POSTAL 1168 - 5 AGO 2016

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Director Henrique Dias Freire • Ano XXIX • Edição 1168 • Quinzenário à sexta-feira • 5 de Agosto de 2016 • Preço € 1,50 ÀS SEXTAS EM CONJUNTO COM O PÚBLICO POR €1,70

EM FOCO 2 REDUÇÃO DE PORTAGENS COM BAIXO IMPACTO NA COMPETITIVIDADE DA A22 3 MINISTRO DO AMBIENTE METE PONTE DA PRAIA DE FARO NA GAVETA 4 ACADEMIA DE BILHAR ABRE EM TAVIRA 5 TENISTA TAVIRENSE QUER CONQUISTAR COURTS EUROPEUS 6 SEMEAR SAÚDE 7 CLASSIFICADOS 9

“Ponte da Praia de Faro pode ser feita mas não pela Polis”

> A afirmação é de Sebastião Teixeira, que lidera a Sociedade Polis, e segue de perto a posição do ministro do Ambiente. Rogério Bacalhau não quer o projecto metido na gaveta e Jorge Botelho espera que seja dado à Polis mais um ano p. 4

d.r.

mónica monteiro

Faro:

Campismo cresce na Ilha de Tavira

zona dos bares sem investimento público >8

>2

d.r.

DESPORTO

Tenista tavirense à conquista da Europa

>6

d.r.

ECONOMIA

Portagens mais baratas uns cêntimos

>3

TURISMO

ino neves

Academia de bilhar quer formar novas gerações >5 PUB


2  |  5 de Agosto de 2016

em foco

Ministro do Ambiente mete ponte da Praia de Faro na gaveta pág. 4

Campismo da Ilha de Tavira aposta na qualidade com ocupação a subir Número de utentes diários do parque aumentou mais de 60% relativamente a 2015 Mónica Monteiro monicam.postal@gmail.com

ENTRE A RIA, O PINHAL E O MAR, A ILHA DE TAVIRA escon-

de um dos seus grandes tesouros: o Parque de Campismo da Ilha de Tavira. Criado há cerca de 40 anos por funcionários da câmara tavirense, é hoje um atractivo, “sobretudo para espanhóis, alemães e ingleses, que encontram neste cantinho a tranquilidade que não há em mais lugar nenhum”, garante José Manuel Guerreiro, vereador do Ambiente, Desporto e Equipamentos do município de Tavira. Com cerca de 15 mil metros quadrados e a menos de 500 metros da praia, no parque de campismo “não falta nada”. “Temos um bar, exclusivo para os utentes do parque, lavandaria, cozinha comunitária, balneários, fogareiros comunitários, espaços de lazer, um quiosque, instalações para pessoas com mobilidade reduzida, parque infantil, multibanco, espaço para montar tendas, tendas para alugar, já equipadas com camas, mesa, frigorífico, fogão e utensílios de cozinha. Iremos ter também um supermercado que já está concessionado, portanto, a abertura está para breve”, frisou Luís Gago, responsável pelo parque. Em caso de ser necessária assistência, existe na Ilha uma equipa de enfermeiros durante o dia e uma equipa de bombeiros que garante a segurança durante a noite.

fotos: mónica monteiro

aqui pela primeira vez as ervas chegavam-me aos joelhos e isto estava medonho, não podíamos ficar indiferentes”, afirma o autarca José Manuel Guerreiro. “Adequámos os valores para preços acessíveis, que permitam às pessoas vir até cá. Reerguer o parque só é possível se trouxermos pessoas e isso só se consegue se o valor a pagar for justo para o serviço que se presta”, continua. O facto é que este ano a autarquia já nota mais movimento. “De 300 cartões activos por dia – cada cartão de entrada e saída corresponde a um utente – passámos para 480, o que já é um aumento significativo”, conclui.

PARQUE LEVA CENTENAS DE CRIANÇAS À ILHA DE TAVIRA O dia no parque começa cedo. Pelas 7.30 horas a maioria dos utentes já está a pé. “Uns vão à pesca, outros vão dar um mergulho à praia e outros até preferem a ria. À noite a animação fica a cargo dos concessionários da ilha.”, explica Luís Gago. É também de manhã que chegam as associações que, inseridas no programa Férias Activas, promovido pela autarquia, trazem, no período de férias, miúdos para actividades entre a natureza e o mar. “É uma maravilha, o melhor

FÉRIAS DE UMA VIDA DEDICADAS AO CAMPISMO Com ou

ÔÔ O vereador José Manuel Guerreiro (à esquerda) e o responsável pelo parque de campismo, Luís Gago sítio para vir com as crianças, temos segurança, está tudo organizado e tem todas as condições”, garante Fernando Minhalma, presidente do Tavira Natação Clube, que neste dia se fazia acompanhar de mais de duas dezenas de reguilas. “Entre Junho e Julho o parque recebe muitas associações para fazer estágios de Verão. Desde modalidades como o karaté, andebol e futebol, tanto de Tavira como do resto do país”, afirma Luís Gago. “Recebemos também crianças do município de Alcoutim, que vêm aqui por ser a única possibilidade de ter o contacto com a praia”, acrescenta. “Tudo isto só é possível porque é a câmara a explorar o par-

que. Nós estamos aqui a prestar um serviço e os privados querem é ganhar dinheiro”, aponta o vereador.

TAVIRENSES TÊM DESCONTO EM QUALQUER LUGAR LIVRE DO PARQUE Com o parque a ser

explorado pela Câmara, o panorama alterou-se. “Antigamente, quando era concessionado, existiam cinco zonas no acampamento. Havia a zona das tendas de aluguer, a zona dos alvéolos, a zona dos ‘residentes’ – utentes que ali se mantêm durante os três meses em que está aberto -, a zona dos funcionários da câmara e a zona dos tavirenses, porque havia preços diferenciados para toda a gente”, explica Luís Gago.

“Os tavirenses tinham e têm um desconto de 50%, que faz parte do caderno de encargos do município, e a empresa responsável pela infra-estrutura mandava os tavirenses para a zona “menos nobre”. Com a Câmara a explorar deixaram de existir lugares marcados, à excepção dos alvéolos e da zona dos ‘residentes’, porque é uma estrutura de tendas que é o próprio parque que monta, todo o restante espaço pode, agora, ser ocupado por qualquer pessoa que leve tenda, seja residente ou não. Existir esta distinção não fazia qualquer sentido para nós, portanto o desconto mantém-se mas a pessoa escolhe o local onde quer ficar”, frisou o vereador.

NÚMERO DE UTENTES DIÁRIOS DO PARQUE AUMENTA MAIS DE 60% Apesar de ser propriedade

da Câmara de Tavira desde a sua abertura, o parque começou a ser explorado pela autarquia apenas há dois anos, depois da falência da anterior concessão. “O parque estava acabado, a câmara teve de o reerguer, precisava de limpeza, de desinfestação das areias e de organização. Quando eu vim

ÔÔ A meio da manhã no parque reina o silêncio, afinal os campistas procuram ocupações para o dia na ilha desde manhã cedo

ÔÔ Jaqueline Sequeira (à esquerda) com a amiga Libânia Gonçalves

sem desconto há pessoas que frequentam este espaço há mais de 30 anos e que já têm o seu lugar marcado. “No primeiro dia em que abro o parque, forma-se uma fila, sempre com as mesmas pessoas, que vêm só para marcar o lugar delas e começar a montar logo tudo, porque para trazer coisas para os três meses de estadia chegam a levar duas semanas”, salienta Luís Gago. Jaqueline Sequeira é um desses casos. Uma das mais antigas “residentes” do acampamento da Ilha, vem aqui há 39 anos. “Faça o favor de entrar”, exclamou Jaqueline assim que nos aproximámos. “Pode sentar-se aqui um bocadinho”, convidou, e o POSTAL aceitou. “Venho aqui há 39 anos com o meu marido – conhecido em todo o parque como o ‘senhor Manel’ -, adoramos isto, os meus filhos aprenderam a nadar aqui. É calmo, é seguro, ninguém nos chateia, estamos ao ar livre e eu gosto desta liberdade”, conta. “Inicialmente trazíamos uma tenda pequena e vínhamos só um mês mas assim que nos reformámos começámos a entrar aqui no dia em que abre e a sair no dia em que fecha”, continua a senhora, que se faz acompanhar por uma “vizinha” que partilha a mesma paixão pelo campismo. “Há pessoas que não compreendem por que passamos aqui tanto tempo, mas isto é maravilhoso. Eu trabalho por turnos e quando faço noites apanho o primeiro barco da manhã e venho para cá”, diz Libânia Gonçalves. “Mas as pessoas que não compreendem é porque nunca experimentaram”, acrescenta a campista, desafiando todos aqueles que se queiram aventurar pelas andanças das tendas e dos fogareiros.


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região

Rua de Santo António, n.º 68 - 5º Esq. 8000 - 283 Faro Telef.: 289 820 850 | Fax: 289 878 342 dbf@advogados.com.pt | www.advogados.com.pt

Redução de portagens com baixo impacto na competitividade da A22 Queda de 15% no preço das portagens é manifestamente pouco significativa d.r.

Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com

O GOVERNO DECIDIU BAIXAR AS PORTAGENS das auto-es-

tradas do interior do país e do Algarve, o diploma legal que dá corpo à alteração entrou em vigor na segunda-feira (1 de Agosto) e vemos agora reduzido o valor que pagamos quando passamos em cada pórtico da A22 (Via do Infante). A redução estipulada por igual para todo o país e para todos os pórticos das diversas auto-estradas numa espécie de aplicação cega de um princípio da igualdade – apenas formal e quantitativa – é de 15%, deveras difícil de justificar a não ser que o admitamos como conceito fixo e insusceptível de aplicação criteriosa que o obrigue na aplicação a maiores esforços para que atinja o seu objectivo último que é a igualdade substancial. Mas o que são na realidade esses 15% (foram feitos arredondamentos para cima e para baixo nos cálculos realizados pelo Estado), o que significam e o que pesam em cêntimos na carteira dos algarvios?

OS VALORES EM DESTAQUE Na

classe 1 a poupança mais elevada é de 30 cêntimos, no pórtico de Castro Marim, e a mais baixa nos pórticos de Portimão e Faro/Loulé, onde cada condutor desta que é a categoria de veículos mais abrangente, poupará cinco cêntimos. Mas vamos a casos concretos: para um trabalhador que resida em Faro e trabalhe em Albufeira, a poupança diária será de 50 cêntimos e a mensal de 11 euros. Se trabalhar em Tavira este residente em Faro vai poupar por dia 70 cêntimos e por mês 15,4 euros. Já se o trabalhador residir

ÔÔ Redução de 15% fica muito aquém da promessa eleitoral de atingir descidas de até 50% em Portimão e trabalhar em Albufeira a ida para o trabalho 22 dias por mês, pela Via do Infante, permitirá uma poupança, com as reduções, de 70 cêntimos por dia e 15,40 euros por mês. Na classe 2, muito importante para quem tem empresas de transporte de pessoas e mercadorias e tem de fazer

contas à relação rapidez/ custo na distribuição, uma empresa de congelados que se desloque de Vilamoura a Vila Real de Santo António de manhã para iniciar a volta de distribuição, regressando depois a Vilamoura pela EN 125 fazendo todas as paragens necessárias a servir os clientes, poupará diaria-

mente 1,25 euros em custos de portagens. Se fizer esta volta todos os dias da semana a poupança atinge 27,5 euros por mês.

MAS QUANTO VAMOS PAGAR NESTES CASOS MENSALMENTE, VALE A PENA ESCOLHER A A22? Vistas as poupanças a A22 será competitiva a partir de

Agosto? A resposta, nesta análise do POSTAL, passa por calcular os custos com portagens, já considerados os descontos, para os mesmos percursos apresentados anteriormente. Assim, no caso do trabalhador residente em Faro se deslocar até Albufeira, vai desembolsar diariamente ricardo claro

para ir trabalhar 2,90 euros e mensalmente 63,80 euros. Já no caso de trabalhar em Tavira terá de gastar, respectivamente, 3,90 e 85,80 euros Se residir em Portimão e trabalhar em Albufeira a ida para o trabalho, 22 dias por mês pela Via do Infante, soma diariamente um desbaste na carteira de 4,60 euros e de 101,2 euros por mês. Para o exemplo da empresa que circula com um veículo classe 2 escolhido pelo POSTAL, o custo diário da deslocação soma um encargo de 7,05 euros e se o fizer diariamente durante a semana por um mês o embate financeiro será de 155,10 euros. Basta olhar para estes casos escolhidos aleatoriamente pelo POSTAL para perceber que as poupanças são pouco relevantes e que a maioria das pessoas e empresários vão considerar que o custo associado à utilização frequente da A22 não são a partir de Agosto competitivos. Com os 15% da redução a ficarem muito abaixo da possibilidade de redução enquadrada pelo Governo de até 50%, resta concluir o óbvio, nem a A22 é alternativa à EN 125, nem será após os descontos de miséria concedidos pela equipa de António Costa e o seu suporte parlamentar de PS, PCP e BE, o mesmo se aplicando à sua competitividade face à Nacional 125. A pergunta que se coloca é a de saber se os algarvios deveriam agradecer estes descontos face aos custos efectivos de utilização frequente da A22 ou se deveriam manter uma justa luta pelo fim das portagens. A resposta a cada um.


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região

Tenista tavirense quer conquistar courts da Europa pág. 6

Ministro do Ambiente mete ponte da Praia de Faro na gaveta Projecto não será executado pela Sociedade Polis, que não tem financiamento para suportar a obra nem tempo para lançar o projecto até 31 de Dezembro ivo neves

Ivo Neves ivon.postal@gmail.com

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A NOVA PONTE DE ACESSO À PRAIA DE FARO não vai ser, afi-

nal, construída sob a responsabilidade da Sociedade Polis, ao contrário do que está previsto no programa de requalificação e valorização ambiental. O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, admitiu ao POSTAL, no âmbito da inauguração das requalificações ribeirinhas em Tavira, que, “no contexto do plano estratégico da Polis, há um grande conjunto de projectos que não cabem neste meio ano de vida que resta”. Na verdade, faltam menos de quatro meses, uma vez que o mandato da sociedade termina a 31 de Dezembro e a substituição da actual ponte de ligação à praia de Faro é um dos projectos em causa, como confirma o presidente da Polis, Sebastião Teixeira, que afirma que o projecto da ponte para a Praia de Faro pode vir a ser feito “mas não com a Sociedade Polis” e que, “até ao prazo de fecho, não está previsto executar nem lançar o concurso para a ponte”. Sebastião Teixeira adianta ainda que a ponte tem um projecto aprovado para avançar, ficando a faltar financiamento, algo que “na Polis não há”.

CÂMARA DE FARO PAGOU CERCA DE DOIS MILHÕES “Da parte do

município de Faro, o capital social foi todo integralmente pago à Polis”, ressalva Rogério Bacalhau, presidente da autarquia farense, que afirma ter entregue à sociedade cerca de dois milhões de euros para a realização do projecto. “Em falta está a verba correspondente à comparticipação da Polis no projecto, que espero que o Governo consiga encontrar, dentro da Polis, no seu capital social, ou através de uma candidatura a fundos no quadro do CRESC para que possa ser realizado”, acrescenta o autarca. Rogério Bacalhau não acredita que a Polis deixe o plano de requalificações na praia de

Município de Alcoutim

ANÚNCIO

ABERTURA DE CONCURSO DE CLASSIFICAÇÃO RELATIVO À ATRIBUIÇÃO DE SEIS FOGOS DE HABITAÇÃO SOCIAL MUNICIPAL, EM REGIME DE RENDA APOIADA Osvaldo dos Santos Gonçalves, Presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, faz saber que a Câmara Municipal de Alcoutim, no uso da competência prevista no artigo 33º, nº 1, alínea v) da Lei nº 75/2013, de 12 de setembro, deliberou, em reunião de 27 de julho de 2016, proceder à abertura de concurso relativo à atribuição de 6 fogos de habitação social municipal em regime de renda apoiada, em conformidade com o disposto no Regulamento Municipal de Atribuição e Gestão de Habitação Social em Regime de Renda Apoiada, Propriedade do Município de Alcoutim, publicado em DR, II Série, nº 111 de 09 de junho de 2016, nos seguintes termos:

1. Os fogos postos a -concurso são: Localização:

Tipologia:

Artigo 2044, fração B - Apartamento 6, Bloco 2

T2 - Constituído por dois quartos, sala, cozinha, corredor, casa de banho, arrumos e terraço.

Rua de Timor, 8970 – 064 ALCOUTIM

ÔÔ Praia de Faro não terá nova ponte de acesso até à extinção da Polis

85m2.

Artigo 2233 – Apartamento 1, Bloco A

T2 – Duplex com R/C, quintal, 1º andar e terraço. Constituído no R/C por cozinha, sala comum, casa de banho, hall e escada de acesso a 1º andar e quintal, no 1º andar com hall, dois quartos, casa de banho e terraço.

Rua de Timor, 8970 – 064 ALCOUTIM

Faro por metade, depois de o passadiço pedonal de acesso à praia e de a construção do parque de estacionamento exterior estarem concluídos. “Espero que, no período mais curto possível, o Governo, em parceria connosco e com a Polis, encontre uma solução. Foi para isso que a Sociedade Polis foi constituída e não faz sentido rigorosamente nenhum que ela seja extinta e deixe um conjunto de projectos sem serem concretizados”, diz o presidente. O autarca farense diz que “o Governo deve assumir os compromissos que vinham de trás” e não tem dúvidas caso a Polis deixe mesmo o projecto da ponte cair por terra: “se [o projecto] não for lançado, é uma opção política com a qual eu não posso concordar”, para além de trazer “graves consequências para o concelho”, aponta Rogério Bacalhau. Quem não está convencido com o arranque da obra até ao final do ano é Jorge Botelho, presidente da AMAL (Comunidade Intermunicipal do Algarve), que adianta que “uma obra destas requer meses de concurso” e que, por isso, a sua concretização em 2016 é “difícil” porque a obra ainda não foi lançada. Contudo, Jorge Botelho não entra em precipitações e acredita que o mandato da Polis pode

ainda ser renovado para além de 31 de Dezembro, à margem da especulação e à semelhança dos anos anteriores. “Por enquanto o ministro do Ambiente não disse aos accionistas, disse-o publicamente, mas o que conta é nas assembleias gerais”, diz o presidente da AMAL, referindo-se ao anúncio do fim da Sociedade Polis.

Artigo 2046, fração B – Apartamento 10, Bloco 3

T2 - Constituído por dois quartos, sala, cozinha, corredor, casa de banho, arrumos e terraço. 85m2.

Rua de Timor, 8970-064 ALCOUTIM Fração A – Artigo 1880 A (primeira a contar do lado sul). Bairro Habitacional de Vaqueiros

O rés-do-chão é composto por quarto, sala comum, cozinha, instalação sanitária, arrumos, hall, despensa, estendal e um logradouro com 14m2.

8970 Vaqueiros

O primeiro andar é composto por dois quartos e uma instalação sanitária. Área bruta: 136m2 Área útil: 88m2 Área habitável: 68m2 Fração C – Artigo 1880 C (terceira a contar do lado sul).

Habitação em Duplex de tipologia T2, com rés-do-chão e primeiro andar

Bairro Habitacional de Vaqueiros

O PLANO DE PORMENOR DA PRAIA DE FARO Quanto ao Pla-

no de Pormenor da Praia de Faro, também previsto no quadro dos projectos a desenvolver pela Polis, Rogério Bacalhau garante que o projecto está “numa fase adiantada” mas que “há algumas decisões a tomar” e, por isso mesmo, não está terminado. O autarca relembra, no entanto, que sob a alçada da Polis está apenas a realização do projecto e não a sua execução, ao invés do que acontece com a ponte para a praia. O edil acredita que “a maioria” das habitações visadas irá permanecer naquela zona “sem ter que se fazer grandes intervenções”. Recorde-se que o Programa Polis Litoral da Ria Formosa foi aprovado em 2005, como instrumento financeiro para a execução do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Vilamoura - Vila Real de Santo António.

Habitação em Duplex de tipologia T3, com rés-do-chão e primeiro andar

O rés-do-chão é composto por sala comum, cozinha, hall, arrumos, despensa, estendal e um logradouro com 14m2.

8970 Vaqueiros

O primeiro andar é composto por dois quartos e uma instalação sanitária. Área bruta: 111m2 Área útil: 75m2 Área habitável: 58m2 Fração D – Artigo 1880 D (quarta a contar do lado sul)

Habitação em Duplex de tipologia T2, com rés-do-chão e primeiro andar

Bairro Habitacional de Vaqueiros

O rés-do-chão é composto por sala comum, cozinha, hall, despensa, arrumos, estendal e um logradouro com 14m2.

8970 Vaqueiros

O primeiro andar é composto por dois quartos e uma instalação sanitária. Área bruta: 111m2 Área útil: 75m2 Área habitável: 58m2

2. O concurso decorre entre 01 e 30 de agosto de 2016 e é válido por um ano. 3. As condições de admissão são as previstas no Programa de Concurso. 4. Os fogos serão atribuídos em função da satisfação das necessidades do agregado familiar concorrente, em cumprimento do disposto no Regulamento Municipal. 5. Os fogos são atribuídos em regime de arrendamento – renda apoiada. 6. O montante mensal da renda é calculada nos termos do artigo 21º, da Lei N.º 81/2014, de 19 de dezembro. 7. O Gabinete de Ação Social, Saúde e Educação, do Município de Alcoutim, prestará os esclarecimentos necessários no âmbito do presente procedimento, todos os dias úteis, das 8.30h às 15.00h, e disponibilizará o Programa de Concurso, assim como o requerimento de candidatura. 8. Os documentos que constituem a candidatura a concurso deverão ser entregues direta e exclusivamente no serviço de Expediente do Município de Alcoutim, em envelope fechado ou remetidos por carta registada com aviso de receção. Em qualquer dos casos, deve ser indicado no rosto do envelope a designação “ CONCURSO DE CLASSIFICAÇÃO RELATIVO À ATRIBUIÇÃO DE SEIS FOGOS DE HABITAÇÃO SOCIAL MUNICIPAL, EM REGIME DE RENDA APOIADA”. Alcoutim, 28 de julho de 2016 O Presidente da Câmara Municipal, Osvaldo dos Santos Gonçalves (POSTAL do ALGARVE, nº 1168, de 5 de Agosto de 2016)


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Associação tavirense promove abordagem preventiva e integral aos problemas de saúde pág. 7

Academia de Bilhar abre em Tavira com formações gratuitas para jovens Formação e torneios da modalidade são as propostas deste novo projecto ivo neves

Mónica Monteiro monicam.postal@gmail.com

ABRIU HÁ MENOS DE UM MÊS e chama-se Academia de Bilhar de Tavira, mas na verdade é a única no Algarve, oferece formação e recebe torneios e um dos maiores objectivos é “encontrar bons jogadores, formá-los e levá-los longe nesta modalidade”. A ideia ganhou forma pelas mãos de José Ribeiro, algarvio de Vila Nova de Cacela que começou a jogar com 18 anos em cafés. “Ganhei algumas dezenas de torneios de cafés. Uns anos mais tarde comecei a jogar no Clube

de Bilhar de Tavira, na vertente de mesa de nove pés, ou seja, mesa de competição europeia. Joguei em equipa e individualmente, fomos campeões do Algarve e estivemos muitas vezes presentes nas fases finais dos campeonatos”, contou saudoso ao POSTAL. “Corri o país a jogar e o meu sonho sempre foi ter um projecto destes”, continua. Projecto que vê agora concretizado numa casa com seis mesas de jogo e com uma decoração muito particular. À porta somos recebidos por um casal, de bonecos, vestidos a preceito e de taco

ÔÔ A ideia ganhou forma pelas mãos do ex-jogador José Ribeiro na mão, a desafiar uma jogada. Dentro da Academia, os pub

MUNICÍPIO DE TAVIRA EDITAL Nº 36/2016 Jorge Manuel do Nascimento Botelho Presidente da Câmara Municipal de Tavira TORNA PÚBLICO, que em reunião ordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 26 de julho de 2016, foram tomadas as seguintes deliberações: 1 Aprovada por maioria a proposta número 142/2016/CM, referente a 7ª. e 8.ª alteração às Grandes Opções do Plano e ao Orçamento/2016; 2. Aprovada por unanimidade a proposta número 143/2016/CM, referente a Atribuição de apoio à Associação das Obras Assistenciais da Sociedade de São Vivente de Paulo; 3. Aprovada por unanimidade a proposta número 144/2016/CM, referente a Atribuição de apoio ao Rancho Folclórico de Tavira - XXVII Festival de Folclore “Cidade de TAVIRA”; 4. Aprovada por unanimidade a proposta número 145/2016/CM, referente a Atribuição de apoio ao Rancho Folclórico de Santo Estevão – XXVI Festival de Folclore; 5. Aprovada por unanimidade a proposta número 146/2016/CM, referente a Atribuição de apoio à Associação Academia de Música de Tavira – Festival “3 Noites, 3 Sons”; 6. Aprovada por unanimidade a proposta número 147/2016/CM, referente a Abertura de concurso externo de ingresso para a contratação de 6 postos de trabalho da categoria/carreira de bombeiro recruta - Prazo de validade do concurso; 7. Aprovada por unanimidade a proposta número 148/2016/CM, referente ao Unidade de Saúde Móvel - Contrato de Mandato Administrativo e declaração entre o Município de Tavira e a ARS Algarve; 8. Aprovada por unanimidade a proposta número 149/2016/CM, referente ao Protocolo de cooperação entre a Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) e o Município de Tavira; 9. Aprovada por unanimidade a proposta número 150/2016/CM, referente ao Protocolo de Parceria relativo à candidatura “SIMPLEX 2.0 - Municípios do Algarve Central”; 10. Aprovada por maioria a proposta número 151/2016/CM, referente ao Concurso Público n.º 4 – Cpce/16 – Concessão de Exploração de Estabelecimentos Existentes no Parque de Campismo da Ilha de Tavira – minuta de contrato; 11. Aprovada por unanimidade a proposta número 152/2016/CM, referente a Repavimentação da EM 513-1 e CM 1217, freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo (3-Emp/16) - Relatório preliminar. Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume. Paços do Concelho, 26 de julho de 2016 O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Manuel Nascimento Botelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1168, de 5 de Agosto de 2016)

pormenores são vários, desde os bancos, que imitam bolas da modalidade, até aos graffitis na parede que envolvem quem vai para jogar e quem não vai, no mundo do bilhar e do snooker. “Procurei preparar o espaço a rigor, para dar impacto”, confessa José Ribeiro. Que há cerca de três meses meteu mãos à obra e partiu e pintou paredes, montou prateleiras e organizou o espaço inteira-

mente a seu gosto. “Todo o embelezamento da casa foi feito por mim, fui eu que montei as prateleiras, pintei as paredes, quis sentir que todo o projecto é mesmo meu. Pedi ao SEN – graffiter do concelho de Olhão que embeleza espaços públicos geralmente abandonados -, para me fazer os desenhos nas paredes que ficaram espetaculares”, afirma o ex-jogador.

A Academia de Bilhar de Tavira terá, a partir de 15 de Setembro, formação gratuita para rapazes e raparigas dos 12 aos 18 anos. Torneios também não vão faltar e o primeiro é já no fim-de-semana de 6 e 7 de Agosto. “Será o torneio de inauguração da academia e esperamos contar com mais de 30 jogadores”, diz José Ribeiro. A academia está aberta de terça a sexta-feira entre as 15 e as 00 horas, sábados e domingos funciona a partir das uma da tarde. Quem recebe “as visitas” é José Ribeiro, que faz questão de estar sempre à frente do espaço. “Faço questão de ser sempre eu a estar aqui porque eu é que sei o que é que a casa precisa e qual é a explicação que tenho que dar às pessoas que vêm pedir informações. Isto não é apenas mais um café de porta aberta, é um espaço particular e muito especial. É a casa dos meus sonhos”, explica o impulsionador do projecto.

ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS

Francisco Leal novamente aos comandos da máquina eleitoral do PS/Algarve A COORDENAÇÃO DO ESFORÇO DO PS/ALGARVE para voltar a

vencer as autárquicas na região vai ser trabalho para o ex-presidente da Câmara de Olhão, Francisco Leal. Esta é a segunda vez consecutiva que o destacado militante socialista vai encabeçar aquilo que o PS pretende ser o esforço de campanha que conduzirá à vitória nas autárquicas do próximo ano. Está assim apresentado o homem do leme da batalha política que se avizinha e para a qual as equipas distritais e concelhias dos vários partidos já afinam as respectivas máquinas eleitorais. O PS dá assim o tiro de partida formal na caminha-

d.r.

ÔÔ Francisco Leal vai comandar coordenação das Autárquicas

da para as autárquicas, com o presidente da Federação do Algarve, António Eusébio, a depositar novamente a con-

fiança numa equipa liderada por Francisco Leal e que inclui José Gonçalves (Aljezur), José Pedro Cardoso (Portimão), Josélia Gonçalves (SBA), Célia Paz (VRSA) e José Liberto Graça (Tavira). Recorde-se que o PS saiu vencedor das eleições de 2013, com dez presidências de câmara e 36,75% dos votos. O PSD, a segunda força mais votada, somou quatro autarquias (Vila Real de Santo António, Monchique, Castro Marim e Albufeira), o PCP uma, Silves, e Faro foi conquistada por uma coligação que uniu PSD, PPM, CDS-PP e MPT, encabeçada por Rogério Bacalhau. RC


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Ruas dos bares em Faro longe de serem requalificadas pág. 8

Tenista tavirense quer conquistar courts da Europa Tomás Luís é o nome do atleta que com apenas 14 anos já é campeão nacional josé rasquinho

Ivo Neves ivon.postal@gmail.com

O ALGARVE CONTINUA A MARCAR PONTOS NA ÁREA DESPORTIVA. Desta vez, no ténis.

Chama-se Tomás Luís, é o actual campeão nacional da modalidade no escalão de Sub14 em duas categorias distintas e acabou de arrecadar, no passado fim-de-semana, o primeiro título internacional da carreira aos 14 anos. Em Portugal, o jovem de Tavira conquistou o lugar mais alto do pódio em singulares e em pares mistos, com Maria Ribeiro, do Clube de Ténis de Santarém, no Campeonato Nacional que se realizou em Setúbal, entre 12 e 16 de Julho. “O Tomás é um jogador bastante inteligente, esforçado, disciplinado e com grande capacidade de trabalho”, diz João Romeira, treinador do atleta do Clube de Ténis de Tavira que “no último ano e meio tem tido uma evolução brutal”. O melhor resultado que Tomás Luís tinha alcançado nos campeonatos nacionais foi a chegada aos quartos-de-final no escalão de Sub-12, até se tornar no “número 1” dois anos mais tarde. Entre diversos títulos conquistados, tais como o Campeonato Regional Individual em todas as variantes, o Campeonato Regional Sub-14 de equipas e de Seniores da 3ª Divisão, o tenista conseguiu, nos últimos tempos, impor-se frente aos antigos campeões nacionais. “O ténis significa muito para mim, pois já me deu várias alegrias”, diz o jovem. “Nos últimos anos o Tomás estava entre os 20 melhores jogadores do país na sua idade mas agora está entre os três melhores no ranking. É um atleta do melhor que temos a nível nacional”, acrescenta o treinador.

DENTRO DE CAMPO ‘IMPONENTE’, FORA DELE ‘EXTROVERTIDO’ “Fora de campo, o Tomás é um miúdo extrovertido, que gosta de brincar e que está bem com toda a gente”. É desta forma que João Romeira, treinador do jovem tavirense há cerca de um ano e meio, quando este trocou

ÔÔ Tomás Luís conquistou o primeiro título internacional da carreira o Tavira Racket Club pelo Clube de Ténis de Tavira, descreve o actual campeão nacional. Contudo, na hora da verdade, não há tempo para brincadeiras. “É muito focado. Dentro de campo é um jogador imponente pela sua potência, joga com muita intensidade e bate a bola muito forte”, diz João Romeira. Tomás Luís cresceu a ver o irmão a jogar ténis e com apenas cinco anos, ainda no infantário, quis experimentar também. “Adorei”, confessa. Dois anos mais tarde começou a competir e aos 14 quer fazer do ténis profissão. Entre aulas em grupo, individuais e de preparação física, Tomás treina, no mínimo, cerca de 15 horas por semana, o equivalente a três horas diárias, mais os fins-de-semana de competições. “Fora a escola”, lembra o treinador. Tomás confessa que “com alguma dificuldade” consegue conciliar os estudos com a actividade desportiva, mas que, apesar de ser “bom aluno”, “se houvesse mais ajuda da escola seria muito mais fácil” e o seu trabalho “seria mais produtivo”. Apesar de querer ser tenista profissional, Tomás tem a ambição de ingressar, com bolsa, numa universidade nos Estados Unidos, onde pode conti-

nuar a praticar a modalidade e a estudar em simultâneo.

CARREIRA INTERNACIONAL O

atleta do Clube de Ténis de Tavira está neste momento na Irlanda a disputar dois torneios com os melhores jogadores da Europa. No plano individual, Tomás Luís foi eliminado do primeiro torneio na segunda ronda, frente ao primeiro cabeça-de-série da prova, um atleta francês que “está no Top100 dos melhores da Europa”, diz João Romeira. Contudo, na variante de pares, o algarvio levou a melhor sobre todos os adversários e, juntamente com o britânico Joel Pierleoni, conquistou o primeiro título internacional da carreira no Dublin Week 1. “O Tomás tem surpreendido muita gente, eu próprio ainda não consegui perceber muito bem qual é o limite dele mas tem potencial para conseguir mais e melhor”, garante o treinador. A partir do próximo ano Tomás sobe para o escalão de Sub-16 e a aposta passa a ser a internacionalização, com o objectivo de ganhar visibilidade no estrangeiro. O segundo torneio em Dublin arrancou esta segunda-feira e “se as coisas lhe correrem bem, pode sair vencedor”, diz João Romeira.


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Associação tavirense promove abordagem preventiva e integral aos problemas de saúde Associação Semear Saúde disponibiliza abordagens terapêuticas variadas para várias patologias numa oferta de serviços que olha para a saúde do paciente de forma integral A ABORDAGEM AOS PROBLEMAS DE SAÚDE requer cada

vez mais uma postura de entendimento integral da saúde dos pacientes analisada como um todo e realizada por profissionais com reconhecida qualidade e mérito. Um objectivo que apenas se alcança com uma equipa multidisciplinar capaz de acompanhar cada caso de forma integrada e global. É exactamente isso que a Associação Semear Saúde faz nas suas instalações em Tavira, reunindo um conjunto de terapeutas fiáveis e de reconhecida capacidade técnico-científica, capazes de garantir a todos os pacientes um acompanhamen-

to de excelência. A esta realidade a Semear Saúde une meios técnicos de detecção precoce e tratamento adaptados às mais variadas patologias e assim, num único espaço situado em frente ao Tribinal de Tavira, a associação disponibiliza em instalações novas e amplas, terapêuticas que vão da acumpunctura, naturopatia, cura reconectiva e oxigenoterapia (Método OXIGENESIS), à nutrição e ao acompanhamento específíco para doenças das mulheres e das crianças, nomeadamente, na área da perturbação de hiperactividade com défice de atenção. Com as diversas terapêuticas disponibilizadas a Semear Saúde alcança o objectivo de res-

ponder não só aos problemas relacionados com a oncologia, razão primeira da criação da associação, mas também cria para os algarvios uma resposta integrada no domínio da prevenção para a saúde, dando a todos a possibilidade de descobrirem os meios mais adequados para fazer face aos seus problemas actuais e permitindo-lhes antecipar doenças que podem constituir um problema futuro. A par de toda esta actividade a Semear Saúde desenvolve também um amplo trabalho de programação e realização de eventos, workshops e palestras que constituem um meio importante para o desenvolvimento do conhecimento do público sobre pub

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ÔÔ As intalações da Semear Saúde inauguradas recentemente em Tavira

a saúde e as diversas abordagens possíveis aos problemas com ela relacionados. Um trabalho incessante feito dentro e em conjunto com a comunidade numa relação estreita e simplificada entre terapeutas e pacientes. Para acompanhar todo o trabalho da Semear Saúde em permanência pode juntar-se às páginas da associação na rede social Facebook através dos links: facebook.com/associacaosemearsaude; facebook.com/OncologiaIntegrativa ou facebook.com/ groups/semearsaude, ou ainda através de contacto directo nas intalações da Semear Saúde em Tavira, na Rua Dr. Silvestre Falcão, n.º 13 C, ou pelo telefone 281 320 902. pub


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região

Ruas dos bares em Faro longe de serem requalificadas Autarquia reconhece problemas e quer intervenção integrada na requalificação da zona Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com

HÁ MUITO QUE AS RUAS QUE EM FARO constituem a conhe-

cida zona dos bares da capital algarvia pedem intervenção de fundo na sua requalificação e com o desenvolvimento notório da actividade turística, notória nos últimos tempos, agudiza-se a necessidade de melhorar as condições urbanísticas da zona. Para a Associação de Empresários de Animação Nocturna de Faro (ANFARO), “esta é uma necessidade que existe há muito tempo e que se tem tornado nos últimos anos um problema mais notório”. Ao POSTAL Gabriel Ventura, um dos empresários com estabelecimento na zona há vários anos, afirma que “o problema tem várias dimensões, desde logo relacionadas com a qualidade da oferta que se faz aos clientes dos estabelecimentos de diversão nocturna, sejam eles da cidade ou turistas, mas também, de forma indirecta com a capacidade de atrair investimento privado para esta zona que se consolidou ao longo dos anos como a zona de diversão nocturna por excelência da cidade”. Gabriel Ventura realça que “repetidas vezes os empresários têm feito sentir à autarquia a necessidade de olhar para este conjunto urbano com uma visão estratégica” que permita

“criar condições para valorizar os investimentos feitos pelos empresários e para novos investimentos, gerando simultaneamente uma qualidade urbanística e condições de segurança que permitam desenvolver esta área da cidade”. Rogério Bacalhau está consciente e atento à situação que tem de ter, diz, “uma resposta integrada no quadro da requalificação do centro histórico da cidade”. A autarquia, garantiu ao POSTAL o presidente da Câmara Rogério Bacalhau, “não está desatenta” face a esta realidade. O autarca reconhece que “os privados têm reforçado o investimento nesta zona da cidade e trabalhado, em parte dos casos, no sentido de melhorar as condições em que os seus estabelecimentos prestam serviços a farenses e a turistas”.

UMA ZONA COM PROBLEMAS IDENTIFICADOS HÁ DÉCADAS A

conhecida zona dos bares da cidade está integrada na Área de Reabilitação Urbana (ARU) do Bairro Ribeirinho de Faro. O edificado da zona tem valor patrimonial e as intervenções têm regras apertadas para a sua execução. Desde meados da década de oitenta que esta ARU está sob estudo e que a sua reabilitação é desejada quer pela autarquia, quer pelos privados mas, salvo

ricardo claro

ÔÔ A Rua Conselheiro Bívar é a única requalificada na zona intervenções episódicas, as obras têm sido de reduzida monta. Os problemas são muitos e de difícil solução, nomeadamente porque a área está inserida no casco histórico do centro da cidade e inclui ainda muitos edifícios com valor patrimonial. As obras e investimentos naquela zona necessitam de cumprir requisitos que salvaguardem o património edificado e evitem erros já cometidos em intervenções mais antigas no edificado que não tiveram os melhores efeitos.

INVESTIMENTOS PRIVADOS NÃO SÃO ACOMPANHADOS PELO INVESTIMENTO PÚBLICO Certo é

que, apesar das exigências ao nível das intervenções nos edifícios serem rígidas, os privados têm nos investimentos que fazem nos seus negócios cumprido

as exigências camarárias. Em investimentos mais ou menos recentes são vários os exemplos bem sucedidos de investimento privado na zona que salvaguardam o edificado e o seu valor, melhoram as condições de manutenção e recuperação dos edifícios e devolvem dignidade ao conjunto de edifícios da zona. E não são apenas bares e discotecas, a zona oferece hoje um panorama de investimento privado bem mais diversificado. São hostels, comércio, restauração, e sim, bares e outros investimentos na área da diversão nocturna e mesmo de privados ao nível residencial, que têm sucessivamente e, em particular nos últimos anos, devolvido dignidade ao conjunto de edifícios desta ARU. Quanto ao investimento público, nomeadamente camarário, a resposta adequada a estes

investimentos tem sido muito escassa, para não dizer praticamente inexistente. As ruas continuam com calçadas desniveladas e intransitáveis - em particular para senhoras de salto alto -, o escoamento de águas pluviais é manifestamente deficiente durante o Inverno, a iluminação é ainda uma questão problemática em muitas áreas e a intervenção da autarquia ao nível da exigência de manutenção dos edifícios em pior estado de conservação ineficaz. Assim, a oferta de diversão nocturna e de restauração e alojamento, bem como a comercial, da zona vê as condições urbanas estarem manifestamente desadequadas face ao que deveriam ser e face ao que os privados investem, criando vida na cidade, gerando riqueza e postos de trabalho.

O FUTURO Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, aposta na conjunção de fundos camarários e dos quadros de apoio estatais para iniciar a resposta aos problemas de qualidade urbanística das zonas históricas da cidade O presidente da Câmara demonstrou ao POSTAL ser conhecedor da situação e da falta de investimento público, bem como da necessidade do mesmo ser uma realidade para se dar qualidade à cidade e a esta zona que está em franco

desenvolvimento. Mas ainda não é desta que, por exemplo, o programa municipal Faro Requalifica, que avança em breve para a sua segunda fase, vai abranger a zona. “Não estão previstas intervenções de relevo no Faro Requalifica II para aquela zona”, refere o autarca. “A autarquia está a criar condições para que exista um plano integrado de intervenção ao nível das áreas de reabilitação urbana da cidade, identificando situações de maior urgência e de maior necessidade na capacidade de resposta do investimento público para acompanhar o esforço de investimento reprodutivo dos privados”. “Temos de acompanhar os empresários no seu esforço em prol da economia da cidade e estamos a preparar as condições para o fazer”, refere o autarca, que realça que no âmbito do PARU - Plano de Acção para a Reabilitação Urbana, “a autarquia através da candidatura que apresentou ao CRESC Algarve 2020, pretende começar a dar resposta a estas necessidades”. “Não podemos efectivamente fazer tudo ao mesmo tempo, mas não ignoramos os problemas e as questões da zona e estamos a trabalhar com afinco para conseguirmos soluções que ultrapassem estas questões”, remata o presidente da autarquia.

INVESTIMENTO VAI PERMITIR “VALORIZAR UM PATRIMÓNIO QUE É ÚNICO”

Torre Albarrã do Castelo de Paderne vai ser restaurada Mónica Monteiro monicam.postal@gmail.com

FOI ASSINADO A 29 DE JULHO, o Protocolo de Colaboração para Valorização, Restauro e Conservação da Torre Albarrã do Castelo de Paderne. “Este é um dos castelos de taipa mais emblemáticos da Península Ibérica e portanto este restauro é, para além de tudo, uma oportunidade para valorizar um património que é único e que precisa de uma

intervenção rapidamente”, afirmou ao POSTAL Alexandra Gonçalves, directora da Direcção Regional de Cultura do Algarve. O Castelo de Paderne, situado a 100 metros de altitude, marca bem a sua presença na paisagem. Situa-se numa espécie de península formada pela Ribeira de Quarteira e por vales férteis, com abundante produção agrícola, numa zona estratégica, entre o Litoral e o Barrocal al-

garvio e entre Loulé e Silves. Foi construído no século XII durante o domínio Almóada, um período no qual os árabes organizaram um forte sistema defensivo por forma a tentar impedir a política expansionista dos cristãos. Política iniciada com D. Afonso Henriques e seguida pelos seus sucessores. Este emblemático monumento vê agora a sua torre restaurada num orçamento de perto de 90 mil euros para

d.r.

ÔÔ Intervenção tem um custo de 90 mil euros

esta intervenção parcial. “Só a torre é que será restaurada, porque neste momento é o elemento que se destaca mais na paisagem”, explicou a directora da DRCAlg. Esta é uma candidatura ao CRESC 2020 e o Protocolo envolve a Câmara de Albufeira e a Fundação Millenium BCP de forma a garantir a contrapartida nacional necessária. A intervenção levará cerca de oito meses a ser realizada.


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Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

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A – Uma autoestrada é uma via pública destinada a trânsito rápido. B – Uma auto-estrada é uma via pública destinada a trânsito rápido. C – Uma auto estrada é uma via pública destinada a trânsito rápido. D – Uma auto estrada é uma via publica destinada a trânsito rápido.

>> SOLUÇÃO da edição passada A – A foto-reportagem vencedora foi a de Mário Cruz. B – A foto reportagem vencedora foi a de Mário Cruz. ;; C – A fotorreportagem vencedora foi a de Mário Cruz. D – A foto reportagem vensedora foi a de Mário Cruz.

Sobe & desce

Esta é uma iniciativa das Bibliotecas Paula Nogueira do Agrupamento de Escolas Professor Paula Nogueira (Olhão) em parceria com a Casa da Juventude de Olhão e o POSTAL, que semanalmente divulga os problemas e as soluções deste jogo. VáriasescolasdoAlgarve jáaderiramàiniciativa:AEProfessorPaulaNogueira(Olhão)/AEdaSé(Faro)/AED.AfonsoIII(Faro)/AEDr.AlbertoIria(Olhão)/ColégioBernardetteRomeira(Olhão)/AEDr.JoãoLúcio(Fuseta)/AEdeEstoi(Faro)/AEJoaquimMagalhães(Faro)/AEdoMontenegro(Faro)/AEdeCastroMarim (Vila Real de St. António) / AE Professora Diamantina Negrão / (Albufeira) / Agrupamento de Escolas José Belchior Viegas (Mega Agrupamento de São Brás de Alportel) / Escola Secundária João de Deus (Faro) / Agrupamento de Escolas D. Paio Peres Correia (Tavira) / Casa da Juventude (Olhão) / Postal do Algarve. Convidamos todas as escolas e bibliotecas, interessadas em aderir ao Jogo da Língua Portuguesa e receber os materiais para o mesmo, a contactar: biblioteca.epnogueira@gmail.com ou jornalpostal@gmail.com.

Tenista de palmo e meio dá cartas na Europa

Ruas dos bares negligenciadas em Faro

Chama-se Tomás Luís é tavirense e tem apenas 14 anos, nada que o impeça de já ser campeão nacional em ténis, muito menos de se fazer a lutas maiores nos courts da Europa (Ler pág. 6).

Apesar do investimento privado estar a crescer a olhos vistos na zona dos bares em Faro a verdade é que do ponto de visto urbanístico o estado da área deixa muito a desejar (Ler pág. 8).

E-mail da redacção: jornalpostal@gmail.com

ficha técnica

Sede: Rua Dr. Silvestre Falcão, n.º 13 C - 8800-412 Tavira - Algarve Tel: 281 320 900 | Fax: 281 023 031 E-mail: jornalpostal@gmail.com On-line: www.postal.pt Director: Henrique Dias (CP 3259). Editor: Ricardo Claro (CP 9238). Redacção: Cristina Mendonça (CP 3258), Humberto Ricardo (CP 388), Ivo Neves e Mónica Monteiro (estagiários). Design: Profissional Gráfica. Colaboradores fotográficos: José A. N. Encarnação “MIRA” Colaboradores: Beja Santos (defesa do consumidor), Nelson Pires (CO76). Departamento Comercial, Publicidade e Assinaturas: Anabela Gonçalves, José Francisco. Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire ( mais de 5% do capital social) Edição: Postal do Algarve Publicações e Editores, Lda. Contribuinte nº 502 597 917. Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do Título (dgcs): ERC nº 111 613. Impressão: Naveprinter Distribuição: Banca - Logista, à sexta-feira com o Público/VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT. Estatuto editorial: disponível em http://www.postal.pt/quem-somos/ Membro: APCT - Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação; API - Associação Portuguesa de Imprensa.

Perplexidades de uma proibição: ainda o caso da venda de fruta fresca na praia Carta aberta Ao tomar conhecimento da justificação do Sr. Comandante das capitanias de VRSA e Tavira sobre a não abertura de concurso público para a venda ambulante de fruta fresca nas praias de Cabanas, Ilha de Tavira e Terra Estreita, na edição de 22 de Julho do Postal do Algarve, cumpre-me esclarecer o seguinte: Alega o Sr. Comandante, que tal concurso não foi aberto por três motivos.: - “Primeiro, porque este serviço [de venda de fruta] já existia nas praias”. Ora, se não foi aberto concurso, como é que pode

www.anaamorimdias.blogspot.com anamorimdias@gmail.com Tiragem desta edição:

existir tal serviço? Se o argumento se referia ao facto de ser vendida fruta nos concessionários das praias, o certo é que também não vale, não só porque não se vende, à excepção da Terra Estreita e Xiri Beach Bar, como porque em muitas outras praias os concessionários vendem “Bolas de Berlim” e os vendedores ambulantes de “Bolas de Berlim” não deixam de existir à conta disso. Verdade é que em 2015 tivemos acesso às licenças e as condições alegadas se mantiveram, apesar de neste ano nos terem sido vedadas. - “segundo, porque são praias que morfologicamente são pequenas,” Das três praias, a Terra

Estreita é a mais pequena. Ainda assim, mesmo que o argumento da morfologia pudesse ser aceite neste caso, estranha-se no caso da Ilha de Tavira e de Cabanas, notoriamente maiores que noutras onde a venda é permitida. - “e terceiro, porque a capacidade de pessoas é muito menor”. Segundo o Plano de Ordenamento da Orla Costeira Vilamoura-VRSA (DR n.º 121, I série-B, de 27 de Junho de 2005) o número de pessoas que a Ilha pode suportar (2844) é superior às praias de VRSA (2325), Cabeço (2210), Barril (1750), Armona (1550), Fuzeta-Mar (1550), Praia Verde (1480), Lota (750), só para citar al-

guns exemplos, e mesmo Cabanas tem maior capacidade do que a Lota, Praia Verde e todas as praias de Olhão.

por diversas vezes repetida, de “concorrência desleal”. Mais: se não há venda, como pode haver concorrência?

Acontece que o responsável pelas capitanias de VRSA e Tavira diz ainda que a venda ambulante de fruta naqueles areais pode ser “concorrência desleal”. No entanto, diz-se “concorrência desleal” (artigo 317.º do CPI), aos “actos susceptíveis de criar confusão com a empresa (…) dos concorrentes”, ou às “falsas afirmações feitas no exercício de uma actividade económica, com o fim de desacreditar os concorrentes”, entre outros. Certo é que não é nada disso que está aqui em causa. Daí que se estranhe a alegação,

Concorda-se no entanto com a declaração final, de que seja “importante manter um tecto máximo de vendedores ambulantes, porque senão estamos a criar na praia um mercado”. Estranha-se no entanto, é que a venda ambulante de roupa nas praias do Algarve, que todos os anos tem vindo a aumentar e que, essa sim, cria “na praia um mercado”, não mereça da parte das autoridades a mesma proibição. Hugo Lopes (Responsável da empresa FrutaMar)

Em frente aos espelhos...

Ana Amorim Dias - Escritora

9.097 exemplares

opinião

Cada um vai ao que quer e ao que entende. Uns vão mesmo é para dançar. Sem querer saber de mais nada, rodopiam pela pista como se não houvesse passado nem futuro e o resto do mundo não existisse. Outros vão para curtir a despreocupação, os amigos e a bebida. E outros ainda concentram-se sobretudo na caça. É o meu caso. Sempre. Mas deixem-me contex-

tualizar aqui a “caçada”. Nas discotecas, ainda mais do que no resto do planeta, costumo ficar estática, embasbacada, fascinada pela delirante riqueza do comportamento humano nestes espaços de dúbios interesses onde a comunicação apenas se pode fazer por mímica. Falo a sério: para um escritor (ou actor) qualquer discoteca é fértil couto de caça.

A quantidade de suculentas personagens, pródigas em tiques, expressões, trejeitos, e a quem os estereótipos se colam como uma segunda pele, fazem com que, em apenas meia hora de observação, tenhamos material para muitos meses de trabalho. Mas todo o caudaloso manancial de apatetadas condições humanas que as discotecas sempre forne-

cem, não é na pistas que melhor se garimpa, nem na cabine dos DJs e nem tão pouco junto aos bares. É numa zona mais triste, onde se vê a insegurança e falta de amor próprio que desfila de saltos tão altos, saias tão curtas e atitudes tão inseguras em frente aos espelhos das casas de banho femininas. Deixa-me triste... mas lá está: há piores problemas no mundo.


O POSTAL

última

regressa no dia 19 de Agosto

Tiragem desta edição:

9.097 exemplares

Tavira ‘à distância de um toque’ através da plataforma digital Tomi Rede regional cresce e já abrange cinco concelhos Mónica Monteiro / Ricardo Claro monicam.postal@gmail.com

A PLATAFORMA DIGITAL TOMI (Total Outdoor Media Interactive) acaba de chegar a Tavira e conta com aparelhos “instalados em pontos estratégicos”, afirmou ao POSTAL Jorge Botelho, presidente da autarquia tavirense. O Tomi é um equipamento parecido com um tablet gigante que apresenta notícias e a agenda local, e que está interligado com uma rede regional de equipamentos distribuídos por várias localidades da região, permitindo que qualquer pessoa que aceda ao ecrã interactivo de um Tomi possa saber, por exemplo, a agenda e outras informações úteis sobre qualquer das localidades onde os equipa-

mentos já existem. Assim é possível em Portimão aceder à informação de Tavira, ou em Tavira conhecer o que se vai passar em termos de agenda em Faro ou Vila Real de Santo António. Como serviço “extra”, a plataforma permite tirar uma fotografia no momento e partilhá-la de imediato via e-mail ou smartphone. Para já a cidade de Tavira conta com quatro equipamentos, junto ao antigo Mercado Municipal, junto ao Posto de Turismo, junto ao Arquivo Municipal e frente ao Palácio da Galeria, disse ao POSTAL o autarca local que encara a instalação destes sistemas como “uma forma de potenciar o acesso das pessoas a informação útil em termos turísticos e não só”. No Algarve, Vila Real de Sanpub

ivo neves

ÔÔ Tomi instalado em frente ao antigo Mercado Municipal

to António, Monte Gordo, Olhão, Faro, Portimão, Alvor, Mexilhoeira Grande e Praia da Rocha são os locais que já têm Tomis e a rede vai ser alargada para Lagos e Lagoa em breve. A gestão dos conteúdos informativos disponibilizados é feita pela Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL). Os Tomis instalados na cidade de Tavira trazem, segundo o presidente Jorge Botelho, “um toque de modernidade à cidade em termos de novas tecnologias, com informação, regional e municipal, e um directório de tudo o que existe em Tavira, à distância de um toque de dedo”. “O facto de ser digital, interactivo e de estar acessível a todas as pessoas faz toda a diferença na promoção da cidade, que é o que interessa”, conclui o edil. pub


D.R.

Missão Cultura: d.r.

O Amor em Lobito Bay: Lídia Jorge na arte do conto p. 4

Colaboração em torno da Torre Albarrã do Castelo de Paderne

p. 2

Espaço AGECAL: d.r.

Gestão cultural urbana: o ‘Verão em Tavira’

p. 3

Artes visuais: d.r.

d.r.

Áurea brilha no Festival do Marisco

Os limites da integração de técnicas nas artes visuais p. 6

Espaço ALFA:

d.r.

AGOSTO 2016 n.º 95

Jornalismo on-line: um curso para todos!

p. 7

Mensalmente com o POSTAL em conjunto com o PÚBLICO 9.097 EXEMPLARES

www.issuu.com/postaldoalgarve

p. 5


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05.08.2016

Editorial

Festas, festivais e feiras

Ricardo Claro

Editor ricardoc.postal@gmail.com

AGENDAR

O Verão instalou-se intrépido por terras do Algarve e o calor tem feito jus à época de estio, convidando a sair à rua e a viver fora de portas a época estival. As autarquias algarvias desempenham por esta altura um papel fulcral na dinamização da programação cultural e animação de toda a região e fazem-no em prol do turismo, mas também em resposta àquelas que são as necessidades dos seus munícipes. Não há nem recanto que não tenha por estes dias uma festa, uma feira, um festival. Rotulados por muitos como mera animação de Verão, estes acontecimentos - para fugir aoscostumeiro termo 'eventos' - são também manifestações culturais de relevo e são-no pelas mais variadas razões. Desde logo, porque trazem ao Algarve muito do que se faz no país em termos musicais e de artes performativas. Em particular destaque estão neste aspecto alguns dos nomes mais sonantes da música portuguesa que marcam presença na região nesta época enquanto presenças em alguns dos cartazes de festivais como o Festival do Marisco em Olhão, ou o Festival F, em Faro, ou o MED, em Loulé. Por outro lado, as festas e festivais celebram o que de mais arreigado há na identidade das terras onde se realizam. Celebra-se a sardinha em Portimão, comemora-se a doçaria em Lagos, festeja-se o presunto em Monchique ou os frutos da Ria Formosa na festa farense com o mesmo nome e os saberes serranos na Feira da Serra são-brasense. É a cultura a dar nas vistas, a passear-se pelas praças e zonas ribeirinhas, nos jardins e calçadões deste nosso Algarve, policromada e polifónica a combinar com as cores vivas do Verão.

Cultura.Sul

Missão Cultura

Colaboração em torno da Torre Albarrã do Castelo de Paderne Direção Regional de Cultura do Algarve

Foi assinado a 29 de Julho, na Câmara Municipal de Albufeira, entre a Direção Regional da Cultura do Algarve, o Município e a Fundação Millennium BCP, um protocolo de colaboração financeira para a execução da primeira fase do Projeto de Conservação e Restauro dos Módulos de Taipa Almóada do Castelo de Paderne - Torre Albarrã. O projeto é um investimento prioritário, identificado no planeamento da Cultura para a Região, pelo que será submetido ao CRESC 2020 através de candidatura. As caraterísticas mais notáveis do Castelo de Paderne são o uso massivo da taipa, como sistema construtivo, e a inexistência de torres intermédias ou de esquina, suprimidas por uma única torre de albarrã, ex-libris do castelo. Talvez por tratar-se de uma fortaleza de pequena escala, em sítio tão escarpado, o quebrar dos muros é recurso defensivo suficiente para compensar a fal-

foto: drcalg/r. parreira

ta de torres. A arquitetura militar tem a característica de ser completamente racional, no sentido de que não há desperdícios nos meios para garantir funcionalidade. No ato, participou o Arq. Manuel López Vicente que apresentou o projeto de intervenção de que é o autor. Princípios do Projecto de Intervenção O projeto assumiu os critérios e as recomendações das Cartas e Convenções sobre Património Cultural. Baseou-se numa série de opções técnicas compatíveis com a natureza do monumento de forma a permitir enquadrar a sua valorização, compreensão e leitura, nas seguintes bases: Manter a autenticidade e a identidade da Torre Albarrã evitando o falso histórico, ou acabamento de estilo histórico incongruente; Evitar que a Torre Albarrã se converta numa cópia, caricatura ou falsificação de si mesma; Respeito por todos os acréscimos de todas as épocas, pois apresentam-se como um documento para leitura das diferentes

Torre Albarrã do Castelo de Paderne fases da torre, desde que não sejam incongruentes, conflituantes ou incompatíveis com o restante monumento; Faculdade no uso de reinte-

grações e inserções de novos elementos, a fim de preservar e estabilizar a estrutura interna do suporte, perceptíveis e adequadas em termos de cromática;

Qualquer intervenção não poderá impedir acções futuras de conservação e restauro. Nesta base resultou um projeto conservador, centrado no saneamento das patologias dos módulos de taipa constituintes da Torre, para garantir uma maior durabilidade desta. O grau de intensidade da intervenção será proporcionado ao estado de conservação do módulo ou da zona a tratar, procurando manter aqueles cuja conservação esteja aceitável, individualizando os acrescentamentos e as alterações sofridas. Inclui eliminar o mínimo de material original, com as reintegrações e inserções reduzidas ao estritamente necessário, em harmonia com o contexto do edificado histórico, para uma adequada e controlada melhoria estética do perfil e da silhueta da Torre. As parcerias tornam assim mais uma vez possível a salvaguarda e valorização do nosso património cultural no Algarve, ao permitir um esforço tripartido com vista à recuperação nesta primeira fase da Torre Albarrã do Castelo de Paderne.

Juventude, artes e ideias

Bandas de Olhão no Festival do Marisco d.r.

Jady Batista

Coordenadora editoral J

O Festival do Marisco volta a ser palco para as bandas de Olhão. Assim, esta iniciativa do município, organizada pela Fesnima, para além de referência nacional como festival gas-

tronómico que traz a Olhão os melhores artistas da atualidade, assume também o nobre papel de promover os talentos da nossa terra. Tal como tem vindo a ser hábito, nos últimos anos, o Festival do Marisco, em parceria com a Casa da Juventude, convida as bandas que ao longo do ano se destacam a nível do nosso concelho. Nesta edição estão presentes três bandas de originais. No dia 10, a banda Caleidoscópio sobe ao palco antes dos Expensive Soul. The Black Teddys partilham o palco, no dia 11, com Os Azeitonas. Con-

“PRAIAS DO BARLAVENTO ALGARVIO E OUTRAS” Até 31 AGO | Centro de Interpretação de Vila do Bispo Leonardo Neves apresenta 46 obras de pintura a óleo sobre tela, onde retrata a paisagem marinha e campestre da zona do barlavento

tra-Corrente antecedem a atuação de Xutos e Pontapés, na última noite do festival, dia 14. Esta é uma oportunidade para a

população olhanense e os muitos visitantes nacionais e internacionais ficarem a conhecer o valor dos nossos músicos, neste

que é o palco maior do nosso concelho. A promoção dos jovens músicos da nossa terra tem sido um dos objetivos levados a cabo pela Casa da Juventude do Município de Olhão. A par desta iniciativa destaque para outras não menos importantes como: a formação em DJ e Produção Musical, ministrada por Viriato Muata; As Bandas da Casa, projeto de formação de bandas, em parceria com Eduardo Patarata; a organização de eventos como o Mostra-te ao Vivo e o Olhão ao Vivo, onde atuam exclusivamente bandas de Olhão.

“HOMENAGEM AO REI DO ROCK & ROLL” 14 AGO | 22.00 | Palco da Doca - Faro A Orquestra de Jazz do Algarve convida Elvis, aliás, Selvis Prestley, para reviver um artista e a sua carreira


Cultura.Sul

05.08.2016

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Grande ecrã

Cinema não europeu mostra-se ao público no Convento do Carmo Enquanto o Cineclube de Faro faz uma paragem quase total neste mês de Agosto, Tavira prepara-se para uma quinzena inicial do mês recheada de muito e bom cinema. Regressa ao Convento do Carmo, na cidade do Gilão, ao ar-livre como a época aconselha, a mostra de cinema não europeu que marca anualmente a programação da cidade. Entre hoje, dia 5, e o próximo dia 15, juntam-se na tela de projecção curtas e longas metragens de realizadores como Bill Pohlad, Hiromasa Yonebayashi, Anna Muylaert ou o incontornavel Scorsese. O convite está lançado para mais de 20 películas que podem ser desfrutadas em pleno num enquadramento de beleza particular, o tavitrense Convento do Carmo. Oportunidades únicas de ver ou rever filmes que em muitos

fotos: d.r.

Cineclube de Tavira

Programação: www.cineclubetavira.com 281 971 546 | cineclubetavira@gmail.com MOSTRAS DE CINEMA NÃO EUROPEU | CONVENTO DO CARMO EM TAVIRA (AR LIVRE) | 21.30 HORAS 5 AGO | Curta: BOTTLE (GARRAFA), Kirsten Lepore, E.U.A. 2011, 6 min, M/6 | Longa: LOVE & MERCY, Bill Pohlad, E.U.A. 2014, 120 min, M/12 6 AGO | TRUMBO, Jay Roach, E.U.A. 2015, 123 min, M/12

Cena do filme 'A insustentável leveza do ser' casos são por muitos considerados de culto ou integram a memória colectiva da sétima arte, como 'A insustentável le-

veza do ser'. Vale bem a pena viver momentos únicos com os olhos fixos no ecrã de todos os sonhos.

7 AGO | OMOIDE NO MÂNÎ (MEMÓRIAS DE MARNIE), Hiromasa Yonebayashi, JAP 2014, 103 min, M/6 8 AGO | EL ABRAZO DE LA SERPIENTE (O ABRAÇO DA SERPENTE), Ciro Guerra, Colombia/Venezuela/Argentina 2015, 125 min, M/14

9 AGO | Curta: SNAKE-AFGHAN WOMEN POETRY (SERPENTE-POESIA FEMININA AFEGÃ), Seamus Murphy, Irlanda 2013, 14 min, M/12 | Longa: TAXI (TÁXI DE JAFAR PANAHI), Jafar Panahi, IRÃO 2015, 82 min, M/12 10 AGO | Curta: THE DAM KEEPER (O GUARDIÃO DO AÇUDE), Robert Kondo & Daisuke ‘Dice’ Tsutsumi, E.U.A. 2014, 18 min, M/6 | Longa: EL BOTÓN DE NACAR (O BOTÃO DE NÁCAR), Patricio Guzmán, CHILE/F/ES/SUI 2015, 82 min, M/12 11 AGO | QUE HORAS ELA VOLTA? (THE SECOND MOTHER), Anna Muylaert, BRA 2015, 111 min, M/12 12 AGO | Curta: EL EMPLEO (O EMPREGO), Santiago Bou Grasso, Argentina 2008, 11 min, M/6 | Longa: MEDIANERAS (SIDEWALLS), Gustavo Taretto, ARG/ES/ AL 2011, 95 min, M/12 13 AGO | SPOTLIGHT (O CASO SPOTLIGHT) Tom McCarthy, E.U.A./CAN 2015, 128 min, M/14 14 AGO | THE UNBEARABLE LIGHTNESS OF BEING (A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER), Philip Kaufman, E.U.A. 1988, 171 min, M/16 15 AGO | GEORGE HARRISON: LIVING IN THE MATERIAL WORLD, Martin Scorsese, E.U.A. 2011, 208 min, M/12

Espaço AGECAL

Gestão cultural urbana: o 'Verão em Tavira'

Jorge Queiroz Sociólogo e gestor cultural; Sócio da AGECAL

Em territórios que atraem turismo surgem contactos entre culturas locais e de outras geografias, expectativas e modelos comportamentais. Que programas culturais devem ser desenvolvidos para a comunidade e os visitantes? Esta questão colocou-se a Tavira e ao município no início da década passada. Os modelos conhecidos, festivais de música com promoção de marcas ou de gastronomia com música, não correspondiam ao potencial cultural e ambiental da cidade. Um “festival mediático” consumiria recursos significativos em dois ou três dias e seria imitativo do que já se fazia baseado em “cartazes” sonantes. O desenvolvimento humano é a marca da cidade cultural, não há cultura sem conhecimento e práticas. Com um perfil cultural herdado,

Tavira evidencia há muito uma estética urbana desenhada pela elevada densidade de ocorrências monumentais. Possui também património imaterial valioso, reconhecido em 2013 pela UNESCO com a dieta mediterrânica e os valores associados. Optou-se por um programa multidisciplinar de Julho a Setembro, um título simples com dois nomes, da estação do ano e o da cidade. “Verão em Tavira” (VET), em português, o património vivo mais importante de Portugal e idioma oficial de oito Estados nos cinco continentes, podendo ser subtítulado noutra língua. O VET surgiu em Julho de 2002 no contexto da reabilitação patrimonial e redefinição da orgânica municipal, década e meia provando sustentabilidade e adaptabilidade a diferentes circunstâncias e orçamentos. Foi pensado e concretizado como programa de conhecimento e lazer, nele cabendo educação e ciência, relação do património histórico-monumental com as artes actuais, divertimento e valorização ambiental, dirigido à população residente e visitantes, a todas as idades, com entradas gratuitas e alguns concertos com bilheteira, informativamente por um jornal de conteúdos.

d.r.

Nunca foi um programa “para turistas”, um inquérito confirmou 70% de público residente. Os turistas são cidadãos como nós vindos de outros lugares, normalmente desejando descobrir ambientes e culturas diferentes. Importa dar-lhes atenção, informação, hospitalidade, integrá-los como a um amigo que recebemos em casa. Sendo uma indústria, o turismo resulta de pré-existências naturais e culturais, que importa respeitar, estudar, salvaguardar e potenciar, a favor das populações e da economia regional.

O VET foi estrategicamente articulado com os recursos artísticos nacionais mas sempre ligado ao potencial proporcionado pelas instituições locais em cada momento mais activas, como o Museu e a Biblioteca Municipais, Centro de Ciência Viva, Cineclube (Mostras do Cinema Europeu e Não Europeu), Banda de Música, Academia de Música, Armação do Artista, Casa das Artes, Corpodehoje, Fado com História, Ranchos Folclóricos, NAFA, ASTA,… Estiveram em Tavira destacados nomes da música ligeira, como Mariza,

Abrunhosa, Dulce Pontes, Ana Moura, Carlos do Carmo, Rui Veloso, Sérgio Godinho, GNR, Deolinda, Rodrigo Leão e muitos outros, mas também a música clássica e a ópera. As feiras temáticas ligadas à produção cultural, livro, disco, artesanato, antiguidades, acompanham o Verão. Em 2005 surgiu o “Cenas na Rua”, festival internacional de teatro e artes na rua, uma quinzena em Julho, provavelmente o maior do sul do País. No “Jazz no Palácio” actuaram os melhores músicos e intérpretes do jazz nacional e no Palácio da Galeria/ MMT programadas relevantes exposições de arte, casos das Colecções Berardo, Fundação Gulbenkian, CGD ou das individuais de Luís Gordillo, Costa Pinheiro, Bartolomeu, Alberto Carneiro, Ângelo de Sousa, Paula Rego, Júlio Pomar, Cabrita Reis,… Impossível estabelecer números, mas são largas dezenas de milhares de pessoas que acompanham o VET e muitas marcam férias de acordo com a programação. O “Verão em Tavira” foi construído com e para as pessoas, é património destas, da autarquia e da cidade. Um “caso de estudo” de gestão cultural urbana. Pela longevidade e os frutos se reconhece a qualidade de uma árvore.


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05.08.2016

Cultura.Sul

Letras e leituras

O Amor em Lobito Bay: Lídia Jorge na arte do conto joão pedro marnoto

Paulo Serra

Investigador da UAlg associado ao CLEPUL

O Amor em Lobito Bay, publicado pela D. Quixote, é o quarto volume de contos da autora Lídia Jorge. Natural de Boliqueime, e uma das grandes romancistas da literatura portuguesa pós-25 de Abril, a autora opta por escrever estas narrativas breves entre os seus romances, como forma de experimentação literária, sendo o romance aquilo que a autora chama de “demonstração longa”. Os anteriores volumes de contos foram Marido e outros contos (1997), onde está integrado «Marido», um dos seus melhores contos, O Belo Adormecido (2004), e Praça de Londres (2008). Foram ainda publicados dois contos em edição individual: O organista e A instrumentalina, que já antes tinha conhecido uma edição isolada e estava ainda integrado na antologia de Marido e outros contos. Na contra capa deste livro podemos ler pelas palavras da própria autora que: «Em termos de género, o conto é um híbrido. Ele promove os dotes copiosos da narrativa mas dirige-se para a forma sucinta do poema. Gostaria que os meus contos, oscilando entre uma e outra forma, contivessem filmes de acção no seu interior, e ao mesmo tempo se aproximassem da música livre, sucinta, feita com um mínimo de palavras.». «O Amor em Lobito Bay» é o primeiro conto da colectânea, não só porque dá nome à mesma, mas porque acabou por coincidir com o tema de outros contos já escritos, igualmente inseridos na compilação: «O Tempo do Esplendor», «Dama Polaca Voando em Limusine Preta» e «Um Rio Chamado Mulher». Foi a partir desses que a autora decidiu escrever os outros cinco. Uma vez mais, na contra capa do livro, podemos ler que os contos reunidos neste livro «parecem chegar até nós com a finalidade de inquietar porque subvertem uma ordem e, ao mesmo tempo, têm o

O Amor em Lobito Bay é o quarto livro de contos de Lídia Jorge condão de aquietar porque propõem uma clarificação». É isso que acontece com a história do rapaz que queria comer o coração da andorinha. «O Amor em Lobito Bay» narra a história de um menino que queria apanhar uma andorinha viva pois «corria o rumor de que aquele que comesse o coração de uma andorinha apanhada em pleno voo, tornar-se-ia o maior corredor do mundo» (pág. 16). Lídia Jorge declarou, em entrevista, que o conto que dá título ao livro nasceu de uma história que ouviu contar, durante um almoço depois de uma sessão na Universidade Católica, ao padre José Tolentino Mendonça. A autora ficou tão sensibilizada com a história que lhe pediu depois autorização para

se apropriar dela, cruzando-a com o que conhecia de África. África, ou pelo menos a África lusófona, é um continente familiar a Lídia Jorge, pois depois de terminar o curso foi para Luanda onde se casou. Além disso, já tinha ouvido os relatos do avô que vive em África e do pai que também foi emigrado por lá. Dois anos depois de Angola, foi viver para Moçambique, país sobre o qual escreveu, aliás, em A Costa dos Murmúrios, um dos romances que mais a impulsionou no panorama literário nacional, adaptado em 2014 ao cinema por Margarida Cardoso. A salvaguardar a veracidade destas narrações breves temos no decorrer do conto «O Amor em Lobito Bay» planos alterna-

dos entre a história narrada e o momento em que a mesma é narrada pelo padre José Tolentino Mendonça, designado como «o professor»: «Era uma ave pequenina, fugidia, uma avezita de arribação que ora estava ora não estava. Era a andorinha. Disse o professor, enquanto nos serviam o primeiro prato.» (pág. 15). Diz-se ainda no próprio texto de apresentação do livro de que em todos os contos «existe uma história de amor, no sentido mais amplo do termo, que entrecruza a experiência da confiança na vida com o desconcerto do mundo». Mas aquilo que realmente parece unir estes contos é a forma como todos eles decorrem fora do nosso país, como episódios em trânsito pelo d.r.

Lídia Jorge é uma consagrada e premiada escritora

mundo e também pela vida, muitas vezes assinalando o momento de transição entre uma certa infância ou ingenuidade e a idade adulta, de confronto com a realidade em geral e com a realidade decorrida das nossas próprias escolhas. O amor pode assim definir-se como um momento de encontro consigo próprio que permite, então, encontrar o outro. O segundo conto, «Overbooking», ocorre num terminal de aeroporto onde um homem decide contar a um perfeito desconhecido um episódio traumático do qual participou e cuja verdade temível escondeu até àquele momento: «eu tenho uma coisa má para contar» (pág. 29). Este sentimento de isolamento ou de deriva num mundo maior perpassa ainda pelos outros contos, onde abundam ainda os estrangeirismos ou falas inteiras em inglês ou polaco, a confirmar essa ausência do país através do encontro com outras línguas. E talvez por o encontro com um Outro que partilhe connosco a mesma nacionalidade, a língua, as referências, seja mais forte esse impulso de confessionalidade e de despir a alma, como aconteceu a esse homem no aeroporto que confessa ter sido cúmplice de um crime. «O Tempo do Esplendor» é o terceiro conto e um dos mais belos, a par de «O Amor em

Lobito Bay», onde se conta a história de uma menina que para chamar a si o amor e o reconhecimento por parte do pai chega a tomar medidas drásticas. Esta narrativa terá também partido de uma história contada à autora, onde uma menina, Marina Pestana, de cinco anos, decide bordar um lenço para o pai onde caiba todo o seu amor: «O meu lenço tinha estrelas, o sol, a lua, os peixes e as flores e ninguém o via. O meu pai nem tinha escutado o meu murmúrio.» (pág. 59). Esta questão do distanciamento entre pais e filhas é aliás algo que cruza aliás a obra de Lídia Jorge, como, por exemplo, em O Vale da Paixão. Destaque-se ainda «Um Rio Chamado Mulher» que cruza mais uma vez a ficção e a realidade, onde se narra, conforme a autora contou num encontro decorrido na Casa Manuel Teixeira Gomes, em Portimão, um episódio decorrido em «New Orleans» onde, na busca do legado deixado por William Faulkner, mais especificamente a propósito do seu conto «Old Man», se dá um encontro com uma mulher, de seu nome Barbara (parecendo ela própria uma personagem de filme ou de livro), que alega que A Escolha de Sofia é a sua própria história. Quem lê «Um Rio Chamado Mulher» sente-o como um episódio que poderia ser retirado de um diário da autora, sendo bem conhecido o apreço de Lídia Jorge pela escrita de William Faulkner, uma das suas influências literárias como é o caso da sua obra de estreia O Dia dos Prodígios (1980). E, a dado passo do conto, lemos mesmo algo que a escritora declarou, referindo-se ao seu pai, durante essa Conversa com Gente Singular, em Portimão, e que aproxima inequivocamente esta narrativa de um episódio autobiográfico: «Queria, mais uma vez, experimentar na alma o princípio legado pelo meu pai de que quanto mais nos afastamos de casa mais nos aproximamos da nossa verdadeira morada» (pág. 105). O leitor anda assim numa corda bamba em que quer ler e sentir estes contos como uma confissão da própria autora, mesmo quando ela foi apenas uma interposta voz a dar conta dos relatos que lhe chegaram ou que testemunhou.


Cultura.Sul

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Panorâmica

Olhão marca agenda cultural com os sons do Festival do Marisco

Ricardo Claro

Jornalista / Editor ricardoc.postal@gmail.com

São algumas das melhores vozes do país e trazem ao Algarve muito do que de melhor se faz em termos de música nacional. Integram o cartaz do Festival do Marisco que promete, como sempre, arrastar largos milhares de pessoas até ao Jardim Pescador Olhanense entre os dias 9 e 14 deste mês. Agosto não seria o mesmo sem o mais importante festival da região, que alia de forma única os frutos do mar da Ria Formosa, a melhor arte culinária do Algarve e a boa música, numa frente de mar de que poucas terras algarvias se podem gabar. A cidade que se estende à beira-ria no coração da reserva natural faz jus ao epíteto de capital da Ria Formosa e reserva para os vistantes do Festival do Marisco, muito que comer, que beber e que escutar e ver num evento que é incontornável no Verão da região. Camarão, sapateiras, arroz de marisco, a célebre vila de amêijoas, arroz de lingueirão, açorda de marisco, caranguejos, amêijoas abertas ao natural, ostras e muito, muito mais são as iguarias ímpares que todos os que ru-

d.r.

marem a Olhão durante os dias do festival vão poder saborear. O ambiente esse é igual ao de sempre, único, animado, especial e convidativo nas noites em que ao calor do Agosto algarvio se unem os sorrisos francos e abertos e a arte de bem receber dos olhanenses. Bilhetes mais baratos nesta edição Nesta edição a Fesnima, empresa municipal olhanense responsável pela organização do Festival do Marisco, apostou na redução dos preços das entradas para conquistar ainda mais público, que decerto se somará aos milhares que anualmente fazem do evento um dos mais concorridos da agenda estival.

Festival já se tornou uma referência no Verão algarvio As entrdas vão variar entre os cinco e os oito euros, respecti-

vamente para os dias 9, 10 , 11 e 13 e para os dias 12 e 14, que

acolherão no palco C4 Pedro e Xutos & Pontapés.

Áurea, Xutos & Pontapés e Os Azeitonas são três dos nomes fortes do cartaz do Festival do Marisco

Animação e diversão são as palavras de ordem do evento maior do calendário anual de Olhão e já se prepara tudo na baixa da cidade para que a frente ribeirinha acolha nas melhores condições possíveis os comensais e os convivas a partir da próxima terça-feira. Absolutamente imperdível ou não fosse o Festival do Marisco a mais importante oferta de animação do concelho de Olhão, o evento decerto não deixará de proporcionar, a todos os que dos quatro cantos do Algarve escolhem a cidade cubista como ponto de passagem neste seis dias, momentos culturais de excepção. Nesta 31ª edição, a aposta na qualidade dos produtos do mar e da Ria Formosa promete manter-se. “Aliás, esse é um dos pontos de honra deste evento desde a primeira hora: gastronomia confeccionada no local e no momento!”, afirma a autarquia liderada por António Miguel Pina. E ninguém duvide da promessa de que o que de melhor a Ria Formosa tem para oferecer se poderá provar por terras olhanenses, é que a arte de bem cozinhar marisco é dominada há séculos pelas gentes de Olhão, timbradas na arte de mariscar e pescar e de levar à mesa pratos dignos de louvor com aquilo que o mar dá e que a ria tempera com um gosto único e indesmentível na excelência. Perder este momento seria um pecado, por isso já sabe, Olhão tem de constar da sua

Programação: Os Azeitonas | 11 AGO

Camané | 13 AGO

A menina bonita da voz magnífica promete arrastar uma multidão até Olhão para ouvir temas como 'Scratch My Back'.

A sonoridade de Os Azeitonas não deixará ninguém indeferente no festival deste ano. Um concerto a não perder.

A festa olhanense não seria a mesma se não contasse com a noite de fados que marca sempre ao cartaz. Desta vez a voz é a de Camané.

Expensive Soul | 10 AGO

C4 Pedro | 12 AGO

Xutos & Pontapés | 14 AGO

Demo (MC) e New Max, trazem a Olhão os sons da soul, r' n b', punk e hip-hop, num registo que conquistou uma legião de fãs.

Os ritmos de Angola chegam ao festival na noite de dia 12 pela mão de C4 Pedro, a proposta é tentadora para os amantes do género.

O encerramento do Festival do Marisco está bem entregue nas mãos da banda de culto do rock nacional na noite de dia 14.

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Áurea | 9 AGO

“ESPECTÁCULO CLÁSSICO ENCANTE” 13 AGO | 22.00 | Praia da Angrinha - Ferragudo As vozes de Vitorino e Janita Salomé juntam-se às dos Cantadores de Redondo e à Orquestra Clássica do Sul para um espectáculo que associa o Cante Alentejano aos temas tradicionais da orquestra

“A COR DO CORAÇÃO” Até 8 de OUT | Centro Cultural de Lagos Brigitte von Humboldt é uma pintora alemã que em 1979 fixou residência na cidade de Lagos, onde criou o seu atelier de pintura Atelier Azul’ na Meia-Praia


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05.08.2016

Cultura.Sul

Artes visuais

Quais os limites para a integração de técnicas nas artes visuais?

Saul Neves de Jesus

Professor catedrático da UAlg; Pós-doutorado em Artes Visuais pela Universidade de Évora

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Muitas vezes, perante certas obras, os espetadores questionam-se sobre como foi esse produto realizado, procurando identificar se se trata de pintura, de fotografia, de escultura, de instalação, etc. Outras vezes, as obras artísticas produzidas nem sequer são compreendidas pelo espetador. Isto pode dizer respeito ao conteúdo da obra, mas também diz respeito, muitas vezes, às técnicas de produção utilizadas. As técnicas contemporâneas de produção artística levam a que, por vezes, não se compreenda facilmente como são realizadas algumas obras. A arte contemporânea veio abrir as possibilidades relativamente às formas de produção artística e às combinações possíveis na utilização de diversas técnicas, tendo também cada vez menos sentido tentar categorizar um artista num determinado movimento ou estilo. A maioria dos artistas experimentam as várias técnicas existentes na sua época, numa perspetiva de experienciação no processo de produção artística. Sendo atualmente inúmeros os meios possíveis, sobretudo com o desenvolvimento das novas tecnologias, a maioria dos artistas procura integrar todos esses meios para o fim em vista que é a produção de uma obra artística. Uma das modalidades de expressão e produção artística cada vez mais frequente na arte contemporânea traduz uma utilização simultânea da fotografia e da pintura. Por exemplo, nos trabalhos de fo-

to-pintura que temos produzido a partir de 2006 temos utilizado a técnica de colar as fotos impressas em papel fotográfico na tela e pintarmos a partir daí o resto da tela, podendo também ser pintada parte das fotografias para que seja melhor conseguida a integração do elemento fotografia no todo que é o trabalho realizado. Pretende-se que a fotografia e a pintura quase que se diluam uma na outra, formando um todo coerente e harmonioso. A colagem é uma das hipótese para concretizar esta integração, mas há outras formas possíveis de combinação para a articulação da fotografia e da pintura na produção artística em artes visuais, não tendo que um elemento ser predominante em relação ao outro. Este é um aspeto importante, pois o todo mais do que a mera soma das partes e o importante é que ambos os meios contribuem para o todo que é a obra de arte produzida, permitindo a originalidade desta. Mas a integração em artes visuais também pode acontecer utilizando a pintura e a escultura. Por exemplo, no trabalho “Morena com lábios carnudos” a pintura incorporou uma componente de escultura, pois os lábios foram feitos à parte, em gesso, e depois integrados na pintura. Esta situação da integração nas artes visuais expressa aquilo que acontece noutros domínios, inclusive na própria ciência. Após séculos de uma cada vez maior especialização, diferenciando-se progressivamente as grandes áreas científicas, seguindo-se a própria diferenciação de domínios mais específicos dentro de cada área científica, começa a ser cada vez mais necessário o esforço de aproximação entre os diversos domínios e áreas científicas, numa perspetiva interdisciplinar que poderá permitir um conhecimento mais completo e

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A obra “Morena com lábios carnudos”, de Saul de Jesus (2012) complementar sobre o objeto estudado. Neste âmbito, a título de exemplo, já em 1996 havíamos proposto um modelo cognitivo-motivacional integrativo que permitisse o estudo do complexo fenómeno da motivação humana, em particular no caso dos alunos e também dos professores na

“CONCERTO DE MARIZA” 15 AGO | 21.30 | Largo Engº Duarte Pacheco - Loulé Estrela do fado trará a Loulé o seu último trabalho, ‘Mundo’, um trabalho que vai muito para além do fado e onde canta pela primeira vez em castelhano

escola, pois as diversas teorias da motivação existentes eram cada vez mais específicas e parcelares, não dando conta da complexidade dos processos motivacionais. Assim, a partir de várias teorias da motivação existentes na literatura, construímos um modelo teórico que as integrava, o qual foi

depois testado empiricamente, tendo os resultados obtidos mostrado o sentido do modelo que havíamos proposto. Até ao nível da sociedade, a própria globalização atual expressa a interligação que existe entre as economias dos vários países, revelando que tudo se encontra de alguma forma relacionado. Ao nível das artes visuais há um movimento específico intitulado de Arte Integrativa, o qual visa aprofundar conhecimentos teóricos e práticos da arte, por intermédio de diferentes formas de expressão.

 Assim, é cada vez mais comum a utilização de diversos meios na produção artística, numa atitude eclética e mul tidisciplinar, e de forma livre e com prazer, procurando fruir com a produção artística e deixar fluir essa realização, como se dum momento único de catarse se tratasse, num fluxo de criatividade projetada na organização de meios que contribuem igualmente para a obra produzida. Tem sido nesta perspetiva que nos temos cada vez mais posicionado na nossa própria produção artística, pois, em termos de técnicas utilizadas em artes visuais, temos realizado sobretudo trabalhos multidisciplinares, em que expressamos uma perspetiva integrativa e complementar das diversas artes visuais, pois utilizamos diversos meios artísticos, nomeadamente fotografia, pintura, escultura e também filmes de curta duração, encontrando-se vários destes meios presentes simultaneamente em cada um dos trabalhos realizados. Por exemplo, o trabalho “Funchal, 01/01/2007, 00h01” constitui um exemplo da integração das diversas técnicas de artes visuais, incluindo a fotografia, a pintura e a escultura, mas acrescentando a projeção de filme sobre a tela. Assim, encontram-se colocadas na tela fotografias de fogo-de-

-artifício, bem como pintura de explosões de luz e de cor que sai da tela através duma componente de escultura introduzida no trabalho. Desta forma pretendemos potencializar a “energia” transmitida pelas fotos, procurando estabelecer relações entre as várias fotos coladas em cada tela, numa perspectiva integrativa em que o todo ultrapassa a soma das partes. A projeção na tela de um filme de fogo-de-artifício, de 2 minutos que se repete, feito na mesma circunstância que as fotos (no Funchal, na passagem de ano de 2006 para 2007) permite a introdução de um elemento dinâmico, contribuindo para um aumento do ritmo e da cor no trabalho produzido, para além do próprio som que, não sendo visual, acrescenta uma outra dimensão à perceção da obra produzida. Este trabalho encontra-se disponível no youtube através do seguinte link https://www.youtube.com/ watch?v=EJnFC01I55M Desta forma, a atitude integrativa tem estado presente no nosso percurso científico e também artístico, numa constante procura de pontes, articulações, convergências e complementaridades que permitam uma maior harmonia e equilíbrio do todo, ultrapassando este a mera soma das partes. Assim, procurando agora responder diretamente à questão colocada, não há limites para a integração nas artes visuais, o que aumenta o jogo de possíveis na produção artística, sendo o conhecimento das técnicas artísticas e a criatividade do artista os principais motores para a realização da obra. Nota: Algumas das reflexões apresentadas neste artigo encontram-se no livro “Construção de um percurso multidisciplinar, integrativo e de síntese nas Artes Visuais”, de Saul Neves de Jesus (snjesus@ualg.pt).

“ÁGUA” Entre 9 AGO e 2 SET | Biblioteca Municipal de Olhão Maria Odete Fernandes apresenta nesta exposição os três estados físicos do líquido mais precioso, a água, na sua forma sólida, líquida e gasosa


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Espaço ALFA

Jornalismo online: um curso para todos!

João Prudêncio

www.facebook.com/alfaphoto

Na sociedade atual, o jornalismo continua a ter um forte poder atrativo entre os jovens em idade escolar e não se diluiu entre as novas gerações o pendor romântico habitualmente associado à profissão, a despeito desta nova tipologia jornalística, o chamado online. Por outro lado, nos cursos superiores de comunicação social a vertente prática do jornalismo assume um papel relativamente menor e muitos alunos sentem necessidade de adquirir conhecimentos e experimentar um ambiente mais próximo da realidade do mundo redatorial. Ainda, entre os profissionais da comunicação nos new me-

dia que se encontram “do outro lado” do processo jornalístico sobrevém amiúde a curiosidade intelectual acerca das etapas finais do processo comunicacional com o(s) público(s). É essencialmente a estes três grupos que se dirige o curso de curta duração “Jornalismo Online”, dinamizado em Faro pela ALFA. É inovador no mercado, porque, ao dirigir-se a formandos com nenhuns ou poucos conhecimentos de jornalismo, coloca-os em contato com a prática das redações, ao contrário de vários cursos de curta duração sobre a mesma temática, de caráter exclusivamente discursivo e expositivo. Por outro lado, adapta-se aos mesmos públicos pelo escasso número de horas de formação em causa e pelas suas caraterísticas introdutórias, ao invés de outros cursos de cariz operacional sobre a mesma temática. Com um enquadramento teórico destinado a uniformizar conhecimentos entre formandos com diversos níveis de forma-

ção, este curso propõe-se constituir uma pequena introdução ao mundo do jornalismo escrito dirigido à produção de conteúdos para online. Para eles, o curso pode cons-

tituir um click que os leve a optar pelo jornalismo escrito. Mas o curso dirige-se a jornalistas, fotojornalistas, produtores de conteúdos para redes sociais que se pretendam

manter a par da integração das tecnologias associadas à Internet. Por último, dirige-se também a jovens estudantes com gosto pela fotografia que pretendem aferir da sua voca-

ção para o aprofundamento de estudos nesta área, através da simulação da prática jornalística web e do ambiente redatorial e posteriores edição e adição de conteúdos.

Praticavam também corrida de velocidade, salto em altura, salto em comprimento, lançamento do disco, lançamento do dardo, jogos de bola (esferística) e várias formas de luta. Não admira que os jogos olímpicos tenham surgido na Grécia Antiga no sec. VIII a.C! A partir dos 18 anos entrava-se para o Colégio dos Efebos. O estado apelava aos melhores artistas para os conceberem e edificarem. Estes colégios não ficavam atrás de nenhum SPA da actualidade; continham: salas de reunião (Exedroe); aposentos exclusivos para Efebos (Efebon); compartimentos onde os atletas se cobriam de areia antes da luta (Consisterion); saletas onde se untavam com azeite e recebiam massagens (Eloetesion); zona para jogos de bola (Esferion); e last but not least, a câmara fresca (frigiderium) e a estufa (Laconion). Estes ginásios da antiguidade eram locais de convivência privilegiados. Artistas famosos ali afluíam para utilizarem os belos efebos como modelos para as suas obras. Os filósofos aí se encontra-

vam com os seus discípulos para reflectir em conjunto. O exercício físico e a actividade mental não estavam separados. Prova disso são os dois mais famosos ginásios da antiguidade: a Academia de Platão e o Liceu de Aristóteles. Por que será que hoje em dia tendemos a achar que um body builder será, certamente, acéfalo, e não nos espantamos com o intelectual balofo?

Filosofia dia-a-dia

Sócrates surfista? d.r.

corpo vai em aumento exponencial. Será ela uma enorme futilidade? Ou será que não? Corpo ou Mente? Maria João Neves Ph.D Consultora Filosófica

Princípio de Agosto, auge do verão, a densidade populacional no Algarve aumenta de tal maneira que me pergunto se a região não afundará com o peso. Há meses que as rádios não param de nos bombardear com programas de nutrição para emagrecer. As revistas oferecem dietas fantásticas. Nas estantes dos supermercados, farmácias e afins encontramos os cremes adelgaçantes e as cápsulas anti-apetite em destaque. As mulheres experimentam o anual terror na busca de um bikini que, afinal, nunca fica bem. Os homens exasperam-se no treino dos bíceps, como se essa fosse a chave para atrair o sexo oposto, (que enganados estão!) A preocupação com o

Na filosofia ocidental o corpo é frequentemente considerado um obstáculo. Todas as necessidades que possui: comida, bebida, descanso, higiene, etc., interrompem e distraem o pensamento. Opostamente a filosofia oriental considera o “precioso corpo humano” como uma condição sine qua non de acesso à iluminação. Antes de receber os ensinamentos requere-se que o estudante se sente numa postura correcta. Pode ser qualquer posição que permita manter a coluna vertical, a cabeça alinhada e os ombros relaxados. Também constitui um requisito prévio expirar o ar residual dos pulmões (que intoxica o corpo e a mente) e gerar a motivação apropriada. Claro que para estudar Filosofia no ocidente não se requer nenhuma postura física particular, nem técnicas respiratórias, nem nenhuma motivação específica.

Mente sã em corpo são Curiosamente, os filósofos da Grécia Antiga começavam impreterivelmente o seu dia no ginásio. A educação seguia dois eixos principais: a ginástica e a música. Platão (428-348 a.C) na República afirma que “a simplicidade na música gera a temperança na alma, e a ginástica a saúde no corpo”. Dos 7 aos 14 anos frequentava-se a Schole palavra que embora se pareça com “escola” significava “recreio”. Um

gramatista ensinava a ler e escrever, e um citarista a cantar e a tocar algum instrumento, para desenvolver o sentido da medida e da harmonia. Dos 14 aos 18 anos estudava-se na Palestra cuja origem etimológica pale significa luta, a denominada Agonística. Havia um treino comum intitulado Calistenia (Kalos=Beleza e Stenos=força) que consistia num conjunto de exercícios executados com o próprio peso: abdominais; flexões; elevações e agachamentos. Soa familiar?

Sócrates Surfista? Sócrates (469-399 a.C), o insigne filósofo, nasceu e viveu em Atenas banhada pelo golfo Sarónico, um local de águas tranquilas. Afirma Xenofonte (430-355 a.C) que Cármides o viu dançar de manhã cedo. E se tivesse sido Sagres, na bela costa vicentina, o seu berço? Imagino-o a contemplar as ondas, a classificá-las de acordo com a sua forma e cadência rítmica e a abrir a primeira escola de surfistas-pensadores. As reflexões sobre os textos da rubrica Filosofia dia-a-dia continuam nos Cafés Filosóficos que se realizam em Tavira e Faro em Português e Inglês. Para mais informações contacte: filosofiamjn@gmail.com


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Na senda da Cultura

Feira da Serra celebra 25 anos entre a tradição e a inovação fotos: ricardo claro

nar, de forma a inovar e criar mais produtos, melhores resultados e a maximizar e potenciar o aproveitamento daquelas que são as potencialidades endógenas do Algarve e muito em particular do seu interior.

Ricardo Claro

Jornalista / Editor ricardoc.postal@gmail.com

A Feira da Serra comemorou na edição que decorreu no último fim-de.semana 25 anos de existência. Um quarto de século de um trabalho esforçado que fez este certame vingar e cimentar-se não só enquanto momento maior da agenda de São Brás de Alportel, mas também como o maior evento do género na região. A assinalar a data a organização, a cargo da Câmara de São Brás, escolheu como temática central desta 25ª edição a inovação. Porque nem só de tradição se faz a Feira da Serra, mas porque cada vez mais a inovação se 'imiscui' nos processos de desenvolvimento das mais tradicionais produções algarvias. Trata-se de uma parceria que abre novas portas às produções e produtos regionais tradicionais, juntando o conhecimento científico e a tecnologia ao saber mile-

Exemplos de inovação não faltaram na Feira da Serra Não é por isso de espantar que produtos como o caviar de caracol, uma cerveja que inclui no seu 'blend' a alfarroba ou sabonetes que recorrem a produtos naturais para serem base das emulsões de raro requinte, tenham surgido na mostra realizada durante a Feira da Serra a par de pranchas de surf fabricadas a partir de matérias primas extraídas das árvores, de sacos de golf feitos com recurso à cortiça ou compotas extraídas a partir do fruto do medronheiro. Em todos estes produtos a inovação participou de forma directa na redimensionação da realidade tradicional do aproveitamento que se faz das matérias primas, abrindo novos horizontes e criando condições para que se reforce o valor acrescentado na transformação e se

A tradição do partir da casca das amêndoas sobre uma pedra de calcário potencie o valor económico de recursos naturais endógenos da região. Neste casamento feliz en-

tre a ciência e o saber centenário, a Universidade do Algarve desempenha no quadro regional um papel

de destaque, quer pelos profissionais que forma e que posteriormente desenvolvem trabalhos neste campo, quer através de empresas que se geram no seio da própria instituição, quer ainda através da transferência de know-how entre a academia algarvia e as empresas. Parcerias de futuro que fazem germinar em vários campos de actividade novas formas de encarar os produtos algarvios e de os fazer chegar aos consumidores de forma potenciada face às necessidades dos mercados. Do lado dos empresários também não falta arrojo e capacidade inventiva, apostando em projectos que até há bem poucos anos estariam fora dos horizontes empresariais e que com esforço, empenho e dedicação fazem brotar nichos de desenvolvimento económico, geradores de riqueza e de emprego, mas muito particularmente, geradores de condições para a não extinção de determinados produtos e matérias primas tradicionais. Uma mostra que atinge milhares de pessoas Com a Feira da Serra a apostar na divulgação da inovação

no âmbito dos produtos e produções artesanais do Algarve, são milhares de pessoas que, de todos os cantos do Algarve e do país ficam a conhecer os produtos que são hoje a ponta de lança da inovação no Algarve no que respeita ao aproveitamento de matérias primas típicas da região. Trata-se de uma montra privilegiada que não se pode descurar para ganhar massa crítica e visibilidade. Uma aposta que a autarquia são-brasense fez desta vez de forma directa e especialmente focada, mas que - convém recordar - faz desde há 25 anos consecutivos com a Feira da Serra. Durante os últimos 25 anos foram milhares os produtos, produtores, artesãos, designers, criativos e empresários que puderam beneficiar deste palco maior regional e dos efeitos benéficos que a visibilidade que aporta lhes trouxe e traz. A este esforço conjunto de quem produz riqueza e de quem dispõe das ferramentas para lhe dar exposição pública o mínimo que se pode fazer é reconhecer-lhes o mérito, a audácia e a capacidade de acreditar sempre e preseverar ainda mais para a salvaguarda dos valores que a tradição algarvia ainda tem e terá para oferecer à região.

O medronho em compota através do trabalho desenvolvido na UAlg

Moura, a presença da alfarroba na cerveja

Sabonetes reinventados criados a partir de produtos da serra

Caviar de caracol, mais um produto inovador mostrado na Feira da Serra


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O(s) Sentido(s) da Vida a 37º N

Agosto a 27 do mês passado o autor Fernando Cabrita apresentou o seu livro bilingue «Lejos de Sefarad» no âmbito do evento «La Semana de las Três Culturas» na Casa da Cultura de Vejer de la Frontera na Andalucia. Também o escritor e músico Fernando Pessanha participou na sessão de encerramento do mítico espaço sevilhano La Carboneria, depois de ter apresentado em Madrid «A Devota e a Devassa», a sua última novela.

Pedro Jubilot

pedromalves2014@hotmail.com canalsonora.blogs.sapo.pt

Agosto

FLIQ fotos: d.r.

ção literária que se vive actualmente no Algarve. Isto baseado na ideia de que atrás das pelo menos duas dezenas de livros interessantes e igualmente diferentes entre si, já lançadas neste ano de 2016, possam surgir movimentações literárias importantes para o futuro da cultura no Algarve. Na sua página apresentam-se os autores que na região se movimentam através das suas criações; divulgam-se editoras, textos, tertúlias e os mais variados acontecimentos ligados à escrita e todas as outras manifestações culturais que a ela se liguem. Visite e participe! http://algarveliterario.blogspot.pt/

Programa de Apoio às Artes no Algarve

É o mês mais importante das nossas vidas. Em que todos somos livres, mas em que nos queremos esconder, partir, largar o que é nosso. Fugir para longe da rotina para sermos diferentes de todos os dias, o que significa na verdade sermos por dias, verdadeiramente nós. Isso que é o mais importante nas nossas vidas. Mesmo que seja só em agosto.

Creaturas Literarias

Este fim de semana, 5, 6 e 7 de Agosto, numa iniciativa da Fundação Manuel Viegas Guerreiro, com a colaboração de várias outras instituições e pessoas, a aldeia de Querença, no Concelho de Loulé, proporcionará um ambiente poético de cariz ibérico. Serão três dias de poesia, arte, animação cultural, petiscos e tapas, apresentação de livros, mercadinhos de poesia, com a presença de escritores nacionais e estrangeiros. Será um Encontro Ibérico de Poesia. O primeiro dia será dedicado aos Poetas Andaluzes, o segundo será uma homenagem ao poeta Casimiro de Brito, de origem algarvia e raízes em Querença, com uma vasta obra publicada e traduzida em mais de trinta línguas, e o domingo será dedicado aos Poetas Algarvios – os de berço ou de coração. O objectivo principal é o de celebrar a Palavra em todas as suas formas - dita, lembrada, escrita, cantada, subvertida, dançada, repetida, encenada, discutida… e os seus protagonistas.

Algarve Literário

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Uma agência literária sediada em Sevilha, que é coordenada por Joaquin Gonzalez e Carmen Vargas, filmou na passada semana, uma primeira série de entrevistas com os autores Fernando Cabrita, Luís Ene, Pedro Jubilot e Fernando Pessanha, neste caso dedicadas aos livros e à literatura. Ao que parece a cena cultural algarvia está a atrair as atenções fora de portas. Ainda

Este blogue quer refletir e potenciar a excita“FEIRA DO LIVRO DE QUARTEIRA” Até 15 AGO | Avenida Marginal de Quarteira Certame junta diversos expositores em representação das mais importantes editoras e livreiros, com o que de melhor há para oferecer em termos de artesanato nacional

descansam ainda da noite e para a noite o sol escandece na brisa que afla leve do estreito. numa esplanada do porto percorre-se a ideografia que rafael alberti velejou: ¿qué tienes, dime, musa de mis cuarenta años? nostalgias de la tierra, de la mar y del colegio..., até que os olhos desfocados nas letras impressas levem a uns minutos de enlevo desperta-se com um ritmo nervoso e histriónico de guitarra flamenca, mas isocronicamente triste e melancólico, que estruge de um pátio. e do devaneio sonial parece que se ouve a dona luzia a chamar seu filho de paco |

Clássica em Cacela

Dália Paulo é a comissária do novo programa que pretende articular Cultura e Turismo no Algarve. Destina-se a apoiar projetos a apresentar na região, dando prioridade às estruturas culturais regionais, entre Novembro deste ano e Maio de 2017, para promover a oferta cultural na chamada época baixa do turismo, de modo a tornar a região algarvia mais atractiva ao longo do ano e a esbater a sazonalidade, apostando em projectos de raiz regional.

Na 7ª edição dos ciclos de concertos de música antiga em Cacela Velha, a decorrer na igreja e no antigo cemitério, entre 4 e 25 de agosto, o destaque vai para o encerramento do evento com a pianista Joana Gama.

Agosto

«Telegramas do Mediterrâneo» de Pedro Jubilot (canalsonora editora, 2016) Telegr. nº 04 Algeciras, Andaluzia

| é a hora do almoço e já cheira a marisco cozido e peixe frito. cantores, bailarinas, guitarristas e outros poetas andaluzes de agora

Cria espaço para todos os sonhos. Cria o embaraço de nos querermos à força livrar dos pesadelos. Cria o espaço de queremos fazer nada. A difícil actividade de quem cada vez mais se depara no dia-a-dia com a exigente facilidade da vida moderna. Agosto cria o espaço para (re) planear o que se queria/queira…

“O CONTINERALISMO POÉTICO - ACHADOS” Até 28 AGO | Museu Municipal Dr. José Formosinho - Lagos Projecto que se materializa em três séries distintas com temáticas próprias (Achados, Musas e Todos os Santos), criado para apresentar as últimas criações de Timo Dillner


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Espaço ao Património

Um Algarve para além da areia e do branco “para que exista património reconhecível, é preciso que ele possa ser gerado, que uma sociedade se veja o espelho de si mesma, que considere seus locais, seus objectos, seus monumentos reflexos inteligíveis de sua história e sua cultura”. JEUDY, Henri-Pierre. Espelho das Cidades. Tradução Rejane Janowitzer. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2005 fotos: filipe da palma

Filipe da Palma

Fotógrafo na Câmara Municipal de Portimão

Acompanhando a imagem pretérita de um povo que habitava em casas de linhas simples e totalmente caiadas de branco, existe uma outra e presente imagem de um Algarve cuja existência é delimitada numa longa e fímbria litoral, de paradisíacos areais banhados por cálidas águas de um oceano sempre meigo e azul. Estas serão as duas mais marcantes imagens que actualmente vingam ainda na esmagadora maioria dos discursos e pensamentos de cada indivíduo. De facto, nada mais errado poderá corresponder à realidade, ou seja, os elementos acima mencionados, apesar de verem tangivelmente confirmadas sua existência não fazem a regra. O Algarve, constituindo-se em mim, na mais rica região de Portugal, por ser território de múltiplas e diversificadas paisagens, cujas existências resultam de um exuberante conjunto de diferentes elementos de geo-

Platibanda e miradouro, casa em Castro Marim grafia física, incorpora em si a autenticidade de uma miríade de soluções, de sentires num ocupar o espaço por parte do ser humano que aqui, desde cedo, marcou presença. O Algarve possui assim, ainda, breves testemunhos pulsantes e tangíveis do tempo em que a arquitectu-

ra incorporou e edificou à vista de todos o delírio e a ostentação, que reverberou durante décadas ao contrário das visões redutoras de discípulos funcionalistas. A humana paisagem, edificada e nutrida, caracterizou-se através dos tempos pela edificação de elementos cuja aplicação pouco devem a um

redutor retrato funcional dessa produção arquitectónica. Numa crescente individuação de um território marcado de forma indelével com: cor, símbolos, texturas e formas. Foi pela leitura de o “Algarve Revisitado”, de Jacinto Palma Dias, após ter retornado à região, há cerca de 20

anos, que iniciei a recolha desses elementos sobreviventes, cuja existência dão corpo a um outro Algarve, diferente da tão propagada e institucional imagem de uma região só litoral. A rápida mudança de paradigmas civilizacionais que ocorreu no Algarve foi suportada num alheamento dos naturais para com esses elementos cuja existência remetia para um passado de carestia económica e riqueza cultural. Desta forma o desejo de mudança, a antecipação do fruto prometido que por força se haveria de provar, houve um desapego e consequente abandono extremo para com a verdadeira herança deste território. A fotografia como acervo de resilientes documentos, resistentes a décadas de abandono, de destruição, de perda de identidade e de legado, num testemunho da História de uma região cada vez mais depauperada. Uma tentativa de através da imagem fotográfica fazer emergir uma outra realidade do território, qual naufrago ainda a tempo de resgate.

Ficha Técnica: Direcção: GORDA Associação Sócio-Cultural Editor: Ricardo Claro Paginação e gestão de conteúdos: Postal do Algarve Responsáveis pelas secções: • Artes visuais: Saul de Jesus • Da minha biblioteca: Adriana Nogueira • Espaço AGECAL: Jorge Queiroz • Espaço ALFA: Raúl Grade Coelho • Espaço ao Património: Isabel Soares • Filosofia dia-a-dia: Maria João Neves • Grande ecrã: Cineclube de Faro Cineclube de Tavira • Juventude, artes e ideias: Jady Batista • Letras e literatura: Paulo Serra • Missão Cultura: Direcção Regional de Cultura do Algarve • O(s) Sentido(s) da Vida a 37º N: Pedro Jubilot • Panorâmica: Ricardo Claro • Sala de leitura: Paulo Pires • Um olhar sobre o património: Alexandre Ferreira Colaboradores desta edição: Filipe da Palma João Prudêncio Parceiros: Direcção Regional de Cultura do Algarve, FNAC Forum Algarve e-mail redacção: geralcultura.sul@gmail.com

Palheiros circulares, serra algarvia

Platibanda, Calvário

e-mail publicidade: anabelag.postal@gmail.com on-line em: www.postal.pt e-paper em: www.issuu.com/postaldoalgarve

facebook: Cultura.Sul Tiragem: 9.097 exemplares

Motivos decorativos na construção algarvia

Casas na serra algarvia


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Da minha biblioteca

Adília César: O que se ergue do fogo fotos: adriana nogueira

Adriana Nogueira

Classicista Professora da Univ. do Algarve adriana.nogueira.cultura.sul@gmail.com

No início deste ano, saiu o primeiro livro de poesia de Adília César, O que se ergue do fogo. Mas não é o número de livros que faz o escritor. É outra coisa. E Adília César, 57 anos, educadora de infância, com mestrado em Teatro e Educação Artística da Universidade do Algarve, que nasceu em Lagos (de pai músico e mãe pintora) e vive em Faro, é escritora. Como a própria já o afirmou publicamente, escreve há muitos anos. Um dia, queimaram-lhe os escritos, mas o fogo não os apagou. Quando a sua vida deu uma grande volta, a escrita impôs-se de tal modo que passou a fazer parte do seu quotidiano. Como diz na p. 47, «mesmo que acredites que a poesia é um bem maior/ que a ela não tens direito/ qualquer poeta te dirá que a poesia é de todos, sem excepção». Adília César apresenta-nos 55 poemas, na sua maioria não muito curtos, mas concisos, considerando que concisão é a precisão, o rigor que se coloca no que se quer dizer. Essa precisão, também contrariamente ao que se poderia pensar, não restringe as leituras, mas alarga-as. Como exemplo, dou o título. E o que se ergue do fogo?

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A primeira ideia que me veio à cabeça, provavelmente influenciada pela capa do livro, que remete literalmente para esse sentido (fundo vermelho alaranjado, cor de chama, com uns tons mais de cinza em baixo, atravessado por um pássaro branco) foi a da Fénix, a mítica ave que re-

pé», e termina, quatro estrofes depois, com igual crueldade: «os pensamentos riscados pelos meus passos/ (…) enchem o vazio que te veste de cinzas/ para que nada reste de ti/ a não ser o silêncio/ o medo/ a submissão».

nasce das cinzas. O que se ergue do fogo pode também ser aquilo que vemos erguer-se do fogo: as chamas, o fumo… aquilo que se levanta e se dissipa no ar, aquilo que era matéria e que, pelo fogo, se mistura, inefável, com os elementos primordiais. Mas o que se ergue do fogo pode ser o sobrevivente. Aquele que, ainda que queimado, chamuscado, dorido, não se deixa morrer e insiste em viver, mesmo com sequelas. A escolha das palavras feita pelo poeta é como um dar a mão, um acompanhar no percurso do que nos quer mostrar. Cabe-nos a nós vermos, pois a mão do poeta apenas aponta: podemos ver o longe ou o perto, o pormenor ou a extensão.

Amor e humor

Geografia, mapas, espaço Na leitura deste livro houve palavras que me saltaram à vista, como «geografia», «mapas», «espaço», elementos necessários para quando nos perdemos e nos queremos encontrar: somos levados para espaços, através de uma geografia, de mapas, de meridianos… Na poesia de Adília César, a frequência deste vocabulário apela ao encontro – consigo, com os outros. Como no exemplo do poema «Visualizo um ponto ao acaso»: «um simples ponto/ pode conter toda a doutrina da eternidade/ sem necessidade de profetas da luz ou da escuridão // como se cada um de nós fosse apenas um ponto/ mais ou menos luminoso/ consciente da sua própria incandescência/ a criar uma distância/ entre o nosso ponto e os pontos dos outros/ a inventar um espaço só nosso onde às vezes/ deixamos entrar os outros/ a tornar-se visível na invisibilidade da multidão/ a desenhar uma geografia da vida para aceitar a morte» (p.11). No poema da página seguinte, intitulado «ela chama-se a ela própria», temos o nome «a desenhar uma geografia de sobrevivência/ no seu corpo dobrado, um meridiano

Adília César apresenta 55 poemas no seu livro replicado/ até que todas as paredes saibam o caminho». «A poesia é para comer» … dizia Natália Correia. Não sei se daqui lhe veio a inspiração, mas na poesia de Adília César aparecem muitas palavras do campo semântico de «comer», sendo «mastigar» uma das mais frequentes. Na p. 7 temos «palavras mastigadas»; na p. 61, há «bagos que devoras ao amanhecer» e «flores carnívoras esfomeadas» que, «quando não têm palavras/ roem a

“TERRAS BRANCAS” Até 3 SET | 18.00 às 00h00 | Convento de Santo António - Loulé Projecto nasceu da vontade de Teresa Pavão e Teresa Ramos realizarem um trabalho conjunto, tomando como elemento aglutinador, referências e interesses comuns

tua boca e os bagos de romã». Na p.63, há afetos se mastigam. Na p. 68, as palavras mitigam

a fome: «começa por escrever/ e mastigar as palavras/ se continuares faminta, usa as tuas mãos/ e se a fome ainda te assolar, grita// o alimento de que precisas vai entrar pelos poros». Sendo, então, a poesia para comer, ela é mantimento e fonte de resistência. Porque este também é um livro entre a morte e a vida, de resistência à violência, onde as palavras tornam a violência real. No terrível (porque infunde terror) poema «a submissão do medo» (p.37), um sujeito masculino começa por dizer: «gosto de ti submissa/ nesse espaço junto ao chão/ donde tu nunca te levantas/ mesmo quando estás de

Este livro é muito variado nas temáticas que apresenta, mas o amor talvez seja a que mais se destaca: para além de poemas ao amado, há poemas à conquista do amor-próprio, ao amor pela vida, ao amor à poesia. Os amores são múltiplos e múltiplas as tentativas da sua definição, tais como «o amor é uma boca que morde» (p. 19); ou «o amor é um soldado destemido/ que lavra o chão onde acampa» (p.60), culminando no poema «o amor é a sincronia dos pássaros» (p. 48), cujo epílogo nos diz que «na sincronia do voo urgente dos pássaros/ o amor é uma asa à procura da outra asa». E porque é sinal de inteligência não nos levarmos muito a sério, encerro com um poema satírico (e corajoso, porque não é fácil rirmos dos nossos sofrimentos): «-Querido, não me atires poemas inteiros à boca/ eles magoam como pedras/ marcam-me a pele, os ossos, o sangue e a paciência/ pingos de pesadelos a tingir as horas// preocupa-me essa tua atitude recorrente/ além da minha falta de poder de encaixe para a má poesia/ para nódoas difíceis/ uma solução definitiva/ mas sem a eficácia de um bom detergente emocional/ (procurei em todas as lojas de referência/ mas está esgotado) / sinto-me demasiado impaciente// a não ser que passes a escrever romances de amor/ uma palavra de cada vez/ e escreves amor em todas as páginas/ não te esqueças, esta regra é muito importante// e podes atirar-me amor à vontade/ com o amor aguento eu bem» (p.15). Este livro é um livro de sobrevivência e de renascimento, de amor, silêncios e caminhos a percorrer.

“AS MARIAS” 9 AGO | 22.00 | Centro Cultural de Lagos Neste espectáculo, António Raminhos leva o público a uma viagem pelos dramas e peripécias que todos passamos na infância, adolescência, casamento e paternidade


12 05.08.2016

Cultura.Sul

Ciclo de Música Antiga ‘Sons Antigos a Sul’ regressa a Vila do Bispo d.r.

O primeiro concerto a realizar na Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, esta sexta-feira, pelas 17 horas, por Ludovice Ensemble, tem como tema “Chinoiseries, ou o Oriente imaginado”. No dia 12 será a vez dos holandeses The Goldfinch Ensemble, com uma ho-

menagem a Élisabeth Jacquet de La Guerre. No dia 19 os Duo Lundú interpretam as heranças musicais de África e Brasil na Corte Portuguesa de 1800. Na última sexta-feira de Agosto, dia 26, a 5ª edição dos "Sons Antigos a Sul" termina com uma apoteose vocal dos

jovens "Bando de Surunyo", com apresentação de um repertório vernacular do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra escrito em castelhano, português, galego, língua teatral que representa os africanos e quicongo (kikongo). Esta iniciativa produzida

pela Academia de Música de Lagos, integra o ciclo “Música no DiVaM” do programa DiVaM – Dinamização e Valorização dos Monumentos – 2016 promovido pela Direção Regional de Cultura do Algarve em parceria com agentes culturais da região. pub

Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe O Ciclo de Música Antiga “Sons Antigos a Sul” regressa à Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, em Vila do Bispo, todas as sextas-feiras de Agosto, pelas 17 horas, com quatro ensembles de craveira nacional e internacional: Ludovice Ensemble (Lisboa), The Goldfinch Ensemble (Haia, Países Baixos), Duo Lundú (Lagos e Évora) e Bando de Surunyo (Porto), numa viagem entre a Europa e o Mundo do século XVII e XVIII. O Ciclo de Música Antiga “Sons Antigos a Sul” é um projecto anual - dirigido pela Academia de Música de Lagos - de promoção e divulgação da Música Antiga no Algarve, envolvendo ensembles profissionais

nacionais e internacionais, sob fundação de Elsa Mathei. “Género & Diáspora” é o tema para 2016, abordando questões sociais que são transversais à história mundial como a migração e igualdade de género. Este festival foi reconhecido em 2015 e 2016 com o título de qualidade EFFE (Europe for Festivals, Festivals for Europe), da EFA (European Festivals Association), um projecto piloto da Comissão Europeia que procura distinguir e dinamizar os melhores festivais de toda a Europa. Conta com o apoio da Direcção Regional de Cultura do Algarve, o Real Conservatório de Haia, Países Baixos e Cultugarve.com na sua agenda cultural. pub

Consulte a lista dos Projetos Aprovados no âmbito do Programa Operacional CRESC ALGARVE 2020 em

www.algarve2020.pt


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