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Director Henrique Dias Freire • Ano XXV • Edição 1091 • Semanário à sexta-feira • 2 de Novembro de 2012 • Preço € 1
em foco 2 autódromo do algarve pede perdão parcial de dívida 3 rtp cala emissão regional de rádio 4 reitor contra cortes de 12% na verba para a UALG 5 empresários algarvios e andaluzes do bni iniciam trocas comerciais 7 loulé e faro com limites definidos 9 Classificados 10
Cortes do Governo ameçam deixar UAlg de joelhos
às Sextas em conjunto com o Público por €1,60
> João Guerreiro não admite que corte de 12% nas transferências do Orçamento de Estado para a Universidade do Algarve vingue no Parlamento. Repensar a rede de ensino superior no seu todo é a solução por oposição aos cortes cegos, advoga o reitor p. 5
Autódromo luta para evitar insolvência
d.r.
> Paulo Pinheiro, administrador da Parkalgar mantém silêncio > Perdão da dívida parece ser a solução para a viabilização p. 3 d.r.
Algarve ganha dois Monumentos Nacionais d.r.
Património: O Forte de S. Sebastião, em Castro Marim (na foto), e as Muralhas e Porta da Almedina, em Silves, são os dois monumentos que vão receber a classificação > 2
Andaluzia passa a ter o primeiro grupo BNI > A rede de negócios BNI já deu provas da sua força no Algarve e agora, com o apoio dos grupos da região, a Andaluzia dá os primeiros passos na aventura de criar os grupos andaluzes de empresários. Do Algarve para Espanha a experiência de uma forma especial de fazer negócios p. 7 PUB
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Região vai ter dois novos monumentos nacionais dr
Mapa do património cresce com 35 novos monumentos e locais classificados d.r.
Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com
O Algarve vai contar em breve com dois novos exemplos de património classificados como Monumento Nacional, avançou ao POSTAL Dália Paulo, directora regional de Cultura. O Forte de São Sebastião, em Castro Marim, e as Muralhas e Porta da Almedina, em Silves, são os dois exemplos de património edificado algarvio que atingem a mais alta classificação em termos patrimoniais no país. Com os procedimentos administrativos concluídos, “a classificação apenas aguarda a homologação, que no caso de monumentos nacionais, tem necessariamente de ser feita pelo Conselho de Ministros”, esclarece a titular regional da pasta da Cultura. Monumentos de Interesse Público aguardam fim dos processos Mas nem só de
monumentos nacionais se fala quando se trata de património classificado. Nesta matéria também a classificação de Monumento de Interesse Público (MIP) constitui uma mais-valia para os locais e edifícios de relevo patrimonial. Neste capítulo o Algarve tem sete candidaturas à classificação em processo de conclusão da respectiva consulta pública e tudo aponta para que muito em breve a região vai contar com sete novos MIP. Na lista dos classificados a muito breve trecho como MIP estão a Igreja Matriz de Pechão e os Mercados Municipais de Olhão, ambos no concelho de Olhão; a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, a Ermida de São Sebastião e o Palácio Berlmarço, todos no concelho de Faro; a Calçadinha Romana, no concelho de São Brás de Alportel, e a Ermida de Nossa
tes, alguns deles há muitos anos”, remata a responsável pela Cultura no Algarve.
Câmaras vÊem mais-valias na classificação José
ÔÔ O Forte de São Sebastião em Castro Marim foi classificado como Monumento Nacional Senhora da Consolação, em Tavira. De acordo com Dália Paulo, estão também a aguardar apenas a homologação pela Direcção-Geral do Património Cultural, e em breve ascenderão à classificação de MIP outros 15 locais e edifícios de importância patrimonial na região. A estes somam-se ainda mais 11 que estão prontos para avançar para consulta pública, também estes para a classificação como MIP.
física e à protecção das zonas envolventes em termos de ordenamento do território, é simultaneamente uma mais-valia para a preservação dos locais e edificados em causa e uma ferramenta para a defesa da sua integridade, salvaguardando o seu valor intrínseco e a sua importância patrimo-
nial e cultural”, refere a directora regional. Quanto ao elevado número de edificados e locais que serão classificados até ao final do ano, Dália Paulo esclarece que a sua extensão se deve ao facto do enquadramento legal das classificações ter sido alterado em 2009. d.r.
Processos têm que estar prontos até ao fim do ano Ao todo 35 locais e edificações receberão “até 31 de Dezembro”, refere a directora regional de Cultura, uma classificação, um facto que Dália Paulo encara como importante na medida em que o património classificado fica sujeito a uma protecção muito maior do que aquele cujo relevo patrimonial resulta apenas da compreensão e assumpção gerais da respectiva importância monumental. “A protecção a que o património classificado está sujeita, nomeadamente no que respeita à sua conservação
ÔÔ Mercados de Olhão vão ser Monumento de Interesse Público
“Inicialmente a legislação então aprovada dava até ao final de 2010 como prazo para que os processos de classificação pendentes nas entidades competentes em todo o país fossem resolvidos”, recorda a responsável algarvia. Depois de dois adiamentos o prazo foi prorrogado até ao final deste ano, pelo que até Dezembro todos os processos pendentes têm de estar solucionados. De acordo com Dália Paulo, a simplificação dos procedimentos de candidatura para classificação deu também origem a que mais pedidos fossem apresentados pelas várias regiões do país para que os respectivos monumentos fossem alvo de classificação. Não obstante, as candidaturas são sempre “um processo em contínuo”, sublinha Dália Paulo, que afirma que nada obsta a que sejam apresentadas outras candidaturas. “O que se passa é que até ao final do ano, num esforço notório de todos os agentes envolvidos no processo de classificação, conseguiremos a nível nacional desbloquear o andamento de todos os processos que estavam penden-
Estevens, presidente da Câmara de Castro Marim, em declarações ao POSTAL, realça que a classificação próxima do Forte de São Sebastião é “o reconhecimento da importância patrimonial de uma estrutura que foi objecto por parte da autarquia de uma intervenção profunda ao nível da recuperação de todo o amuralhado”. Para o autarca, “o facto de uma terra de reduzida dimensão como Castro Marim ter dois imóveis classificados como Património Nacional é simultaneamente motivo de orgulho para os castromarinenses e uma mais-valia em termos turísticos”. José Estevens considera “notável” que Castro Marim veja assim “reconhecido o seu valor patrimonial e os resultados do esforço de valorização do seu legado histórico pela autarquia”. Para António Pina, vereador da Cultura da câmara olhanense, que vê os mercados locais serem classificados como MIP, “trata-se do reconhecimento da importância arquitectónica e histórica de um dos ícones da cidade que são os mercados”. Segundo o autarca, “em bom tempo a autarquia resolveu transformar e melhorar os mercados, tendo sido um dos primeiros grandes investimentos que fizemos na cidade, e este é o reconhecimento dessa nossa estratégia e desse objectivo”. Também no caso olhanense o responsável autárquico destaca os efeitos positivos que resultam de uma classificação patrimonial em particular ao nível do turismo.
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região
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Autódromo do Algarve pede perdão parcial de dívida
Desembarque ilegal de berbigão d.r.
Plano prevê não pagar 40 milhões de euros aos credores Pedro Ruas/Ricardo Claro pedror.postal@gmail.com
A Parkalgar, dona do Autó-
dromo Internacional do Algarve (AIA), vai apresentar hoje, sexta-feira, o plano de recuperação que passa pelo perdão de 23 milhões de euros nos empréstimos contraídos no banco Millennium-BCP e um desconto de 70% nas dívidas comuns do consórcio, no valor de 16,5 milhões de euros. Segundo notícia avançada pelo jornal i, está ainda prevista uma entrada extraordinária de fundos no valor de 10 milhões de euros para a conclusão do projecto imobiliário do AIA, que engloba um conjunto de apartamentos turísticos e um hotel como forma de viabilizar a estabilização financeira e a consequente revitalização da empresa. O POSTAL contactou a administração da Parkalgar, que recusou prestar declarações. Não obstante, fonte ligada ao processo avançou ao POSTAL que a apresentação do plano deverá estar garantida, uma vez que “estão reunidos os votos que dão luz verde ao andamento do processo”.
Ao abrigo do Processo Especial de Revitalização (PER), preparado pela Parkalgar e acompanhado por um administrador judicial provisório, o plano consiste no perdão parcial do capital em dívida e no perdão total de juros e indemnizações respectivos, prevendo também o reescalonamento de prazos e alienação de património entregue a credores. Em relação à dívida ao Estado, o i garante que a Parkalgar pretende ver estendidos os prazos de regularização dos montantes em falta às Finanças e à Segurança Social, que perfazem um valor de 614 mil euros e seriam pagos a dez e 12 anos e meio respectivamente. A mesma fonte refere que, perdoados os 40 milhões de euros, o capital em dívida remanescente ronda os 120 milhões de euros, cujos prazos de pagamento serão alargados de dois anos até um período máximo de 25, estando ainda previstos períodos de carência em relação a determinados créditos.
Processo de revitalização arrancou em Junho Recorde-
-se que a Parkalgar recorreu ao PER no início do Verão
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ÔÔ Paulo Pinheiro, administrador da Parkalgar passado numa tentativa de salvar a viabilidade financeira do projecto. O recurso a este projecto foi “viabilizado pelos dois maiores credores da Parkalgar, o BCP e a Bemposta, para que a estabilização financeira proporcione a conclusão do projecto”, conforme esclarece o comunicado da empresa em Junho passado. O apoio solicitado surgiu dias depois de um consórcio liderado pela Siemens ter interposto em tribunal um pedido de insolvência da Parkalgar, por incumprimento
de uma dívida de 1,6 milhões de euros a que já acrescia o va-
lor de um milhão de euros de juros de mora.
Processo Especial de Revitalização (PER) ÔÔ O PER foi instituído com a Lei 16/2012, de 20 de Abril, que veio alterar o Código de Insolvência e da Recuperação de Empresas. Criado como processo especial, o PER destina-se a permitir a qualquer devedor que, comprovadamente, se encontre em situação econó-
mica difícil ou em situação de insolvência iminente, mas que ainda seja susceptível de recuperação, estabelecer negociações com os respectivos credores de modo a conduzir à sua revitalização económica, facultando-lhe a possibilidade de se manter activo no giro comercial.
ÔÔ A Polícia Marítima impediu na passada segunda-feira, na Praia de Faro, o desembarque de meia tonelada de berbigão capturado ilegalmente na Ria Formosa, disse à Lusa fonte do comando da Zona Marítima do Sul (ZMS). A situação foi detectada durante as primeiras horas da madrugada, altura em que uma antiga embarcação de recreio, não licenciada, se preparava para desembarcar o berbigão. O único tripulante da embarcação é acusado da prática de captura ilícita não licenciada de berbigão e será sujeito a contra-ordenação. A situação foi detectada durante as patrulhas regulares nocturnas e que o berbigão foi devolvido à Ria Formosa. As autoridades suspeitam que o berbigão teria como destino a venda para Espanha. Lusa
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Santa Casa da Misericórdia de Tavira Instituição fundada em 1498 ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA CONVOCATÓRIA De conformidade com o preceituado nos n.º1 do artigo 30º do Compromisso convoco a Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia de Tavira, para a sessão Ordinária a realizar no próximo dia 15 de Novembro pelas 14:00H no edifício do Lar/Centro de Dia, situado na Rua da Atalaia n.º5 com a seguinte Ordem de Trabalhos: 1-Apreciação e votação da proposta de orçamento e plano de actividades para 2013 (n.º1 do art. 30º);
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CONVOCATÓRIA De acordo com o disposto nos Estatutos, convoco a Assembleia Geral Ordinária para reunir, em 1ª. Convocatória no Salão Nobre do Instituto, no dia 14 de Novembro de 2012, pelas 16.30 horas, com a seguinte:
ORDEM DE TRABALHOS
2-Informações Gerais
1. - Apreciação e votação do Orçamento e do Programa de Acção para o Ano de 2013.
Não se encontrando presente à hora indicada a maioria do número legal dos Irmãos, a Assembleia funcionará de acordo com o preceituado no n.º2 do art. 28º do Compromisso, uma hora depois, sem segunda convocatória, no mesmo local e com qualquer número de Irmãos.
Não havendo à hora marcada, quorum, convoco desde já a Assembleia Geral Ordinária, em 2.ª Convocatária, para reunir no mesmo dia e local pelas 17.30 horas, com qualquer número de sócios.
Para constar e produzir os efeitos legais se passou o presente aviso e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume, publicado em jornal local e informados por escrito os Irmãos da Misericórdia. Tavira, 29 de Outubro de 2011
Faro, 25 de Outubro de 2012 O Presidente da Mesa da Assembleia
O Presidente da Assembleia Geral, Victor Manuel Nascimento Minhalma
Helder Martins do Carmo
(POSTAL do ALGARVE, nº 1091, de 2 de Novembro de 2012)
(POSTAL do ALGARVE, nº 1091, de 2 de Novembro de 2012)
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região
RTP cala emissão regional de rádio Comando editorial está entregue ao Porto Humberto Ricardo humbertor.postal@gmail.com
“Cada vez mais O Algarve está a ser ‘estrangulado’ no sector da comunicação social e a região reduzida à notícia factual do momento ou a casos de visibilidade trágica que a colocam nas bocas do mundo”, é esta a opinião generalizada de algumas figuras públicas, contadas pelo POSTAL, a propósito do encerramento da emissão regional da RDP/ Algarve que deixou de ter tempo próprio de edição para o Algarve. A decisão de “calar” o tempo de antena de 45 minutos exclusivos para o Algarve veio de Lisboa com base em argumentos de reorganização das antenas e também justificada com o apoio numa muleta que serve para tudo, a crise. A medida encurta a voz das regiões, que agora ficaram subordinadas ao poder editorial do Porto (Portugal em Direto) com escassos 45 minutos de antena para todo o país, com edições onde mal cabem meia dúzia de notícias sobre as regiões.
d.r.
No caso particular do Algarve, a região tem perdido voz crítica na comunicação social pública com a redução de tempos de antena, que não permitem debates ou entrevistas de maior duração, e até o cartaz cultural da região desapareceu.
Modelo anterior considerado “desajustado” Na opinião
de responsáveis coordenadores da antena regional, o modelo anterior de edição estava desajustado em função do número de jornalistas para trabalharem as matérias regionais e darem resposta às intervenções para a antena nacional, incluindo reportagens. “Muitas vezes para preencher os 45 minutos de antena regional era preciso recorrer a compactos alargados de trabalhos devido ao pouco tempo diário que os jornalistas tinham para responderem aos pedidos das antenas de âmbito nacional”, referem.
Falta de condições na RTP Outro grande problema é a falta de condições de trabalho na RTP/RDP/Algarve. As estruturas
ÔÔ Portugal em Direto fica com 45 minutos de antena para todo o país físicas e meios das delegações estão degradados e já nem as águas da chuva evitam. A humidade nas paredes é visível e os profissionais queixam-se de desconforto e até responsabilizam o espaço por causar problemas de saúde. As obras para criar uma redacção única, assim como a reparação do edifício onde funciona a rádio, no Campo da Senhora da Saúde, há mui-
to projectadas, nunca arrancaram, ao contrário das outras no resto do país, modernizadas até ao luxo, enquanto o Algarve foi discriminado e completamente esquecido. Apesar de todas as contrariedades, os profissionais da RTP/ RDP desdobram-se em esforços para responderem com notícias e reportagens diversas sobre a região. Os jornalistas lutam ainda com as dificulda-
des em sensibilizar os editores em Lisboa e no Porto, muito selectivos, para dispensarem tempo de antena ao Algarve.
Dependência editorial do Porto criticada Para um an-
tigo director de informação da RDP/Algarve, “a dependência editorial do Porto no “Portugal em Direto” é uma medida discriminatória e sem sensibilidade para proporcionar uma
escolha de notícias ajustadas a cada região”. “O mais lógico e aconselhável seria manter o sistema anterior, - rotação editorial pelas redacções de Lisboa, Porto, Coimbra e Faro - e dar oportunidade selectiva a todos”, refere. Ouvintes assíduos do serviço público de rádio e televisão também deram o seu testemunho ao POSTAL sobre a retirada de antena dos noticiário regional e queixam-se de nada, ou pouco, se saber do que se passa no Algarve em termos gerais, incluindo a habitual agenda de eventos promovidos na região.
Ouvintes descontentes “O que me interessa a mim o que se passa em Lisboa, Porto e lá no norte, se não sei, na proximidade, aqui, no Algarve”, refere um ouvinte, concluindo que, “agora é só norte”. “Eu também pago taxa de audiovisual como os outros e também quero saber o que se passa na minha região ou vou pedir à EDP que exclua na minha factura essa taxa”, desabafa Manuel Fernandes, agente imobiliário.
dezasseis mil euros para apoiar 40 profissionais impedidos de apanhar bivalves
Governo apoia mariscadores em dificuldades O Governo anunciou que vai
compensar os mariscadores da Ria Formosa que declaram a actividade e que estiveram impedidos de apanhar bivalves cerca de um mês devido à presença de toxinas prejudiciais à saúde. O valor disponibilizado pelo Executivo é superior a 16 mil euros para apoiar 40 profissionais, que vão receber “uma compensação diária correspondente ao seu salário declarado”, refere em comunicado o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território. “As compensações devem chegar à conta dos beneficiários ainda esta semana e estão abrangidos ‘apanhadores, armadores e tripulantes’ que apresentaram as suas candidaturas entre 4 e 22 de Outubro”, acrescenta o ministério.
A mesma fonte refere que a Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos está “a analisar as candidaturas relativas aos trabalhadores das embarcações de pesca com ganchorra e os apanhadores de marisco, num total de 61 trabalhadores e com uma compensação prevista de 24,659 euros”. Este valor será disponibilizado através do Fundo de Compensação Salarial dos Profissionais da Pesca, que recebeu 69 candidaturas e rejeitou oito por não serem elegíveis de acordo com a legislação em vigor.
Mariscadores impedidos de exercer actividade durante um mês Devido às toxinas,
que podem provocar diarreias, paralisia e amnésia, os mariscadores e viveiristas de Faro,
d.r.
ÔÔ Ministério liderado por Assunção Cristas vai compensar mariscadores impedidos de laborar Olhão e Fuzeta estiveram impedidos de exercer a sua actividade na Ria Formosa entre 21 de Agosto e 21 de Setembro, enquanto os pescadores
da pesca com ganchorra da costa algarvia continuam impedidos de trabalhar desde 21 de Agosto. “A lei prevê a compensação
das perdas de rendimento dos profissionais obrigados a parar a actividade desde que sejam titulares de cédula marítima válida e que exerçam a
sua actividade, em exclusividade, a bordo de embarcações de pesca licenciadas mas temporariamente imobilizadas e apresentem declarações da Segurança Social e das Finanças”, explicou o ministério. O anúncio do ministério liderado por Assunção Cristas surge dois dias depois de deputados do PS e do PCP eleitos pelo Algarve terem questionado o Governo sobre as difíceis condições de vida dos viveiristas e os atrasos dos pagamentos dos subsídios ao sector. As perguntas, feitas separadamente, incidiram sobre as cerca de duas mil pessoas afectadas pela interdição da apanha e comercialização de bivalves na Ria Formosa e outras zonas do litoral algarvio, devido à presença de toxinas suscetíveis de provocar diarreias e paralisias. Lusa
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Empresários algarvios e andaluzes do BNI iniciam trocas comerciais pág. 7
Reitor contra cortes de 12% na verba para a UAlg
Cantautores animam noites na Casa do Povo
B Fachada ao vivo em Santo Estêvão
Proposta consta do Orçamento de Estado para 2013 Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com
João Guerreiro afirmou ao POSTAL que se “recusa a admitir o cenário de corte de mais de 12% nas verbas das transferências do Orçamento de Estado (OE) para o Orçamento da Universidade do Algarve”, redução que consta da proposta de Orçamento de Estado para 2013 que começou na passada terça-feira a ser discutida no Parlamento. A serem realidade os cortes previstos o responsável máximo da Universidade do Algarve havia já na semana anterior, de acordo com a Agência Lusa, admitido que em 2013 não haverá dinheiro para o normal funcionamento da instituição e para pagar salários. Nas declarações feitas ao POSTAL, o reitor recorda que no exercício de 2012 o corte nas transferências do Estado atingiu 8,5%, um valor que se soma aos cortes já efectuados em anos anteriores e que “a Universidade tentou acomodar recorrendo aos saldos positivos transitados de anos anteriores”, delapidando os supeavits acumulados. Receitas das universidades em queda O cenário proposto
pelo Governo em sede de OE para 2013 soma-se à dificuldade crescente das universidades em conseguirem ter outras fontes de receita para além das transferências do Estado.
d.r.
João Guerreiro é claro nesta matéria, “a previsão orçamental anual da Universidade do Algarve para 2012 em receitas resultantes de prestações de serviços conseguiu apenas ser executada em 28% até Setembro”. Um cenário negro a três meses do fim do exercício que deixará nas contas da instituição de ensino superior um buraco indisfarçável e que de acordo com o responsável universitário se deve “às fracas condições do mercado para procurar os serviços prestados pelas universidades, uma vez que o sector público e as empresas não estão a contratar serviços e investigação”. João Guerreiro não esclarece se perante um cenário provável de cortes acentuados nas transferência do OE a Universidade do Algarve paralisará. Antes prefere afastar de todo esse cenário não admitindo a sua efectivação, com a convicção de que no Parlamento os partidos farão uma revisão dos cortes favorável às instituições de ensino superior. “As universidades não são caixas de elástico ou caixas de borracha que podem ser comprimidas a bel-prazer”, diz João Guerreiro, afirmando que quer acreditar que a Assembleia da República (AR) vai alterar a proposta. O reitor sublinha o reconhecimento da universidade quanto aos tempos difíceis que o país atravessa, mas não deixa
ÔÔ B Fachada vem a Santo Estêvão apresentar o seu último trabalho
ÔÔ João Guerreiro acredita que AR vai alterar a proposta de reiterar a sua convicção de que o que importa nesta matéria “é ter claras as prioridades”. O esforço de contenção da despesa tem sido uma realidade levada a sério pela Universidade do Algarve, nota João Guerreiro, que sublinha no entanto que a acomodação orçamental de um corte de 8,5% num ano – como sucedeu em 2012 – não se compagina com a estrutura orçamental das instituições de ensino superior. Recorde-se que ao abrigo do respectivo estatuto as universidades estão e sempre estiveram impossibilitadas de recorrer ao crédito bancário, pelo que a margem de gestão é sempre reduzida em partipub
MUNICIPIO DE ALJEZUR CÂMARA MUNICIPAL AVISO N.º 1/DGUOP/2012
José Manuel Velhinho Amarelinho, Presidente da Câmara Municipal de Aljezur: Torna público, em cumprimento do disposto no art.º 27.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, com a redação que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de março, que: Em cumprimento da deliberação camarária de 24 de julho de 2012, encontra-se aberto pelo prazo de 15 dias úteis, contados a partir do oitavo dia após a publicação no Diário da República, o período de Discussão Pública referente à alteração ao n.º 1 da alínea b) do artigo 5.º de regulamento do loteamento titulado pelo alvará n.º 1/99, emitido em 04 de Março de 1999, cujo titular é SAGRIMO – Sociedade Agrícola e Imobiliária, Lda. sito em Cerca do Moinho, Carrapateira, freguesia de Bordeira, concelho de Aljezur. Os interessados poderão consultar a proposta de alteração ao regulamento na Divisão de Gestão Urbanística e de Obras Particulares nos dias úteis da 9 horas às 15 horas e 30 minutos. As observações, reclamações ou sugestões a apresentar, deverão ser dirigidas ao Presidente da Câmara Municipal de Aljezur, formuladas por escrito e apresentadas na Divisão de gestão Urbanística e de Obras Particulares desta Câmara Municipal. Aljezur, 22 de outubro de 2012 Presidente da Câmara, - José Manuel Velhinho Amarelinho (POSTAL do ALGARVE, nº 1091, de 2 de Novembro de 2012)
cular quando se trata de gestão de fluxos de tesouraria.
A sustentabilidade do ensino superior O reitor recorda que
a questão da sustentabilidade do sistema de ensino superior está em causa “quando se fazem cortes cegos” e defende por isso uma reavaliação séria da rede de instituições e o seu dimensionamento para a realidade existente, tendo em conta entre outros factores o aumento da escolaridade obrigatória e os seus efeitos no acesso ao ensino superior no futuro e os objectivos da União Europeia para a população com ensino superior em 2020, os quais estão ainda muito acima da realidade portuguesa.
A Casa do Povo de Santo Estêvão (CPSE), em Tavira, apresenta hoje, às 22.30 horas, o início de um ciclo de concertos de cantautores que vão aquecer as noites frias de Outono e Inverno. O Ciclo de Cantautores da CPSE, arranca esta noite com a presença de B Fachada, nome pelo qual o cantautor e instrumentista Bernardo Fachada é conhecido no panorama musical e que vem a Santo Estêvão apresentar o seu último trabalho ‘Criôlo’. José Barradas, presidente da CPSE, disse ao POSTAL esperar “casa cheia” nos cinco concertos, agendados propositadamente no Inverno, numa tentativa de “inversão”, uma vez que “nesta altura do ano há menos oferta e os artistas aproveitam para dar a conhecer os seus novos trabalhos”. Este ciclo tem mais datas já anunciadas e ainda no mês de Novembro, no dia 17, é a vez de Tcheca, virtuoso músico cabo-verdiano, animar os presentes com ritmos de batuque ou funaná. JP Simões é o músico convidado no dia 7 de Dezem-
bro, estando ainda marcadas datas para 2013, onde Sebastião Antunes, a 12 de Janeiro e Luís Pucarinho, a 23 de Fevereiro, encerram o programa. Os bilhetes para o próximo concerto custam cinco euros e estão à venda no local, no próprio dia do concerto. PR/RC
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6 | 2 de Novembro de 2012 pub
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Sede: Rua Dr. Silvestre Falcão, n.º 13 C - 8800-412 Tavira - Algarve Tel: 281 320 900 | Fax: 281 320 909 E-mail: jornalpostal@gmail.com Director: Henrique Dias (CP 3259). Director Comercial: Basílio Pires Editor: Ricardo Claro (CP 9238). Redacção: Cristina Mendonça (CP 3258), Geraldo de Jesus (CO 630), Helga Simão, Humberto Ricardo (CP 388), Pedro Ruas. Design: Profissional Gráfica. Colaboradores fotográficos: José A. N. Encarnação “MIRA” Colaboradores: Beja Santos (defesa do consumidor), Nelson Pires (CO76). Departamento Comercial, Publicidade e Assinaturas: Anabela Gonçalves, José Francisco. Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire, inscrito sob o nº 211 612 no Registo das Empresas Jornalísticas. Edição: Postal do Algarve - Publicações e Editores, Lda. Contribuinte nº 502 597 917. Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do Título (dgcs): nº 111 613. Impressão: Naveprinter Distribuição: Banca - Logista, à sexta-feira com o Público/VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT. Membro: APCT - Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação; API - Associação Portuguesa de Imprensa.
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Empresários algarvios e andaluzes do BNI iniciam trocas comerciais BNIs algarvios ajudam a lançar rede de negócios na Andaluzia Henrique Dias Freire diasfreire@gmail.com
Vinte e oito empresários constituíram um novo Grupo BNI – Business Network International, o primeiro a ser constituído na Andaluzia. Depois dos seis grupos algarvios, coube agora ao Grupo Innovación, da província de Huelva, fazer a sua apresentação pública que se realizou no passado dia 23 de Outubro em Aljaraque à hora BNI, entre as 6.45 e as 9.10 da manhã. O lançamento contou com cerca de 300 empresários, dos quais alguns algarvios, e com a presença do presidente do alcayde de Aljaraque, David Toscano, que realçou a vontade dos empregadores de Huelva fazerem face à actual situação
ao revitalizarem e empreenderem novas formas de fazer negócios. Para o director executivo do BNI Sul de Portugal e de Huelva, Orlando Caixeirinho, “trata-se de um passo essencial para revitalizar a economia local e as relações comerciais entre as duas regiões ibéricas do sul”. Um dos membros algarvio do grupo Atitude em Olhão, o advogado Duarte Brito Figueira, é já um dos exemplos da efectivação das relações comerciais que já se iniciaram entre os dois países com o lançamento do novo grupo BNI de Huelva. Duarte Brito Figueira integrou a comitiva algarvia com os empresários BNI Rui Pontes da Uso Fácil, Dina Fernandes pub
Prolongamento da Campanha até 2 de Novembro de 2012
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da Decidir Consultores, Nuno Bértolo da Munditália, Jorge Jesus da Itelmatis, Manuela Sabino da Amour Gourmet e os directores consultores de Área BNI Sul, Mário Neto da MN Consultores TI e Ana Correia dos Restaurantes Naturalmente.
Empresários algarvios unidos O BNI é a maior organiza-
ção empresarial de troca de referências de negócios do mundo e assenta a sua filosofia em Givers Gain, “Ganho aos que dão”, pois as oportunidades de negócio trocadas entre os seus membros são graciosas e sem qualquer tipo de comissionamento. Com apenas um ano de existência na região, a união dos empresários algarvios do BNI têm revelado um cres-
ÔÔ O advogado Duarte Brito Figueira, com os empresários algarvios Rui Pontes da Uso Fácil, Dina Fernandes da Decidir Consultores e Nuno Bértolo da Munditália
cimento acima da média mundial, muitos deles conseguindo contrariar a actual tendência de crise ao aumen-
tarem a sua facturação em mais de 20%. Essa dinâmica torna-se agora maior com o novo grupo de Huelva. pub
8 | 2 de Novembro de 2012
região Três novos televisores equipam unidade
Lions já doaram 18 mil euros à oncologia do Hospital de Faro d.r.
Milhão e meio para recuperar casas ardidas Habitações destruídas pelos incêndios de São Brás e Tavira vão ser reconstruídas O Governo oficializou uma
ÔÔ Na cerimónia estiveram presentes as entidades envolvidas O Lions Clube de Faro continua empenhado em melhorar as condições de conforto dos doentes da unidade oncológica do Hospital de Faro e adquiriu recentemente três novos televisores para o Hospital de Dia de Oncologia. A nova acção solidária vem complementar as melhorias que já haviam sido feitas nas instalações do serviço de oncologia do hospital e que foram inauguradas em Abril passado. De facto, depois das melhorias das instalações, numa obra que custou cerca de 16 mil euros, que serviram para trabalhos de pintura, substituição de chão e instalação de
rodas-macas, o Lions continua o esforço de humanizar os cuidados de saúde prestados nesta unidade e amenizar as condições de conforto dos doentes que a ela recorrem. Segundo informações do Hospital de Faro, o Lions Clube já contribuiu, até ao momento, com cerca de 18 mil euros para o Hospital de Dia de Oncologia. Presentes na cerimónia de entrega estiveram o presidente do Lions, Sá de Matos, bem como o presidente do Conselho de Administração do Hospital de Faro, Pedro Nunes, e a directora do Serviço de Oncologia, Irene Furtado. PR/RC
ajuda financeira no valor de 1,5 milhões de euros para os municípios algarvios de Tavira e São Brás de Alportel, afectados pelo grande incêndio florestal de Julho deste ano. A verba disponibilizada pela tutela consta de um Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) e terá o valor de 667 mil euros para o município de Tavira e 844 mil euros para o de São Brás. O valor acordado resulta de um levantamento feito sobre os prejuízos dos incêndios e soma-se a um apoio anterior, que já tinha sido atribuído, de 188.632 euros. Os incêndios que atingiram a Serra do Caldeirão, de 18 a 21 de Julho, queimaram uma área aproximada de 24 mil hectares, sobretudo espaços florestais, de acordo com a Autoridade Nacional da Proteção Civil. Em São Brás ficaram 18 habitações destruídas, que vão
Governo diz que actuou em tempo recorde No concelho
de Tavira ficaram destruídas sete habitações e o presidente da Câmara, Jorge Botelho, garantiu que “num primeiro momento irão ser utilizados cerca de 300 mil euros para reconstruir as casas e depois serão desenvolvidas acções de reintegração, acompanhamento social e psicológico das famílias afectadas”. O secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Marco António Costa, realçou que o Governo actuou num tempo recorde e afirma que, “desde logo o Estado disse que faria o esforço financeiro
Vidal Fitas e Ricardo Mestre dizem adeus à equipa
Ciclismo de Tavira estreia-se por terras da China Pedro Ruas/Ricardo Claro pedror.postal@gmail.com
A equipa profissional do
Clube de Ciclismo de Tavira (CCT) compete, entre os dias 1 e 8 de Novembro, no Tour de Taihu Lake, na China. A prova assinala a estreia da equipa algarvia em território chinês e marca a despedida do director desportivo, Vidal Fitas, e do chefe de fila Ricardo Mestre, que já assinou contrato com a equipa espanhola do circuito Pro Tour, Euskatel Euskadi. Conforme foi dito ao POSTAL por Ana Jesus, relações públicas do CCT, os objectivos da equipa passam por “pelo menos vencer algumas etapas” e garante que a maior dificuldade “é o desconhecimento das equipas asiáticas em competição, visto que a identificação é menor em comparação com as equipas
d.r.
europeias e norte-americanas presentes”. Ricardo Mestre, Diogo Nunes, Alejandro Marque, Samuel Caldeira, Luís Silva e Valter Pereira são os ciclistas convocados por Vidal Fitas.
ÔÔ Marco António Costa, secretário de Estado da Segurança Social necessário para apoiar as famílias e dar-lhes o nível de conforto que tinham antes desta calamidade”. Segundo o Instituto da
Conservação da Natureza e das Florestas, este foi o maior fogo deste ano e atingiu cerca de 21% da área florestal ardida em 2012. Lusa pub
Cartório Notarial em Tavira Bruno Filipe Torres Marcos Notário Extrato de Escritura de Justificação CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Justificação outorgada em onze de Setembro de dois mil e doze, exarada a folhas cinquenta e três e seguintes do Livro de notas para escrituras diversas número Trinta – A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário privado Bruno Filipe Torres Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A, freguesia de Tavira (Santa Maria): STUART JOHN WOODDISSE, natural de Sheffield, Inglaterra, Reino Unido, e mulher AMANDA LOUISE MCGREGOR, natural de Dublin, Irlanda, ambos de nacionalidade britânica, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Malhada do Judeu, caixa postal 114-P, Porto Carvalhoso, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Tavira, contribuintes fiscais números 243168330 e 243168586, declararam: - Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano composto por casa de habitação térrea, de tipologia T3, com a área total de cento e oitenta e nove metros quadrados, sendo a área coberta de cinquenta e quatro metros quadrados e a área descoberta de cento e trinta e cinco metros quadrados, sito em Malhada do Judeu, freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, que confronta a Norte com caminho público e Ann Van Linden, Sul e Poente com estrada municipal e do Nascente com Zeeta Fitzpatrick, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3252, com o valor patrimonial tributário de 3.570,00 €, igual ao atribuído, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira.
Reformulação desportiva em andamento No que se re-
fere às possíveis alterações no planeamento da equipa para a próxima época existe apenas a confirmação de que “Nélson Vitorino e Nentcho Dimitrov vão substituir Vidal Fitas”, que, lembre-se, comanda a formação mais antiga do pelotão internacional desde 2005. Ricardo Mestre, de partida para Espanha, e primeiro ciclista da equipa a ingressar numa equipa do Pro Tour, é que ainda não tem substituto anunciado formalmente. Segundo Ana Jesus, ainda está a ser feito “o enquadramento de patrocinadores
d.r.
ser alvo de intervenção, explicou o presidente da Câmara António Eusébio. “A partir de hoje estamos prontos para lançar o concurso. São cerca de 460 mil euros de investimento para reconstruir as habitações”, perspetivou o autarca.
- Que o outorgante marido adquiriu este imóvel, ainda no estado de solteiro, maior – tendo mais tarde casado com a actual esposa, no referido regime de casamento –, por compra meramente verbal e nunca reduzida a escritura pública, em data que não pode precisar, mas seguramente no ano de mil novecentos e noventa e um, feita a Ann Julia Van Linden, divorciada, residente no referido sítio de Malhada do Judeu. - Que, assim sendo, não têm título suficiente de aquisição do referido prédio urbano, estando, por isso, impossibilitados de comprovar a referida aquisição pelos meios extrajudiciais normais e de efectuar o correspondente registo a seu favor.
ÔÔ Vidal Fitas abandona comando da equipa tavirense para a próxima época desportiva”, daí não poder avançar com mais dados, até porque a direcção do clube já partiu para a Ásia para acompanhar a equipa. Esta é a última prova do calendário da presente época e a derradeira competição para
Vidal Fitas que, enquanto director desportivo do CCT, contribuiu para a vitória de quatro edições da Volta a Portugal, a última das quais, em 2011, vencida por Ricardo Mestre que também cumpre as últimas pedaladas com a camisola do seu clube de sempre.
- Que, porém, desde aquele ano, portanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de serem os únicos titulares do direito de propriedade sobre o identificado prédio, e assim o julgando as demais pessoas, têm-no possuído – utilizando-o como sua casa de habitação, nele fazendo as necessárias obras de manutenção ou restauro e até de melhoria, como pintando-o e substituindo o telhado –, pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse adquiriram por USUCAPIÃO o referido prédio, o que invocam. Tavira, 15 de Outubro de 2012. O Notário, Bruno Filipe Torres Marcos Conta registada sob o n.º 2/1527 (POSTAL do ALGARVE, nº 1091, de 2 de Novembro de 2012)
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região
Loulé e Faro com limites definidos Presidentes das autarquias aplaudem aprovação no Parlamento Os presidentes das Câma-
ras de Faro e Loulé saudaram a aprovação, na Assembleia da República (AR), dos limites territoriais entre os seus concelhos e anunciaram que a regularização dos documentos dos habitantes das zonas de indefinição será feita gratuitamente nas autarquias. Os limites territoriais de Loulé e Faro foram na sexta-feira da passada semana aprovados na AR em votação final global, com os votos favoráveis do PSD e do CDS e os votos contra das restantes bancadas parlamentares. Os presidentes daquelas autarquias assistiram pessoalmente à votação de um projecto de lei que ambos consideram vital para acabar com os transtornos vivi-
dr
dos pelas pessoas que vivem e trabalham nas zonas fronteiriças dos municípios. “Só peca por vir tarde”, disse à Lusa o autarca de Loulé, Seruca Emídio, sublinhando que as divergências neste processo foram mais no sentido do jogo partidário do que da parte da população. “Agora o que importa é avançar com as questões práticas relacionadas com a vida das pessoas”, disse, por seu turno, o presidente da Câmara de Faro, Macário Correia.
Regularização de documentos gratuita Os autarcas des-
tacaram que esta aprovação dá o arranque a uma fase de regularização de documentos, registos, moradas de proprie-
ÔÔ Seruca Emídio diz que aprovação só peca por vir tarde
agrícolas, em Faro era uma zona de desenvolvimento económico e industrial. A nova delimitação, que inclui uma divisão do terreno que alberga o Parque das Cidades e o Estádio Algarve, estipulou a atribuição de 247 hectares de área indefinida a Loulé e de outros 277 hectares a Faro. Na prática, a nova delimitação implicou uma perda de 88 eleitores para a freguesia de São Pedro, concelho de Faro, um aumento de 50 eleitores para a freguesia de Almancil, concelho de Loulé, e uma transferência de seis quilómetros de tubagens de saneamento básico realizado pelo município de Faro para a responsabilidade da Câmara de Loulé.
dades, cidadãos e empresas e a passagem de infra-estruturas. Enquanto a passagem de infra-estruturas entre municípios vai estar a cargo de comissões mistas, o processo de regularização de documentos dos munícipes será efectuado nas próprias autarquias de forma gratuita, asseguraram os autarcas. A indefinição territorial, que já conta com 176 anos de existência, tem atingido cerca de 850 habitantes, proprietários e empresários daquela zona em termos fiscais, cadastrais, de registos e de segurança, entre outros. A zona em causa tinha dois Planos Directores Municipais sobrepostos com diferentes autorizações de utilização, ou seja, enquanto em Loulé as áreas eram
Lusa
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V E NDA
ALGARVE - TAVIRA FLORENTINO MATOS LUÍS, Administrador de Insolvência, com escritório na Avenida Almirante Gago Coutinho, 48-A -1700-031 LISBOA, nomeado nos Autos de Insolvência nº. 579/11.1TBTVR, a correr termos pelo Tribunal Judicial de Tavira, em que foi declarada insolvente a firma DUJA - Sociedade de Construções, Ldª., faz saber que, por deliberação da Comissão de Credores, vai proceder à venda no estado físico e jurídico em que se encontram, por negociação particular e por meio de propostas que serão remetidas em carta fechada, dos seguintes imóveis: Verba nº. 203-A Prédio urbano, designado por Lote 1, sito em Gomeira, com a área de 3.285 m2, descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira sob o nº. 993/20110411 da freguesia de Cabanas de Tavira inscrito na matriz sob o artº. 1822 da mesma freguesia.
CÂMARA MUNICIPAL DE TAVIRA EDITAL Nº 56 /2012 Jorge Manuel do Nascimento Botelho
Verba nº. 203-B Prédio urbano, designado por Lote 2, sito em Gomeira, com a área de 5.830 m2, descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira sob o nº. 994/20110411 da freguesia de Cabanas de Tavira, inscrito na matriz sob o artº. 1823 da mesma freguesia. Verba nº. 203-C Prédio urbano, designado por Lote 3, sito em Gomeira, com a área de 699 m2, descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira sob o nº. 995/20110411 da freguesia de Cabanas de Tavira, inscrito na matriz sob o artº. 1824 da mesma freguesia. Verba nº. 203-D Prédio urbano, designado por Lote 4, sito em Gomeira, com a área de 845 m2, descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira sob o nº. 996/20110411 da freguesia de Cabanas de Tavira, inscrito na matriz sob o artº. 1825 da mesma freguesia.
Presidente da Câmara Municipal de Tavira TORNA PÚBLICO, que em reunião de Câmara Municipal, realizada no dia 23 de outubro de 2012 foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 171/2012/CM, referente à 17ª alterações ao Orçamento; 2. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 172/2012/CM, referente ao Acordo de Colaboração - Atividades de Enriquecimento Curricular e de Apoio à Família 2012-2013 - Adenda; 3. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 173/2012/CM, referente à prescrição de jazigos Municipais em situação de abandono;
Estas verbas são vendidas no seu conjunto pelo valor base de ......................................................................................4.100.000,00 €
4. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 174/2012/CM, referente à atribuição de auxílios escolares a alunos carenciados - 2.ª fase;
Para efeito da apresentação das propostas, os bens podem ser vistos mediante marcação através dos telefones 218406953 e 917247040
5. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 175/2012/CM, referente aos projetos em curso no Departamento de Urbanismo, Projetos e Obras Municipais - DPM - Repartição de encargos;
REGULAMENTO:
6. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 176/2012/CM, referente à revisão do PDM e Planos de urbanização - Repartição de encargos;
As propostas serão remetidas, até ao dia 14/11/2012, que inclui a data do registo de expedição dos CTT, remetidas em envelope fechado, por sua vez introduzido em carta registada, dirigida ao Administrador da Insolvência de DUJA - Sociedade de Construções, Ldª., Florentino Matos Luis, com escritório na Avenida Almirante Gago Coutinho, nº. 48-A, 1700-031 LISBOA, Telef. 218406953.
7. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 177/2012/CM, referente à E37/08/AD – Empreitada de abertura de vão e pavimentação no Centro de Saúde de Tavira - Repartição de encargos;
As propostas deverão ser de valor igual ou superior ao de base de licitação e conter: nome ou denominação completa da entidade proponente; morada ou sede social; número de contribuinte ou de pessoa colectiva; representante, em caso de pessoa colectiva, indicação de telefone e/ou fax de contacto e valor oferecido por extenso. A abertura das propostas realizar-se-à no dia 19/11/2012, pelas 15H00, na Junta de Freguesia de Conceição de Tavira, sita na Rua 25 de Abril, 7 – Conceição de Tavira, perante o Administrador da Insolvência, os elementos da Comissão de Credores que pretendam assistir e os Senhores Credores que se encontrem presentes, onde deverão comparecer os proponentes, condição para que as s/ propostas sejam aceites. Serão excluídas as propostas que não contenham todos os elementos solicitados. Desde que exista mais que um proponente com propostas válidas serão os mesmos convidados a licitarem entre si a compra dos bens, cujo valor base de licitação será o da melhor proposta recebida, o que se fará (no mesmo local) pelas 15H30 do referido dia 19/11/2012.
8. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 178/2012/CM, referente à E30/11/AD – Coerciva de passadiço e cais flutuante para a ilha de Cabanas - Repartição de encargos; 9. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 179/2012/CM, referente aos Projetos fórum cultural, R. Capitão Joaquim Soares e Caminhos agrícolas Luz Tavira - Repartição de encargos; 10. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 180/2012/CM, referente à E02/11/CP - Empreitada de Conservação e Restauro da Igreja de S. Pedro Gonçalves Telmo (Nossa Senhora das Ondas) - Alteração à repartição de encargos inicial; 11. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 181/2012/CM, referente à E37/05/CP - Empreitada de Remodelação e Ampliação do Centro Paroquial de Cabanas - Repartição de encargos;
Se os bens forem adjudicados, o(s) promitente(s) comprador(es) entregará(ão), um cheque referente a 5% do valor do preço, a título de sinal;
12. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 182/2012/CM, referente à E59/05/CP – Empreitada de execução do Pavilhão Desportivo da Luz de Tavira- Repartição de encargos;
As competentes escrituras de compra e venda dos imóveis, serão realizadas no prazo máximo de 60 dias, em data, hora e local a notificar ao comprador, devendo antes da celebração da mesma depositar à ordem da massa insolvente o valor remanescente.
13. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 183/2012/CM, referente à E65/09/CP – Empreitada de Construção do Centro Escolar da Horta Carmo (EB1 JI) - Prorrogação de prazo e nova repartição de encargos.
Se não for possível realizar a escritura por razões imputáveis ao promitente comprador, este perderá o sinal já entregue e atrás referido.
Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume.
Serão de conta do comprador todos os encargos legais decorrentes da compra, designadamente o IMT, escritura e registos. São igualmente por conta do comprador os encargos de emolumentos com o cancelamento dos ónus existentes. Caberá ao Meretíssimo Juíz do processo de insolvência, a resolução de todas e quaisquer questões surgidas, que não estejam contempladas no presente regulamento. O Administrador da Insolvência Florentino Matos Luís (POSTAL do ALGARVE, nº 1091, de 2 de Novembro de 2012)
Paços do Concelho, 23 de outubro do ano 2012 O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL, Jorge Manuel Nascimento Botelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1091, de 2 de Novembro de 2012)
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classificados
Farmácias de Serviço
FARMÁCIA
SEXTA
SÁBADO
DOMINGO
SEGUNDA
TERÇA
QUARTA
QUINTA
ALBUFEIRA
Piedade
Alves Sousa
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Alves Sousa
Alves Sousa
Alves Sousa
Alves Sousa
ARMAÇÃO DE PÊRA
Edite
Sousa Coelho
Sousa Coelho
Sousa Coelho
Sousa Coelho
Sousa Coelho
Sousa Coelho
FARO
Helena
Alexandre
Crespo
Palma
Almeida
Montepio
Higiene
LAGOA
Sousa Pires
Lagoa
Lagoa
Lagoa
Lagoa
Lagoa
Lagoa
LAGOS
Silva
Telo
Neves
Ribeiro
Lacobrigense
Silva
Telo
LOULÉ
Avenida
Martins
Chagas
Pinheiro
Pinto
Avenida
Martins
MONCHIQUE
Hygia
Hygia
Hygia
Moderna
Moderna
Moderna Moderna HORÁRIO
OLHÃO
Olhanense
Nobre
Brito
Rocha
Pacheco
2-6 Progresso
PORTIMÃO
Carvalho
Rosa
Amparo
Arade
Guilherme
Central
QUARTEIRA
Mª Paula
Miguel
Miguel
Miguel
Miguel
Miguel
SÃO BART. DE MESSINES
Algarve
Algarve
Algarve
Sequeira
Sequeira
Sequeira
Sequeira
SÃO BRÁS DE ALPORTEL
Dias Neves
S. Brás
S. Brás
S. Brás
Dias Neves
S. Brás
Dias Neves
SILVES
Cruz Portugal
Cruz Portugal
Guerreiro
Guerreiro
Guerreiro
Guerreiro
Guerreiro
TAVIRA
Sousa
Montepio
Montepio
Mª Aboim
Central
Felix
Sousa
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TIPO DE BEM: Outro direito DESCRIÇAO: Penhora de 1/2 do usufruto que o executado detém sobre o Prédio Rústico, sito em Várzea Larga, concelho de Castro Marim, descrita na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim, sob a ficha n°987 da freguesia de Azinhal, inscrito na matriz sob o art. 12 secção L
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TIPO DE BEM: Outro direito DESCRIÇAO: Penhora de 1/2 do usufruto que o executado detém sobre o Prédio Rústico, sito em Lavajo, concelho de Castro Marim, descrita na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim, sob a ficha n° 993 da freguesia de Azinhal, inscrito na matriz sob o art. 82 secção BD Tavira
TIPO DE BEM: Outro direito
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DESCRIÇAO: Penhora de 1/2 do usufruto que o executado detém sobre o Prédio Rústico, sito em Chabouco, concelho de Castro Marim, descrita na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim, sob a ficha n° 995 da freguesia de Azinhal, inscrito na matriz sob o art. 69 secção BD TIPO DE BEM: Outro direito
AGÊNCIA FUNERÁRIA
TIPO DE BEM: Outro direito DESCRIÇAO: Penhora de 1/2 do usufruto que o ora executado detém sobre o Prédio Rústico, sito em Receadas do Monte, concelho de Castro Marim, descrita na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim, sob a ficha n°991 da freguesia de Azinhal, inscrito na matriz sob o art. 126 secção AH
Então, esqueceu a sua velha amiga? Aquela que trata bem. Antiga Agência Puga
TIPO DE BEM: Outro direito
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trata o seu ente querido como ninguém, temos um serviço personalizado.
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Agência Alagoa com a gerência de Laura Fernandes
Fica junto ao Hospital Velho em Tavira
Serviços Prestados
DESCRIÇAO: Penhora de 1/2 do usufruto que o ora executado detém sobre o Prédio Rústico, sito em Receadas do Monte, concelho de Castro Marim, descrita na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim, sob a ficha n° 1001 da freguesia de Azinhal, inscrito na matriz sob o art. 85 secção AH
TIPO DE BEM: Outro direito DESCRIÇAO: Penhora de 1/2 do usufruto que o ora executado detém sobre o Prédio Rústico, sito em Receadas do Monte, concelho de Castro Marim, descrita na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim, sob a ficha n° 992 da freguesia de Azinhal, inscrito na matriz sob o art. 79 secção AH
A Juiz de Direito,
IDALINA CUSTÓDIA RODRIGUES
O/A Escrivão de Direito, Noélia Guerreiro (POSTAL do ALGARVE, nº 1091, de 2 de Novembro de 2012)
Temos ao seu dispor uma linha de crédito até 24 meses sem juros financiada por uma instituição bancária credível
31-07-1939 / 18-10-2012
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Dra. Telma Capa de Brito
Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.
SERVIÇOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS Trav. Zacarias Guerreiro nº 2 (Largo de S. Francisco) (Centro de Tavira) 8800 – 740 Tavira
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Sempre a seu lado nos momentos difíceis da vida...
TIPO DE BEM: Outro direito DESCRIÇAO: Penhora de 1/2 do usufruto que o ora executado detém sobre o Prédio Rústico, sito em Cerro da Relva, concelho de Castro Marim, descrita na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim, sob a ficha n° 989 da freguesia de Azinhal, inscrito na matriz sob o art. 38 secção AH.
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DESCRIÇAO: Penhora de 1/2 do usufruto que o executado detém sobre o V - Prédio Rústico, sito em Umbrias, concelho de Castro Marim, descrita na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim, sob a ficha n° 994 da freguesia de Azinhal, inscrito na matriz sob o art. 36 secção BD
DESCRIÇAO: Penhora de 1/2 do usufruto que o ora executado detém sobre o Prédio Rústico, sito em Receadas do Monte, concelho de Castro Marim, descrita na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim, sob a ficha n°990 da freguesia de Azinhal, inscrito na matriz sob o art. 120 secção AH
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Tiragem desta edição:
9.471 exemplares
última Glórias da Marinha afundadas em Portimão Museu subaquático ganha forma d.r.
Real Marina Hotel & Spa ÔÔ Primeiros navios do projecto Ocean Revival foram afundados perante centenas de pessoas
A corveta Oliveira e carmo e o navio-patrulha Zambeze, foram afundados na passada quarta-feira, dia 30 de Outubro, dando forma ao projecto Ocean Revival, para a criação de um pólo de turismo subaquático ao largo da costa de Portimão, a 30 metros de profundidade e a cerca de três milhas da Prainha. Os afundamentos foram acompanhados por algumas centenas de pessoas, tanto em terra como a bordo de diversas
embarcações, tendo sido também transmitidos em direto através da internet. A partir de agora, e em tempo oportuno, a Capitania do Porto de Portimão anunciará a abertura dos navios a qualquer tipo de mergulho, incluindo penetração para mergulhadores devidamente certificados. As duas embarcações da Marinha Portuguesa compõem o primeiro núcleo do projecto, que num futuro próximo prevê ainda o afundamento da fragata
Hermenegildo Capelo e do navio oceanográfico Almeida Carvalho, criando em simultâneo um recife artificial propício ao desenvolvimento do ecossistema marinho e local subaquático composto por uma frota representativa de toda uma Armada. O projecto Ocean Revival está orçado em cerca de três milhões de euros e é da responsabilidade da empresa Subnauta, contando com os apoios da Marinha Portuguesa e da Câmara de Portimão.
Homem convence empresário a dar-lhe 30 mil euros
Detido burlão das notas negras A Polícia Judiciária (PJ) anunciou na semana passada a detenção, em Portimão, de um homem que burlou um empresário em 30 mil euros, convencendo-o de que poderia transformar notas negras em euros através de um líquido. Em comunicado, a PJ adianta que o detido contactou o idoso no final de Maio, pro-
pondo-lhe um “a aquisição de um líquido que supostamente produziria euros a partir de notas negras”. O detido, de 27 anos, actuava em conjunto com outro, ainda a monte. Segundo o responsável pela diretoria do Sul da PJ, Luís Mota Carmo, os homens terão abordado o idoso para lhe vender diamantes, falan-
do-lhe também na existência de um líquido que “limpava” notas negras. Os burlões fizeram uma demonstração, colocando as notas negras num balde com o suposto líquido e passando-as depois por água, num outro balde, do qual saíam “transformadas” em notas de 20 e 50 euros.
O POSTAL regressa no dia 23
Lusa
Criamos momentos únicos para si Real Marina Hotel & Spa - Olhão Info e reservas Spa: 289 091 310 - spa @realmarina.com
nov | 2012 • Nº 50 • Mensal • O Cultura.Sul faz parte integrante da edição do POSTAL do ALGARVE e não pode ser vendido separadamente
novembro • Mensalmente com o postal em conjunto com o público
Acessibilidades dominam encontro ibérico de profissionais de museus p. 7
9.471 exemplares
www.issuu.com/postaldoalgarve
Festa da Pinha: o património imaterial em terras de Estoi p. 11
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Cultura.Sul
02.11.2012
Juventude, artes e ideias
Henrique Dias Freire
Editor do CULTURA.SUL
Venha de cima o exemplo! A responsabilidade de dirigir a política cultural do Estado cabe agora a Jorge Barreto Xavier, que tomou a 26 de Outubro posse como secretário de Estado da Cultura. Como vem com uma carreira feita na organização e gestão cultural, alguns acreditam que tem um perfil mais adequado do que o seu antecessor. Dez dias antes da sua tomada de posse, era garantido na página on-line do Governo que o Orçamento de Estado (OE) para 2013 iria manter-se nos humilhantes 190,2 milhões de euros. Ainda esta semana, nas actuais circunstâncias de grande contenção orçamental, o Governo veio ao Algarve dizer, no Carvoeiro, que é necessário cortar mais quatro mil milhões de euros no actual modelo de organização do Estado, propondo um debate sério sobre as “gorduras” do Estado. Se é sabido e defendido por qualquer OE que a cultura é um factor de coesão e de identidade nacional, o novo secretário de Estado tem aqui uma excelente oportunidade para começar a dar o exemplo, de grande valor simbólico, com a própria Secretaria de Estado da Cultura. Passar a fazer na “sua Casa” o que qualquer cidadão português e já muitos governantes e dirigentes de outros países europeus fazem: utilizar os transportes públicos ou viaturas próprias; acabar com o luxo das dezenas de viaturas de serviço e das centenas de motoristas da sua Secretaria de Estado. No dia em que o exemplo vier de cima, os portugueses serão os primeiros a legitimar os sacrifícios exigidos.
Ficha Técnica Direcção: GORDA Associação Sócio-Cultural Editor: Henrique Dias Freire
Maria do Carmo Loureiro
Professora do Ensino Secundário
Apanhados na/da crise!... Crise, crise, crise!… Estou farta de crise!.... Farta de ver/ouvir toda a gente a falar de crise... De viver em crise... De tentar arranjar culpados para a crise… Para além da crise (ou crises) que sentimos bem na pele, o importante é saber sair dela. É perceber porque e como aqui chegámos, e, sobretudo, saber que futuro queremos. Para nós e para os nossos filhos. Ao longo das últimas décadas, fomo-nos deixando arrastar, mais ou menos (in)conscientemente, mais ou menos culpados, para um
mundo de ilusões onde tudo era possível. Fácil. Descartável. Os direitos eram nossos. Os deveres dos outros. Quem assim não pensasse era, inexoravelmente, marginalizado. Esmagado. Humilhado, às vezes. Isto aconteceu em quase tudo o que diz respeito às nossas vidas. No acesso ao crédito fácil. No trabalho. Na educação. Na relação entre as pessoas. No sexo. Em tudo. O importante era o “parecer” e o “ter” ou, até, o “parecer ter”! ... E mais grave ainda, educámos os nossos filhos assim.
Agora, desesperados e aflitos, «apanhados de surpresa», queremos culpados. Para tudo. Para os erros dos «outros» e para os nossos. Aliás, a «culpa é sempre dos outros»! Esquecemo-nos, todavia, é de que os verdadeiros culpados não têm rosto e de que nós, tão sábios e tão atentos, permitimos e aplaudimos. Cegamente. Por isso e pensando nos mais jovens, vai sendo tempo de mudar. De os ajudar a vencer os tempos difíceis. De os ajudar a aprender a saber PENSAR e saber SER.
Espaço CRIA
Mercados locais, valores sociais
Ana Lúcia Cruz
Gestora de Ciência e Tecnologia no CRIA – Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia
Quase todos os fins de semana faço um esforço para ir aos mercados locais. A promessa de produtos cheios de sabor e cor, sem recorrer ao apoio de pequenos artifícios, é cumprida. Com a carteira nitidamente mais vazia a felicidade é imensa e por vários motivos: 1) estou a contribuir claramente para a prosperidade dos produtores locais; 2) o sabor dos alimentos é muito mais intenso e agradável; 3) acabo por passear, ver pessoas e conversar com os produtores. Tudo bons motivos! Existe apenas um problema: o preço. Desde o aparecimento dos hipermercados, com os seus preços altamente competitivos e promoções, que levam qualquer um à loucura,
que os mercados municipais estão mais vazios (não estou a contar com os turistas). Mas por “mea” culpa falo. Acho que já todos sabemos que esta escolha tem um preço para a nossa economia, e por sinal um preço muito alto. Mas provavelmente até isto é questionável! As questões que me coloco como consumidora são: Que escolha fazer? Pouco sabor e preço baixo? Ou muito sabor e preço alto? Acreditem que já fiz a experiência durante alguns meses, mas a verdade é que no mercado consigo gastar mais dinheiro do que num híper. Mais ou menos, o dobro, por vezes o triplo e nem sequer estou a incluir a carne e o peixe. Mas garanto-vos que o sabor não tem comparação. De que forma isto está relacionado com o empreendedorismo e inovação? A agricultura é o negócio mais antigo do planeta. Ainda que por de base tradicional, os produtores procuram agora conjugar o saber fazer e a tradição com a integração de novos conhecimentos, quer como forma de diferenciação como na procura de maior rentabilidade do seu negócio. No entanto, o conceito de inovação deverá estar presente em qualquer negócio, e reforço de que quando falo em inovação, não me refiro a maquinaria ou sistemas complexos. Existem diferentes tipos de inovação, passíveis de serem integrados. Para ser mais específica, as nossas laranjas são as melhores, mas no entanto o sector está em crise e em luta constante pela sua
Paginação: Postal do Algarve
» patrimónios.S: Isabel Soares
Responsáveis pelas secções: » juventude, artes e ideias: Jady Batista » livro.S: Adriana Nogueira » momento.S: Vítor Correia » panorâmica.S: Ricardo Claro
Colaboradores: AGECAL, ALFA, CRIA, Cineclube deFaro, Cineclube de Tavira, DRCAlg, DREAlg, António Pina, Pedro Jubilot. Nesta edição: Ana Lúcia Cruz, Fernanda Zacarias, Maria do Carmo
sobrevivência. No Algarve, esta atividade é caracterizada por pequenos produtores, incapazes de competir com os grandes e, em última instância, com os preços praticados pelos hipermercados. Como tal, os pequenos produtores têm dificuldade em responder às exigências dos principais agentes de mercado. Através do projeto ICS - Construindo um Sistema Cooperativo Mediterrâneo - propõe-se que a solução passe pela adesão às cooperativas. Concordo. Onde pode então surgir a inovação? No modelo de gestão. Segundo Jose Carlos Jiménez Mayordomo (professor na Escola de Economia Social de Andaluzia), o sistema cooperativo representa uma boa resposta à crise, mas o seu modelo de gestão devia aproximar-se ao modelo empresarial, mantendo contudo os princípios de solidariedade social locais, relacionando-os inclusivamente com as linhas de ação, a curto e longo prazo, da Cooperativa. Este professor vê as cooperativas como estruturas saudáveis, capazes de contribuir para uma economia mais justa. Contudo, estamos a falar de realidades diferentes. O nosso sistema cooperativo regional tem vindo a perder força, e apesar de alguns casos de sucesso, a verdade é que está pouco valorizado na nossa região, tal como a nossa produção local. Talvez esta inovação no modelo de gestão funcionasse como um antídoto para relançar o nosso sistema co-
operativo, contribuindo assim para o crescimento da nossa economia. No entanto, a solução passa também por nós, consumidores. De um modo geral, ir à praça pode ser mais caro, mas deixo-vos algumas dicas que tenho apreendido nestas minhas jornadas pelos mercados: 1) um molho de salsa ou coentros, dá para distribuir pelo resto da família - vem em maior quantidade que nos hipermercados. Além disso, o cheirinho destas ervas aromáticas é muito mais intenso, e podemos congelar; 2) as laranjas são melhores: mais sumarentas, doces, e garanto-vos que mais baratas. Experimentem no mercado em São Brás de Alportel; 3) os frutos vermelhos são mais baratos; 4) as sopas embaladas são feitas praticamente na hora, as quantidades estão mais ajustadas às nossas necessidades, são mais saborosas e mais baratas; 5) Sejamos criativos e empreendedores na altura de confecionarmos as nossas refeições. Tudo se aproveita. Façamos a experiência. Pessoalmente, ainda não terminei a minha e sei que este mês vou continuar a alternar entre um híper e os mercados municipais. Mas acredito que vou conseguir mudar os meus hábitos ao ponto de frequentar apenas o tradicional mercado semanal. Caso não consiga, não há problema! Afinal, as opções estão lá, só temos de escolher as que melhor se ajustam às nossas necessidades. Além disso, “hoje” pode não ser possível, mas “amanhã” quem sabe.
Loureiro, Miguel Peres dos Santos e Raúl Grade Coelho
e-mail: geralcultura.sul@gmail.com
Parceiros: Direcção Regional de Cultura do Algarve, Direcção Regional de Educação do Algarve, Postal do Algarve
on-line: www.issuu.com/postaldoalgarve Tiragem: 9.471 exemplares
Cultura.Sul
02.11.2012
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cinema Cineclube de Tavira
Um mês de cada vez... Mais um mês de cinema de qualidade no cine-teatro tavirense (depois de quase 14 anos de actividades sem interrupção, chegamos ao ponto de programar um mês de cada vez, sem conseguirmos planear o futuro). Os destaques este mês são É NA TERRA, NÃO É NA LUA, um documentário fascinante sobre a Ilha do Corvo nos Açores; ELENA, filme russo do realizador do multi-premiado O REGRESSO, OSLO, 31 DE AGOSTO, do norueguês Joachim Trier, e last but not least TURQUAZE (TURCO-QUASE), um filme inédito entré nós, cuja exibição tornou-se possível através da gentileza do produtor Dirk Impens (Bélgica). Não percam estas (talvez últimas) sessões do Cineclube de Tavira! Continuamos a precisar da vossa ajuda na realização da nossa próxima iniciativa para evitar a falência do Cineclube de Tavira: um leilão de obras de arte (cada peça é oferecida ao Cineclube pelo seu autor ou proprietário), que terá lugar na galeria da Casa
Espaço AGECAL
Miguel Peres dos Santos
Mestrando em Gestão Cultural – Universidade do Algarve Sócio da AGECAL – Associação de Gestores Culturais do Algarve
destaque
As redes culturais são um território cultural, realidade ao nível europeu já com muitos anos. Em Portugal intensificaram-se nos primeiros anos do século XXI, sobretudo por organização e colaboração entre programadores, associações ou ins-
PROGRAMAÇÃO
www.cineclube-tavira.com 281 320 594 | 965 209 198 | cinetavira@gmail.com
SESSÕES REGULARES Cine-Teatro António Pinheiro | 21.30 horas
Cena do filme Elena das Artes em Tavira, no sábado, 8 de Dezembro, às 21.30 horas. Até à data de hoje recebemos cerca de 24 gravuras e pinturas para o leilão. Se tiverem uma(s) peça(s) em casa que possam dispensar (pinturas, desenhos, gravuras, litografias, colagens, fotografias – com ou sem moldura – esculturas em qualquer material e de qualquer
tamanho, artesanato, trabalhos de macramé ou malha, até aceitamos motorizadas, máquinas de relva, móveis e/ ou utensilhos de casa ou de cozinha exclusivamente concebidas e executadas de forma artesanal), tudo será bem vindo. Mais tarde iremos publicar a lista de todos os nossos benfeitores. Agradecemos pelo seu contributo!
2 NOV | É na Terra, não é na Lua, Gonçalo Tocha, Portugal 2011 (180’) M/6 4 NOV | Superclássico... A Minha Mulher Passou-se!, Ole Christian Madsen, Dinamarca 2011 (99’) M/12 8 NOV | Once Upon a Time in Anatolia (Era Uma Vez na Anatólia), Nuri Bilge Ceylan, Turquia/Bósnia Herzegovina 2011 (150’) M/12 11 NOV | TED, Seth Macfarlane, E.U.A. 2012 (106’) M/12 15 NOV | Turkwaze (Turc-Quase), Kadir Balci, Bélgica 2010 (96’) M/12 18 NOV | Take Shelter (Procurem Abrigo), Jeff Nichols, E.U.A. 2011 (120’) M/12 22 NOV | Elena, Andrei Zvyagint-
sev, Rússia 2011 (109’) M/12 25 NOV | The Flowers of War (As Flores da Guerra), Zhang Yimou, China/Hong Kong 2011 (146’) M/16
29 NOV | Oslo, 31. August (Oslo, 31 de Agosto), Joachim Trier, Noruega 2011 (95’) M/12
Redes culturais: potenciar a cooperação e a diversificação tituições culturais. Ao verificarmos as potencialidades destas estruturas, formais e informais, concluímos que permitem criar um discurso e programas comuns entre os profissionais da cultura e criadores de diversas origens e proveniências, permitindo o desenvolvimento de uma produção cultural diversificada assim como a sua divulgação, com uma nova abrangência social e diálogo intercultural. As redes podem ainda funcionar de forma especializada, agrupadas para gerar intercâmbios de conhecimentos, maior influência, presença e representação junto de organismos públicos. As redes culturais deverão orientar-se para a cooperação aplicada
e inovadora, centrar iniciativas na promoção e diversificação da oferta mediante a criação de ações e produtos que potenciem melhor os recursos, nomeadamente no turismo cultural, de modo a que tenham melhor rentabilização. Estas redes podem ainda assumir o risco de produção no âmbito da criação de cultura contemporânea, contribuindo em parceria com os municípios (que deverão ser os seus principais impulsionadores) para programas de responsabilização social e cultural, criando estratégias locais e regionais, para estimular a criatividade, criação de cidadãos formados e novos públicos. No Algarve ao longo de anos foram interlocutores com os agentes
“ELEMENTOS DA VIDA” Até 25 NOV | Galeria de Artes da Praça do Mar - Quarteira Exposição de pintura de José Capitão-Mor. Artista autodidacta nunca frequentou uma escola de pintura, mas a curiosidade e o gosto levaram-no a experimentar várias técnicas e materiais
culturais, sobretudo as Câmaras Municipais e também a Direção Regional de Cultura, mas o final da primeira década deste século ficou marcado pelo surgimento de redes culturais de iniciativa municipal, como é o caso da Rede de Museus do Algarve, que promove o desenvolvimento de projetos de cooperação (como a premiada exposição conjunta “Algarve, do Reino à Região”) e formação entre museus da região, ações que promoveram uma melhor eficácia dos meios, através da partilha equilibrada dos recursos disponíveis, ou a Rede Movimenta-te, que reúne os cinco municípios que compõe o Algarve Central, que pretende a criação de pontes entre a identi-
dade cultural local e as artes performativas contemporâneas. Ainda será necessário percorrer um grande caminho, através do entendimento entre as instituições públicas e privadas, grupos culturais, associações, criadores e cidadãos. Só através do debate e da cooperação, será possível organizar operações e estratégias para conceção de programas territoriais e ações conjuntas, que impulsionem o desenvolvimento e a diversidade artística, agora mais afetada com a grave crise económica que o País e o Algarve atravessam, evitando assim a estagnação ou mesmo o desaparecimento da “oferta” cultural da região.
“CONCERTO COM TRIO DE CORDAS” Dia 22 NOV | 21.30 | Centro Cultural de Lagos O Trio de Cordas da Academia de Música de Lagos é composto por João Pedro Cunha, em violino; Sunita Mamtani, em violoncelo; e Gina
Grigore, viola d’arco
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Cultura.Sul
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panorâmica
••Museologia
Alcoutim acolhe Encontro Internacional de Profissionais de Museus
O I Encontro Transfronteiriço de Profissionais de Museus (ETPM) teve lugar no Castelo de Alcoutim nos passados dias 18 e 19 de Outubro e juntou cerca de 50 profissionais da área da museologia do Algarve e da Andaluzia onde o tema principal foi ‘Museus e Acessibilidades’. O encontro, organizado pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM) e pela Associação de Museólogos e Museógrafos da Andaluzia (AMMA), contou com a colaboração e co-organização da Associação Transfronteiriça Alcoutim Sanlúcar (ATAS), bem como da Direcção Regional de Cultura do Algarve. Os profissionais de museus do Algarve e da Andaluzia utilizaram o encontro com o intuito de conhecer e partilhar as boas práticas que ambas as regiões têm vindo a desenvolver em prol da melhoria dos espaços museológicos de cada lado da fronteira, sobretudo no campo das acessibilidades. Esta temática foi o ponto comum de discussão nas dez palestras realizadas. Dália Paulo, directora regional de Cultura, ouvida pelo POSTAL, sublinhou a importância deste evento enquanto celebração do trabalho realizado durante o ano pelos profissionais de museus de ambas as regiões. A “troca de experiências, perceber as metodologias utilizadas e de que maneira nos podemos entreajudar é o principal propósito deste encontro, assim como definir parcerias entre os museus do Algarve e da Andaluzia para projectos concretos”, observou. Elena Gil, directora da AMMA, em declarações ao POSTAL, falou da “importância de perceber aquilo que está a ser feito de cada lado da fronteira e se nos deparamos com as mesmas dificuldades”. “O objectivo é que o património cultural de ambas as regiões fique acessível a mais gente”, revela esta responsável. Maria Luísa Figueiredo, delegada regional da APOM e membro da ATAS, confirmou ao POSTAL que os objectivos do ETPM “foram concretizados” e considera que “a aproximação permitiu conhecer melhor a realidade museológica de ambos os países através dos testemunhos e imagens trazidos pelos oradores, com os estimulantes contributos lançados durante os momentos de debate”.
Sessão inaugural do encontro Novas tecnologias chamam jovens aos museus Quanto à tríade de acessibilidades discutidas durante o encontro,
Dália Paulo revela a importância das vertentes propostas à discussão no evento e garante que a acessibilidade física é sempre uma preocupação, até porque “a maior parte dos
nossos museus está em edifícios históricos e tem algumas limitações que são necessárias ultrapassar”. Não obstante, esclarece que a acessibilidade aos museus não
fica por ali e reitera a importância da acessibilidade de conteúdos, no sentido de os “trabalhar para o público em geral”, com a comunicação visual a assumir também bastante relevo no sentido de “organizar exposições de forma a chegar a todos os públicos”. As novas tecnologias como ferramentas fundamentais no propósito de melhorar a acessibilidade dos espaços museológicos ao público foi outra vertente explorada pelos especialistas convidados. Elena Gil afirma que “há preocupação com o facto dos jovens não se interessarem por museus” e vê nas novas plataformas como “as redes sociais, as aplicações móveis e as páginas web”, uma forma de os seduzir. Neste campo, também Dália Paulo vê nas novas tecnologias uma forma de chegar a mais públicos, partilhando a opinião de que “se as pessoas não vêm ter connosco, vamos nós ter com elas ao seu quotidiano” e que com as novas plataformas sociais é possível “chamar os jovens aos museus e comunicar com eles fora do respectivo espaço físico”. Finalizado o I Encontro Transfronteiriço vão ser publicadas as actas, cuja responsabilidade fica a cargo da AMMA e está previsto a realização de novo encontro, em 2013, na Andaluzia.
Alcoutim conta cinco mil anos de História Alcoutim enquanto terra de fronteira e apostada em explorar, preservar e partilhar os vários núcleos museológicos que tem para oferecer foi escolhida para receber o I Encontro Transfronteiriço de Profissionais de Museus. O Castelo de Alcoutim, local onde decorreu o evento, remonta ao século XIV e aquele que outrora foi mandado construir como defesa de fronteira foi agora palco de partilha entre portugueses e espanhóis. Mas há mais para ver em Alcoutim, que tem sabido conservar importantes testemunhos da presença humana desde a pré-história. Antas e menires neolíticos, achados referentes à actividade mineira, e restos arqueológicos de povoados fortificados tornam o roteiro arqueológico local numa experiência
que atravessa mais de cinco mil anos de história. Francisco Amaral, presidente da Câmara de Alcoutim, disse ao POSTAL estar “muito orgulhoso com a escolha de Alcoutim para receber o encontro” e sublinha que a decisão “premeia a nossa forte aposta na museologia”. O autarca lembra que “o Guadiana é a razão principal para que haja tantos vestígios arqueológicos no concelho” e garante que em Alcoutim se tem “recuperado muito material arqueológico, que tem sido restaurado”, o que obrigou, segundo o edil, a “uma ampliação do Museu de Arqueologia no Verão Menir do Lavajo passado”. No que se refere ao tema das lha a preocupação e garante que acessibilidades aos espaços muse- o seu executivo “tem trabalhado ológicos, Francisco Amaral parti- no sentido de tornar os espaços
museológicos do concelho mais acessíveis do ponto de vista físico e comunicacional”.
Cultura.Sul
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panorâmica
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Ricardo Claro/Pedro Ruas
Museus e acessibilidade em análise O I Encontro Transfronteiriço de Profissionais de Museus realizado nos passados dias 19 e 20 de Outubro em Alcoutim juntou cerca de meia centena de profissionais das mais variadas instituições públicas e privadas, e diferentes localizações geográficas, nomeadamente do Algarve, Alentejo e Andaluzia, assim como de várias cidades, como Porto, Lisboa, Madrid, Granada e Sevilha. Foi num ambiente de partilha de conhecimentos, experiências profissionais e pessoais, de estreitamento de laços de proximidade e amizade entre os participantes de Portugal e Espanha que decorreu este Encontro Transfronteiriço de Profissionais de Museus organizado pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM) e pela Associação de Museólogos e Museógrafos da Andaluzia (AMMA) e coorganizado pela Associação Transfronteiriça Alcoutim Sanlúcar (ATAS) e Direcção Regional de Cultura do Algarve. O evento procurou promover a aproximação entre profissionais de Museologia de ambos os lados da fronteira com o objectivo de trocar opiniões, apresentar projectos e dialogar sobre a problemática das acessibilidades na sociedade actual. E foi o que aconteceu durante dois dias distribuídos por duas conferências especializadas e três mesas redondas, muito participadas e com excelente nível de debate por parte de um público altamente especializado. Os oradores foram escolhidos entre alguns dos melhores especialistas nas temáticas da acessibilidade física, acessibilidade virtual e acessibilidade de conteúdos e comunicação pública nos Museus de Portugal e Espanha. As comunicações apresentadas fo-
mico e o Palácio da Galeria de Tavira. Novas pontes para futuros projectos
Comunicação de Pedro Homem de Gouveia, arquitecto da Câmara Municipal de Lisboa ram todas apoiadas por projecção de imagens, o que valorizou e enfatizou uma temática que tem vertentes muito práticas. Três vertentes da acessibilidade A reflexão e problematização sobre os programas de acessibilidades nos museus estiveram presentes na conferência inaugural onde foram partilhadas experiências realizadas, com vários grupos de trabalho, em diferentes locais da Andaluzia. Seguiram-se as mesas redondas, nomeadamente sobre a temática da legislação europeia e conceitos chave sobre acessibilidade física nos museus; a temática de acessibilidade virtual
Interacção com a mesa digital promovida pela M&A Digital
nos museus onde se debateram as redes sociais, projectos de guias virtuais e o acesso online às colecções dos museus; e por último, a temática das acessibilidades de conteúdos e comunicação pública nos museus, cuja apresentação de projectos e visões sobre a problemática de acesso à informação de pessoas com diferentes tipos de incapacidades gerou um interessante debate sobre diferentes experiências e conhecimento de questões sobre desenho de exposições, mensagens acessíveis a todos e sobre as dificuldades que os próprios profissionais enfrentam no dia a dia. A conferência de encerramento incidiu sobre os desafios de trabalhar num ambiente em constante trans-
formação, principalmente quando os museus procuram ser autossustentáveis e acessíveis a todos os públicos. Este I Encontro Transfronteiriço de Profissionais de Museus não foi composto só de conferências e debates, realizaram-se também visitas a vários espaços museológicos, onde se puderam constatar algumas das soluções apresentadas para alguns desafios. Sem dúvida que ainda têm de ser trabalhadas muitas das questões debatidas para melhorar as acessibilidades nas três vertentes e alcançar todos os públicos, daí a importância do encontro ter tido visitas a espaços museológicos. Foram visitados o Núcleo de Museológico do Castelo de Alcoutim, o Núcleo Museológico Islâ-
Visita ao Palácio da Galeria em Tavira
Os profissionais de Portugal e Espanha discutiram sobre uma problemática que é idêntica em ambos os países, mas que muitas vezes parece tão distante e diferente. Debatidos os problemas e dificuldades, abriram-se novas perspectivas e novas vias de comunicação entre os museólogos de ambos os países, estes procuram agora novos projectos e colaborações sobre as acessibilidades nos museus. A organização e coorganização consideram que o objectivo foi concretizado, sendo que ficou em aberto a possibilidade de realizar o II Encontro Transfronteiriço de Profissionais de Museus, provavelmente do outro lado da fronteira. A concretização deste primeiro encontro numa fase tão complexa a nível social e económico de ambos os países, foi um imenso desafio, mas acima de tudo um prazer observar a partilha de experiências e preocupações. Acreditamos que se criaram novas pontes para futuros projectos em comum. O I Encontro Transfronteiriço de Profissionais de Museus contou com o apoio da Câmara Municipal de Alcoutim, da Junta da Andaluzia, com o patrocínio da empresa M&A Digital e da Segafredo e com a colaboração da Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de Santo António, da Rede Museus do Algarve e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve. Maria Luísa Francisco Delegada Regional da Associação Portuguesa de Museologia
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Cultura.Sul
02.11.2012
momento
“Manif anti-Troika e pela Cultura”
Espaço ALFA
Raúl Grade Coelho
Vice-presidente da Assembleia Geral da ALFA
Existem várias razões que ligam a fotografia à época festiva que se aproxima da maioria dos lares, o nosso conhecido Natal. É uma festa de cariz religioso que assinala o nascimento de Jesus Cristo fazendo a nossa memória recuar no tempo recordando os tempos passados em amena alegria com os familiares e amigos. Ora bem, é precisamente nisso que se insere a fotografia. Fotografar para mais tarde recordar aqueles momentos tão preciosos passados entre as pessoas mais queridas e em paz. Existem também as chamadas compras de Natal e é nessa área que mais uma
O Natal fotográfico vez a fotografia se insere de diversas formas. Há sempre quem tenha a ideia de oferecer uma máquina fotográfica que em poucos momentos passou a ser uma peça fundamental de companhia da pessoa a quem foi oferecida. Aliada também à célebre árvore de Natal onde se colocam os presentes há também as próprias fotografias. Estas são oferecidas na sua maioria em molduras que servem para embelezar a sala onde se coloca a imagem e para sempre servirem de recordação quando as pessoas amigas reparam em tal objecto ilustrativo. Nos tempos de hoje há mais uma coisa que pode ofecerer a si próprio ou a qualquer amigo. Ser membro da ALFA – Associação Livre Fotógrafos do Algarve que lhe permite ter conhecimentos mais aprofundados da máquina fotográfica que ofereceu ou lhe foi oferecida. Contribui assim para dar um colorido especial ao Natal que muitas vezes está conotado com o célebre Pai Natal que no seu espírito alegre oferece a tal máquina fotográfica. Mais magia de Natal em www.alfa.pt.
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Vítor Correia
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Cultura.Sul
02.11.2012
Espaço Educação
Estatuto do Aluno e Ética Escolar: conduta centrada em normas e regras
destaque
O ano letivo 2012-2013 iniciou-se com a entrada em vigor da Lei nº 51/2012, de 5 de Setembro, que aprovou o Estatuto do Aluno e Ética Escolar e estabelece os direitos e deveres do aluno dos ensinos básico e secundário e o compromisso dos pais ou encarregados de educação e dos restantes membros da comunidade educativa na sua educação e formação, revogando a Lei nº 30/2002, de 20 de dezembro, alterada pelas Leis nºs 3/2008, de 18 de janeiro e 39/2012, de 2 de setembro. Altera, ainda, os artigos 26º e 27º do Decreto-Lei nº 301/93, de 31 de Agosto, e considera remetidas para disposições homólogas ou equivalentes do presente Estatuto todas as remissões feitas em legislação anterior para o estatuto do aluno dos Ensinos Básico e Secundário ora revogado. No essencial, a Lei 51/2012 introduz mudanças que vão na direção de um novo equilíbrio entre direitos e responsabilidades e entre o poder dos alunos, dos encarregados de educação e dos professores. Preconiza o reforço da autoridade dos professores e enfatiza os deveres dos discentes e responsabilidades dos encarregados de educação, procurando implementar uma cultura de disciplina, de exigência e de promoção do mérito dos alunos. Trata-se de um documento importante e cujas implicações na vida da escola necessitam e obrigam a análise e debate por toda a comunidade escolar, o que tem estado a acontecer, tendo em vista a adaptação/atualização dos Regulamentos Internos, enquanto instrumentos normativos da autonomia das escolas. O Estatuto do Aluno e Ética Escolar responsabiliza os alunos pelo exercício dos seus direitos (art.º 7º) e pelo cumprimento dos deveres (art.º 10º) e dá enfâse ao respeito pela autoridade do professor e à integridade física e psicológica de todos os membros da comunidade educativa. Adaptado às exigências do mundo atual e com impacto na vida escolar, o Estatuto vem atualizar, em
termos de enunciação, deveres que têm a ver com a não utilização de quaisquer equipamentos tecnológicos, designadamente telemóveis, equipamentos, programas ou aplicações informáticas, a não captação de sons ou imagens nos locais onde decorram aulas ou outras atividades formativas, e a não difusão, na escola ou fora dela, nomeadamente, via internet ou através de outros meios de comunicação, de sons ou imagens captados nos momentos letivos e não letivos, sem autorização do respetivo professor e/ou diretor da escola. Outro dos deveres do aluno é a reparação dos danos por si causados a qualquer membro da comunidade educativa ou em equipamentos ou instalações da escola ou outras onde decorram quaisquer atividades associadas à vida escolar e, não sendo possível ou suficiente a reparação,
indemnizar os lesados relativamente aos prejuízos causados. O novo Estatuto, para além de evidenciar o desenvolvimento dos valores nacionais e a cultura de cidadania, vem garantir os direitos do aluno a beneficiar de medidas adequadas à recuperação de aprendizagens, a usufruir de prémios ou apoios e meios complementares que reconheçam e distingam o mérito, a ver salvaguardada a segurança na escola e a beneficiar, designadamente, da especial proteção consagrada na lei penal para os membros da comunidade escolar. O acesso a medidas adequadas à recuperação das aprendizagens em falta obriga a que as situações de ausência às atividades escolares sejam justificadas, devendo o Regula-
“FORMAS DE TERRA E FOGO” Até 25 NOV | Museu de Portimão Em exposição esculturas de Sara Navarro (re)criadas pela arte do fogo, que transmitem algo de primitivo, pré-histórico ou arqueológico, e evocam a arte e a cultura de outros tempos, de outros lugares
mento Interno da Escola explicitar a tramitação conducente à aceitação da justificação, bem como as consequências do seu eventual incumprimento e os procedimentos a adoptar. A ultrapassagem dos limites de faltas injustificadas constitui violação dos deveres de frequência e assiduidade e obriga o aluno faltoso ao cumprimento de medidas de recuperação e ou corretivas específicas podendo, no caso de incumprimento reiterado, conduzir à aplicação de medidas disciplinares sancionatórias previstas no presente Estatuto. Todas as medidas disciplinares corretivas e sancionatórias prosseguem finalidades pedagógicas, preventivas, dissuasoras e de integração, visando de uma forma sustentada, o cumprimento dos deveres do aluno, o respeito pelos
docentes e demais funcionários, bem como a segurança de toda a comunidade educativa. Devem, pois, estas medidas ser aplicadas em coerência com as necessidades educativas do aluno e com os objetivos da sua educação e formação, por referência ao desenvolvimento do projeto educativo da escola e nos termos do respetivo regulamento interno. Neste sentido, o Estatuto do Aluno e Ética Escolar ao responsabilizar os alunos e corresponsabilizar os encarregados de educação, prevendo inclusive a aplicação de coimas, torna importante que todos o conheçam bem como o Regulamento Interno da escola para que o compromisso, explicitado através de declaração de aceitação anual, contribua para que o cumprimento integral seja assumido de forma consciente e responsável.
“PORTUGAL EUROPEU: MEIO SÉCULO DE HISTÓRIA” Entre 3 e 26 NOV | Galeria de Arte Pintor Samora Barros - Albufeira Exposição reúne um conjunto significativo de imagens de documentos, fotografias de época, citações e referências da história diplomática portuguesa contemporânea
Cultura.Sul
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Contos de Outono na Ria Formosa
A Visita
Pedro Jubilot
pjubilot@hotmail.com canalsonora.blogs.sapo.pt
São quase três da tarde e há muito barulho no antigo café do centro da cidade onde espero o Jaime. Entretenho-me a ler uma revista do jornal de domingo enquanto ele não vem. Pouco depois chega. Toma uma bica, acende um cigarro lights e diz simplesmente: Vamos?! Vamos visitar os pais como quase todas as quartas à tarde. Também costumo ir sozinho quando me apetece. Acho que ele faz o mesmo. Deixamos os carros estacionados no centro, junto às ruas das lojas e dos cafés. Fazemos o caminho a pé. Porque é perto e porque gostamos de ir assim um ao lado do outro, vagarosamente, conversando. Amanhã é dia um. Deve vir muita gente, comenta o Jaime. Pois. É feriado. É natural. É o dia de Todos-os-Santos e as pessoas gostam dos festejos… dos dias…, vou murmurando. Então e que tal de semana? Não trabalhas hoje, pois não!? Ontem pensei que não me ias ligar, que tivesses ido para Lisboa, Sevilha ou… Não ! Não! Continuas sem ser aumentado… pre-
cisas que te empreste algum? Não!, respondo de novo. Que tens hoje? Estás aborrecido? Apenas sonolência de meio de tarde neste clima esquisito. Foste sair ontem à noite, é o que é, diz sorrindo. Sim. E depois fiquei a ler até quase de manhã, confirmo-lhe. Chegamos ao portão. Já cá estão muitas bancas a vender flores e lamparinas e outras coisas que não sei o que são. Quase nunca trazemos flores. Queres levar flores?
Não! Mas dá qualquer coisa àquele homem ali. Aponto-o com um gesto de cabeça. O homem disse obrigado e mais qualquer coisa que não entendi ao Jaime e continuamos o trajecto até à campa onde estão enterrados juntos. Sentamo-nos numa pedra ali ao lado e cada um de nós deixa-se ficar a falar com eles em silêncio. Às vezes também falamos os dois em voz alta, mas hoje está muita gente em volta. E apenas nos despedimos: Adeus pai! Adeus mãe! Até depois.
Que o meu irmão repete. E vamos embora. Lá fora confesso-lhe: Tive muitas saudades dos dois esta semana, mais do que nunca. O Jaime não responde e passado um bocado pergunta-me se já não ando com aquela rapariga que conheceu há uns meses. Não! Foi trabalhar para Lisboa, informo-o. Queres ir lá jantar hoje? Recuso o convite. Vou jantar fora com o Mário e o Filipe… Então aparece lá amanhã.
Está bem. Depois telefono-te. Ele entra no carro, baixa o vidro automático e dá-me um cd. Eu agradeço enquanto ele liga o motor. Depois diz: Ah! É verdade… a Carla foi hoje ao médico. Vou agora buscá-la. Acha que está grávida. Não temos primos, tios nem avós. Isso acontece. Não estou a divagar, nem a inventar. É de facto assim. Ele tem a mulher com quem vive. São uma família. Eu tenho-o a ele. Mesmo só duas pessoas podem ser uma família.
LUSODOC estreia-se no cine-teatro de Loulé O Cine-Teatro Louletano recebe, entre os próximos dias 15 e 17, a primeira edição da LUSODOC - Mostra de Cinema Documental de Loulé. O cinema realizado nos países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é geralmente pouco conhecido em Portugal. Exibido quase sempre fora dos grandes circuitos comerciais, constitui um desafio reflectir acerca da sua importância na sociedade e na memória colectiva. Assim, o principal objetivo desta Mostra de Cinema Documental de Loulé é olhar o filme documentário como uma janela sobre o mundo. Nesta primeira edição vão estar representados o Brasil, Angola e Moçambique. O evento divide-se entre painéis teóricos e de debate promovidos pelos convidados e a posterior exi-
bição de documentários. Assim, no dia 15, pelas 16 horas, acontece o primeiro painel, dedicado ao Brasil, com a presença de Mirian Tavares, coordenadora do CIAC (Centro de Investigação em Artes e Comunicação), e da realizadora brasileira Liliana Sulzbach. Pelas 18 horas é apresentado o documentário “A Invenção da Infância” e, pelas 21.30 horas, “O Cárcere e a Rua”, ambos desta realizadora. Na sexta-feira, 16 de Novembro, o destaque vai para Moçambique. Às 16 horas, Sílvia Vieira, investigadora do Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC) do Algarve, e Pedro Pimenta, que para além de outras funções na sétima arte é actualmente membro do júri de festivais internacionais como o FESPACO, o FilmRio, o Festival Cinéma du Réel
e DocsLisboa, apresentam um painel de debate. Às18 e 21.30 horas, vão ser apresentados, respetivamente os documentários moçambicanos “Salani”, de Isabel Noronha e Vivian Altman, e “Hóspedes da Noite”, de
Licínio Azevedo. No encerramento da LUSODOC, a 17 de Novembro, o dia é dedicado a Angola. Paulo Cunha, investigador da área da programação de Cinema e Audiovisual da Capital Europeia da
Cultura 2012, e o realizador angolano, Kiluanje Liberdade, são os apresentadores do painel, que decorre a partir das 16 horas. “Oxalá Cresçam Pitangas”, documentário de Kiluanje Liberdade e Ondjaki, e “A Minha Banda e Eu”, também de Kiluanje Liberdade, serão exibidos às 18 e 21.30 horas. Para a organização, esta Mostra reveste-se de grande importância para a Lusofonia, bem como para a projecção do cinema dos países de língua oficial portuguesa, servindo como mais um exemplo dos laços culturais que unem estes países. Os bilhetes para os documentários têm um custo de dois euros e a entrada é livre para estudantes, mediante a apresentação de cartão de estudante. Os painéis de debate têm entrada livre.
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Cultura.Sul
02.11.2012
livro
«Existe no meio do tempo a possibilidade de uma ilha» Adriana Nogueira
Classicista Professora da Universidade do Algarve adriana.nogueira.cultura.sul@gmail.com
A literatura é tão mais interessante quanto a capacidade que tem de nos fazer ver a realidade, que pensávamos conhecida e confortável, de outra forma, por vezes bem inquietante. Falo hoje de um livro que, sem me dar conta, despertou-me para uma situação em que já tinha reparado, mas não tinha tomado consciência com tanta intensidade. Já explico mais adiante, pois ainda não apresentei o autor, Michel Houellebecq, francês, com uma longa obra, de onde se destaca a poesia, os artigos, os contos, os argumentos de cinema e os seus 5 romances, três deles premiados. Em 2010 ganhou o Goncourt, o mais importante galardão da língua francesa. No entanto, Michel Houellebecq cria polémica à sua volta, de cada vez que publica, pois a sua causticidade incomoda, não deixando ninguém indiferente às suas opiniões. O(s) Futuro(s) No romance A possibilidade de uma ilha (de 2005, traduzido e publicado pela Dom Quixote em 2006) também o leitor não consegue ficar indiferente à perspetiva de futuro que nos apresenta Houellebecq: o romance intercala a narrativa de Daniel, um humorista, «um observador acerbo da realidade contemporânea», que conta a história da sua vida, com as narrativas dos seus clones Daniel 24 e Daniel 25, que vivem mais de mil anos depois, num mundo de neo-humanos, que dos humanos guardaram as memórias mas não as emoções. Apenas os clones dos animais (aqui um cão, chamado Fox) as mantêm: «A bondade, a compaixão, a fidelidade, o altruísmo permanecem, pois, perto de nós como mistérios impenetráveis, embora contidos no espaço limitado do invólucro corporal de um cão» (p.67). Porém, estes clones aguardam o advento dos Futuros, de quem falam como a salvação da raça. O mundo onde estes clones habitam é também povoado por selvagens, humanos que não se deixaram clonar, e são caçados e mortos quando apanhados. Contudo, para alguns neo-humanos exercem um grande fascínio… mas sobre isto não posso escrever, pois não devo estragar o prazer da vossa leitura. Regressando à estrutura da obra:
pode parecer um livro de ficção científica (um género de que ainda não falei nestas páginas), mas não me lembraria de assim o classificar. Talvez porque as narrativas dos clones, ao longo das primeiras 352 páginas, serem mínimas: duas ou três contrastando com cada capítulo do Daniel 1, alguns com 40 páginas. A realidade dos nossos dias é mostrada pelos clones de uma maneira assustadora. Referindo-se à vaga de calor que matou muitas pessoas em França, em 2003, diz Daniel 24: «Nas semanas que se seguiram, este mesmo jornal [Libération] publicou uma série de reportagens atrozes, ilustradas por fotografias dignas dos campos de concentração, relatando a agonia dos velhos amontoados em salas comuns, nus em cima das camas, de fraldas, gemendo ao longo do dia sem que ninguém fosse re-hidratá-los ou estender-lhe um copo de água (…). “Cenas indignas de um país moderno”, escrevia o jornalista, sem se aperceber de que elas eram a prova, justamente, de que a França estava a tornar-se num país moderno, de que só um país autenticamente moderno seria capaz de tratar os velhos como puros dejetos, e que tamanho desprezo pelos antepassados teria sido inconcebível em África ou num país da Ásia tradicional. A enérgica indignação suscitada por estas imagens desapareceu rapidamente, e o desenvolvimento da eutanásia provocada – ou, cada vez com mais frequência, livremente consentida – viria, ao longo das décadas que se seguiram, resolver o problema». (p.78) O narrador aborda outros assuntos sensíveis do nosso mundo: para além da eutanásia ou falência da sociedade em cuidar dos seus mais velhos, como aqui mencionado, o sexo e a religião são outras matérias que ele trata sem tabus e com alguma violência. Uma seita que defende que fomos criados por extraterrestres faz tudo, sem escrúpulos de alguma espécie, para conseguir impor-se como a religião dominante. Daniel, na verdade, não é uma personagem muito simpática: egoísta, sem grande consideração pelas pessoas, cru, defensor de ideias indefensáveis, politicamente muito pouco correto… Porém, se conseguirmos ultrapassar a eventual resistência que estas características nos possam provocar, vamos conseguir ver nele um crítico mordaz da hipocrisia da sociedade, que narra os acontecimentos e sentimentos da sua vida de um modo sincero e sem falsas autocomiserações.
O escritor francês Michel Houellebecq Lolitas Mas o que me fez escolher este livro para este mês foi uma série de factos que se sucederam e que para ele convergiram. Passo a explicar: Como optei, há muitos anos, por não ter televisão, sempre que alguma circunstância mo permite, vejo os canais com curiosidade. A distância temporal dá-me também distância de análise. Foi assim que, num quarto de hotel, a fazer as malas no regresso de um colóquio, vejo num programa da manhã uma senhora a fazer sugestões de adereços para esta estação do ano. Expressões como «que divertido!», «que engraçado!», «não são só as nossas filhas que podem usar! Nós também!», enquanto mostrava protetores de orelhas «muito fofinhos!», óculos cor-de-rosa, em forma de coração, «muito divertidos!», gorros com olhinhos e orelhinhas, os quais a apresentadora ia colocando, com visível gozo, e perguntando: «mas isto não é para a nossa idade, pois não?». A outra insistia: «Por que não? Nós também podemos usar estas coisas! São muito divertidas!», enquanto lolitas iam entrando, com saltos altíssimos desconjuntados nos seus corpos quase infantis, mostrando esses adereços por cima de roupas pretas coladas ao corpo. Fez-se um clique. Eu sabia que já tinha lido uma descrição daquilo a que estava a assistir. «Michel Houellebecq!», teria eu gritado, se estives-
se alguém comigo para me ouvir. E apressei-me a apanhar um transporte para casa, para verificar no livro o texto exato. Na viagem, a CP gentilmente ofereceu-me uma revista cor-de-rosa, que fui folheando, cheia de gente a posar para as câmaras, depois de galas e outras festas. E é nesse momento que me salta à vista uma modelo, vestida por um estilista português, de calção curtíssimo, blusa com folhos, e uns brincos enormes, com uns ursinhos ou um bonequinho do género! «Houellebecq! Preciso de ler o Houellebecq!» Numa outra folha, depois de anúncios de cremes que fazem uma senhora de 60 parecer 35 anos, está uma mãe de cabedal preto a modelar o corpo, e a filha a contrastar, vestida como uma adulta séria. Noutra página, depois de anúncios de mais cremes de rejuvenescimento, uma mãe que dizia que a filha era mais clássica do que ela, que gosta de roupa juvenil. Horas depois cheguei a casa, fui à estante e abri A possibilidade de uma ilha. Felizmente tinha uma ideia de onde estava o que procurava. Isabelle, que vem a casar com Daniel, era chefe de redação de uma revista chamada Lolita e já tinha dirigido uma outra chamada 20 Ans. Quando se conhecem, falam sobre esta e outras revistas, inclusive masculinas. Mas a questão que se punha era a mesma: «cuidados a ter com o corpo, tratamentos de beleza, tendên-
cias. Nem um pelo de cultura, nem um grama de atualidade; nenhum humor» (p. 34). E Isabelle conta como foi contratada, por um milionário discreto, dos que mandam mas não aparecem nas revistas que dominam: «a 20 Ans era uma revista comprada essencialmente por raparigas de quinze, dezasseis anos, que queriam mostrar-se à vontade em tudo, em particular no sexo; com Lolita, ele pretendia efetuar o desfasamento inverso. “O nosso alvo começa aos dez anos… disse ele; mas não há um limite superior”. Apostava no facto de que as mães tenderiam cada vez mais a copiar as filhas. Como é evidente, há qualquer coisa de ridículo numa mulher de trinta anos que compra uma revista chamada Lolita; mas não mais do que um top justo ao corpo, ou uns mini-shorts. Apostava no facto de que o sentimento de ridículo, que fora tão forte entre as mulheres, em particular entre as francesas, desapareceria aos poucos, em benefício do puro fascínio por uma juventude sem limites. O mínimo que se pode dizer é que ganhou a aposta. A idade média das nossas leitoras é de vinte e oito anos – e aumenta praticamente todos os meses. (…) É natural que as pessoas sintam medo de envelhecer, sobretudo as mulheres, sempre assim foi, mas agora… Ultrapassam tudo o que se possa imaginar; creio que enlouqueceram por completo». Não é ficção.
Cultura.Sul
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património
••Vivências no algarve - património cultural imaterial
A Festa da Pinha, uma manifestação do património imaterial de Estoi
Fernanda Zacarias Antropóloga
As festas populares fazem parte da especificidade cultural das comunidades, representam manifestos das suas vivências, usos e costumes, transmitidos de geração em geração e são recriadas ao longo dos tempos por essas mesmas comunidades. Todos os anos, nos dias 2 e 3 de Maio, na Aldeia de Estoi, no Concelho de Faro, é celebrada a Festa da Pinha, uma tradição secular, que segundo fontes orais remonta a mais de dois séculos. Na sua génese podemos encontrar uma vertente religiosa e outra de carácter pagão. A Génese Terão sido os almocreves, parceiros comerciais do Morgado do Ludo, os prenunciadores desta festa. As viagens dos almocreves efetuadas por caminhos hostis e perigosos tinham como meio de transporte as carroças puxadas por mulas ou cavalos e eram efetuadas entre o Algarve e o Alentejo, tendo como finalidade a permuta de produtos regionais. Do Algarve levavam frutos secos (figos, alfarroba e amêndoa), peixe e produtos importados que chegavam via marítima aos portos do Algarve. Do Alentejo traziam cereais e cortiça. Aquando destas viagens, eram confrontados com inúmeros obstáculos que punham em risco as suas vidas:
Cavaleiros trajados a rigor desfilam pelas ruas de Estoi Salteadores e lobos eram alguns dos perigos com que muitas vezes se deparavam. Segundo rezam os mais antigos, a génese da festa remonta a tempos imemoriais, quando um grupo de almocreves numa das suas viagens de regresso à aldeia pernoitou num acampamento, sendo aqui cercados por uma alcateia de lobos. Desesperados, rezaram à Nossa Senhora do Pé da Cruz suplicando-lhe auxílio, o que para eles seria um milagre. A súplica foi atendida e em agradecimento concretizaram uma festa em homenagem a Nossa Senhora do Pé da Cruz, a cuja ermida chegaram já noite cerrada à luz de archotes. Aí, acenderam uma fogueira como forma de gratidão para com a sua padroeira. Desde então, a festa passou a fazer parte de uma tradição que perdura até aos dias de hoje. Era para o Ludo, lugar onde havia
um importante porto marítimo designado de Farrobilhas, que os almocreves se deslocavam para acertar contas com o Morgado do Ludo e festejavam o sucesso das transações, comendo, bebendo e divertindo-se através das abarcas, lutas efetuadas entre duas pessoas em que o vencedor era aquele que primeiro conseguisse derrubar o outro. Ao cair da noite, cumprindo a tradição, regressavam à aldeia empunhando enormes tochas de rama de pinheiro acesas. O cortejo terminava junto à Ermida do Pé da Cruz, onde faziam uma enorme fogueira em agradecimento à sua padroeira. A organização social da festa A festa que inicialmente era executada pelos almocreves, passou em tempos mais recentes a ser organizada, primeiramente por uma comissão
destaque
“DEUSAS PAGÃS E OUTRAS”
Até 24 NOV | Galeria Municipal de Albufeira Exposição de pintura de Carmen Santos que surgiu de uma vontade de honrar e glorificar o elemento feminino da criação
constituída propositadamente para o efeito, após o 25 de Abril, pela Associação dos Jograis António Aleixo e posteriormente, pela Junta de Freguesia de Estoi. A Festa da Pinha é um acontecimento que marca fortemente o sentimento de pertença desta comunidade às suas tradições. Nos dias que antecedem o evento, começam os preparativos: a ornamentação dos carros e dos animais que irão fazer parte do cortejo, com palmas e flores vistosas e multicolores, em que prima a originalidade de cada um. Ao mesmo tempo, preparam-se os comes e bebes que irão fazer parte do piquenique que terá lugar no sítio do Ludo em Almancil. A festa inicia-se pela manhã do dia 2 de Maio, no Largo do Mercado, com a concentração dos participantes do desfile formado pelos cavaleiros tra-
jados a rigor (calça preta, cinta preta ou vermelha, colete, camisa branca, lenço vermelho ao pescoço e chapéu preto) à frente e atrás, por carroças, camiões e tratores vistosamente decorados, que desfilam para o público, gritando entusiasticamente: “Viva à Pinha!”. Em seguida, partem em direção ao Ludo, local onde se irá realizar o piquenique, formado por diversas iguarias e bebidas e um convívio animado por espetáculos de música e dança. É ao final do dia que se inicia o regresso à aldeia. Nesta altura, já bastante alegres e empunhando enormes archotes, partem em direção a Estoi, chegando já noite cerrada. No Largo da Liberdade, frente à igreja matriz, são recebidos por uma enorme multidão e por um espetáculo composto por música e fogo-de-artifício. Em seguida, desfilam pela aldeia dando “Vivas à Pinha”, até à Ermida do Pé da Cruz, onde lançam os archotes e alecrim para uma fogueira acendida em homenagem à sua padroeira. A festa continua com música, dança e muita alegria até de madrugada, terminando no dia 3 de Maio, dia de Vera Cruz, com uma missa de Ação de Graças a Nossa Senhora do Pé da Cruz. A festa como promotora de novos contextos sociais, económicos e culturais Um dos eventos culturais associados à Festa da Pinha desde finais da década de 60 do século XX, é o concurso dos jogos florais, um concurso dedicado à poesia, composto por modalidades diversas dentro desta temática. A festa também serviu de motivação para o aparecimento recente de um mercado de produtos regionais e artesanais, permitindo desta forma, dinamizar mais a freguesia, a nível social cultural e económico. Promover e preservar a tradição no contexto das gerações mais jovens deu origem a um novo evento festivo: A “Festa da Pinha Infantil”, uma recriação recente da festa tradicional, que se efetua habitualmente no dia 25 de Abril e onde as crianças são os intervenientes.
“ORQUESTRA DE SOPROS DO ALGARVE” Dia 24 NOV | 21.30 | Centro Cultural de Lagos Concerto junta a Orquestra de Sopros do Algarve ao conhecido músico algarvio Beto Kalulu.
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Cultura.Sul
02.11.2012
Espaço Cultura
Ser mais acessível O auditório do Castelo da vila fronteiriça de Alcoutim acolheu nos passados dias 19 e 20 de Outubro mais de meia centena de profissionais, portugueses e espanhóis, que, durante duas jornadas de intensa troca de experiências e de apresentação de projetos inovadores, debateram sobre Museus e Acessibilidades – o tema do 1.º Encontro Transfronteiriço de Profissionais de Museus do Algarve e Andaluzia. O Encontro, uma iniciativa conjunta da AMMA / Asociación de Museólogos y Museógrafos de Andalucía e da APOM / Associação Portuguesa de Museologia, contou com o patrocínio da ATAS / Associação Transfronteiriça Alcoutim Sanlúcar e da Direção Regional de Cultura do Algarve, e teve um amplo apoio do Município de Alcoutim. Os temas em debate dizem respeito a toda a so-
«A vila fronteiriça de Alcoutim acolheu durante dois dias mais de meia centena de profissionais dos museus, que debateram entre si como tornar estas instituições mais acessíveis, adequando as atenções dispensados aos diferentes tipos de utentes e elevando o nível dos serviços prestados à sociedade. ciedade e envolvem a mais ampla gama de museus e de monumentos visitáveis: a superação das barreiras físicas (particularmente em edifícios históricos com um elevado grau de proteção); as tecnologias de informação e comunicação como fator decisivo para que as pessoas portadoras de deficiência possam desenvolver-se social e culturalmente com total normalidade; e, ainda, as formas de comunicar com os diferentes utentes, prestando do modo mais adequado
a cada caso a informação que cada qual requer. A presença de credenciados técnicos, todos eles com uma larga e diversificada experiência, que exercem a sua atividade nos museus nos domínios da museologia e da museografia, de académicos, docentes e investigadores da ciência dos museus, e de estudantes de museologia, permitiu uma multifacetada abordagem dos temas em discussão e enriqueceu os debates, mais centrados na preocupação com as pessoas
e na sustentabilidade das soluções do que em propostas tecnicamente sofisticadas e desajustadas dos meios usualmente disponíveis. O Encontro integrou ainda visitas comentadas ao Núcleo de Arqueologia do Museu de Alcoutim e, por cortesia do Município de Tavira, ao Palácio da Galeria / Museu da Cidade e ao Núcleo Islâmico do Museu Municipal de Tavira. Direção Regional de Cultura do Algarve
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