da Associação de Comércio da Região do Algarve ACRAL), afirma que “atendendo ao momento crítico que o comércio atravessa abrimos esta candidatura a empresas de produção, comércio e distribuição agroalimentar, a empresas ligadas às indústrias criativas, audiovisuais e multimédia e a empresas na área da construção e serviços. Estamos a apostar no sector agroalimentar, onde se encontram os produtos típicos da região, como os frutos secos, a laranja, o medronho e os enchidos, por considerar que este é um sector estratégico para alavancar a economia da região, bem como, o nicho da gastronomia que é complementar ao segmento do Turismo”. O mesmo responsável acrescenta que “nesse sentido considera a Direcção Regional de Agricultura e Pescas, a Direcção Regional de Economia e a Associação de Turismo do Algarve parceiros estratégicos deste processo”. Sobre o processo de internacionalização, João Rosado é da opinião que “a melhor exportação que fazemos é aquela que os nossos visitantes levam nas suas memórias paliativas e sensoriais”. Com vista a assegurar a divulgação mais ampla possível, a ACRAL está a contactar todos os municípios da região e direcções regionais. Numa primeira fase a ACRAL está a apurar o valor da fileira regional e numa segunda fase vai proceder à selecção das empresas candidatas.
Rota dos Descobrimentos junta Algarve e Andaluzia pág. 6
Isilda Gomes é a cara do PS na corrida a Portimão Luís Carito ganhou a concelhia mas cede na candidatura à Câmara d.r.
Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com
Que vencer uma concelhia do PS não é garantia de ser candidato à presidência da Câmara teoricamente já todos sabiam, mas que depois de uma vitória na concelhia um vice-presidente em exercício tivesse de recuar numa candidatura que desejava parece menos natural. Mas tudo ganha uma nova dimensão quando a candidata a ser escolhida pelos socialistas de Portimão dá pelo nome de Isilda Gomes. A peso pesado do PS/Algarve, ex-governadora civil do distrito é, segundo confirmaram ao POSTAL fontes próximas do processo de escolha do candidato à autarquia, “o rosto que vai comandar a luta pela manutenção do PS no poder” em terras do Arade.
Luís Carito cede passagem a Isilda Gomes Luís Carito cede passagem à figura de proa do PS/Portimão e, mesmo contra
ÔÔ Fontes confirmam Isilda Gomes como candidata à presidência da Câmara de Portimão outros dois candidatos ao lugar de cabeça-de-lista às autárquicas, as fontes ouvidas pelo POSTAL dão como certa a escolha de Isilda Gomes para encabeçar a luta pelos socialistas. Ouvida pelo POSTAL, Isilda Gomes assume-se “apenas” como “candidata a candidata”, mas não nega a vantagem face aos seus opositores internos, afirmando que regista “com
agrado a certeza das fontes do POSTAL”. “Só me pronunciarei como candidata quando os meus camaradas me legitimarem nessa posição”, o que o POSTAL sabe estará para muito breve, depois de, no passado fim-de-semana, terem sido aprovados os termos em que a selecção dos candidatos socialistas será feita a nível
nacional. Entretanto Isilda Gomes afirma-se a “trabalhar para que os meus camaradas depositem em mim a confiança para ser candidata à presidência da autarquia”, uma tarefa que aceita, apesar de se adivinhar “duríssima”, mas para a qual conta, diz, “com o apoio dos socialistas e de todos os portimonenses”.
Candidatura de unidade Numa candidatura à posição de cabeça-de-lista que afirma estar apostada “na unidade dos socialistas”, Isilda Gomes não esconde que “gostava de ser a candidata de todos os militantes do PS de Portimão”. Quanto à pesada herança que receberá – uma autarquia com um dos maiores desiquilíbrios financeiros do país – Isilda Gomes não ignora o trabalho que se avizinha, mas sublinha, “a minha vida política não foi feita de facilidades”. Pela frente Isilda Gomes terá Pedro Xavier, o social-democrata candidato à presidência da Câmara que recusa coligações, num afastamento ao que parece definitivo duma possível aliança com o CDS-PP. O jovem economista ficará frente-a-frente com a experiência política de Isilda Gomes e o domínio dos corredores da causa pública acumulado ao longo de anos daquela que é um dos nomes incontornáveis do PS/Algarve.
Clube luta contra a falta de dinheiro e quer época de sucesso em andebol
Vela de Tavira quer dar volta à crise Pedro Ruas/Ricardo Claro pedror.postal@gmail.com
O Clube de Vela de Tavira (CVT) partiu para a nova época com uma nova direcção, que tomou posse em Agosto, liderada por Carlos Botelho que faz agora ao POSTAL uma projecção dos desafios futuros da instituição. Contando com mais 150 atletas nos diferentes escalões, o clube de andebol inicia a temporada com um conjunto de desafios desportivos e, fundamentalmente, financeiros. A conjuntura financeira actual é, segundo o presidente do CVT, “o principal desafio com que se depara a direcção do clube, visto não poder contar com os apoios autárquicos, não obstante a garantia de patrocínio das deslocações, feita
pelo edil Jorge Botelho”. Contudo, Carlos Botelho diz ao POSTAL que, apesar das dificuldades que o clube atravessa, o objectivo principal passa por “garantir a continuidade dos escalões de formação”. Com apenas um mês de trabalho “não se esperam efeitos imediatos” que resolvam a questão financeira adversa, mas garante estar a trabalhar “no sentido de reunir o maior número de patrocínios” que garantam o orçamento anual “estimado em 96 mil euros”. A nova direcção diz estar apostada em descobrir “novas formas de rendimento para o clube” e avança com uma campanha de angariação de sócios que, “por 2.50 euros mensais”, passam a beneficiar de vantagens e descontos no comércio
d.r.
ÔÔ Equipa de seniores masculinos disputa a II Divisão Nacional e serviços locais. Outra plataforma recentemente criada é o novo sítio do clube na internet, www.veladetavira.com.
CVT aposta no sucesso desportivo No plano desportivo,
o presidente mostra-se “bastante optimista”. A equipa de
seniores masculinos disputa a II Divisão Nacional e Carlos Botelho está “confiante na manutenção”. Enaltecendo a “prata da casa” que compõe o plantel, o dirigente considera o grupo “motivado, coeso e unido na luta pela permanência”. Nos restantes escalões, o
presidente destaca a “garra, união e força” dos jovens do clube e antevê uma “época com bastantes sucessos desportivos”. “Os juvenis, por exemplo, parecem-me ter equipa para atingir a fase final do campeonato nacional e até, possivelmente, vencê-la”, sublinha. O dirigente congratula-se ainda com a estrutura técnica do clube, que considera, sem excepção, “de total dedicação e envolvida de corpo e alma com o andebol”. Por fim, o actual presidente apela aos tavirenses que “apoiem o CVT no pavilhão e se tornem sócios, até porque há vantagens reais ao fazê-lo”. Este fim-de-semana há dupla jornada a disputar amanhã, sexta-feira, e sábado no Pavilhão Eduardo Mansinho.
5 de Outubro de 2012 | 5
região
Rota dos Descobrimentos junta Algarve e Andaluzia pág. 6
Castro Marim refuta fusão intermunicipal Assembleia Municipal de Vila Real alvo de moção de protesto Pedro Ruas/Ricardo Claro pedror.postal@gmail.com
A Assembleia Municipal (AM) de Castro Marim votou por unanimidade uma moção de protesto e indignação, proposta pelo PSD, contra a proposta do PS/Vila Real de Santo António, que defendeu a fusão dos municípios de Vila Real, Castro Marim e Alcoutim. A proposta dos socialistas vila-realenses vingou em sede de AM em Vila Real com 18 votos favoráveis (quatro do PS e 14 do PSD), três votos contra (dois da CDU e um do PSD) e duas abstenções (ambas do PSD). A moção agora aprovada em
Castro Marim condena indirectamente a decisão assumida na AM de Vila Real e põe em oposição a bancada social-democrata de Castro de Marim e os 14 deputados do PSD/Vila Real que votaram favoravelmente a proposta socialista. Da mesma forma, também entre os socialistas castromarinenses e vila-realenses não há consenso, uma vez que os deputados do PS/Castro Marim também se opuseram à proposta do PS/Vila Real, votando favoravelmente a moção do PSD de Castro Marim.
Moção castromarinense aprovada por unanimidade
d.r.
ÔÔ José Estevens condena atitude dos deputados vila-realenses Recorde-se que a AM de Vila pub
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE TAVIRA EDITAL JOSÉ OTÍLIO PIRES BAIA,Presidente da Assembleia Municipal de Tavira TORNA PÚBLICO, que em sessão ordinária da Assembleia Municipal de Tavira, realizada no dia 28 de setembro de 2012, foram tomadas as seguintes deliberações: 1.Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 125/2012/CM, referente à aquisição de serviços tipográficos para execução de bilhetes para os transportes urbanos de Tavira – Repartição de encargos; 2.Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 141/2012/CM, referente à 2ª. Revisão ao Orçamento; 3..Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 143/2012/CM, referente à determinação das taxas de Imposto Municipal sobre Imóveis e IRS; 4.Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 151/2012/CM, referente ao Contrato de prestação de serviços de controlo analítico e monitorização da qualidade da água e ar das piscinas municipais – Repartição de encargos; 5.Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 152/2012/CM, referente à atribuição de apoio à ACRAL – Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve; 6.Aprovada por maioria a proposta de deliberação e tomada de posição sobre a Reorganização do Mapa Autárquico nos termos do Artº. 11º. Da Lei 22/2012 de 30 de Maio. 7.Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 155/2012/CM, referente ao 1289-Div/12 – Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) – Plano de Ajustamento Financeiro e Contratação de Empréstimo; 8.Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 158/2012/CM, referente ao Acordo-Quadro da AMAL – Aquisição de material de Higiene e Limpeza – Repartição de encargos; 9.Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 159/2012/CM, referente ao Acordo-Quadro da AMAL – Aquisição de resmas de papel – Repartição de encargos; 10.Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 161/2012/CM, referente à prestação de serviços de transporte de crianças com necessidades especiais – Repartição de encargos; 11.Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 162/2012/CM, referente à aquisição de serviços de lecionação e desenvolvimento do Programa de Promoção da Atividade Física 2012/13 – Repartição de encargos; 12.Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 163/2012/CM, referente à renovação do contrato de concessão de um Circuito de Transportes Públicos Urbanos na cidade de Tavira (TUT) – Repartição de encargos; 13.Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 164/2012/CM, referente à renovação do contrato de gestão para a manutenção de espaços verdes públicos do Concelho de Tavira – Compromissos plurianuais. Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume Paços do Concelho, aos 28 dias do mês de setembro do ano 2012 O Presidente da Assembleia Municipal, José Otílio Pires Baia ( POSTAL do ALGARVE, nº 1089, de 5 de Outubro de 2012)
Real votou favoravelmente no sentido de recomendar ao Governo a fusão dos três municípios, no âmbito do processo de reorganização administrativa do território nacional, com a justificação de “combater a crise económica existente nos mesmos ou por causa dos laços familiares, das tradições e do grande rio do sul, que banha o Baixo Guadiana”. O PSD/
Castro Marim considera esta proposta como “estapafúrdia e despida de qualquer sentido”. Na moção submetida e aprovada por unanimidade na AM de Castro Marim, os social-democratas castromarinenses referem que “não se funde a identidade e a história de dois concelhos com 500 anos de diferença, num qualquer caldeirão político”. O documento, aprovado por unanimidade pela AM castromarinense, foi enviado ao ministro dos Assuntos Parlamentares e à Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território, que funciona na Assembleia da República.
José Estevens fala de abuso Ouvido pelo POSTAL, José Estevens (PSD), presidente da Câmara de Castro Marim, reforça a ideia “da apreensão e da indignação por tamanha leviandade por parte dos deputados do PS/Vila Real e corroborada por quase todos os deputados do PSD da conce-
lhia vila-realense”. O autarca lembra que na reforma administrativa das autarquias locais não está a alteração dos contornos geo-administrativos dos municípios, referindo ser “difícil compreender a proposta e os argumentos que não alcançam os objectivos pretendidos”. José Estevens considera que a “Assembleia Municipal de Vila Real não está legitimada para decidir sobre Castro Marim e Alcoutim” e assume uma postura crítica sobre a “atitude abusiva” naquele que é, na sua opinião, “um momento menos feliz dos deputados de Vila Real”. Também Francisco Amaral, autarca de Alcoutim, eleito nas listas do PSD, se manifestou já contra qualquer tipo de fusão que venha a abranger o concelho mais a nordeste do Algarve, opondo-se assim à intenção do PS/Vila Real, à semelhança do que acontece com o PSD de Castro Marim.
Agenda cheia tem União Europeia como tema
Algarve acolhe Fórum de Discussão Regional 2012 A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, através do Centro Europe Direct do Algarve, está a organizar o Fórum de Discussão Regional 2012, que este ano se realiza na região, entre os dias 1 de Outubro a 4 de Novembro. O programa do fórum, sob o mote “Os valores da União Europeia”, começa por apresentar uma sessão sobre “A Estratégia 2020”, que terá lugar no auditório da CCDR-Algarve, em Faro, no dia 12 de Outubro. No dia 19 de Outubro decorre, no Hotel Eva, na mesma cidade, o encontro “Competitividade e empreendedorismo: como convergir de forma sustentável?”, seguido de três
workshops relacionados com as comemorações dos 20 anos do Mercado Único. Para as sessões dos dias 12 e 19 de Outubro, foram convidados membros do Parlamento Europeu, estando confirmadas as presenças de Ana Gomes, Marisa Matias, António Correia de Campos, Maria da Graça Carvalho e Inês Zuber. No dia 19 estará igualmente presente a embaixadora do Chipre em Portugal, Thalia Petrides. Numa iniciativa do Parlamento Europeu, realiza-se, entre 2 e 28 de Outubro, o “Festival LUX de Cinema Europeu”, em parceria com os cineclubes de Faro e Tavira, no qual se procura distinguir a produção cinematográfica europeia.
A exposição “Portugal Europeu: Meio Século de História” associa-se ao Fórum de Discussão Regional 2012 e vai marcar presença em Faro, Tavira e Portimão. A exposição consiste numa mostra de imagens, documentos e citações referentes aos momentos mais importantes da história diplomática de Portugal na contemporaneidade e no seu processo de integração na União Europeia. A par da exposição decorre o concurso “Euroscola”, que dá a oportunidade aos alunos que respondam acertadamente a um questionário sobre a União Europeia de poderem vir a assistir a uma sessão plenária do Programa Euroscola em Estrasburgo, durante 2013. PR/RC
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região ficha técnica
Sede: Rua Dr. Silvestre Falcão, n.º 13 C - 8800-412 Tavira - Algarve Tel: 281 320 900 | Fax: 281 320 909 E-mail: jornalpostal@gmail.com Director: Henrique Dias (CP 3259). Director Comercial: Basílio Pires Editor: Ricardo Claro (CP 9238). Redacção: Cristina Mendonça (CP 3258), Geraldo de Jesus (CO 630), Helga Simão, Humberto Ricardo (CP 388), Pedro Ruas. Design: Profissional Gráfica. Colaboradores fotográficos: José A. N. Encarnação “MIRA” Colaboradores: Beja Santos (defesa do consumidor), Nelson Pires (CO76). Departamento Comercial, Publicidade e Assinaturas: Anabela Gonçalves, José Francisco. Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire, inscrito sob o nº 211 612 no Registo das Empresas Jornalísticas. Edição: Postal do Algarve - Publicações e Editores, Lda. Contribuinte nº 502 597 917. Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do Título (dgcs): nº 111 613. Impressão: Naveprinter Distribuição: Banca - Logista, à sexta-feira com o Público/VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT. Membro: APCT - Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação; API - Associação Portuguesa de Imprensa.
Tiragem desta edição:
9.465 exemplares
Escutas de Tavira com nova viatura pág. 8
Rota dos Descobrimentos junta Algarve e Andaluzia Cooperação na promoção do turismo cultural d.r.
O Turismo do Algarve é
parceiro da Rota Europeia dos Descobrimentos – DESCUBRITER, projecto que integra a cultura, a história e o património da navegação, os descobridores e a tradição marítima do Algarve e da Andaluzia. Do Algarve partiram as primeiras expedições de exploração da costa africana que dão início à Era dos Descobrimentos portugueses no séc. XV, com particular relevo para Lagos, Vila do Bispo e Sagres, localidades fortemente ligadas à figura do Infante D. Henrique, o Navegador. No início do séc. XVI, a província de Sevilha tornou-se porto e porta das Índias, daí
ÔÔ Projecto integra a cultura, história e património da navegação pub
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partindo e regressando todas as expedições marítimas. Na gesta dos Descobrimentos espanhóis estão Sanlúcar de Barrameda (Cádiz), enclave logístico e comercial na foz do Guadalquivir, e Palos de la Frontera (Huelva), berço da Descoberta da América. Estes “territórios dos Descobrimentos”, espalhados entre o cabo de São Vicente e Sanlúcar de Barrameda, unem-se agora num projecto que inclui diversas iniciativas de sensibilização e divulgação cultural: um museu virtual dos Descobrimentos, acções de promoção turística a bordo de réplicas de embarcações históricas, a nau Victoria e a caravela Boa Espe-
rança, jornadas sobre os Descobrimentos, uma newsletter mensal e um sítio na internet em www.descubriter.com/pt. A Rota Europeia dos Descobrimentos – DESCUBRITER é uma iniciativa ao abrigo do FEDER orçada em 560 mil euros e cofinanciada a 75 por cento através do Programa Operativo de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal 2007-2013 (POCTEP). O projecto é coordenado pela Fundación Nao Victoria e conta com a participação do Turismo de Sevilha, Turismo do Algarve, Direcção Regional de Cultura do Algarve, Promosagres e municípios de Sanlúcar de Barrameda, Palos de la Frontera, Lagos e Vila do Bispo. pub
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Escutas de Tavira com nova viatura Dez anos a poupar para ter novo carro d.r.
ÔÔ Nova viatura recebeu a bênção do padre Flávio Martins Geraldo de Jesus geraldoj.postal@gmail.com
No passado sábado, dia 29
de Setembro, junto à Igreja de Santiago, em Tavira, o padre Flávio Martins procedeu à bênção da viatura nova, adquirida pelo Agrupamento 100 do Corpo Nacional de Escutas (CNN), com sede em Tavira. Estiveram presentes no acto, alguns fiéis que acabaram de assistir à missa e um elevado número de escuteiros. Vítor Martins, chefe do Agrupamento, disse ao POSTAL que a aquisição da viatura foi o resultado de uma poupança de dez anos. “Quando inaugurámos a nossa sede,
este era um dos projectos que tínhamos. Para o concretizar, até porque um dos artigos da Lei do Escuta é que é sóbrio, económico, ao longo dos anos, com uma boa gestão, cumprimos o artigo e adquirimos a viatura que nos vai ajudar nas nossas deslocações para as actividades em contacto com a natureza. Vítor Martins referiu-nos que a principal receita do Agrupamento é a campanha do calendário “que fazemos anualmente. Contamos com alguns apoios que nos são concedidos pelas entidades e também de alguns amigos. Assim, conseguimos concretizar o projecto”.
Angariação de fundos
Cruz Vermelha de Tavira promove solidariedade
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O VI Jantar de Solidariedade da Delegação de Tavira da Cruz Vermelha Portuguesa está marcado para dia 27 de Outubro e conta com um ‘Grande Espectáculo de Fado’, a partir das 20 horas, no Hotel Vila Galé. Aurora Gonçalves e Márcio Gonçalves são as estrelas da noite e vão ser acompanhados em palco pelos virtuosos Virgílio Lança, na viola de fado, e Miguel Drago, na guitarra portuguesa. Durante o jantar vai haver um sorteio de solidariedade, onde prémios oferecidos por diferentes entidades locais vão ser sorteados, mediante a aquisição de rifas. O preço do jantar é de 30 euros por pessoa e as reservas e informações estão disponíveis através dos contactos telefónicos 281 323 473 e/ou 968 942 563, assim como pelo endereço
electrónico dtavira.comunicacao@cruzvermelha.org.pt. Este jantar/espectáculo é mais um evento de angariação de fundos para o projecto da Delegação de Tavira da Cruz Vermelha Portuguesa “Pequenas Obras, Grandes Mudanças”, que consiste em adaptar habitações de famílias mais carenciadas, tendo em vista a melhoria da mobilidade e qualidade de vida de pessoas com dificuldades motoras. O gabinete de acção social da delegação tavirense já tem alvos devidamente identificados e conta concluir o projecto durante o próximo ano. Estão ainda agendados outros eventos para angariação de fundos como um torneio de golfe de solidariedade, no Campo de Golfe Benamor, a decorrer no dia 20 de Outubro. PR/RC
5 de Outubro de 2012 | 9
região OPINIão Ana Amorim Dias - Escritora www.anaamorimdias.blogspot.com anamorimdias@gmail.com
Espartilhados no tempo Mergulho na memória externa e começo a viagem
ao passado. Quem havia de dizer que a fotografia seria uma banalidade do dia-a-dia? As máquinas fotográficas abandonadas ao pó das gavetas e os rolos que deixaram de fazer parte da vida há já tantos anos, são só alguns indícios de como os daguerreótipos se tornaram quase tão diários e presentes como as refeições que diariamente se tomam. Fotografias constantes. Prolixas. A comprovar cada momento. A servir de testemunho visual da pessoa que fomos. E do que vivemos. Mergulho na memória externa e começo a abrir pastas. Relatos de cumplicidades. De festas. De sorrisos alegres ou de uma tristeza que ninguém soube ver. Provas da existência de quem já não está. Documentos que atestam a veracidade de amizades que não mais se abraçam. Texturas não palpáveis do que já foi real. Temperaturas distintas. Focagens dispersas. E lembranças. Muitas. Mais perenes e eternas que as imagens captadas. Memórias com cheiro, som e sabor. Com suspiros, carícias e promessas gemidas. Mergulho nos álbuns ao som do “clic” das teclas. E vou desfolhando o passado que se rende ante o meu olhar pensativo: somos realmente quem ali se plasma? Ou quem lá mora é apenas um fantasma de nós? Sentimos saudades de quem fomos? Sentirão os outros saudades, não de quem agora somos, mas de quem assim sorria para a objectiva da máquina? Somos o produto, sempre inacabado, da soma de tudo o que fazemos, dizemos, escolhemos? Ou uma sucessão de “frames” espartilhados no tempo? Mergulho nas pastas, repletas de fotos, e revivo cada momento. Quem lá está não são fantasmas, são os pedaços da vida que fazem de nós quem somos.
José Vitorino arranca para a corrida a Faro Candidato quer Estado em Tribunal e participação cívica activa humberto ricardo
Humberto Ricardo humbertor.postal@gmail.com
O candidato à Câmara de
Faro, José Vitorino, promete que tudo irá fazer para colocar o Estado em tribunal pelos graves prejuízos que tem causado ao Algarve com a introdução de portagens na Via do Infante. Vitorino manifestou esse propósito, recentemente, durante a festa da cidadania promovida pela Aliança Cívica Vamos Salvar Faro, Com Coração, organização que apoia a sua candidatura à liderança da autarquia farense, nas eleições a realizar em Outubro do próximo ano. Perante mais de meio milhar de apoiantes que participaram na festa, José Vitorino garantiu que se for eleito, uma das suas primeiras medidas será propor à AMAL (Comunidade Intermunicipal do Algarve) que interponha essa acção contra o Estado e que seja a Universidade do Algarve a avaliar os prejuízos provocados à região pela cobrança de portagens na A22. “Se a AMAL não aceitar o de-
ÔÔ José Vitorino teceu fortes críticas ao actual executivo camarário safio”, afirma Vitorino, “será a Câmara a avançar com o processo judicial contra o Estado”. Para além desta promessa, o candidato à Câmara de Faro promete a realização de uma
grande convenção de utentes da Via do Infante para decidir medidas de força que visem o combate determinado para pôr fim às portagens na A22. O actualmente vereador da
autarquia promete apresentar dados reais e razões para a suspensão das portagens naquela via, convicto de que as mesmas estão a “matar a sangue frio a economia da região e a prejudicar a população, que teve de voltar à EN 125 onde os acidentes se multiplicam dia-a-dia e que não é alternativa, dado que as prometidas obras de requalificação estão ainda por fazer”. Outra ideia anunciada por José Vitorino às centenas de apoiantes presentes foi a realização de um mega-congresso de cidadania e a constituição de uma carta de cidadania” com vista a uma ampla discussão pública. Na óptica do candidato, os partidos estão esgotados e só uma cidadania activa poderá devolver à sociedade a confiança na pessoa política por estar desvinculada da obediência ao poder partidário. José Vitorino espera que a ideia frutifique e se constitua por si uma forte adesão da população farense para lhe dar a vitória nas autárquicas de Outubro de 2013.
Durante a sua intervenção a um ritmo vigoroso, José Vitorino foi ainda muito crítico quanto à forma como o actual executivo da Câmara de Faro, liderado por Macário Correia, tem gerido a autarquia e apontou erros. Prometendo “uma forte mobilização popular”, o candidato avançou que “a nova maioria irá ao ataque” pela criação da região, contra as portagens, contra as demolições e expulsão dos pescadores da Ilha de Faro e contra o fim de freguesias. O autarca promete ainda lutar contra a entrega de 200 hectares de Faro a Loulé, contra os cerca de mil novos estacionamentos pagos, pugnar por outra solução para a ponte para a Ilha de Faro e repor a justiça com a correcção dos aumentos brutais de rendas sociais. Na festa da cidadania usaram também da palavra dirigentes da Aliança Cívica e representantes do Movimento Com Faro no Coração (CFC), para manifestarem o apoio a José Vitorino na sua candidatura à Câmara de Faro.
Autarquia cobra mínimo no IMI e prescinde dos 5% no IRS
Alcoutim reduz impostos para impedir despovoamento Com o propósito de travar o despovoamento da região, a Câmara Municipal de Alcoutim divulgou, na semana passada, que vai cobrar a taxa mínima do Imposto Municipal sobre Imóveis e vai prescindir dos 5% a que tem direito no IRS. Em declarações à Lusa, Francisco Amaral, presidente daquela autarquia algarvia, refere que “considerando a actual conjuntura económica e as dificuldades financeiras que o país atravessa, quisemos libertar as famílias de mais essas cargas fiscais”. De acordo com o presidente, Alcoutim foi o primeiro município a abdicar dos 5% no IRS. Esta é uma medida que está em vigor há quatro anos e tem apresentado “bons resultados”
para as famílias. Quanto ao IMI, será cobrado aos prédios urbanos não avaliados uma taxa de 0.5% e para os prédios avaliados um valor de 0.3%.
População diminuiu desde 2001 Contudo, os imóveis
devolutos terão uma taxa de IMI elevada ao triplo a fim de impulsionar o mercado de arrendamento, venda de casas de habitação e para diminuir o impacto ambiental. De acordo com os dados dos censos de 2011, Alcoutim foi o concelho de Portugal que perdeu mais população desde 2001, uma situação que se está a verificar em toda a serra algarvia. Nos anos 60, o concelho,
que fica localizado no distrito de Faro, tinha cerca de dez mil
habitantes. Agora tem à volta de três mil habitantes, sendo
que, 500 residem na sede do concelho. Lusa
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Jorge Manuel do Nascimento Botelho Presidente da Câmara Municipal de Tavira
TORNA PÚBLICO, que em reunião de Câmara Municipal, realizada no dia 28 de setembro de 2012 foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número proposta número 154/2012/CM, referente à 14ª. alteração ao Orçamento; 2. Aprovado por maioria a proposta da Câmara Municipal número 155/2012/ CM, referente ao 1289-Div/12 - Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) – Plano de Ajustamento Financeiro e contratação de empréstimo; 3. Aprovado por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 156/2012/CM, referente ao donativo Eólica do Cachopo, S.A. - Incêndios florestais no concelho de Tavira 4. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 157/2012/CM, referente ao donativo - Incêndio Florestal concelho de Tavira - Assis & Lourenço, Lda,; 5. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 158/2012/CM, referente ao Acordo-Quadro da AMAL - Aquisição de material de Higiene e Limpeza - repartição de encargos; 6. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 159/2012/CM, referente ao Acordo-Quadro da AMAL - Aquisição de Resmas de Papel - repartição de encargos; 7. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 160/2012/CM, referente ao procedimento para aquisição de energia elétrica em regime de mercado liberalizado, ao abrigo do acordo quadro n.º AQ18-ENE-2011 – Lote 5, da ANCP para instalações alimentadas em Baixa Tensão Especial (BTE) e Média Tensão (MT), nos termos do artigo 259.º do Código dos Contratos Públicos - Aprovação de Relatório Final; 8. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 161/2012/CM, referente à prestação de serviços para transporte de crianças com necessidades educativas especiais – repartição de encargos; 9. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 162/2012/CM, referente à aquisição de serviços de lecionação e desenvolvimento do Programa de Promoção da Atividade Física 2012/13 - repartição de encargos; 10. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 163/2012/CM, referente à renovação do Contrato de Concessão de um Circuito de Transportes Públicos Urbanos na cidade de Tavira (TUT) – repartição de encargos; 11. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 164/2012/CM, referente à renovação do contrato de gestão para a manutenção de espaços verdes públicos do concelho de Tavira – compromissos plurianuais; 12. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 165/2012/CM, referente à empreitada de execução da Biblioteca Municipal de Tavira - Auto de vistoria de trabalhos; 13. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 166/2012/CM, referente ao concurso público para aquisição de serviços de seguros (1-CPU/12) - alteração ao teor da cláusula nona do contrato (caução); Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume. Paços do Concelho, 28 de setembro do ano 2012
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AGRADECIMENTO A sua querida família cumpre o doloroso dever de agradecer reconhecidamente a todas as pessoas que assistiram ao funeral do seu ente querido, realizado no dia 27 de Setembro, para o Cemitério da Luz de Tavira, bem como a todos os amigos que manifestaram o seu pesar e solidariedade. Agradecem também a todos que rezaram Missa do 7º Dia, pelo seu eterno descanso, dia 1 de Outubro, segunda-feira, pelas 9.30 horas, na Igreja de Nossa Senhora da Luz.
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Feira ajuda a criar emprego
Veleiro arde por completo na Culatra
Empreendedorismo é o tema central do certame d.r.
A Câmara de Albufeira, através do
seu Gabinete de Empreendedorismo e em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), realiza, no dia 24 de Outubro, a Feira do Empreendedorismo, a realizar entre as 9.30 e as 19 horas, no Espaço Multiusos, com entrada gratuita. Com a pretensão de ajudar todos os interessados a encontrar soluções de emprego e a promover o empreendedorismo ao nível dos vários agentes económicos do concelho estão marcados balcões de atendimento, conferências, oferta formativa, workshops, networking, programas de financiamento, coworking e uma exposição. A Feira do Empreendedorismo será um espaço dedicado à promoção da empregabilidade, criação do próprio emprego, divulgação de oferta formativa e empreendedorismo e vai reunir no mesmo espaço diversas entidades com balcões de atendimento presencial, estando já assegurada a presença
Na passada segunda-feira um veleiro ardeu ao largo da ilha da Culatra, aparentemente na sequência de um acidente e explosão de uma botija de gás. Segundo o proprietário da embarcação, cidadão irlandês, o acidente terá sido provocado por um esquecimento de um tacho ao lume. Testemunhas dizem ter visto o proprietário abandonar a embarcação a arder. A Polícia Judiciária esteve no local a apurar as causas do incêndio.
Governo termina avaliação aos fogos no Algarve
ÔÔ Feira abre portas a novas oportunidades de emprego de 12 entidades representadas no certame. Está prevista a realização de sessões de esclarecimento e informação, apresentação de oferta formativa, sistemas de incentivo, programas
de apoio e serviços específicos para empresas. Para mais informações, os interessados podem ligar para o 289 599 662 ou utilizar o endereço electrónico age@cm-albufeira.pt.
As conclusões do segundo relatório sobre os incêndios de Julho no Algarve estão em sintonia com as preocupações da Liga Portuguesa de Bombeiros (LPB). O relatório conclui que houve falta de meios de combate, bem como falhas na percepção da localização do fogo e na previsão da evolução das chamas. Jaime Soares, presidente da LPB, afirma que “as nossas certezas estão contempladas no relatório”.
O POSTAL
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out | 2012 • Nº 50 • Mensal • O Cultura.Sul faz parte integrante da edição do POSTAL do ALGARVE e não pode ser vendido separadamente
outubro • Mensalmente com o postal em conjunto com o público
www.issuu.com/postaldoalgarve
Igor Silva
A arte expressa sem rótulos p. 5
Cultura.Sul
05.10.2012
Um espaço que dá relevo a uma fonte de actividade literária que fervilha, muitas vezes, à margem dos circuitos convencionais.
blogosfera
Jady Batista
Via Urbana Magazine JOSÉ CID 5 de Outubro - 21h30 Auditório Municipal de Olhão
Henrique Dias Freire Editor do CULTURA.SUL
Por um orçamento sem mordomias políticas O país vai viver, nas próximas semanas, momentos de grande preocupação quanto ao futuro na discussão do Orçamento de Estado (OE). Vamos viver num ambiente de “Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”. No caso concreto, onde todos mandam menos o cidadão! Mas mais aterrador é o silêncio da classe política que teima em governar ou fazer oposição sem abdicar das escandalosas mordomias que foi somando, em detrimento da legítima esperança de quem os tem elegidos. Perigosamente, caminhamos para a irrelevância dos partidos enquanto instrumentos necessários para o exercício do poder com a sua crescente fragilização e deslegitimação. O que está em causa é saber se a classe política estará consciente disso. Se os sinais das crescentes manifestações populares espontâneas foram ou não um aviso claro. É que, no mínimo, elas expressaram uma vontade que pré-anuncia uma ruptura com o modelo de representação democrática, tal como hoje o conhecemos. O resultado final da discussão do OE só terá os dois conhecidos caminhos, quando se está à beira do precipício: ou o país é levado a dar um passo em frente ou um atrás evitando a queda iminente. Ou persiste na ameaça, ou faz deste OE uma oportunidade para restituir à população a sua legítima expectativa, acabando, de vez, com todas as mordomias enquanto a quase totalidade do povo português continuar a ser o parente pobre do seu próprio país...
Ficha Técnica Direcção: GORDA Associação Sócio-Cultural Editor: Henrique Dias Freire
José Cid possui uma longa carreira musical. Iniciou-a em 1956, com a fundação de Os Babies e, em 1960, ainda aluno da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, criou nessa cidade o Conjunto Orfeão, com José Niza, Proença de Carvalho e Rui Ressurreição. Foi ainda teclista e vocalista no conjunto Quarteto 1111, no qual obteve grande êxito com a canção «A lenda de El-Rei D.Sebastião», em 1967. No Festival da OTI de 1979, ficou em 3.º lugar com «Na cabana junto à praia» mas foi com a canção «Um grande, grande amor» que ven-
Espaço CRIA
João Mil-Homens
Gestor de Ciência e Tecnologia do CRIA – Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia da Universidade do Algarve
Setembro foi um mês complicado. Surgiu sem aviso e atingiu-nos com um autêntico flagelo de situações para os quais não estávamos minimamente preparados. Para uns foi o regresso ao trabalho e para outros, bem pior, o regresso ao desemprego a que esta maldita sazonalidade obriga. De qualquer forma, tudo aconteceu depressa demais. De um dia para o outro, trocam-se os chinelos pelos sapatos, a areia quente por uma secretária, e levamos com a rentrée política, a avaliação da troika, o arranque do campeonato
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ceu o Festival RTP da Canção (1980) com 93 pontos. 2006 foi um ano de grande sucesso para José Cid. Reapareceu em grande, para espanto de muitos que já haviam vaticinado o final da sua carreira. Lançou um novo disco, «Baladas da Minha Vida», com velhas canções regravadas de forma acústica sem recurso a computadores e dois novos temas. «Um grande grande amor», «20 Anos», «A rosa que te dei», «Como o macaco gosta de banana», «No dia em que o rei fez anos», entre tantas outras, fazem já parte do património da música portuguesa. José Cid, um músico intemporal, apresenta-se num concerto intimista em Olhão, com o seu piano, onde
privilegia a interação com o público. Interpretará temas do seu novo disco, “Quem Tem Medo de Baladas”, assim como muitos outros que marcaram a sua carreira como autor e compositor. Um concerto inédito onde músico e
público serão um todo. Blog: http://www.viaurbanamagazine. com/ Postagem: http://www.viaurbanamagazine.com/Artes-de-Palco.php
De pequenino… se aprende o empreendedorismo! e, mais grave que tudo, o início do ano escolar. O martírio do regresso à escola é algo que me acompanha desde que me lembro. Primeiro, como aluno, onde qual condenado sofria horrores por antecipação. Depois, como professor, com o desgaste associado à excelência pedagógica com que sonhava. E finalmente, como pai, o início da escola traz consigo uma abundância de sinistras preocupações. O nosso sistema de ensino vive um período extremamente conturbado, onde parece cada vez mais profunda a clivagem entre o processo de aprendizagem e o da avaliação. É um sistema desprovido de envolvência emocional onde impera a monotonia e a falta de rigor, gerador de autómatos que premeia somente os mais obedientes. Entretanto, aniquilou-se o processo de aprendizagem baseado no ensino de valores e no aprender fazendo. Progressivamente, vai-se abolindo o ensino por projectos, o ensino das artes, e
mais recentemente até o da educação física. Com eles vai morrendo também o amor à aprendizagem, a iniciativa, a experimentação (e o erro), a reflexão, a descoberta, a excelência, e a curiosidade. É um chavão já repetido vezes sem conta: a educação está a matar a criatividade. E sem ela, não temos capacidade inovadora, não temos espírito empreendedor, não temos competitividade. Sabendo-se que a capacidade criativa e empreendedora não é inata, mas culturalmente adquirida e estimulada enquanto jovens, é fundamental reavaliar o papel do sistema de ensino na promoção destes valores. Ao nível do ensino superior, a Universidade do Algarve e a maioria das Universidades do nosso País, já têm extensos programas de promoção do empreendedorismo. Sendo de louvar, não é no entanto suficiente. É necessário ir a montante, desde o ensino básico, e estimular eficazmente um conjunto de competências transversais que potenciem o espírito
Colaboradores: AGECAL, ALFA, CRIA, Cineclube de Faro, Cineclube de Tavira, DRCAlg, DREAlg, Pedro Jubilot Nesta edição: Ana Rosa Sousa, João Cuña, João Mil-Homens, João Sequeira e Márcia André
Parceiros: Direcção Regional de Cultura do Algarve, Direcção Regional de Educação do Algarve, Postal do Algarve e-mail: geralcultura.sul@gmail.com
criativo, inovador e empreendedor dos jovens pré-universitários. Invista-se na literacia, sem esquecer o pensamento crítico e criativo, através da resolução de problemas, e do trabalho ao nível das competências sociais, das artes, do desporto, e da tecnologia. Enalteça-se então o Programa Empreender na Escola, promovido pelo SinesTecnopolo, com o apoio especializado do CRIA/UAlg, que visa desenvolver competências empreendedoras nos jovens adolescentes de escolas EB 2, 3 e Secundárias, localizadas no território da rede “corredor azul”, de Sines a Elvas. Este projecto propõe aos alunos criar e gerir a sua própria empresa durante um ano lectivo, estabelecendo relações comerciais com uma “empresa” parceira, com o objectivo de “importar e “exportar” produtos entre si, e vendê-los ao consumidor final através da internet e de um mercado local. Os lucros deste projecto serão repartidos entre os alunos no final do ano, mas as verdadeiras mais-
on-line: www.issuu.com/postaldoalgarve Tiragem: 9.465 exemplares
Cultura.Sul
05.10.2012
cinema Cineclube de Tavira
Parlamento Europeu mostra cinema em Tavira Parte da nossa programação deste mês de Outubro é preenchida por cinco filmes exibidos no âmbito do Festival Lux de Cinema Europeu no Algarve, uma iniciativa do Parlamento Europeu em Portugal. Apesar de também este ter sido multi-premiado, o primeiro filme (Die Fremde - A Estrangeira) é inédito em Portugal, a cópia é-nos cedida pelo Göethe Institut em Lisboa. Antes dessas sessões iremos servir um “Porto de Honra” (bebidas e snacks), oferecido pelo mesmo Parlamento Europeu. Duas razões para não faltarem: filmes de alta qualidade e um copinho à borla, da mesma qualidade! O que podem querer mais nestes tempos turbulentos? No domingo, dia 7, será a vez de ser exibido um dos melhores filmes dos últimos anos: Moonrise Kingdom, certamente a não perder! Mais informação no nosso folheto mensal
Espaço AGECAL
João Sequeira
Assistente técnico - Município de Albufeira Sócio da AGECAL – Associação de Gestores Culturais do algarve
destaque
O Algarve vive um período de mudança e com a crise que afeta o país esta é a altura certa para mudar as mentalidades. O turismo e a construção civil, que eram a maior fonte de rendimento dos municípios, perderam força.
ou no nosso web-site. Já anunciámos a nossa próxima iniciativa para evitarmos a falência do Cineclube de Tavira (que no próximo mês de Abril irá celebrar 14 anos): um leilão de obras de arte (cada peça é oferecida ao Cineclube pelo seu autor ou pro-
prietário), que terá lugar na galeria da Casa das Artes em Tavira, no sábado, dia 8 de Dezembro, às 21.30 horas. Já agora, se tiverem uma(s) peça(s) em casa que possam dispensar (pinturas, desenhos, gravuras, litografias, colagens, fotografias – com
PROGRAMAÇÃO
www.cineclube-tavira.com 281 320 594 | 965 209 198 | cinetavira@gmail.com
SESSÕES REGULARES Cine-Teatro António Pinheiro | 21.30 horas 4 OUT | Festival Lux de Cinema Europeu no Algarve: Die Fremde (A Estrangeira), Feo Aladag, Alemanha 2010 (119’) M/12 7 OUT | Moonrise Kingdom, Wes Anderson, E.U.A. 2012 (94’) M/12 11 OUT | El Vuelcro del Cangrejo (A Armadilha do Carangueijo), Oscar Ruiz Navia, Colombia/França 2009 (95’) M/12 14 OUT | Festival Lux de Cinema Europeu no Algarve: Les Neiges du Kilimandjaro (As Neves do Kilimanjaro), Robert Guédigan, França 2011 (107’) M/12
ou sem moldura – esculturas em qualquer material e tamanho, artesanato, trabalhos de macramé ou malha, até aceitamos motorizadas, máquinas de relva, móveis e/ou utensilhos de casa
18 OUT | Festival Lux de Cinema Europeu no Algarve: Welcome (Welcome – Bem-vindo), Philippe Lloret, França 2009 (110’) M/12 21 OUT | Festival Lux de Cinema Europeu no Algarve: Auf der Anderen Seite (Do Outro Lado) Fatih Akin, Alemanha/Turquia/Itália 2007 (122’) M/12 25 OUT | Skavabölen Pojat – The Last Cowboy (O Último Cowboy em Pé), Zaida Bergroth, Finlândia/ Alemanha 2009 (123’) M/16 28 OUT | Festival Lux de Cinema Europeu no Algarve: Le Silence de Lorna (O Silêncio de Lorna), Luc e Jean-Pierre Dardenne, Bélgica/França/Itália/Alemanha 2008 (105’) M/12
ou de cozinha concebidos e executados artesanalmente), tudo será bem vindo. Mais tarde iremos publicar a lista de todos os nossos benfeitores. Desde já, obrigado!
Desenvolvimento e Mudança Num momento em que as verbas são escassas ou nulas, precisamos de mudar os modelos de trabalho. Para que a cultura algarvia passe a ganhar mais importância, é essencial que haja uma relação entre cultura e turismo, podendo, assim, conduzir a um maior desenvolvimento da região, estabelecendo prioridades para que este desenvolvimento seja sustentado e não efémero. O Algarve tem de olhar para o interior e redescobrir-se. Em alguns pontos da região, esse trabalho já está a ser feito, com ações que visam mostrar o verdadeiro Algarve, que não é apenas o sol, a praia e o golfe. Temos património edificado, material e imaterial, pelo que o nosso turismo deve assentar nestes pontos e criar bases sólidas para que a cultura algarvia passe a ser um dos
principais fatores para o turismo da região. Pessoas que nos visitam deixaram de poder ver a construção algarvia, pois as cidades perderam em grande parte essas características, o que torna importante esta mudança de mentalidades. As nossas cidades estão desvirtuadas, com prédios pensados somente no aumento da capacidade de hospedagem, sem terem em conta os traços característicos da construção tradicional da região. No entanto, nos últimos anos, tem-se notado uma mudança lenta, mas progressiva das mentalidades em relação a este tipo de construção que desfigurou as cidades algarvias. Isto deve-se muito aos jovens saídos das universidades, com visão e com capacidades essenciais para a reabilitação das cidades e que são importantes para
“INTO THE TRANQUILITY” 6 OUT | 21.30 | Centro Cultural de Lagos Na plataforma do que é o sentido racional e emocional de uma decisão num tempo e espaço específicos, relacionam-se os condutores do processo
o melhoramento dos quadros técnicos dos municípios. Portanto, temos de dar oportunidade a esses jovens para conseguirem emprego e fazerem o seu trabalho de forma a alcançarem esse objetivo. Com efeito, eles serão o futuro da cultura no Algarve, criando bases para um desenvolvimento sustentado. Trabalhando na área da reabilitação urbana, no estudo do património arqueológico, na proteção e valorização do património material e imaterial, os gestores culturais têm alcançado resultados, mas, a par deste trabalho, tem de existir vontade política. Temos de mostrar aos responsáveis dos municípios a importância da cultura para o desenvolvimento regional, começando com proje-
tos que sigam o seu próprio ritmo de desenvolvimento e não estejam exclusivamente relacionados com a duração dos mandatos. Todo este processo de mudança passa pelos técnicos que, ao se depararem com este momento crítico, devem mostrar a sua criatividade e não se deixarem afetar por eventuais dificuldades que possam surgir, de modo a conseguirem uma boa gestão cultural, sem grandes fundos, mas sustentada num projeto de longa duração e com efeitos práticos. Deve ser um trabalho de persistência, fazendo com que as ideias certas prevaleçam. Não será fácil certamente, mas será essencial para que consigamos um Algarve melhor, onde o turismo trabalhe em colaboração com a cultura em prol do desenvolvimento regional.
“O LIBERTINO” 5 e 6 OUT | 21.30 | Auditório Pedro Ruivo Faro Protagonizada por José Raposo e Maria João Abreu, Diderot e Mme Therbouche, esta peça é um presente raro para que estes grandes actores se reencontrem e divirtam o público, através de uma irreverente comédia
Cultura.Sul
05.10.2012
• Teatro Musical nos Monumentos
panorâmica
Pedro Ruas/Ricardo Claro
Conta-me outros Fados nas Jornadas Europeias do Património
destaque
‘Conta-me outros fados’ brilhou sexta-feira da passada semana em Estoi, no Cine-Teatro Ossónoba, no âmbito do programa cultural ‘Teatro nos Monumentos’, a cargo da Direcção Regional de Cultura do Algarve (DRCA), inserido nas Jornadas Europeias do Património 2012, iniciativa conjunta do Conselho da Europa e da União Europeia. A peça de teatro musical resulta da associação da companhia Al-MaSRAH Teatro, de Tavira, a vários artistas e vai continuar em digressão. A apresentação de património imaterial consubstanciado em património material foi o mote que fez com que esta produção pluridisciplinar tivesse marcado presença na programação a convite da directora da DRCA, Dália Paulo, e vá prosseguir o seu périplo por terras algarvias, durante o mês de Outubro. ‘Conta-me outros fados’ inclui o canto, a música, a dança e o teatro como forma de dar a conhecer como algumas das raízes árabes, africanas ou de expressão ibérica fazem de diferentes géneros musicais, como o Flamenco, o Samba, a Morna ou o Tango, expressões culturais tão semelhantes por cantarem o fado como destino e como história de vida. Juntar Fernando Pessoa, Cesária Évora e Carlos Paredes, a Chico Buarque, Carlos Paião, Tom Jobim e Vinicius de Moraes, passando por Piazzola, Sérgio Godinho, Caetano, Paulo de Carvalho ou André Segóvia num só palco já seria motivo mais do que suficiente para uma viagem musical de sonho, junte-se-lhe a dança contemporânea e a dramaturgia e estão reunidos os ingredientes para um momento cultural a não perder. Tela Leão, coordenadora da plataforma ‘Tavira Ilimitada’ e co-directora desta produção, assim como autora da ideia e roteiro originais, juntamente
Espectáculo conta e canta o fado através do canto, música, dança e teatro com Pedro Ramos, actor e director da companhia teatral tavirense são dois dos rostos desta produção. No elenco, a Pedro Ramos juntam-se a fadista Catarina Viegas, o músico Hélder Viegas e a dançarina e actriz Adriana Castro. Pedro Nascimento, na produção, Bruno Guerra nos figurinos, assim como a costureira Maria Luísa Fernandes fazem, dentro das actuais limitações inerentes à produção cultural, o possível e por vezes o impossível para dar forma a uma criação colectiva e levar a palco esta peça multicultural.
Dificuldades financeiras não abrandam companhia Reconhecendo que a verdadeira estrela desta peça é o repertório interpretado, Tela Leão reconheceu ao POSTAL que a “pobreza franciscana” foi a maior dificuldade com que se depararam na fase de produção. “Não tivemos meios para investir na preparação dos artistas, com a intervenção de profissionais especializados, o que numa produção regularmente financiada, é apenas normal”,
“EU CONHEÇO-TE” 26 e 27 OUT | 21.30 | Auditório Pedro Ruivo - Faro Comédia musical com encenação de Almeno Gonçalves e protagonizada por quatro artistas bem conhecidos, nomeadamente: Maria João Abreu, Mico da Câmara Pereira, Sónia Brazão e Paulo Vintém
mas apesar dos poucos recursos humanos e tecnológicos considera algumas das soluções encontradas “muito bem conseguidas”, como acontece com “os acompanhamentos gravados que nos proporcionam a oportunidade de apreciar músicos como os geniais guitarristas André Segóvia ou Yamandu Costa”. Segundo a co-directora, outro factor positivo é a “inequívoca existência de um fogo sagrado, de uma entrega por parte desses intérpretes, que empresta à peça pontos impor-
tantes de uma qualidade que em outras esferas técnicas pode não brilhar em pleno”. Quanto a apoios financeiros, Tela Leão refere que “são inexistentes”, uma vez que os apoios da Direcção Geral das Artes e da Câmara de Tavira foram cortados este ano e sobrou apenas a “autorização da Câmara para utilizar um antigo armazém no centro da cidade como sede, mas que a própria Câmara interditou ao público por falta de condições de segurança”. Ainda assim, Tela Leão vê futuro nesta “joint venture”, que junta um grupo de artistas a uma companhia de teatro. “Aqui cada um investiu o que tinha, tempo e criatividade, e emprestou à peça o melhor de si”, refere, “com o propósito de, com a rodagem da peça, ver recuperado o investimento realizado”. A divulgação e a conquista de público é, segundo a autora do projecto, a forma deste espectáculo ter o “futuro que merece” e vê nesta inclusão nas Jornadas Europeias do Património uma possibilidade para que “os que ainda não conhecem estes artistas e o seu trabalho, vejam a qualidade que revelam”. O grande objectivo passa por conseguir apresentar a peça ‘Conta-nos outros fados’ em Lisboa, que “tão poucas vezes olha para o que é produzido na província”. Por ora, é nos palcos algarvios que a peça musical pretende deslumbrar os espectadores e já estão marcadas futuras apresentações no dia 14 de Outubro, no centro paroquial de Paderne, dia 19 no Espaço +, em Aljezur, e no dia 21 na Igreja da Ermida de Guadalupe, em Vila do Bispo. ‘Conta-me outros fados’ estará igualmente presente em Faro, no Teatro Lethes, de 31 de Outubro a 4 de Novembro.
“CERÂMICA DE JORGE MEALHA” Até 20 OUT | Galeria Municipal de Albufeira Obra de Jorge Mealha caracteriza-se por uma abordagem contemporânea de temas, desde a estatuária à cerâmica utilitária, essencialmente produzidas em grés
Cultura.Sul
05.10.2012
panorâmica
Ricardo Claro
• Artes Plásticas
Igor Silva no desafio aos ditâmes dos rótulos artísticos
Nas fotos, várias obras do artista Igor Silva Quem o vê lado-a-lado com a sua escultura de ar cibernético (foto de primeira página) está longe de imaginar que Igor Silva é um artista polifacetado. Muito mais do que um escultor, do que um pintor ou do que um criador de ambientes é um artista multifacetado, avassaladoramente dotado de uma versatilidade que impõe mesmo a impossibilidade de enquadramento num único espaço artístico dentro das artes plásticas. Se à primeira vista pode parecer um
elogio esta definição de pluralidade artística, e é-o, na verdade esta é afinal, também, a constatação de uma limitação, como o próprio explica. “As galerias querem o artista definido, querem um estilo único, numa única forma de expressão e técnica”, refere Igor Silva. “Não sou capaz de me definir”, confessa, dizendo-se caricaturista e pintor, escultor, pensador das artes e reconhecendo a capacidade de se exprimir na arte sacra, como na tela, na pedra como na madeira, no espaço e suporte convencionais
ou não convencionais como quem se move fluído pelo acto de produção artística sem medos, nem pejos e com absoluto domínio das técnicas que, não obstante, afirma serem sempre campos de aprendizagem. Uma vida recheada de périplos por terras do mundo fizeram de Igor Silva um cidadão do planeta, mas acima de tudo um aprendiz assertivo do saber artístico e da génese sócio-cultural dos povos com quem se cruzou. Da Dinamarca, para onde partiu com 16 anos, à gelada Gronelândia, da China a Marrocos, do Japão às mil paragens no Portugal de origem, o olhanense perdeu-se nos saberes feitos de ouvir e experimentar com quem mais sabe e encontrou-se numa capacidade de expressão feita arte em cada um dos seus trabalhos. O artista por detrás deste homem nascido em 1972 em terras algarvias não consente a rotulagem imposta pelos ditâmes comerciais do universo das artes. Quer-se livre e dominante porque faz da variação fonte de inspiração e porque se quer pródigo na práxis da expressão e do pensamento artísticos. A adopção de pseudónimos que tenham por base o seu nome artístico ‘Igor’, como por exemplo o reverso Rogi podem ser a solução a longo prazo, afirma Igor Silva por entre um sorriso desafiador. Mas a verdade é que Rogi existe já na expressão e no pensamento do artista, é um reverso que já consubstancia a massa de que é feito Igor Silva, um artista complexo no discurso, mas com o golpe de asa de quem convive perfeitamente com as idiossincrasias que assume e domina.
A perfeição como auto-imposição Repentista e radical, o artista que fez bustos de Jorge Sampaio ou Luís Figo, assume-se difícil de acompanhar em termos de trabalho. “Sou muito perfeccionista e se tiver de levar dez anos a completar uma obra levo e isso é muitas vezes um obstáculo para conseguir uma colecção que corresponda àquilo que se espera de um artista para expor numa galeria”, diz Igor Silva. As galerias não são um problema, nem as suas limitações em termos co-
merciais o são, necessariamente, diz o artista que assume que a sua volatibilidade criativa está na base da menor visibilidade do seu trabalho, apesar de ter já participado em dezenas de exposições e mostras. Para o futuro, Igor Silva aponta bateriais à ideia de desenvolvimento de trabalhos na área da pintura cibernética, em que o elemento humano ‘cibernóide’ se movimenta na tela ou no suporte ganhando vida de uma forma ainda nunca explorada. Muito para além do “esquadrão tridimensional” Igor Silva quer a vida humanoide a pulsar sobre a tela e a ganhar expres-
são junto do observador. É em função do observador que a expressão do artista ganha um particular entendimento e dimensão, ultrapassa a expressão artística e ganha significância individual, sublinha. A arte é também formação, sensibilização e desvelo na promoção da emoção no interlocutor, recorda, assumindo a posição de magister da arte de emocionar pela arte. Afinal, Igor Silva artista é expressão do aprendiz eterno do ser artístico e sucumbe invariavelmente ao desafio maior de gerar emoção a quem deslumbra com o produto do seu mister.
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05.10.2012
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Recital de Guitarra Portuguesa na ALFA rolando oliveira
João Cuña
(www.joaocuna.com) Músico, compositor e professor de Guitarra; autor e produtor do “Recital de Guitarra Portuguesa” (www.recitalguitarraportuguesa.com) Sócio nº 432 da ALFA - Associação Livre Fotógrafos do Algarve (www.alfa.pt)
O “Recital de Guitarra Portuguesa“ organizado pela ALFA, na Galeria ARCO durante todo o mês de Outubro (sessões de 30 minutos a decorrer todos os dias, das 10.30 às 12 e das 17 às 18 horas), pretende constituir uma experiência cultural única e um verdadeiro tributo à história da Guitarra Portuguesa em diversas perspectivas: A sua identidade Cultural e ligação ao Fado, Origem, construtores, guitarristas e o seu Futuro. Esta oferta cultural diferenciada e genuína, com exposição de fotografias, música ao vivo e documentário, além de fazer todo o sentido
numa perspectiva turística em Faro, principalmente numa zona histórica que merece ser divulgada ao máximo pela sua beleza e património cultural, apresenta outras características interessantes de serem exploradas: é um facto que a “Cidade Velha” tem sido pouco visitada pe-
los seus conterrâneos, e nessa perspectiva, nada melhor do que organizar visitas das escolas à Galeria Arco para assistirem ao “Recital”, não só com o intuito de divulgar a nossa guitarra portuguesa junto das camadas mais jovens, mas também desta forma conseguir chegar aos
pais destes jovens, de forma a sensibilizá-los para a necessidade de que este magnifico sítio precisa de ser “acarinhado”, visitado e desta forma podermos contribuir para que a nossa “Cidade Velha” rejuvenesca e passe a ser um ponto de encontro para todos os Farenses.
O surgimento de diversos projectos culturais e de entertenimento na zona histórica de Faro, além do “Recital de Guitarra Portuguesa”, constituem sem dúvida um factor importante para conseguir este objectivo: Dar vida à nossa “Cidade Velha”
Cultura.Sul
05.10.2012
Espaço Educação
Escola: Espaço de Segurança
destaque
O clima de estabilidade, respeito e segurança existente no interior das escolas assume-se como um fator essencial que contribui para a criação de condições adequadas ao desenvolvimento das aprendizagens dos alunos, bem como da sua formação enquanto jovens cidadãos. Sendo certo que as condições de segurança nas escolas dependem, principalmente, da prevenção que os agentes da comunidade educativa possam ter na sua ação diária dentro das escolas, a atividade do Gabinete de Segurança da Direção Regional de Educação do Algarve (DREAlg) desenvolve-se através da concretização de princípios de sensibilização, coordenação e informação/formação dirigida a todos os elementos que intervêm no contexto educativo, designadamente, pessoal docente e não docente, alunos, pais, encarregados de educação, ao mesmo tempo que promove a necessária articulação com as forças de segurança, entidades de protecção civil e representantes autárquicos. Sendo na óptica da prevenção que o Gabinete de Segurança da DREAlg estrutura a sua intervenção, é nessa perspetiva que coordena e apoia a implementação
das medidas de política educativa nesta matéria, designadamente no interior da escola e no seu pe-
rímetro exterior, em duas vertentes complementares: uma linha de orientação para a segurança ativa das pessoas que utilizam o espaço escolar e uma outra para a segurança das instalações. No quadro destas linhas de orientação, a DREAlg tem vindo a apostar em vários tipos de ações, nomeadamente: a) - No Programa dos Vigilantes Escolares, que consiste na colocação de ex-agentes das forças de segurança em estabelecimentos de ensino dos 2.º e 3.º ciclos e do ensino secundário. Este programa conta com a intervenção de 32 vigilantes provenientes da PSP e GNR, que desempenham funções, a tempo inteiro, em 23 Agrupamentos de Escolas, distribuídos por oito concelhos da Região. A intervenção destes elementos tem constituído um importante recurso colocado à disposição das escolas que regis-
“GALA TERPSÍCORE” 12 OUT | 21.30 | Teatro das Figuras - Faro A Companhia de Dança do Algarve celebra o seu oitavo aniversário com uma gala que conta com a presença de bailarinos e solistas de várias companhias europeias
tam situações mais problemáticas em termos de segurança escolar, tendo contribuído, de forma inquestionável, para a melhoria efetiva do ambiente de tranquilidade e segurança que, hoje, se regista na maioria das escolas. b) - No Sistema de Videovigilância e Alarmes de Intrusão, da responsabilidade das estruturas centrais do Ministério da Educação e Ciência, que se encontra em funcionamento na quase totalidade das escolas dos 2.º, 3.º ciclos e ensino secundário da região. Este sistema, que incorpora a colocação de câmaras de videovigilância em locais estratégicos dos edifícios escolares, permite assegurar a videovigilância das instalações das escolas, em permanência, durante 24 horas por dia. c) – Em incentivar e assegurar a realização periódica de exercícios e simulacros, em situação de incêndios e de sismos. Estes simulacros têm em vista exercitar e testar os procedimentos de evacuação das instalações escolares,
em situações de catástrofe, bem como testar os meios de socorro exteriores envolvidos, procurando fomentar uma maior consciencialização da segurança escolar e uma habituação da comunidade escolar ao cumprimento dos planos de segurança e emergência das escolas. Transversal a toda a problemática da segurança nas escolas é a formação dos respetivos recursos humanos. Neste sentido, o Gabinete de Segurança da DREAlg tem procurado promover, anualmente, a realização de seminários, ações de formação/informação destinadas aos docentes responsáveis da segurança nas escolas e ao pessoal não docente, tendo como principal objetivo que os recursos humanos em funções nos estabelecimentos de ensino adquiram e aprofundem, cada vez mais, competências no âmbito da implementação das medidas necessárias para combater situações de insegurança e violência escolar.
“EDUARDO RAMOS ENSEMBLE MOÇÁRABE” 19 OUT | 21.30 | Centro Cultural de Lagos Eduardo Ramos é cantor e toca alaúde árabe e outros instrumentos árabes, portugueses e africanos. Músico autodidacta começou a sua carreira a tocar música tradicional portuguesa e algum rock-jazz, assim como música africana
Cultura.Sul
05.10.2012
Contos de Verão na Ria Formosa
O Actor e o Carpinteiro
Pedro Jubilot
pjubilot@hotmail.com canalsonora.blogs.sapo.pt
Aquela oportunidade de trabalhar como carpinteiro na oficina do teatro pareceu-lhe uma dádiva superior. Sempre fora um apaixonado pelo mundo das artes cénicas. As grandes representações eram o seu fascínio desde criança e algumas vezes ia mesmo assistir a peças no clube recreativo da cidade onde nascera. Aquele antigo edifício que tanto lhe dizia tinha sido restaurado para em breve se transformar numa nova sala de espectáculos, e encontrava-se já em fase de acabamentos. Gostava muito do seu novo local de trabalho e não ocupava um momento livre que não fosse para dar uma espreitadela ao trabalho dos actores. Estava simplesmente maravilhado com o ambiente que se vivia por ali nos bastidores. Logo no mês seguinte recebeu alguns convites para poder assistir à estreia duma peça. Mas não se ficou por aí. Voltou mais noites para ver essa mesma representação. Aqueles primeiros três, quatro meses foram de grande excitação. Sentia-se bem ali. Sonhava com aquilo o tempo todo. Pena foi… que ele… que ele nunca tivesse podido estudar teatro, nem mesmo outra coisa qualquer. Por circunstâncias da sua vida pessoal e familiar. Mas o teatro era o lugar onde sempre soube que um dia podia ser feliz. Entretanto a companhia havia começado a ler um novo texto para a encenação seguinte. O carpinteiro, que agora já ajudava nos cenários, conseguira também uma cópia, que lia e relia diariamente, nos seus tempos livres. Para além disso seguia atentamente todos os movimentos e segredos da nova peça. Quase todos os dias se deixava ficar por ali como que despercebido para observar os ensaios. Depois acabou por ganhar coragem e pedir licença para se sentar na plateia. Era melhor assim, pois podia alguém vê-lo por ali meio escondido e não compreender a sua simples intenção. Ninguém se opôs, e alguns dias depois até lhe perguntavam o que achava sobre alguns detalhes da representação, apesar de pessoalmente achar estranha essa interacção, que o deixava muito encavacado e confuso. Mas agora
podia ficar oficialmente a presenciar o trabalho de cena. Lá no seu íntimo sentia-se como se fosse um deles. A dada altura reparou que o encenador se mostrava preocupado e nervoso com o evoluir do trabalho. As coisas não estavam a correr nada bem. O carpinteiro já se apercebera disso. Ele sabia tudo sobre a peça e todos os dias notava logo quando qualquer pormenor falhava. Um novo problema entretanto surgiu - era um dos principais actores que sempre se desconcentrava facilmente, que se esquecia desta ou daquela palavra, duma frase ou movimento, que se precipitava… Certo dia o ensaio acabou bem mais cedo que o habitual. O encenador precisava ter uma conversa com aquele actor. Quando não avistou ninguém na sala, ao julgar que todos tinham já saído, o carpinteiro Luís Miguel subiu ao palco, de mansinho, e colocou-se no lugar e no papel daquele actor que momentos antes saíra cabisbaixo, acompanhado do encenador seu amigo. Dizia o texto, fazia os gestos perfeitos. Parava quando devia e continuava a desenrolar a sua personagem. Como se tivesse nascido no palco e sempre lá tivesse continuado. Por fim parou um pouco ficando a contemplar a sala, o palco, os lugares agora vazios que costumavam estar ocupados pelo público. Imaginou os aplausos vindos da plateia. E assim se foi deixando levar pela personagem que tomara ali nessa noite.
aquele que trabalhava na oficina e agora era ajudante de cenários e que pedira para assistir aos ensaios. Ambos ficaram tão surpreendidos com a revelação, que soltaram um bravo enquanto batiam palmas, numa excelente passagem dita pelo carpinteiro. Ele estava perfeito naquele papel. Mas como que desperto de um sonho, ficou deveras atrapalhado e a sua face enrubesceu tomando a cor dos cortinados a seu lado. Se o homem tivesse conseguido mover-se, ter-se-ia enfiado pelo velho buraco do palco que antigamente servia para acolher o ponto. Mas lá acabou por conseguir dizer que aquilo era só uma brincadeira, uma fantasia sua, que não levassem a mal e sobretudo que não o despedissem porque precisava muito daquele em-
Quando encenador e actor voltavam dos camarins ouviram uma voz na sala. Reconheceram aquelas palavras e dirigiram-se para a porta. Mas quem era aquele homem no palco escurecido? Ah !? Pois! Sim… o Luís,
prego, que desculpassem, que não voltaria mais a incomodar, de maneira nenhuma, ia já pôr-se dali para fora, podiam voltar ao trabalho novamente, e que mil perdões. Mesmo a ‘representar’-se neste
Teatro Lethes em Faro desabafo, Luís parecia aos olhos do encenador a pessoa ideal. Não, nada disso, acalme-se homem, não há problema. E então o encenador passou a explicar que o queria no dia seguinte para integrar o ensaio da companhia, para com eles trabalhar aquela personagem. O actor e o carpinteiro, tinham aproximadamente a mesma idade e semelhante compleição física. E só do pouco que vira, já perspectivara uma possível solução. E ele que não, de modo algum podia aceitar, era apenas o carpinteiro, e gostava era de ver os actores, só isso, mais nada, que isso parecia absurdo e o deixassem ir. Claro que compreendia que depois de ter invadido o espaço privado do grupo, merecia que zombassem da sua figura, é verdade, mas que se ia já embora. E que nunca mais voltaria a repetir a gracinha… Mas não se tratava de uma brincadeira, o convite era sério. Já tinha ficado deliberado entre encenador e actor que este se retiraria por algum tempo, por causa do cansaço acumulado nos últimos tempos. Dois anos sem férias, e a seguir a esta nova peça, a estrear na rentrée de Outubro, vinha nova digressão nacional. Estava exausto e precisava de descansar. Além disso era casado, e passava pouco tempo com a família desde que decidira trocar a sua companhia na capital por este novo projecto na província. A mulher é que tinha de suportar sozinha a educação das crianças que não andavam a comer bem, nem a prestar muita atenção aos estudos pois sentiam a falta do pai. Por isso era bom que ele parasse e não arruinasse a sua carreira e a desta companhia em ascensão. Era uma decisão pensada, conversada e ponderada inteligentemente. É verdade, não se aflija, ninguém vai tirar nada a ninguém. Assim é melhor para todos. E o facto de ser desconhecido é bom. Joga a nosso favor. Vai surpreender e não temos de ir buscar um profissional estranho ao grupo. Só depois de ouvir a sincera confissão da boca do actor que tanto admi-
rava, é que Luís Miguel acedeu a tentar na manhã seguinte. Mas só à experiência, pediu. Tinham passado dois meses, quando o actor e a família regressavam dumas merecidas férias. Todos tinham gostado e estavam bem mais felizes agora. Só o pai nesse dia se mostrava um pouco nervoso. Mal passaram a fronteira, o actor que vinha a conduzir virou na primeira saída que lhe indicava uma estação de serviço, onde apressado comprou o jornal e regressou ao volante. Só depois estacionou o carro no parque à entrada da pequena aldeia de casinhas térreas de que tanto gostavam. Dirigiram-se para uma cafetaria, porque os miúdos queriam beber um sumo natural antes de chegarem a casa. Sentou-se apreensivo, folheando o jornal de trás para a frente, procurando a página cultural e só queria ter a certeza de que ele e o encenador e o grupo tinham tomado a decisão acertada. E fora. A crítica à estreia era altamente positiva. Luís Miguel fora um sucesso - actor revelação do ano, um portento de naturalidade, já se escrevia na imprensa sempre ávida de novidades. Olhando fixamente o jornal sobre os joelhos, os olhos do actor brilhavam de comoção. Tinha sido mais uma grande aposta ganha pelo grupo, frisava ainda o crítico. Mas não lera ainda o último parágrafo. Depois, chegado ao fim do texto, poisou o jornal aberto sobre a mesa e lágrimas suaves deslizavam pelo seu rosto. A mulher, não percebendo a reacção, fixou o final da notícia. Envolveu-o com os braços e beijou-o. Estava orgulhosa dele. As crianças mesmo sem perceberem o que se estava a passar, imitaram a mãe. Quando por sua vez, pegaram no diário, descobriram que lá estava escrito o nome do pai. O rapaz que era o mais velho leu em voz alta: “…além de ser um grande actor com provas já dadas em palco, que muitos conhecem e admiram, desta vez revelou ser também um homem digno e um profissional consciente, que teve a coragem de ceder o seu lugar, algo que raramente acontece no mundo competitivo do teatro”. Explicava-se assim a sua substituição, só há pouco tempo revelada, numa entrevista dada pelo encenador, de modo a esclarecer a curiosidade sempre insistente e ansiosa dos jornalistas. Embora que ainda pela metade - até então, pois nem se lembraram de perguntar a origem de Luís Miguel. Ali junto à igreja, encostados ao muro de pedra caiada de um branco ofuscante, apreciavam em silêncio a beleza da península, onde a Ria Formosa se começa a revelar a partir do Sotavento. O azul da maré cheia fazia ainda realçar mais o estado de pura ventura estampada na paisagem.
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Cultura.Sul
05.10.2012
livro
Quando o livro acontece… sugerindo Budapeste Adriana Nogueira
Classicista Professora da Universidade do Algarve adriana.nogueira.cultura.sul@gmail.com
Nesta época em que nos encontramos, em que temos de escolher prioridades, a cultura costuma ficar para trás: quando o dinheiro mal chega para comer ou para pagar a renda, muitas vezes nem nos lembramos que precisamente nestas alturas é que sabe bem parar um pouco, virarmos as costas à realidade que nos quer esmagar e sentarmo-nos a ler um livro. Não nos esqueçamos que há muitos – e bons – livros nas bibliotecas da rede pública, que os emprestam a custo zero. Até pelo cartão não se paga. Mas para quem gosta de comprar um de vez em quando, a proposta deste mês é um pequeno livro de Chico Buarque, já com uma década de existência, que foi publicado em 2008 a um preço muito acessível, na coleção Bis – Leya, chamado Budapeste. A escolha recaiu nesta obra, pois ainda há poucos dias, a 26 de setembro, se comemorou o Dia Europeu das Línguas, uma iniciativa do Conselho da Europa, que se repete desde 2001. Na sua página oficial (edl.ecml. at), diz-se que o objetivo é «incrementar o plurilinguismo e a comunicação intercultural», «promover a riqueza da diversidade linguística e cultural da Europa» e «encorajar a aprendizagem permanente de línguas, tanto dentro como fora da escola» (tradução minha). Foi por isso que me lembrei desta história. A personagem principal, o brasileiro José Costa, escrevia, traduzia e seria aquilo a que os gregos chamavam um logógrafo, isto é, «um fazedor de discursos» para quem deles precisasse (principalmente políticos). Mais modernamente falando, seria também um gost-writer (escritor-fantasma), isto é, aquele a quem os outros, os que querem publicar, mas não têm capacidades literárias, dão as suas obras a escrever.
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«Cortar um rio à faca» Aprender uma língua nova é fascinante. Mesmo sem ter aprendido in-
glês, os sons desta língua entram-nos diariamente nos ouvidos, quer através de filmes na televisão, quer através de letras de canções que ouvimos na rádio, de modo que a sua aprendizagem não nos fascina tanto como a aprendizagem de uma língua que não tem nada em comum com a nossa, onde a estranheza é total. O início do livro prendeu imediatamente a minha atenção, pois consegue descrever a magia da descoberta de uma língua estrangeira, mas de uma língua exótica, da qual a personagem nada conhecia e com a qual se defrontou quando teve de fazer uma paragem
momentos de grande emoção, quase comparáveis, numa escala pequenina, à descoberta, em 1799, da Pedra de Roseta, um texto trilingue, que permitiu a decifração dos hieróglifos egípcios. Ou comparáveis a encontrar a chave que resolve um texto encriptado. Personificando as palavras, como se estas tivessem vida própria, num campo semântico do mundo de espionagem, diz-nos o narrador: «Vinha eu escutando aqueles sons amalgamados, quando de repente detetei a palavra clandestina, Lufthansa. Sim, Lufthansa, com certeza o locutor a deixara escapar, a palavra alemã infiltrada na parede de palavras húngaras, a brecha que me permitiria destrinchar todo o vocabulário (…). Meteorologia, Parlamento, bolsa de valores, estudantes na rua, shopping center, camponesa com repolho, meu avião, e já me arriscava a reproduzir alguns fonemas a partir de Lufthansa». Depois da aproximação pelo som, a feliz descrição do encontro com as palavras escritas: «Cortei o som, me fixei nas legendas, e observando em letras pela primeira vez palavras húngaras, tive a impressão de ver seus esqueletos: ö az álom előtti talajon táncol» (p. 10).
forçada em Budapeste, vinda da Alemanha, e ouviu húngaro, «a única língua do mundo que, segundo as más-línguas, o diabo respeita» (p.8). Ao ver (e ouvir) um noticiário, não consegue captar nem «ao menos uma palavra. Palavra? Sem a mínima noção do aspeto, da estrutura, do corpo mesmo das palavras, eu não tinha como saber onde cada palavra começava ou até onde ia. Era impossível destacar uma palavra da outra, seria como pretender cortar um rio à faca. Aos meus ouvidos o húngaro poderia ser mesmo uma língua sem emendas, não constituída de palavras, mas que se desse a conhecer por inteiro». Como podemos entender um povo sem entender a sua língua? É através dela que conseguimos chegar ao seu modo de pensar, sem intermediários. Aprender uma língua nova, numa situação de imersão total em sons desconhecidos que, pouco a pouco, se vão tornando mais familiares, proporciona
As vidas dos outros Ser um gost-writer é prescindir do reconhecimento do seu trabalho, é deixar para outros a glória, o nome, a fama, em troca de um pagamento. É viver num mundo falso e alimentá-lo com o trabalho que se faz. É questionar a identidade que se apresenta. É saberse ou não se saber quem é. Este também é um livro de entendimentos e desentendimentos, onde os espaços, a cultura, a língua marcam a separação de dois mundos: Brasil e Hungria, mais concretamente Rio de Janeiro e Budapeste. Um livro que José Costa está a escrever para um alemão mistura-se com a sua própria narrativa, ambas na primeira pessoa. O momento da entrega da obra tem o peso da legalidade, na presença de um tabelião, em forma de escritura. Apesar de legalmente pertencer a outro, como um filho que se dá em adoção, aquele que a escreveu foi
“JUAN ESTEBAN CUACCI – POWER TANGO TRÍO” 12 e 13 OUT | 21.30 | Centro Cultural de Lagos O músico apresenta obras próprias e tangos tradicionais argentinos, com um novo ponto de vista, recriando este género, sem desvirtuar as suas origens
aquele que a escreveu. Ponto. Como um pai ou uma mãe que só podem ver o filho de longe, através da grade de uma escola, levantando alguma suspeição, assim ele se descreve: «Postado no centro da pequena livraria, num pedaço de tarde perdi a conta dos fregueses que saíram com o meu livro. Passavam por mim sem me olhar, esbarravam em mim sem imaginar quem eu fosse, e aquilo me enchia de uma vaidade que havia muito tempo eu não sentia. Talvez julgando que eu perturbasse a circulação, em má hora o livreiro decidiu me interpelar: deseja alguma coisa? Não falei nada, somente lhe mostrei meu Ginógrafo [o nome do livro] aberto na folha de rosto, com o autógrafo, para ele ver que eu não era um ladrão de livros. E ali permaneci, soprando fumaça, encarando o idiota, ruminando palavras de desdém, porque, se não fosse pelo meu livro, aquela quitanda já teria fechado as portas» (p. 76). Uma vez ditas… … não se podem retirar. A revelação da autoria do livro à mulher torna-se insustentável e permite refletir sobre o peso que as palavras têm, muito diferente do pensamento, que é leve enquanto não se materializa nelas: «Para esquecer aquelas palavras [«o autor do livro sou eu» - p. 91], talvez fosse necessário esquecer a própria língua em que foram ditas, como nos mudamos de casa que nos lembra um morto. Talvez fosse possível substituir na cabeça uma língua por outra, paulatinamente, descartando uma palavra a cada palavra adquirida. Durante algum tempo, minha cabeça seria assim como uma casa em obras, com palavras novas subindo por um ouvido e o entulho descendo
por outro. Sem dúvida me daria pena ver se desperdiçarem tantas palavras belas, azulejos, por culpa de umas poucas peças que eu usara de forma desastrada» (p. 97). Quando José Costa se torna no escritor Zsoze Kósta que não escreveu o seu livro… então, todos os escritos e autores se misturam, no instante em que «lia o livro ao mesmo tempo que o livro acontecia». Lindo.
“DEAD COMBO LISBOA MULATA” 6 OUT | 21.30 | Teatro das Figuras - Faro A dupla de músicos Tó Trips e Pedro Gonçalves apresenta o seu último trabalho Lisboa Mulata. Formado em 2003, o grupo já lançou cinco álbuns
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património
• Vivências no algarve - património cultural imaterial
Loulé: Pólo Museológico da Água em Querença Márcia André e Ana Rosa Sousa
transmitido de geração em geração, em contextos familiares ou em contextos diferentes dos habituais. Nesta data surgiram as “Memórias Tradicionais de Vale Judeu” e no ano seguinte foi publicado o segundo volume desta edição. Mais tarde, na continuação deste projecto de recolha surge uma edição, espaçada no tempo em volumes, que contém dizeres e tradições das populações louletanas: “Património Oral do Concelho de Loulé”. Iniciou com uma colectânea de “Contos” (2004), passou para o género “Romances” (2006), tocou na expressão da fé e tradição religiosa do povo com “Orações” (2009) e finalmente o último volume, o “Cancioneiro” (2011). Estas publicações são um bom exemplo da riqueza do património de literatura oral que há neste concelho.
Técnicas Superiores da Câmara Municipal de Loulé
A valorização que tem vindo a ser atribuída ao Património Cultural Imaterial (doravante designado neste artigo pela sigla PCI) vem mudar a perspectiva patrimonial existente até há poucos anos, baseada na focalização da importância do património material, ou seja, na relevância que os objectos possuem em si para contar a história ou para identificar a identidade de um povo. Hoje, mais do que nunca, sabe-se que tudo o que envolve os objectos (material), é essencial para os fazer falar e para serem característicos da expressão de uma cultura ou de uma sociedade. Esta crescente escalada de importância do PCI, deve-se sobretudo à publicação de legislação que veio permitir o desenvolvimento de estudos científicos nesta área e promover a sua salvaguarda (preservação e conservação) e a sua divulgação. Pólo Museológico de Querença, dedicado à água, foi inaugurado em Maio
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Quando se fala de património cultural imaterial em Loulé, começamos por dar destaque ao trabalho científico realizado para a constituição do Pólo Museológico da Água, em Querença. Recentemente inaugurado, no passado dia 18 de Maio, os seus conteúdos respiram conhecimentos e saberes das pessoas, das tradições, hábitos e costumes locais. São estas pessoas que nos transmitem um conjunto de práticas, de saberes tradicionais e que trazem o conhecimento para dentro deste espaço. A partilha desses saberes que vêm sendo transmitidos de geração em geração, permite engrandecer e destacar a riqueza patrimonial que detêm as próprias pessoas de uma dada localidade, memórias ainda em prática de uma identidade social e cultural muito específica.
Mãe Soberana, procissão maior de Loulé e da região
Pólo Museológico da Água, Querença Loulé e a aposta nos saberes locais Desde 1996 que a Autarquia de Lou-
lé tem vindo a apostar nos saberes locais e na sua divulgação, através do apoio dado a publicações do género, cuja recolha/pesquisa, estudo e catalo-
gação têm estado sob a responsabilidade das Dr.ªs Idália Farinho Custódio e Maria Aliete Farinho Galhoz. Património oral vivo que continua a ser
Não podemos deixar de falar nas manifestações religiosas que ocorrem em Loulé, sobretudo a Festa da Mãe Soberana, tal como é apelidada carinhosamente Nossa Senhora da Piedade pelos louletanos. Uma tradição que conta com mais de 450 anos de existência e que faz já parte da cultura e tradição do povo louletano, onde o sagrado e o profano se fundem de uma maneira muito natural, mas cuja essência ou genuidade baseada na fé com que é vivida não vai sendo desvirtuada pelas reinvenções que o próprio tempo vai introduzindo. A investigação como pedra de toque da salvaguarda do Património Cultura Imaterial Mas haverá certamente ainda muito por estudar em Loulé no que concerne ao PCI, muitos levantamentos ainda estarão por ser feitos e estudados, mas a seu tempo tentaremos ir trabalhando para a salvaguarda e divulgação deste importantíssimo património que temos entre nós.
“MARÉS VIVAS” Até 29 OUT | Centro Antigo de Albufeira Exposição de Aurora Campos. A artista começou a dedicar-se à pintura recentemente e, apesar de pintar aguarela e pastel, o óleo é a técnica que mais utiliza
“JOÃO FRIZZA CONVIDA WANDA STUART” 5 OUT | 22.00 | Centro Cultural António Aleixo - Vila Real de Santo António A cantora vai ter a sua primeira actuação na cidade pombalina, onde vai dar vida a momentos únicos que mostram a sua versatilidade e que fazem jus ao título de “one woman show”
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Cultura.Sul
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Espaço Cultura
Audioguias ajudam a Ouvir a História
Real Marina Hotel & Spa Entre os oito imóveis tutelados pela Direção Regional de Cultura do Algarve, contam-se três castelos da Idade Média. Embora a sua origem remonte à época em
sul islâmico mas cujas muralhas de taipa albergavam as habitações permanentes de uma comunidade abastada. E o Castelo de Loulé corresponde à alcáçova de
Algarve (produção da Direção Regional de Cultura do Algarve, publicada pela editorial Letras Várias1), os textos contam histórias da História daqueles dois luga-
«Desde o passado fim de semana, os castelos algarvios de Aljezur e de Paderne têm as suas histórias contadas através de audioguias – para ouvir e partilhar a História. que o território algarvio se encontrava sob domínio islâmico, cada um destes três monumentos apresenta um caráter distinto e uma história própria. O Castelo de Aljezur é um pequeno recinto fortificado, dotado de duas torres altaneiras e de uma entrada resguardada, protegendo os celeiros e os haveres de uma modesta comunidade, que abrigava dos perigos de assaltos inimigos e de razias. Já o Castelo de Paderne é uma pequena fortificação rural, com caráter predominantemente militar, que integrava a linha defensiva do extremo
uma cidade islâmica, reduto fortificado e residência do governador da medina de al-Uliã, que era então a maior do Algarve interior, sem porto de mar próprio. Desde o passado fim de semana, dois destes castelos – o de Aljezur e o de Paderne – têm as suas histórias contadas através de audioguias, apresentados no âmbito das Jornadas Europeias do Património. Da autoria de Natércia Magalhães, investigadora que em 2008 nos havia brindado já com um magnífico álbum ilustrado sobre os Castelos, Cercas e Fortalezas do
res de memória do passado algarvio. Tornando estes castelos acessíveis a um público mais alargado, as narrativas podem ser ouvidas e descarregadas em http:// www.cultalg.pt/aljezur/ e em http://www.cultalg. pt/paderne/. Para escutar e partilhar a História.
Criamos momentos únicos para si
Direcção Regional de Cultura do Algarve Magalhães, N., Algarve (2008) – Castelos, Cercas e Fortalezas: As Muralhas como Património Histórico. Faro: Letras Várias, Edições e Arte, 300 págs. 1
Real Marina Hotel & Spa - Olhão Info e reservas Spa: 289 091 310 - spa @realmarina.com