POSTAL 1194 - 8 DEZ 2017

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postaldoalgarve

122.991

Director Henrique Dias Freire • Ano XXIX • Edição 1194 • Quinzenário à sexta-feira • 8 de Dezembro de 2017 • Preço € 1,50

EC TRAVEL PREMEIA EXCELÊNCIA DO TURISMO 2 PRESÉPIO DE SAL VOLTA A CASTRO MARIM ESTE ANO COM 3.800 PEÇAS 8 OP DE LAGOS TEM 20 PROPOSTAS PARA VOTAÇÃO 9 IKEA SEM PLANOS PARA SEGUNDA MEGASTORE DO COMPLEXO DE LOULÉ 10 ALGARVIOS CONTRIBUÍRAM COM 135 TONELADAS DE ALIMENTOS PARA O BANCO ALIMENTAR 11

ÀS SEXTAS EM CONJUNTO COM O PÚBLICO POR €1,70 jorge gomes

O Mundo inspirador de Eliseu Correia páginas 2 a 7

Por Henrique Dias Freire Criou a EC Travel há sete anos. Hoje ocupa o 129º lugar no ranking das 1.000 maiores PMEs nacionais. Foi igualmente considerada a melhor PME na área dos serviços e NEGÓCIOS d.r.

uma das 100 melhores empresas nacionais para se trabalhar. Eliseu Correia é um líder natural por excelência. Quem o conhece sabe que tem uma conduta profissional exemplar e um coração do tamanho do mundo.

A odisseia na China de sete aventureiros algarvios

> 12 e 13

No Mundo de Eliseu Correia, nem o céu é o limite e superar-se a si mesmo é uma constante, sempre com uma verticalidade ímpar onde os problemas, para ele, não existem, só existem soluções. Por estas e outras tantas razões, a presente

edição do POSTAL é especial ao dedicar excepcionalmente seis páginas a dois eventos simultâneos da EC Travel da maior excelência que se realiza em Portugal. Parabéns Família EC! Obrigado Eliseu Correia!

NESTA EDIÇÃO:

NOVO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA d.r.

Pedro Ornelas não quer um reitor de secretária

> 11 PUB


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EC Travel premeia excelência do turismo Textos: Cátia Marcelino / Henrique Dias Freire Fotos: Jorge Gomes

Numa noite memorável que já marcou o ano de 2017 no Algarve, pensada ao pormenor pelo líder da EC Travel, Eliseu Correia, prometeu-se e cumpriu-se a vontade de marcar a agenda da região com "a melhor gala de todas". Foi assim que o homem forte da EC Travel desenhou desde a primeira hora este momento e ao evento Eliseu Correia associou o ideário do "melhor do mundo", Cristiano Ronaldo, e assim nasceu para o sucesso a gala EC7, a chamar à festa que juntou à "família EC Travel" uma verdadeira parada de figuras dos mais variados quadrantes. Onze entidades e quatro individualidades subiram ao palco numa noite única para serem as estrelas do momento ao receberem os prémios da noite numa honra que se fez verdadeiro reconhecimento público. SORRISOS, SOLIDARIEDADE, GRATIDÃO E EMOÇÃO DEFINEM “A MELHOR GALA DE TODAS” para Eliseu Correia, o líder da aniversariante da noite. A EC Travel celebrou os seus sete anos de sucesso numa noite que uniu, pela primeira vez, a gala anual e o aniversário daquela que é a melhor PME na área de serviços em Portugal e uma das 100 melhores empresas nacionais para trabalhar. Numa alusão a Cristiano Ronaldo, o melhor jogador de futebol do mundo, o Hotel

Real Marina, em Olhão, acolheu a gala EC7 e os convidados do evento assistiram a uma verdadeira Liga dos Campeões, com direito a mais bolas e botas de ouro do que aquelas conquistadas pelo jogador madeirense. A família EC Travel vestiu-se a rigor e vestiu também os convidados que logo à chegada receberam t-shirts personalizadas e entraram na equipa EC ao som da banda portuguesa União das Tribos que abriu o painel musical da noite.

ONZE ENTIDADES E QUATRO INDIVIDUALIDADES RECEBERAM OS PRÉMIOS DO TURISMO O

"melhor líder do mundo" subiu ao palco no papel de apresentador para anunciar os nomeados e os vencedores da noite, reconhecendo os vários parceiros e individualidades que trabalham com a empresa. Onze entidades foram premiadas pela EC Travel nas várias categorias que premeiam desta forma aquilo de excelente que se faz a nível turístico no Algarve:

OS PRÉMIOS PARA AS ENTIDADES: Airauto (Melhor Rent a Car); Hotel Cidade de Olhão (Melhor Hotel 3 Estrelas); NAU Hotels & Resorts (Melhor Departamento de Reservas); Brisasol (Melhor Aparthotel); Belmar Spa & Beach Resort (Melhor Aldeamento); Adriana Beach Club (Melhor All Inclusive); Vila Branca by AguaHotels (Melhor na categoria Apartamentos Turisticos); Luna Hotels & Resorts (Melhor Departamento

Comercial); Vilamoura Garden Hotel (Melhor Hotel 4 Estrelas); Salgados Palace (Melhor Hotel 5 Estrelas); Cheerfulway Hotels & Resorts (Melhor Cadeia de Hoteis).

A NÍVEL INDIVIDUAL OS DESTAQUES DA NOITE FORAM: Ana Gama (a escolhida na categoria Revelação); Ezequiel Canário (Prémio Algarve); Nuno Monteiro (escolhido para Prémio Horário Franco Personalidade do Ano); Raúl Araújo (prémio Carreira).

ESPÍRITO SOLIDÁRIO DE CONVIDADOS E EMPRESA APOIOU RAFA E A ASSOCIAÇÃO A CASA Numa

noite também marcada pela solidariedade, os convidados doaram a quantia de 1.828 euros à causa "Vamos ajudar o Rafa", uma criança com 11 anos que sofre de uma doença neurológica, epilepsia, que provoca um atraso no desenvolvimento psicomotor e comportamento autista. Esta quantia foi duplicada pela EC Travel, somando

um total de 3.636 euros. A EC Travel apoiou também a Associação CASA - Centro de Apoio ao Sem Abrigo com a quantia de 2.500 euros, recebidos na noite da gala por Isabel e Pedro Cebola. A CASA iniciou a sua actividade em 2002 e tem como principal objectivo prestar assistência a populações carenciadas, com um maior foco no apoio à população sem abrigo, e na sua reintegração social, actuando a nível nacional. Fã de Raquel Tavares, Eliseu Correia fez questão de trazer a fadista à melhor gala de todas e por alguns momentos fez-se silêncio no salão para se ouvir cantar o fado, Património Imaterial da Humanidade. E como não poderia deixar de ser, "We Are the Chapions", dos Queen, ecoou no salão em uníssono em forma de parabéns à EC Travel.

BUBBA BROTHERS ABRIRAM PISTA DE DANÇA AO SOM DE ‘CIRCO DE FERAS’ A música electrónica foi uma aposta

ganha nesta gala e entrou de tuc tuc no Hotel Real Marina. O "campeão do turismo" voltou a pisar o palco, desta vez no papel de dj. Os Bubba Brothers abriram a pista de dança ao som de "Circo de Feras", dos Xutos & Pontapés, em jeito de homenagem ao guitarrista Zé Pedro, falecido recentemente. Aos artistas algarvios seguiram-se o alemão Christian Burkhardt, e o espanhol Raul Rodriguez, dj residente no Ushuaia Beach Hotel, numa festa que só terminou na madrugada do dia seguinte. Eliseu Correia orgulha-se em afirmar que "nós somos da cor das t-shirts que vestimos, preto e branco, não existem cinzas, e isto está presente na própria personalidade das pessoas que trabalham na EC Travel". Uma empresa completamente "out of the box" criada desde o início para ser eterna e perdurar na memória das pessoas. Eliseu Correia não tem dúvidas em afirmar que “a EC Travel vai ser tudo isso”.


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gala ec 7

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� Prémio Horário Franco (Personalidade do Ano - Nuno Monteiro)

� Prémio Algarve - Ezequiel Canário

O reconhecimento do valor individual não foi esquecido Para Eliseu Correia, “a perfeição não existe porque sempre que chegamos à perfeição vamos à procura da perfeição da perfeição e é precisamente esse espírito de superação que distingue os bons dos muito bons”. Neste sentido, a EC Travel criou os galardões que distinguem as quatro individualidades que se destacaram a nível turístico no Algarve. Nesta gala que assinalou o sétimo aniversário da empresa, Teresa Fiuza, Joaquim Canastro, César Raposo e o próprio Eliseu Correia entregaram os prémios aos vencedores da noite: Ana Gama, que conquistou o Prémio Revelação; Nuno Monteiro que recebeu o Prémio

� Prémio Carreira - Raúl Araújo

Horário Franco - Personalidade do Ano; e Raúl Araújo que ganhou o Prémio Carreira. O Prémio Algarve foi o mais recente galardão criado pela EC Travel com o principal objectivo de distinguir personalidades da região algarvia que não esteja ligada à área do turismo mas que se tenha destacado na sua actividade profissional. Ezequiel Canário foi o vencedor deste ano do Prémio Algarve, um desportista farense que se destacou no atletismo e esteve presente nos Jogos Olímpicos por duas vezes, em Los Angeles (1984) e Seul (1988), e representou a selecção nacional por dez vezes.

� EC7 foi o tema da gala, numa alusão a Cristiano Ronaldo

� Prémio Revelação - Ana Gama


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prémios ec travel

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Os galardões distinguiram 11 casos de excelência no turismo Eliseu Correia, líder da EC Travel, sempre quis criar uma empresa com um karma positivo, “algo que fosse bom para quem compra, para quem vende e essencialmente para quem trabalha, e temos feito tudo de forma natural para que as pessoas que cá estejam, as que estão para vir e aquelas que cá estiveram se sintam em casa”. O espírito familiar que se vive na EC Travel ultrapassou há muito as paredes dos escritórios da empresa e expandiu-se aos parceiros que com ela trabalham, desde quem compra a quem vende, o que faz com que a EC Travel tenha construído uma relação única com todos eles. Os prémios criados pela EC Travel visam por isso re-

conhecer os vários parceiros que trabalham com a empresa e, na gala deste ano, foram premiadas onze entidades: Airauto - Melhor Rent a Car; Hotel Cidade de Olhão - Melhor Hotel 3 Estrelas; NAU Hotels & Resorts - Melhor Departamento de Reservas; Brisasol - Melhor Aparthotel; Belmar Spa & Beach Resort - Melhor Aldeamento; Adriana Beach Club - Melhor All Inclusive; Vila Branca by AguaHotels - Melhores Apartamentos Turísticos; Luna Hotels & Resorts - Melhor Departamento Comercial; Vilamoura Garden Hotel Melhor Hotel 4 Estrelas; Salgados Palace - Melhor Hotel 5 Estrelas; e Cheerfulway Hotels & Resorts - Melhor Cadeia de Hotéis

� Cheerfulway Hotels & Resorts é a Melhor Cadeia de Hotéis, categoria onde se destacaram cinco nomeados: Baía Hotels; Cheerfulway Hotels & Resorts; Hotéis Real; Nau Hotels & Resorts; e Minor Hotels

� Vilanova Resort, Alfagar I Village, Belmar Spa & Beach Resort, Clube Albufeira e Quinta do Paraiso foram os cinco nomeados na categoria de Melhor Aldeamento, conquistada pelo Belmar Spa & Beach Resort

� De entre os cinco nomeados para Melhor All Inclusive, Mónica Isabel Beach Club, Salgados Palace, Adriana Beach Club, Auramar Beach Resort e Paraíso de Albufeira, o Adriana Beach Club foi o vencedor

� Dos cinco nomeados para Melhor Hotel 3 Estrelas, Dom José Beach Hotel, Hotel Cidade de Olhão, � O Nau Hotels & Resorts conquistou o prémio de Melhor Departamento de Reservas de entre os cinco nomeados: Nau Hotels & Resorts; Luna Hotels & Resorts; Brisasol; Memmo Baleeira e Hotéis Real

Hotel Santa Catarina, Hotel Cidade de Olhão, Auramar Beach Resort e Praia Sol Hotel, o vencedor foi o Hotel Cidade de Olhão


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� O Vila Branca by Águahotels venceu a categoria de Melhores Apartamentos Turísticos de entre os cinco nomeados: Vila Branca by Aguahotels; Silchoro; Vila Petra; Vale de Carros; e Cerro Mar Atlântico

prémios ec travel

� Vilamoura Garden Hotel é o Melhor Hotel 4 Estrelas destacando-se dos cinco nomeados: Vilamoura Garden Hotel; Alcazar Hotel & Spa; Aqua Pedra dos Bicos; Carvoeiro Hotel; e Monte Gordo Hotel Apartamentos & Spa

� Salgados Palace venceu o Melhor Hotel 5 Estrelas, categoria que contou com cinco nomeados: � O Brisasol foi eleito Melhor Aparthotel numa categoria com cinco nomeados: Brisasol ; Tropical Sol; Alpinus Hotel; Victoria Sport & Beach Hotel; e Varandas de Albufeira

Salgados Palace; Tivoli Marina Vilamoura; Hilton Vilamoura As Cascatas Golf Resort & Spa; Real Marina Hotel & Spa; e The Lake Spa Resort

� A EC Travel entregou o prémio de Melhor Departamento Comercial ao Luna Hotels & Resorts que se destacou entre os cinco nomeados: Luna Hotels & Resorts; Minor Hotels; Barata Hotels & Resorts; Nau Hotels & Resorts; e Hotéis Real

� Air auto venceu o prémio de Melhor Rent a Car de entre os sete nomeados: Avis; Guerin; Sixt; Golfauto; Autatlantis; Drive On Holidays; Airauto pub


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a festa

Uma gala de sorrisos, música, solidariedade e vontade de vencer

� Raquel Tavares é uma das melhores vozes do fado contemporâneo

A fadista Raquel Tavares impressionou e ficou impressionada com “uma das melhores festas de uma entidade privada” a que já assistiu, como a própria referiu em palco. Raquel Tavares comparou o momento em que Eliseu Correia fez um directo para as redes sociais, onde os convidados ergueram os guardanapos brancos e aplaudiram o líder da EC Travel, a um momento religioso que lhe fez lembrar Fátima, juntou-lhe o Futebol, que foi o tema da gala, EC7, e

� Eliseu Correia apresentou a gala

� Eliseu Correia é fã assumido da fadista

� Diversão reinou na melhor gala de todas

� Convidados assistiram a uma verdadeira liga dos campeões no Hotel Real Marina

� Raquel Tavares é fadista e intérprete de puríssima expressão

concluiu os "três efes" com o seu Fado contemporâneo que colocou todos os convidados a cantar com a música "Meu Amor ao Longe". Assumido fã de Raquel Tavares, Eliseu Correia refere-se à artista como sendo “se não a voz, uma das vozes únicas do nosso país”. A fadista do bairro de Alfama, em Lisboa, canta desde os cinco anos de idade e conquistou os prémios Amália Rodrigues e Casa da Imprensa, na categoria revelação, logo com o seu disco de estreia. "Raquel" é o mais recente disco da fadista, lançado em 2016.


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a festa

� Dj Christian Burkhardt aposta em ritmos complexos

� Djs Bubba Brothers abriram a pista de dança

� Raul Rodriguez é dj residente do Ushuaia Beach Hotel

Música electrónica marcou o fim de noite Depois do papel de apresentador, o líder da EC Travel juntou-se ao parceiro Justino Santos e os dois assumiram o papel de djs para dar música aos convidados. Os algarvios Bubba Brothes abriram a pista de dança ao som de "Circo de Feras", dos Xutos & Pontapés, e continuaram noite dentro a animar o público. Na melhor gala de todas da EC Travel também o alemão Christian Burkhardt deu cartas na música electrónica. Com mais de 13 anos de experiência em produção musical, o dj aposta essencialmente em ritmos complexos e sons quentes que já o levaram a quase todos os continentes para apresentar os seus sons em inúmeras actuações únicas ao vivo. Do país vizinho veio Raul Rodriguez, dj residente no

Ushuaïa Beach Hotel, “o melhor clube de praia do planeta”, de acordo com Eliseu Correia, em Ibiza. A mistura de batidas pesadas com os vocais sensuais traduz-se na força e qualidade dos seus conjuntos que o torna-

ram num talento reconhecido em todos os maiores clubes da Europa, tendo já compartilhado o stand do dj com alguns dos mais importantes nomes da música electrónica de todo o mundo.

� Rock português brilhou na gala com a União das Tribos

� 'We Are the Chapions' foi a música de parabéns da empresa

� Festa só terminou na madrugada do dia seguinte

Notas solidárias acompanharam a festa

� EC Travel doou 3.636 euros à causa 'Vamos ajudar o Rafa'

� Cheque de 2.500 euros foi doado à Associação CASA pela EC Travel

O espírito solidário esteve presente nesta noite de gala onde os presentes foram convidados a ajudar o Rafa que marcou presença na festa acompanhado pela sua mãe. Sensibilizados com a causa "Vamos ajudar o Rafa", os convidados contribuíram, no total, com o montante de 1.828 euros. Um valor que a EC Travel fez questão de duplicar, doando na totalidade 3.636 euros para ajudar esta criança de 11 anos que sofre de uma doença neurológica, epilepsia, que provoca um atraso no desenvolvimento psicomotor e

comportamento autista. A Associação CASA - Centro de Apoio ao Sem Abrigo também beneficiou deste espírito solidário e Isabel Cebola subiu ao palco do Hotel Real Marina em Olhão para receber das mãos de Eliseu Correia o cheque de 2.500 euros doado pela EC Travel. A associação iniciou a sua actividade em 2002 com o principal objectivo de prestar assistência a populações carenciadas, com um maior foco no apoio à população sem abrigo, dedicando-se à distribuição de produtos de necessidade básica e aos serviços de apoio psicológico.


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QUADRA NATALÍCIA

A União de Freguesias de Tavira, deseja a todos os seus fregueses, colaboradores e amigos, um Feliz Natal e Prospero Ano Novo Presidente da União das Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago) ​ José Mateus Domingos Costa

Presépio de Sal volta a Castro Marim este ano com 3.800 peças d.r.

APÓS O SUCESSO DO ANO PASSADO, O PRESÉPIO DE SAL VOLTA À CASA DO SAL ,

promovendo-se nesta aliança o grande motor económico, social e cultural de Castro pub pub

ÔÔ Presépio foi construído com seis toneladas de sal Marim, o sal, e salientando-se a ligação simbiótica de Castro Marim à actividade salineira. A inauguração está marcada para o próximo sábado, 9 de Dezembro, pelas 16.30. Para a construção deste presépio foram necessárias seis toneladas do “melhor sal do mundo”, o dobro da quantidade utilizada em 2016, e um mês de trabalho para reunir esculturalmente as cerca de 3.800 peças que o compõem. Antes da inauguração do Presépio de Sal, a Junta de Freguesia de Castro Marim promove o Desfile de Natal pela vila, com partida da Rua 25 de Abril, em frente à Junta de Freguesia, pelas 15.30 horas.

O Presépio de Sal está patente ao público até ao dia 6 de Janeiro e pode ser visitado todos os dias, entre as 10 e as 13 e das 14 às 18 horas, com excepção dos dias 25 de Dezembro e 1 de Janeiro, que funcionará entre as 15 e as 18 horas. A iniciativa é da Junta de Freguesia de Castro Marim, que organiza, há nove anos, a Casa do Natal, composta por um presépio gigante. No ano passado o sal foi introduzido como matéria-prima e a afluência de visitantes superou as expectativas. O Presépio de Sal conta com os apoios da Câmara de Castro Marim e empresa municipal Novbaesuris. pub


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região

Orçamento Participativo de Lagos tem 20 propostas para votação

SETE MIL ANOS DE HISTÓRIA

Mais de 75 mil já vistaram exposição sobre Loulé

Câmara tem 300 mil euros para gastar nos projectos eleitos d.r.

A SEGUNDA FASE DO ORÇAMENTO Participativo de Lagos

arrancou na passada segunda-feira, 4 de Dezembro. Das 34 propostas apresentadas, e após a análise técnica por parte dos serviços da autarquia, passaram para a fase da votação 20 propostas que vão desde a instalação de ilhas ecológicas, passando por requalificações de ruas e jardins, até à construção de um Dog Parque ou de um Parque de Street Workout. Recorde-se que o valor do OP Lagos 2018 não poderá ultrapassar os 300 mil euros, distribuídos em quatro parcelas até ao montante de 50 mil euros para execução de projectos a localizar nas áreas geográficas correspondentes às antigas freguesias (de Bensafrim e Barão de São João, à freguesia da Luz e à freguesia de Odiáxere) e uma parcela até aos 100 mil euros para a freguesia de São Gonçalo de Lagos. A selecção dos projectos será feita com base na ordenação resultante da votação,

ÔÔ Nesta edição podem votar todos os cidadãos com idade igual ou superior a 16 anos e como segundo critério o valor orçamentado para cada projecto, de modo a que a soma do seu valor não ultrapasse o montante de 50 mil euros para cada antiga freguesia de Bensafrim e Barão de São João, da freguesia da Luz e da freguesia de Odiáxere e o montante de 100 mil euros para a freguesia de São Gonçalo de Lagos.

Nesta edição podem votar todos os cidadãos com idade igual ou superior a 16 anos que se interessem pelo município (designadamente, residentes permanentes ou temporários, proprietários, estudantes e trabalhadores), mediante a apresentação de documento de identificação nos locais de votação. O período de votação de-

correrá até 29 de Dezembro, e será possível votar no Edifício Paços do Concelho Séc. XXI ou nas Juntas de Freguesia do concelho. O Orçamento Participativo é um mecanismo de democracia participativa e voluntária que assenta na participação directa dos cidadãos na governação no Município de Lagos.

Inscrições para ‘Silves Capital da Laranja’ terminam a 31 de Dezembro d.r.

A S INSCRIÇÕES PAR A A PARTICIPAÇÃO na segun-

da mostra “Silves Capital da Laranja’”estão abertas até ao próximo dia 31 de Dezembro. Agricultura, produtos agro-alimentares, máquinas / equipamentos, artesanato, restauração e entidades diversas são as modalidades que podem participar no evento, sendo necessário preencher uma ficha de inscrição disponível no site da Câmara e enviá-la para o e-mail capitaldalaranja@cm-silves.pt, até 31 de Dezembro. No site podem também ser consultadas as normas de organização e funcionamento do evento. As fichas de inscrição podem também ser remetidas através de correio postal ou entregues na Divisão de Cultura, Turismo e Património (DCTP) da autarquia.

2743) ou do e-mail capitaldalaranja@cm-silves.pt.

A EXPOSIÇÃO “LOULÉ. TERRITÓRIOS. MEMÓRIAS. IDENTIDADE” recebeu já 75 mil e 89

visitantes desde a sua inauguração, a 21 de Junho, tendo o mês de Agosto sido o recordista, com 17.665 pessoas a quererem conhecer o património cultural e material de Loulé. Em Outubro, o regresso às aulas e início das visitas das escolas contribuiu para que 15.377 pessoas tenham contactado com os sete mil anos de história apresentados em Loulé. Territórios. Memórias. Identidades. Com mais de 500 bens culturais expostos, o investimento de “Loulé. Territórios. Memórias. Identidades” na tecnologia ao serviço de uma maior acessibilidade à informação permite saber quais os objectos que mais curiosidade têm suscitado aos visitantes, que procuram saber mais através da consulta dos QR Codes instalados na exposição, com os seus telemóveis pessoais. O menir de grandes dimensões e amplamente gravado, proveniente do Museu Municipal de Loulé, é o bem que suscita mais procura de informação adicional por parte dos visitantes. A exposição do menir é acompanhada por um conjunto de fotografias obtidas através de sistemas digitais de última geração, inclusivamente tridimensionais, que permitem ver gravuras que não são imediatamente visíveis a olho nu.

EXPOSIÇÃO MOSTRA A HISTÓRIA DE PORTUGAL, DA PENÍNSULA IBÉRICA E DA EUROPA Seguem-

-se a Necrópole da Idade do Bronze da Vinha do Casão e as estelas gravadas com a Escrita do Sudoeste, a mais antiga escrita conhecida na Península Ibérica, com cerca de 2500 anos. “Loulé. Territórios, Memórias, Identidades” é um “Portugal em miniatura” que espelha a história de Portugal, da Península Ibérica e da Europa. Um verdadeiro ponto de partida para uma viagem obrigatória até Loulé para descobrir o concelho e os seus segredos mais bem guardados, como o sítio de Corte João Marques, a escrita do Sudoeste, o Cerro da Vila, o Castelo de Salir e o centro histórico da cidade. A exposição “LOULÉ. Territórios, Memórias, Identidades“ é uma iniciativa conjunta dos Museus Nacional de Arqueologia e Municipal de Loulé, com o apoio da Lusitânia Seguros, da Imprensa Nacional da Casa da Moeda e do 365 Algarve. A exposição está patente no Museu Nacional de Arqueologia (Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa), de terça-feira a domingo entre as 10 e as 18 horas. Trata-se da 22ª exposição desta natureza a ocupar o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, no ano em que também o Museu Municipal de Loulé está a celebrar o seu 22º aniversário. pub

ÔÔ Iniciativa decorre entre 16 e 18 de Fevereiro de 2018

INICIATIVA PRETENDE CONSOLIDAR A MARCA SILVES CAPITAL DA LARANJA A iniciativa

promovida pela Câmara de Silves decorre entre 16 e 18 de Fevereiro e tem como objectivos “destacar a citricultura que se faz no concelho de Silves nas suas mais diversas áreas e simul-

taneamente consolidar a marca Silves Capital da Laranja”, refere a autarquia. Para o esclarecimento e fornecimento de informações adicionais sobre esta iniciativa os interessados podem contactar a DCTP através do telefone 282 440 800 (ext.: 2741 ou

União das Freguesias de Conceição e Cabanas de Tavira Deseja a todos um Bom Natal e um Excelente Ano de 2018 O Presidente Ângelo Filipe Silva Pereira


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região

IKEA sem planos para segunda megastore do complexo de Loulé Vasco Santos, responsável pela IKEA Centres Portugal, não prevê a ocupação do espaço no imediato Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com

COM A ABERTURA DA LOJA DA MARCA LEROY MERLIN cada

vez mais próxima, a questão sobre qual será a marca a ocupar a segunda megastore prevista no projecto do complexo comercial IKEA de Loulé volta à ribalta na tentativa de perceber como será fechado todo o investimento feito pelo Grupo Sueco e pelos seus parceiros junto ao Estádio Algarve. Ao POSTAL o responsável máximo da IKEA Centre Portugal, Vasco Santos, esclareceu no entanto que “não há de momento qualquer investimento previsto para o terreno destinado no complexo à segunda megastore, ou como lhe chamavam nos planos de pormenor e estudo de impacto ambiental ‘loja stand alone’.

O QUE SE PREVIA NO POJECTO Além da Leroy Merlin que

está em fase de acabamentos e abrirá a muito breve trecho ocupando uma área de implantação de 9.830 metros

quadrados, o projecto do grupo IKEA previa uma “loja gémea” da marca de bricolage & construção, sensivelmente com a mesma área. Recorde-se que o edifício comercial que vai albergar a Leroy Merlin é constituído por dois níveis de parque de estacionamento, armazém e área de vendas, sendo que no interior serão ainda construídos dois mezaninos para áreas técnicas e sociais e que esteve previsto para abrir em Outubro.

QUANTO VALE A AUSÊNCIA DA SEGUNDA MEGASTORE A pre-

ços de investimento indicados para a construção da loja da Leroy Merlin pela empresa DST, responsável pelos trabalhos, a ausência de uma segunda infra-estrutura comercial do género implica a perda de pelo menos um investimento de 6,8 milhões de euros, o custo da empreitada considerada por si só.

MUITOS À ESPERA DO CONTINENTE Entretanto para aqueles

que esperavam que a segunda megastore albergasse um supermercado Continente, dada a existência da Worten dentro do Mar Shopping Algarve onde coexiste com um Pingo Doce do concorrente Jerónimo Martins, algo pouco comum, a resposta é que será pouco provável. É que desde logo Loulé tem uma unidade Continente do Grupo Sonae perfeitamente consolidade e com uma área de abrangência que cobre a zona do complexo IKEA e os investimentos não tendem a ser sobrepostos quanto a áreas de influência. A isto soma-se o facto de que Vasco Santos, responsável da IKEA Centres Portugal, ter declarado ao POSTAL que o grupo não tem para o espaço qualquer projecto de aproveitamento comercial no imediato, ao mesmo tempo que revelava que a IKEA Centres Portugal não tem na calha investimentos adicionais previstos para o nosso país. Aliás, ao prestar estas declarações ao POSTAL o responsável não revelava sinais de preocupação de qualquer tipo com a ausência de investimento o que

d.r.

ÔÔ Leroy Merlin será a única grande loja autónoma do complexo comercial IKEA denota que a comercialização do espaço não é de momento uma prioridade.

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MUNDO DOS JOGOS REGRESSA A LOULÉ DEPOIS DO SUCESSO DA PRIMEIRA EDIÇÃO DO EVENTO

Escola Secundária de Loulé recebe segunda edição do Loulé Game Fest

COOPERATIVA AGRICOLA DOS PRODUTORES DE AZEITE DE SANTA CATARINA pub

A Associação Núcleo de Geeks do Algarve organiza, no dia 9 de Dezembro, a segunda edição do Loulé Game Fest, um evento dedicado aos vídeojogos, jogos de tabuleiro, merchandising e cosplay. A iniciativa é apoiada pela Câmara de Loulé e realiza-se na Escola Secundária de Loulé, como resposta à crescente procura de eventos similares na região algarvia. Depois do sucesso da primeira edição, este ano o público pode contar com várias áreas de diversão, como painéis, mini-jogos e actividades, torneios de videojogos e cosplay. As lojas algarvias do sector também vão estar presentes no evento.

ASSEMBLEIA GERAL CONVOCATÓRIA De acordo com o disposto no Parágrafo segundo do art. 23º, e no Parágrafo segundo do art. 25º dos Estatutos da Cooperativa Agrícola dos Produtores de Azeite de Santa Catarina da Fonte do Bispo, CRL, convoco os seus associados a reunirem-se em Assembleia Geral, em sessão ordinária, no dia 23 de Dezembro de 2017, pelas 14 horas na sua sede e com a seguinte ordem de trabalhos: 1º- Apreciação e votação do Orçamento e do plano de atividades para o exercício de 2018; 2º- Discussão de outros assuntos de interesse para a Cooperativa. Se à hora marcada não estiver presente o número legal de sócios, a Assembleia Geral reunirá uma hora depois, em segunda convocatória, no mesmo local e com a mesma ordem de trabalhos, podendo deliberar com qualquer número de associados. Santa Catarina, 06 de Novembro de 2017 O Presidente da Assembleia Geral Alberto Maria Vilela Boto Pimental (POSTAL do ALGARVE, nº 1194, de 8 de Dezembro de 2017)


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região

Algarvios contribuíram com 135 toneladas de alimentos para o Banco Alimentar Cerca de 2.500 voluntários participaram na campanha distribuídos por todos os concelhos do Algarve fotos: cátia marcelino

Cátia Marcelino / Henrique Dias Freire

catiam.postal@gmail.com

135 TONELADAS foram recolhi-

das pelo Banco Alimentar Contra a Fome do Algarve (BACFA) com a ajuda dos cerca de 2.500 voluntários divididos em 145 equipas distribuídas por 145 lojas, 100 viaturas, e pelos dois armazéns do Algarve, situados em Faro e Portimão. O balança desta campanha é muito positivo, “a participação de muitos algarvios fez com que conseguíssemos recolher 135 toneladas de alimentos, com a ajuda dos muitos voluntários e das várias instituições públicas e privadas, o que é muito bom comparativamente à última campanha onde foram recolhidas 120 toneladas”, disse ao POSTAL o presidente do BACFA, Nuno Alves.

GENEROSIDADE DOS ALGARVIOS TEM PERMITIDO AUMENTAR O NÚMERO DE INSTITUIÇÕES APOIADAS Nuno Alves não tem

dúvidas em afirmar que os algarvios são pessoas generosas e disse ao POSTAL que, para o confirmar “basta pensar que este Banco Alimentar abriu há dez anos, em 2007, e tem vindo a crescer cada vez mais, apoiando mais instituições e mais pessoas, e distribuindo mais alimentos. Isto deve-se à generosidade dos algarvios, não só nas várias campanhas

ÔÔ Nuno Alves reconhece a generosidade dos algarvios promovidas mas também como voluntários no dia-a-dia e através da generosidade das empresas que participam e apoiam o Banco Alimentar ao longo de todo o ano”. Tendo em conta que os alimentos vão compor cabazes para distribuir mensalmente às instituições, para depois chegarem às famílias carenciadas, os produtos pedidos foram sobretudo os de longa duração (como o arroz, cereais, bolachas ou conservas). O leite e a massa foram os produtos mais doados nesta campanha mas há outros produtos que Nuno Alves afirma serem de grande importância mas

Assine o

que “não chegam assim em tão grande quantidade e nos fazem também muita falta, como é o caso do azeite ou das papas e farinhas para a alimentação das crianças dos zero aos três anos”.

Nas várias lojas de todos os concelhos da região, as equi-

pas de voluntários, identificadas com a imagem do Banco Alimentar, distribuíram no passado fim-de-semana, 2 e 3 de Dezembro, os sacos da campanha aos clientes, indicando os produtos com mais necessidade de ser doados. Doados os produtos, a equipa de voluntários dos transportes, que envolveu várias entidades públicas e privadas, entrava em acção e transportava os produtos para os respectivos armazéns. “Tudo o que foi recolhido entre Albufeira e Vila Real de Santo António veio para o armazém de Faro e os produtos recolhidos desde o concelho de Silves até ao concelho de Vila do Bispo foram transportados para o armazém de Portimão”, disse ao POSTAL Nuno Alves.

GRANDE MAIORIA DOS VOLUNTÁRIOS SÃO JOVENS A grande

maioria dos voluntários das campanhas do Banco Alimentar são os jovens que participam activamente em vários grupos de escuteiros ou alunos de diversas escolas, alunos da universidade e diversos grupos de catequese, mas há pessoas de todas as faixas etárias a participar.

ÔÔ Campanha contou com a ajuda de 145 equipas de voluntários

Envie este cupão para:

POSTAL DO ALGARVE - Rua Dr. Silvestre Falcão, nº 13 C, 8800-412 Tavira

NOME __________________________________________________________________________________________________________________________ MORADA __________________________________________________________________________________________ NIF

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Os voluntários dos armazéns recepcionaram os produtos, pesaram-nos e, depois de identificada a loja para efeitos de registo, passaram os produtos por uma passadeira onde foram separados e devidamente organizados para serem distribuídos nos próximos seis meses às populações carenciadas do Algarve, através de 120 instituições apoiadas actualmente. Uma das formas de ajudar o Banco Alimentar é através do voluntariado, durante todo o ano e não apenas nas campanhas, porque “há uma necessidade muito grande de reforçar as equipas de voluntários para poder continuar o nosso trabalho que é feito ao longo das 52 semanas do ano”, refere Nuno Alves.

TEL   

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12   |  8 de Dezembro de 2017

região fotos: d.r.

d.r.

Empresários algarvios apostam na China liderados por Ricardo Mariano Viagem às mecas do mundo empresarial e do empreendedorismo pretende abrir horizontes aos players regionais Ricardo Claro catiam.postal@gmail.com

RICARDO MARIANO QUER FAZER ENTRAR O GIGANTE ASIÁTICO NA ROTA EMPRESARIAL DO ALGARVE e não hesita em

classificar como “fundamental” o “conhecimento de realidades empresariais e mercados com escalas que multiplicam a portuguesa ou mesmo a europeia várias vezes, como forma de permitir a abertura de horizontes àqueles empresários ou empreendedores que têm inscrito no seu ADN o crescimento dos respectivos negócios”. Esta é a razão para que o empresário algarvio de 31 anos - que já se encontra entre os maiores empregadores regionais do sector privado - tenha decidido avançar com viagens de grupo à China, totalmente focadas na abertura de portas e canais privilegiados para trocas comerciais entre os dois países, bem como na tomada de consciência por parte dos Homens de negócios algarvios, quer das oportunidades de trabalho, quer das inovações, quer ainda das formas de negociação que os grandes conglomerados empresariais chineses adoptam.

UMA POTÊNCIA DO OUTRO LADO DO MUNDO, AQUI TÃO PERTO NESTE MUNDO GLOBALIZADO A China é, segundo dados divulgados já este ano pelo FMI e pela ONU, o maior mercado nacional do mundo, enquanto país com a maior população do planeta, representa mais

ÔÔ Mais de 3.500 atletas parciparam na edição deste ano

ÔÔ Ricardo Mariano fez-se acompanhar à China por cinco empreendedores algarvios de 18% do PIB mundial e é o maior potentado exportador do mercado internacional. “Estas são razões mais do que suficientes, acredita Ricardo Mariano, para que “não só não se deva ignorar o ‘grande dragão’, como se impõe acompanhar e conhecer a sua evolução, pois é ela que dita hoje parte do que o amanhã será em termos empresariais”.

RICARDO MARIANO DESCOBRIU A CHINA HÁ SEIS ANOS Seis anos

bastaram para que a China deixasse de ser para Ricardo Mariano apenas uma geografia do planisfério, passando a integrar o seu universo empresarial que contará em breve com mais de uma dezena de empresas, das quais uma boa parte trabalham directamente com o mercado chinês. “Tenho empresas perfeitamente con-

solidadas na relação com operadores chineses e estamos em vias de lançar projectos inovadores também assentes nesta plataforma sino-lusitana em que venho apostando.

A PARTILHA DO KNOW-HOW PARA O SUCESSO NO MERCADO CHINÊS Avesso ao lema

tido por muitos como o fundamento dos grandes empresários - o segredo é a alma do negócio

- Ricardo Mariano defende e vem provando ao longo da sua actividade que a partilha de conhecimento não só não coloca em causa o sucesso de um empresário, como determina relações fortes entre aqueles que são diariamente os players principais do motor económico. Depois de uma primeira tentativa de criar uma missão empresarial do Algarve à China, frustrada, Ricardo Mariano não desiste daquilo que considera ser “o desafio de permitir aos empresários da região, com quem trabalho todos os dias, a possibilidade de conhecerem um mercado de enorme escala e perfil empresarial diverso do europeu e português, sem terem de enfrentar as dificuldades que eu tive inicialmente em entrar no mundo dos negócios do gigante asiático”. Exactamente por isso, recentemente o empresário fez-se acompanhar por outros cinco empreendedores algarvios numa visita que percorreu Shenzhen - a capital mundial electrónica -, Hong Kong, Macau e a vizinha Guangzhou, capital da província de Guangdong. Nesta incursão pela China empresarial participaram Humberto Brito, que desenvolve actividade na área da construção civil, Luís Rita, que opera no sector da programação informática, Henrique Dias Freire, ligado à comunicação social e proprietário e director do POSTAL, Alex Philipp, um dos homens fortes da Timing, e finalmente, Kevin Sky um produtor musical e dj

que aposta na conquista de vários mercados internacionais.

UM MUNDO DE OPORTUNIDADES “As oportunidades são de

quem as aproveita e nesta medida o conhecimento é determinante”, refere Ricardo Mariano que nesta passagem pela China visitou com os restantes empresários da região a Hi-Tech Fair, a maior feira de alta tecnologia do mundo, e a Canton Fair, que no conjunto das suas três fases é um dos locais do mundo onde mais negócios se fecham. “A dimensão e potencialidades do mercado chinês e da sua oferta ao nível de produtos para exportação são incomensuráveis e por isso não podem ser negligenciáveis por quem procura o sucesso nos negócios”, diz.

INTEGRAR A CHINA NA DOS EMPRESÁRIOS DO ALGARVE Apesar

da resistência inicial Ricardo Mariano acredita que conseguirá passar a mensagem de quão é importante para o empresariado dominar as relações e transacções com a China. No intuito de cada vez mais integrar a China na rota dos empresários e empreendedores algarvios e de uma só vez alcançar o objectivo de ajudar a equilibrar a balança comercial com a China desfavorável a Portugal. Para isso Ricardo Mariano aposta em iniciar já em 2018 exportações para as três maiores cidades da província de Guangdong.


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região d.r.

Kevin Sky leva Shenzhen ao rubro ÔÔ Espaços da noite de uma das cidades com maior diversão nocturna da China renderam-se aos ritmos do dj algarvio As discotecas EMC e Papaya Club foram dois dos espaços da noite de Shenzhen, uma das cidades com maior diversão nocturna da China, que se renderam recentemente aos ritmos do dj Kevin Sky. Apostado numa internacionalização da carreira, a música criada e as produções da responsabilidade deste dj algarvio levaram ao rubro algumas das casas de referência da noite da cidade que é a capital da indústria electrónica do país. O público não resistiu às incursões de Kevin Sky entre o house o house progressivo e as

performances foram um sucesso para este dj que diz querer “estar entre os cinco melhores djs de Portugal no espaço de dois anos” e integrar a exclusiva lista dos 100 melhores do mundo “nos próximos cinco”. Para isso o salto da engenharia para uma aposta definitiva nos decks é cada vez mais uma decisão tomada por aquele que desde os 16 anos animava as festas dos amigos e que hoje é já um nome de relevo no mainstream da música electrónica, com espectáculos realizados para públicos e em geografias tão diversas como o Reino Unido, a

Polónia ou a as Caraíbas e a China, passando pelos mais conceituadas cabines de dj nacionais. Para Kevin Sky, que prefere os decks, aos computadores na hora de conquistar a pista de dança, o segredo está em saber ler o espaço, as pessoas e o momento num mix de sensibilidade capaz de adivinhar o que o público deseja. Assim e sem perder a identidade do verdadeiro criativo que é, a conquista das audiências está apenas à distância de ouvir a mestria de quem se entrega à música como quem a conhece como poucos. pub

Deseja a todos os clientes, fornecedores e amigos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo

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região pub

Pedro Ornelas é eleito presidente da AAUAlg

MUNICÍPIO DE TAVIRA Edital Deliberações JOSÉ OTÍLIO PIRES BAIA, Presidente da Assembleia Municipal de Tavira. TORNA PÚBLICO, que em sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Tavira, realizada no dia 23 de novembro de 2017, foram tomadas as seguintes deliberações:

Candidato já tem a equipa completa e não engloba membros da lista derrotada d.r.

A LISTA A VENCEU AS ELEIÇÕES e Pedro Ornelas é o novo presidente da Associação Académica da Universidade do Algarve (AAUAlg). Nas eleições que decorreram na passada terça-feira, 5 de Dezembro, os estudantes do Algarve deram a vitória à lista encabeçada por Pedro Ornelas com 59% e 1.148 votos contra os 41% e 801 votos da lista C, liderada por Daniela Vairinhos, com uma diferença de 347 votos. Por volta das 5 horas da madrugada de quarta-feira, 6 de Dezembro, os resultados estavam apurados e o POSTAL foi o primeiro órgão de comunicação a entrevistar o vencedor Pedro Ornelas, segundo o qual esta vitória se traduz “num sentimento inexplicável de dever cumprido e numa crença que me acompanhou desde o início, sustentado por uma equipa que fez parte deste processo eleitoral desde o início”.

EQUIPA DE PEDRO ORNELAS ESTÁ FORMADA E NÃO TEM MEMBROS DA CANDIDATURA ADVERSÁRIA A nova direcção da

AAUAlg toma posse a 8 de Janeiro com uma lista composta por 50 elementos, sendo que 25 são membros efectivos e os outros 25 são membros suplentes. Questionado pelo POSTAL, Pedro Ornelas afirmou não ter qualquer objecção “em chamar para a equipa pessoas com qualidade e competências para nos ajudar

unidades orgânicas da universidade, dando cumprimento àquilo que é um dos objectivos fundamentais de acção social dentro e em prol da academia, visando o serviço dedicado à comunidade”.

VOTARAM MAIS 348 ESTUDANTES COMPARATIVAMENTE ÀS ÚLTIMAS ELEIÇÕES Apesar do

ÔÔ Pedro Ornelas ganhou com 1.148 votos dos estudantes da UAlg a cumprir os objectivos traçados, independentemente do seu posicionamento durante o acto eleitoral” e disse ainda acreditar que há bastante qualidade na lista adversária, “caso contrário o processo eleitoral não teria sido tão renhido e discutido, provando a qualidade daqueles que, sendo estudantes da UAlg, lutam pelos objectivos gerais e pelos interesses da Associação Académica”. No entanto, o candidato afirmou ao POSTAL que a sua equipa já está completa e que

esta não contém membros da outra candidatura. Para Pedro Ornelas, os desafios imediatos quando assumir a direcção serão “o combate pela não subida das propinas e pela descidas das taxas e fazer com que o novo reitor assuma a posição de reitor dos estudantes e deixe de ser apenas um titular de secretária”. O presidente da AAUAlg disse ao POSTAL que a sua primeira medida será “tentar implementar bolsas de estudo da AAUAlg em todas as

número de votantes ter aumentado para 2.032, mais 348 votos do que nas últimas eleições onde votaram 1.684 alunos, este é ainda um número reduzido, tendo em conta que representa todas as Faculdades e Escolas da UAlg, do Campus da Penha, Campus de Gambelas, Campus da Saúde e Campus de Portimão. A lista A ganhou na Escola Superior de Saúde (ESS) com 142 votos, na Faculdade de Economia (FE) com 170 votos, na Escola Superior de Educação e Comunicação (ESEC) com 168 votos, na Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Penha (ESGHT) com 257 votos, e no Instituto Superior de Engenharia (ISE) com 116 votos. A lista C alcançou a vitória na Faculdade de Ciências e Tecnologias (FCT) com 242 votos, na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS) com 119 votos, e na Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo de Portimão (ESGHT) com 67 votos. No total somaram-se ainda 43 votos nulos, 40 em branco e um anulado.

Investigadora da UAlg premiada pela Sociedade de Genética Humana ra do grupo de Genómica Funcional do Cancro, liderado por Ana Teresa Maia do Centro de Investigação em Biomedicina (CBMR) da UAlg, acaba de ser distinguida com o “Prémio de Investigação Básica”, atribuído anualmente pela Sociedade Portuguesa de Genética Humana ao melhor trabalho na área da genética humana. A distinção visa, assim, premiar a comunicação “miRNA-mediated cis-regulation in breast cancer susceptibility”,

apresentada, no passado dia 17 de Novembro, no 21º Encontro Anual da Sociedade Portuguesa de Genética Humana. Na comunicação em causa a investigadora abordou a contribuição das variantes genéticas cis-reguladoras, que afectam a regulação de microARNs, para o cancro da mama. Para a investigadora, “receber este prémio é não só um reconhecimento do trabalho efectuado durante o último ano, mas também da qualidade da investigação efectuada no CBMR”.

2. Foi eleito para participação nos Congressos da Associação Nacional de Municípios Portugueses, como suplente do Presidente da Assembleia o membro o Presidente da Junta de Freguesia de Luz de Tavira e Santo Estevão, José Liberto da Conceição Graça, tendo sido eleito o Presidente da Junta de Freguesia de Santa Luzia, Carla Patrícia Maié Martins como seu suplente; 3. Foi eleito o Membro José Mateus Domingos Costa como representante da Assembleia Municipal para integrar a Comissão Municipal de Toponímia e Numeração de Polícia; 4. Foi eleito como representante das Juntas de Freguesia para integrar a Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Tavira, o Presidente da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, Carlos Manuel Viegas de Sousa; 5. Foi eleito como representante da Assembleia Municipal para integrar a Comissão Municipal de Apoio às Pescas a Membro Maria José Dias Palma Simão Mestre; 6. Foi eleito o Presidente da Junta de Freguesia de Conceição e Cabanas de Tavira, Ângelo Filipe Sílvia Pereira como representante das Juntas de Freguesia para integrar o Conselho Cinegético e de Conservação da Fauna Municipal; 7. Foram eleitos os cidadãos Eduardo José Pacheco de Mendonça, Jorge Constantino Pereira Martins, Norberto José Mestre, Luís Filipe Albino Silva e Leonardo António Gonçalves Martins para integrarem o Conselho Municipal de Segurança; 8. Foram eleitos como representantes da Assembleia Municipal para integrarem a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo os membros efetivos Elsa Maria da Conceição Martins, Ana Cristina dos Santos Palmeira, Narciso dos Reis Martins Barradas e Ana Margarida Franco de Mendonça Viegas e Silva Baioa, tendo como respetivos suplentes os membros Victor Manuel do Nascimento Palmeira, José Epifânio Martins da Graça, Maria José Dias Palma Simão Mestre e Silvino Mário Pereira Dores Santos de Oliveira; 9. Foram eleitos como representantes de cada força partidária representada na Assembleia Municipal para integrar o Conselho Municipal de Juventude os membros Fernando Manuel Soares Germano Rodrigues, Hugo Daniel Santos Gomes, Artur António Guerreiro Sanina, Pedro Miguel Entrudo Soares e Carlos Alberto Nunes dos Santos Marcelino; 10. Foi eleito como representante da Assembleia Municipal para integrar o Conselho da Comunidade do ACES - Agrupamento dos Centros de Saúde do Sotavento, da ARS Algarve, a Membro Maria Otília Martins Cardeira; 11. Foi eleito como representante da Assembleia Municipal para integrar a Comissão de Acompanhamento da Revisão do Plano Diretor Municipal de Tavira, José Otílio Pires Baía tendo como Suplente Joaquim José Brandão Pires; 12. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 167/2017/CM, referente à TaviraVerde – Empresa Municipal de Ambiente EM, S.A. – Fiscal único; 13. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 176/2017/CM, referente à determinação das taxas de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI); 14. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 178/2017/CM, referente à determinação da participação variável no IRS; 15. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 179/2017/CM, referente à determinação da Derrama; 16. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 181/2017/CM, referente à Taxa Municipal de Direitos de Passagem (TMDP) – Ano 2018; 17. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 182/2017/CM, referente ao júri para o procedimento concursal para provimento de cargo de Chefe do Gabinete de Comunicação e Relações Públicas, cargo de direção intermédia de 3º. Grau – 7-PC/17; 18. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 184/2017/CM, referente à composição do Conselho Municipal de Educação, tendo sido designado como representante dos Presidentes de Juntas de Freguesia, o Presidente da Junta de Freguesia de Tavira, José Mateus Domingos Costa; 19. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 185/2017/CM, referente ao concurso público para a aquisição de apólices de seguros – Seguro de acidentes pessoais para os membros dos órgãos autárquicos e compromissos plurianuais;

CANCRO DA MAMA

ANA FERNANDES, investigado-

1. Foram eleitos como membros efetivos para integrarem as Assembleia Intermunicipal, os membros José Otílio Pires Baia, Joaquim José Brandão Pires, Muriel Cristina Dias e José Epifânio Martins da Graça, tendo sido deliberado consultar a Assembleia Intermunicipal quanto ao apuramento dos suplentes;

d.r.

20. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 186/2017/CM, referente à aquisição de serviços de desinfestação correta em espaços públicos e edifícios do Município de Tavira e de outras situações pontuais/excecionais – Compromissos plurianuais; 21. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 187/2017/CM, referente à assunção de compromissos plurianuais – Delegação de competência no Presidente da Câmara Municipal – nº. 3 do artigo 6º. Da Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso das Entidades Públicas (LCPA). 22. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 197/2017/CM, referente ao Concurso Público para o fornecimento de refeições aos Estabelecimentos de Ensino do Pré-Escolar e 1º Ciclo – Compromissos plurianuais e abertura de procedimento; 23. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 198/2017/CM, referente à 15-Emp/17 – Obras de Conservação na Escola EB1+JI da Conceição – Compromissos plurianuais. Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume Paços do Concelho, aos 23 dias do mês de novembro do ano 2017 O Presidente da Assembleia Municipal, José Otílio Pires Baia

ÔÔ Ana Fernandes foi distinguida na área da genética humana

(POSTAL do ALGARVE, nº 1194, de 8 de Dezembro de 2017)


8 de Dezembro de 2017  |  15

região ATÉ 6 DE JANEIRO

Albufeira vai ter primeiro crematório do Algarve

ACRAL sorteia cheque-viagem de cinco mil euros este Natal A ACRAL – Associação do Co-

Investimento privado ascende a cerca de 600 mil euros RECENTEMENTE FOI ADJUDICADO à Cremal - Cremações do

Algarve, Lda., a construção de um crematório para o Algarve, a ficar contíguo ao actual Cemitério de Vale Pedras, de Albufeira. Esta estrutura não necessita de investimento financeiro por parte da autarquia, ao passo que o concessionário irá entregar todos os meses, por 30 anos, uma contrapartida financeira, resultante da ocupação do espaço e do número de cremações efectuadas. O investimento da Cremal ascende aos cerca de 600 mil euros numa estrutura inexistente na região, da qual o crematório mais próximo se situa em Ferreira do Alentejo. Inaugurado em Janeiro de 1990, o Cemitério de Vale Pedras é composto por uma capela, duas salas de velório, zonas administrativas e quatro áreas distintas, as quais correspondem a zonas de inumações, gavetões, ossários e jazigos. Segundo o vereador

responsável, Rogério Neto, “este espaço está praticamente esgotado e o problema estava a preocupar-nos. Atendendo a que temos recebido vários pedidos para a existência de um crematório em Albufeira, vemos esta solução como a mais adequada para o futuro”. A futura estrutura irá ocupar 399 metros quadrados de área bruta, num só piso, com uma área total de cerca de 350 metros quadrados e irá dar emprego, inicialmente, a três pessoas. O edifício irá comportar diversas áreas, nomeadamente, uma Capela Ecuménica com cerca de 79 metros quadrados e uma Sala de Despedida. Dos espaços exteriores há a salientar o Jardim da Memória onde será plantada uma mistura herbácea de Prado Sequeiro e um jardim vertical com trepadeiras de floração azul e um Jacarandá. Um outro espaço exterior é o Jardim do Cendrário, ou seja, o lugar de excelência das cin-

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ÔÔ Crematório vai ficar contíguo ao actual cemitério de Vale Pedras zas que não forem solicitadas e que, para além do Prado de Sequeiro irá ter uma Oliveira (símbolo da paz e da purificação) e um Loureiro (símbolo do triunfo da vida e da sabedoria). Este cendrário consta

de um depósito enterrado e estanque com cerca de 50 centímetros de diâmetro. Recorde-se que, actualmente, o Algarve tem 472 mil habitantes e uma população flutuante que ascende a

um milhão e quinhentas mil pessoas. A taxa de cremação (recorrendo ao crematório de Ferreira do Alentejo, a cerca de 300 quilómetros, entre outros) é de 9%, ao passo que no resto do país é de 30%.

mércio e Serviços da Região do Algarve, com o apoio da Ótica Lúcia, promove este ano um “Grande Sorteio de Natal – Viagem de Sonho”, cujo prémio é um cheque-viagem de cinco mil euros. Para participar basta fazer compras nas lojas aderentes do comércio tradicional até 6 de Janeiro, sendo que as senhas são entregues gratuitamente aos consumidores em função dos valores das compras, até ao limite máximo de quatro senhas por compra (de um a 20 euros - uma senha | de 20,01 a 40 euros - duas senhas | de 40,01 a 60 euros - três senhas | valor superior a 60, euros - quatro senhas). O cheque-viagem deve ser descontado numa Agência Abreu e pode ser utilizado até 36 meses após o recebimento, de uma só vez ou em várias viagens, até ao limite do valor do prémio. O sorteio do prémio do “Grande Sorteio de Natal 2017” será efectuado no dia 10 de Janeiro de 2018, às 17 horas, na Praça da Liberdade, em Faro. pub

INICIATIVA SOLIDÁRIA ‘INVERNO MAIS QUENTE’

Albufeira aquece corações com campanha solidária A MISERICÓRDIA DE ALBUFEIRA, em parceria com as Jun-

tas de Freguesia do concelho e sete lavandarias locais, volta a promover a iniciativa solidária “Inverno Mais Quente”, convidando a comunidade a participar e apoiar as famílias carenciadas do concelho. Nesta quinta edição a campanha envolve angariações de roupa de homem, brinquedos, calçado e ítens de higiene pessoal. Os donativos podem ser entregues até 12 de Dezembro na Misericórdia de Albufeira; Junta de Freguesia de Albufeiras e Olhos de Água; Junta de Freguesia de Ferreiras; Junta de Freguesia da Guia; Junta de Freguesia de Paderne; Lavandaria Algarlava (Branqueira); Lavan-

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ÔÔ Campanha decorre até dia 12 daria Limpo e Seco (Guia); Lavandaria Ludsil (Ferreiras); Lavandarias Ultraseco (Caliços, Paderne, e AlbufeiraShopping); Lavandaria White Wing (Olhos de Água). No fim do período de angariação todos os donativos deixados serão seleccionados, tratados e encaminhados para a Loja Social da Santa Casa da Misericórdia

de Albufeira, numa resposta social que presta apoio à população carenciada, providenciando roupas, calçado, têxteis, brinquedos, entre outros artigos, de acordo com a situação socioeconómica de quem procura e necessita destes bens. A angariação de donativos no âmbito da campanha “Inverno Mais Quente” possibilitará novamente a entrega, no mês de Dezembro, de cabazes solidários às 100 famílias acompanhadas pela instituição. Concluída a campanha, os donativos poderão continuar a ser efectuados na sede da instituição para dar continuidade à sua missão de misericórdia e apoio ao próximo.

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Sotavento Algarvio, C.R.L., pessoa colectiva nº 501 073 035, com sede na Rua Borda D’Água de Aguiar n.º 1 e 2, em Tavira, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Tavira sob o mesmo número, com o capital social realizado de € 15.786.000,00 (variável), convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 28 de Dezembro de 2017, pelas 15:00 horas, no Auditório da sede da Instituição, para discutir e votar as matérias da seguinte ORDEM DE TRABALHOS 1. Discussão e votação da proposta de Plano de Actividades e de Orçamento da Caixa Agrícola para 2018. 2. Deliberação sobre a Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola para 2018. 3. Outros assuntos de interesse corrente Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer número de presenças. Tavira, 30 de Novembro de 2017 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral José Macário Correia (POSTAL do ALGARVE, nº 1194, de 8 de Dezembro de 2017) Nota: Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, nem o voto por representação, por força do disposto no nº 1 do Artigo 42º e do nº 1 do Artigo 43º do Novo Código Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de Agosto, que entrou em vigor no passado dia 30 de Setembro.


16  |  8 de Dezembro de 2017

região Consultório do Consumidor Antena digital milagrosa “Vi na net a publicidade a uma antena que permitia apanhar vários canais pagos, de forma gratuita, isto é verdade?”

A DECO responde... A publicidade à antena aparece em diferentes sites e nas redes sociais com nomes distintos (“Antena Digital”, “TV Fox” ou “TV Surf”) e descrições parecidas. As várias descrições indicam que é uma antena digital que permite ver gratuitamente a maioria dos canais que tem no seu pacote de TV por subscrição, mas testámos a antena e verificámos que se trata de uma fraude, com publicidade enganosa cheia de imprecisões. Trata-se de uma antena TDT vulgar, não amplificada, que mostrou um desempenho regular. Como seria de esperar, a antena permite apenas a recepção dos sete canais de acesso livre TDT, que podem ser acedidos por qualquer outra antena. Numa das páginas que publicitava a antena encontrámos referências a leis “inventadas”, sem fundamento, por exemplo, era referido que os operadores de cabo são obrigados, por lei, a emitir de forma gratuita os canais que integram nos seus pacotes comerciais. Mas não existe nenhuma lei que os obrigue a fazê-lo. Nas descrições é referido que a tecnologia avançada da antena impede que a recepção do sinal seja afectada pelas condições meteorológicas. Mas as condições meteorológicas podem sempre afectar a propagação e inerentes condições de recepção do sinal TDT e, caso isso suceda, não é esta, nem nenhuma antena que o pode evitar. A antena é anunciada por menos de 39 euros (em promoção), sem subscrições ou custos mensais. Ninguém compra uma antena TDT num regime de subscrição e, além disso, é possível encontrar no mercado antenas TDT sem amplificação (tal como a analisada) entre 10 e 15 euros. Assim, esta é cara para o que oferece. Estamos perante um caso de tentativa de burla, onde são usadas inúmeras imprecisões, mentiras deliberadas e conteúdos manipulados para tentar aliciar os consumidores a adquirir o produto. Não aconselhamos nenhum consumidor a adquirir esta antena.

Castro Marim é ‘Autarquia + Familiarmente Responsável’ pela quinta vez Bandeira com Palma assinala continuidade das iniciativas desenvolvidas A ENTREGA DOS GALARDÕES “Autarquia + Familiarmente Responsável” teve lugar no passado dia 29 de Novembro em Coimbra, no Auditório da Fundação CEFA. O Município de Castro Marim voltou a ser distinguido, pela quinta vez consecutiva, tendo recebido por isso uma Bandeira com Palma, que assinala a continuidade das iniciativas e medidas sociais que aqui têm sido desenvolvidas. A bandeira, entregue pelo secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, foi recebida pela adjunta do presidente da Câmara de Castro Marim, Nélia Mateus, juntando-se o Município de Castro Marim a mais 60 municípios portugueses premia-

dos pelas melhores políticas sociais e de apoio às famílias, numa iniciativa promovida pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas. “O compromisso de continuar a promover o bem-estar e qualidade de vida das famílias”, é assumido pelo presidente da Câmara de Castro Marim, Francisco Amaral, como uma prioridade. “A autarquia de Castro Marim tem vindo a desenvolver mais auxílios e políticas sociais, algumas inovadoras a nível nacional, como o programa municipal de combate à obesidade, já com mais de 150 utentes”. Outra das iniciativas de maior sucesso e com enorme melhoria da qualidade de vida dos envolvidos foi “o programa

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ÔÔ Distinção deve-se a um conjunto de medidas e programas implementados no concelho de cessão tabágica, que totaliza actualmente cerca de 200 utentes e regista uma taxa de sucesso na ordem dos 85%”.

RECONHECIMENTO É FRUTO DE VÁRIAS MEDIDAS Este reconhecimento de “Autarquia + Famipub

MUNICÍPIO DE TAVIRA EDITAL Nº 59/2017

Jorge Manuel do Nascimento Botelho Presidente da Câmara Municipal de Tavira TORNA PÚBLICO, que nos termos do n.º1 do artigo 56.º do anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, em reunião ordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 21 de novembro de 2017, foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovada por maioria a proposta número 188/2017/CM, referente à 16.ª Alteração ao Orçamento e às Grandes Opções do Plano/2017; 2. Aprovada por unanimidade a proposta número 189/2017/CM, referente à Transferência Financeira para a Comunidade Intermunicipal do Algarve (CI-AMAL); 3. Aprovada por unanimidade a proposta número 190/2017/CM, referente à Atribuição de apoio à atividade da Associação Centro Ciência Viva de Tavira - 2017; 4. Aprovada por unanimidade a proposta número 191/2017/CM, referente à Atribuição de Apoio à Associação Sociedade São Vicente de Paulo de Portugal - 2017; 5. Aprovada por unanimidade a proposta número 192/2017/CM, referente à Atribuição de apoio à Associação Cultural Música XXI – Festival de Órgão Tavira 2017;

liarmente Responsável” é fruto de um conjunto de medidas em várias áreas, não só na de apoio directo às famílias, mas também no âmbito do urbanismo, educação e formação, transportes, saúde, cultura, desporto e habitação. Entre um amplo conjunto de iniciativas, medidas e programas implementados no território castromarinense, nas mais diversas áreas, destacamos o programa municipal de financiamento ou realização de obras de reabilitação em habitações das famílias mais carenciadas; a isenção do pagamento do projecto de obras e das taxas urbanísticas; a habitação social, destinada aos munícipes que não tenham habitação própria e não possuam bem e/ou rendimento que lhes permita a aquisição de uma, em regime livre ou em regime de arrendamento; a atribuição de bolsas

de estudo para estudantes do ensino secundário e superior; os auxílios económicos atribuídos a alunos do ensino básico pertencentes a agregados familiares de fracos rendimentos, para aquisição de material escolar; o transporte escolar gratuito; a pioneira Unidade Móvel de Saúde, com atendimento médico. Atendendo ao flagelo do desemprego, a autarquia pode ainda apoiar as famílias mais carenciadas no pagamento de parte do arrendamento. O Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, em parceria com o Instituto da Segurança Social, e acompanha, reconhece e divulga a tomada de medidas facilitadoras da vida às famílias que vivem nas autarquias portuguesas.

CATÁLOGO AGROTUR VAI SER APRESENTADO EM TAVIRA

7. Aprovada por unanimidade a proposta número 194/2017/CM, referente à Atribuição de Apoio à Sociedade da Banda de Tavira – Concerto Solidário;

Publicação reúne cerca de 500 produtos de 70 produtores locais

8. Aprovada por unanimidade a proposta número 195/2017/CM, referente à Atribuição de Apoio ao Centro de Ciência Viva de Tavira – Festa de Halloween;

A CÂMARA DE TAVIRA acolhe,

6. Aprovada por unanimidade a proposta número 193/2017/CM, referente à Atribuição de Apoio à Sociedade da Banda Musical de Tavira – XXXIII Festival de Bandas Civis;

9. Aprovada por unanimidade a proposta número 196/2017/CM, referente à Atribuição de apoio à Fundação Irene Rolo – Festival de Sopas Mediterrânicas 2017; 10. Aprovada por unanimidade a proposta número 197/2017/CM, referente ao Concurso Público para o Fornecimento de Refeições aos Estabelecimentos de Ensino do Pré-Escolar e 1º. Ciclo – Compromissos plurianuais e abertura de procedimento; 11. Aprovada por unanimidade a proposta número 198/2017/CM, referente ao 15-EMP/17 - Obras de Conservação na Escola EB1+JI da Conceição - Compromissos plurianuais; 12. Aprovada por unanimidade a proposta número 199/2017/CM, referente a Donativos, no âmbito dos Incêndios Florestais ocorridos entre 1 de Junho e 31 de outubro de 2017; 13. Aprovada por unanimidade a proposta número 200/2017/CM, referente a Atribuição de Apoio ao abrigo do RMAAD – Casa do Povo de Santo Estêvão. Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos de costume. Paços do Concelho, 21 de novembro de 2017 O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Manuel Nascimento Botelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1194, de 8 de Dezembro de 2017)

na próxima segunda-feira, 11 de Dezembro, pelas 15.30 horas, a apresentação do catálogo AGROTUR, o qual reúne cerca de 500 produtos de aproximadamente 70 produtores locais. Trata-se de um projecto que pretende promover e incentivar o consumo de produtos agro-alimentares dos territórios de baixa densidade do Algarve, no sector do Turismo, nomeadamente, na restauração e no alojamento. Este é financiado pelo CRESC Algarve 2020 e dina-

d.r.

ÔÔ Doce de figo produzido na região mizado pelo NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve, pela Universidade do Algarve, bem como pela Tertúlia Algarvia – Centro de Conhecimento em Cultura e Alimentação Tradicional do Algarve.


8 de Dezembro de 2017  |  17

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MISSA DO 7º ANIVERSÁRIO DE FALECIMENTO A sua família informa que será celebrada Missa do 7º Aniversário de Falecimento, dia 18 de Dezembro, segunda-feira, pelas 08h 45m na Igreja de Santiago, em Tavira. Agradecem desde já a quem comparecer ao acto. “Paz à sua Alma”

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MARIA NATÁLIA DAS DORES SIMÃO

92 ANOS

AGRADECIMENTO

23

Sua filha e netos agradecem reconhecidamente a todas as pessoas que assistiram ao funeral do seu ente querido, realizado no dia 25 de Novembro de 2017, para o Cemitério de Conceição de Tavira, bem como a todos os amigos que manifestaram o seu pesar e solidariedade. Agradecem também a todos que assistiram à Missa do 7º Dia, pelo seu eterno descanso, celebrada sábado, dia 02 de Dezembro, na Igreja Nossa Senhora do Mar em Cabanas de Tavira. “ Um agradecimento muito especial a toda a equipa que trabalha, ou já trabalhou no Lar da Pegada, pela dedicação e carinho como sempre trataram o seu ente querido. Um bem hajam a todos” .

“Paz à sua Alma” “Serviços Fúnebres efectuados pela Agência Funerária Pedro & Viegas, Ldª” Tavira • Luz • V.R.Stº António Telm. 964 006 390 - 965 040 428


18  |  8 de Dezembro de 2017

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JORGE EZEQUIEL PIRES 22-10-1943 / 20-11-2017

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AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

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MARIA MANUELA ALVES LOPES 04-04-1925 / 21-11-2017

MARIA ANTÓNIA PEREIRA ROSA 16-08-1941 / 27-11-2017

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AGRADECIMENTO

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Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

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MARIA MARIANA NUNES 18-12-1928 /28-11-2017

MARIA DA ASSUNÇÃO DO NASCIMENTO 21-07-1926 / 30-11-2017

JOAQUINA PEREIRA ROSA 24-08-1926 / 05-12-2017

AGRADECIMENTO

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Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

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AGRADECIMENTO Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade. Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

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AGRADECIMENTO Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar. Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

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> ASSINALEA AFRASE FRASECORRETA CORRETA >> >ASSINALE

>> SOLUÇÃO da edição passada

Assinale a frase correta

A fome e o frio

;; A – Se ele fechasse a porta, não entrava tanto frio.

A – Todos nós temos percalços na vida. B – Todos nós temos percalssos na vida. C – Todos nós temos precalços na vida. D – Todos noz temos percalços na vida.

B – Se ele fecha-se a porta, não entrava tanto frio. C – Se ele fechasse a porta, não entrava tanto friu. D – Se ele fechá-se a porta, não entrava tanto frio.

Sobe & desce

Esta é uma iniciativa das Bibliotecas Paula Nogueira do Agrupamento de Escolas Professor Paula Nogueira (Olhão) em parceria com a Casa da Juventude de Olhão e o POSTAL, que semanalmente divulga os problemas e as soluções deste jogo. VáriasescolasdoAlgarve jáaderiramàiniciativa:AEProfessorPaulaNogueira(Olhão)/AEdaSé(Faro)/AED.AfonsoIII(Faro)/AEDr.AlbertoIria(Olhão)/ColégioBernardetteRomeira(Olhão)/AEDr.JoãoLúcio(Fuseta)/AEdeEstoi(Faro)/AEJoaquimMagalhães(Faro)/AEdoMontenegro(Faro)/AEdeCastroMarim (Vila Real de St. António) / AE Professora Diamantina Negrão / (Albufeira) / Agrupamento de Escolas José Belchior Viegas (Mega Agrupamento de São Brás de Alportel) / Escola Secundária João de Deus (Faro) / Agrupamento de Escolas D. Paio Peres Correia (Tavira) / Casa da Juventude (Olhão) / Postal do Algarve. Convidamos todas as escolas e bibliotecas, interessadas em aderir ao Jogo da Língua Portuguesa e receber os materiais para o mesmo, a contactar: biblioteca.epnogueira@gmail.com ou jornalpostal@gmail.com.

EC Travel

IKEA Centres

O POSTAL foi media partner da melhor gala de todas da empresa EC Travel liderada por Eliseu Correia. Uma das 100 melhores empresas para trabalhar em Portugal celebrou o sétimo aniversário numa gala inesquecível. (Ler págs. 2 a 7).

Vasco Santos, responsável pela IKEA Centres Portugal, afirmou que o grupo não tem para breve mais nenhum investimento programado para Portugal. Com o MAR Shopping Algarve o grupo IKEA Centres encerra o ciclo de apostas no país. (Ler pág. 10).

E-mail da redacção:

Perfeita imperfeição

jornalpostal@gmail.com

ficha técnica

Ana Amorim Dias - Escritora Sede: Rua Dr. Silvestre Falcão, n.º 13 C - 8800-412 Tavira - Algarve Tel: 281 320 900 | Fax: 281 023 031 E-mail: jornalpostal@gmail.com On-line: www.postal.pt Director: Henrique Dias (CP 3259). Directora executiva: Ana Pinto Editor: Ricardo Claro (CP 9238). Redacção: Cristina Mendonça (CP 3258), Cátia Marcelino (TP 2559). Design: Profissional Gráfica. Colaboradores fotográficos: José A. N. Encarnação “MIRA” Colaboradores: Beja Santos (defesa do consumidor), Nelson Pires (CO76). Departamento Comercial, Publicidade e Assinaturas: Anabela Gonçalves, Helena Gaudêncio, José Francisco. Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire (mais de 5% do capital social). Edição: Postal do Algarve Publicações e Editores, Lda. Contribuinte nº 502 597 917. Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do Título (dgcs): ERC nº 111 613. Impressão: Naveprinter Distribuição: Banca - Logista, à sexta-feira com o Público/VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT. Estatuto editorial: disponível em http://www.postal.pt/quem-somos/ Membro: APCT - Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação; API - Associação Portuguesa de Imprensa.

Tiragem desta edição:

5.344 exemplares

opinião

www.anaamorimdias.blogspot.com anamorimdias@gmail.com

É muita pressão sobre nós! Os padrões andam elevadíssimos e, nestas andanças virtu-

ais, estamos constantemente a levar com vídeos de como se fazem os bolos mais perfeitos e os penteados mais imaculados do mundo. A toda a hora surgem tutoriais sobre como conseguir a derradeira maquilhagem e unhas de tal maneira artísticas que deviam estar em exposição no Louvre. Temos dicas para a organização perfeita, para o casamento perfeito, para o trabalho perfeito, para a amizade perfeita e para criar os filhos perfeitos;

temos a lista dos 50 locais imperdíveis, a visitar pelo menos uma vez na vida; e milhares e milhares de fotografias absolutamente brilhantes, capazes não só de nos tornar invejosos como de fazer corar de inveja os mais experientes fotógrafos. Vivemos, portanto, num mundo virtualmente perfeito, o que, se visto como lúdico passatempo até pode ser agradável mas, se encarado como padrão comparativo, pode causar o stress de nos exigir despropor-

cionais esforços. É só uma opinião, claro, mas gosto de pensar que, em grande parte, é a soma de todas as nossas imperfeições que nos torna mais perfeitos, porque originais e genuínos. Sei que nunca farei o bolo imaculado, o penteado sublime ou a maquilhagem de estrela; sei que invariavelmente as minhas unhas terão um restinho rebelde de verniz pintado em algum dos dedos e que os jantares que dou na minha casa, por mais

que me esforce, nunca terão a decoração e aspecto dos que aparecem nessa realidade paralela de perfeição absoluta... Mas não me importo nada com isso por uma simples razão: o que nos deve importar é apenas a capacidade de experimentar, errar, aprender, melhorar e curtir plenamente o processo; sermos nós em crescimento, expansão e plena aceitação de todas as nossas deliciosas e idiossincráticas imperfeições.

Seniores com um coração grande

Beja Santos

Assessor do Instituto do Consumidor e consultor do POSTAL

É do senso comum que os riscos da doença cardiovascular aumentam com a idade, daí a muita atenção que deve ser dada aos nossos comportamentos para se manter um coração saudável: fugir do excesso de peso, vigiar o colesterol, dizer não ao tabagismo e à vida sedentária. Saber conjugar a prevenção com uma vida de qualidade é o melhor que podemos fazer para prevenir os males cardiovasculares, é sabido que eles se desenvolvem

silenciosamente – enfarte, acidente vascular cerebral ou artrite dos membros inferiores. Não há melhor preciosidade nem máquina mais prodigiosa do que o nosso coração. O sistema cardiovascular é constituído por uma bomba (o nosso coração) e uma rede de 100 quilómetros de canalizações que dão pelo nome de artérias, veias e capilares, afadigam-se a distribuir o sangue por milhões e milhões de células do corpo para os alimentar de oxigénio e em nutrimentos e eliminar os seus resíduos. Máquina prodigiosa, essa: o coração contrai-se, expande-se à razão de 70 batimentos por minuto, o sangue espalha-se nas artérias para alimentar os órgãos, as vísceras, os músculos e os tecidos. Tudo o que perturba a situação do sangue nos vasos afecta a alimentação normal das nossas células, cansa o nosso coração

e compromete a nossa saúde. É o caso do tabagismo, de uma alimentação demasiado rica em gorduras, em açúcar ou em sal, o peso excessivo ou uma actividade física insuficiente. Na inversa, a boa higiene de vida favorece uma boa irrigação do nosso corpo, seja qual for a nossa idade. Dito abreviadamente, está nas nossas mãos pôr em prática estilos de vida saudáveis:

- deixar de fumar (mesmo as pessoas que fumam até quatro cigarros diariamente estão expostas às complicações cardiovasculares); - conhecer as regras no equilíbrio alimentar, procurar não saltar as refeições, comer vários legumes e frutas ao longo do dia, ter sempre nas refeições pão, cereais, batata, legumes secos; não devem faltar os lacticínios, grandes fornecedores de vitamina D (consumir moderadamente o leite gordo e os queijos de alto teor de gordura), consumir carne, peixe ou ovos uma a duas vezes por dia, reduzir a quantidade de gorduras, e fazer o mesmo com os açúcares refinados, beber água é fundamental, água da torneira nas sopas e nas bebidas quentes (é necessário beber mesmo sem sede), tratar com moderação o consumo de bebidas alcoólicas e o sal; - a actividade física é fundamental, deve

ser praticada com conta, peso e medida: marcha, passeios pedestres, jardinagem, andar de bicicleta, são complementos indispensáveis ao equilíbrio alimentar para nos sentirmos em forma, não esquecer que a natação favorece o desenvolvimento da caixa torácica, a capacidade respiratória, faz muito bem àqueles músculos que habitualmente não trabalham. Toda esta actividade diminui a tensão, favorece o trânsito intestinal, ganha-se energia, restaura-se o bom humor e o sono, previne-se a degenerescência intelectual e o isolamento. É esta a essência do programa de vida que dá mais vida aos nossos anos. Com um coração em forma e com estilos de vida saudáveis vai-se muito mais longe, muito mais longe nos projectos, na solidariedade, na comunicação com os outros, na entrega do amor.


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O POSTAL

regressa no dia 15 de Dezembro Tiragem desta edição:

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última Solrir é o melhor remédio no fim de ano Albufeira recebe parada de humoristas imperdível OS ÚLTIMOS DIAS DE 2017 E OS PRIMEIROS DE 2018 em

Albufeira vão ficar marcados por quatro noites de humor e muitas gargalhadas. Este é o quinto ano consecutivo que o Solrir passa pelo palco do Palácio de Congressos do Algarve, na Herdade dos Salgados, em Albufeira, para quatro noites que prometem arrancar muitas gargalhadas a centenas de fãs que escolhem despedir-se de 2017 e celebrar os primeiros dias de 2018 de forma divertida. O programa arranca no dia 29 de Dezembro com o show de Eduardo Madeira com a participação especial de Joa-

d.r.

ÔÔ O humorista Eduardo Madeira na Machado e Joel Ricardo Santos. No dia 30, o palco está reservado aos humoristas Fernando Rocha, Luís

Brito Rocha e Bira Doser. Depois da despedida de 2017 há que acolher o novo ano com a boa disposição e a irreverência de Nilton, que irá partilhar o palco com Pedro Sousa, Pedro Durão e Gonçalo Nunes em Chica. O Solrir encerra no dia 1 de Janeiro com o incontornável Herman José e uma resma de duas gajas: Ana Arrebentinha e Sofia Bernardo. O Festival Solrir realiza-se desde 2006, em Albufeira desde 2013, tendo contado com mais de duas centenas de humoristas nacionais e internacionais e milhares de espectadores em cada uma das suas edições. pub

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Filosofia dia-a-dia: d.r.

Falemos de Eros p. 3

Espaço ALFA

Álvaro de Campos regressou em força a Tavira

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ALFA lança catálogo on-line da programação 2018

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Espaço ao Património: d.r.

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Património e música

Adriana Nogueira estreia: Na Ágora

p. 9

Marca d’água: d.r.

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DEZEMBRO 2017 n.º 110

Turismo, herança e inovação

Mensalmente com o POSTAL em conjunto com o PÚBLICO

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08.12.2017

Cultura.Sul

Editorial

Missão Cultura

Os desejos para 2018

Bens culturais da Igreja: Direção Regional de Cultura promove encontros com o clero

Ricardo Claro

Editor ricardoc.postal@gmail.com

AGENDAR

Estamos na recta final de 2017 e como sempre se presta este momento final de cada calendário, também fazemos um balanço do que foi o ano e damo-nos ao sabor dos desejos para 2018 em termos de Cultura. 2017 foi pródigo como há muito se não via em Cultura no Algarve nas suas mais variadas formas de expressão e para isso contribuíram vários factores: a região sabe cada vez mais e melhor trabalhar em rede, as autarquias, maior sustentáculo do investimento em cultura no Algarve, estão mais desafogadas a nível financeiro, os agentes culturais e os fazedores de Cultura arriscam mais, com a crise a deixar que se atrevam, e o 365 manteve a sua presença no quadro cultural algarvio. A tudo isto se soma, e não é de somenos, o facto do ano ter incluído uma eleição para as autarquias locais com tudo o que isso implica na conquista de votos. Para 2018, desejamos que o Cultura.Sul se mantenha trabalhando o seu objectivo no panorama cultural de forma ainda melhor e mais capaz, que a aventura dos fazedores de Cultura se mantenha e que quer as autarquias, quer a Região de Turismo do Algarve, quer a Direcção Regional de Cultura e, bem assim, o 365 Algarve trilhem o caminho do sucesso. Por fim, os votos de que o público cresça, que se diversifique e se deixe levar por este sonho feito consolidação da identidade que é o acto de consumir bens culturais. Em todos os casos, já dizia Pessoa, "Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce". Vingue pois a vontade de dar ímpeto à coisa cultural que a região merece. 

Direção Regional de Cultura do Algarve

Do total de edifícios religiosos existentes no Algarve, edificados entre a Antiguidade Tardia e a Época Contemporânea, encontram-se patrimonializados (isto é, reconhecidos oficialmente como herança cultural da nação portuguesa ou das comunidades municipais) cerca de oito dezenas, entre os quais se incluem catedrais, antigos conventos, igrejas, ermidas e capelas, algumas integradas em fortalezas e em casas nobres. O inventário desses bens culturais está disponível no Atlas do Património e inclui o que está Classificado e em Vias de Classificação, no sítio da internet da DGPC (http:// geo.patrimoniocultural.pt). Esta ferramenta oferece informação atualizada sobre as cerca de duas centenas de bens culturais imóveis patrimonializados localizados no Algarve, com as respetivas

zonas de proteção, incluindo localização georreferenciada e caraterização de todos os bens culturais imóveis da Igreja classificados e em vias de classificação no Algarve. Nos seus dois milénios de presença no Algarve foi notável o contributo da Igreja para a criação de património cultural e para a salvaguarda e valorização dos bens culturais que detém, sobretudo pelo continuado uso litúrgico de edifícios históricos. Hoje em dia, a administração desses bens reparte-se entre imóveis que se encontram ao culto e sob gestão paroquial ou sob administração de confrarias e entidades particulares, e imóveis de cariz religioso que se encontram profanados ou mesmo em ruínas. Contudo, o abandono progressivo das técnicas tradicionais de construção e de manutenção e a sua substituição por técnicas e materiais com menor exigência de saberes e mais rápido desempenho conduziu a um afastamento dos processos tradicionais de preservação dos bens cul-

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Igreja de Santo António em Lagos (foto: CM de Lagos) turais - imóveis, integrados e móveis -, proporcionando o recurso a prestadores de serviços sem adequada preparação para a realização de intervenções carentes de apropriado acompanhamento técnico. A conservação e restauro dos bens culturais patrimonializados (incluindo os que são administrados pela Igreja) encontra-se legalmente enquadrada por diversos

diplomas do Estado e pela Concordata, e está ainda submetida a regulamentos e orientações, entre os quais os “Princípios e Orientações da Conferência Episcopal Portuguesa sobre os Bens Culturais da Igreja”, de 16/11/2005. Decorre da legislação aplicável que as obras e intervenções nos imóveis classificados ou em vias de classificação, bem como no património cultural neles integrado, estão sujeitas

a controlo prévio dos organismos do Estado que tutelam a área da Cultura, conforme o Decreto-Lei n.º 140/2009, de 15 de junho, que estabelece o regime jurídico dos estudos, projetos, relatórios e obras/intervenções em bens culturais classificados, de acordo com princípios e práticas internacionalmente consagrados. Assumindo o seu papel interventor na salvaguarda do património, a Direção Regional de Cultura do Algarve disponibilizou-se para reunir com o clero algarvio e orientar, aconselhar e mediar processos de intervenção, restauro e manutenção dos bens culturais. Estes encontros de esclarecimento com padres e diáconos decorreram nas vigararias de Portimão, Loulé, Faro e Tavira, tendo sido acolhidos com muita atenção e participação expressiva dos mesmos. Neles, os responsáveis da DRCAlg tiveram oportunidade de expor os procedimentos necessários, disponibilizando-se para assegurar apoio administrativo e técnico às intervenções. 

Juventude, artes e ideias

Banda Filarmónica 1º de Dezembro de Moncarapacho comemora o seu 155º aniversário

Jady Batista Coordenadora Editorial do J

A comemoração decorreu no Auditório Municipal de Olhão e contou com a participação especial da banda Íris. Foi fundada em 1 de dezembro de 1862 pelo pároco da

freguesia, Prior Simas. Em 1953, a Banda foi forçada a parar a sua atividade durante cinco anos. Mas, graças à vontade e ao esforço dos músicos, a Banda voltou a sair à rua em 1 de dezembro de 1958. A 28 de julho de 2006 constituiu-se como Associação Cultural Sem Fins Lucrativos. Atualmente, presidida por Amarildo Alves, é composta por 30 elementos não profissionais, de todas as idades, dirigidos pelo Maestro Luís Rodrigues. Ao longo da sua carreira

muitos foram os momentos de destaque, como a participação na Grande Exposição do Mundo Português em 1940, ou no 1º Concurso Nacional de Bandas Civis em 1960. No dia 16 de junho de 2012 foi agraciada com a medalha de mérito – Grau Ouro pelo Município de Olhão como reconhecimento pelas atividades desenvolvidas na cultura. A Banda conta ainda com uma Escola de Música com aulas de formação musical, solfejo e aprendizagem de instru-

“CONCERTO DE NATAL” 11 DEZ | 21.30 | Grande Auditório de Gambelas Universidade do Algarve Concerto, integrado na celebração do Dia da Universidade do Algarve, apresentará melodias antigas e modernas de compositores que se inspiraram nesta época de Paz e Amor

d.r.

Banda foi fundada a 1 de Dezembro de 1862 mentos de sopro ou percussão. As parcerias estabelecidas com a Câmara de Olhão e as Juntas de Freguesias do conce-

lho são essenciais à manutenção desta, que é, talvez, a mais antiga entidade do concelho, em atividade. 

“TOCHAS” Até 4 FEV | Museu Municipal de Faro Exposição de fotografia de Vasco Célio, que regista os protagonistas da Procissão das Tochas Floridas, no âmbito de um projecto da Artadentro que integra o programa cultural 365 Algarve


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Filosofia dia-a-dia

Falemos de Eros d.r.

Maria João Neves Ph.D Consultora Filosófica

Em A morte de um Apicultor Lars Gustafsson classificou o erotismo como a mais difícil das artes. Eros, o deus do Amor, não parece fácil de decifrar. Basta abrir a internet e saltam artigos que prometem ensinar as regras pelas quais se rege tão escorregadia divindade: “Encontre o amor verdadeiro em 27 dias”; “Os segredos que fazem o amor durar”, ou ainda “Está a afastá-lo por o perseguir? Aprenda a atraí-lo como um íman”. Esta espécie de artigos também aparece para o público masculino: “10 dicas para conquistar uma mulher”, “Como conquistar uma mulher em 15 minutos”, ou “3 formas de atrair mulheres sem fazer nada”. Os anos passam e este tipo de literatura muda de estilo mas não desaparece, porque a procura se mantém, todos queremos encontrar e viver um grande Amor! Em busca da alma gémea

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De onde terá surgido esta ideia de que há alguém no mundo cuja alma, de tão semelhante à nossa, connosco encaixaria na perfeição? Existirá porventura esse ser único com o qual experimentaríamos uma afinidade tão intensa, que deixaríamos de caminhar por este mundo solitariamente, para passar a planar sobre ele no êxtase da comunhão plena? Receio bem que a filosofia tenha alguma responsabilidade na criação de tão altas expectativas... Aristófanes no Simpósio de Platão conta-nos que outrora, em tempos longínquos, a raça humana era andrógina. “Cada homem, no seu todo, era de forma arredondada, tinha qua-

Aristófanes no Simpósio de Platão relata que outrora, em tempos longínquos, a raça humana era andrógina tro mãos, outras tantas pernas, duas faces exactamente iguais sobre um pescoço redondo e, neste duas faces opostas, uma só cabeça, quatro orelhas, dois órgãos sexuais e tudo o resto na mesma proporção. Caminhava erecto, tal como um homem actual, na direcção que lhe convinha. Quando corria, fazia como os acrobatas, que dão voltas no ar. Lançando as pernas para cima e apoiando-se nos membros, em número de oito, rodava rapidamente sobre ele mesmo”. Estes seres humanos andróginos “possuíam uma força e um vigor extraordinários e, como eram corajosos, decidiram escalar o céu e guerrear os deuses”. A tão grande ousadia correspondeu proporcional castigo! Zeus decidiu tornar os homens mais fracos e cortou-os ao meio com um cabelo. “Cada uma das partes, lamentando a outra metade foi à procura dela e, abraçando-se e enlaçando-se umas às outras, no desejo de se fundirem numa só, iam morrendo de fome, por inacção, pois nada queriam fazer umas sem as outras”. Aristófanes mostra aqui como a falta de amor

pode provocar inércia. O desalento da solidão reduz o ânimo e consome a vontade. Nos casos mais graves entra-se em depressão. Pelo contrário, quando um homem encontra a sua cara-metade “é possuído por transportes de ternura, de simpatia e de amor. Não quer separar-se mais nem que seja por um instante!”. O seu maior desejo é “o de se fundirem com o objecto amado e de não serem dois, mas um só!”. Quando encontramos a nossa alma gémea é como se reconstruíssemos a nossa antiga natureza, “o amor é a ânsia desta plenitude!”. E no entanto... Que acontece algum tempo depois de encontrada a nossa metade? Algum tempo que podem ser semanas, meses, ou anos, este êxtase, esta plenitude parece condenada a não durar. Talvez nos tenhamos equivocado e aquela alma-gémea não o fosse realmente; agora já não o é de todo. Já não estamos felizes, pelo contrário, estamos aborrecidos, tristes e frustrados. Também

este aspecto a filosofia não deixou de prever. Para falar sobre Eros, Sócrates, como era seu hábito, optou por dialogar interrogando o Agatão, com uma profusão de perguntas encadeadas numa lógica infalível a que o interlocutor não pôde deixar de assentir. Reproduzo aqui algumas delas: “O amor é amor de alguma coisa ou não?”. “O amor deseja ou não o objecto que ama?”. “Quando ama e deseja, possui ou não o objecto que ama e deseja?”. Agatão apressou-se a responder que não o possui. E Sócrates lançou a estocada final: “o que deseja não possui o objecto, ou o que o possui já não o deseja?”. Deixando a audiência perplexa, derrotada, Sócrates reformulou a pergunta: “Não chegámos já à conclusão de que se ama o que nos falta e o que não se possui?”. Daqui decorre a redundante tragédia deste sentimento: se apenas se deseja o que não se possui, assim que o amado se rende aos encantos do amante o amor acaba! Que triste condição a nossa! Sofremos devido à solidão, esforçamo-nos por encontrar alguém,

“PRESÉPIO DE SAL” Até 6 JAN | Casa do Sal – Castro Marim Presépio construído com seis toneladas de sal castromarinense e que levou um mês de trabalho para reunir esculturalmente as cerca de 3.800 peças que o compõem

mas mesmo quando esse encontro improvável acontece, está condenado ao fracasso, não resistirá à erosão do tempo, ao tédio da convivência! O antídoto Será possível desejar o que já se tem? Questiona Sócrates: “Quando dizes desejar o que já tens não queres com isso significar que o desejas possuir igualmente no futuro?” Talvez seja este o segredo para um amor duradouro: não tomar o que se tem como garantido. Sentir cada instante fresco e novo como uma benção. Como fazê-lo? Prestando atenção aos pormenores. Nenhum de nós se conhece completamente a si próprio, do mesmo modo, é-nos impossível conhecer totalmente outrem. Mergulhar nas minúcias da personalidade do outro é uma viagem infinita e promissora. Por outro lado, o objecto de tão refinada atenção só pode sentir-se lisonjeado e a sua curiosidade por nós despertará também. Este processo de auto-descoberta de si e do outro pode converter-se num poderoso elixir do amor!

A genealogia de Eros Os convivas que discursaram sobre Eros no Simpósio de Platão mostraram sobre o deus visões muito divergentes. No entanto, todos coincidiram num ponto: o que disseram foi deveras elogioso. Apenas Sócrates ao relatar o que aprendera com a sacerdotisa de Mantineia foi discordante. Diotima, contou-lhe que terá sido no banquete de celebração do nascimento de Afrodite, deusa do Amor, que Eros foi concebido. A sua mãe, Penia, a Pobreza, veio mendigar as sobras do repasto e ao encontrar Poros, deus do Engenho e do Acesso, já turbado pelo nectar que tinha bebido, aproveitou-se dele gerando um filho. Eros herdou características de ambos progenitores. “Em primeiro lugar é pobre, e, longe de delicado e belo como geralmente imaginamos, é rude, sujo, anda descalço, sem eira nem beira”. É um sem abrigo indigente como a sua mãe. Por outro lado, “herdando a natureza do pai, vive à procura do belo e do bom; é bravo, audaz, ardente e filósofo”. Diotima explicou ainda que “todos os homens são fecundáveis, segundo o corpo e o espírito”. A procriação é o único meio que um mortal encontra para se perdurar, mas os que são fecundos segundo o espírito só desejam a criação no domínio da alma: “a sabedoria e outras virtudes, que têm por pais todos os poetas e artistas de génio”. Eros que se encontra num meio termo entre a sabedoria e a ignorância, não pode deixar de filosofar, ama a sabedoria mas não a possui, por isso dedica a sua vida ao esforço de a alcançar. Este desejo de saber, este sentir-se obrigado a procurar, estas perguntas que nos abrasam e dilaceram no seu sem resposta incessante, são a prova de que a filosofia é, por excelência, uma actividade erótica! Inscrições para o Café Filosófico: filosofiamjn@gmail.com 

“O CONTINERALISMO POÉTICO” Até 30 DEZ | Centro Cultural de Lagos Timo Dillner pretende com este projecto dar a conhecer através do vídeo/instalação da pintura e da escultura, a sua perspectiva das viagens a lugares desconhecidos do Infante D. Henrique


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Cultura.Sul

Letras e leituras

A ambiência misteriosa de Daphne du Maurier: A Minha Prima Rachel fots: d.r.

Paulo Serra

Regresso a Manderley

Doutorado em Literatura na Universidade do Algarve; Investigador do CLEPUL

Daphne du Maurier nasceu em Londres, em 1907, no seio de uma família de artistas e intelectuais. Filha de actores e neta de escritor, revelou-se desde tenra idade, não só uma leitora voraz, mas também possuidora de uma imaginação fértil. Começou a escrever artigos e contos em 1928 e publicou o seu primeiro romance, The Loving Spirit, em 1931. Foi no entanto Rebecca, o seu quinto romance, que a popularizou. Ao longo da sua carreira, continuou a escrever contos e escreveu igualmente peças e biografias. Rebecca foi em boa hora relançado pela Editorial Presença, que publicou ainda outras obras da autora, como A Pousada da Jamaica e A Minha Prima Rachel. A Minha Prima Rachel inicia quando Philip se recorda com nitidez de um momento da sua infância em que viu um homem de grilhetas enforcado nos Quatro Caminhos. Philip sabe bem que «não se pode voltar atrás» mas é a partir dessa estranha lembrança que nos conduz pela história de como perdeu o seu pai adoptivo e encontrou a sua prima Rachel. «Na vida não se pode voltar atrás. Não há recuo. Não há segunda oportunidade. Aqui sentado, vivo e na minha própria casa, é-me tão impossível retirar uma palavra proferida ou desfazer um ato realizado como o era ao pobre Tom Jenkyn a oscilar nas suas grilhetas.» (p. 13) Passaram-se dezoito anos, e entretanto Philip tem vinte e cinco, mas é a partir da recordação nítida desse homem suspenso, com o rosto e o corpo cobertos de alcatrão, que se espoletam as memórias que constroem o fio da narrativa. «O rapaz que estava debaixo da janela dela na véspera do seu aniversário, o rapaz que permaneceu à entrada da porta do quarto dela na noite da sua chegada, desapareceu, tal como desapareceu a criança que atirou uma pedra a um homem morto num patíbulo para criar uma falsa coragem.» (p. 13) Quase como se um condenado à morte por ter morto a mulher estivesse na mesma condição humana

do seu constante trajar de negro enlutado. Para Rachel, aliás, enquanto viúva, parece haver muito pouca esperança: «– As viúvas? – respondi eu, sem refletir. – Oh, as viúvas voltam a casar-se o mais depressa possível, ou vendem os anéis» (p. 134).

Daphne du Maurier publicou o seu primeiro romance em 1931 de um desgraçado que se apaixona pela mulher errada. Como lhe vaticina o seu padrinho: «Há mulheres, Philip, boas mulheres, muito possivelmente, que, sem que a culpa seja sua, atraem a fatalidade. Tudo o que tocam se transforma em tragédia. Não sei porque te digo isto, mas sinto que devo dizê-lo» (p. 13). Philip é criado pelo seu primo Ambrose, após a morte dos seus pais quando ele tinha cerca de dezoito meses, altura em que se muda para o solar do primo onde é criado inicialmente por uma ama que acaba por ser despedida quando esta dá umas palmadas no rabo de Philip, então com três anos, altura em que Ambrose toma definitivamente a seu cargo a educação e a criação da criança, começando por lhe ensinar o alfabeto usando a letra inicial de todos os palavrões. Philip considera que ele era como o seu primo Ambrose: «dois sonhadores, pouco práticos, reservados, cheios de grandes teorias nunca postas à prova, e, como todos os sonhadores, adormecidos para o mundo real» (p. 12). Narrativa que alia a tensão ao misterioso Aliada à narração na primeira pessoa (patente logo no pronome possessivo «minha» do título), e sempre imersos no sentir e pensar da personagem, para melhor nos identificarmos com os devaneios amorosos de Philip à medida que o seu sentimento pela prima Rachel, viúva do seu

recentemente falecido primo Ambrose, passa do ódio e do desejo de vingança ao amor cego, temos uma escrita literária muito próxima de um registo cinematográfico, até pela qualidade visual das descrições que a autora fornece e da aura de mistério e de fantasmagoria que adensa a intriga. Philip, por exemplo, pode ser visto como um duplo ou uma reencarnação do seu primo Ambrose, até pela grande parecença física de ambos: «Parecia-me que Ambrose se encontrava a meu lado e eu revivia nele, ou ele em mim» (p. 328). O romance não mantém a tensão com a mestria conseguida em obras como Rebecca mas há, como sempre, um grande cuidado na descrição que nos transporta completamente para uma ambiência sombria e misteriosa, até que se chega a um desfecho quase cinematográfico de tão súbito, inesperado – ainda que subtilmente indiciado –, e magistralmente narrado, de modo a que no final da leitura fiquemos sem saber até que ponto existe culpa por parte do protagonista. Apesar de o próprio Philip apenas descobrir a verdade no Dia das Mentiras, dia do seu aniversário e data em que se precipitam de forma drástica as decisões que ele próprio tomou e colocou em marcha, a revelação final é quase sempre claramente adivinhada pelo leitor, pois a autora deixa lampejos da verdade nas entrelinhas, ainda que o leitor corra o risco de ficar embalado pela intensidade dos sentimentos de Philip, ao filtrar tudo pela consciência desse narrador na primeira pessoa:

«O meu professor do quinto ano, em Harrow, dissera-nos uma vez que a verdade era algo intangível, invisível, em que tropeçávamos às vezes sem a reconhecer, mas que é descoberta, assimilada e compreendida apenas pelos idosos perto da sua morte ou, às vezes, por seres muito jovens e muito puros» (p. 283). Uma constante do romance é também a questão da diferença entre a natureza de ser homem e a condição de ser mulher. No momento em que Philip se prepara para conhecer a sua prima Rachel, a sua educação é apontada como tendo a grave lacuna de este jovem nunca ter convivido realmente de perto com as mulheres: «Devia ter havido alguém na casa, uma governanta, uma parente afastada, qualquer pessoa. Cresceste na ignorância total das mulheres e, se vieres a casar-te, a situação poderá ser difícil para a tua esposa» (p. 64). É irónico, aliás, como a certa altura se afirma: «as mulheres, especialmente Rachel, agem segundo as suas emoções. Nós homens, em geral, embora não sempre, agimos segundo a razão.» (p. 319). Primeiramente adjectivada de aranha e de víbora pelo seu primo Philip, o véu de mistério em torno de Rachel, à semelhança dos xales que ela usa, é de tal ordem que a personagem apenas “entra em cena” na página 84, e fá-lo primeiro com uma «voz baixa, quase inaudível», imersa em escuridão. Só gradualmente a personagem se vai desvelando mais e mais, até que Philip se toma completamente de amores pela prima, a começar pelo seu humor inesperado apesar

Reler um romance como Rebecca agora finalmente reeditado tem o condão de fazer ressurgir lembranças bem vívidas, como a ingénua protagonista sem nome, a sinistra Mrs. Danvers, e o emblemático final em que a sugestão paira no ar como um clarão distante, ao mesmo tempo que se faz a leitura de todo um novo livro que desconhecíamos por completo e que merece justamente ser revisitado, como quem regressa a Manderley. Os pressentimentos e maus presságios conferem um ambiente fantástico ao romance, que se afasta do melodrama romântico para se aproximar mais de um universo próximo do que hoje se designa como thriller psicológico ou misterioso, em que a eterna inominada e jovem heroína, Mrs. de Winter, segunda esposa de Maximilian de Winter e sucessora de Rebecca, tenta juntar as peças desse enigma chamado Rebecca para poder compreender o comportamento do seu enigmático e por vezes irascível marido, o ódio da governanta que se move como uma sombra a dominar a casa, ao mesmo tempo que tenta lutar contra o fantasma omnipresente da sua antecessora, senhora da mansão de Manderley, que parece capaz de devorar tudo e todos, inclusivamente a sua própria identidade. Originalmente publicado em 1938, Rebecca conheceu inúmeras reedições e Alfred Hitchcock adaptou-o ao cinema em 1940, tendo sido vencedor de dois Óscares. Muitos dos romances de Daphne du Maurier tornaram-se bestsellers e inspiraram filmes de grande sucesso. A Minha Prima Rachel conheceu uma adaptação para mini-série televisiva em 1983 com Geraldine Chaplin, e duas versões para cinema, em 1952, com Olivia de Havilland e Richard Burton, com quatro nomeações para os Óscares, e em 2017 com Rachel Weisz. Daphne du Maurier viveu a maior parte da sua vida na Cornualha, cenário de grande parte dos seus livros. À medida que a obra literária de Daphne du Maurier lhe conferiu fama à escala mundial, a escritora foi-se tornando mais solitária, acabando por se afastar do mundo que a rodeava.


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Panorâmica

Festa cultural em Tavira marca aniversário de Álvaro de Campos fotos: cátia marcelino

Cátia Marcelino

Jornalista catiam.postal@gmail.com

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“No tempo em que festavam o dia dos meus anos, eu era feliz e ninguém estava morto”, escreve Álvaro de Campos no poema "Aniversário". Foi precisamente para manter vivo um dos mais famosos heterónimos de Fernando Pessoa, nascido a 15 de Outubro de 1890, em Tavira, e para celebrar o seu aniversário e a imensa criatividade humana, que vários artistas e associações de Tavira se uniram para realizar "A Festa dos Anos de Álvaro de Campos". A terceira edição do evento contou com mais de 25 eventos integrados num programa composto por poesia e música, desde a clássica e popular portuguesa a ritmos brasileiros e jazz, exposições de artes visuais e documentos históricos relacionados a Pessoa, programas de rádio, dança, cinema e até jantares com a música e a poesia como ingredientes principais. “A envergadura sensorial de Álvaro de Campos é tão vasta que há sempre muito por descobrir, há sempre novidades”, disse ao Cultura.Sul Tela Leão, presidente da direcção da Partilha Alternativa Associação, responsável pela promoção, criação e coordenação do programa que “tem muitas pernas para andar”, garante. Foi em 2015 que criou a Partilha Alternativa e desde então vem juntando cada vez mais artistas e associações tavirenses para celebrar a obra do seu mais famoso conterrâneo. O projecto, referiu Tela Leão, “funciona como uma co-participação, ou seja, é um trabalho conjunto onde cada produtor participa muito activamente e é responsável pela sua própria produção”. A Partilha Alternativa divide o apoio financeiro em dois montantes, um destinado a projectos de exposições e trabalhos com as escolas e outro para os espectáculos ao vivo. Cada

a trabalhar e ensaiar um mesmo espectáculo para que este fique finalmente em condições para ser apresentado”, refere Tela Leão. Acreditando que se pode contrariar este facto, a aposta desta iniciativa é fundamentalmente no artista local, sempre através da obra de Álvaro de Campos, nas mais diversas expressões artísticas. Tela Leão define o projecto como “um desafio bonito que funciona como um laboratório onde são produzidos novos produtos culturais que saem daqui prontos para novos desafios e preparados para apresentar os seus projectos e tentar vendê-los e apresentá-los noutros palcos de maiores dimensões”. Projecto integra programa turístico-cultural 365 Algarve

Quadro de Fonseca Martins 'Fernando Pessoa New Horizons' produtor gere a sua parte e “muitas vezes até complementa o apoio financeiro que nós damos através de acções de voluntariado ou outras iniciativas que promovem para gerar mais receitas”. Criação de micro temporada é a grande diferença relativamente a 2016 Para Tela Leão a grande diferença do projecto, comparativamente a 2016, foi a criação de uma micro temporada. “Um dos objectivos do programa 365 Algarve para este ano era promover a auto-sustentabilidade dos projectos e nós tentámos fazer isso através da criação de uma micro temporada, fazendo com que as apresentações artísticas e os espectáculos se repetissem por duas ou três vezes e não se realizassem apenas uma só vez, e também através da cobrança de bilhetes para assistir aos espectáculos”. A responsável pelo projecto garantiu ao Cultura.Sul que “o balanço desta terceira edição é muito positivo, especialmente devido à grande quantidade de novas criações que surgiram daqui e ao ligeiro aumento de público relativamente

ao ano anterior” mas, apesar disso, nota ainda muita resistência por parte do público local no que respeita ao facto das entradas para os espectáculos serem pagas. Projecto cultural aposta no artista local A aposta nos artistas locais ain-

da é escassa e isso faz com que não existam condições para que esses artistas se tornem profissionais e consigam viver só da arte enquanto profissão. Actualmente, “quase todos os artistas locais têm outras profissões que os sustentam e arte é apenas um hobby, sendo que a falta de tempo para ensaiar faz com que sejam necessários vários anos

Tela Leão é presidente da entidade responsável pela iniciativa

“PRESÉPIO GIGANTE DE VILA REAL” Até 7 JAN | Centro Cultural António Aleixo - Vila Real Presépio integra na sua construção mais de 20 toneladas de areia, 4 toneladas de pó de pedra e 2.500 quilos de cortiça

Em 2016 o projecto concorreu ao programa 365 Algarve e este ano, além desse apoio, contou também com o apoio da Câmara de Tavira, que já o tinha feito indirectamente no ano anterior, através do apoio dado às associações locais, mas que este ano foi dado ao projecto, em termos logísticos e financeiros. O número de organizações participantes aumentou este ano para 30: A|NAFA Associação; Academia de Música de Tavira; Agrupamento Escolas D. Manuel; ALFA – Algarve Literature & Film Association; Armação do Artista; ARTE Associação Cultural; Arquivo Municipal de Tavira; Banda Musical de Tavira; Casa Álvaro de Campos; Casa das Artes de Tavira; Casa Fernando Pessoa; Castelo de Tavira; Cineclube de Tavira; Clube de Tavira; Corpo de Hoje - Associação Cultural; Escola Secundária de Tavira; Espaço Cultural Leão da Serra; Fado com História; Farmácia Picoito; Fundação Irene Rolo; Igreja da Misericórdia; Mercado da Ribeira; Oficina Bartolomeu dos Santos; Postal do Algarve; Rádio Gilão; Restaurante Álvaro de Campos; Restaurante Gilão; Sociedade Orfeónica de Amadores de Música e Teatro de Tavira - SOAMTT; Semente de Alfarroba Associação Cultural; Tavira D’Artes. 

“UM MUNDO DE PRESÉPIOS” Até 6 de JAN | Galeria de Arte da Praça do Mar - Quarteira Colecção particular de Anabela Guerreiro, que nos transporta pelo mundo fora através das formas, matérias-primas, cores e inspirações que os artistas plásticos imprimem às suas peças


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Cultura.Sul

Espaço AGECAL

Gestão cultural: desenvolvimento e internacionalização

Jorge Queiroz Sociólogo – AGECAL

Na escola primária, ainda em pleno Estado Novo, aprendíamos que “Portugal não é um País pequeno” e os professores para o demonstrar exibiam um mapa da Europa. Ao continente, a que chamavam “metrópole”, colavam as “províncias ultramarinas portuguesas”. No mapa assim idealizado a Europa era toda portuguesa até fronteiras da URSS. Percebi mais tarde que Portugal, do ponto de vista cultural, é um grande País com enorme potencial de intervenção global, mas com uma política cultural pequena. Vejamos: A língua portuguesa é falada nos cinco continentes por cerca de 290 milhões de pessoas. Um idioma com uma expressão universal maior que o francês, o alemão, o italiano ou o russo, possuímos a quinta língua mais falada no planeta. Monumentos planeados e construídos pelos portugueses

na África, Ásia, Américas estão classificados pela UNESCO como património mundial. Se analisarmos a influência da componente imaterial da cultura portuguesa, nas tradições festivas, simbologias religiosas e profanas, modelos alimentares e convivialidades,

Não será certamente por falta de recursos financeiros ou de pessoas qualificadas e especializadas para desenvolverem programas e acções. É porque nunca se entendeu que a língua e a cultura portuguesas são elementos excepcionais e prioritários na relação com o

uma importante conferencia sobre “Políticas Culturais para o Desenvolvimento”, na qual como primeira conclusão se considerou que “a política cultural é um elemento chave para o desenvolvimento”. Em 2003 a UNESCO adoptou a Convenção sobre o Património Cultu-

sidade biológica”. Sabemos que a acção cultural não se resume aos espectáculos, festivais ou a programas conjunturais para atrair turistas, tendências que actualmente preenchem excessivo espaço orçamental e mediático criando situações de prod.r.

A língua e a cultura portuguesas são elementos excepcionais e prioritários na relação com o mundo o território é infindável. Será que os cidadãos reconhecem e valorizam a importância da sua cultura? O País tem uma política cultural que corresponda à sua relevância no mundo? É óbvio que não tem.

mundo e em todos os sectores, na economia, novas tecnologias, diplomacia e outros, mas também para o desenvolvimento das sociedades. Em Março de 1998 a UNESCO organizou em Estocolmo

ral Imaterial e em 2005 mais de 180 Estados aprovaram a “Declaração Universal sobre a diversidade cultural", na qual se salienta que “a diversidade cultural é para o género humano tão importante como a diver-

fundo desequilíbrio. O número de festivais de música, a maioria de rock e jazz, segundo a APORFEST, registou em 2016 em Portugal um aumento de 18% em relação ao ano anterior, um total de

249 festivais, isto é mais de um “festival” em cada dois dias… A maioria são apoiados ou sustentados por autarquias locais. A área do património e museus, segundo a DGPC, teve um crescimento de visitantes de + 44,5% entre 2011 e 2016, passando de 3,2 para 4,6 milhões, sendo os estrangeiros quase metade. Mas continuam os mesmos problemas de pessoal, manutenção e programas de apoio ao desenvolvimento de projectos novos. A gestão cultural é neste momento uma disciplina incontornável, quer no plano do diagnóstico e da investigação, como na definição de estratégias e de programas prioritários. Uma política cultural adequada integrará como elemento central a formação profissional em gestão dos recursos culturais e a internacionalização. As universidades portuguesas e politécnicos devem quanto antes responder à necessidade de criação de licenciaturas e formação dos quadros profissionais que necessitamos para trabalhar dentro e fora do País. O potencial de recursos culturais disponíveis e o posicionamento de Portugal no mundo requerem novas estratégias e soluções pragmáticas. 

Espaço ALFA

ALFA lança catálogo on-line da Programação 2018 d.r.

Carlos Cruz

Gestor de Projectos

A ALFA – Associação Livre Fotógrafos do Algarve vai lançar no próximo dia 2 de janeiro o catálogo da Programação 2018, uma aplicação multimédia de consulta, para Tablets e PDF, quando assinala dez anos de existência, como organização cultural. O catálogo vai disponibilizar informação detalhada sobre passeios, levantar a ponta do véu sobre iniciativas no âmbito do turismo ferroviário, as viagens programadas lá fora,

às cidades imperiais de Marrocos e a Cabo Verde, o calendário dos cursos de formação, as exposições e outras atividades. Permite ainda visualizar vídeos, de projetos concretizados no âmbito social, entre outros, fotografias e infografias, que ajudam a perceber o trabalho realizado pela organização e o seu contributo, para o desenvolvimento cultural da região. A aplicação pretende ser uma ferramenta, para que qualquer um possa viajar pelas iniciativas desenvolvidas nesta última década em que sócios e amigos da arte fotográfica, aprenderam a estreitar relações e a construir soluções em parceria. Entretanto, a Associação terminou 2017 com um passeio fotográfico natalício para redescobrir a magia de Monchique. www.alfa.pt 


Cultura.Sul

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Artes visuais

A 'rua' pode ser uma galeria de arte? fotos: d.r.

Saul Neves de Jesus

Professor catedrático da UAlg; Pós-doutorado em Artes Visuais pela Universidade de Évora

No passado, o acesso à produção artística em artes visuais obrigava a que as pessoas fossem a museus ou galerias de arte. No entanto, cada vez mais, nas últimas décadas a arte tem-se vindo a procurar aproximar das pessoas, nos mais diversos domínios e formas de expressão artística, nomeadamente nas performances e na arte urbana. Nos últimos artigos abordámos várias formas de expressão artística que ocorrem no exterior, em particular as instalações, os grafitis, a arte urbana ou “street art” e a arte sobre a paisagem ou “land art”, tendo sido feita referência particular aos trabalhos dos irmãos Patrick e Frank Riklin, de Christo, de Banksy, de Bordalo II e de Vhils, estes dois últimos portugueses que se têm destacado com várias produções artísticas no exterior. No âmbito da expressão artística mostrada no exterior, contribuindo para a democratização da cultura, permitindo o acesso de todos às manifestações artísticas, destacamos neste artigo os trabalhos realizados por JR, jovem artista francês, nascido em 1983. No caso de JR, a base do seu trabalho em arte urbana é a

Foto-instalação de JR junto ao muro que separa os EUA do México fotografia, colocando fotos de grandes dimensões nas ruas de cidades em todo o mundo. Tendo começado na sua adolescência com a realização de grafitis nas ruas de Paris, desde logo encarou a mostra de produções artísticas no exterior como o melhor veículo para permitir dar visibilidade aos trabalhos produzidos. Ele mesmo tem referido que “a rua é a maior galeria do mundo”. Aliás, no seu site refere explicitamente que tem a maior galeria de arte do mundo: a rua. Além disso, considera a arte como um instrumento global de comunicação. Entre 2007 e 2010 expôs trabalhos seus nalgumas das principais cidades do mundo, como Paris, Veneza, Amesterdão, Berlin, Londres, Genebra, Bruxelas, Rio de Janeiro, Shangai, São Diego e Los Angeles, tendo obtido em 2011 o Prémio TED, que procura

Foto-instalação de JR no edifício Hilton Santos, no Rio de Janeiro distinguir “autores de ideias dignas de difundir”, tendo já sido atribuído a figuras como Bono, Bill Gates ou Al Gore. Efetivamente, para além do grande impacto visual

Foto-instalação de JR na pirâmide do Museu do Louvre, em Paris

das obras produzidas por JR, os seus trabalhos procuram expressar ideias com grande valor simbólico e afetivo, tendo uma das suas últimas produções artísticas, em 2017,

consistido na colocação da uma fotografia com cerca de 20 metros de altura de um bebé que olhava por cima do muro que divide os EUA e o México. Esta obra havia sido concebida a partir de um acordar criativo de JR cerca de um ano antes. A obra teve ainda mais impacto mediático porque a sua apresentação foi feita na mesma semana em que o Presidente Donald Trump terminou com o programa que permitia que pessoas trazidas para os EUA em crianças permanecessem no país. A foto foi tirada a um bebé (Enrique Achondo) de um ano, com permissão da mãe deste, na zona de Tecate, na fronteira entre os EUA e o México, tendo sido aí que JR decidiu realizar esta exposição/instalação de arte urbana. A emigração tem sido um dos temas trabalhados por JR, pois já dez anos antes, em 2007, havia colocado fotos de

grande dimensão de palestinos e israelitas cara a cara em oito cidades do mundo, procurando chamar a atenção para o muro que os separa. Dos outros trabalhos realizados por JR destacam-se as centenas de retratos gigantes colocados em Londres, em 2013, no âmbito do projeto “Inside Out”. Por seu turno, entre maio e junho de 2016, “fez desaparecer” a pirâmide de vidro do Louvre, em Paris, ao colocar uma foto que reproduzia a fachada do museu, camuflando a pirâmide quando observada de certos ângulos, criando um efeito de ilusão ótica de invisibilidade da pirâmide. Também em 2016, por ocasião da realização dos Jogos Olímpicos realizados no Rio de Janeiro, criou várias obras expostas nesta cidade, alusivas a atletas olímpicos. Uma delas foi do atleta sudanês Mohamed Younes Idriss, de 27 anos, recordista africano de salto em altura, que ficou de fora nestes jogos por se ter aleijado antes da prova de qualificação. Assim, mesmo sem competir, ele podia ser visto saltando um prédio no Aterro do Flamengo, na zona sul do Rio. Os trabalhos de JR, para além do grande impacto visual, procuram ter impacto comunicacional, procurando chamar a atenção do “público” para certas situações, enquadrando-se na perspetiva da arte visual como uma forma de comunicação que procura, nesta sociedade cada vez mais divergente, criar convergências através das imagens produzidas. 

Foto-instalação de JR junto à "Somerset House", em Londres


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Cultura.Sul

Letras e leituras

Sobreviver ao trauma da memória: Debaixo da Pele, de David Machado

Paulo Serra

Doutorado em Literatura na Universidade do Algarve; Investigador do CLEPUL

David Machado nasceu em Lisboa em 1978 e a sua obra tem sido publicada pela Dom Quixote. O seu Índice Médio da Felicidade, já apresentado no Cultura.Sul, foi adaptado ao grande ecrã, com realização de Joaquim Leitão e participação do autor na elaboração do guião. O livro foi vencedor do Prémio da União Europeia para a Literatura, prémio aliás que abriu portas ao autor, pois levou a vendas de direitos para uma dezena de países, tradução dos seus livros anteriores, a premiação da edição italiana e a participação de David Machado em vários festivais e feiras do livro. Um livro que levou cerca de três anos a ser escrito, conforme se sente na tessitura narrativa, mais burilada, e a procura de uma originalidade no estilo e na forma como tenta cruzar três narrativas diferentes, sem propriamente simplificar a história, cingindo-as a um enredo único. Na segunda parte do livro existe mesmo um jogo literário mais evidenciado, na forma como o autor inova e procura reflectir sobre o processo da própria escrita. Processo esse que «Custa tanto» conforme as suas personagens referem. O autor inova ainda, particularmente na primeira parte, e naquela que é a narrativa mais forte e que mais marcas deixará certamente no leitor, ao adoptar uma voz narrativa feminina, pois as suas personagens anteriores são maioritariamente masculinas. Apesar de inicialmente a voz da personagem de Júlia nos parecer encaminhar para uma história de violência, pelo modo como deixa perceber, gradualmente e sempre de forma ambígua, como esta adolescente terá sido vítima de maus tratos ou de abuso há cerca de um ano, sem nunca se deter propriamente nesse episódio, para que o leitor o capte e veja na sua totalidade, esta jovem irá revelar como se

convive com uma dor profunda, que se tenta camuflar na esperança que adormeça. A história desta adolescente de dezanove anos, emancipada, magoada, que sente repúdio de qualquer contacto físico ao mesmo tempo que, paradoxalmente, sente as lágrimas virem-lhe aos olhos assim que lhe tocam, é um desvelar de como se vive o trauma e a dor, a memória de um acto profundamente doloroso, físico ou emocional, que deixa marcas duradouras e impressões indeléveis, debaixo da pele. Pode até parecer um cliché a forma como uma das constantes da vida de Júlia, mesmo dentro do casulo do seu quarto, ser o barulho constante das discussões acesas do casal vizinho, como um ruído de fundo à história de Júlia, conforme lida com a depressão e o trauma do que lhe aconteceu, e da forma como isso a impele a querer salvar uma menina de cerca de cinco anos, a filha do casal do lado, cujo som de desamor atravessa as paredes e atinge o âmago da dor que Júlia procura disfarçar. Um livro tripartido A primeira narrativa, intitulada «Júlia não está cá», cuja acção se passa em 1994 e é constituída por cerca de 117 páginas, não se lê de ânimo leve, e instaura uma atmosfera opressiva que, no final do livro, se redime um pouco, quando a voz narrativa é a de uma criança. Conforme Júlia agarra em Catarina, nas escadas do seu prédio, e foge com ela por Lisboa, num périplo subterrâneo moderno, entre estações de metro e discotecas, sentimos como é a própria personagem que está à deriva, enquanto tenta salvar ainda a sua infância, a sua inocência, a sua capacidade de (voltar a) confiar tão cegamente no mundo e nos homens e mulheres que o habitam

fotos: d.r.

criança que precisa de ajuda e salvar essa criança torna-se uma prioridade.» (p. 148) Se de início pode haver alguma hesitação entre ler esta personagem feminina como sendo Júlia, perceberemos como na verdade essa criança que Júlia em tempos salvou é afinal Catarina, que se tornou uma espécie de femme fatale, perita em manipular os homens. A perda da inocência

Debaixo da Pele é a mais recente obra de David Machado

como aquela criança que lhe estende os braços incondicionalmente e cujo corpinho encaixa tão perfeitamente no seu colo. É a história de um só dia na vida de Júlia e de Catarina, e que no entanto perdurará no tempo, com consequências que se repercutem nas histórias seguintes, mesmo que indirectamente. Na segunda história, «Notas para um romance sobre uma rapariga que não suporta ser amada», saltamos para 2010. Numa narrativa com cerca de 90 páginas, cuja mancha gráfica é completamente diferente, de modo a fazer jus à designação genérica de «Notas», conheceremos Salomão, nome fictício que o escritor adopta para o seu narrador, isto é, para o eu que conta a sua própria história. Ao exercício de estilo e de estrutura narrativa que David Machado diz querer ter experimentado neste livro, acresce ainda esta técnica próxima da metaficção, em que o narrador, novamente na pri-

meira pessoa, deixa perceber, aos poucos, e sempre de forma muito subtil, como se encontra encerrado em consequência de algum acto cometido. Ao mesmo tempo que pondera como narrar o que lhe aconteceu e que, saberemos no fim, o levou a ser preso, Salomão, esse alter ego do protagonista desta narrativa, vai colocando perguntas a si próprio, ou ao leitor?, de como melhor compor os eventos: «Ela terá na história o mesmo nome que na realidade? É uma questão difícil. Para mim, é importante ser-lhe absolutamente fiel e aos acontecimentos com ela relacionados ao longo de toda a narrativa. No entanto, escrever o seu nome, página após página, ao mesmo tempo que recordo tudo, poderá tornar o relato demasiado doloroso. Não tenho a certeza. Mas sei que nenhuma característica física, psicológica ou cronológica enche tanto de vida uma personagem como um nome.» (p. 123). Mas nunca saberemos o nome dessa personagem feminina sobre quem Salomão fala. E se Júlia nunca fala muito sobre João Tiago, o ex-namorado, Salomão centra-se completamente nessa mulher sem nome que invade a sua casa e a sua vida, fo-

cada unicamente na sua escrita, e com um namorado aparentemente violento. Em simultâneo com o processo de Salomão pôr a nu a sua alma e o processo de escrita em que expõe os factos do que lhe ocorreu, ao mesmo tempo que ele convive com o seu próprio trauma, temos essa rapariga completamente empenhada na sua escrita, como se apenas sobrevivesse do próprio acto da escrita. Por nunca ter nome, o leitor pode sentir uma ambiguidade latente e depois crescente em relação a essa jovem por quem Salomão acaba por se apaixonar irremediavelmente, ao ponto de cegar e ver aquilo que ela o quer levar a ver, manipulando-o a vê-la como uma vítima até que ele próprio resulta numa vítima de um crime passional. «Eram pouco mais de cem páginas sobre um dia na vida de uma rapariga chamada Júlia que, no ano anterior, foi agredida pelo namorado e que, desde então, quer viver o menos possível. Sentir alguma coisa dói-lhe demasiado. Olhar o Mundo obriga a um envolvimento que ela receia. A sua confiança nas palavras e nos gestos de outras pessoas foi devastada. Porém, neste dia em particular, Júlia conhece uma

Na terceira e última parte, «As cassetes do Manuel», uma criança que percebemos ser o filho de Júlia, que aliás já tinha surgido, mudo e muito mais novo, no final da segunda parte, este jovem grava em 2017 umas cassetes com um Walkman, onde narra a sua própria história, entre o ontem e o agora, sentindo-se como houve um momento de cisão em que esta criança se tornou homem aos 11 anos. Pouco mais de vinte anos depois, o tom da narrativa adensa-se novamente, conforme Manuel nos revela como a mãe passou de vítima a opressora, ao tentar salvar mulheres vítimas de violência doméstica mas não é capaz de compreender como a sobreprotecção que exerce sobre o seu filho, e o isolamento a que o destinou, vivendo no meio do nada (Manuel tem inclusivamente ensino doméstico), podem ser tão ou mais nocivos do que deixá-lo contactar com o mundo real por sua conta e risco, para crescer com as suas próprias feridas. Fica a tristeza, quem sabe pouco fictícia, de Júlia não ter sido capaz de sobreviver ao seu trauma, ao mesmo tempo que se deixa uma nota de esperança ao encerrar a narrativa pela voz de uma criança mesmo que aparentemente ele já tenha crescido muito e de repente. Debaixo da Pele é um livro tripartido que conta nas suas várias partes uma história idêntica no seu cerne, a da perda da inocência e do mal que podemos inflingir aos outros. Mal que é capaz de deixar marcas muito mais profundas que a epiderme, muitas vezes impossíveis de sarar, e que podem até repercutir-se nos que nos rodeiam. Mas é também a forma como lidamos com as marcas que nos deixam e aquilo que decidimos fazer em resposta que nos impele ou nos derrota. 


Cultura.Sul

Ficha técnica: Direcção: GORDA Associação Sócio-Cultural

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Espaço ao Património

Património e Música d.r.

Editor: Ricardo Claro Paginação e gestão de conteúdos: Postal do Algarve Responsáveis pelas secções: • Artes visuais: Saul de Jesus • Na Ágora: Adriana Nogueira • Espaço AGECAL: Jorge Queiroz • Espaço ALFA: Raúl Grade Coelho • Espaço ao Património: Isabel Soares • Filosofia dia-a-dia: Maria João Neves • Juventude, artes e ideias: Jady Batista • Letras e literatura: Paulo Serra • Missão Cultura: Direcção Regional de Cultura do Algarve • Panorâmica: Ricardo Claro • Quotidianos poéticos Pedro Jubilot Colaboradores desta edição: António Alferes Pereira Parceiros: Direcção Regional de Cultura do Algarve e-mail redacção: geralcultura.sul@gmail.com e-mail publicidade: anabelag.postal@gmail.com on-line em: www.postal.pt e-paper em: www.issuu.com/postaldoalgarve

facebook: Cultura.Sul Tiragem: 5.344 exemplares

António Alferes Pereira Maestro Grupo Coral Adágio

À primeira vista, Património e Música parece-nos um título bem sugestivo para um artigo. Ao analisar mais de perto deparamo-nos com um questão: E música não é património? Claro que é! Há bem pouco tempo o Cante Alentejano foi considerado pela UNESCO como Património Imaterial da Humanidade. Estamos habituados a pensar em património associando-o aos vestígios materiais de cultura, isto é, a coisas palpáveis, visíveis, tangíveis. Na grande maioria dos casos, até as próprias línguas - som falado - têm um corpus consubstanciado nas gramáticas, nos dicionários, na literatura. Com a Música a relação é bem diferente. É certo que há cerca de 1.200 anos, com o aparecimento da escrita musical que hoje utilizamos, começou a constituir-se um corpus musical que nos nossos dias é inestimável, por ser gigantesco. É certo que antes disso os povos da Antiguidade Clássica e pré-clássica tinham formas de escrever música que infelizmente ainda não compreendemos na totalidade. É também certo que desde tempos remotos temos indícios de que o Homem sempre utilizou a música. A Música corre-nos nas veias, - pode dizer-se. O problema é que a música não se vê. Podemos fazer uma reprodução do que se vê, mas é-nos mais difícil representar os outros sentidos. É fácil pintar uma paisagem ou desenhar uma casa, mas parece complicado desenhar o som. Não tem corpo como uma estátua ou como um templo. Ainda assim é, nas suas expressões, desde as mais populares às mais eruditas, património! Deste património devem apoderar-se os povos. Que cada um usufrua do seu património é, não só um direito, mas também, e sobretudo, um dever. Temos o dever de tomar nas nossas mãos o património colectivo sob variadíssimas perspectivas. Devemos conservá-lo, admirá-lo, interrogá-lo e recriá-lo. Estas e outras atitudes positivas em relação ao legado dos nossos antepassados, permitem-nos recriar-nos, e reforçar a nossa identidade, desenvolvendo uma panóplia de actividades que, se a imaginação ajudar, nos pode abrir horizontes vastíssimos. Foi partindo destes pressupostos que propus ao grupo que dirijo concretizar uma acção cultural conjunta, dentro do nosso concelho.

Grupo Coral Adágio protagonizou o espectáculo ‘Da Pré História à Lua Cheia’ no monumento de Alcalar Um grupo coral não tem, à partida, grande relação com um monumento de há cerca de cinco mil anos atrás. A dança, também não parece caber nesta ideia. Mas cabem: tanto a dança, como a música, como a luz. O monumento megalítico de Alcalar consiste num túmulo da pré-história, formado por uma tholos: uma abóbada de pedra solta, rodeada por um murete de contenção e com uma abertura de um dos lados para uma cripta funerária. À frente dessa abertura/corredor, parece ter havido um muro atrás do qual se desenvolveriam, possivelmente, as cerimónias sagradas, vedadas à vista do povo que se juntaria no espaço fronteiro a esse muro. O Grupo Coral Adágio estava na altura a recolocar no seu repertório um requiem, - Requiem, de Gabriel Fauré peça de finais do século XIX e que consiste em composições musicais que acompanham o cerimonial religioso para um defunto. A passagem da vida à morte é um movimento que, embora incompre-

ensível por nós, faz parte da nossa condição de humanos. Nada melhor para exprimir movimento que a dança. A luz e as trevas ou a vida e a morte, são dualidades que a nenhum de nós escapam. A luz, e a sua manipulação com as técnicas de que hoje dispomos, pode oferecer-nos magníficos espectáculos de raras contemplações. A acrescentar a todas estas ideias, junta-se o facto de que, cada vez mais, necessitamos de actividades culturais que extravasem o grupo onde são desenvolvidas e se cruzem, de forma multidisciplinar, estimulando-se mutuamente e obrigando a um convívio desejável que cria novas sinergias. O espectáculo que se desenvolveu na noite de 27 de Maio, em Alcalar, quis proporcionar, a quem assistiu, uma viagem de cinco mil anos. O monumento megalítico, a luz, a dança e o som abarcaram um arco temporal de cinco mil anos. E levanta, nos espíritos mais perspicazes e atentos, questões pertinentes. A Arte não deve servir só para contemplar. Tem de recriar, interrogar, desinquietar ou ded.r.

Espectáculo proporcionou uma viagem de cinco mil anos

sassossegar, como diz o poeta. O que é a memória? Quanto tempo dura? Que forma é esta de estar? Que relação temos com o Tempo? com o espaço? Quem sou eu? Porque não? Por quanto tempo levarei flores à campa dos meus antepassados? Há regras para isso? Há costumes? O que é o luto? Porquê? Para quê? Não deverei levar flores aos meus antepassados de há cinco mil anos? - Porquê? Nunca os conheci! dirão. Mas também Camões eu nunca conheci e, ainda assim, o homenageio depositando coroas de flores na base da sua estátua, para comemorar o hipotético dia da sua morte! Também Fauré eu nunca conheci e no entanto canto a sua música. Mas Camões escreveu obras fundamentais da nossa cultura. Fauré é reconhecido internacionalmente pela qualidade da sua música. E os construtores do monumento? E os seus arquitectos? e quem lá foi sepultado? Que Homens foram? Que feitos praticaram? Porque chegaram até nós desta forma, em forma de pedra? Foi por tudo isto que propus a realização de um concerto junto a um monumento megalítico com cinco mil anos, executando obras de Fauré com cerca de 150 anos; foi por tudo isto que incorporei o movimento da dança, tão bem expresso pelas seis alunas da professora de dança Nilsen Jorge. Foi esta a razão da utilização das luzes e das actuais tecnologias. Resta-nos dar relevo a todos nós, Homens de hoje, que participámos no evento cantando, dançando, iluminando, tocando e assistindo... Fica-nos a memória. Impõe-se agora pensar, reflectir, perpetuar. Se isto aconteceu, a nossa apropriação de um monumento, criou arte que cumpriu a sua função: Fruir e fazer pensar. E claro, o desejo de mais. 


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Cultura.Sul

Marca d'água

Para uma dinâmica turística assente na herança e inovação

Maria Luísa Francisco Investigadora na área da Sociologia; Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

luisa.algarve@gmail.com

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A preservação da memória e das tradições dos antepassados formam um legado que pesa na construção social da herança cultural e da memória colectiva. Essa redescoberta da memória, da tradição e da identidade, tem uma autenticidade que facilita a criação de atractivos turísticos. Permitir a experiência turística, desde que de forma sustentável, valorizando a paisagem, as populações idosas e os seus saberes, reavivando imaginários, pode ser uma mais-valia para todas as partes: para quem visita e para quem é visitado. Os espaços rurais podem permitir a experiência turística sustentável com actividades que vão ao encontro de uma imagem idílica do rural, que creio ainda existir no mais remoto Algarve interior. Segundo a Convenção Europeia da Paisagem, assinada por Portugal e pelos restantes membros do Conselho da Europa, em Outubro de 2000, a paisagem desempenha importantes funções de interesse público no âmbito cultural, ecológico, ambiental e social e constitui claramente um recurso favorável à actividade económica. Ainda segundo a mesma Convenção, o património do mundo rural deve ser entendido e utilizado, tendo em conta todas as suas componentes (paisagem, edifícios, técnicas, instrumentos, saberes-fazer e o próprio homem rural), como um factor de desenvolvimento. O turista que valoriza o turismo de experiências, venha ele para o Algarve ou para qualquer outra região do país, certamente procura a hospitalidade, a dimensão estética, algum entretenimento e a vivência diferenciada. Na procura dessa vivência o turista quer cada vez mais a experiência em que não seja apenas um espectador passivo na sua viagem, mas que seja um actor que participa e vive momentos únicos e que possa contar o que experienciou. Alguns exemplos de actividades

que permitem fruir o espaço através da vivência de novas experiências são: o amassar o pão, colocá-lo no forno, no final degustá-lo ainda quente juntamente com os produtos da região, como os enchidos, o presunto, o queijo, o mel e as azeitonas. As visitas às adegas, destilarias, melarias, lagares, a par da participação em actividades como a apanha do medronho, da azeitona ou da alfarroba. Estas são experiências que permitem um contacto com modos de vida ancestrais e que valorizam a milenar cultura mediterrânica. Será a fruição desses saberes e sabores, enquanto parte do património imaterial, que enriquece a experiência turística. Daí a referência à experiência turística sustentável, em que exista uma redescoberta e interpretação do território rural, com alternativas para o desenvolvimento dos territórios rurais. Em que os recursos sejam valorizados e que possam permitir que a pouca população existente se mantenha nos locais de origem e obtenha alguma rentabilidade na manutenção das suas tradições, e que também lhe permita manter um equilíbrio na sua relação com o passado, o presente e o futuro. Inovação e criatividade O Algarve tem uma excelente oferta turística de natureza e de experiências com actividades muito variadas, tais como caminhadas, passeios a cavalo e de burro, passeios de observação de aves, de borboletas e libelinhas, obser-

fotos: d.r.

ferreiro, o ferrador, o artesão, o latoeiro, o sapateiro. São actividades que não exigem muitos recursos e que transmitem o valor da memória, da aprendizagem e da capacidade criadora. De referir também Loulé Criativo Turismo enquanto oferta organizada que permite à “nova geração do turismo” participar activamente na cultura, tradições e modo de vida dos residentes, em interacção com as gentes e o carácter singular do destino turístico, conforme referido no site do município. A dinâmica dos estrangeiros residentes

Destilaria do Sr. Valério em Monchique foi visitada pela cantora Bonnie Tyler vação de árvores (no Algarve existem algumas árvores centenárias), observação de plantas, como por exemplo de orquídeas selvagens (há uma agência inglesa que traz grupos ao Algarve para ver orquídeas). Principalmente na serra existem muitos turismos rurais e empresas a ter sucesso com estas atividades. Através destas e de mais ideias inova-

Turismo criativo em que através de matérias como a empreita se inova com oferta de novos produtos “PETER PAN - O MUSICAL”

As escolhidas, 9 DEZ | 16.00 série | Auditório de 12, 1994. Municipal Sépia des/ Olhão papel. Col. Centro de Em musical a clássica história doContemporânea menino que queriaGraça Morais Arte ser criança para sempre, assinada pelo escritor escocês James Matthew Barrie

doras, vai-se reinventando os recursos existentes de forma a criar novos produtos, novas ofertas turísticas. Num sector de grande competitividade como este, as empresas devem implementar formas de colaboração no sentido de partilharem experiências, porque a maioria das actividades são complementares. Não basta limitar-se a oferecer o que a natureza e história dão, é necessário trabalhar no sentido de criar produtos inovadores e dinâmicos, ofertas de valor acrescentado, onde a participação e a experiência devem ser as componentes mais valorizadas. Ao ter criado em 2013 uma start-up de eventos (particularmente na natureza e em espaço rural) e de serviços (mais direcionados para autarquias) aprendi a valorizar ainda mais as potencialidades do meio rural e a criar novos produtos com base no conhecimento desse meio. Ao longo deste tempo tenho conhecido outros empreendedores, com os quais há bom entendimento e alguma troca de experiências e parcerias. Há iniciativas pouco conhecidas, mas originais e criativas, onde as artes e ofícios são valorizados, tal como tardes em que os turistas portugueses vão ouvir tradições, lendas, mezinhas. Tardes com o

É do conhecimento geral que a cultura e o património configuram importantes âncoras de atracção de turistas, visitantes e novos residentes. Ao mesmo tempo, permitem a requalificação de lugares e a melhoria das condições de vida das populações, principalmente em zonas de baixa densidade. A este nível posso referir que alguns residentes estrangeiros têm dado uma certa dinâmica ao interior algarvio. O Algarve devia apoiar-se mais na comunidade de estrangeiros residentes, principalmente nos que tem ligação com o meio artístico. São no geral pessoas com uma visão bastante ampla, com experiências de vida muito enriquecedoras e dispostas a dar contributos para um Algarve mais criativo. No âmbito da tese de mestrado que defendi em 2002, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, comecei a estudar academicamente estas populações e as suas dinâmicas. Encontrei pessoas com imenso valor e vontade de dar contributos para um Algarve mais aberto ao mundo: desde artistas, diplomatas, académicos, médicos, terapeutas, escritores, etc. Aproveito para sugerir a visita à exposição de pintura de Grünter Grass, romancista, dramaturgo, poeta, intelectual, e artista plástico alemão, que foi vencedor do Prémio Nobel da Literatura em 1999 e que tinha casa no Algarve, no concelho de Portimão. A exposição será inaugurada hoje, dia 8 de Dezembro, e ficará patente até dia 4 de Março 2018 no Museu de Portimão. Voltarei a esta temática do trabalho de investigação sobre estrangeiros residentes no Algarve, numa outra edição do Postal do Algarve. 

“PRESÉPIO VIVO DE ODELEITE” 16 e 17 DEZ | Aldeia de Odeleite Mais de 50 figurantes trajados à época, artesãos e produtores do concelho integram uma das mais fiéis e belas recriações do nascimento de Jesus


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Cultura.Sul

Na Ágora

Na Ágora: uma nova idiossincrasia

Adriana Nogueira

Classicista; Professora da Univ. do Algarve adriana.nogueira.cultura.sul@gmail.com

A página que se começou por chamar Livros.S e, depois, Da Minha Biblioteca faz agora uma pausa. Ao longo de pouco mais de sete anos escrevi 85 artigos de promoção de leitura. A intenção era partilhar o modo como lia e interpretava alguns livros que, em diversas fases da minha vida, me tinham interessado por diferentes razões. Foi um desafio que me deu muito prazer e que, espero, também tenha sido do agrado dos leitores. Porém, ao atingir os sete anos, pensei que era altura de mudar. Tendo o editor do Cultura.Sul aceitado esta minha vontade e, generosamente, mostrado interesse em que eu continuasse a escrever aqui, propus-lhe o seguinte: uma página menos espartilhada na temática, onde pudesse registar algumas reflexões sobre o fascinante mundo da antiguidade greco-latina, sempre em contacto íntimo com este mundo, onde vivemos. Porque não estão nada, nada longe. Lembro-me muitas vezes da frase que George Santyana escreveu, em 1905: «Those who cannot remember the past are condemned to repeat it» (The Life of Reason, I. 12), isto é, «Aqueles que não conseguem lembrar-se do passado estão condenados a repeti-lo». Mas esta não será uma página passadista. Será uma página que reconhece que no passado há muito para aprender sobre o presente. Ou que entenderemos melhor o presente se reconhecermos o passado.

na. Muitas foram as ideias que tive, mas a que mais se aproximou da noção de espaço aberto, onde se cruza muita gente, de muitas culturas, onde se fazem novas amizade, onde os conhecidos se encontram, foi Na Ágora. A ágora era a praça central das cidades gregas. Era aí que a vida coletiva palpitava. Era aí que os cidadãos se reuniam, cumpriam com os seus deveres religiosos (os templos iam sendo erguidos nas suas proximidades), faziam compras no mercado, debatiam informalmente os assuntos do governo, que a todos dizia respeito. Em grego, cidade diz-se pólis (que já faz parte do nosso vocabulário e escreve-se assim mesmo), de onde vem o adjetivo politikós, que deu o nosso «político», que significava o que dizia respeito aos cidadãos. Apesar de haver outros espaços para mercadejar, esta praça pública, por ser um lugar de passagem e com muita atividade, era o preferido dos negociantes. Conta-se, mesmo, que Sócrates, de quem Platão foi discípulo, ao passar pela ágora, «quando reparava na quantidade de coisas que havia à venda, dizia para si próprio: “De quantas coisas eu não tenho necessidade!”. E recitava continuamente estes versos: “As travessas de prata e as roupas de púrpura/ são úteis para os atores trágicos, não para a vida.”» (tradução minha de Diógenes Laércio, autor grego do séc. III d.C., conhecido

fotos: d.r.

Fórum da cidade de Pompeios, com o Vesúvio ao fundo (Itália) por ter escrito Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres). Sócrates insurgia-se contra o consumismo, o acumular de bens desnecessários para a vida. Conta-se também (podemos ler no mesmo Diógenes Laércio) que, quando Alcibíades lhe deu um terreno muito grande para que construísse uma casa, recusou, por achar um desperdício, dando o seguinte exemplo: «Se me fizessem falta umas sandálias e, para que eu fizesse as ditas sandálias, me desses uma pele inteira, também seria ridículo se aceitasse».

No mundo romano havia também um espaço equivalente à ágora, que era o fórum (em latim apenas não tinha acento). Também ele era o centro da vida das cidades: desde as atividades mais solenes (como as religiosas), passando pelas civis (relacionadas com a política), e as mais corriqueiras e mundanas, como os mercados e os divertimentos. Uma curiosidade etimológica: o adjetivo latino civilis é da mesma família de civis, o substantivo que quer dizer «cidadão». Portanto, politikós e

O título

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Houve, depois, que decidir o nome a dar a esta nova pági-

Ágora de Atenas vista da Acrópole (Grécia) “CAMINHOS DA MISSÃO Até 5 de JAN | Galeria de Arte da Praça do Mar - Quarteira Em exposição um projecto missionário de leigos, através da Diocese do Algarve, das Franciscanas Missionárias de Maria e dos Sagrados Corações de Jesus e Maria

civilis queriam dizer a mesma coisa. Nos dicionários de português, a primeira aceção de político é «relativo à política ou aos negócios públicos», enquanto civil diz que é «relativo ao cidadão». Terão os cidadãos passado a envolverem-se menos nos negócios de Estado e a achar que políticos são apenas uns tantos profissionais? Dezembro «Estamos em Dezembro: a cidade está coberta de suor! A ostentação desregrada invadiu toda a vida colectiva. Fazem-se estrepitosamentre enormes preparativos, como se existisse alguma diferença entre o período das Saturnais e os dias úteis. O facto é que não há qualquer diferença, e por isso mesmo acho que tem toda a razão quem afirma que se Dezembro em tempos foi um mês, agora é um ano inteiro». Como as aspas o denunciam, o texto não é meu. Nem é de agora. Tem quase 2000 anos. O seu autor, Séneca, nasceu aqui perto, em Córdova, poucos anos antes de Cristo. Foi viver para Roma, onde morreu,

no ano 65 d.C. Tutor e posteriormente conselheiro de Nero, foi por este forçado a cometer suicídio, por suspeita de participação numa conspiração contra a vida do imperador. Entre a sua variada obra, encontram-se estas Cartas a Lucílio (de que já aqui falei), escritas nos últimos anos da sua vida. A transparente tradução que citei é da autoria de José António Segurado e Campos, professor catedrático jubilado de Literatura Latina (da Universidade de Lisboa), de quem tive o privilégio de ter sido aluna, e diz respeito à Carta 18. A edição é da Gulbenkian e o preço muito acessível. Segurado e Campos, numa nota à Carta 12, explica: «Por ocasião das Saturnais (Saturnalia), antigas festas do calendário romano celebradas por volta de 17 de Dezembro de cada ano em honra de Saturno, era costume haver troca de presentes entre amigos, e mesmo, como é aqui o caso, entre senhores e escravos». Não querendo promover o consumismo (que Sócrates me perdoe!), será um excelente presente de Saturnal. Ou de Natal. 

“PRESÉPIO DOS BOMBEIROS DE ALBUFEIRA” Até 8 de Jan | Parque de Viaturas do Quartel dos Bombeiros de Albufeira O mundo inteiro num Presépio de 75 metros quadrados que, à semelhança do seu mentor, S. Francisco de Assis, apela à fraternidade e à solidariedade entre as pessoas


Última Quotidianos poéticos

Mariano Alejandro Ribeiro fotos: d.r.

Pedro Jubilot

pedromalves2014@hotmail.com canalsonora.blogs.sapo.pt

Mariano Alejandro Tomasovic Ribeiro nasceu em Buenos Aires, em 1993. Aos dez anos a sua família deixou a Argentina e estabeleceu-se em Portugal. Estudou em várias Universidades, passando pelos cursos de História da Arte, Medicina e Psicologia, tendo uma licenciatura neste último e uma pós-graduação em Teoria da Literatura. Colaborou em diversas revistas literárias como a Sizígia (CanalSonora, 2014), Modo de Usar & Co., Flanzine e Enfermaria 6. Tem publicados os livros “Antes da Iluminação” (Mariposa Azual, 2016), “Carta em fuga para cravo e Drá” (Douda Correria, 2017) e ainda “Cabeça de Cavalo” (Macondo, 2017), este último no Brasil.

Mariano Alejandro Ribeiro já publicou três livros de poesia e depois dou por mim em alturas de muita produção, em que qualquer circunstância, frase, cheiro são o ponto de partida para criar alguma coisa. Fala-nos acerca de coisas dos teus dias em que acontece poesia ou que a faças acontecer. Acho que a poesia está latente em

Consegues escolher o teu livro/ livros de poesia preferido/s? Os mais relevantes? Leio muita poesia, e tento diversificar a leitura de poesia ao máximo, por isso não conseguiria escolher apenas um. Gosto muito dos poetas do modernismo, do T.S. Eliot, do Ezra Pound, do Rilke, do Almada. O Pessoa aborrece-me um bocado. Mas foram eles que deram o primeiro passo para “mundanizar” a poesia, para a tornar do povo, e isso é um gesto de tanta virtude e de tanto valor que é impossível um autor não se deixar influenciar por eles.

Autores que gostas ou que possas dizer te inspiram a escrever? Para além dos que mencionei, provavelmente a poesia americana, do Walt Whitman ao Gary Snyder, o Ginsberg incluído. Na poesia portuguesa tento fugir sempre que posso à influência do Herberto, do Al Berto e do Cesariny, embora goste muito de os ler. Dos nossos poetas contemporâneos a Adília é uma instituição, o Miguel-Manso e o António Poppe também são uma grande influência para mim. Já ninguém usa caneta e papel, quanto mais máquina de escrever,

Ao desafio de Pedro Jubilot: "Escolhe um poema teu para nossa leitura...", o autor argentino respondeu desta forma:

SEI

Como é o teu quotidiano na escrita da tua poesia? A poesia vem por momentos. Podem passar dias, semanas em que não escrevo nem penso em escrever,

tudo, enquanto componente do nosso quotidiano, mas depende muito mais do estado de espírito do poeta, se se deixa (ou não) influenciar pelo entorno e ainda se tem convicção de que determinado verso ou poema vale a pena ser passado ao papel.

As mãos atadas ao almofariz A ponta dos dedos a querer decifrar O morse do quotidiano nas cicatrizes da madeira Distancia-te um pouco desse sol de alvorada Finge-te finnegans ao despertar Sê humildemente A humidade Da terra In Cabeça de Cavalo (Edições Macondo, Brasil, 2017)

que material usas para escrever, como é o processo material da tua escrita? E o imaterial ? Quando me ocorre algum verso que me parece interessante aponto-o no telemóvel, às vezes pode chegar a ser um poema inteiro, mas a maior parte das vezes é só um verso ou palavras que na altura me soam bem. De resto, escrevo sempre, sempre no computador, nunca com caneta e papel. O processo imaterial da escrita é o mais complicado, porque sinto não ter muito controlo sobre ele. Simplesmente acontece e quando a frase que surge na minha mente parece por alguma razão adequada, e aí passo-a a um suporte físico. Quando (dia, hora, estação do ano) escreves ? Sempre e só de manhã. Vícios, manias e segredos contáveis relacionados com a tua escrita … Não mostro absolutamente nada dos meus textos até não estarem publicados e no seu estado final, quer seja impresso ou online. Tirando isso, a minha namorada é a única pessoa que consulto durante o processo de criação, quando não estou completamente seguro sobre alguma coisa. Também não escrevo em público. Que livro de poesia estás a ler ou leste recentemente? Leio sempre poesia em paralelo com algum romance ou livro de não-ficção. Ontem estive a reler o livro 50 Poemas do Tomas Tranströmer, editado pela Relógio D’Água. Antes desse, foi o Obra Gruesa, do Nicanor Parra. 


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