POSTAL 1161 - 22 ABR 2016

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43.169

Director Director Henrique Henrique Dias Dias Freire Freire • Ano • Ano XXVIII XXVIII • Edição • Edição 1161 1156 • Quinzenário • Quinzenário à sexta-feira à sexta-feira • 22 • 5de deAbril Fevereiro de 2016 de 2016 • Preço • Preço € 1,50€ 1,50

DESTAQUE 2 EM FOCO 4 FARO 5 SEMEAR SAÚDE 7 PORTIMÃO 8 VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO, CASTRO MARIM, ALCOUTIM 8 TAVIRA 9 OLHÃO 10 SÃO BRÁS, LOULÉ 11 ALBUFEIRA 13 LAGOA, SILVES, MONCHIQUE 14 LAGOS, VILA DO BISPO, ALJEZUR 15 REGIÃO 16 LAZER 20 CLASSIFICADOS 21 OPINIÃO 23

ÀS SEXTAS EM CONJUNTO COM O PÚBLICO POR €1,60

Horta da Areia: jóia da coroa de Faro vale 300 milhões em imobiliário > ps 2 e 3

ricardo claro

Câmara de Faro prepara alteração do PDM para requalificar a zona EM FOCO

d.r.

TAVIRA

> 10

>4

Jornadas debatem emergência na região

d.r.

>8

>5

OBRAS

d.r.

‘Faro requalifica’ chega ao Montenegro

>5

INVESTIMENTO

Ciclovia vai unir Faro e Olhão junto à ria

Radiografias revelam segredos de Cristos

Faro e Tavira assinalam Dia dos Monumentos SAÚDE

d.r.

d.r.

>6

BOA MESA

Petiscos estende a rota até Lagos

d.r.

> 15


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destaque

ZZZ pág. ## Textos: Ricardo Claro Fotos e infografia: Ricardo Claro

ZZZ pág. ##

Horta da Areia: jóia da coroa de Faro vale mais de 300 milhões de euros Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com

A HORTA DA AREIA É A JÓIA DA COROA DAS ZONAS URBANIZÁVEIS DA CIDADE DE FARO e pode valer mais de 300 milhões de euros (ME). O valor pode parecer espantoso mas, de acordo com o levantamento do POSTAL junto de operadores imobiliários de referência, mais de 300 ME é o valor potencial da Horta da Areia a preços de venda de imóveis construídos no mercado, tendo em conta um conjunto de factores que sujeitámos à análise de peritos do sector público e privado na área do urbanismo e imobiliário. Para este exercício considerámos como área de intervenção (AI) toda a área de terreno a sul da linha férrea, incluindo o bairro social e toda a zona fabril adjacente, bem como a área a nascente do viaduto sobre a linha férrea, visíveis na foto/maquete apresentada como imagem central desta notícia. O valor, para que se compreenda, corresponde a cerca de oito vezes o orçamento da autarquia farense para 2016 (39,1 ME) e a uma vez e meia o valor investido pelo grupo IKEA no novo complexo comercial que vai instalar em Loulé. Para chegar a este valor os especialistas contactados pelo POSTAL apostaram em valores médios de terrenos sem infra-estruturas - como são actualmente os terrenos da Horta da Areia sujeitaram-nos a custos de infra-

-estruturação e aos limites médios de definição da área bruta de construção, bem como, a um índice de aproveitamento máximo, tendo sempre como premissas de base uma volumetria de construção baixos condicentes com uma área turístico-residencial de baixa densidade e próxima de uma zona ambientalmente sensível.

O VALOR POR METRO QUADRADO INFRA-ESTRUTURADO E METRO QUADRADO EDIFICADO A PREÇOS DE MERCADO Nos

cálculos que o POSTAL realizou com o auxílio de empresas imobiliárias de referência, o valor do metro quadrado com infra-estruturas atinge para a área em análise os 450 euros em média, chegando aos 1.700 euros, em média, por cada metro quadrado construído e vendido ao proprietário final de cada casa ou apartamento. No primeiro caso o valor dos cerca de 291 mil metros quadrados de AI, deduzidos de 50%, ficar-se-iam pelos 145.500 metros quadrados de lotes passíveis de construção que valeriam cerca de 65 ME. Um valor que após os arranjos paisagísticos e a construção típica das áreas turístico-residenciais facilmente ascenderia para os mais de 300 ME.

JÓIA DA COROA AINDA É ÁREA INDUSTRIAL NO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL A Horta da Areia

ainda figura no Plano Director Municipal (PDM) de Faro como zona industrial, confirmou ao POSTAL a Câmara farense, mas a

intenção da autarquia é a de, no âmbito da revisão do PDM em curso, passar a classificar aquela área como turístico-residencial. Uma alteração que permitiria aproveitar a área de cerca de 29 hectares para a construção, mas sempre restringida a um índice de baixa densidade, dada a localização da área de intervenção e tendo em conta a proximidade do Parque Natural da Ria Formosa. Seguindo estas premissas o POSTAL criou a foto/maquete (à direita), que pretende mostrar uma ideia genérica do que poderia ser desenvolvido naquela área, uma imagem virtual, já que a definição em concreto do que ali poderia ser desenvolvido passará sempre pela criação de plano de pormenor urbanístico capaz de definir, nomeadamente, a área efectiva de construção. A alteração do PDM e a elaboração de um plano de pormenor será assim o primeiro passo para que se possa arrancar para a viabilização e aproveitamento de uma área actualmente votada ao abandono.

QUEM TEM A PROPRIEDADE DOS TERRENOS Uma das dificulda-

des na Horta da Areia, pode parecer à primeira vista, seria a proliferação de proprietários dos terrenos actualmente, mas o POSTAL sabe que todos os proprietários estão identificados, estando entre eles a Câmara de Faro na zona do bairro social e do campo de futebol, a Car-

ÔÔ Foto/maquete da implantação de uma área turístico-residencial com uma marina na Horta da Areia mo & Braz, a Petrogal/Galp Energia, a Rubis gás, a administração da falência da fábrica de Cortiça Neves Pires, a Cavan, o Lidl e mais cerca de uma dezena de proprietários de terrenos onde funcionaram e funcionam ainda instalações industriais. Em todos estes casos não seria particularmente difícil a negociação para a venda dos terrenos a um investidor ou consórcio de investidores imobiliários como seria mais provável. Mesmo no caso da autarquia e do bairro social da Horta da Areia a autarquia poderia facilmente aceitar entrar no negócio desde que se assegurasse o realojamento das famílias ali instaladas, ao que o POSTAL apurou junto de uma fonte próxima da Câmara, preferencialmente de forma dispersa pelo concelho.

UMA ZONA PRIVILEGIADA E DE EXCEPCIONAL BELEZA NATURAL, MAS ISSO NÃO CHEGA A

possibilidade de toda a zona da Horta da Areia vir a ser englobada num projecto de investimento turístico é uma realidade, tanto mais que a zona tem uma vista de Ria Formosa das mais belas da região, o que cria uma zona de investimento urbanístico de rara beleza e elevado potencial. Por outro lado, a proximidade da cidade é um factor que apresenta sob alguns aspectos uma enorme vantagem, podendo os compradores de casas naquela área usufruir de todas as comodidades de uma cidade a minutos de distância, factor a que se soma a proximidade do aeroporto de Faro, a apenas cinco minutos de distância pela nova variante a Faro. Vantagens não faltam à área da Horta da Areia para ser um investimento de elevada valia

no mercado imobiliário, mas a criação de um consórcio de investidores capaz de garantir um projecto com estas dimensões depende sempre da existência de pelo menos um equipamento âncora que garanta o potencial de venda do imobiliário no mercado a preços elevados. Uma marina de elevada capacidade, sabe o POSTAL, seria a resposta preferencial para alguns investidores que vão mantendo com as autoridades públicas alguns contactos. Se esta pode vir a ser uma realidade ou não é uma questão que pode, ou não, ser complexa, dependendo da abordagem (ver notícia na página ao lado).

CÂMARA ACREDITA NO POTENCIAL DA ZONA E NÃO ESTÁ PARADA A Câmara de Faro, presidida por Rogério Bacalhau, acredita no potencial da zona da Horta da Areia, com o autarca a defender que “o espaço tem todas as


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ÔÔ Área em destaque na foto/maquete em baixo assinalada a branco

Horta da Areia: Uma opção de futuro para Faro

Uma marina como equipamento âncora é impossível? O AVANÇO DE UM PROJECTO TURÍSTICO-RESIDENCIAL que

condições para ali se desenvolver um projecto de excelente qualidade, sem pôr em causa nem o funcionamento do porto comercial, nem a preservação dos valores naturais e paisagísticos da Ria Formosa”. Aliás, a autarquia não está parada nesta matéria, além de estar a tratar da alteração do fim a que se destina a área ao nível do PDM, o autarca manteve “contactos com o anterior Governo sobre a viabilidade de um projecto turístico-residencial com marina para aquela zona”, tendo “solicitado ao actual Governo uma reunião no mesmo sentido”. “A viabilidade da estrutura do porto comercial, mesmo que se entenda que este é uma infra-estrutura fundamental de dimensão regional, não tem de ser posta em causa por este projecto”, defende o presidente, que afirma “não considero que quer a parte urbanística, quer a marina tenham necessaria-

ÔÔ Rogério Bacalhau mente de colidir com a defesa dos valores ambientais que importa preservar naquela que é a nossa maior riqueza potencial, a Ria Formosa”.

MAIS-VALIA DO PROJECTO PODERIA TER IMPACTO ELEVADO NA ECONOMIA DA CIDADE E DA REGIÃO Para Rogério Bacalhau,

“um projecto desta natureza teria uma mais-valia potencial no-

tável, quer ao nível do desenvolvimento de uma área degradada da cidade, quer ao nível da qualidade urbanística da mesma”. Mas o que o autarca realça é que “o mais relevante são os postos de trabalho que se podem criar num investimento deste tipo durante a construção e durante a exploração”, bem como “a dinâmica económica que geraria no concelho e na própria região”. “Estamos a deixar passar oportunidades ao não estarmos preparados para os investidores que se não tiverem aqui condições investirão noutro qualquer local do mundo”, remata o autarca. Quanto a investidores, o autarca não dá nomes nem sequer confirma o número dos potenciais contactos com a autarquia, mas sempre avança que há consórcios de grande dimensão que referem que estariam interessados num projecto com estas características.

ocupe os 291 mil metros quadrados da Horta da Areia depende sempre - referiram ao POSTAL especialistas na área do investimento imobiliário de grandes dimensões habituados ao mercado do sul da Península Ibérica - da criação de um equipamento âncora que seja um potenciador do valor de comercialização no mercado do investimento feito na vertente imobiliária. “Os investidores procuram equipamentos que sejam mais-valias para valorizar o que têm para vender em construção e isso naquela localização será sempre preferivelmente uma marina de médio porte”, disse ao POSTAL uma das fontes contactadas. Apesar da zona lagunar a nascente da Horta da Areia - nas traseiras e para este do cais comercial da cidade - poder receber uma marina de grandes dimensões [“há espaço para isso”], um técnico da área de implantação de infra-estruturas marítimo-turísticas disse ao POSTAL que “o local, devido à sensibilidade ambiental, dificilmente poderia receber luz verde para acolher uma marina com 800 ou mais espaços de atracagem, como a Marina de Vilamoura”. “Uma infra-estrutura menos pesada seria mais condicente com as características da zona e seria suficiente para servir de elemento âncora de um investimento imobiliário”, refere, “esclarecendo que uma marina com cerca de 500 lugares e sem necessidade de molhes de protecção nem grandes áreas de aterro poderia ser contabilizável com a localização ambientalmente sensível.

O QUE SERIA PRECISO PARA A MARINA SER UMA REALIDADE Para que a marina fosse uma realidade seria desde logo necessário “proceder à dragagem das lamas na área de implantação e no canal lateral/este ao cais co-

ÔÔ Marina pode assegurar investimento imobiliário mercial”. Uma obra exequível e com menos riscos ambientais nesta área do que noutras próximas, “onde as lamas e sedimentos estão mais contaminados”, como por exemplo junto à traseira do cais comercial, onde a falta de circulação de água adensou os problemas dos sedimentos marinhos. Este investimento - é quase certo - teria de ser público, mas no que toca à construção e exploração da marina facilmente seria realizado pelo promotor que ficasse com a construção da área imobiliária. Ao POSTAL a mesma fonte esclarece que “em termos de tráfego marítimo o canal da barra de Faro / Olhão tem capacidade para dar resposta às necessidades da marina e que o tráfego desta em nada colidiria com o do porto comercial”. Já quanto à área de manutenção de embarcações esta poderia aproveitar a zona consolidada nas traseiras do porto comercial evitando assim a ocupação de mais área do parque natural não intervencionada já pelo homem.

AUTARQUIA ENCARA MARINA COMO CONCILIÁVEL COM A RESERVA NATURAL Uma marina

faria disparar o valor do investimento realizado na Horta da Areia e o presidente da Câmara de Faro considera que “não se pode pôr em causa o ecossistema que temos na Ria Formosa e que é a nossa maior riqueza”, mas de-

fende que “é perfeitamente possível conciliá-lo com a actividade humana e turística. Tem de ser!”. Rogério Bacalhau recorda que “todo o sul de Espanha está recheado de marinas e que porque temos poucas os barcos não ficam no Algarve a gerar riqueza, optando por rumar ao sul do país vizinho”. Para o presidente, “o Estado só precisa de investir no estudo do projecto e depois escolher o promotor que fará o investimento de acordo com o respectivo caderno de encargos, tal como se está a fazer para a doca exterior de Faro”. “Se queremos apostar na riqueza gerada a partir do mar nas suas mais variadas vertentes [diz o autarca], temos que passar da conversa aos actos e perceber como vamos compatibilizar as questões sensíveis do ponto de vista ambiental e como vamos contornar as dificuldades resultantes do excesso de entidades com competência nas zonas de intervenção ribeirinhas. Se o mar é, como dizem os nossos governantes e o próprio Presidente da República, o nosso grande desígnio para o desenvolvimento, temos definitivamente de apostar nele e nas suas potencialidades”, conclui Rogério Bacalhau. “É nisso que pensamos e para isso que estamos também a trabalhar, neste como noutros casos ligados à área costeira do concelho”, sublinha o autarca.


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em foco

Câmara de Faro já está a fazer projecto para a ciclovia Faro/Olhão pág. 6

Tavira e Estoi assinalam Dia Internacional dedicado ao património Directora regional de Cultura considera que o património ainda não tem a mesma importância e visibilidade que outras áreas Mónica Monteiro / Ricardo Claro monicam.postal@gmail.com

mónica monteiro

COMEMOROU-SE NO PASSADO FIM-DE-SEMANA EM várias

localidades algarvias o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. Para assinalar este dia, os municípios de Faro e Tavira organizaram iniciativas comemorativas da data, que contaram com cerca de cem participantes no total. O dia, dedicado ao património, foi criado a 18 de Abril de 1982 pelo ICOMOS (Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios), e aprovado pela UNESCO no ano seguinte. A data tem como objectivo principal sensibilizar os cidadãos para a diversidade e vulnerabilidade do património. Em Faro, a celebração da data passou por conhecer a aldeia de Estoi. Teresa Correia, vereadora da autarquia farense, explicou ao POSTAL que a escolha do município foi esta aldeia por se tratar de um sítio com “muito património e percursos ancestrais que merecem visibilidade”. Visibilidade esta, que na opinião de Alexandra Gonçalves, directora regional da Cultura do Algarve, “devia ser mantida ao longo do ano”. ricardo claro

ÔÔ Alexandra Gonçalves

PATRIMÓNIO DEVIA SER MAIS VALORIZADO, DIZ ALEXANDRA GONÇALVES, RESPONSÁVEL REGIONAL PELA CULTURA Para

Alexandra Gonçalves, a área cultural “merecia ter a mesma

O DIA EM TAVIRA MERECEU VISITA AO PATRIMÓNIO LOCAL Na

ÔÔ Francisco Lameira na apresentação do património de Estoi valorização que outras áreas têm. Mas, pelo menos estes dias têm o lado positivo de chamar a atenção sobre o nosso valor histórico e cultural”, declarou ao POSTAL a responsável pela cultura algarvia. “O Algarve pode ser considerado um mosaico de Portugal. Apesar de se dizer muitas vezes que não tem a monumentalidade de outras regiões do país, acaba por ter um pouco de tudo associado a um bem-estar e a um clima fantástico”, acrescentou a directora. A iniciativa da autarquia farense, que contou com a presença de 65 pessoas, teve, na opinião de Teresa Correia, uma adesão “excepcional”. A visita guiada a Estoi contou com a orientação do professor Francisco Lameira e passou pelos pontos mais emblemáticos da aldeia, como a Igreja Matriz, o Palácio de Estoi e as, ainda sobreviventes, casas com fachadas do século XIX, que na opinião do guia mereciam mais respeito.

FRANCISCO LAMEIRA CRITICA INTERVENÇÕES AUTÁRQUICAS AO NÍVEL DO EDIFICADO “As

câmaras andam a deitar tudo abaixo. Há uns dias fui com os meus alunos a São Brás de Alportel e estavam a deitar abaixo fachadas antigas

esforço das autarquias no sentido de preservar o património”, garante Alexandra Gonçalves, “mas nem todas têm a mesma capacidade de investimento”. O roteiro por Estoi terminou com a actuação do Trio de Guitarras do Conservatório Regional do Algarve e serviu para demonstrar que “o património não são só os monumentos estanques, são também as tradições e as pessoas”, referiu o director do Museu Municipal de Faro. Para Marco Lopes, este passeio “vem provar que o concelho é muito rico e que nem tudo se resume à cidade”.

para fazer um parque de estacionamento”, lamentou o historiador. Ainda assim, a preservação do património é vista pela responsável da cultura algarvia como algo que tem vindo a melhorar. “Há um

cidade das 33 Igrejas, a opção foi, está claro, dar a conhecer a história de uma Igreja. Tavira abriu as portas da Igreja Matriz de Santiago a 30 participantes que, durante aproximadamente uma hora, ouviram o passado daquele monumento. De estilo arquitectónico mónica monteiro

ÔÔ A visita no dia dedicado ao património na cidade de Tavira

pobre, a Igreja Matriz de Santiago, conta, porém, com um valioso conjunto de imagens e pinturas que mereceram um roteiro, orientado pelo historiador de arte Daniel Santana. Este ano houve um conjunto de actividades por toda a região que se iniciou no fim-de-semana e se prolongou pelo dia 18. Na opinião da responsável pela Cultura algarvia, estas comemorações são muito importantes para a região. “É preciso termos festas e actividades em torno do património”, disse ao POSTAL. “O património tem que estar vivo e uma das formas de não o deixar morrer é criar actividades que levem as pessoas aos espaços que são sobretudo arquitectónicos, mas que são sítios que têm muito para nos contar”, acrescentou Alexandra Gonçalves.

A VOZ AOS VISITANTES Ambas

as iniciativas em que o POSTAL esteve presente superaram o número de participantes expectável pelas organizações. António Casimiro foi um dos visitantes a Estoi e contou ao POSTAL que tem o hábito de participar em visitas como esta, mas que nunca tinha tido a oportunidade de conhecer a história desta aldeia. “Achei muito interessante esta iniciativa porque valoriza a riqueza que temos em Portugal e que normalmente o Governo não dá importância”, lamenta António Casimiro. No entanto, a directora regional de Cultura do Algarve disse ao POSTAL que a situação poderá melhorar um pouco nesta área, uma vez que no âmbito do Quadro Estratégico no horizonte 2020 está prevista “uma linha de financiamento dedicada ao património”, que a responsável considera “ser uma oportunidade para que se faça mais pela Cultura algarvia”.


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faro

O que é realmente o cancro e o que não é pág. 7

Faro Requalifica vai chegar ao Montenegro Steven Piedade “congratula-se” pelas obras chegarem à freguesia que lidera depois desta ter ficado de fora da primeira fase do programa camarário de requalificação da rede viária ricardo claro

ricardo claro

Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com

O PROGRAMA DE REQUALIFICAÇÃO da rede viária do con-

celho de Faro que está a ser desenvolvido pela autarquia local “vai chegar ao Montenegro”, disse ao POSTAL o presidente da Câmara Rogério Bacalhau. Entre as obras que estão a ser “analisadas para apurar custos” estão as intervenções nas ruas Bento de Jesus Caraça e Egas Moniz, na sede de freguesia, refere o autarca. Estas duas artérias estão já a ser intervencionadas pela EDP para colocação de novas luminárias e retirada dos cabos aéreos de electricidade. “Não decidimos ainda quais as obras que vão integrar o Faro Requalifica II, diz o autarca, que realça que apurados os encargos com cada obra teremos de decidir prioridades”, não estando pois definitivamente decididas nenhumas intervenções. O presidente da Junta de Freguesia do Montenegro avança que estas duas obras previstas para o Faro Requalifica II “são a resposta adequada da autarquia às necessidades do Monte-

ÔÔ Steven Piedade negro e da sua população” e recorda que “na primeira fase do programa – ainda em curso – a freguesia não foi contemplada com obras na sua rede viária, ao contrário do resto do concelho”. “A falta de verbas não permitiu que este importante programa desenvolvido pela Câmara e pelo Sr. presidente Rogério Bacalhau chegasse ao Montenegro num primeiro momento, mas a autarquia garantiu ao Montenegro que no Faro Requalifica II as questões prioritárias em matéria de obra na rede viária da freguesia serão devidamente acauteladas, algo que vejo com grande

ÔÔ Falta de verbas não contemplou a requalificação da rede viária do Montenegro na primeira fase satisfação porque é uma resposta às necessidades da população do Montenegro que me cabe representar e defender”, sublinha Steven Piedade.

OUTRAS OBRAS EM ANÁLISE PARA AVANÇAREM NO MONTENEGRO Também em estudo

quanto a encargos para a autarquia, referiu ao POSTAL Rogério Bacalhau, estão obras de requalificação da Rua Manuel Gomes Guerreiro, entre

a Rua das Hortênsias e a Rua das Tulipas, bem como estas duas últimas artérias e o estacionamento junto aos campos de ténis, tudo nas Gambelas. Ainda nesta localidade estão a ser analisadas as intervenções na Rua das Violetas, entre a Rua das Hortênsias e a Rua dos Malmequeres, a Rua das Acácias e a Rua dos Malmequeres propriamente dita.

RUA DO INFANTÁRIO ‘OS VIVA-

ÇOS’ EM PROCESSO DE RESOLUÇÃO Outra das artérias proble-

máticas no Montenegro é a rua onde fica situado o infantário os Vivaços, entre a Rua João Bandeiro e a Urbanização da Nora, uma artéria ainda sem nome e em terra batida que “faz muita falta ao sistema de circulação do Montenegro”, disse ao POSTAL Steven Piedade. “Estamos a tratar da resolução desse problema e perto de chegar a cordo com os proprietários

privados dos dois terrenos que têm de ceder área para a criação do arruamento”, referiu ao POSTAL Rogério Bacalhau. “Nesta primeira fase importa assegurar a cedência do terreno pelos privados à autarquia para que ali possamos intervir num segundo momento”, refere o autarca, que sublinha “o bom andamento dos contactos mantidos com os proprietários”. “Numa segunda fase poderemos então avançar com a criação do arruamento”, remata o presidente da Câmara. Não há pois garantias de que todas estas obras venham a ser realizadas no Montenegro, tudo dependerá da disponibilidade financeira da autarquia no momento de arranque do Faro Requalifica II e dos custos que cada uma das intervenções significar depois do levantamento de preços actualmente em desenvolvimento pela Câmara, mas que o Faro Requalifica vai chegar ao Montenegro e em força, isso é já certo, com a freguesia a receber da autarquia as intervenções de que tanto necessita ao nível da rede viária.

TURISMO

Câmara de Faro volta a tentar vender terreno para hotel Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com

A CÂMARA DE FARO vai vol-

tar a levar a hasta pública o terreno destinado à construção de “um hotel com 160 camas” situado à entrada da cidade, na Avenida Cidade Hayward. “Vamos colocar em hasta pública aquele terreno novamente e temos investidores que demonstraram interesse

na compra”, disse ao POSTAL o autarca Rogério Bacalhau. O presidente da Câmara adianta que “o terreno foi alvo de reavaliação, pelo que a mesma será submetida a reunião de Câmara para aprovação e remetida de imediato à Assembleia Municipal para aprovação da hasta pública”. Recorde-se que ser adquirido o terreno e a avançar a construção desta unidade

hoteleira de grande capacidade – previsivelmente um hotel de quatro estrelas – a capacidade hoteleira da cidade sofreria um aumento notório. Sem poder assegurar a presença dos interessados em hasta pública o presidente é cauteloso, “só estaremos certos da presença dos interessados quando efectivamente estiverem na hasta pública com as respectivas propos-

tas”, mas acrescenta que “o importante é estarmos preparados e em condições de realizar a venda em termos vantajosos para a autarquia e aceitáveis para o promotor”. “Não há investimento se não estiverem criadas as condições para o mesmo e é isso que estamos a criar neste como noutros casos, condições imediatas de aproveitar os potenciais investidores no concelho”, remata o edil.

ricardo claro

ÔÔ Na foto a área aproximada a ocupar pelo hotel


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faro

Jornadas debatem emergências médicas na região pág. 8

Câmara de Faro já está a fazer projecto para a ciclovia Faro/Olhão Autarquia liderada por Rogério Bacalhau está a desenvolver projecto para a ligação ciclável e pedonal Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com

A CONSTRUÇÃO DE UMA CICLOVIA ENTRE FARO E OLHÃO não apanhou desprevenida a Câmara de Faro e a autarquia está mesmo em vantagem no que toca à preparação do projecto para este equipamento de lazer e desporto. A vantagem da autarquia farense é que tem já em preparação o projecto de ciclovia para ligação a Olhão, como revelou ao POSTAL o autarca Rogério Bacalhau. A notícia da criação de uma ciclovia entre Faro e Olhão, sobre o adutor da Águas do Algarve (AdA) que transportará as águas residuais urbanas (esgotos) de Olhão até à nova Estação de Tratamento de Águas residuais (ETAR) de Faro/Olhão, obra adjudicada na passada semana (ver notícia na página 16), foi avançada em primeira mão pela edição on-line do POSTAL.

ÁGUAS DO ALGARVE DISPONIBILIZAM TERRENOS Na base da

notícia está a disponibilização pela empresa AdA às Câmaras de Faro e Olhão da superfície do espaço canal [faixa de terreno] que a empresa responsável

pelo tratamento dos esgotos na região vai adquirir para instalar o adutor Olhão / Faro. “A construção da ciclovia não colide com a existência do adutor e a superfície do canal onde este será instalado será assim disponibilizada a custo zero por nós às autarquias para que se possa ali instalar uma infra-estrutura [a ciclovia] útil à população de Faro e Olhão”, disse ao POSTAL Teresa Fernandes, responsável pela comunicação da AdA, que vê nesta iniciativa “mais uma situação em que tentamos maximizar os efeitos positivos junto das populações das obras que executamos em toda a região”. A ciclovia suportará pesos muito pouco significativos que não afectam a conduta e, simultaneamente, é mesmo uma defesa da estrutura face a possíveis utilizações abusivas dos terrenos sobre a mesma que lhe possam provocar danos.

O INVESTIMENTO DAS AUTARQUIAS Com o terreno a ser

disponibilizado gratuitamente cabe às Câmaras investir na criação das infra-estruturas necessárias à implementação de uma ciclovia capaz de garantir circulação pedonal e ciclável en-

ricardo claro

tre as duas cidades num percurso que andará próximo dos seis quilómetros. Além disso as Câmaras terão de encontrar uma solução para a ligação entre os extremos do espaço canal da AdA que ficarão situados a Oeste junto à ETAR de Olhão Poente e a Leste junto à ETAR de Faro Nascente. É que só no espaço entre estas duas ETARs será construído o adutor, tendo depois de se conseguir soluções de ligação aos cascos urbanos de Faro e Olhão.

CÂMARA DE OLHÃO PRONTA PARA AVANÇAR António Mi-

guel Pina disse ao POSTAL que “a Câmara de Olhão está pronta para avançar com este projecto tripartido entre a Águas do Algarve, a Câmara que lidera e a autarquia de Faro”. “Muito embora não esteja definido o perfil do projecto, estamos a trabalhar com as duas entidades envolvidas nesta questão que considero ser importante para ambos os concelhos e mesmo estruturante no que respei-

Bacalhau soube da intenção da AdA de cedência dos terrenos às Câmaras pelo POSTAL. “Até agora a Águas do Algarve tinham-nos comunicado que não cederiam o espaço canal para instalarmos a ciclovia”, refere o autarca, que vê “com agrado a alteração da

posição da empresa”. “Esta nova situação implicará a alteração do projecto que a Câmara está a desenvolver para a criação da ciclovia entre Faro e Olhão para adaptá-lo ao novo traçado, algo que faremos de bom grado”, diz o autarca O POSTAL sabe que o projecto de ciclovia está a ser desenvolvido para a Câmara pela empresa Atlas Koechlin, Engineering and Design, que foi responsável, por exemplo, pela elaboração do projecto da Ecovia e Ciclovias do Litoral Sudoeste e que as dificuldades encontradas pela autarquia com as várias entidades com tutela sobre a área a intervir - a Sul da EN 125 na zona marginal da área de parchais da Ria Formosa entre as duas cidades - têm estado a ser resolvidas, nomeadamente com a REFER, responsável pela linha do caminho de ferreo e áreas adjacentes de protecção à mesma. Ainda sem data prevista de início de construção e por maioria de razão sem data de conclusão e abertura ao público, esta ciclovia será efectivamente uma realidade no futuro e constituirá uma importante mais-valia para as populações de ambas as cidades enquanto estrutura de lazer e desportiva.

Bacalhau, “resultam de um pedido da Câmara junto daquela empresa de electricidade para que este trabalho fosse realizado”. “Pedimos à EDP que em vários arruamentos do Montenegro retirasse a cablagem aérea e procedesse à sua substituição por soluções com impacto visual menor, e fizemo-lo não só nesta freguesia como em relação a todo o concelho”, diz o autarca. “O avanço dos trabalhos para já nas ruas Bento de Jesus Caraça e Professor Egas Moniz, prende-se com o facto de serem necessários para que possamos nelas intervir no âmbito do programa Faro Requalifica

II, avança o autarca farense. Rogério Bacalhau pediu à EDP a intervenção para preparar a requalificação do pavimento e passeios das duas ruas do Montenegro. “Trata-se de preparar o caminho para as intervenções posteriores ao nível do pavimento das ruas e dos passeios, para que não haja razão para, depois das ruas arranjadas, estarem a abrir-se valas para fazer obras que podem e devem ser feitas antecipadamente”, diz o presidente da Câmara, que realça que “a EDP tem tido com a Câmara uma boa cooperação nesta matéria e que importa assinalar”.

ta à criação de espaços de lazer e desporto que possam servir as populações”, referiu o presidente da Câmara.

FARO JÁ ESTÁ A FAZER O PROJECTO O autarca de Faro Rogério

FREGUESIA TERÁ DUAS DAS PRINCIPAIS RUAS COM NOVA ILUMINAÇÃO NUMA OBRA A CARGO DA EDP

Nova iluminação pública nas ruas do Montenegro Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com

DUAS DAS PRINCIPAIS RUAS DO MONTENEGRO, em Faro,

vão ter nova iluminação pública, estando já as obras de instalação dos novos postes de iluminação a decorrer na localidade. As obras que darão, literalmente, uma nova luz ao Montenegro, já decorrem na Rua Bento de Jesus Caraça – onde o POSTAL esteve com o presidente da junta de freguesia local, Steven Piedade – e de seguida passarão para a Rua Professor Egas Moniz. Os trabalhos estão a cargo da EDP e além de procederem

à colocação de novas luminárias de iluminação pública, mais eficientes e com menor impacto visual, incluem ainda a retirada dos antigos postes de iluminação e a cablagem aérea que cruzava as duas ruas da localidade. “É uma obra muito importante para a qualidade de vida na freguesia”, disse ao POSTAL Steven Piedade, “quer em termos de iluminação, que é um factor muito importante para a visibilidade dos condutores e dos peões e para a segurança durante a noite, quer no que respeita à qualidade urbanística, uma vez que os velhos postes que tinham um impacto visual significativo são retirados, tal

ricardo claro

ÔÔ A nova iluminação já está a ser instalada na Rua Bento de Jesus Caraça como os cabos que davam às ruas um aspecto pouco adequado ao que hoje se exige em termos de impactos visuais”, justifica.

INTERVENÇÃO DA EDP FOI SOLICITADA PELA CÂMARA As obras

que a EDP está a executar, revelou ao POSTAL o presidente da Câmara de Faro, Rogério


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semear saúde

Contactos: 281 320 902 das 14:30 às 18:00 associacaosemearsaude@gmail.com

O que é realmente o cancro e o que não é Investigador vem de Londres falar sobre cancro e os seus mitos AS ASSOCIAÇÕES SEMEAR SAÚDE, ADOT (Associação dos

Doentes Oncológicos de Tavira) e SOS Oncológico (Unidade e Equipa Comunitária de Cuidados Paliativos do Algarve) realizam em conjunto, no próximo sábado, dia 30 de Abril, das 16 às 19 horas, uma palestra intitulada “Cancro: o que realmente é e como deve ser tratado”, com o naturopata e investigador Cezar Van Louicci. No âmbito das Palestras 2016 Inglaterra – Portugal – Brasil, baseado no Estudo Dalva 2010/15, o palestrante Cesar Van Louicci (Cancer Researcher – London) vai estar nestes dias em Lisboa e gentil e graciosamente acedeu ao convite da presidente Cláudia Brito da Semear Saúde para se deslocar ao Algarve para partilhar o seu conhecimento como

forma de reconhecimento pelo trabalho que a Semear Saúde está a desenvolver na área da prevenção e promoção da saúde. O palestrante convidado vai falar sobre as causas de alguns tratamentos naturais não estarem a resultar e sobre o que há de errado nos estudos científicos de determinados fitoterápicos, frutas, tubérculos, verduras e legumes. A diferença entre as frutas antioxidantes e anti-cancerígenos também vai ser abordada segundo a perspectiva deste investigador que vem de Londres mas que fala português. Sobre o tema principal vão destacar-se questões pertinentes como “o que é realmente o cancro e o que não é”, “o cancro tem cura” e “o que é a biomedicina genómica naturopática e o que tem feito pelo

d.r.

cancro. Embora a participação seja gratuita, é aconselhado fazer inscrição prévia através do e-mail: associacaosemearsaude@gmail.com.

ASSOCIAÇÕES VÃO ACTUAR MAIS EM CONJUNTO Por forma

RASTREIOS DE SAÚDE GRATUITOS Também no sábado, das

14 às 16 horas, no mesmo espaço da palestra, vão ser realizados vários rastreios de saúde gratuitos, designadamente diabetes, hipercolesterolémia e hipertensão arterial. Simultaneamente, vão realizar-se rastreios do estado nutricional através de medição de índices de massa corporal, perímetro da cintura e percentagem de gordura corporal, além de sessões de acupunctura emocional sem agulhas. Os rastreios gratuitos contam com o apoio e patrocínio da Prévia, empresa prestadora de serviços de Saúde, Higiene pub

Cezar Van Louicci - Cancer Researcher - London

consumo para o lar ligados à área da saúde.

ÔÔ Cesar Van Louicci é naturopata e investigador

e Segurança no Trabalho, Higiene e Segurança Alimentar e Formação Profissional e do representante algarvio da Chanson que possui uma vasta experiência na comercialização e assistência técnica de bens de

a poder chegar a mais interessados, a Associação Semear Saúde convidou para a organização deste evento as associações ADOT (Associação dos Doentes Oncológicos de Tavira) e SOS Oncológico (Unidade e Equipa Comunitária de Cuidados Paliativos do Algarve) que já manifestaram vontade em vir a organizar mais iniciativas em conjunto. De salientar que o ciclo de palestras mensais que a Associação Semear Saúde tem estado a promover no seu espaço de 250 metros quadrados é composto por quatro gabinetes para consultas individuais de enfermagem, nutrição, termografia, naturopatia, iri-

dologia, homeopatia, osteopatia, biomagnetismo, técnicas de libertação emocional EFT, reflexologia, reiki e cura reconectiva e outras duas salas de formação e uma sala destinada às terapias, como o reiki, yoga e meditação. Embora a sua missão se destine a todos os pacientes e doentes em geral, a Semear Saúde está a desenvolver um projeto inovador na área da promoção da Saúde e da prevenção das doenças oncológicas na região do Algarve. Para acompanhar diariamente a sua atividade nas redes sociais deixamos aqui os três seguintes links: https://www.facebook.com/ associacaosemearsaude https://www.facebook.com/ OncologiaIntegrativa https://www.facebook.com/ groups/semearsaude pub


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portimão

ZZZ pág. ##

Clínica tavirense faz radiografias a Cristos mortos pág. 10

ZZZ pág. ##

Jornadas debatem emergências médicas na região Teatro Municipal de Portimão acolhe fórum dedicado às questões relacionadas com a emergência na saúde Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com

AS JORNADAS DE EMERGÊNCIA DO ALGARVE vão decorrer no

próximo dia 7 de Maio, entre as 9 e as 17.30 horas, no TEMPO - Teatro Municipal de Portimão, naquela que é a segunda edição deste fórum magno de análise e debate das questões relacionadas com as temáticas da emergência na área da saúde. Jorge Mimoso, presidente da Comissão Organizadora das jornadas, avançou ao POSTAL que se “espera uma adesão dos profissionais da área da emergência na ordem das 250 pessoas”. “Acreditamos que vamos repetir nesta segunda edição pelo menos o mesmo número de participantes das primeiras jornadas, realizadas em 2014”, afirma o responsável, que vê o intervalo bienal como “uma aposta correcta para a periodicidade da realização do evento”.

d.r.

OBJECTIVOS DAS JORNADAS Quanto a objectivos, as jornadas pretendem ser um espaço de análise, debate e, também, de divulgação de informação sobre temas de interesse da actualidade na emergência intra e pré-hospitalar. A transversalidade de conteúdos extensíveis a todos os profissionais de emergência é outra das linhas directrizes da organização das jornadas regionais, que está a cargo da SUBITIS - Associação de Emergência Médica do Algarve.

PROGRAMA VARIADO E TRANSVERSAL A vastidão dos temas

passíveis de abordagem numas jornadas com a emergência como foco poderiam ser um problema para a análise de todas as questões que marcam esta área de intervenção na saúde, mas um programa extenso e transversal é a aposta da organização para garantir o sucesso da iniciativa. Abordados, entre outros, serão temas como o controlo de temperatura peri-pa-

ÔÔ Profissionais da emergência intra e pré-hospitalar vão estar reunidos em Portimão ragem cardíaca (hipotermia terapêutica), a reanimação e cuidados imediatos neonatais, as questões ligadas com as denominadas vias verdes hospitalares, nomeadamente nas áreas do trauma, da sépsis e das patologias coronárias. A ética não poderia deixar de marcar presença numas jornadas que lidam com

questões de saúde no limite da sobrevivência e, por isso mesmo, Rui Araújo será o orador da conferência “Decisão de Não Reanimar”, que encerra a manhã de trabalhos das jornadas. Durante a tarde, tempo para falar sobre a fase piloto do projecto “‘Crescer a Salvar’ nas escolas do Algarve”, sobre

as questões de abordagem no controlo de hemorragias e da doença descompressiva em meio aquático e para a conferência ‘Emergência Táctica: a abordagem MARCH’. “Realidades Externas - a emergência fora de portas” e “Outcome das vítimas de PCR no Algarve” fecham as conferências agendadas.

WORKSHOPS GRATUITOS Em

simultâneo com o programa geral as jornadas disponibilizam workshops gratuitos aos primeiros 25 inscritos através do e-mail jornadas.emergencia.algarve@gmail.com nas seguintes áreas: “Utilização do LUCAS, sistema de compressão torácica”, “VNI na Insuficiência Respiratória Aguda” e “A importância da RCP de Alta Qualidade na taxa de sobrevivência de uma paragem cardiorrespiratória”. Quanto a cursos pós-jornadas a organização propõe um curso de Suporte Avançado de Vida Cardiovascular, a 4 e 5 de Junho, em Faro, e outro de Suporte Avançado de Vida em Queimados, a 6 de Agosto, em Portimão. As jornadas regionais de emergência regressarão depois do fim desta edição somente em 2018, razão para não deixar passar esta oportunidade de formação se está entre aqueles profissionais que fazem da ajuda de emergência ao próximo o trabalho de uma vida.

DISPONÍVEIS EDIÇÕES NACIONAIS E ESTRANGEIRAS A PARTIR DE 20 CÊNTIMOS

Livros usados a bons preços no Mercado de Portimão d.r.

DEPOIS DE UMA PRIMEIRA FASE onde foram recolhidos

cerca de dois mil exemplares em segunda mão, com vista ao reforço do espólio da Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes, em Portimão, o Mercado da Av.ª S. João de Deus recebe até ao próximo sábado a 4.ª edição da feira de livros usados “Há Livros no Mercado”. As obras estão expostas e são comercializadas na zona dos produtores, podendo os interessados renovar as suas estantes de uma forma muito

económica, com aquisições a partir de 20 cêntimos por exemplar, revertendo a verba angariada para a compra de novos documentos destinados à Biblioteca Municipal. Estarão disponíveis edições nacionais e estrangeiras, nas áreas infanto-juvenil, história, geografia, saúde, alimentação e bem-estar, religião e filosofia, artes e desporto, entre outros temas, assim como enciclopédias e dicionários, decorrendo a venda esta sexta-feira, das 9 às 14 e entre as 17 e as 20 horas, enquanto no sábado fun-

cionará das 9 às 14 horas.

ANIMAÇÃO PARA OS MAIS NOVOS Para o período em que

decorre o certame foi preparado um programa de animação, de onde se destaca esta sexta-feira, às 9.30 e 11 horas, a iniciativa “Hora do Conto - Qual o sabor desta história?”, com a presença de duas animadoras da Biblioteca Municipal de Portimão, que apresentarão as obras seleccionadas. A acção dirige-se especificamente às escolas do Pré-escolar e EB1 do municí-

pio de Portimão, devendo as inscrições serem previamente efectuadas na biblioteca municipal. No sábado, Dia Mundial do Livro, está agendada a iniciativa especial “Os nossos livros, o nosso Futuro”, na qual os visitantes do Mercado poderão comprar um livro ao preço que entenderem. Esta iniciativa resulta de um desafio lançado pelo Clube de Leitura Manuel Teixeira Gomes a quem desejasse dar aos seus livros usados uma nova vida, depositando-os

ÔÔ Verba angariada destina-se à compra de novos livros para a biblioteca no “Livrão” disponível em vários locais públicos, para desse modo valorizar o acervo da Biblioteca Municipal,

tendo contado para o efeito com os apoios da Câmara de Portimão da Bertrand Livreiros e do Projeto Apeiron.


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vila real castro marim alcoutim

Câmara apoia alunos com 34 mil euros pág. 11

Apoio ao Emprego mostra resultados no Baixo Guadiana Gabinetes de Inserção Profissional de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real já ajudaram 1.725 pessoas d.r.

DESDE AGOSTO DE 2015, os

Gabinetes de Inserção Profissional (GIP) do Baixo Guadiana já abrangeram mais de um milhar de pessoas. Em oito meses de trabalho os relatórios apontam 1.725 pessoas que já beneficiaram deste serviço. O último relatório estatístico, referente ao 1º trimestre de 2016, portanto de Janeiro a Março, evidencia que o GIP interveio junto de 724 pessoas, um gabinete descentralizado que funciona como suporte à intervenção dos serviços de emprego. “O objectivo é o estabelecimento de contactos entre empresários e empregados, através da promoção de uma abordagem multidisciplinar e de grande proximidade com as populações no território do Baixo Guadiana, destacando que se trata de um gabinete

ÔÔ Associação Odiana é a gestora dos Gabinetes de Inserção Profissional do Baixo Guadiana que leva o ‘Centro de Emprego’ à população”, explica a Associação Odiana em nota

de imprensa. Aqui constaram actividades de “apoio à procura activa de emprego, captação

e divulgação de ofertas de emprego, apoio à colocação, divulgação de medidas de em-

UNIDADE MÓVEL ALARGA SERVIÇOS PRESTADOS À POPULAÇÃO

representado pelo presidente Osvaldo dos Santos Gonçalves, e a Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS Algarve), representada pelo presidente do Conselho Directivo, João Moura Reis, assinaram na semana passada um protocolo de colaboração que visa melhorar a prestação de cuidados de saúde à população do concelho, designadamente através da Unidade Móvel de Saúde (UMS). O documento prevê o alargamento dos serviços prestados pela UMS, nomeadamente com a realização de consultas domiciliárias, quer médicas, quer de enfermagem, promovidas

por profissionais afectos à ARS Algarve, assim como o alargamento do horário dos serviços prestados por esta unidade de saúde. Osvaldo Gonçalves garante que o acordo irá permitir “uma melhoria dos serviços de saúde prestados no território do concelho, face às necessidades diagnosticadas”. “O que se pretende é, através da optimização dos recursos humanos, financeiros e materiais, proporcionar aos cidadãos o acesso a serviços de saúde de maior proximidade e qualidade”, acrescenta o autarca. A UMS está especialmente vocacionada para a prevenção, vigilância de saúde e auxílio na realização de

cional, com um total de 435 indivíduos; por último, com igual ou superior ao 12º ano do ensino secundário apenas um total de 79. No que diz respeito aos grupos etários a reportar que a faixa dos 31 aos 54 anos de idade representa 415 pessoas das 724. De salientar que a Associação Odiana assinou em Julho de 2015 contratos com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) para a gestão de três Gabinetes de Inserção Profissional (GIP) no território, nomeadamente nos concelhos de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António. Para marcação de reunião com os GIP’s do Baixo Guadiana ficam os emails: gip. alcoutim@gmail.com, gip. castromarim.@gmail.com e gip.vrsa@gmail.com.

APOIO À AQUISIÇÃO DE INSTRUMENTOS DE MÚSICA

Seguradora atribui donativo à Câmara de Castro Marim

Alcoutim melhora cuidados de saúde O MUNICÍPIO DE ALCOUTIM,

prego, formação profissional e empreendedorismo, visitas a entidades, entre outras”, acrescenta. “Para além destas acções, continua a ser prestado apoio ao serviço de emprego de Vila Real de Santo António numa base diária. Às entidades é dado apoio personalizado no âmbito da preparação de candidaturas, acompanhamento de processos, documentação, pedidos de reembolso e encerramento de contas”, pode ler-se na nota de imprensa envida pela Odiana à nossa redacção. Relativamente à caracterização dos utentes deste primeiro trimestre, com habilitações até ao 5º ano de escolaridade constaram 60 pessoas; entre o 6º e o 8º ano de escolaridade 150 pessoas; do 9º ano até ao 11º ano a maior fatia popula-

d.r.

ÔÔ Osvaldo Gonçalves e João Moura Reis celebraram protocolo para melhorar os serviços da Unidade Móvel de Saúde

consultas médicas domiciliares programadas pelo médico de família, bem como, a prestação de cuidados de

enfermagem à população mais idosa e com mais dificuldades de acesso aos serviços de saúde.

d.r.

A CÂMARA DE CASTRO MARIM recebeu na semana passada um donativo, no valor de sete mil euros, atribuído pela Fidelidade Mundial. O valor doado pela seguradora ao município, ao abrigo do Estatuto dos Benefícios Fiscais, foi este ano destinado ao mecenato cultural, que se traduziu na aquisição de novos instrumentos para a Banda Musical Castromarinense. O acto de entrega do donativo decorreu na Casa da Música, em Castro Marim, local que serve de sede à Banda Filarmónica e onde funciona a Escola de Música. Conforme explica a câmara de Castro Marim em nota de imprensa, “a prioridade dada este ano ao mecenato cultural insere-se também na política social do município, na área da

ÔÔ Entrega do donativo educação, em particular no papel da Banda Musical Castromarinense enquanto motor de construção da personalidade dos jovens do concelho e formação de novos talentos. Os novos instrumentos musicais permitirão à banda a execução de outras pautas, indo ao encontro das necessidades elencadas pela direcção ao executivo municipal”.


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tavira

Cine-Teatro Louletano cria cartão com descontos pág. 12

Clínica tavirense faz radiografias a Cristos mortos O projecto pertence ao Museu Municipal de Faro e pretende diagnosticar o estado dos Cristos no seu interior EXISTE EM TAVIRA uma clínica

que realiza radiografias a imagens de Cristo morto. Sim, leu bem, imagens de Cristo, essencialmente compostas por madeira. O projecto pertence ao Museu Municipal de Faro, conta com o apoio da Clínica Radis, em Tavira, e junta a radiologia às artes do restauro no intuito de “fazer um melhor diagnóstico do estado de conservação das peças no seu interior”, explicou ao POSTAL Marco Lopes, director do Museu Municipal de Faro. O diagnóstico serve à posteriori para restaurar as peças da melhor forma possível, “permitindo auxiliar na identificação de focos de infecção” ou “sugerindo medidas de tratamento e de prevenção em áreas específicas e localizadas sem danificar ou sacrificar excessivamente a imagem”, enquadrou o director do Museu de Faro. Através destas radiografias é possível ter acesso a uma imagem que ajude a perceber a morfologia, os eventu-

d.r.

ais restauros passados e até as técnicas construtivas utilizadas nas peças. Os raios X indicam ainda a localização exacta de algumas cavilhas. “Cavilhas, essas, que podem ter um efeito de oxidação, o restauro vai retirar no sítio concreto sem ter de remover uma área desnecessária”, explicou o director.

IMAGEM MUITO VENERADA PELOS DEVOTOS A escolha da

figura de Cristo para este projecto do Museu deve-se à “representatividade cultural da sua imagem” e também à “facilidade de colocar as peças no aparelho para a radiografia”, disse Marco Lopes. A estrutura da imagem do Cristo morto, comparativamente à do Cristo pregado na cruz, permite uma maior facilidade de colocação da escultura no equipamento de raios X, uma vez que tem os braços junto ao corpo. O Cristo morto é uma imagem muito venerada pelos

ÔÔ Diagnóstico serve para restaurar as peças da melhor forma devotos, principalmente em épocas festivas, como é o caso da altura da Quaresma, por representar a morte e ressurreição de Jesus.

OUTRAS FIGURAS RELIGIOSAS PODEM SER UMA REALIDADE FUTURA O director do Museu

Municipal de Faro afirma que para já não estão abrangidos es-

REGIMENTO DE INFANTARIA Nº 1

CASA DO POVO DE SANTO ESTEVÃO

A Primavera celebra-se às sextas com música

Tavira recebe Juramento de Bandeira 21 anos depois A CERIMÓNIA DE JURAMENTO DE BANDEIRA do 2º Curso de

Formação Geral Comum de Praças, do Exército de 2016, realizou-se no passado dia 9, na Praça da República de Tavira. A cerimónia, que não decorria em Tavira desde 1995, marcou o final da fase inicial de instrução militar, ministrada na sede do Regimento de Infantaria nº 1 em Beja. O evento foi presidido pelo comandante da Brigada e Re-

acção Rápida, major-general Carlos Alberto Grincho Cardoso Perestrelo e contou com a presença do presidente da Câmara de Tavira, entre outras entidades civis, militares e religiosas da região do Algarve. A Cerimónia de Juramento de Bandeira e o ministrar de parte da instrução em Tavira materializam um reconhecimento dos antigos e fortes laços que unem a instituição militar a Beja e ao Algarve.

tes exames a outras figuras religiosas, mas diz que este tipo de análise a arte sacra poderá vir a ser uma realidade futura no parâmetro algarvio.

Neste momento, o grande objectivo do Museu é “abrir a porta a outras matérias ligadas ao conhecimento e ao estudo do património”. Os custos dos exames ainda não estão estimados mas serão “contabilizados ou previstos em publicações, exposições e outras iniciativas que venham a resultar do trabalho de investigação que agora começa a ser feito”, esclareceu o impulsionador do projecto. Esta análise às figuras de Cristo morto demora cerca de 45 segundos e a radiação utilizada não danifica as peças. O projecto pretende analisar os 40 Cristos mortos que existem no Algarve. A técnica da radiografia, no geral, tem a capacidade de atravessar superfícies opacas. Esta competência permite ver o interior, tanto de pessoas como de objectos, dependendo da sua densidade. Com esta ferramenta é possível detectar danos internos e composições estruturais que, no caso da arte sacra, permite analisar as peças sem causar estragos no seu exterior.

d.r.

ÔÔ Os militares em parada na Praça da República

“ S E X TA S DA P R I M AV E RA” é um ciclo de música or-

ganizado pela Casa do Povo de Santo Estevão, Tavira, composto por quatro concertos, entre Abril e Junho, sempre às sextas-feiras, pelas 22 horas. Assim, no próximo dia 6 de Maio vai ter lugar um concerto com Norberto Lobo, seguindo-se, a 6 de Junho, a actuação de B Fachada, e a 3 de Junho Benjamim encerra o ciclo que teve início com um concerto de Lula Pena no passado dia 15. A iniciativa tem como ob-

jectivo, por um lado, dar continuidade à programação que se tem vindo a apresentar e pelo outro levar até ao barrocal do concelho de Tavira, numa perspectiva de descentralização, o combate à exclusão social e à desertificação e envelhecimento, que este território tem sofrido, refere a Casa do Povo em nota de imprensa. O evento conta com o apoio do Município de Tavira, da Direcção Regional da Cultura do Algarve e da Freguesia de Luz de Tavira e Santo Estevão.


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olhão

Albufeira garante aulas de natação adaptada pág. 13

Câmara apoia alunos com 34 mil euros

EXPOSIÇÃO

Sporting Clube Olhanense celebra 104 anos d.r.

Política social de apoio à educação visa minorar encargos com a escola nas famílias economicamente mais débeis PROSSEGUINDO A POLÍTICA de

aposta no apoio ao ensino público no concelho, a Câmara de Olhão assinou, no final da semana passada, um conjunto de acordos de cooperação com todos os agrupamentos de escolas do concelho para o ano lectivo 2015/2016, no âmbito da Acção Social Escolar. Estes apoios, que ascendem a mais de 34 mil euros, serão repartidos pelas crianças abrangidas pelos escalões A e B. Estas medidas vão apoiar mais de 1.100 alunos do 1º ciclo do ensino básico e 27 salas do ensino pré-escolar de Olhão.

IMPLEMENTADAS MEDIDAS DE APOIO A ALUNOS COM DIFICULDADES ECONÓMICAS Os

protocolos têm como objectivo a comparticipação da implementação de medidas de apoio socioeducativo aos alunos do 1º ciclo do ensino básico pertencentes aos agregados familiares mais carenciados, designadamente com

d.r.

a aquisição de material escolar e de apoio às actividades complementares no âmbito do projecto educativo de cada agrupamento. Vão também ser apoiados financeiramente os estabelecimentos do pré-escolar na aquisição de material didáctico e pedagógico.

ÔÔ Exposição dá a conhecer a história do clube olhanense

A ESTES ACORDOS JUNTA-SE A OFERTA DOS MANUAIS ESCOLARES A TODOS OS ALUNOS DO 1º CICLO Após a cerimónia de

assinatura destes protocolos, o presidente da autarquia, António Miguel Pina, adiantou estar “a financiar, neste ano lectivo de 2015/2016, os alunos do pré-escolar e do 1º ciclo mais carenciados do concelho, com 26 euros por cada aluno do escalão A, 13 euros por cada aluno do escalão B e 365 euros por cada sala do pré-escolar”. “Gostaria de sublinhar que este esforço financeiro representa o dobro daquilo a que qualquer Câmara Municipal

ÔÔ António Miguel Pina reforça a aposta na educação se encontra obrigada por lei, mas é um esforço que fazemos em Olhão com todo o gosto, em prol de um ensino público com cada vez mais qualidade e da formação das gerações vindouras”, acrescentou o presidente. A estes acordos de coo-

peração acresce também a medida da autarquia que tem vindo a ser implementada nos últimos anos lectivos, de oferta dos manuais escolares a todos os alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico das escolas públicas do concelho.

O ARQUIVO MUNICIPAL António Rosa Mendes, em Olhão, associa-se ao Sporting Clube Olhanense (SCO) na comemoração do seu 104º aniversário, através de uma exposição conjunta que visa criar uma simbiose entre espólios que se complementam, e cuja apresentação ao público surge agora pela primeira vez. A inauguração aconteceu no passado sábado nos três locais da mostra e estará patente até ao próximo dia 29. A investigação levada a cabo por sócios e amantes do SCO veio confirmar a importância do fundo documental, à guarda do Arquivo Municipal, e despertar o interesse em eventuais parcerias, objectivando a grandiosidade do clube e a riqueza dos espólios. Surge agora, integrada nas comemorações do 104º aniversário do mesmo, a exposição que visa

enaltecer marcos da história do SCO, composta por peças pertencentes ao espólio museológico do clube e por documentos que produziu desde a sua fundação. O propósito desta mostra é, em simultâneo, traçar uma linha condutora da própria história, através da criação de um roteiro expositivo, que perpassa por quatro locais diferentes da cidade, dando a conhecer três fases diferentes da prestação do SCO. Desde a casa na Rua Almirante Reis, onde foi redigida a Acta de Fundação do Clube, ao Arquivo Municipal de Olhão, passando pelo hall de entrada do edifício sede do Município e pela Sala de Troféus do Estádio José Arcanjo, propõe-se uma leitura acrescentada, a cada passo do roteiro expositivo, que culminará com uma visão totalitária da história do clube olhanense.

INTERVENÇÕES DE REPAVIMENTAÇÃO E BENEFICIAÇÃO CUSTAM 600 MIL EUROS

Rede viária de Quelfes vai ser renovada A REDE VIÁRIA DE QUELFES vai ser alvo de intervenções de repavimentação e beneficiação profundas no valor de cerca de 600 mil euros. Algumas obras já começaram e foi recentemente assinado o contrato de adjudicação de mais uma empreitada. Ambas são da responsabilidade da empresa António & Jorge Almeida – Construções S.A.. No caso do troço do Caminho Municipal 516-3, compreendido entre Olhão, Brancanes e Poço Longo, os trabalhos de beneficiação já

tiveram início e contemplam, para além da repavimentação de uma faixa de rodagem de cinco metros em toda a extensão intervencionada, a criação de valetas marginais à via sempre que seja possível, para além da reformulação das passagens hidráulicas existentes, assim como a criação de novas passagens em locais que se considere necessário. Os trabalhos estão orçados em 300 mil euros e estarão concluídos em 90 dias. Uma outra “vaga” de in-

tervenções começará também em breve, no Caminho do “Buraco”, no Caminho da “Ponte Velha de Quelfes”, no Caminho do “Europontal/Espanha” e na travessia de Quelfes da Estrada Nacional 398.

EXECUÇÃO EM 150 DIAS E CUSTOS DE CERCA DE 300 MIL EUROS Com um prazo de execu-

ção de 150 dias e um custo de 300 mil euros, a empreitada contempla a repavimentação de toda a extensão intervencionada, para além da respectiva criação de valetas

d.r.

e reformulação e criação de passagens hidráulicas. Segundo explica a autarquia olhanense em nota de imprensa, “em algumas zonas, a via será alargada e as calçadas pavimentadas. No Caminho da ‘Ponte Velha de Quelfes’, será construída uma conduta de abastecimento de águas, em substituição da existente”. Com estas intervenções, e de acordo com o presidente da Câmara de Olhão, António Miguel Pina, “a freguesia de Quelfes verá uma parte substancial da sua rede

ÔÔ Autarca de Olhão considera as intervenções em Quelfes prioritárias viária completamente renovada. Trata-se de empreitadas prioritárias, no entender deste executivo, uma vez que dotarão estas artérias de condições de circulação muito

mais seguras, quer para os automóveis, quer para os próprios peões, sem esquecer, naturalmente, os benefícios que vão também ser feitos ao nível das infra-estruturas”.


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são brás loulé

Rua de Santo António, n.º 68 - 5º Esq. 8000 - 283 Faro Telef.: 289 820 850 | Fax: 289 878 342 dbf@advogados.com.pt | www.advogados.com.pt

Cine-Teatro Louletano cria cartão com descontos O cartão dá direito a um desconto de 40% no acesso aos espectáculos organizados pela Câmara de Loulé ricardo claro

Mónica Monteiro / Ricardo Claro monicam.postal@gmail.com

O CINE-TEATRO LOULETANO lançou o “Cartão de Amigo”, que já está disponível para aquisição desde a passada quinta-feira, dia 21. “Criar novos laços e uma maior fidelização com o nosso público é o grande objectivo desta nova ferramenta”, explicou ao POSTAL Dália Paulo, directora da Divisão de Cultura e Património da Câmara de Loulé. No âmbito da política cultural da Câmara de Loulé e, assim, de uma declarada aposta estratégica nessa área, a criação do “Cartão de Amigo” do Cine-Teatro Louletano pretende, por um lado, facilitar e incrementar um maior envolvimento e adesão de novos públicos aos eventos inseridos na sua programação regular e, por outro, reconhecer e valorizar a maior regularidade e fidelidade de

todos os que já frequentam as actividades desenvolvidas por aquele equipamento cultural.

O OBJECTIVO DO NOVO CARTÃO O objectivo é, segundo a

responsável autárquica pela cultura louletana, “levar cada vez mais público às salas e fazer com que os espetáculos

ÔÔ Dália Paulo junto ao Cine-Teatro Louletano e o protótipo do cartão de amigo do equipamento cultural cheguem a mais pessoas”. “O cartão de visita de Loulé, em termos de salas de espetáculos, é o Cine-Teatro e como tal pareceu-nos interessante começar a criar aqui uma relação diferente com os nossos públicos”, acrescenta.

Dália Paulo afirmou ainda que o cine-teatro percebeu “que às vezes as famílias não vão aos espetáculos por questões económicas e assim têm aqui uma vantagem de que podem usufruir”. O “Cartão de Amigo” do Ci-

ne-Teatro Louletano é pessoal e intransmissível, e é adquirido mediante o pagamento de uma anuidade, corresponde ao ano civil, que, em 2016, tem um custo promocional de lançamento de nove euros, passando para um valor anual fixo de 12

euros a partir de 2017. O cartão é físico, e “semelhante a um cartão multibanco. Terá a fachada do Cine-Teatro, numa face, e na outra terá o nome e o número de sócio gravados com um espaço para as vinhetas anuais”, adiantou Dália Paulo ao POSTAL. A nível de benefícios, o cartão dá direito a um desconto de 40% no acesso aos espectáculos organizados ou co-organizados pela Câmara de Loulé, realizados no cine-teatro. Ao longo do ano serão também dados “mimos” ao “amigos”, refere a responsável. “Ensaios abertos com os artistas convidados e almoçar ou jantar com um artista, são alguns dos exemplos”. O desconto de 40% não está abrangido a eventos cujo valor normal de ingresso seja, à partida, igual ou inferior a cinco euros, bem como os concertos inseridos no ciclo “Loulé Clássico”.

CÂMARA DESTIN0U 600 MIL EUROS PARA FINANCIAR PROJECTOS ESCOLHIDOS PELOS MUNÍCIPES

Orçamento Participativo de Loulé arranca em Maio A TERCEIRA EDIÇÃO DO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO DO MUNICÍPIO DE LOULÉ vai decorrer

entre 4 e 31 de Maio, projecto que tem como slogan “No nosso Concelho, todos contam. Participe!”. À semelhança dos anos anteriores, o Orçamento Participativo 2016, na sua fase de apresentação e recolha de propostas, vai decorrer através de 11 sessões/assembleias participativas pelas freguesias do concelho, com a seguinte calendarização, sempre às 21 horas, excepto no Ameixial que será às 15: Querença, dia 4 de Maio, Casa do Povo; Tôr, 11, Sociedade Recreativa Torense; Benafim, 13, Sport Clube de Be-

nafim; Alte, 16, Casa do Povo; S. Sebastião, 18, Sociedade Recreativa do Parragil; Quarteira, 19, Centro Autárquico; Ameixial, 21, Junta de Freguesia; Almancil, 23, Escola EB2,3 Almancil; Salir, 25, Salão da Junta de Freguesia; S. Clemente, 27, Sala da Assembleia Municipal de Loulé; e Boliqueime, 31, Escola EBI. Nesta terceira edição do Orçamento Participativo, a verba disponível para projectos de investimento propostos por parte dos cidadãos e munícipes será a mesma do que na edição de 2015, ou seja, 600 mil euros. Em cada uma das 11 sessões/ assembleias participativas apenas podem ser apresentadas

propostas de investimento relativas à área territorial das freguesias ou localidades em questão.

PROPOSTAS RECOLHIDAS SERÃO OBJECTO DE ANÁLISE Após este

período, as propostas recolhidas serão objecto de uma análise técnica com vista a definir as 33 propostas finais que serão colocadas à votação por parte da população. “Numa fase em que a maioria dos projectos mais votados na edição de 2014 estão concluídos, e os de 2015, em fase de início do seu ciclo de execução, é aposta do executivo camarário continuar o processo de consolidação do projecto

do Orçamento Participativo no Município de Loulé”, explica a autarquia de Loulé em nota de imprensa. De salientar que o Orçamento Participativo é, em grande medida, um instrumento de participação dos cidadãos na gestão da Câmara de Loulé, que tem como objectivo principal contribuir para uma participação informada, activa e responsável por parte dos munícipes nos processos de governança municipal. Mais informações disponíveis em www.cm-loule.pt, www.facebook.com/oploule, através do email: op@cm-loule. pt ou do telefone 289 400 829.

d.r.

ÔÔ Louletanos podem decidir sobre investimentos no concelho


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albufeira

Rota do Petisco vai dar água na boca a Lagos e Aljezur pág. 15

Albufeira garante aulas de natação adaptada

PME LÍDER E PME EXCELÊNCIA

Câmara distingue empresas do concelho d.r.

Jovens com necessidades especiais vão estar em contacto com a água d.r.

O MUNICÍPIO DE ALBUFEIRA ,

o Futebol Clube de Ferreiras e o Agrupamento de Escolas de Ferreiras firmaram recentemente um protocolo de colaboração com o objectivo de criar uma turma de natação adaptada, nas Piscinas Municipais, dirigida aos alunos com necessidades especiais. Assim, duas vezes por semana, este grupo de 20 jovens, com idades compreendidas entre os 6 e os 14 anos, tem a oportunidade de ter contacto com a água, quer através de aulas de adaptação ao meio aquático, quer de natação adaptada. Os alunos frequentam os estabelecimentos de ensino EB1 de Paderne, EB 1 de Ferreiras e EB 2, 3 Professora Diamantina Negrão e têm em comum o facto de possuírem limitações significativas que os obrigam a ter um currículo específico adaptado às suas necessidades educativas especiais. “Estas aulas estão integradas no plano educativo de cada aluno com o intuito de ajudá-los a desenvolver a sua autonomia, interacção social, comunicação, entre muitas outras competências”, explica Maria Manuel Genelioux, profes-

ÔÔ Cerimónia decorreu no Zoomarine, uma das PME Excelência

O MUNICÍPIO DE ALBUFEIRA

ÔÔ Aulas vão ajudar os jovens a desenvolver a sua autonomia, entre outras competências sora responsável pelo projecto.

CÂMARA DE ALBUFEIRA CEDE A UTILIZAÇÃO DAS PISCINAS MUNICIPAIS E FACULTA O TRANSPORTE DOS ALUNOS As aulas

são dadas por Paulo Sousa, licenciado em Educação Física com especialidade de Natação e Treinador de Desporto para Deficientes, que, desde 2015, integra a equipa de Natação do Futebol Clube de Ferreiras. “Pretendemos proporcionar aos jovens com necessidades educativas especiais a possibi-

Assine o

lidade de terem contacto com a natação, ensiná-los a nadar e oferecer-lhes uma actividade complementar ao currículo escolar”, salienta António Colaço, presidente do Futebol Clube de Ferreiras. O dirigente destaca o envolvimento de Sónia Demétrio, responsável pela modalidade de Natação do clube e líder deste projecto, e também da Associação de Solidariedade com as Crianças Carenciadas do Algarve (ACCA) e do Laranjal Golf Quinta do Lago, parceiros do Futebol Clube de Ferreiras

na área da Natação Adaptada. A Câmara de Albufeira apoia o projecto através da cedência da utilização das Piscinas Municipais e do transporte dos alunos. “Numa sociedade que se pretende justa e desenvolvida, queremos que estes jovens tenham um tratamento que, sendo diferenciado, promove a igualdade de todos”, defende Carlos Silva e Sousa, garantindo que a autarquia irá dar continuidade ao programa que “dignifica Albufeira e os albufeirenses”.

distinguiu 35 empresas do concelho com os estatutos PME Líder e PME Excelência, numa cerimónia realizada na passada quinta-feira no parque temático Zoomarine. O Estatuto PME Líder é atribuído pelo IAPMEI e pelo Turismo de Portugal, com vista a premiar as empresas que apresentem os melhores indicadores económico-financeiros e as melhores práticas de gestão. A partir do grupo das PME Líder que possuam os melhores desempenhos são seleccionadas as empresas com o Estatuto PME Excelência, o que resulta para estas últimas condições acrescidas de visibilidade. Durante a cerimónia, que decorreu no parque temático Zoomarine - uma das PME Excelência homenageadas - Carlos Silva e Sousa confessou sentir-se orgulhoso enquanto autarca com estas distinções, que simbolizam o esforço diário que as

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POSTAL DO ALGARVE - Rua Dr. Silvestre Falcão, nº 13 C, 8800-412 Tavira

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empresas locais fazem para se tornarem melhores. “A excelência é algo necessário num mundo cada vez mais competitivo. Albufeira é um concelho líder e de excelência que tem a responsabilidade de corresponder mais e melhor a esses padrões elevados de profissionalismo”. O presidente da Câmara salientou ainda que “este reconhecimento é extremamente motivador para as empresas num mercado cada vez mais concorrencial e serve também como incentivo para que ofereçam serviços de melhor qualidade a quem nos visita”. Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, afirmou sentir-se feliz com os resultados obtidos. De um total de 447 projectos Líder e 169 Excelência em todo o país, 268 empresas são da região algarvia. “O mais importante foi que a globalidade destes projectos apresentou um resultado 36% superior ao ano passado”, salientou.

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lagoa silves monchique

ETAR de Faro/Olhão já foi adjudicada pág. 16

Vinho de Tavira conquista Concurso de Vinhos do Algarve Evento organizado pela Comissão Vitivinícola do Algarve premeia os melhores vinhos algarvios Ivo Neves / Ricardo Claro ivoneves.postal@gmail.com

O VINHO TINTO “AL-RIA RESERVA” de 2014, da Casa Santos

Lima, de Tavira, foi premiado como o melhor da região, no IX Concurso de Vinhos do Algarve, que decorreu em Lagoa. Os vinhos rosé de 2015 “Alvor Mitto”, da Quinta do Morgado da Torre, de Portimão, e o tinto de 2012 “Marquês dos Vales DUO Petit Verdot & Touriga Nacional”, da Quinta dos Vales, de Lagoa, receberam a “Medalha de Ouro”, segunda melhor classificação do concurso. “Esta edição esteve dentro das expectativas e os objectivos foram plenamente atingidos”, disse Carlos Gracias, presidente da Comissão Vitivinícola do Algarve. Em dia de concurso, o POSTAL esteve presente numa tour, com elementos do júri e especialistas na área da vinicultura, onde co-

d.r.

nheceu três quintas algarvias que têm contribuído para o desenvolvimento do vinho na região.

QUINTA DO FRANCÊS - DE BORDÉUS A SILVES Situada nas

colinas de Silves, a Quinta do Francês proporcionou-nos uma visita guiada por Fátima Santos, esposa de Patrick Agostini, o proprietário. Patrick nasceu em França, veio para Portugal há 18 anos e rapidamente se apaixonou pelo terreno xistoso do vale do rio Odelouca, ideal para produzir vinho. Plantou as vinhas em 2002, concluiu a construção da adega em 2008 e no ano seguinte colocou-se no mercado. Com oito hectares de vinha, e mais um em desenvolvimento, a Quinta do Francês produz, por ano, cerca de 35 mil litros de vinho. Fátima Santos admite aumentar a produção, mas diz ser algo que “depende dos consumidores”. “Os algarvios bebem

apenas com castas portuguesas, em terrenos de argila e calcário, levam à produção de cerca de 40 mil quilos de uva por ano. Vinte por cento da produção dos Vinhos Cabrita é para exportação e José Manuel Cabrita refere que “um dos objectivos é ganhar nome lá fora, porque o mercado internacional é um cliente fiel”.

ADEGA DO CANTOR - CEM MIL GARRAFAS NUM ANO Mais a

ÔÔ A prova dos vinhos teve lugar no Convento de São José em Lagoa pouco vinho do Algarve, porque é caro”, lamenta.

VINHOS CABRITA - 40 TONELADAS DE UVA PORTUGUESA “Não

inventamos. Nós fazemos o

que o Algarve tem para nos dar”. Foi desta forma que Joana Maçanita, enóloga dos Vinhos Cabrita, apresentou o trabalho que José Manuel Cabrita tem feito na Quinta da Vinha, no Sí-

tio da Vala, em Silves. “Este é um sítio ideal. Trinta graus no Verão, não chove muito, tem as condições ideais para a produção de vinho”, diz a enóloga. Mais de seis hectares de vinha,

Este no território algarvio, fomos até à Adega do Cantor, na Guia, em Albufeira, onde nos esperava o enólogo Ruben Pinto. Construída para produzir vinho de três Quintas - Quinta do Moinho, Quinta do Miradouro e Quinta do Vale do Sobreiro -, a Adega do Cantor vende cerca de 100 mil garrafas por ano. Os prémios para os vencedores serão entregues em cerimónia posterior, por ocasião da Fatacil 2016, em Agosto.

CANTO CORAL PERCORRE O CONCELHO

Coro Atlântico Juvenil abre Semana Coral de Lagoa em Maio d.r.

LAGOA RECEBE, ENTRE 8 E 15 DE MAIO, a 18ª edição da Se-

mana Coral, que este ano conta com a participação do Coro Atlântico Juvenil (Sines), Grupo Coral Tavira, Grupo Coral de Quarteira, Grupo Coral Adágio (Portimão) e Grupo Coral Ideias do Levante e com o apoio de entidades públicas e privadas. No dia 8, pelas 17 horas, terá lugar o Concerto de Abertura, na Igreja Matriz de Ferragudo, com o Coro Atlântico Juvenil. No mesmo dia e no mesmo espaço, pelas 15 horas, haverá um

ÔÔ O Grupo Coral Ideias do Levante, um dos participantes

Workshop de Canto Coral para crianças e jovens, maiores de seis anos, orientado por Fernando Malão. No dia 11, pelas 20.30 horas, o Coral Ideias do Levante realizará um ensaio aberto no Centro de Estudos e Formação de Lagoa (CEFLA). No dia 15, pelas 17 horas, os Grupos Corais de Tavira, Quarteira, Adágio e da Ideias do Levante encerrarão a XVIII Semana Coral de Lagoa, no Auditório Municipal, culminando o espectáculo com a interpretação, em conjunto, dos quatro coros.

UM EVENTO DE REFERÊNCIA NA REGIÃO A Semana Coral de

Lagoa “é já uma referência no panorama dos festivais de Canto Coral do Algarve que, em cada ano, quer ir mais longe, quer trazer novidades, quer ousar voar mais alto”, refere a autarquia de Lagoa em nota de imprensa. Segundo o mentor do projecto inicial, José Carlos Bago d’Uva, “é um encontro aberto à partilha de vivências musicais e de inesquecíveis momentos de convívio, a ocasião anual em que o concelho de Lagoa faz

soar ‘a 4 vozes” o (en)/canto da polifonia vocal, por terras “do Levante’”. Todos os concertos e o workshop são recomendados para maiores de seis anos, limitados à lotação existente e têm entrada gratuita. Trata-se de uma iniciativa organizada conjuntamente pela Câmara de Lagoa e pela associação Ideias do Levante. Mais informações sobre o evento em www.semanacoral.net ou pelo número 282 38 0434 (Convento de S. José, Lagoa).


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lagos vila do bispo aljezur

Farense viaja mais de 40 dias de mota para ajudar famílias no Nepal pág. 18

Rota do Petisco vai dar água na boca a Lagos e Aljezur Maio promete com cardápio de fazer inveja aos melhores comensais DE 1 A 29 DE MAIO a Rota do

Petisco transforma os concelhos de Lagos e Aljezur nas capitais do petisco, com um vasto cardápio de propostas de fazer crescer água na boca, naquela que é uma saída do evento do seu espaço inicial, Portimão. Um cardápio vasto de coisas boas para apelar aos sentidos é o principal atractivo da Rota do Petisco que começa já em Maio. A sexta edição da Rota do Petisco de 2016 inicia-se este ano já no próximo dia 1 de Maio nos concelhos de Lagos e Aljezur. Em Junho passa por Lagoa, Silves e Monchique, terminando em Portimão no mês de Setembro. Nesta sexta edição, o modelo de funcionamento da Rota do Petisco mantém-se, a ideia é pe-

gar no passaporte e percorrer os vários estabelecimentos aderentes ao evento, os quais apresentam a sua ementa da Rota. Um petisco, sempre acompanhado de uma bebida, tem o preço unitário de três euros e um doce regional, acompanhado de um licor, custará dois euros. Tal como aconteceu no ano passado, o Passaporte da Rota do Petisco volta a ser solidário, revertendo o custo de um euro na sua aquisição, exclusivamente para o apoio a sete projectos sociais promovidos por instituições locais e pode ser adquirido em qualquer estabelecimento aderente. A partir daqui basta escolher, deliciar-se e coleccionar carimbos por cada petisco consumido,

d.r.

ÔÔ A Rota do Petisco tem também uma vertente solidária para ajudar projectos sociais

CONCLUSÃO PREVISTA APARA 30 DE JUNHO

PARTICIPARAM QUATRO CAMPEÕES DO MUNDO

Construção da rotunda do Chinicato avança a bom ritmo

Vila do Bispo foi palco da Gala Internacional de Acordeão d.r.

OS TRABALHOS DE CONSTRUÇÃO DA ROTUNDA DO CHINICATO já foram iniciados, preven-

do-se a sua conclusão para 30 de Junho. A empreitada está a ser levada a efeito pela Rodovias do Algarve Litoral, ACE, empreiteiro responsável pelas intervenções que integram a Subconcessão do Algarve Litoral. “Uma vez que a conclusão das obras em questão está prevista já muito próximo do período de maior afluência de visitantes a Lagos, época do Verão, o que se traduzirá numa evidente perturbação da circulação numa zona que é de acesso privilegiado para a cidade”, a autarquia está a fazer “todos os esforços para garantir que, da sua parte, todo o acompanhamento é dado a fim de que o prazo apresentado possa ser reduzido ou, no limite, seja efec-

podendo ganhar um brinde de participação ou habilitar-se a muitos prémios a sortear. A primeira etapa da Rota do Petisco, em Maio, conta com 58 estabelecimentos aderentes e a oferta é melhor que nunca, com propostas como ceviche de frutos do mar, cavala braseada com salada algarvia e um shot de gaspacho, croquetes de sardinha, tártaro de atum, ensopado de pata roxa ou bolinhas de alheira, entre dezenas de outros. Para seguir todas as novidades, e não perder um petisco, poderá seguir a página da Rota do Petisco no facebook. Até lá, o melhor será ir-se preparando que a petiscaria está quase a começar.

d.r.

ÔÔ Plateia contou com uma assistência de cerca de quatrocentas pessoas

ÔÔ Câmara de Lagos alerta para perturbações na circulação rodoviária tivamente garantido”, explica em nota de imprensa enviada à nossa redacção. A Câmara de Lagos solicita neste sentido “a compreensão de todos durante o desenvolvimento destes

trabalhos, alertando os condutores para esta situação, de forma a que se possa evitar maiores constrangimentos e garantir uma circulação do trânsito em condições de segurança”.

OS MAIS CONCEITUADOS ACORDEONISTAS INTERNACIONAIS E NACIONAIS encan-

taram no passado domingo uma plateia de cerca de 400 pessoas, na XXV Gala Internacional de Acordeão que decorreu no Salão de Festas da Sociedade Recreativa de Barão de São Miguel. A iniciativa contou com a actuação de quatro cam-

peões do mundo: Pietro Adragna (Italia), Julien Gonzales e Eric Bouvelle (França) e Maric Petar (Sérvia) enquanto que a nível nacional contou também com a actuação de quatro acordeonistas: Rodrigo Maurício, Jorge Alves, Pedro Gonçalves e Francisco Saboia. Tratou-se de mais uma ini-

ciativa promovida pela Câmara de Vila do Bispo, que à semelhança das galas anteriores apresentou os maiores nomes do mundo na arte de tocar acordeão, onde a população teve a possibilidade da contactar com as sonoridades de um dos instrumentos mais característicos e tradicionais da cultura musical algarvia, o acordeão.


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região

MUNICÍPIO DE FARO

Investimento de quase 14 milhões de euros ricardo claro

PROJETO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DOS HORARIOS DE FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NO MUNICÍPIO DE FARO Rogério Bacalhau Coelho, Presidente da Câmara Municipal de Faro, TORNA PUBLICO que o projeto de regulamento referido em titulo, foi aprovado em reunião de Câmara realizada no dia 21/03/2016.

Em reunião de 21 de março de 2016, da Câmara Municipal, foi aprovado projeto de Regulamento Municipal dos Horários de Funcionamento dos Estabelecimentos Comerciais e de Prestação de Serviços.

Assim, nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos n.ºs 100º e 101º do Código de Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-lei n.º 4/2015, de 7 de janeiro, submete-se o presente projeto de regulamento a consulta pública, para recolha de sugestões, por um prazo de trinta dias, contados a partir da data da presente publicação.

Após aprovação, o projeto foi submetido, nos termos do artigo .101.º do Código do Procedimento Administrativo, a consulta pública, para recolha de sugestões, através da sua publicação em edital e publicitação no site da autarquia.

Para constar e legais efeitos se lavrou o presente edital e outros de igual teor, os quais vão ser afixados nos lugares públicos do estilo. Paços do Município, 22 de março de 2016 O Presidente da Câmara Municipal, Rogério Bacalhau Coelho

PROJETO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DOS HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NO MUNICIPIO DE FARO

ÔÔ Momento da assinatura do contrato de adjudicação entre as várias entidades envolvidas

A NOVA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS (ETAR) de Faro/Olhão foi adjudicada em Faro, na sexta-feira da passada semana, com a assinatura do contrato entre a Águas do Algarve e o consórcio empreiteiro que executará a obra, constituído pelas empresas Oliveiras, S.A. (Portugal) e Acciona (Espanha). A assinatura do contrato de adjudicação decorreu na sede da Águas do Algarve com a presença de Joaquim Peres, o novo presidente, e Isabel Soares pela Águas do Algarve, dos responsáveis pelo consórcio e, ainda, dos autarcas de Faro, Rogério Bacalhau; Olhão, António Miguel Pina; e de São Brás de Alportel, Vítor Guerreiro. O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins de visita ao Algarve também marcou presença.

13,9 MILHÕES DE EUROS DE INVESTIMENTO São 13,9 milhões

de euros de investimento numa das maiores instalações do género na região a par da ETAR da Companheira em Portimão, cuja primeira pedra da obra foi recentemente lançada, como o POSTAL noticiou.

A ETAR de Faro/Olhão nascerá a cerca de três quilómetros a oeste da capital da região, na zona da actual ETAR de Faro Nascente que será desactivada quando a nova infra-estrutura entrar em funcionamento, acontecendo o mesmo à ETAR de Olhão Poente. A ETAR tratará os esgotos da União das Freguesias de Faro (Sé e São Pedro), União de Freguesias de Conceição e Estoi (Faro), da vila de São Brás de Alportel e de Olhão (cidade) e freguesias olhanenses de Pechão e Quelfes. Com esta obra fecha-se o ciclo de investimentos em ETARs em Faro, iniciado com a ETAR de Faro Poente já em funcionamento junto ao aeroporto. O equipamento será, dados os avanços tecnológicos, bem mais pequeno em área do que a actual ETAR de Faro Nascente, que funciona em sistema de lagunagem, e a sua instalação vai levar à remoção de equipamentos e lamas existentes actualmente no local, com estas últimas a serem tratadas e depositadas em aterro adequado para o efeito. Com o encerramento da

ETAR de Olhão Poente, os esgotos que ali afluem passarão a ser transferidos por um adutor para a nova estrutura de tratamento de águas residuais junto à cidade de Faro.

CENTO E DEZ MIL HABITANTES SERVIDOS Os esgotos de cerca

de 110 mil habitantes passarão assim a contar com tratamento de última geração, o que levará a que as águas residuais depois de tratadas possam ser utilizadas, quer para rega de espaços verdes, como para lavagem de ruas e possam mesmo ser utilizadas para rega de áreas agrícolas e afins. Este objectivo é conseguido através de uma linha de tratamento de águas residuais, constituída por pré-tratamento com remoção de grossos, gradados, areias e gorduras, homogeneização e equalização de caudais, seguido de tratamento biológico, filtração de parte do caudal e desinfecção, enquanto a linha de lamas compreende tanque de lamas, espessamento gravítico, desidratação e armazenamento das lamas desidratadas em silos.

Assim: Considerando o disposto no artigo 3º do Decreto-Lei nº 48/96, de 15 de maio, alterado pelos Decretos-Lei nºs 126/96, de 10 de agosto, 216/96, de 20 de novembro, Decreto-Lei nº 111/2010, de 15 de outubro, Decreto-Lei nº 48/2011, de 01de abril, e Decreto-Lei nº 10/2015, de 16 de janeiro, procedeu-se a consulta das entidades representativas dos interesses em causa.

Edital Nº 122/2016

ETAR de Faro/Olhão já foi adjudicada

localizem nas proximidades de prédios destinados a use habitacional, bem como os estabelecimentos de restauração e/ou de bebidas, estabelecimentos de comércio alimentar, lojas de conveniência, ou outros estabelecimentos que desenvolvam atividades análogas. Sendo certo que, a jurisprudência maioritária dos nossos tribunais superiores tem entendido que, em caso de colisão entre um direito de personalidade e um direito que não de personalidade, devem prevalecer, em princípio, os bens ou valores pessoais sobre os bens ou valores patrimoniais.

0 Decreto-Lei n.º 10/2015, de 16 de janeiro, que aprovou o regime jurídico de acesso e exercício de atividades de comercio, serviços e restauração - RJACSR, procedeu a liberalização dos horários de funcionamento dos estabelecimentos comercias, alterando o Decreto-Lei n.º 48/96, de 15 de maio (horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais), passando a considerar-se que os estabelecimentos de venda ao público, de prestação de serviços, de restauração, ou de bebidas, os estabelecimentos de restauração ou de bebidas com espaços para dança ou salas destinadas a dança, ou onde se realizem, de forma acessória, espectáculos de natureza artística e os recintos fixos de espectáculos e de divertimentos públicos não artísticos, tem horário de funcionamento livre. Nos termos do artigo 3º do Decreto-Lei n.º 48/96, de 15 de maio, agora alterado pelo Decreto­Lei n.º 10/2015, de 16 de janeiro, assiste a faculdade as câmaras municipais, de restringirem os períodos de funcionamento, a vigorar em todas as épocas do ano ou apenas em épocas determinadas, em casos devidamente justificados. Assim, por um lado, impõe-se a intervenção do Município, com vista a alteração dos Regulamentos Municipais que disponham sobre a matéria dos horários de funcionamento dos estabelecimentos, adaptando-os as alterações legislativas recentes, por outro, essa alteração regulamentar devera ter já em consideração uma ponderação dos interesses em presença, pugnando por uma solução equilibrada e proporcional. Na verdade, perfilam-se em confronto os direitos de acesso e exercicio a atividade económica e interesses empresariais, e o direito ao sossego e repouso dos moradores, direitos de personalidade, fundamentais, com assento constitucional, que exigem uma solução ponderada. No Município de Faro as zonas de lazer e de atracão turística, bem como grande parte dos estabelecimentos de restauração e bebidas e bares, encontram-se predominantemente concentrados na área urbana, no centro histórico e área envolvente à baixa de Faro, precisamente áreas com alguma densidade populacional na cidade, pelo que, em prol da segurança e qualidade de vida dos munícipes e de forma a garantir a sã convivência de todos os interessados, justifica-se que se estabeleçam restrições ao funcionamento dos estabelecimentos, quer para estas zonas, quer para as demais no restante concelho, consoante a sua especificidade. Para isso, o presente Regulamento cria quatro grupos de estabelecimentos, atribuindo a cada um deles o horário de funcionamento que se considerou ser mais adequado, procurando o equilíbrio entre os vários e legítimos interesses em presença. Mais ainda, tendo em conta, designadamente, razões de protecção da qualidade de vida dos cidadãos, estabelecem-se limites ao funcionamento dos estabelecimentos situados em edifícios de habitação, individual, ou coletiva, ou que se

No use do poder regulamentar conferido as autarquias locais pelo artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa, nos termos do disposto na alínea k), do nº1 do artigo 33º, do Anexo I da Lei nº 75/2013, de 12 de setembro, e ainda do Decreto-Lei nº 48/96, de 15 de maio, alterado pelos Decretos-Lei nºs 126/96, de 10 de agosto, Decreto-Lei nº 216/96, de 20 de novembro, Decreto-Lei nº 111/2010, de 15 de outubro, Decreto-Lei nº 48/2011, de 01de abril, e Decreto-Lei nº 10/2015, de 16 de janeiro, procedeu-se a elaboração do presente Regulamento municipal dos horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços no município de Faro, que a Câmara Municipal propõe a Assembleia Municipal de Faro, nos termos do artigo 25º, nº 1, alínea g) do Anexo I da referida Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.

REGULAMENTO MUNICIPAL DOS HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NO MUNICIPIO DE FARO CAPITULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1º Lei habilitante 0 presente regulamento foi elaborado no use do poder regulamentar conferido às autarquias pelo artigo 241.º da Constituição da Republica Portuguesa, nos termos do disposto na alínea k) do nº 1 do artigo 33.º do Anexo I da Lei n.º 75/2013, wde 12 de setembro, e ainda do Decreto­-Lei nº 48/96, de 15 de maio, alterado pelos Decretos-Lei nºs 126/96, de 10 de agosto, 216/96, de 20 de novembro, 111/2010, de 15 de outubro, 48/2011, de 01de abril, e 10/2015, de 16 de janeiro. Artigo 2 Objeto A fixação dos períodos de abertura e funcionamento dos estabelecimentos de venda ao público e de prestação de serviços situados no Município de Faro rege-se pelo presente Regulamento. Artigo 3º Períodos de encerramento 1 - Durante os períodos de funcionamento fixados no presente Regulamento os estabelecimentos podem encerrar para o almoço e/ou jantar. 2 As disposições constantes deste Regulamento não prejudicam as disposições legais relativas a duração diária e semanal do trabalho, regime de turnos e horários de trabalho, descanso semanal e remunerações devidas, nos termos da legislação laboral e contratos colectivos e individuais de trabalho em vigor. Artigo 4º Mapa de Horário 1- Em cada estabelecimento deve estar afixado o mapa de horário de funcionamento em local bem visível do exterior. 2 - Para os conjuntos de estabelecimentos instalados num único edifício, que pratiquem o mesmo horário de funcionamento, deve ser afixado um mapa de horário de funcionamento em local bem visível do exterior. 3 - A definição do horário de funcionamento de cada estabelecimento ou de conjunto de estabelecimentos instalados no mesmo edifício, as suas alterações e o mapa referido no número anterior não estão sujeitos a qualquer formalidade ou


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procedimento, sem prejuízo de serem ouvidas as entidades representativas dos trabalhadores, nos termos da lei.

portas e janelas devem encontrar-se encerradas. Artigo 7º

Artigo 5º

Horário de funcionamento das esplanadas

Grupos de estabelecimentos

1 - As esplanadas podem funcionar até às 24 horas nos dias úteis e até à 01h00 às sextas, sábados e vésperas de feriado, devendo o mobiliário que as integra ser removido até 30 minutos após o termo do horário de funcionamento.

1 - Para efeitos de fixação dos respetivos períodos de funcionamento e abertura, os estabelecimentos de venda ao público e de prestação de serviços classificam-se em quatro grupos: 1.1 Grupo 1: Estabelecimentos de comércio e de prestação de serviços de venda ao público que não se incluam nos restantes grupos; 1.2 Grupo 2: Estabelecimentos de restauração e bebidas, nomeadamente cafés, cafetarias, cervejarias e similares, casas de chá, leitarias, restaurantes, snack-bars, self services, geladarias, pastelarias e confeitarias. 1.3 Grupo 3: Estabelecimentos de restauração e bebidas com espaço de dança, nomeadamente, bares, clubes noturnos, cabarets, dancings, casas de fado e salas de espectáculos, e outros estabelecimentos análogos que possuam uma área continua acessível ao público inferior a 100 m2. 1.4 Grupo 4: Discotecas, boîtes, clubes de dança, lojas de conveniência ou vending, recintos fixos de espectáculos e de divertimentos públicos não artísticos e padarias com fabrico próprio e venda. 1.5 Grupo 5: Farmácias; hospitais, centros médicos, de enfermagem e clínicos, com internamento; hospitais e clínicas veterinárias com internamento; empreendimentos turísticos; estabelecimentos de alojamento local; lares de idosos; agências funerárias; parques de estacionamento; postos de abastecimento de combustíveis; estabelecimentos situados em estacões e terminais rodoviários, ferroviários, aéreos ou marítimos, bem como em postos de abastecimento de combustíveis de funcionamento permanente. 2- Para aferir qual o grupo a que pertence cada estabelecimento deve ser considerada única e exclusivamente o respetivo CAE. CAPITULO II DO FUNCIONAMENTO Artigo 6º Regime de funcionamento 1- Sem prejuízo do disposto nos números seguintes e no artigo 10.º do presente Regulamento, os estabelecimentos abrangidos pelo presente Regulamento podem adotar períodos de abertura e funcionamento entre as 06 e as 24h de todos os dias da semana. 2 - Os estabelecimentos de venda ao público e de prestação de serviços, consoante o grupo em que estejam incluídos, podem funcionar dentro dos seguintes limites horários: 2.1 Grupo 1: Entre as 06 e as 24 horas, de todos os dias da semana; 2.2 Grupe 2 : Entre as 06 e as 01horas,de todos os dias da semana; 2.3 Grupo 3: Entre as 10 e as 04 horas, todos os dias da semana; 2.4 Grupe 4: Entre as 10 e as 06 horas de todos os dias da semana, à exceção de lojas de conveniência ou vending que podem operar 24 horas com proibição de venda de bebidas alcoólicas no período compreendido entre as 24 horas às 08 horas, nos termos do Decreto-Lei n.º 50/2013, de 16 de abril, alterado pelo Decreto.-Lei n.º 106/2015, de 16 de junho. 2.5 Grupo 5: Podem funcionar com carácter de permanência, 24horas 3 - Nas zonas balneares, em período definido como época balnear, os horários de encerramento são alargados até às 03 horas, para os grupos 1, 2 da seguinte forma, grupo 1e 2 entre as 06 e as 03 horas, de todos os dias da semana. 4 - Os estabelecimentos de lavagem automática de veículos, ainda que em regime de self­service, podem funcionar 24 horas por dia, se situados em zonas não habitacionais ou com use misto comercial/industria. Nos restantes casos, só pode funcionar das 08h as 20 horas.

2 -A câmara municipal de Faro pode alargar ou restringir o limite fixado no numero anterior, preenchidos que sejam os requisitos previstos nos artigos 13º e 14º do presente Regulamento. Artigo 8º Mercados Municipais Os estabelecimentos localizados nos mercados municipais com comunicação direta e autónoma para o exterior podem optar pelo horário de funcionamento do mercado ou pelo horário do grupo a que pertencem. Artigo 9º Estabelecimentos mistos 1 - Os estabelecimentos onde sejam exercidas atividades devidamente autorizadas, a que correspondam horários diferentes, ficam sujeitos a um único horário de funcionamento, em função da actividade dominante.

6 - Não e permitida a instalação de colunas e demais equipamentos de som, no exterior do estabelecimento ou nas respetivas fachadas, assim como de quaisquer emissores, amplificadores e outros aparelhos sonoros que projetem sons para as vias e demais lugares públicos. 7 – Não é permitido aos promotores da exploração dos estabelecimentos a venda de bebidas fornecidas em vasilhame de vidro (garrafa, copo ou outro) para posterior consumo na via pública. 8 - Não é permitida a venda de bebidas para a via pública, salvo pelos dispostos em regulamento especifico no que respeita a estabelecimentos de comércio a retalho não sedentário. 9- Sempre que decorra qualquer atividade ruidosa permanente ou temporária no interior de um estabelecimento, as

autorização de utilização e/ou ao encerramento do estabelecimento.

2 - As entidades consultadas ao abrigo do presente artigo, devem pronunciar-se no prazo de 15 dias, a contar da respetiva notificação.

2- A cassação da autorização de utilização e/ou encerramento do estabelecimento é determinada na decisão de condenação da contraordenação, que vierem a ser proferidas após o trânsito em julgado das três decisões referidas no número anterior.

3 - Considera-se haver concordância daquelas entidades com a proposta de alargamento do horário, se a respetiva pronúncia não for recebida dentro do prazo fixado no número anterior. 4- 0 alargamento dos horários terá em conta os interesses dos consumidores, as necessidades comerciais da área do município, as necessidades de oferta turística e novas formas de animação e revitalização da área territorial do Município. 5- Em circunstâncias especificas, nomeadamente em ocasiões festivas, pode o presidente da câmara municipal, ou o vereador com competências delegadas para o efeito, autorizar o alargamento do horário de funcionamento de estabelecimentos, sem previa audição das entidades referidas no artigo 12°, por iniciativa própria ou mediante requerimento escrito apresentado pelos interessados, com pelo menos quinze dias de antecedência, do qual deve constar o período de funcionamento pretendido e os fundamentos dessa pretensão. Artigo 14°

1 –Os estabelecimento, situados em edifícios de habitação, individual ou colectiva, apenas podem adotar o horário de funcionamento entre as 08horas e as 24 horas. 2- A titulo excecional, admite-se a pratica dos horários regularmente fixados no artigo 6º, nº 2, para cada grupo de estabelecimentos, desde que; o explorador do estabelecimento em causa obtenha o prévio consentimento dos ocupantes do edifício habitacional em que se integra o estabelecimento.

2 – A restrição dos horários de funcionamento poderá ainda verificar-se, sempre que o requerente/interessado na restrição, comprove que existe violação da legislação do ruido em vigor, designadamente mediante a apresentação de relatório de medição acústica, elaborado por empresa acreditada.

3 - 0 consentimento dos ocupantes devera constar de declaração escrita assinada pelos próprios, na posse do explorador do estabelecimento, interessado na pratica do regime de horário excecional.

3 - A restrição de horários deverá ser proporcional e equilibrada, atendendo aos motivos determinantes da restrição, aos interesses dos consumidores e das atividades económicas envolvidas.

Artigo 10º Estabelecimentos situados em edifícios de habitação

Artigo 11º

Artigo 15º

Abastecimento e permanência nos estabelecimentos

(Estabelecimentos de caráter não sedentário)

1 - É permitida a abertura, antes ou depois do horário normal de funcionamento, para fins exclusivos e comprovados de abastecimento do estabelecimento.

Aos estabelecimentos de carater não sedentário, nomeadamente as unidades móveis amovíveis localizadas em espaços púbicos ou privados de acesso público, aplicam-se os limites ao horário do seu funcionamento constantes no presente diploma, nomeadamente nos artigos 6º. e 10º., consoante a sua localização provisória e a sua actividade

2- É equiparada ao funcionamento para além do horário a permanência nos estabelecimentos, para além do responsável pela exploração e seus trabalhadores, enquanto realizam trabalhos de limpeza, manutenção e fecho de caixa. 3- Os promotores da exploração dos estabelecimentos apenas podem proceder à deposição de resíduos só1idos urbanos nos recipientes respetivos, devidamente separados para valorização, até 30 min após o encerramento dos estabelecimentos, sempre que estes se encontrem em zonas habitacionais ou nas imediações de zonas habitacionais, CAPITULO Ill DO ALARGAMENTO E DA RESTRIÇÃO Artigo 12º Audição Previa Sem prejuízo do disposto no artigo 10º, relativamente aos estabelecimentos situado em edifícios de habitação ou próximos de habitações, o alargamento e a restrição dos períodos de abertura e funcionamento dos estabelecimentos, previstos no Regulamento, impõe a audição das seguintes entidades: a) Sindicatos; b) Forças de segurança territorialmente competentes; c) Associações de empregadores; d) Associações de consumidores; Artigo 13º Alargamento 1- A câmara municipal pode alargar os limites fixados no artigo 6º do presente Regulamento, a requerimento do proprietário/explorador do estabelecimento, devidamente fundamentado, a vigorar em todas as épocas do ano ou apenas em épocas determinadas, desde que se observem cumulativamente os seguintes requisitos: a) Situarem-se os estabelecimentos em locais em que os interesses de atividades profissionais, designadamente ligadas ao turismo, o justifiquem; b) Não afetem a segurança, a tranquilidade e o repouso dos cidadãos; c) Não desrespeitem as características sócio culturais e ambientais da zona, bem como as condições de circulação e estacionamento. d) Que sejam considerados complementares de atividades que careçam de horários mais alargados, tais como estações

3 – Quando for determinada a cassação da autorização de utilização do estabelecimento, não pode ser concedido ao infractor novo título, durante um período não inferior a seis meses e não superior a um ano, contados da data da cassação e no caso do encerramento do estabelecimento, durante um período não inferior a seis meses e não superior a um ano. 4 – As medidas previstas nos nºs 1, 2 e 3 do presente artigo do regulamenta não têm efeito retroativo, pelo que o período de tempo será contado após a entrada em vigor do presente regulamento. Artigo 19.º Medida da coima A determinação da medida da coima far-se –á em função da gravidade da contraordenação, da culpa, da situação económica do agente e do beneficio económico que retirou da prática da contraordenação.

Restrição 1 -A câmara municipal pode restringir os períodos de funcionamento dos estabelecimentos, a vigorar em todas as épocas do ano, ou apenas em épocas determinadas, em casos devidamente justificados e que se prendam com razões de protecção do interesse público, designadamente, a protecção de valores ambientais, segurança e /ou qualidade de vida dos munícipes.

2 - Considera-se atividade dominante a que ocupa a maior área.

e) Junta de freguesia onde o estabelecimento se situa. 5 - As instalações dos estabelecimentos que prestem serviços de atividade funerária podem estar abertas ao público de forma permanente.

rodoviárias, ferroviárias, aeroportuárias e hospitais desde que não violem a lei geral do ruido.

Capitulo IV FISCALIZAÇÃO E CONTRAORDENAÇÕES Artigo 16º

Capitulo V DISPOSIÇÕES FINAlS Artigo 20.º Medidas Cautelares 1- Sem prejuízo das contraordenações previstas no presente Regulamento e demais legislação aplicável, o incumprimento das regras de funcionamento previstas no capitulo II pode determinar a adoção de uma das seguintes medidas cautelares, nos termos do disposto no artigo 27.º do Regime Geral do Ruido: a) A suspensão da atividade ou no encerramento preventivo do estabelecimento; b) A redução do horário de funcionamento para as 20 horas para estabelecimentos inseridos no 1º e 2º grupos descritos no nº 2 do art.º 6º do presente regulamento; c) A redução do horário de funcionamento para as 01horas para estabelecimentos inseridos nº 3º e 4º grupos descritos no nº 2 do art.o 6º do presente regulamento, 2 -As medidas previstas no n.º 1 do presente artigo tem efeito transitório até resolução dos dispostos na lei geral do ruido, no que respeita aos limites de emissão sonora definidos no memento da calibração e selagem através de limitador-sonoro, bem como as demais necessidades que a lei geral do ruido obrigue. 3 -As medidas cautelares presumem-se decisões urgentes, devendo a entidade competente, sempre que possível, proceder a audiência do interessado concedendo-lhe prazo não inferior a três dias para se pronunciar.

Fiscalização

Artigo 21.º

Compete ao Presidente da Câmara Municipal, em colaboração com as entidades administrativas e policiais, a fiscalização do cumprimento do disposto no presente Regulamento.

Estabelecimentos existentes

Artigo 17.º

Aos estabelecimentos em funcionamento à data da entrada em vigor das presentes normas aplicam-se as regras constantes deste Regulamento.

Contraordenações e coimas

Artigo 22º

1 - 0 funcionamento dos estabelecimentos fora dos horários previstos no presente Regulamento constitui contraordenação, nos termos do Decreto-Lei nº. 48/96, de 15 de maio, alterado pelo Decreto-Lei nº 10/2015, de 16 de janeiro:

Normas supletivas e interpretação

a) A falta da afixação do mapa de horário de funcionamento em local bem visível do exterior a punível com coima de €150,00 a € 450,00, para pessoas singulares, e de € 450,00 a € 1500,00 para pessoas colectivas; b) 0 funcionamento do estabelecimento fora do horário estabelecido nos termos do presente Regulamento, a punível com coima de € 250,00 a € 3740,00, para pessoas singulares, e de € 2500,00 a €25 000,00 para pessoas colectivas. 500,00 a € 25 000,00, para pessoas coletivas. 2 - A violação do disposto no nº. 5 do artigo 6º. é punível com coima de € 150,00 a € 2000,00, para pessoas singulares, e de € 450,00 a € 4000,00 para pessoas colectivas. 3 – A instrução dos processos de contraordenação e a aplicação das coimas e de sanções acessórias competem ao predidente da Câmara 4- As autoridades de fiscalização (GNR, PSP, ASAE e Município) podem determinar o encerramento imediato do estabelecimento que se encontre a laborar fora do horário de funcionamento estabelecido. 5 - A tentativa e a negligência são puníveis. Artigo 18.º

1 - Em tudo o que não estiver previsto no presente Regulamento, aplicar-se-á o disposto no Decreto-Lei n.o 48/96, de 15 de maio, na sua atual redaçao e demais legislação aplicável, com as devidas adaptações. 2 - As duvidas e casos omissos suscitados na aplicação das disposições deste regulamento serão resolvidos pela Câmara Municipal. Artigo 23.º Delegação e subdelegação de competencias 1 -As competências neste Regulamento conferidas à Câmara Municipal podem ser delegadas no seu Presidente, com faculdade de subdelegação nos vereadores. 2 - As competências neste Regulamento cometidas ao Presidente da Câmara Municipal podem ser delegadas nos vereadores, com faculdade de subdelegação nos dirigentes dos serviços municipais. Artigo 24.º Norma Revogatória Com a entrada em vigor do presente Regulamento é revogado de restrição aos Limites dos Horários de funcionamento dos estabelecimentos de venda ao público e de prestação de serviços anterior. Artigo 25.º

Sanções Acessórias

Entrada em vigor

1- Se o titular do estabelecimento/explorador do estabelecimento tiver sido condenado, no período dos três últimos anos, pela prática de três contraordenações relacionadas com o exercício da actividade, o Município procede à cassação da

O presente Regulamento entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicaçãoo nos termos legais. (POSTAL do ALGARVE, nº 1161, de 22 de Abril de 2016)


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região

Farense viaja mais de 40 dias de mota para ajudar famílias no Nepal Artur Brito vai percorrer cerca de 12 mil quilómetros entre Faro e Catmandu, para ajudar a reconstruir a zona afectada pelo sismo de 2015 no país asiático Ivo Neves / Ricardo Claro ivon.postal@gmail.com

SÃO 11.787 OS QUILÓMETROS que separam uma viagem de mota entre Faro e Catmandu, no Nepal. E é precisamente essa distância que o farense Artur Brito vai percorrer, sozinho, a partir do próximo dia 25, para ajudar as famílias afectadas pelo sismo que abalou o país asiático no ano passado. O objectivo passa por angariar fundos para a Associação Obrigado Portugal, que nasceu no Nepal logo após a tragédia, com o intuito de ajudar as vítimas, e que lá se mantém até hoje. “O que me motiva a fazer esta viagem é o facto de poder ajudar a divulgar o que está a ser feito e mostrar às pessoas que também elas podem ajudar, para além de algo que também gosto muito de fazer, que é viajar de mota, fazer

viagens grandes e conhecer o mundo”, disse Artur Brito ao POSTAL. Apesar de ter sofrido uma amputação à perna esquerda devido a um acidente de mota aos 25 anos, viajar neste meio de transporte é a paixão de Artur Brito que, na chegada ao Nepal, irá oferecer à Associação Obrigado Portugal ou a uma família por ela apoiada, a Honda PCX, que possui desde 2011.

A GRANDE VIAGEM SOLIDÁRIA A chegada a Catmandu está prevista para o dia 10 de Junho, depois de mais de 40 dias de viagem e, apesar de ser “uma decisão que ainda está em aberto”, Artur Brito pretende permanecer no Nepal “pelo menos durante 10 a 15 dias”, garante. O voluntário vai atravessar países como Itália, Albânia, Grécia, Turquia e Irão, com duas viagens de ferry pelo caminho, e confessa ao POSTAL

que “as maiores dificuldades vão ser a passagem por alguns países mais complicados, como o Irão, a subida da Índia e também o Nepal, principalmente porque a chegada já será feita na época das monções”. Voluntário há cerca de seis anos em diversas áreas, a maior viagem de mota que o farense já alguma vez fez foi atravessar a Península Ibérica, ao longo de dez dias. Artur Brito conta com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e do Fórum Algarve, onde a mota está em exposição até ao dia da partida, e com a colaboração do Moto Clube Faro, que apresentou um concerto para angariar fundos para a causa. A viagem começa no Forum Algarve e termina no campo de deslocados onde está a Associação Obrigado Portugal, e está marcada para o dia 25 de Abril, precisamente um ano

d.r.

ÔÔ Artur Brito vai oferecer a Honda PCX, que possui desde 2011, à Associação Obrigado Portugal depois do sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter,

que ocorreu a 81 quilómetros a noroeste da capital nepale-

sa e que matou milhares de pessoas. pub

ESCOLA SECUNDÁRIA JOÃO DE DEUS

Alunos apresentam projectos para melhorar concelho de Faro OS ALUNOS DA ESCOLA SECUNDÁRIA JOÃO DE DEUS, em

Faro, apresentaram recentemente trabalhos desenvolvidos no âmbito do Projecto “Nós Propomos! Cidadania e Inovação na Educação Geográfica”. A iniciativa pretendeu ser um estímulo à participação dos jovens no planeamento e ordenamento do concelho e promover uma cidadania activa com a reflexão dos jovens sobre os problemas territoriais do meio local e a respectiva formulação de propostas de alteração das situações identificadas com base nas orientações expressas no Plano Director Municipal (PDM) de Faro. Participaram neste projecto 78 alunos das disciplinas de Geografia e Economia do 11º ano da Escola João de Deus, tendo

sido apresentadas as seguintes 17 propostas ao executivo municipal: “Projecto de Rejuvenescimento urbano”; “Tudo por um novo complexo desportivo”; “O pulmão do Liceu”; “RPPBF (Reabilitar e Preservar o Património da Baixa de Faro)”; “Campos de Aventura”; “Pelo Futuro- Pré-Escolas”; “O parque de campismo da Praia de Faro”; “Casas abandonadas”; “Requalificação das salinas e Cais Neves Pires”; “Restituir a Faro a praia dos estudantes”; “Abandono e super reprodução de animais na cidade de Faro”; Reabilitação urbana”; “Áreas degradadas”; “Saturação das infra-estruturas hospitalares”; “Sem-abrigo”; “Toxicodependência” e “Poluição”. A Câmara de Faro é parceira na dinamização deste projecto desde 2011, em conjunto com

d.r.

ÔÔ Os alunos na apresentação o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa/IGOT, a Esri Portugal e a Escola Secundária do Agrupamento de Escolas João de Deus-Faro. Refira-se que, no passado mês de Novembro, foi assinado um acordo de cooperação entre estas quatro entidades para renovação do compromisso de colaboração no referido Projecto “Nós Propomos”.

Associação Semear Saúde – associação sem fins lucrativos, na qual a sua função é a promoção da saúde, prevenção e apoio a doentes oncológicos e outros, procura voluntários nas seguintes áreas:

Enfermeiro/a Advogado/a Designer Responder ao Email: associacaosemearsaude@gmail.com Para mais informações contactar: 926 485 533 - 918 201 747


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região

ZZZ pág. ##

Luís Gomes volta à carga com taxa turística em Vila Real Câmara quer cobrar até sete euros por estadia à taxa de um euro por noite de dormida ricardo claro/d.r

Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com

DEPOIS DE TER DEIXADO CAIR A APLICAÇÃO DE UMA TAXA TURÍSTICA no concelho em

2012 - já com a mesma aprovada - devido à polémica então gerada em Vila Real de Santo António e na região, o presidente da câmara local, Luís Gomes, volta à carga e aprovou só com os votos do PSD, em Assembleia Municipal, a aplicação deste “imposto” sobre os turistas. “Para entrar em vigor até ao Verão”, diz o autarca, a nova taxa terá um valor máximo de sete euros por pessoa e por estadia à razão de um euro por noite de dormida. O regime jurídico da taxa prevê a isenção para crianças até dez anos de idade e uma redução de 50% para os jovens entre os 11 e os 13 anos.

OPOSIÇ ÃO POLÍTIC A ESTÁ CONTRA. DISCUSSÃO PÚBLICA ESTEVE DESERTA Contra

a implementação votaram na Assembleia Municipal PS, CDU e BE, depois de o regulamento da taxa ter estado em discussão pública “durante 30 dias”, disse ao POSTAL fonte da autarquia, “sem que ninguém participasse da mesma”. O POSTAL sabe que o modelo adoptado em Vila Real de Santo António seguiu de perto o de Lisboa, com quem “a autarquia algarvia debateu o regime implementado para criar o respectivo regulamento local”. Segundo o presidente da Câmara, era benéfico os empresários terem apresentado propostas. “De facto houve um período de consulta pública que ficou deserto de qualquer participação. Não direi que quem cala consente, mas de facto era bom ter havido participações se houvesse propostas alternativas ou qualquer tipo de contestação, porque era também um momento para a Câmara poder analisar isso”, disse. Luís Gomes acrescentou que, como “não houve, a taxa vai ser implementada”, porque o executivo considera que essa receita é “bastante importante para o mu-

ÔÔ Luís Gomes assegura transparência na aplicação das verbas obtidas com a taxa nicípio e de justiça, até para os hoteleiros”.

QUANTO VALE A TAXA PARA OS COFRES DA AUTARQUIA, PARA QUE SERVE E QUEM CONTROLA O DINHEIRO Oitocentos mil euros

por ano é a expectativa de encaixe da Câmara de Vila Real, uma autarquia com um nível muito elevado de endividamento e já abrangida pelo Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) e pois já com um forte apoio do Estado em empréstimos. “Tendo em consideração o número de dormidas anuais classificadas no município – cerca de um milhão – a autarquia espera vir a encaixar uma receita de cerca de 800 mil euros/ano (o valor já contempla as isenções)”, antecipa a Câmara. Luís Gomes realça que “durante muitos anos, a autarquia desenvolveu múltiplos esforços no sentido de captar visitantes e turistas, não onerando clientes, nem hoteleiros. Atendendo ao actual contexto económico, é altura de partilhar responsabilidades, implementado o pagamento de uma verba simbólica como, aliás, já acontece em múltiplas cidades europeias e portuguesas”. Segundo a Câmara liderada por Luís Gomes, a taxa foi pensada “de forma a garantir a

manutenção dos equipamentos e infra-estruturas municipais e assegurar a promoção interna e externa do município”. As receitas arrecadadas serão destinadas, entre outros aspectos, ao financiamento de eventos chave que atraem um número elevado de turistas ao concelho, como é o caso do Mundialito de Futebol, da Passagem de Ano ou da programação de eventos de Verão. “Por outro lado, as verbas irão destinar-se à promoção do concelho no exterior, à manutenção dos equipamentos e infra-estruturas municipais destinados aos turistas e à população residente (de que são exemplo as zonas balneares, as redes de passadiços e ciclovias ou as instalações do Complexo Desportivo). Serão igualmente canalizadas para a preservação dos recursos naturais e paisagísticos locais”, refere a edilidade.

do município e no seio do qual serão apresentadas e discutidas as questões relevantes para o desenvolvimento económico e social do concelho.

HOTELEIROS ESTÃO CONTRA “Es-

tamos manifestamente contra esta taxa”. É assim que Elidérico Viegas, presidente da AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, reage à adopção da nova taxa. Para o representante regional da hotelaria, “o argumento da discussão pública não colhe”. “Neste caso, como em muitos, as discussões públicas passam ao lado de quem está interessado na matéria”, diz, afirmando que “os nossos associados só se aperceberam da situação com o agendamento da aprovação para a Assembleia Municipal”.

ÔÔ Elidérico Viegas diz que hoteleiros “estão manifestamente contra” “Trata-se de uma medida adoptada à revelia do sector, pelo que a existência de discussão pública não colhe como argumento”, conclui.” “Nós [AHETA] não mudámos de opinião e se éramos contra há alguns anos quando a questão se colocou pela primeira vez, mantemos a posição porque os problemas que a taxa vai criar são os mesmos”, remata Elidérico Viegas. Para o responsável da maior associação do sector na região “a taxa é desproporcionada” e “não faz qualquer sentido numa região turística como o Algarve”. “Trata-se de uma tipologia de taxa que apenas é adoptada em destinos que são capitais de países, com estadias muito curtas”, diz Elidérico Viegas, que reforça que “não existe este tipo de taxa d.r.

CÂMARA ASSEGURA TRANSPARÊNCIA A transparência na

aplicação das receitas resultantes da cobrança será garantida através do envolvimento do Conselho Estratégico Municipal, órgão consultivo a criar no mês seguinte à entrada em vigor da taxa turística, constituído por representantes dos principais agentes de desenvolvimento

ÔÔ Desidério Silva realça a falta de preparação da região para a taxa

em nenhum dos destinos concorrentes do Algarve, nem se aplica em qualquer outro concelho da região”. O dirigente dos hoteleiros recorda que “a adopção da taxa provocará desequilíbrios na oferta regional por só ser adoptado em Vila Real” e chama a atenção para o facto do valor não ser de somenos. “Em época baixa numa estadia o custo de um euro de taxa por dia até sete euros pode facilmente significar um acréscimo de 15% no custo total do alojamento”, diz, “reforçando que este valor é um elemento de forte perda de competitividade”.

RTA MANTÉM DISTANCIAMENTO Em reacção à aprovação da taxa turística de um euro por noite de dormida em Vila Real de Santo António, como o POSTAL noticiou, Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve, considera que “a região não está preparada em termos de sustentabilidade para adoptar taxas turísticas deste género”. As declarações do responsável do turismo feitas ao POSTAL foram realizadas com a ressalva de que “se trata de matéria da competência autónoma das autarquias em que a Região de Turismo não se quer imiscuir”.


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zzz

ZZZ pág. ## Tocar à campainha Estava um miúdo todo esticado a tentar chegar a uma campainha. Passa um polícia e pergunta se queria ajuda. - Sim Sr. Guarda, será que dava para o Senhor tocar à campainha por mim?

RIR É O MELHOR REMÉDIO

guntou o doutor. - Bem... é que eu tive uma discussão com a minha sogra e ela disse-me que não falaria comigo durante um mês. E o psiquiatra: - Para muitos, isso não é problema. Muito pelo contrário... - Só que para mim é um gran-

de problema! - Mas porquê? - É que o prazo termina hoje!

LAGOS

Pinto da Silva, na Galeria de Arte da Praça do Mar (Quarteira). Até 7 de Maio.

tácio, “Música da Cor”, Casa Manuel Teixeira Gomes. Até dia 26

Música

PORTIMÃO

OLHÃO

Música

Música

LOULÉ

Concerto com Marco Paulo , domingo, dia 24, às 22 horas, no Portimão Arena.

Escultura

Pintura

Espectáculo com Carlos Mendes, domingo, dia 24, às 21.30 horas, no Auditório Municipal.

Exposição de Hermínio

Exposição de Antero Anas-

O polícia assim fez. E berra o garoto: - Agora fuja que eles costumam atirar água...

Discussão com a sogra Um homem vai ao psiquiatra: - Qual é o seu problema?, per-

Partilha entre irmãos Dois irmãos conversam: - Se tivesses três casas, davas-me uma?

- Claro! - E se tivesses três carros, davas-me um? - Não tenhas dúvidas! - És fixe! E se tivesses três namoradas, davas-me uma? - Ah... isso não! - Porquê? -Porque tenho três namoradas!!!

lazer agenda cultural

ALBUFEIRA Pintura e escultura Exposição de Henrique Silva, Martins Leal e Marisa Patrício, “Do Abstracto ao Figurativo”, na Galeria Municipal. Até 21 de Maio.

ALCOUTIM Música Concerto com Luís Galrito,

agenda cinema FARO CINEMAS NOS FORUM ALGARVE 289 887 212

sábado, dia 23, pelas 22 horas, no Espaço Guadiana

FARO Teatro Peça “Bagunçada à Portuguesa”, dia 30, às 21.30 horas, no Auditório Pedro Ruivo.

Dança “BailArte Flamenco”, sábado, dia 30, pelas 21.30 horas, no

Teatro das Figuras.

Espectáculo “Raízes e Revolução”, dia 24, às 21.30 horas, no Centro Cultural.

Pintura Exposição de Magaly Gouveia, “Pintando todos os dias”, na Galeria Municipal. Até dia 30.

TAVIRA Música Concerto com João Afonso, domingo, dia 24, às 21.30 horas, na Praça da República.

* estreias

de 22 a 27 de Abril Aço (m/16) | Sala 4 | 21h20, 00h05 » O Caçador e a Rainha do Gelo* (m/12) | Sala 5 |13h10, 15h50, 18h20, 21h30, 00h00 » Lucia Di Lammemor (m/6) | Sala 5 | 19h15 (Seg)

S. BRÁS DE ALPORTEL

OLHÃO C. C. Ria Shopping 289 703 332

CINEMAS DE PORTIMÃO 282 411 888

GRAN-PLAZA CINEMAS NOS 16996

O Caçador e a Rainha do Gelo* (m/12) | Sala 1 | 14h45, 17h15, 21h30 (diariamente), 00h00 (Sex, Sáb e Dom), 15h30, 18h00, 21h30 (Sáb, Dom e Seg) » Conquista a Lua (m/12) | Sala 1 | 19h30 (Qui, Sex, Ter e Qua), 13h40 (Sáb, Dom e Seg) » O Livro da Selva (m/6) | Sala 2 | 14h45, 16h45, 18h45 (Qui, Sex, Ter e Qua), 00h00 (Sex, Sáb e Dom), 13h40, 15h45, 18h15 (Sáb, Dom e Seg) » Criminoso (m/12) | Sala 2 | 21h30 (Qui, Sex, Ter, Qua), 00h00 (Sex, Sáb, Dom), 21h30 (Sáb, Dom, Seg)

Cairo 678 (m/14), 21h00 (Sáb, dia 23) - Sessão gratuita

O Caçador e a Rainha do Gelo* | Sala 1 | 13h00, 15h50, 18h30, 21h30, 00h10 (Sex e Sáb) » Lucia Di Lammemor (m/6) | Sala 1 | 19h15 (Seg) » O Livro da Selva (m/6) | Sala 2 | 11h00 (Sáb, Dom e Seg), 13h20, 15h45, 18h20, 21h00, 23h40 (Sex e Sáb) » Criminoso (m/14) | Sala 3 | 12h50, 15h30, 18h15, 21h20, 23h50 (Sex e Sáb) » Assalto a Londres (m/12) | Sala 4 | 12h55, 15h20, 18h00 (exc. Seg), 21h10 (exc. Seg), 23h30 (Sex e Sáb) » Zootrópolis (m/6) | Sala 5 | 10h45 (Sáb, Dom, Seg), 13h15, 15h40, 18h10 (Sáb, Dom e Seg) » Batman v Super-Homem - O Despertar da Justiça (m/14) | Sala 5 | 18h00 (exc. Sáb, Dom e Seg); 21h00, 00h15 (Sex e Sáb)

O Caçador e a Rainha do Gelo* (m/12) | Sala 1 | 14h45, 17h00, 19h15, 21h30 (diariamente), 19h00, 21h30 (Sex e Sáb), 00h00 (Sex, Sáb e Dom) » O Livro da Selva (m/6) | Sala 2 | 14h40, 16h50, 21h30 (diariamente), 21h30 (Sáb e Dom) » Zootrópolis (m/6) | Sala 2 | 13h40, 15h30 » A Chefe (m/12) | Sala 2 | 19h00 (diariamente), 00h00 (Sex, Sáb e Dom) » Conquista a Lua (m/6) | Sala 2 | 14h40, 16h45 (Sáb e Dom)

O Caçador e a Rainha do Gelo* (m/12) | Sala 1 | 15h30, 18h30, 21h30 (diariamente), 23h45 (Sex e Sáb) » O Livro da Selva (m/6) | Sala 1 | 10h30 » O Livro da Selva (m/12) | Sala 2 | 15h30, 18h30, 21h30 (Qui, Sex, Seg, Ter, Qua e Sáb), 23h15 (Sex e Sáb), 15h15, 17h15, 19h15, 21h30 (Dom) » Conquista a Lua (m/6) | Sala 2 | 19h15 (Qui, Sex, Seg, Ter e Qua), 13h15 (Sáb), 10h30 (Dom) » Coração de Aço (m/16) | Sala 3 | 21h30 » Conquista a Lua (m/6) | Sala 3 | 15h15, 19h15 (Sáb e Dom) » Convergente (m/12) | Sala 3 | 13h15 » A Chefe (m/12) | Sala 3 | 15h30, 18h30 (Qui, Sex, Seg, Ter e Qua), 17h15 (Sáb e Dom)

Carneiro (de 21/03 a 20/04) Não se isole, procure pelo menos estar em contacto mais íntimo com a sua família.

Touro (de 21/04 a 20/05) Sentirá um forte desejo de viver momentos intensos com o seu par.

Gémeos (de 21/05 a 20/06) Não desmoralize se não for reconhecido nos seus esforços de evolução pessoal e profissional.

Caranguejo (de 21/06 a 22/07) As suas actividades profissionais vão exigir de si grande concentração e esforço intelectual.

Leão (de 23/07 a 22/08) Um amigo pode precisar de si. Mostre-se disponível para ouvi-lo.

Virgem (de 23/08 a 22/09) Será capaz de enfrentar e resolver qualquer problema.

Balança (de 23/09 a 22/10) A calma não abundará e poderá reflectir-se na sua vida amorosa.

Escorpião (de 23/10 a 21/11) Conseguirá ultrapassar todos os obstáculos e desafios que lhe sejam colocados.

Sagitário (de 22/11 a 21/12) Sentir-se-á um pouco desgastado e sem grande capacidade de compreensão e tolerância.

Capricórnio (de 22/12 a 19/01) Deve conviver o mais possível e ver alguns amigos que já não vê há algum tempo.

Aquário (de 20/01 a 18/02) Algumas dificuldades económicas podem agravar-se.

Peixes (de 19/02 a 20/03 Um amigo pode precisar de si. Mostre-se disponível para ouvi-lo.

O Livro da Selva (m/6) | Sala 1 | 13h20, 15h40, 18h10, 21h10 (diariamente), 10h55 (Sáb, Dom e Seg) » 10 Cloverfield Lane (m/14) | Sala 1 | 23h40 » Zootrópolis (m/6) | Sala 2 | 12h50, 15h30, 17h55 (Sáb, Dom, Seg) » Batman v Super-Homem - O Despertar da Justiça (m/14) | Sala 2 | 21h00, 00h10, 17h55 (exc. Sáb, Dom e Seg) » O Panda do Kung Fu 3 (m/6) | Sala 3 | 10h45 (Sáb e Dom), 13h00, 15h15, 17h25 (Sáb e Dom) » A Chefe (m/14) | Sala 3 | 17h25 (exc. Sáb, Dom, Seg), 19h35 (exc. Seg), 21h50 (exc. Seg), 00h15 » Robinson Crusoe* (m/6) | Sala 4 | 10h50 (Sáb, Dom, Seg), 13h30, 16h00), 18h30 » Coração de

CINEMAS DE LAGOS 282 799 138

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AGRADECIMENTO A família enlutada cumpre o doloroso dever de agradecer reconhecidamente a todas as pessoas que assistiram ao funeral do seu ente querido, realizado no dia 07 de Abril, para o Cemitério de Luz de Tavira, bem como a todos os amigos que manifestaram o seu pesar e solidariedade. Agradecem também a todos que rezaram Missa do 7º Dia, pelo seu eterno descanso, celebrada dia 11 de Abril, pelas 09,30 horas, na Igreja Nossa Senhora da Luz.

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Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. P.V.R. CELESTINO PEREIRA AMARO 88 ANOS

AGRADECIMENTO

23

Sua querida família cumpre o doloroso dever de agradecer reconhecidamente a todas as pessoas que assistiram ao funeral do seu ente querido, realizado no dia 17 de Abril, para o Cemitério de Tavira, bem como a todos os amigos que manifestaram o seu pesar e solidariedade. Agradecem também a todos que rezaram Missa do 7º Dia, pelo seu eterno descanso, dia 22 de Abril, sexta feira, pelas 18,00 horas, na Igreja de São Paulo em Tavira.

“Paz à sua Alma” “Serviços Fúnebres efectuados pela Agência Funerária Pedro & Viegas, Ldª” Tavira • Luz • V.R.Stº António Telm. 964 006 390 - 965 040 428


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JOÃO MANUEL MESTRE 10-06-1947 / 12-04-2016

AGRADECIMENTO

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Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

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FELICIANO ISIDRO MARTINHO 18-03-1928 / 17-04-2016

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MARIA JOSÉ DE JESUS 18-09-1928 / 09-04-2016

MARIA ADELAIDE 27-11-1919 / 19-04-2016

AGRADECIMENTO Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade. Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

AGRADECIMENTO Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Justificação outorgada em 19 de Abril de 2016, exarada a folhas 128 e seguinte do Livro n.º 77-A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário privado Bruno Torres Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A: Irene Gonçalves da Conceição Martins, e marido Cândido Alberto Viegas Martins, NIF 130351741, naturais do concelho de Tavira, ela da freguesia de Tavira (Santa Maria), e ele da de Santa Catarina da Fonte do Bispo, residentes no Sítio da Soalheira, Vale Murta, caixa postal 619-Z, 8800-219 Tavira, declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico, composto por terra de cultura, que confronta de norte, sul e poente com Manuel Fernandes e de nascente com Maria José dos Martins, com a área total de seis mil e quinhentos metros quadrados, sito em Pia, na freguesia da União das Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago), concelho de Tavira, inscrito na respetiva matriz predial sob o artigo 5309, que teve origem no artigo 4485 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria), com o valor patrimonial tributário de 74,69 €, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira. - Que este prédio, com a indicada composição e área, veio à sua posse, já no estado de casados entre si, por compra meramente verbal, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e dois, feita à tia da outorgante mulher Maria Glória da Conceição, viúva, residente na Rua 1.º de Maio, n.º 15, em Cachopo, não tendo deste modo título que lhes permita fazer o registo do prédio em seu nome. - Que, assim, justificam o referido prédio, porquanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa-fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de serem titulares do respetivo direito de propriedade e assim o julgando as demais pessoas, têm possuído aquele prédio – semeando a terra, tratando das culturas, amanhando e limpando a terra e dele retirando os respetivos rendimentos – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriram o referido prédio por USUCAPIÃO, o que invocam. Tavira e Cartório, em 20 de Abril de 2016. O Notário, Bruno Torres Marcos Conta registada sob o n.º 2/1009 (POSTAL do ALGARVE, nº 1161, de 22 de Abril de 2016)

VENDE-SE ou ARRENDA-SE 4 terrenos agrícolas com excelente localização e acessibilidade, com água da barragem, situados na Asseca a 3 minutos da cidade de Tavira Pomar de citrinos: 8.158 m2 Terra de semear: 8.000 m2 Terra de semear: 9.788 m2 Pomar de citrinos e terra de semear 6.370 m2 Área total: 32.316 m2

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22 de Abril de 2016  |  23

> > SOLUÇÃO da edição passada

> > ASSINALE A FRASE CORRETA

A – O Pedro é assás inteligente. B – O Pedro é assas inteligente. C – O Pedro é assaz inteligente. D – O Pedro é açás inteligente.

A – Passei as férias no sul. ;; B – Passei as férias no Sul. C – Passei as ferias no sul. D – Paçei as férias no Sul.

Sobe & desce

Esta é uma iniciativa das Bibliotecas Paula Nogueira do Agrupamento de Escolas Professor Paula Nogueira (Olhão) em parceria com a Casa da Juventude de Olhão e o POSTAL, que semanalmente divulga os problemas e as soluções deste jogo. VáriasescolasdoAlgarve jáaderiramàiniciativa:AEProfessorPaulaNogueira(Olhão)/AEdaSé(Faro)/AED.AfonsoIII(Faro)/AEDr.AlbertoIria(Olhão)/ColégioBernardetteRomeira(Olhão)/AEDr.JoãoLúcio(Fuseta)/AEdeEstoi(Faro)/AEJoaquimMagalhães(Faro)/AEdoMontenegro(Faro)/AEdeCastroMarim (Vila Real de St. António) / AE Professora Diamantina Negrão / (Albufeira) / Agrupamento de Escolas José Belchior Viegas (Mega Agrupamento de São Brás de Alportel) / Escola Secundária João de Deus (Faro) / Agrupamento de Escolas D. Paio Peres Correia (Tavira) / Casa da Juventude (Olhão) / Postal do Algarve. Convidamos todas as escolas e bibliotecas, interessadas em aderir ao Jogo da Língua Portuguesa e receber os materiais para o mesmo, a contactar: biblioteca.epnogueira@gmail.com ou jornalpostal@gmail.com.

Rota do Petisco

Taxa turística

Para os mais gulosos, propostas apetitosas não vão faltar entre Maio e Setembro. Se gosta de um bom petisco prepare-se: vai poder provar verdadeiras iguarias capazes de fazer inveja aos melhores comensais (Ler pág. 15).

Se está a pensar em passar umas férias em Vila Real de Santo António, não se esqueça de levar uma (ou sete) moeda(s) de euro a mais. É verdade, dormir nesta região vai deixar a sua carteira mais leve (Ler pág. 19).

E-mail da redacção: jornalpostal@gmail.com

Dor nas articulações Voar afecta milhões de pessoas d.r.

ficha técnica

Sede: Rua Dr. Silvestre Falcão, n.º 13 C - 8800-412 Tavira - Algarve Tel: 281 320 900 | Fax: 281 023 031 E-mail: jornalpostal@gmail.com On-line: www.postal.pt Director: Henrique Dias (CP 3259). Editor: Ricardo Claro (CP 9238). Redacção: Cristina Mendonça (CP 3258), Humberto Ricardo (CP 388), Ivo Nunes e Mónica Monteiro (estagiários). Design: Profissional Gráfica. Colaboradores fotográficos: José A. N. Encarnação “MIRA” Colaboradores: Beja Santos (defesa do consumidor), Nelson Pires (CO76). Departamento Comercial, Publicidade e Assinaturas: Anabela Gonçalves, José Francisco. Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire ( mais de 5% do capital social) Edição: Postal do Algarve Publicações e Editores, Lda. Contribuinte nº 502 597 917. Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do Título (dgcs): ERC nº 111 613. Impressão: Naveprinter Distribuição: Banca - Logista, à sexta-feira com o Público/VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT. Estatuto editorial: disponível em http://www.postal.pt/quem-somos/ Membro: APCT - Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação; API - Associação Portuguesa de

Tiragem desta edição:

7.315 exemplares

opinião

Ana Amorim Dias - Escritora

www.anaamorimdias.blogspot.com anamorimdias@gmail.com

Beatriz Craveiro Lopes

Médica, ex-conselheira da EFIC - European Federation of IASP Chapters

Mais de metade da população com idade superior a 50 anos sofre de dor relacionada com as articulações. A osteoartrose e a artrite são as principais causas de dor articular e um motivo frequente de consulta médica. Este tipo de dor é também responsável pelo aumento das faltas ao trabalho, pela baixa produtividade laboral e tem um impacto significativo na qualidade de vida do doente. Na osteoartrose a dor é um sinal de alarme e está relacionado com a intensidade da degradação da articulação. Esta doença pode afectar todas as articulações, em particular as que suportam o peso corporal, como as ancas e joelhos; limitam a mobilidade e a actividades de vida diária. Na artrite, as articulações podem ficar edemaciadas, duras, rígidas ou inflamadas, provocando dor. Este tipo de doença ocorre com maior

frequência nas pequenas articulações das mãos, punhos e dos pés. Ainda não se sabe ao certo qual ou quais as causas da artrite, não havendo formas de a prevenir. Ainda não foi descoberta a cura para a doença, pelo que devemos actuar precocemente no alívio dos seus sintomas, ou seja, no controlo da inflamação e da dor, de forma a recuperar a funcionalidade dos doentes. Os doentes com dor nas articulações podem apresentar sintomas de dor neuropática, como sensação dolorosa tipo ardor, queimadura, choques eléctricos, agulhas ou formigueiros. O diagnóstico deste tipo de dor é clínico e baseado na história médica, exame físico e testes auxiliares. O tratamento da dor articular deve contemplar medidas farmacológicas com o recurso a medicamentos

analgésicos opióides orientados para o alívio da dor e medidas não farmacológicas, como exercícios moderados (especialmente os aquáticos que fortalecem e dão flexibilidade), massagens ou acupunctura. É também recomendável evitar o excesso de peso para ajudar a reduzir a pressão sobre as articulações. A dor osteoarticular é um dos temas em destaque no Fórum Futuro 2016, uma iniciativa formativa promovida pela Grünenthal, que decorre em Lisboa, nos próximos dias 18 e 19 de Junho. Este tema foi escolhido pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) para assinalar o Ano Mundial Contra a Dor. Durante este ano serão desenvolvidas, em todo o mundo, várias iniciativas dedicadas a este tema, para doentes e profissionais de saúde.

Anos oitenta. Logo ao início. Na escola primária proferiam-se muitas frases feitas (como hoje e sempre, creio), ditas em jeito de piada-provocação,

ficar assim tempo demais chegava a ser desconfortável. Encolhia os braços mas estendia o orgulho. Ter pais polícias ou bombeiros (a apoteose profissional dos progenitores-heróis) era para fracos. Um pai piloto é que era o derradeiro delírio… É espantoso como podemos trazer para a idade adulta as impressões da infância. É impressionante a quantidade de poder que as crianças bem estimuladas e desafiadas levam consigo para a vida. Nunca cheguei a voar com o d.r.

como aquela em que, sempre que os nossos cotovelos invadiam espaço alheio, nos perguntavam: “Olha lá, o teu pai é aviador? Ai não? Então fecha as asas!” Eu adorava. Já não me lembro bem, mas até aposto que abria amiúde os braços, bem mais do que a conta, só para poder responder: “Sim, o meu pai é aviador, porquê? Há problema?”. Depois encolhia de novo a envergadura porque aquilo de

meu pai, mas foi nas asas dele que entendi a envergadura das minhas. Um piloto é só um piloto; alguém que nos leva em segurança através dos céus do mundo. Um piloto é só um piloto, mas já um pai pode ser tudo. Especialmente quando nos mostra que voar, mais do que uma acção pontual, é a melhor maneira de nos deslocarmos pela vida.


O POSTAL

Tiragem desta edição:

7.315 exemplares

regressa no dia 6 de Maio

última

Lagoa Wine Show junta cem produtores de vinho Centro de Congressos do Arade acolhe o evento d.r.

NO ANO EM QUE LAGOA foi

eleita “Cidade do Vinho”, a câmara local realiza pela segunda vez uma das maiores exposições/venda de vinhos do sul do país, que traz ao Centro de Congressos do Arade, no Parchal, a partir desta sexta-feira e até domingo, cerca de uma centena de produtores de vinho, com destaque para os da região do Algarve. O Lagoa Wine Show é organizado com a colaboração da Rota dos Vinhos do Algarve, da Associação de Municípios Portugueses do Vinho e da “Wine in Moderation – Art de Vivre (WIM) Aisbl”, associação sem fins lucrativos fundada em 2011 pelo sector vitivinícola europeu, para coordenar a im-

plementação europeia e internacional e o desenvolvimento do Programa Vinho com Moderação, com vista a garantir padrões de consumo de vinho responsável e moderado como norma social e cultural através da difusão dessa mensagem, dentro e fora da Europa. A organização promete “uma autêntica viagem que dará a conhecer as melhores marcas de vinho, disponibilizando aos visitantes experiências ao nível vinícola e gastronómico, completadas com shows cooking com o chefe Augusto Lima”. Os visitantes podem, num ambiente relaxado e informal, trocar impressões sobre vinhos, com personalidades re-

conhecidas da área vinícola, acompanhar provas comentadas, orientadas por especialistas e enólogos, participar no Festival da Sangria, assistir à Conferência “Lagoa Cidade do Vinho desde há dois mil anos”, incluída no Ciclo de Conferências “Ad Praeteritum, para o Passado – do Património Histórico-Arqueológico de Lagoa” e participar na entrega de prémios aos vencedores do Concurso de Fotografia Digital “Um Olhar sobre o Património Histórico e Natural do Concelho de Lagoa”. Para além disso, há um cartaz musical composto por Rodrigo Leão, António Zambujo, Deolinda e Dj Raquel Loureiro. pub

ÔÔ Produtores de todo o país vão dar a conhecer os seus vinhos A entrada para o Wine Show é gratuita mas o bilhete para

os concertos custa dez euros. Por cinco euros, o visitante re-

ceberá um copo que lhe possibilitará degustar os vinhos. pub


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