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Director Henrique Dias Freire • Ano XXVI • Edição 1119 • Semanário à sexta-feira • 7 de Março de 2014 • Preço € 1 ÀS SEXTAS EM CONJUNTO COM O PÚBLICO POR €1,60
EM FOCO 2 IBM APRESENTA PROPOSTAS PARA FARO E PARA O ALGARVE 3 POUSADA DE SÃO BRÁS VAI TER NOVA VIDA 4 DOCAPESCA INVESTE NA REQUALIFICAÇÃO DAS LOTAS 5 CÂMARA DE FARO QUER REPOVOAR A BAIXA 6 CLASSIFICADOS 8
d.r.
Governo mantém obras da EN 125 sem soluções
> O secretário de Estado dos Transportes, de visita
ao Algarve, fica-se pela afirmação de que o Governo “pondera” resgatar a requalificação da EN 125 da concessão existente se esta provar não funcionar. Demora a perceber-se o óbvio, o consórcio é incapaz de se financiar e de responder às obrigações contratuais e entretanto na estrada está tudo por fazer. p. 2 ricardo claro
ricardo claro
São Brás de Alportel:
Pousada volta a ter vida com time-sharing >4
d.r.
REQUALIFICAÇÃO URBANA
Faro quer repovoar o centro da cidade
>6
PESCA
Docapesca intervém com obras nas lotas
IBM ajuda Faro a pensar economia do mar
ricardo claro
Smater Cities Challenge: Trata-se do programa mundial da IBM para que Faro foi seleccionado e que dará à cidade e à região pistas para melhorar a sua qualidade, competitividade e economia em geral, resta saber se chegará à prática. Rogério Bacalhau, o autarca local, diz que sim enquanto espera os resultados finais do estudo da multinacional > 3
>5
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Requalificação da EN 125 em banho-maria Secretário de Estado dos Transportes diz que o Governo “pondera” resgatar a concessão da Estrada Nacional 125 se o modelo de concessão não avançar Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com
PARADAS DESDE 2012 - exac-
tamente o ano em que, de acordo com a Estradas de Portugal, se previa, por exemplo, a conclusão da Variante a Faro, parte integrante dos trabalhos - as obras de requalificação da Estrada Nacional 125 (EN 125) estão deixadas ao abandono e não dão quaisquer sinais de avanço. Entretanto, aquela que era a principal ‘moeda de troca’ para a Via do Infante passar a ser portajada matém-se em banho-maria e os algarvios continuam a pagar portagens sem poder contar com uma alternativa pelo menos digna desse nome. Na passada sexta-feira, no âmbito de uma visita à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, Sérgio Silva Monteiro, secretário de Estado dos Transportes, pouco ou nada trouxe de novo nesta matéria. A apresentar o estudo que prioriza as intervenções do Estado para os próximos anos em matéria de redes de transportes e onde a EN 125 simplesmente não figura, o governante apenas referiu que “O Estado está a procurar, através da negociação, assegurar que rapidamente temos condições para que essa requalificação avance. Caso não avance no modelo de concessão, o Estado resgatará a concessão e procurará criar condições financeiras na [empresa] Estradas de Portugal para que avance”. Pouco mais, portanto, do que o actual estado de coisas com uma concessão que incumpre há dois anos aquilo que era a sua obrigação contratual, com os prejuízos conhecidos para a região, mas particularmente, com os prejuízos ainda por quantificar das obras deixadas ao abandono e cuja retoma implicará reequacionar.
d.r.
ALGARVE SÓ TERÁ INVESTIMENTO EM PORTOS E CAMINHO DE FERRO A cumprir-se na prática
o estudo do Grupo de Trabalho para as Infra-estruturas de Alto Valor Acrescentado que o secretário de Estado veio colocar em discussão pública no Algarve, à semelhança do que tem feito pelo país, a região apenas será contemplada - se para isso houver fundos suficientes - com obras nas áreas da ferrovia no âmbito da Linha do Algarve e no âmbito das infra-estruturas portuárias, portos de Portimão e Faro. Sobre a EN 125, de que dependem milhares de algarvios, e em larga medida a mobilidade dos turistas, nem uma linha no estudo que promete servir de base às decisões do Governo, como o POSTAL já tinha noticiado.
JORGE BOTELHO CLASSIFICA NÃO INCLUSÃO DA EN 125 INADMISSÍVEL Quem não se deixou
ficar pelo silêncio junto do representante do Governo foi Jorge Botelho, presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), para quem a não inclusão nas infra-estruturas prioritárias da requalificação da via longitudinal do Algarve é “inadmissível”. A região contará, havendo para isso capacidade financeira do Governo, com um investimento a rondar os 110 milhões de euros divididos a meias entre ferrovia e portos, o que será neste âmbito investimento previsível da Administração Central para quase uma década. Para Jorge Botelho, em declarações ao POSTAL, “a contenção no investimento público não pode deixar a região durante quase uma década com fundos desta ordem na área das infra-estruturas de transportes e muito menos é sequer pensável que nos
ÔÔ Sérgio Monteiro ainda acredita na viabilização da concessão da EN 125 projectos equacionados como prioritários não esteja incluída a via rodoviária que é a espi-
nha dorsal da região”. À Lusa o também autarca tavirense referiu que “se esta obra
não se fizer, vamos afundar-nos um pouco mais”, sublinhando que a EN 125 está “um caos”.
Recorde-se que já na última versão da intervenção na EN 125, parte das variantes previstas para as zonas mais problemáticas desta via foi relegada para as calendas, numa tentativa de reduzir os custos da intervenção, este foi por exemplo o caso da ligação a São Brás de Alportel e da variante a Olhão. Até à decisão final sobre que alterações poderá ainda sofrer este estudo encomendado pelo Governo e que forma final tomará a decisão política sobre o que é ou não prioritário em termos de transportes resta aos algarvios evitar que o assunto caia nas calendas do esquecimento a que neste âmbito o Governo parece ter votado a região.
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CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Nos termos do n.º 2 do artigo 22º e do artigo 24º dos Estatutos desta Caixa, convoco, por este meio, a Assembleia Geral Ordinária da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO SOTAVENTO ALGARVIO, C.R.L., para reunir no Auditório deste Sede, na RUA BORDA D’ÁGUA DE AGUIAR, N.º 1 - 2º, em TAVIRA, pelas 14:00H do dia 29 de Março de 2014 (Sábado). Não havendo à hora referida número legal de associados para a Assembleia poder deliberar regularmente, a mesma funcionará uma hora depois com qualquer número de presenças.
Ordem de Trabalhos 1. Informações gerais; 2. Discussão e votação do Relatório, Balanço e Contas do Exercício de 2013 bem como o respectivo Parecer do Conselho Fiscal; 3. Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola; 4. Eventuais outros assuntos de interesse corrente.
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Tavira, 21 de Fevereiro de 2014 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Eng.º José Macário Correia (POSTAL do ALGARVE, nº 1119, de 7 de Março de 2014)
Registo na Entidade Reguladora da Saúde sob o nº E115161 Rua Actor Nascimento Fernandes, nº1 – 1ºandar,8000-201Faro Telefone: 289 813 183 Telemóvel: 969 267 369 / 917 753 239 E-Mail: clinicapatris21@gmail.com (15h ás 19h)
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IBM apresenta propostas para Faro e para o Algarve Trabalho desenvolvido no âmbito do Samter Cities Challenge dá a conhecer pormenores dentro de semanas ricardo claro
Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com
das propostas base avançadas já pela IBM está “a criação de uma plataforma aberta de dados que permita em tempo real” uma análise conclusiva do que se faz na região e do que nela se pode fazer para maximizar a potencialidade da economia do mar, bem como, fomentar a respectiva atractividade, nomeadamente, na área do investimento.
AS LINHAS GERAIS DO RELATÓRIO elaborado pelo grupo de
especialistas que a IBM trouxe até Faro para estudarem o potencial da cidade e da região no âmbito da economia do mar foram apresentadas sexta-feira da passada semana na capital algarvia, numa sessão em que marcaram presença altos quadros da empresa internacional, o autarca local, dois secretários de Estado e o deputado Cristóvão Norte. Rogério Bacalhau iniciou o seu discurso a agradecer a escolha de Faro para beneficiar do apoio dos especialistas da IBM - que incluíram uma equipa multidisciplinar de cinco elementos - agregados ao Smarter Cities Challenge, um programa da multinacional lançado em 2010 para apoiar o desenvolvimento de cidades e regiões em todo o mundo. O autarca afirmou-se certo de que as propostas do estudo “constituirão uma mais-valia” para a cidade e para o desenvolvimento integrado, onde “o mar desempenha já hoje um papel central e cujas potencialidades importa aproveitar ao máximo”. Segundo o presidente da Câmara, o desafio estará em
no mar. Na área do Turismo a aposta passa por quebrar “a sazonalidade” através da criação de uma “estratégia de branding integrada”, tirando partida das novas plataformas de comnicação, ao mesmo tempo que a oferta tem de se especializar, oferecendo experiência como modo de gerar oferta diversificada das propostas de sol e mar.
Rastreio Auditivo
ÔÔ Rogério Bacalhau com o secretário de Estado do Mar implementar as recomendações constantes do estudo que será divulgado em breve na íntegra. Uma opinião secundada pelo presidente da IBM Portugal, António Raposo de Lima, para quem o estudo “com uma abordagem prática e pragmática”, deve “ser traduzido em projectos reais, tornando Faro e o Algarve em referências globais”.
ANÁLISE CONFRONTOU TÉCNICOS DA IBM COM ACTORES LOCAIS E REGIONAIS A análise
feita pelos investigadores da IBM levou-os a ouvirem variados players locais e regionais
nas áreas que tocam directa e indirectamente a economia associada ao mar. Desde logo os mais que conhecidos problemas foram indiciados pela IBM. “Um baixo nível de colaboração entre os diferentes actores, regionais e nacionais” e a “insuficiente utilização de dados para melhorar a economia”, bem como a “falta de cooperação entre os sectores público e privado”. A isto se juntam o problema da mono-economia do turismo e a “falta de competências especializadas focadas nas profissões ligadas à economia do mar”.
A data decorre entre um concerto em Paris (4/4) e o início de mais uma digressão no Reino Unido (15/4). De realçar, que desde os anos 60 até hoje o músico editou 25 discos. Eric Andersen, de 71 anos, foi um elemento vital da cena folk e poesia “beat” em Nova
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Cineclube de Tavira comemora aniversário de Abril, 15 anos de actividade contínua. Para assinalar a data, o músico nova-iorquino Eric Andersen, dará um concerto no Cine-Teatro António Pinheiro, em Tavira, na sexta feira, dia 11 de Abril, pelas 21.30 horas.
“Formar e capacitar o mercado de trabalho para a economia do mar” é outro dos desafios ao mesmo tempo que se impõe um “melhor aproveitamento dos recursos naturais” no sector, nomeadamente através da criação de “uma cadeia de valor de base regional” que mantenha dentro da região o grosso da coluna de valor acrescentado associada à economia baseada
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CONCERTO DE ERIC ANDERSEN CELEBRA AS 15 PRIMAVERAS
O CINECLUBE DE TAVIRA COMEMORA , no próximo dia 8
AS PROPOSTAS BASE Na área
Iorque nos anos 60. Ao lado de Bob Dylan, Joni Mitchell, David Blue, Dave Van Ronck, Jack Elliot, Johnny Cash e de muitos outros com quem partilhou o palco. Eric Andersen será acompanhado pela sua mulher Inge (segunda voz e harmonias) e Michele Gazich (violino).
Albufeira: Centro Clínica Arcadas S. João ı Parafarmácia Mais Saúde (Ferreiras) ı Aljezur: Farmácia Aljezur ı Farmácia Odeceixe ı Castro Marim: Cruz Vermelha de Altura ı Faro: Farmácia Almeida ı Farmácia Alexandre ı Farmácia Huguette Ribeiro (Patacão) ı Casa Do Povo Estoi ı Lagoa: Clínica de Lagoa ı Lagos: Clínica Lacobrigense ı Farmácia Praia da Luz ı Farmá-
cia Bensafrim ı Loulé: Clínica de Medicina & Cirurgia - CMC ı Centro Clínico Almancil ı Policlínica Eurosaúde (Quarteira) ı Idealclínica - (Vilamoura) ı Assoc. In-Loco (Salir) ı Olhão: Policlínica Etienne ı Portimão: Policlínica da Mó ı São Brás: Clínica S. Brás ı Silves: Xelclínica ı Clínica Osteoreuma (S.B. Messines) ı Tavira: Cruz Vermelha Tavira ı Parafarmácia Pharmaromus ı Farmácia Tavares (Stº Estêvão) ı Clínica Santiago
-Tavimédico ı Vila do Bispo: Parafarmácia MC Farma (Sagres) ı Vila Real de Sto. António: Clínica S. Cristóvão ı Clínica Stº António ı Baixo Alentejo: Farmácia Saúde Moderna (Relíquias) ı Farmácia Mil Fontes ı Parafarmácia Express Med (B. V. Pinheiros) ı Parafarmácia Express Med (Colos) ı Casa do Povo Stª Clara-a-Velha E ainda em todas as Juntas de Freguesia do Algarve e Baixo Alentejo
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região
Câmara de Faro quer repovoar a baixa pág. 6
Pousada de São Brás vai ter nova vida
restaurante que era utilizado pelos residentes.
EXECUTIVO MUNICIPAL QUER CRIAR PARCERIAS COM GRUPO PROPRIETÁRIO Perante a actual
Grupo dinamarquês transforma edifício em empreendimento turístico d.r.
A ANTIGA POUSADA DE SÃO BRÁS DE ALPORTEL, no Algar-
ve, está a ser reconvertida num empreendimento gerido em “time-sharing” por um grupo dinamarquês, disse à Lusa o presidente da autarquia, Vítor Guerreiro. “O sistema de promoção e de aluguer é feito com famílias que adquirem tempo de férias, tipo ‘time-sharing’”, explicou o autarca (PS), acrescentando que aquele empreendimento turístico vai ficar dotado de 40 espaços de alojamento que vão acolher cerca de 200 famílias dinamarquesas ao longo do ano. Adquirida recentemente por
um grupo dinamarquês, a antiga Pousada de Portugal está encerrada desde 2010, quando o Grupo Pestana argumentou falta de viabilidade económica para rescindir o contrato que tinha com a empresa proprietária, a Enatur (Empresa Nacional de Turismo). A solução encontrada para o edifício, inaugurado em 1944 como uma das primeiras pousadas construídas em Portugal, não é aquela que o executivo municipal idealizava, mas Vítor Guerreiro considerou que a sua conversão num empreendimento em “time-sharing” (uso alternado de um espaço de férias durante o ano) é me-
ÔÔ Pousada passará a chamar-se “Coração do Algarve” lhor do que mantê-lo fechado. “É uma solução que, sinceramente, para o município não é aquilo que idealizávamos, porque gostaríamos de devolpub
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ver aquela estrutura também à população”, comentou aquele responsável, lembrando que, além do alojamento turístico, aquela pousada tinha um
situação, o executivo municipal pretende criar parcerias com o grupo proprietário da antiga pousada, que passará a chamar-se “Coração do Algarve”, para tentar encontrar formas de trazer proveitos para a economia local. “Temos muito para mostrar no concelho e queremos que fiquem [os turistas] o máximo de tempo possível em São Brás de Alportel e que não venham só dormir”, frisou Vítor Guerreiro. O executivo municipal reuniu-se nas últimas semanas com um dos directores do grupo dinamarquês, que já tem um projecto semelhante em Tavira e que informou que estão em curso obras de adaptação ao edifício para
acolher o novo modelo de funcionamento. Durante a reunião, o director do grupo disse contar com a abertura total do empreendimento até ao final do ano, estando em curso obras que visam organizar cada uma das 40 áreas de alojamento que ficarão apetrechadas com quarto, cozinha, sala e casa de banho. Segundo Vítor Guerreiro, uma das maiores necessidades daquele concelho do interior algarvio, situado a norte de Faro, é a existência de uma unidade hoteleira com alguma dimensão. Confessando ter perdido a esperança de requalificar a pousada e transformá-la numa unidade de referência para o concelho, o autarca admite que existem no concelho alguns projectos para unidades hoteleiras que estão à espera de condições para avançar. Lusa pub
7 de Março de 2014 | 5
região
Polaco Michal Kwiatkowski vence Volta ao Algarve pág. 7
Docapesca investe na requalificação das lotas
d.r.
Condições das infra-estruturas vão ser melhoradas A DOCAPESCA VAI INVESTIR mais de dez milhões de euros em projectos de requalificação que envolvem quase todas as lotas do país, incluindo cinco no Algarve, e que a ministra da Agricultura e Mar afirmou destinarem-se a melhorar as condições das infra-estruturas. O investimento, adiantou As-
sunção Cristas, vai ser suportado pela Promar, sendo que 75% vem de verbas comunitárias, e destina-se a melhorar “as condições de trabalho nas lotas, o que é extraordinariamente importante para quem lá trabalha e também para os consumidores que vêem o seu pescado transaccionado em espaços com pub
melhores condições de higiene e sanitárias”. No Algarve, vão ser alvo de intervenção as lotas de Sagres, Lagos, Portimão, Olhão e Vila Real de Santo António. Questionada sobre se o projecto terá implicação de regras de comercialização do pescado nas lotas, Assunção Cristas respondeu que o Governo está a estudar um projecto-piloto para mudar as regras dos leilões e “testar se é mais eficaz”.
A ministra disse que os produtos da pesca saem valorizados se forem vendidos em espaços com qualidade e chamou a atenção para os certificados de venda em lota, que afirmou serem outra “forma de criar valor para este tipo de produtos”. A intervenção em 17 das 22 lotas do país começou em 2013 e envolve obras de requalificação em edifícios, reconversão de lotas, melhorias nas cadeias de
ÔÔ José Apolinário, presidente da Docapesca frio, entre outros, num total de 10,255 milhões de euros. O presidente da Docapesca, José Apolinário, prevê um in-
vestimento superior a quatro milhões de euros para este ano. Lusa
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NOTARIADO PORTUGUÊS JOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA NOTÁRIO em TAVIRA
NOTARIADO PORTUGUÊS JOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA NOTÁRIO em TAVIRA
Nos termos do Artigo 100.º, número um, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi dada pelo Dec – Lei número 207/95, de catorze de Agosto, faço saber que no dia vinte e oito de Fevereiro de dois mil e catorze, de folhas cento e doze a folhas cento e treze, do livro de notas para escrituras diversas número cento e sessenta e oito – A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, na qual: ANTÓNIA CARDEIRA FERNANDES MARTINS, NIF 168.550.520 e marido ANTÓNIO FERNANDES MARTINS, NIF 168.550.539, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua José de Sousa Carrusca, número 7, 2.º Esq.º, Faro, declararam: Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio urbano, composto por edifício de rés-do-chão com dois compartimentos, destinado a habitação, sito no Monte do Grainho, freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, com a área total de sessenta metros quadrados, a confrontar do norte com Manuel Teixeira, do sul e poente com Rua e de nascente com Maria Isabel, inscrito na matriz sob o artigo 910, com o valor patrimonial tributável e igual ao atribuído de QUATRO MIL SETECENTOS E CINQUENTA EUROS, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira. Que eles justificantes adquiriram este prédio, no ano de mil novecentos e oitenta e nove, em data que não podem precisar, por partilha verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita com os demais interessados, por óbito dos pais da justificante mulher, António Fernandes e mulher, Ana Cardeira, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens, residentes no sitio do Grainho, Cachopo, Tavira. Que desde esse ano possuem o prédio em nome próprio, usufruindo do mesmo, fazendo as obras de conservação e reparação necessárias, pagando contribuições e impostos devidos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriram o prédio por usucapião. Vai conforme o original. Tavira, em 28 de Fevereiro de 2014
Victor Manuel Nascimento Minhalma
A funcionária por delegação de poderes; Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/1 Conta registada sob o nº. PAO 286 / 2014 Factura nº. 0290
Nos termos do Artigo 100.º, número um, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi dada pelo Dec – Lei número 207/95, de catorze de Agosto, faço saber que no dia vinte e oito de Fevereiro de dois mil e catorze, de folhas cento e dez a folhas cento e onze, do livro de notas para escrituras diversas número cento e sessenta e oito - A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, na qual: JOÃO BAPTISTA DIAS CAMPOS, NIF 107.651.084 e mulher MARIA JOÃO DA PALMA FERNANDES CAMPOS, NIF 107.651.092, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Travessa das Oliveiras, número 2, Cachopo, Tavira, declararam: Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio urbano, composto por edifício térreo com um compartimento, destinado a habitação, sito na Rua da Igreja, freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, com a área total de vinte e nove virgula vinte e cinco metros quadrados, a confrontar do norte com José Inácio de Passos, do sul e nascente com Bartolomeu Femenin e do poente com Rua da Igreja, inscrito na matriz sob o artigo 106, com o valor patrimonial tributável e igual ao atribuído de CENTO E VINTE E UM EUROS E SETE CÊNTIMOS, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira. Que eles justificantes adquiriram este prédio, no ano de mil novecentos e oitenta e nove, em data que não podem precisar, por partilha verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita com os demais interessados, por óbito dos pais do justificante marido, José de Campos Ferro e mulher Antónia Dias, casados que foram sob no regime da comunhão geral de bens, residentes na aldeia e freguesia de Cachopo, concelho de Tavira. Que desde esse ano possuem o prédio em nome próprio, usufruindo do mesmo, fazendo as obras de conservação e reparação necessárias, pagando contribuições e impostos devidos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriram o prédio por usucapião. Vai conforme o original. Tavira, em 28 de Fevereiro de 2014 A funcionária por delegação de poderes; Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/1 Conta registada sob o nº. PAO 285 / 2014
(POSTAL do ALGARVE, nº 1119, de 7 de Março de 2014)
(POSTAL do ALGARVE, nº 1119, de 7 de Março de 2014)
(POSTAL do ALGARVE, nº 1119, de 7 de Março de 2014)
Santa Casa da Misericórdia de Tavira Instituição fundada em 1498
AVISO CONVOCATÓRIA Victor Manuel Nascimento Minhalma, Presidente da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia de Tavira em conformidade com o preceituado no n.º 1 do artigo 30º do Compromisso, convoca a Assembleia Geral, para a sessão ordinária a realizar no dia 22 de Março de 2014, pelas 15 horas, no edifício do Lar/Centro de Dia, Major Castro e Sousa, situado na Rua da Atalaia n.º5, com a seguinte ordem de trabalhos: 1 - Apreciação e votação do relatório e contas de gerência de 2013. 2 - Informações Gerais. Não se encontrando presente à hora indicada a maioria do número legal dos irmãos, a Assembleia funcionará de acordo com o disposto no n.º2 do artigo 28º do Compromisso, uma hora depois, em segunda convocatória e com qualquer número de irmãos. Para constar e produzir os efeitos legais se passou o presente aviso e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume, publicado no jornal local e com conhecimento por escrito aos irmãos da Misericórdia. Tavira, 03 de Março de 2014 O Presidente da Assembleia Geral,
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6 | 7 de Março de 2014
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Câmara de Faro quer repovoar a baixa Autarquia aposta em atrair estudantes para o centro da cidade Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com
A FORMA AINDA NÃO ESTÁ DEFINIDA mas o objectivo sim, a
Câmara de Faro quer repovoar a baixa da cidade e conta para isso com as necessidades habitacionais geradas na cidade pela população estudantil, nomeadamente, universitária. A ideia é um dos resultados das reuniões mantidas recentemente entre a autarquia e a reitoria da Universidade do Algarve e pode ajudar a responder às necessidades de ocupação de muitos prédios devolutos da baixa e, simultaneamente, baixar os custos inerentes ao alojamento dos estudantes, um mercado que é relativamente pouco elástico quanto a preços e que, em larga medida, está fora da econo-
mia do arrendamento formal.
CÂMARA JÁ SABE O QUE HÁ DESOCUPADO NA BAIXA A autar-
quia inventariou os prédios devolutos do casco mais antigo da cidade e sinalizou 218 imóveis nestas condições dentro das três áreas de reabilitação urbanas (ARUs) que, como referiu ao POSTAL o vereador da autarquia Paulo Santos, foram criadas durante o mandato de Macário Correia. A autarquia está a notificar os proprietários dos imóveis em causa para procederem à reabilitação dos edifícios e a dar-lhes “toda a informação sobre os mecanismos de apoio à recuperação do edificado”, refere o vereador, que acrescenta, “a câmara foi até ao limite na disponibilização de todos os benefícios que o
d.r.
enquadramento legal permite em matéria de requalificação urbana”.
AS VANTAGENS No sítio on-li-
ne da autarquia podem ver-se os benefícios que podem usufruir os proprietários que desejem efectuar obras de requalificação dos edifícios enquadrados nas ARUs - também elas geograficamente ali identificáveis - e entre aqueles estão a isenção das taxas municipais relacionadas com as obras de reabilitação (licenciamento, emissão de alvarás, ocupação do espaço público e publicidade, e de vistorias; a redução para metade da Taxa Municipal de Urbanização; a isenção do Imposto Municipal sob Imóveis (IMI), durante cinco anos; a isenção de Imposto Municipal sobre Transpub
ÔÔ Câmara está a notificar proprietários para reabilitarem edifícios missões Onerosas de Imóveis (IMT) nas aquisições de prédios urbanos destinados a reabilitação e, ainda, benefícios em sede de IRS e IVA. Em declarações à Lusa, o
presidente da câmara afirma que vai “trabalhar com a Universidade do Algarve, no sentido de disponibilizar esses imóveis à população estudantil, para ver se querem ou não
utilizá-los”, revelou Rogério Bacalhau, observando que os imóveis com áreas pequenas “não são adequados a uma família”, mas têm características “interessantes que podem ser utilizados por pessoas mais jovens”. Segundo o autarca, muitas dessas casas em mau estado já estão a ser reabilitadas, outras estão a ser ocupadas, outras estão destinadas a comércio e há quem tenha comprado as maiores e esteja a fazer hostels. “Já se vão vendo alguns sinais, nessas três zonas, de alguma recuperação e temos na câmara projectos para reabilitação”, admitiu, observando, todavia, que este processo “vai levar muitos anos” e que “não se consegue de um dia para o outro”. pub
7 de Março de 2014 | 7
região
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Polaco Michal Kwiatkowski vence Volta ao Algarve Ciclista quer conquistar camisola branca na Volta a França d.r.
O CICLISTA POLACO MICHAL KWIATKOWSKI (Omega Phar-
ma/Quickstep), vencedor da Volta ao Algarve, reconheceu que gostava de conquistar a classificação da juventude na próxima Volta a França. “No Tour não tenho objectivos específicos. Talvez andar de branco alguns dias... e se pudesse mesmo conservar a camisola até ao último dia e ganhar a juventude era muito bom”, admitiu o terceiro melhor jovem na Volta a França de 2013, atrás do colombiano Nairo Quintana, que vai estar ausente em 2014, e do norte-americano Andrew Talansky. Confessando que é “porreiro” ganhar uma volta por etapas, algo que não conseguia desde os tempos de amador, mais concretamente desde 2008, Kwiatkowski apontou como próximos objectivos o Tirreno-Adrático e a Milão-San Remo. Feliz por ter vencido uma “Algarvia” que adora – “é a terceira vez que estou cá e gosto
ÔÔ António Aleixo felicita vencedor da Volta ao Algarve mesmo do público, é muito caloroso” –, o jovem polaco, de 23 anos, indicou que esta foi uma boa preparação para o que falta de temporada.
CONTADOR GARANTE NUNCA TER PERDIDO BOA FORMA Por seu
lado, o ciclista espanhol Alberto Contador, segundo classificado da 40.ª Volta ao Algarve, recusou a ideia de que está de
volta à forma que o celebrizou, garantindo que “El Pistolero” nunca desapareceu. Questionado sobre se o resultado na “Algarvia”, que venceu em 2009 e 2010, simbolizava o regresso do “grande” Contador, o ciclista que dominou o ciclismo mundial até ao seu caso de doping no Tour2010, o madrileno respondeu: “se pensam que alguma vez me fui embora, en-
tão sim. Cabe a vocês julgar”. Apesar de negar alguma vez ter descido o patamar dos grandes do ciclismo mundial, o vencedor no alto do Malhão assumiu que está melhor do que no ano passado, em que foi apenas 4.º classificado na Volta a França. “O ano passado também estive num bom nível no início da época, em Omã. Estive a discutir etapas e acabei bem na geral. Mas este ano as sensações são melhores, o trabalho foi mais bem feito”, admitiu. Contador ainda não quer pensar no Tour2014 e vai dizendo que não sabe se vai bater Chris Froome, o vencedor de 2013, mas sim que tem de estar concentrado a 100% na linha de partida. Sobre a vitória do seu grande adversário na Volta a Omã, o espanhol destacou que era óbvio que o britânico da Sky estava em boa forma. “Quando falava mostrava muita confiança. A vitória em Omã não me surpreende”, reconheceu o
ciclista da Tinkoff/Saxo.
O MAU FEITIO DE CAVENDISH Já o ciclista britânico Mark Cavendish (Omega Pharma/ Quickstep) deu mostras do seu conhecido mau feitio, ao não participar na cerimónia final do pódio, depois de vencer a quinta e última etapa da 40.ª Volta ao Algarve. Depois de subir ao pódio como vencedor da etapa, Cavendish desceu as escadas da caravana, fez o director desportivo avisar que os jornalistas só tinham um minuto para questioná-lo. E se a primeira pergunta até correu bem – “estou muito
contente por ter ganho” –, nas outras o inglês mostrou algum incómodo. Questionado sobre se estava contente por finalmente ter ganho, o britânico não percebeu a pergunta e disparou: “Só estamos em Fevereiro”. Corrigida a questão ao acrescentar em Portugal, ‘Cav’ voltou a demonstrar o seu desagrado, interrompendo a entrevista com um simples “é só a minha segunda vez aqui”. Cavendish desapareceu depois e recusou fazer a obrigatória entrevista à televisão oficial, assim como estar no pódio final com todos os vencedores. Lusa pub
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A Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Tavira informa que no dia 19 de Março pelas 11 horas, será celebrada Missa na Igreja de São José, em honra do Santo Padroeiro, São José. Porque esta celebração se reveste do mais alto significado para a Irmandade, convidam-se todos os Irmãos da Misericórdia e tavirenses em geral, a participarem neste ato litúrgico. Tavira, 01 de Março de 2014 O Provedor, Pedro Manuel do Nascimento
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A requalificação da EN 125 não anda e quem também não anda são os algarvios a quem resta desesperar numa estrada de remendos para fugir às portagens. E isto com o Verão à porta (Ler pág. 2).
Faro quer repovoar a baixa e requalificar o edificado. A tarefa será árdua mas o que é facto é que está em marcha e aposta nos estudantes para serem o novo povo do centro da cidade (Ler pág. 6).
O postal alterou o e-mail da redacção: jornalpostal@gmail.com
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Sede: Rua Dr. Silvestre Falcão, n.º 13 C - 8800-412 Tavira - Algarve Tel: 281 320 900 | Fax: 281 320 909 E-mail: jornalpostal@gmail.com On-line: www.postal.pt Director: Henrique Dias (CP 3259). Editor: Ricardo Claro (CP 9238). Redacção: Cristina Mendonça (CP 3258), Humberto Ricardo (CP 388), Pedro Ruas. Design: Profissional Gráfica. Colaboradores fotográficos: José A. N. Encarnação “MIRA” Colaboradores: Beja Santos (defesa do consumidor), Nelson Pires (CO76). Departamento Comercial, Publicidade e Assinaturas: Anabela Gonçalves, José Francisco, José Cassapo. Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire, inscrito sob o nº 211 612 no Registo das Empresas Jornalísticas. Edição: Postal do Algarve - Publicações e Editores, Lda. Contribuinte nº 502 597 917. Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do Título (dgcs): nº 111 613. Impressão: Naveprinter Distribuição: Banca - Logista, à sexta-feira com o Público/VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT.
A população sénior e a doença renal crónica No dia 13 de Março a Sociedade Portuguesa de Nefrologia assinala o “Dia Mundial do Rim”, sob o tema “A Doença Renal Crónica e o Envelhecimento”. Esta iniciativa, em mais de 100 países em todo o mundo, surgiu da necessidade de informação e sensibilização sobre a doença renal, devido à sua elevada prevalência e significativas morbilidade e mortalidade associadas. A Doença Renal Crónica é caracterizada pela perda lenta, progressiva e por vezes irreversível da função renal e é uma patologia que tem um elevado índice de mortalidade precoce. Embora se possa manifestar em qualquer idade, os idosos compõem a faixa etária mais afectada pela doença renal crónica, sendo por isso considerada uma patologia geriátrica. Tem-se assistido, nos últimos
8.252 exemplares
anos, a um incremento das taxas de incidência e prevalência desta doença na população com mais de 65 anos, verificando-se também um aumento da idade média dos doentes a fazer hemodiálise - acima dos 65 anos -, razões que apontam para a necessidade de estar vigilante para o problema junto da população mais envelhecida. Com o avançar da idade as principais causas que podem provocar insuficiência renal são a nefropatia diabética, a hipertensão arterial, as doenças vasculares, as nefropatias hereditárias e as glomerulonefrites. Mas se estas patologias são a causa da maior prevalência da doença renal crónica nesta faixa etária, também a própria alteração da morfologia, estrutura e funcionalidade do aparelho renal associadas ao envelhecimento, têm uma grande responsabili-
dade na incidência da doença. A atrofia dos rins consequência de alterações vasculares intra e extra renais, é um sinal da possibilidade de se vir a desenvolver insuficiência renal. Na generalidade, a população sénior tende a ter maiores níveis de dependência, necessitando de um apoio mais constante e mais atento. A precocidade no diagnóstico permitirá atenuar e prevenir os efeitos desta doença garantindo ao idoso melhor qualidade de vida. O doente aprende e entende melhor e com menos ansiedade porque é que tem de ter alguma restrição alimentar, qual é o benefício da medicação e porque tem de se submeter a alguns procedimentos clínicos, mais agressivos, que eventualmente lhe possam vir a ser efectuados. A ausência sintomática nos primeiros estádios da doença,
incentiva ainda mais esta proactividade e necessidade de estar alerta para a saúde dos rins, principalmente em pacientes com factores de risco. É fundamental acautelar possíveis alterações a nível da urina. As alterações do débito da urina, a sensação de ardor ao urinar, a presença de sangue ou a dificuldade em urinar, bem como dor ou desconforto na região lombar. Quando se faz o diagnóstico de doença renal e após terapêutica instituída não se obtém uma cura total, o doente fica com uma doença crónica conhecida por doença renal crónica (DRC). Esta doença evolui, a maior parte das vezes, de forma progressiva, mais ou menos lenta, dependendo a progressão da etiologia da doença, da terapêutica e da adesão do doente à mesma. Daí que o acompanha-
mento do idoso, nesta fase, adquira neste contexto um papel relevante na maneira como ele encara toda a problemática do seu estado de saúde. Quando o doente atinge o estádio terminal da DRC as opções terapêuticas disponibilizadas para substituir a função renal são a hemodiálise (HD), a forma comummente utilizada, a diálise peritoneal (DP) e o transplante renal. Uma doença crónica é sempre um factor indutor de apreensão emocional. No idoso, sempre mais fragilizado, a DRC e os tratamentos actualmente disponíveis para manter a vida, habitualmente desconhecidos da população, engendram estados de grande incerteza. Acrescem, ainda, as alterações provocadas na vida quotidiana que provocam naturalmente, nesta faixa etária, estados de ansiedade e mesmo depressivos que requerem por um lado, uma maior acuidade do apoio médico e por outro, um efectivo apoio sociofamiliar. A Direcção da Sociedade Portuguesa de Nefrologia
se eu fosse uma estrangeira a entrar no nosso maravilhoso país, ficaria chateada com ele! Pior que não ser hospitaleiro (que somos!) é sê-lo fingindo o contrário. Quem entra em Portugal pelo sul e se depara com estes sinais, é desde logo defraudado! Vergonhosamente enganado, mesmo! Não há necessidade de tratar assim muitos dos responsáveis por
um dos mais fortes sectores económicos deste encantador pedaço do planeta. Quem entra na Via do Infante devia ser devidamente informado que nem a saída de Vila Real/Castro Marim nem a de Monte Gordo/Altura envolvem qualquer custo. Depois disso é só seguir pela nacional 125 que, longe de ser confortável e segura, é válida para se chegar mais além. Gostaria de fazer passar esta mensagem a todos os não portugueses, “nuestros hermanos”
ou não, que são recebidos com esta enganadora e dissuadora obrigatoriedade. Gostaria de contribuir para lhes fazer chegar a mensagem de que nós, portugueses, não somos todos crápulas extorsores. A maioria de nós recebe os visitantes com a mesma correcta diplomacia, honestidade e simpatia com que o chão desta ancestral nação desde sempre tem sabido acolher todos os povos do Mundo.
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Membro: APCT - Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação; API - Associação Portuguesa de Imprensa.
Tiragem desta edição:
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Ana Amorim Dias - Escritora
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Quando entro num país espero ser bem recebida. Entro para me enriquecer ao mesmo tempo que contribuo para o seu enriquecimento. Levo dinheiro para gastar nos hotéis, restaurantes, museus, bares; gasto em produtos típicos, em lembranças, em actividades únicas; gasto nos músicos de rua (há lá como lhes resistir?) e em tudo o que seja preciso. Por isso,
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Vila Real recebe elite do futebol feminino
d.r.
Cinco estádios algarvios acolhem meia centena de jogos O COMPLEXO DESPORTIVO de Vila Real de Santo António recebe, uma vez mais, a Algarve Cup, torneio também conhecido como o Mundialito de Futebol Feminino, que completa este ano a sua 21ª edição. Até ao próximo dia 12, o Algarve acolherá as melhores equipas de futebol feminino, como é o caso das potências mundiais da Alemanha - campeã da Europa em título -, dos Estados Unidos da América campeã Olímpica em 2012 e em título do torneio -, e do Ja-
pão - campeã do Mundo em 2011, entre outras.
CINCO ESTÁDIOS REGIONAIS ACOLHEM ESTRELAS FEMININAS Durante os oito dias de
competição, cinco estádios algarvios recebem cerca de meia centena de jogos onde estará presente a melhor jogadora do mundo, a guarda-redes germânica Nadine Angerer, e a melhor treinadora do mundo, a alemã, Silvia Neid. Integrada no grupo C, a Selecção Nacional Feminina
encontrará desafios interessantes e distintos em relação aos anos anteriores, tendo como adversárias as formações da Áustria (que regressa à competição após três anos de ausência), a Rússia (cuja única participação na prova ocorreu em 1996) e a estreante Coreia do Norte.
COMPLEXO DESPORTIVO MUNICIPAL DE VILA REAL ACOLHE DOIS DESAFIOS Com entrada livre, o complexo desportivo de Vila Real recebeu, na passada quarta-feira, pelas 15 pub
horas, a partida Noruega x China. Já na próxima segunda-feira, às 17.30, o relvado municipal vila-realense acolhe a partida que vai opor Áustria e Rússia. A prova Algarve Cup é um dos eventos de maior prestígio do futebol feminino internacional e é organizada pela Federação Portuguesa de Futebol, pela Associação de Futebol do Algarve e pela FIFA, em conjunto com as Câmaras de Vila Real de Santo António, Albufeira, Faro, Lagoa, Lagos e Loulé.
ÔÔ A melhor jogadora do mundo, a guarda-redes Nadine Angerer, marca presença em Vila Real de Santo António pub
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Grande ecrã:
d.r.
Faro convida a Ambivalências
p. 3
Aqui há espectáulo: d.r.
MED prepara três dias de luxo para Junho
Bívar: Uma nova forma de sentir Faro
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p. 4
Letras e leituras:
alexandra gradim
d.r.
Nuno Júdice: o poeta escritor
p. 6
Sala de leitura: d.r.
Património:
A vida numa chávena de café
p. 8
A Nordeste sempre há algo de novo p. 8 e 9
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07.03.2014
Cultura.Sul
Editorial
Espaço CRIA
Iniciativa com a Cultura como pano de fundo
Uma abordagem pragmática sobre a transferência de conhecimento
Ricardo Claro
Editor ricardoc.postal@gmail.com
A iniciativa é que faz mover o mundo e é ela que em muitas cidades por essa Europa e mundo fora tem feito a diferença. À escala de cada uma, Barcelona, Londres, Madrid, Porto ou Lisboa têm sabido reinventar-se e a iniciativa tem feito destas cidades maiores e melhores. Em grande parte dos casos as cidades reinventaram-se além de outras maneiras pela Cultura e muitas iniciativas que são hoje verdadeiros fenómenos começaram pela afirmação de uma programação cultural. Parece que Faro está a dar os primeiros passos neste que é um dos caminhos possíveis para reformar a cidade capital de distrito e tirá-la de um atoleiro em que salvo honrosas excepções está mergulhada. Com a iniciativa Bívar está provado que é possível e que a cidade responde a estímulos desde que certos e bem realizados. De parabéns está a organização de ilustres anónimos que prova uma vez mais que a vontade pode quase tudo e que a determinação se encarrega do que faltar para o sucesso. As cidades e vilas algarvias têm, grande parte delas, sabido levar a cabo esta que é uma das suas tarefas fundamentais, serem cidades vivas. Olhe-se para São Brás de Alportel, veja-se Monchique, atente-se em Loulé. Perceba-se o que se faz em Olhão, Lagos ou Vila Real de Santo António e rapidamente se vê que o caminho do futuro se faz também por aqui e desta forma. E depois do tempo das autarquias tudo podem e tudo pagam é chegado o tempo do todos temos de fazer e o custo tem de ser diluído tanto quanto possível. A sociedade civil tem esta força de alcançar o melhor de si dividindo engenho e arte com os outros de forma dada e recompensada. Sinergias querem-se e recomendam-se, o dinheiro essse não jorrará aos milhões, mas não terá de ser também sempre um percurso feito de tostões.
Sofia Vairinho Advogada/Colaboradora do CRIA - Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia da Universidade do Algarve
Nas Universidades são gerados ativos passíveis de ser comercializados e é neste particular que assume importância falar da Investigação Aplicada e da possibilidade de se comercializar o conhecimento que é gerado no seu seio. A transferência do conhecimento gerado nas universidades pode incidir sobre ativos intelectuais merecedores de atenção comercial e existem algumas perspetivas sobre o modo e a abordagem que devemos adotar aquando da possibilidade de transferir conhecimento ou tecnologia. Os ativos intelectuais transferíveis podem ser passíveis de ser protegidos como direito de propriedade industrial e é muito frequente avançar-se, num primeiro momento e considerando a existência de determinados requisitos le-
gais, com um pedido de patente nacional ou com um pedido provisório de patente de modo a salvaguardar uma eventual invenção nova, detentora de suficiente atividade inventiva e aplicabilidade industrial. Contudo, nem sempre o recurso à patente representa a opção mais óbvia ou economicamente mais viável. As paten-
a acordos de confidencialidade, no âmbito das negociações preliminares com empresas para as quais poderá ser transferida a tecnologia. Os acordos de confidencialidade funcionam como elemento apaziguador face a eventuais exposições preliminares de tecnologias a potenciais investidores ou interessados na sua d.r.
tes, a par de outros direitos de propriedade industrial, como as marcas, o design ou modelo industrial, enquadram-se nos direitos de propriedade intelectual, onde, por exemplo, também se inclui o direito de Autor e direitos conexos. Perante estas circunstâncias, comummente se recorre
comercialização, protegendo, de certa forma, quem divulga a informação e quem a recebe. Muitas vezes os acordos de confidencialidade antecedem a celebração de contratos de licenciamento, ou contratos de transferência de tecnologia, que representam um dos modos de formalização da trans-
Ficha Técnica: Direcção: GORDA Associação Sócio-Cultural
ferência de conhecimento. Por outro lado, alguns promotores ou investigadores universitários optam por, na sequência dos trabalhos desenvolvidos e considerando a existência de equipas multidisciplinares, criar uma empresa: essas empresas são vulgarmente apelidadas de ‘spin-off’, uma vez que as mesmas resultam do conhecimento gerado no seio da Universidade. O percurso para a transferência de tecnologia nem sempre é linear, óbvio ou fácil e normalmente requer um período para estudo do caso concreto, definição de uma estratégia, de abordagem e estudo de mercado, de identificação de potenciais parceiros ou interessados na tecnologia e de um período de negociação antes de se começar a receber algum valor relativo ao esforço de transferência realizado. Pelo que vem de se dizer urge concluir que muitas tecnologias devem ser apresentadas ao mundo e testadas na sua viabilidade para que não permaneçam ocultas. Em resumo, esta nova missão, ou desafio, para as universidades e empresas pode representar um importante mecanismo para o estímulo económico e desenvolvimento empresarial.
Juventude, artes e ideias
«Ler é maçada, / Estudar é nada.»
Maria do Carmo Loureiro
Professora do Ensino Secundário
«Ó meninos, calados e a trabalhar!», dizia o professor, enquanto escrevia no quadro. Mas, o barulhinho continuava. Irritado, o professor voltava-se. A turma parecia sossegada. Silêncio. Minutos, aulas depois, a cena repetia-se. O professor voltava-se, silêncio! Virava-se e aí vai disto. Risinhos e conversinhas cruzadas cada vez mais insuportáveis. Cansado e irri-
tado, o professor, às vezes, lá conseguia apanhar um aluno em flagrante! «Rua!» Contrariado, o aluno saía. Os outros sorriam… Um dia, decidido que estava a pôr fim “àquilo”, o professor, ao voltar-se, reparou na “carpete” que cobria o chão… – Quem foi? – perguntou. – Quando entrámos, a sala estava limpa!... Ninguém se acusava. O chão estava imundo, cheio de borrachinhas e afins. Nesse dia, o professor não perdoou. Feita a participação, apurou-se a verdade. Os alunos, em vez de estarem a trabalhar, entretinham-se, divertidíssimos, a “guerrear” à revelia dos docentes! Para espanto de todos, a sala de aula era uma arena de combates surdos!
Fernando Pessoa d.r.
Editor: Ricardo Claro Paginação: Postal do Algarve Responsáveis pelas secções: • O(s) Sentido(s) da Vida a 37º N: Pedro Jubilot • Espaço ALFA: Raúl Grade Coelho • Espaço AGECAL: Jorge Queiroz • Espaço CRIA: Hugo Barros • Espaço Educação: Direcção Regional de Educação do Algarve • Espaço Cultura: Direcção Regional de Cultura do Algarve • Grande ecrã: Cineclube de Faro Cineclube de Tavira • Juventude, artes e ideias: Jady Batista • Da minha biblioteca: Adriana Nogueira • Momento: Vítor Correia • Panorâmica: Ricardo Claro • Património: Isabel Soares • Sala de leitura: Paulo Pires Colaboradores desta edição: Helena Silva Correia Maria do Carmo Loureiro Paulo Serra Sofia Vairinho Parceiros: Direcção Regional de Cultura do Algarve, Direcção Regional de Educação do Algarve, Postal do Algarve e-mail redacção: geralcultura.sul@gmail.com e-mail publicidade: anabelagoncalves3@gmail.com
on-line em: www.issuu.com/postaldoalgarve
Tiragem: 8.252 exemplares
Não seria tão grave se fosse apenas uma criancice de putos! Mas não! Alguns “inteligentes estrategas”, para os quais tudo é «uma seca», arrastavam os colegas para esta verdadeira guerra «borrachosa», quando não gostam das matérias, quando elas já
não são novidade para eles, quando não há divertimento envolvido «tudo é uma seca». Quando gostam, é porque acham que “sabem (quase sempre) mais que os professores”!... Génios! Não sabem que esforço e persistência são 80% do sucesso!
Cultura.Sul
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Grande ecrã Cineclube de Faro
Programação: cineclubefaro.blogspot.pt IPJ | 21.30 HORAS | ENTRADA PAGA CICLO AMBIVALÊNCIAS
11 MAR | CISNE, Teresa Villaverde, Portugal, 2011, 103’, M/12
18 MAR | CHINA - UM TOQUE DE PECADO, Jia Zhang-Ke, China, 2013, 133’, M/16 25 MAR | SORRISOS DE UMA NOITE DE VERÃO, Ingmar Bergman, Suécia, 1955, 108’
Jia Zhang-Ke mostra “China - um toque de pecado” O mês de Março do CCF traz o final do ciclo Eroticidades, com as duas partes da “Ninfomaníaca”, de Lars Von Trier, em destaque. Viramos as objectivas depois a 11 de Março para apresentar um ciclo de três filmes em que as ambivalências são o prato forte. Começamos então com o mais recente filme de Teresa Vila Verde, “Cisne”. A sua sexta longa-metragem conta com uma Beatriz Batarda soberba na pele de Vera, uma fadista (a quem Ana Moura empresta a voz), numa busca a roçar o exorcismo catártico e redentor (característico do cinema de Teresa Vila Verde) sobre o amor e a família. A segunda proposta deste ciclo, a 18 de Março, é “China – um toque de pecado”, de Jia Zhang-Ke, vencedor em Cannes 2013 do prémio de melhor argumento, um filme em que diferen-
tes histórias se cruzam reflectindo a falência moral numa China encurralada entre um pseudo-comunismo e um capitalismo selvagem aparentemente exuberante e luminoso, mas absolutamente atroz nas consequência humanas. Por último, o regresso de um dos maiores Mestres às salas nacionais, com a reposição do cinema de Ingmar Bergman vem a oportunidade para (re)ver ou conhecer um cineasta fundamental, a 25 de Março propomos um dos seus filmes mais populares que lhe valeu o reconhecimento internacional com a atribuição do Prémio Especial do Júri em Cannes em 1956, “Sorrisos de noite de Verão”. Na sede do CCF, às 5ªs, 21.30, propomos uma retrospectiva imperdível de um cineasta e-spanhol tão genial quanto desconhecido do
Cineclube de Tavira
Programação: www.cineclubetavira.com 281 971 546 | 965 209 198 | 934 485 440 cinetavira@gmail.com fotos: d.r.
SESSÕES REGULARES Cine-Teatro António Pinheiro | 21.30 horas 13 MAR | THE BROKEN CIRCLE BREAKDOWN (CICLO INTERROMPIDO), Felix Van Groeningen, Bélgica/Holanda, 2012, 111’, M/16
Cena do Filme China um toque de pecado grande público, Victor Erice Destaque ainda para as colaborações com a Alliance Française (dia 28) e o Poesia & Cª (dia 22).
20 MAR | VIRGEM MARGARIDA, Licínio Azevedo, Moçambique/França/Portugal, 2012, 90’, M/12 27 MAR | STORIES WE TELL (HISTÓRIAS QUE CONTAMOS), Sarah Polley, Canadá, 2012, 108’, M/12 29 MAR | FESTIVAL EXPRESS (entrada gratuita), Bob Smeaton, Reino Unido/Holanda, 1970-2003, 90’, M/12
Espaço AGECAL
Cultura acessível para todos
Helena Silva Correia Gestora Cultural, Curadora, Designer Sócia da AGECAL – Associação de Gestores Culturais do Algarve
Recentemente, as grandes operadoras de telecomunicações móveis estiveram reunidas em Barcelona, no Congresso Mundial de Telefonia Móvel, para apresentarem as novidades, como é o caso do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, que apresentou o projecto ‘Internet.org’, resultado da colaboração de inúmeras operadoras. Com a recente aquisição da aplicação móvel ‘WhatsApp’, Zuckerberg tem como objectivo ligar os dois terços do mundo que falta terem acesso à internet. Com o qual, a cultura digital está inerente a todo este movimento que se iniciou em 1991 pelo fundador da internet, Sir Tim Berners-Lee, que veio permitir a possibilidade de um terço dos cidadãos do mundo ter acesso à internet; e agora, recentemente, a comunicação móvel. A internet veio permitir o acesso a um mundo de informação, como a
Wikipedia, ou quem se interessar em visitar os museus do mundo o Google Art Project, ou assistir a um Google ArtTalks com um curador ou historiador de arte, num dos museus do Mundo. O mundo tornou-se mais pequeno e mais acessível. Faz com que as organizações ligados à cultura, quer públicas, público-privadas, privadas, associações e afins, precisem de ir ao encontro dos seus seguidores ou amigos, se pretendem aproximar-se dos seus públicos. Mais do que ir ao encontro dos seus públicos, é necessário criar conteúdos que acrescentem valor à vida dos utilizadores. Pensar numa estratégia de comunicação desde o primeiro momento. Conteúdos, timing, e onde partilhar os seus conteúdos. Com a fragmentação dos meios de comunicação, a estratégia é essencial, quer ao longo do dia, semana ou mês, além de ter uma visão integrada dos meios disponíveis. No caso das redes sociais, a moeda de troca é a partilha. Partilhar conteúdos de qualidade passa por saber o que partilhamos, quando partilhamos e como. Na internet, a proliferação de conteúdos é enorme, o desafio é seleccionar o que é realmente importante. Num só dia, são consumidos 34 giga-
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Mark Zuckerberg bytes de conteúdos e cem mil palavras de informação por um americano, em média. Fazer com que uma organização cultural sobressaia no meio de milhões de mensagens, imagens e vídeos, é um enorme desafio. Curiosamente, as redes sociais como o Facebook, Twitter, Youtube, Instagram, vieram introduzir um novo paradigma digital que passa sem dúvida pelo ‘cultural empowerment’, mas, também, pela criação de experiências participatórias online, que até então eram inexistentes à grande parte da
população. A possibilidade de editar e comunicar para um grande número de pessoas estava restringida aos grandes grupos de media – televisão, rádio e jornais. Para acrescentar às redes sociais, surgem também mais tarde, as aplicações para dispositivos móveis, para mais de 6.8 biliões de utilizadores em todo Mundo. No entender da UNESCO, o século XXI passa pela educação através dos dispositivos móveis, como também pelo diálogo intercultural entre povos. As seis linhas de actuação da
UNESCO na área da educação, são a criação de sistemas de educação para toda a vida, literacia para todos, um programa para professores, criação de ferramentas para o trabalho e para a vida, monitorização e coordenação do desenvolvimento educacional como a preocupação com o género, a educação das mulheres e jovens. Hoje, o desafio que se coloca às comunidades é comunicar o património material ou imaterial de uma forma clara numa era em que há uma fraca literacia digital em grande número de escolas ou exclusão digital em faixas etárias mais avançadas, sem qualquer contacto com o mundo online ou móvel. Como é que as diferentes instituições irão reagir aos desafios da mudança do paradigma comunicacional? Está nas mãos de cada instituição cultural comunicar os conteúdos que acrescentem valor à vida do utilizador e criem envolvimento, a medio, longo prazo. Abriu-se uma porta para elevar a Humanidade, para tornar a geração de hoje e as vindouras mais informadas mas também para terem um papel mais participativo na melhoria da cidadania. Estamos preparados?
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Cultura.Sul
Aqui há espectáculo
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8 MAR | Comemoração do Dia Mundial da Mulher, programação variada, 15.30 horas, 150 min., preço: 2 € 14 e 15 MAR | X Festival de Flamenco de Faro, Workshop de Flamenco (dia 14 às 19 horas e dia 15 às 15 horas), com Yasaray Rodriguez, preço: 20 €
Destaque
MED já mexe em Loulé
Teatro Municipal de Faro Programação: www.teatromunicipaldefaro.pt
14 MAR | Hombres Flamencos, espectáculo, 21.30 horas, 60 min., preço 10 € Hombres Flamencos é um espectáculo que une dois grandes bailaores flamencos, Francisco Mesa “El Nano” e Jesus Herrera e enfatiza uma das características mais relevantes do baile flamenco masculino, ou seja, a velocidade e a força do sapateado
que são verdadeiramente estonteantes. Oportunidade de ver em duo dois grandes nomes da arte maior do país vizinho, numa verdadeira experiência de raízes andaluzas que nos transporta além-fronteira para o lado de lá do Guadiana.
15 MAR | Solera Flamenca, espectáculo, 21.30 horas, 65 min., 10 €
Mercedes Peón integra o cartaz já anunciado
AMO - Auditório Municipal de Olhão Programação: www.cm-olhao.pt/auditorio
Destaque
8 MAR | A Princesa Mimada, teatro infantil, 16 horas 15 MAR | Luís Guilherme, música, 21.30 horas 21 MAR | Quatro Cantos, fado, 21.30 horas Espectáculo que envolve em palco quatro conceituados fadistas (António Pinto Basto, Maria Armanda, José da Câmara e Teresa Tapadas), com um alinhamento que chega a incluir mais de 50 temas interpretados parcialmente, ora em solos, duetos, ou quarteto de vozes.
A constante projecção de mais de 400 imagens ao longo de toda a actuação, é também elemento inovador em espectáculos de fado, transportando os espectadores para recordações dos fadistas e dos ambientes que fizeram os grandes fados.
Cine-Teatro Louletano Programação: http://cineteatro.cm-loule.pt 8 MAR | Auto da Vida e da Morte, teatro, 21.30 horas, 75 min., preço: 5 € 13 MAR | Florbela, cinema, 21 horas, 115 min., gratuito Nascida a 8 de Dezembro de 1894, Florbela Espanca era uma mulher incomum e fora do seu tempo. O filme segue a sua história no período de crise literária, em que deixou de conseguir expressar-se através da escrita, por altura da morte de Apeles, o seu adorado irmão oficial da Aviação Naval, cujo
hidroavião se despenhou no Rio Tejo. Depois da curta-metragem “Entre o Desejo e o Destino” e da longa “Quinze Pontos na Alma”, o argumentista Vicente Alves do Ó regressa à realização com um filme que pretende homenagear uma das poetisas portuguesas mais relevantes do séc. XX.
TEMPO - Teatro Municipal de Portimão Programação: www.teatromunicipaldeportimao.pt
Destaque
proporcionar experiências musicais únicas ao público”, garante a organzação. Este ano, terão lugar assegurado no cartaz do festival bandas representantes de países que, pela primeira vez, irão marcar presença no MED. No total, serão cerca de 40 as bandas que irão passar por esta edição do evento, representantes de 16 países. O 11º Festival MED vai ser também apresentado no recinto da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, no dia 13 de Março, data em que o site oficial do Festival vai para o ar. Para o presidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo, o Festival MED “é um dos cartazes de referência do panorama da música em Portugal e é, ainda, uma marca de Loulé, responsável, nos últimos anos, por projectar no país e no estrangeiro o nome desta cidade”. O autarca salientou ainda o facto de o MED decorrer “no casco histórico da cidade renovado”, já que neste momento estão a decorrer no local obras de reabilitação. Com os novos achados arqueológicos nos Banhos Islâmicos, o presidente da câmara acredita que esta “será mais uma peça de valorização para o festival em si”. “A Câmara de Loulé tem neste festival uma referência cultural de primeira linha”, sublinhou ainda o edil, garantindo que “os grandes eventos que projectam a cidade de Loulé são para continuar e valorizar e infundir uma nova dinâmica”. Quanto ao impacto económico no turismo, Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve, falou do facto do Festival MED ser “um evento diferenciador”, uma mais-valia já que “os turistas que nos visitam também querem experiências diferentes e o MED encaixa perfeitamente aí”.
Destaque
Esperar vale sempre a pena quando no horizonte está um dos mais marcantes pontos da agenda anual cultural da região, o MED. Agendado para Junho, o festival que coloca há anos Loulé na rota dos eventos culturais nacionais de relevo regressa este ano ao formato de três dias e tem um cartaz de nota maior nesta que será a 11ª edição que integra o roteiro de excelência dos festivais europeus de World Music. As primeiras confirmações foram apresentadas recentemente pela autarquia louletana e dão mostra da força que o MED tem. Este ano, a cidade de Loulé prepara-se para acolher a fadista Gisela João, a cantora e compositora galega Mercedes Peón e os colombianos Bomba Estéreo. Dona de uma voz singular, Gisela João foi a grande revelação na área do fado em 2013 e vai estar no dia 28 de Junho, no Palco da Cerca, para mostrar as razões pelas quais é um dos grandes nomes da nova vaga do Fado. A artista esteve no passado dia 26 de Fevereiro na apresentação do MED e manifestou o seu antigo desejo de subir ao palco deste Festival. Da Galiza para Loulé, Mercedes Péon traz a ancestralidade das aldeias da sua terra natal, vestida de uma roupagem contemporânea e alternativa. A actuação está agendada para o dia 27 de Junho, no Palco da Cerca. A energia e força em palco dos Bomba Estéreo, um dos nomes mais importantes da América Latina no actual panorama musical, vai incendiar o Palco da Matriz, para o encerramento do primeiro dia do MED (26 de Junho). Mais uma vez a qualidade artística é uma das grandes apostas da organização, que acredita que “estes e os outros nomes poderão
15 MAR | Natureza cantada, canto, 21 horas, 50 min., 6 € A Associação Ideias do Levante apresenta um recital pelo Dell’Aqua Trio (voz, piano e flauta). Neste recital, que é um tributo à natureza, serão interpretadas obras de Benedict, Saint-Saëns, Fauré, Godard, Délibes e Débussy.
Espaço para apreciar a voz como instrumento por excelência. Em palco estarão a soprano Carla Pontes acompanhada ao piano por Cristina Silva e à flauta por Grace Borgan.
22 MAR | Orlando Santos & Jahmmin, música, 21.30 horas, 90 min., 5 € 28 e 29 MAR | Filminhos Infantis, Pequeno Auditório, 28 Março, 10 horas (escolas) e 29 Março, 16 horas (famílias), preço: escolas com entrada gratuita, restante público 3 € Filmes em exibição: A grande migração; Ex-et; As aventuras de Míriam: a batedeira eléctrica; Os porcos-espinhos e a cidade; Lengalenga da panqueca; Música para um apartamento e seis bateristas; Rumores. 5 ABR | As Canções d’a Naifa, 21.30 horas, música
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Panorâmica
Bívar: o impossível e improvável feito incontornável Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce, as palavras do Mar Português pessoano encaixam na perfeição na afirmação de Bívar como um evento que já marca a agenda cultural de Faro. A iniciativa, que tem na sua génese vários parceiros, provou que o dito impossível e o propalado improvável, podem ser de facto transformados em realidade incontornável. Haja para tanto inspiração e vontade ‘divinas’, a força do engenho humano e a obra faz-se. A prová-lo estão a delegação regional da Associação Nacional de Designers, a Sardinha de Papel, o Palácio do Tenente, o Hotel Faro e a autarquia local, que se uniram numa aposta que não sendo absolutamente original era até há bem pouco tida como inusitada para a cidade de Faro. Dinamizar uma rua da cidade capital de distrito - a Rua Conselheiro Bívar - com o ensejo de ser a génese de um outro ‘olhar e fazer’ para a dinamização alargada da baixa da cidade. O pontapé de saída dado pela vontade desta paleta diversa de actores locais - que em comum têm aquela rua de Faro - de unirem as suas activi-
dades de dinamização cultural e comercial fez o primeiro Bívar sair à luz dos dias em Outubro de 2013. Surpresa... ou talvez não, a Conselheiro Bívar encheu-se de gentes para ver, ouvir, sentir e percorrer a artéria pedonal. Com apenas as redes sociais e pouco mais como base de comunicação, como referiu ao Cultura.Sul António Lacerda, da Associação Nacional de Designers, o evento ganhou uma dinâmica inusitada. “Não prevíamos um sucesso tão grande na primeira edição”, refere. Mas a uma programação diversificada que engloba artesanato, teatro, performances de rua, música, animação quantidade bastante, exposições, instalações e muito mais nessa infinda planície de possibilidades que é a cultura, se juntarmos uma vontade férrea, muito trabalho e uns toques de muita alma, o resultado é por vezes agradavelmente surpreendente e ei-lo tornado facto visível no Bívar. Se se havia de esperar, depois de uma primeira edição bem sucedida e do rescaldo da surpresa dos organizadores, uma ressaca capaz de garantir o sucesso de um novo Bívar, o
longo se fez curto e de súbito em Dezembro estava na rua o segundo evento. Ainda antes do Natal, o Bívar fez-se à rua e novamente com estrondo e sucesso capazes de garantir ter pernas lestas para andar. Afinal, a obra deste grupo de verdadeiros empreendedores sociais e culturais era capaz de fazer jus ao nome do ilustre farense que é a marca do evento, Manuel Bívar. A força da união das diversidades “Somos todos muito diferentes, mas completamo-nos”, diz António Lacerda sobre os membros do núcleo duro, numa organização, que afirma ter sido “muito fácil” pôr de pé para dar corpo à realização do conceito inicial. Às dificuldades que sempre se apresentam a iniciativas deste género, sem financiamento de arranque e sem cobrança de entradas, os organizadores responderam com a congregação de vontades e o que se procura é que o evento “seja auto-sustentável”. Os artistas e performers, os voluntários, os comerciantes e fotos: ricardo claro
lojistas e demais forças vivas da Conselheiro Bívar - e já de outros espaços da baixa farense perceberam, vão percebendo e perceberão decerto melhor com o tempo, que em cada uma destas iniciativas trazem à baixa a cidade e os visitantes, os turistas e os simples passantes e que esta é uma das formas de devolver ao centro de Faro uma pujança há muito perdida para as novas centralidades comerciais. Entretanto, não se baixam os braços e faz-se de cada Bívar a força vital do próximo que há-de vir. No passado fim-de-semana, a fechar Fevereiro e em uníssono com o Carnaval, a terceira edição levou à Rua Conselheiro Bívar, tarde e noite fora, muitos visitantes e nem o sobressalto de uns pingos de chuva puseram em causa o sucesso da iniciativa, com o concerto dos RareFolk a encher o espaço do antigo Chiado como há décadas se não via. Na rua o Te-Atrito deu vida a personagens, o Palácio do Tenente mostrou às hostes exposições e instalações, o Mercado da Traça deu nota do artesanato e a Sardinha de Papel mostrou o muito que se pode descobrir na Conselheiro Bívar. As esplanadas convidaram a sentar-se entre um copo e dois dedos de conversa, os espectáculos de novo circo animaram miúdos e graúdos e muito mais houve para se descobrir na centenária rua farense com apenas as pedras da calçada como testemunhas, elas e mais umas centenas largas de convivas que não deixaram de visitar mais esta edição do Bívar. Seis edições este ano
Agendar
Teresa Correia e Davide Alpestana (Palácio do Tenente), Ana Palmeiro (Sardinha de Papel) e António Lacerda (Associação Nacional de Designers) “ROSTOS E TRANSFIGURAÇÕES” Até 29 MAR | CECAL – Centro de Experimentação e Criação Artística de Loulé Exposição de fotografia de Jaime Machado, que tem como principal enfoque a “máscara” enquanto registo e caracterização de um rosto que se transfigura durante os festejos do Carnaval
Na calha estão, adianta António Lacerda, mais cinco edições do Bívar para 2014. “A ideia é a promoção de seis edições por ano” deste que é um novo conceito para a cidade e que em breve ganhará um novo espaço de comunicação com uma plataforma própria que promete institucionalizar o evento numa plataforma on-line talhada sob
Desenho visível no Palácio do Tenente, alusivo a Manuel Bívar medida com o apoio de uma empresa local. Nesta terceira edição, que a ligar o Bívar com o Carnaval teve um notório bigode como imagem de marca - ou não fosse Manuel Bívar dono de um desenhado bigode ele também - o evento rompeu já os limites da Rua Conselheiro Bívar e há espaços comerciais espalhados pela baixa farense a associar-se-lhe levando a iniciativa para outras geografias farenses. Exactamente o que se pretendia e pretende com uma iniciativa que se quer orgânica na evolução e capaz de atrair à baixa todos os públicos com uma oferta tão diversificada quanto possível, tendo como âncora um evento em que a aposta se faz pela qualidade da oferta em todos os domínios. Afinal o desafio de unir vontades numa baixa desagregada e desgarrada entre si é uma aposta que provou que
pode ser ganha e o Bívar a prova de que os farenses podem ter como destino mais do que as grandes superfícies comerciais. A diferença faz-se exercendo-se, as dificuldades vencem-se enfrentando-as e os sucessos ganham-se atrevendo-se e o Bívar é isso mesmo, um enorme, desejável e frutuoso atrevimento. Faro está diferente e para prová-lo basta que se atreva. No próximo Bívar em vez de ficar em casa vá até à Conselheiro Bívar no centro de Faro e deixe-se arrebatar, porque a cidade tem muito mais do que se pensa para mostrar. De resto, a cidade apenas tem de se render à evidência de que há sempre espaço para inovar e vencer, olhar para o exemplo e seguir os passos de uma nova forma de estar. A Faro resta aprender a ‘Bívar’. Ricardo Claro
“ORLANDO & JAHMMIN” 22 MAR | 21.00 | Grande Auditório do TEMPO - Teatro Municipal de Portimão Concerto pela banda que acompanha Aka Lion, também conhecido como Orlando Santos, um compositor português admirador da cultura jamaicana. A sua música mergulha em territórios próximos do reggae, do rock e do soul
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Cultura.Sul
Letras e Leituras
O poeta escritor - Nuno Júdice d.r.
Paulo Serra
Investigador da UAlg associado ao CLEPUL
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Nuno Júdice é um autor contemporâneo e conterrâneo (para os leitores algarvios) bastante conhecido pela sua poesia, pela qual tem sido particularmente apreciado e premiado. Na linha de outros poetas do século XX, a tradição e a antiguidade clássica renascem em força na sua obra poética. Ganhou, este ano, o XXII Prémio Reina Sofia de Poesia Ibero-Americana. É ainda ensaísta, escritor e professor associado na Universidade Nova de Lisboa. Este poeta algarvio nasceu na Mexilhoeira Grande, em 1949, e formou-se em Filologia Românica pela Universidade Clássica de Lisboa. É reconhecido e publicado internacionalmente, em mais de onze línguas. Além disso, Nuno Júdice dirige ainda um dos últimos baluartes da crítica literária a resistir nos dias que correm, a revista Colóquio Letras. Dedica-se ainda ao estudo e à escrita de ensaios sobre teoria da literatura e literatura portuguesa, como o pequeno ABC da crítica, que explica de forma simples e atual essa ciência que alguns consideram uma inutilidade que é a de pensar ou escrever sobre literatura. Mas, como habitualmente, interessa-nos particularmente explorar a sua obra ficcional. Os seus livros em prosa são pequenas novelas que se leem facilmente, mesmo que a sua escrita seja elaborada, escorreita, raramente complexa, mesmo quando incorre numa filosofia que serve apenas para debater algum dilema pessoal. Existem algumas marcas que unem estas obras aparentemente tão díspares. Por Todos os Séculos (1999), é um livro particularmente interessante, onde se preconizam esses aspetos que vigoram, regra geral, na ficção deste poeta. O livro é contado na primeira pessoa, como aliás todos os outros aqui abordados, sendo esse “eu”, aliás, um professor ou um investigador: alguém que deambula pelo mundo (dos livros) em busca de algum esclarecimento que, no fim, acaba por afetar a sua própria vida pessoal. O
O escritor Nuno Júdice “eu lírico” parece assim manter essa sua voz na primeira pessoa, como se fosse a sua “persona” quem nos fala diretamente. O próprio autor já admitiu, em entrevista, ter “falta de imaginação”, o que o leva a rememorar na escrita aspetos da sua vida pessoal. O tom da prosa é intimista, invocando o leitor para dentro de um abraço caloroso na história que se conta, quase sempre uma memória, como páginas de um diário pessoal, onde se recorda algum momento em particular da sua vida. Por outro lado, a história por muito atual que seja, como acontece em A Implosão (2013), acaba sempre por cruzar dois planos diferentes, o do presente a partir do qual se projeta a voz do eu e o de um passado relembrado ou até mesmo (como a madalena de Proust permite) reencontrado. Exemplificando, no livro Por Todos os Séculos, o autor/narrador, essa figura que parece confundir-se numa só, assiste à enchente nos meios de comunicação social das reportagens que exploram o escândalo do presidente norte-americano Bill Clinton e do seu caso com Monica Lewinski, enquanto traça curiosas e ironicamente divertidas analogias com o caso de uma jovem que, em tempos idos da Idade Média se deixou enganar por um padre, que se aproveitou sexualmente dela alegando que, ao deitarem-se lado a
lado completamente nus, ela poderia mais facilmente atingir a santidade. Em A Implosão traça-se outro quadro bipartido, como forma de abordar um tema tão pertinentemente atual como a crise económica que se vivia (ou vive?) nos países europeus do sul, como Portugal e Grécia, enquanto dois homens ligeiramente conhecidos relembram os tempos da sua juventude, quando se vivia a Revolução de Abril. O livro foi escrito em 2011, aquando da situação vivida na Grécia e da “bomba” em Chipre, sendo essa bomba o dinheiro, na sua forma mais virtual e abstrata, capaz, no entanto, de lançar estilhaços em toda a volta e atingir as mais diversas vidas. Esta novela tem assim uma clara dimensão política, onde se procura retratar o quadro geral vivido na Europa, ainda que se refira, especificamente, o espaço lisboeta. A ação decorre durante um velório, frente a um caixão, onde nunca se percebe muito bem qual o corpo que lá possa estar, se bem que possa ser identificado como a mulher que tão insistentemente relembram. O livro constrói-se assim em torno de um diálogo entre essas duas personagens, sendo um deles referido como suspeito de ser informador da PIDE. Estes dois homens conheciam-se apenas de vista, dos ambientes de café próprios dos tempos da revolução, onde se teciam
“A ALMA DO MAR” Até 31 MAR | Centro Cultural de Lagos Exposição de Eva Jacobsen. Paralelamente à profissão de psicóloga, a artista criou uma colecção de escultura que ainda não foi exibida, as peças são executadas com vários materiais, tais como, ouro, prata, fio de cobre, pedras, conchas, entre outros
conspirações e se trocavam as novidades, quer políticas quer culturais. Noutras novelas, que aqui destacamos, de entre a cerca de dezena e meia que Nuno Júdice escreveu, é claramente notória a rememoração não só de um passado pessoal (e talvez veridicamente vivenciado) mas, principalmente, a forma como a imaginação e a memória livresca de uma biblioteca pessoal se podem sobrepor à realidade empírica do mundo exterior que nos circunda. Os Passos da Cruz (2009) fala-nos de um investigador ou estudante de literatura, que parte pelo país até uma aldeia para os lados de Coruche, que dá pelo nome de Lamarosa, onde, em 1670, terá vivido uma mulher, Antónia Margarida de Castelo Branco, que se viu obrigada a casar com Brás Teles, um homem explorador e agressivo que a violentou para o resto da sua vida, enquanto o marido a procurava matar de dor e sofrimento para mais depressa se apoderar da sua fortuna. Ora a vida de quem viveu há mais de trezentos anos é, afinal, assunto para «ratos de biblioteca» como reconhece o próprio narrador que se pode identificar como um jovem no final da adolescência. Mas é no caminho para essa terra que esse mesmo jovem aparentemente se perde e é guiado por um homem que mais
parece a reencarnação desse fidalgo marialva em tempos modernos e que conduz o jovem até sua casa, onde o apresenta à sua mulher, Antónia Margarida. Cria-se assim uma história aparentemente surreal ou fantástica, em que o jovem não sabe se está a ser manipulado, se se abriu uma brecha no tempo ou se a História tem mesmo, tão simplesmente, tendência a repetir-se. O Complexo de Sagitário (2011) inicia com um episódio quase grotesco de uma matança do porco, testemunhada por um jovem leitor, envergonhadamente agarrado a um livro forrado com papel grosso, para disfarçar a sua leitura da polémica obra, noutros tempos proibida, A Filosofia na Alcova, do Marquês de Sade. Este jovem vai viver obcecado com a visão de uma mulher com as mãos sujas de sangue, por ajudar na matança, numa cena que tem algo de ritual iniciático feminino, na aura de mistério em que fica envolta ou no modo como é filtrada aos olhos e à rememoração subjetiva do narrador. O tema do amor e o erotismo, bem como as alusões à cultura clássica, como os homens transformados em porcos por Circe, devido à sua estupidez amorosa, ou ao tecer incessante de Penélope (analogia da escrita?) são igualmente recorrentes e distinguem um autor que tem tanto de culto como de atual.
“A BRINCAR SE FEZ HISTÓRIA” Até 31 MAR | Mercado Municipal de Loulé Exposição retrata alguns dos momentos vibrantes do Carnaval “civilizado” mais antigo de Portugal, desde 1906 até aos nossos dias, mostrando ao público as diversas fases por que passa a criação do corso carnavalesco
Cultura.Sul
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Momento
Inverno chuvoso Foto de Vítor Correia
Espaço ALFA
Assim nasceu uma fotógrafa profissional d.r.
Sandra Nascimento
Fotógrafa e Formadora da ALFA Associação Livre Fotógrafos do Algarve
Nasceu na Alemanha em 1983 e veio bastante jovem para Portugal, mantendo no entanto o contacto com o seu país de origem. Desde muito jovem se manifestou uma enorme paixão pela fotografia e ainda hoje guarda com carinho as primeiras fotografias que tirou à família com sete anos de idade. Tudo não passou de um pedido do pai que meio a brincar, meio a sério, lhe pediu que fotografasse a família. Quem diria que esse momento iria ser tão marcante para a sua vida futura. Todo o seu percurso académico incidiu propositadamente na área das artes para complementar a sua área de eleição.
Licenciou-se em Fotografia pelo Instituto Politécnico de Tomar e durante este percurso, teve oportunidade de participar em várias exposições colectivas em Lisboa, Setúbal, Porto e Tomar. Assim que finalizou os seus estudos, estagiou e trabalhou como assistente em Produções Fotográficas tanto na Alemanha (Ruprecht Stempell) como em Portugal (1.4). O seu gosto pela fotografia passa também pela partilha de conhecimentos, o que a levou a tirar o Certificado de Competências Pedagógicas (CCP), reconhecido pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Actualmente trabalha na European ProjectStudios que criou com Ricardo Gonçalves, em 2013. A EPS é uma empresa parceira da ALFA que presta serviços em diversas áreas da fotografia como: Casamento, Nightlife, Still Life e desenvolve também formações nas mais distintas vertentes fotográficas.
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Cultura.Sul
Espaço ao Património
A Nordeste sempre há algo de novo… uma viagem ao património alcoutenejo
Alexandra Gradim
Arqueóloga do Município de Alcoutim
A seleção do tema foi, sem dúvida, um desafio que se instaurou face ao convite para a colaboração com esta crónica. O leque planteava-se diverso e vasto ante a possível abordagem de assunto relativo à atividade profissional, desenvolvida ao longo de quase duas décadas, na autarquia de Alcoutim. E também não era de excluir a possibilidade de dissertação pelos meandros quer da história local, quer da museologia, que desde cedo prenderam a minha atenção por estas paragens. Após alguma reflexão achei por bem convidar o leitor a uma viagem que, no imediato, será apenas uma expedição mental mas cujo percurso pretende provocar a vontade de uma visita aqui, ao canto mais nordeste do Algarve, onde poderá descobrir, como sempre há algo de novo, no multifacetado património alcoutenejo. Decidi começar o meu roteiro pela vila que, longe de ser um ponto central no vasto território que hoje constitui o
concelho de Alcoutim (o quarto maior da região, com os seus cerca de 577 km2), é sem dúvida aquele que permite ao visitante um maior acesso a serviços e informações, para além de lhe facultar a opção de chegar por via fluvial. Uma hipótese a ter em conta, pois o grande rio do sul, com escassa humanização das suas margens, permite-nos desfrutar dessa sensação ímpar de recuar no tempo, quando o Guadiana passa a Uádi Ana (Odiana - denominação durante o período islâmico) e se converte em simples Anas (no período romano). Erguida na margem direita do Guadiana, a vila de Alcoutim localiza-se a cerca de 33 Km da foz e a meio percurso do limite navegável, marcado pela vila de Mértola (68 Km da foz), o que lhe conferiu desde cedo, uma condição estratégica nesta autoestrada do passado. No despontar do século XIV, esse dado não terá sido alheio à vontade de D. Dinis aqui mandar adquirir terrenos “pera a pobra d’Alcoutym”, ou seja, para a criação da povoação num território que tinha sido integrado no reino pelas mãos da ordem de Santiago, cerca de seis décadas antes. Posicionemo-nos na praça central, hoje denominada “da República” e apertada entre edifícios. Junto ao rio, costas voltadas para o curso de
fotos: alexandra gradim
Os menires do Lavajo, Alcoutim água, temos à nossa direita a igreja matriz em cujo portal se poderá observar a divisa «alleo», invocadora dos seus patrocinadores, os condes de Alcoutim que, no século XVI, transformaram o pequeno templo quatrocentista na sua volumetria atual, isto se excluirmos os acrescentos mais recentes na parte traseira do
edifício. Ao franquearmos a porta o seu interior revelará um conjunto de colunas com os seus capitéis e bases que, tal como o portal, revelam a mestria do pedreiro tavirense André Pilarte, tornando este monumento religioso dedicado ao Salvador, um bom exemplar do primeiro renascimento algarvio.
Para conhecer melhor a arte sacra concelhia temos mesmo à nossa frente a opção de visitar a capela de Santo António, o edifício religioso mais recente da vila, que ocupa na zona ribeirinha a parte central da praça. Edificado no século XVII, o seu interior alberga hoje um dos núcleos museológicos da rede polinucleada
de Alcoutim. Rodando agora para o lado esquerdo é impossível deixarmos escapar um edifício de estilo apalaçado, com escadaria dupla e que é conhecido pela “casa dos condes”. Este espaço público municipal, ao serviço da cultura, há já algumas décadas que perdeu a sua função residencial de gente ilus-
Sala de leitura
A vida numa chávena de café Paulo Pires
Programador cultural no Município de Silves esteoficiodepoeta@gmail.com
“Dos lugares que os homens criaram para se abrigar, o café é o que mais rua tem” – escreveu o cronista José Manuel dos Santos a propósito de Cesariny e da sua vivência em cafés onde se incendiava a si próprio e ao mundo, e onde o poeta surrealista se sentia verdadeiramente em casa por achar que não havia
melhor sítio para estar. Gosto da ideia de um café onde não se ensina nada, mas onde se aprendem a sociabilidade e o (des)encanto (Claudio Magris), onde se viaja sentado e podemos “livrar-nos do eu como de uma casca” (idem), “lendo” o colectivo pela construção dos puzzles das experiências solitárias. Um lugar que concilia, como poucos, uma fidelidade conservadora feita de rituais quotidianos e o pluralismo libertador do convívio-partilha, indissociáveis do burburinho de vozes, talheres e louças, passos, tosses, brindes
e risos em fundo. Falo de cafés de verdade, isto é, formadores por serem autênticas lições de tolerância (pois aí cabem não apenas os iguais), onde não se pode fazer comícios mas onde já se sabe como o “espectáculo” termina. Penso em espaços onde se renova e reinventa a vida, onde lavamos “as nossas mãos de desencontro e poeira” (Sophia de Mello Breyner Andresen) em rios que vão correndo nos intervalos de um gole, cigarro, palavra, silêncio, olhar… Em arquipélagos de mesas, na multidão dos cafés,
há quem procure “um sorriso, alguém que das mesas lhe acene e o convide a sentar” (como diz um poema de João Luís Barreto Guimarães), pois alguns “apenas” pretendem “um espaço menos ferido para pousar as feridas à procura de si próprio[s]” (idem). Cafés que são esponjas da história dos outros e também contribuintes para narrativas alheias, que testemunham quem entra e quem sai, que ficam com o rasto da gente que passa, como a “familiar chávena esquinada” ainda com marcas dos lábios que a tinham beijado com
afago pela manhã, de que Barreto Guimarães também fala num dos seus belíssimos textos (obra Lugares Comuns [1994-1995]). O pensador George Steiner proporia mesmo, num volume de ensaios editado em 2004, que se desenhasse o mapa dos cafés para se captar a verdadeira identidade cultural europeia, feita de uma apaixonante geografia nómada que se pode percorrer a pé. Tudo isto para falar de tertúlias. A influência dessa moda europeia, sobretudo fervilhante nas ruas de Paris, chegaria a terras lusitanas
ganhando crescente impacto a partir de finais do séc. XIX em locais feitos de elites, conspiração, arte, política e cultura, como A Brasileira, Martinho da Arcada, Nicola, Café Gelo, Herminius ou o Royal, entre outros. António José Forte, membro do mítico Grupo do Café Gelo (em Lisboa), fala de um “grupo iconoclasta e libertário onde se falava de tudo, até de literatura e artes, e de rosas também”, “que inventava os seus infernos e paraísos, que usava a liberdade de expressão ora voando, morrendo, desaparecendo,
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tre, como os nobres Menezes, marqueses de Vila Real e condes de Alcoutim, permitindo-nos hoje que no seu interior possamos ler um livro ou um jornal, ver uma exposição ou consultar a internet e, se decidirmos pernoitar por estas paragens, podermos mesmo participar numa das tertúlias, que em noite de sexta-feira, uma vez por mês, por aqui se efetuam. Predispomo-nos agora a vencer a orografia serrana e franquear o castelo de origem medieval, que constitui um dos vértices do triângulo fundacional da urbe dionisina, composto por castelo, igreja matriz e igreja Nossa Senhora da Conceição, esta no extremo sudoeste da vila. Se optarmos por seguir junto ao rio, em artéria promovida a avenida e paralelos à “casa dos condes”, ao fundo deparamo-nos com a repartição de finanças, que foi noutros tempos alfândega e mais recentemente posto da guarda-fiscal. Será sempre uma lacuna se, face à hesitação de adquirir uma entrada no castelo, virarmos as costas à oportunidade. A fortificação foi erigida com o propósito claro da defesa fronteiriça e sofreu diversas remodelações e reconstruções à medida que o tempo ou os confrontos bélicos assim o exigiam. Se deixarmos correr
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nalmente num alinhamento de três monólitos de grauvaque. No terreno só iremos encontrar dois (o terceiro, muito danificado, vimo-lo no museu de arqueologia), um dos quais o maior menir de grauvaque existente em Portugal é profusamente decorado com insculturas geométricas de cunho simbólico.
Para sul, percorrendo a bela marginal fluvial encontraremos, a cerca de 9 km, a Villa Romana das Laranjeiras. As ruínas que foram lavadas pela grande cheia de 1876, despertaram a curiosidade da imprensa da época. Tal facto teve como feliz consequência a vinda desse incomparável arqueólogo algarvio, Estácio da Veiga, que liderou em 1877 a primeira investigação arqueológica realizada neste território. Mas o sítio oferece muito mais ao visitante do que a simples exploração agrícola romana, comum nestas férteis várzeas do Guadiana. Por aqui persistiram as almas depois da ocupação romana, tendo edificado um templo no século VI, já sob influência visigótica e, mais tarde, após a invasão islâmica construíram também habitações que ocuparam até à reconquista cristã. Será talvez ocasião de fazer uma pausa, deixar descansar os olhos, sentarmo-nos e deixarmos despertar distintos sentidos, entre eles olfato e paladar. É que outro património a ter em conta e a descobrir, ou redescobrir, é sem dúvida o gastronómico. Para além de tudo isto há sempre, claro está, a vantagem de se deixar deleitar pela serra do caldeirão, esse imenso património natural, de cujas novidades se encarrega a natureza ciclicamente.
túlias nas últimas décadas, várias instituições, grupos informais, associações culturais, cafés/bares/restaurantes e galerias de arte têm vindo, um pouco por todo o país e com impacto crescente, a recuperar a ideia nos últimos anos, quer em formatos mais espontâneos e improvisados, quer em registos mais performativo-artísticos e encenados, incidindo apenas em conteúdos literários ou sendo mais abrangentes, tudo isto conforme o público-alvo, o contexto e os objectivos de cada promotor. No Algarve há boas prá-
ticas de tertúlias em vários concelhos, dinamizadas por portugueses e pela comunidade estrangeira. Em Silves, por exemplo, quinzenalmente às segundas-feiras, reúne-se a Tertúlia mais Pequena do Mundo, rodando por espaços intimistas e não convencionais da cidade (quiosques, cafés, sacristias de igrejas, barbearias, farmácias, domicílios) em sessões livres que conjugam leituras literárias com conversas sobre temas diversos, difundidas em: http://aminhafreguesiaalermais.blogspot.pt
Vista parcial do Museu de Arqueologia, Castelo de Alcoutim os olhos pelos panos de muralha e dedicarmos tempo ao seu interior, seremos testemunhas desse passado. A memória temporal alarga-se assim que penetrarmos no museu de arqueologia, localizado à direita da entrada. Aqui já não serão só os séculos a revelar-nos espaços e atores, vitórias e derrotas, mas sim todo um per-
curso milenar resgatado sob camadas de poeira, por mãos pacientes e persistentes no conhecimento das comunidades que ocuparam este território há mais de cinco mil anos. Um conjunto de objetos e estruturas desvendam-nos a vida e a morte numa viagem que se inicia no neolítico, em finais do IV milénio a. C., e se
estende até ao século XIX. O espaço museológico lança-nos igualmente o repto para sairmos da vila e deambularmos pelo concelho à descoberta do património arqueológico. Se elegermos o norte como direção, então teremos a possibilidade de observar os únicos menires do sotavento algarvio, organizados origi-
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d.r.
escrevendo às vezes”. O respeito pela diferença e o estímulo à criatividade eram recordados por Sarah Affonso, esposa de Almada Negreiros, lembrando que o marido, quando chegava à Brasileira para tomar o pequeno-almoço, ia aos saltos por cima das mesas até ao balcão do fundo para encomendar o que queria, não sem primeiro dar um pontapé rasteiro na balança (com uns pratos grandes para pesar os sacos de café) que havia à entrada do estabelecimento. Depois de uma diluição gradual da tradição das ter-
A Tertúlia mais Pequena do Mundo (SIlves)
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O(s) Sentido(s) da Vida a 37º N
Março ção de 23 de Março (10h30-17h00). Artigos de segunda-mão, artesanato tradicional e urbano, trocas e baldrocas, novas criações e ainda produtos alimentares da região… tudo organizado pela ADRIP / CIIPC. Pedro Jubilot
Postais da Costa Sul
pedromalves2014@hotmail.com canalsonora.blogs.sapo.pt
~ Estofo de Maré ~ folhas molhadas, frias páginas soltas de um livro de poesia, passam na superfície da corrente qualquer que tenha sido a razão deste arremesso pelo autor da fragmentação ficarão nas margens húmidas da vazante e/ou seguirão para a barra a mão na água agarra uma pasta de papel de onde caracteres esmaecidos deixam ainda ler
~ não será o enevoado litoral que escurecerá o dia. nem a falta de luz levará a esperança. e a ausência de vento não impedirá o prosseguir. o tempo que faz agora não condicionará o que se quer deste momento do hoje. quando chegares já terei partido. tenho de me ausentar por umas horas. continua sobre o etager o teu livro preferido de Casimiro de Brito. no frigorífico tens o doce de abóbora acabadinho de fazer, que tanto aprecias com queijo fresco. no portátil podes ouvir o último álbum da Viviane. quando te reencontrar na madrugada beijarei o teu bom dia com vista para o mar ~
‘Espuma Evanescente’
«por mais que te diga amo-te, a voz esvai-se, ou o escreva por todo o lado nem mesmo a palavra escrita é eterna o que não se poderá dizer do meu amor por ti que resistirá à minha morte à tua morte»
de ano diluviano. O caminho faz-se caminhando e em janeiro os pés far-se-ão desenhar nas lamas fecundas do restolho agonizante. A vida irrompe onde a morte alimentou os campos de ausência e asperidade. Os dias de março virão e batizaremos a terra de luz e cor. Siga a ação que comando eu. A continuidade é uma mal dita palavra nas noites que introduzem a perenidade das coisas. Das coisas que precedem o silêncio.»
Roberto Nobre
Armação do Artista O inspirado nome que esta associação – a espalhar emoções desde 2006 -foi buscar às estruturas de pesca do atum do século passado, trouxe-lhes, ironicamente, um presente também ele assolado pelo desinteresse da tutela, pela iminente possibilidade de extinção da sua veia artística. Quando há pouco por onde buscar felicidade, salvamo-nos da cultura. Quando conseguirem de vez acabar com a cultura, nada mais haverá. As (não) escolhas de hoje poderão bem ser o vazio de amanhã.
Poesia (dia mundial: 21 de Março) Artista plástico, ilustrador, caricaturista, realizador, ensaísta e crítico de cinema, publicitário, é sobretudo conhecido pelas ilustrações que fez para a capa de ‘A Selva’ (e outros livros) de Ferreira de Castro, bem como as capas da grande magazine mensal- ‘Civilização’. Roberto Nobre nasceu em S.Brás de Alportel (27.03.1903 - Lisboa-27.09.69) mas a adolescência, esse campo/ estádio neutro onde se joga o despertar dos sentidos, passou-a em Olhão, onde o pai era médico e presidente da câmara. Por isso a vila da restauração é recorrente na sua obra pictórica.
Mercadinho de Primavera fotos: d.r.
Viver o que se faz aqui
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Um segredo muito bem guardado entre as muralhas de Cacela Velha , a que «foi desejada só pela beleza», escreveu Sophia M.B.A., acontece ali trimestralmente, desta vez a abrir a esta-
O mais recente livro do autor Vítor Gil Cardeira (Conceição de Tavira, 1958) teve o seu lançamento no Clube de Tavira, no mês passado. Na sessão organizada pela editora CanalSonora, e segundo frisou Miguel Godinho, que apresentou a obra, esteve presente um largo número de pessoas conhecedoras e interessadas que acolheram com entusiasmo a música da guitarra de Orlando Almeida, bem como as leituras de textos da obra, por Andreia Carlota, José Mário Carolino, Mário Rosário e Paulo Ferreira. Do livro, pág. 19, ouviu-se: «Primeiro ato neste início
“RAÍZES” Até 28 MAR | Paços do Concelho de Albufeira Exposição de pintura de Zorba (Luís Romão), residente em Albufeira desde os dois anos. Autodidacta, utiliza pouco os pincéis, uma vez que o que lhe interessa sobretudo são as texturas e movimentos que os materiais possam criar quando utilizados de forma ‘grosseira’
A poesia basta-se ao se expor nos pequenos grandes gestos do quotidiano. Não tem de ser uma conjugação que se considere feliz de palavras alinhadas. Pode até mesmo encontrar-se num banco com ou sem jardim, aí onde reside sempre um pouco mais de esperança para a poesia, isto é para a vida. Sentar, esticar as pernas, respirar fundo e esperar que um livro nos caia nas mãos e se abra num sonho de letras em palavras. Depois de arrefecer a tarde, fecha-se o livro e vivemos melhor.
Viver neste tempo de globalidade faz com que tenhamos acesso a tudo o que se passa em cada pedacinho do mundo. O conhecimento da diversidade traz o fascínio do longínquo. Por isso, temos de ser activos e temos de defender e divulgar o que aqui também se faz. Se nos limitarmos a consumir o que vem de fora, estamos a perder uma identidade formada desde tempos remotos e que chegou aos nossos dias absorvendo cultura das mais diversas civilizações que por aqui passaram. E mais importante: - daquilo que se está a passar hoje, aqui e agora. Se não vivermos e consumirmos a nossa arte, cultura, e modos de vida, estamos a deixar escapar a nossa idade. Privamo-nos, e aos outros, desta liberdade autoral característica deste novo sul. Todos nós devíamos apoiar e divulgar a cena cultural local. Vamos também viver o que se faz aqui.
“VOZES DE MULHERES” 7 MAR | 21.30 | Centro Cultural de Lagos Espectáculo com Yiliana Labrada. Após integrar várias iniciativas, a artista cubana tem o seu próprio projecto musical que se baseia em temas tradicionais da trova cubana, boleros, sones e temas originais
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Da minha biblioteca
Fernando Pessanha: os livros não se medem aos palmos d.r.
Adriana Nogueira
Classicista Professora da Univ. do Algarve adriana.nogueira.cultura.sul@gmail.com
Fernando Pessanha (Faro, 1980), um jovem investigador e formador na área da História, publicou os seus dois primeiros livros de ficção em 2013, ambos pela 4águas editora. Já no primeiro livro, Encontros improváveis, as seis ilustrações que iniciavam cada história, da autoria de Artur Filipe, captavam os ambientes «improváveis» do texto, com o traço do conto «O Acidente» a anteceder o preto e branco, ou melhor, o preto com algum branco, do Hotel Anaidaug. Neste, talvez por ser mais pequeno (22 páginas de tamanho A6), o trabalho deste ilustrador ganhe um maior destaque. «O mundo às avessas»
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A primeira impressão quando pegamos na obra: a estranheza do título e o tom noir da capa, que se sucede no texto. Percebendo que está perante o nome «Guadiana» invertido, pode o leitor mais atento pensar no topos literário do «mundo às avessas»: quer pelo nome do hotel que está, literalmente, ao contrário, quer também por este topos ser ainda caracterizado pela vivência de «impossibilidades», aplicando-se essa circunstância, cabalmente, a este livro. A narrativa segue por um caminho de contrastes: entre a tempestade e a calmaria, a escuridão e a luz, o silêncio e o som. E assim somos transportados de um temporal terrível para uma tranquila navegação, de uma rua sem iluminação para
Fernando Pessanha autografando a sua última obra uma inesperada luminosidade, de um silêncio quase palpável para uma música alegre, de um ambiente festivo e de esplendor para a decrepitude da realidade. Livro ou filme? Todo livro é construído com base no suspense, toca as fímbrias do género «horror» e todo ele apela a ambientes visuais do estilo a que poderíamos chamar noir. Poderiam os leitores agora perguntar: está a falar de um livro ou de um filme? É um livro, mas muito cinematográfico. No início, onde é descrita a luta de um marinheiro para conseguir entrar numa barra, temos uma visão muito débil: o horizonte é descrito como «ostentando um singular turvo cinza-esverdeado, coroado de indefinida visibilidade» e as formas que se percebiam eram, afinal, «as embaciadas margens», como se uma lente nos separasse dos acontecimentos.
A noite e o negro que a caracteriza sobrepõem-se a tudo: «Um relâmpago rasgou os céus, iluminando por breves instantes o negrume que, sorrateiramente, se começava a instalar». Depois, já em terra, o silêncio acompanha a noite («Os seus passos (…) ecoavam na imensidão daquela avenida deserta, encoberta pela leve neblina da maresia outonal»), sendo interrompido apenas pelo «som da ondulação e as assobiantes rajadas de vento». Já com os sentidos aguçados, ouve-se um sino que toca, de súbito, à meia-noite. E, como na história da Gata Borralheira (mas, mais uma vez, ao contrário), «várias luzes se acenderam repentinamente, ao dar o vigésimo quarto passo, ao bater da décima segunda badalada». E os contrastes sucedem-se: «a porta pesada do edifício rangeu ligeira e lugubremente» e «[o)uvia-se uma suave música, que parecia vir do andar de
“X FESTIVAL DE FLAMENCO DE FARO” 14 e 15 MAR | 21.30 | Teatro das Figuras - Faro O primeiro espectáculo é Hombres Flamencos, que une dois grandes bailaores flamencos: Francisco Mesa “El Nano” e Jesus Herrera. No sábado apresenta-se Solera Flamenka, um cuadro flamenco que tem como protagonistas Víctor Bravo e Yasaray Rodriguez
cima (…), estilo Fox Trot». A partir daqui, o marinheiro deixa-se embalar pela alegria da festa que está a acontecer no bar do hotel, onde se ri, dança, bebe e conversa. E o «marujo, de copo na mão, experimentava uma saborosa sensação de relaxamento, afundando-se cada vez mais na sua poltrona». Mas este ambiente prazenteiro ensina-nos que não nos podemos fiar sempre nos nossos cinco sentidos. Ou seis sentidos? Como um livro pequenino pode transportar-nos para tantos lados. Poder-se-ia dele dizer, adaptando a voz popular, que os livros não se medem aos palmos: a riqueza de interpretações que podemos dar ao que lemos é tão variada quantos os leitores. Provavelmente, a exploração literária dos cinco sentidos (principalmente visão e audição, mas também com referên-
cias ao tato, paladar e olfato) foi um dos fatores que tornou a história mais vívida, chamando, inclusive, a atenção para o que pode acontecer quando ignoramos o nosso «sexto sentido» que o narrador ajuda a aguçar. Em vários momentos, descobrimos pistas que nos vão preparando: «O vento norte soprava cada vez mais impertinente e obstinado, como que desesperado por proteger o porto do pequeno veleiro intruso e forasteiro, oriundo de um mundo alheio àquela realidade…» (p.6); «tudo naquele hotel parecia encantado, enfeitiçado, como que curiosamente parado no tempo» (p.15); mas a própria personagem principal também é avisada: «– O senhor não pertence aqui.../ – Que quer dizer com isso?/ – Exatamente o que ouviu. Aconselho-o a não dormir neste hotel». Mas ele só entende demasiado tarde. A História e uma notinha Considero sempre enriquecedores os livros que me levam a aprender outras coisas. Por exemplo, despertou-me a atenção que nada (não sabemos de
que terra se trata) nem ninguém tivessem nome: a personagem principal é chamada de tripulante, marinheiro ou marujo; depois há «o recepcionista» «a mulher de cigarrilha», o «barman», etc. Surpreende, pois, que o gerente do hotel se apresente tão completamente, com nome («Conrrado Wissmam») e local de nascimento («Nieder Rimsuigen, na Alemanha»), explicando a história do hotel e apresentando o seu proprietário, «o Sr. Manuel Ramirez». Com um pouco de investigação cheguei à informação da existência, real, de um hotel chamado Guadiana, em Vila Real de Santo António, num deplorável estado de abandono. Depois de ler o livro, vim a saber que uma das motivações do autor foi, precisamente, a vontade de denunciar essa situação, sendo esta ficção uma forma de manifesto contra o estado em que se encontra aquele edifício. Faço aqui uma notinha: estas informações são muito interessantes, pois confirmam a arte como forma assumida de intervenção social, mas é importante que não as deixemos limitar as leituras, pois a grandeza de uma obra literária é conseguir ser lida, apreendida, explorada sem que o desconhecimento sobre a realidade em que se inspirou seja condição para essa fruição e apreciação. Que não se entenda, das minhas palavras, que devamos menosprezar esse conhecimento, mas apenas que não nos deixemos espartilhar com «o autor quis dizer» ou por interpretações únicas. Uma das grandes qualidades desta obra é o de não ter uma localização definida, por exemplo, e de, por isso mesmo, deixar a nossa imaginação voar livremente. Fim da notinha. Como terminar esta página? Pedindo a Fernando Pessanha, que tão destramente explora o suspense e nos deixa presos do princípio ao fim, que não nos faça esperar muito tempo por outro livro.
“DELL’AQUA TRIO” 15 MAR | 21.00 | Pequeno Auditório do TEMPO - Teatro Municipal de Portimão A Associação Ideias do Levante apresenta um recital (voz, piano e flauta), num tributo à natureza e em que serão interpretadas obras de J. Benedict, C. Saint-Saëns, G. Fauré, B. Godard, L. Délibes, e C. Débussy
12 07.03.2014
Cultura.Sul
Promoção de experiências em turismo cultural: que respostas à globalização?
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d.r.
Os desafios impostos à Cultura implicam, cada vez mais, apostar nas sinergias A par de dispositivos de transporte, acolhimento e segurança, as práticas de turismo requerem na atualidade que a estada dos turistas se organize em função de modelos variados e específicos de fruição. Isto ocorre, em particular, no campo do turismo cultural. Novas formas e novos consumos turísticos estão a emergir, focalizados na ideia de uma experiência coproduzida pelo próprio turista. Com a globalização, a procura turística tem sofrido mudanças significativas que requerem que destinos e territórios se questionem seriamente sobre os seus modelos de oferta. Impulsionado pelo desenvolvimento da Internet, o turista encontra-se cada vez mais capacitado para procurar e optar por viagens individuais, o que força o mercado turístico a adaptar-se e a inovar, o mesmo ocorrendo com os diferentes agentes da Administração Central e Local que interagem com a atividade turística. Os serviços turísticos, em variadas áreas, têm evoluído para uma coprodução na qual o turista é como que um expert ativo. Se a fruição de um lugar se mantém fortemente ligada ao imaginário da descoberta do espaço e do outro, no sentido de que se mantém a procura e a perceção da realidade de um qualquer lugar, simbolicamente, distanciado do quotidiano, é também
Com a globalização, a procura turística teve mudanças significativas que requerem que destinos e territórios se questionem seriamente sobre os seus modelos de oferta. Parece fundamental discutir as ações que possam promover a dimensão patrimonial dos territórios, cuja descoberta se apoie em ferramentas suficientemente atrativas e facilitadoras de experiências que promovam, a aprendizagem e a efetivação da partilha por quem nos visite um facto que, na atualidade, se concretiza por processos cada vez mais personalizados, para satisfação de objetivos pessoais, bem definidos pelo turista-expert mesmo quando ainda está no seu ponto de origem. É essa a nova realidade para a qual a estratégia de promoção turística da Cultura se deve orientar. Considerando que o Património é a manifestação visível da memória do território, portanto da identidade, e partindo da realidade do Algarve e do seu enquadra-
mento no mundo global, é necessário atualizar conceitos e conteúdos e escrutinar a fruição do património e o modo como ele contribui para tornar o território atrativo a turistas e a moradores. À Direção Regional de Cultura do Algarve e aos demais agentes que interagem no território cabe, no âmbito da moderna fruição, que se afasta cada vez mais do turismo de massas, considerar o Património Cultural algarvio na diversidade dos seus componentes, nomeadamente: Património edificado, monumental e arqueológico; Património imaterial e etnográfico, musealizado ou vivido; Património paisagístico, natural e urbano. A região carece de plataformas e bases de dados que inventariem, atualizem e tornem pública a diversidade regional, situação patente em alguns inquéritos que são presentes à Direção Regional de Cultura, oriundos dos mais diferentes setores da atividade turística. Por isso, impõe-se uma reflexão, reunindo especialistas, académicos e agentes de marketing de turismo, agentes turísticos e outros interessados, para traçarem um perfil atualizado dos resultados, nas suas áreas de investigação, sobre as particularidades e especificidades do Algarve. Direção Regional de Cultura do Algarve
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