DISTRIBUÍDO COM O EXPRESSO VENDA INTERDITA Director Henrique Dias Freire • Ano XXXI Edição 1208 • Quinzenário à sexta-feira 24 de Agosto de 2018 • Preço 1,50€
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integrante
A qualidade
Este caderno
Editorial
artes Juventude,
e ideias
Jady Batista
Marketing Digital
volta à baixa
de Olhão
ca, e termina da Repúbli aos na Avenida noite, junto hia de Teatro por volta da meia a Compan parceria com livre. , a auMercados. diferenciado, Viv’arte. A entrada é de Levante grande, a num evento Com as Noites dinamizar vários r o mês em dramatizata a apostar volta Para termina de Olhão, o, fogo, lutas, pretende de Levante amente o volta à baixa Feira do com animaçã dança. O festival decor- IV Edição das Noites ci- tarquia cidade, nomead A animaçã e es o à baixa da um II FLO pontos da ções, música muita animaçã horas, com sucesso da ha, com atividad no Jardim depois do 17 e às 24 s de a trazer 23 a 25 de agosto. na zona ribeirin sem esquecer a que decorre re entre as Mercado o aos de Olhão, de evento, sábado, frente lúdico, dade, Livro tempo três dias do Lopes, até este mercado pirata por toda a baixa e, a - de caráter , ao mesmo Durante os o Patrão Joaquim quarto ano consecua ser surpreen vertente cultural à rua residentes e Olhão, animaçã do evento, um especonvidado pelo a sair público é dia pura magia do Festival l 21 de julho, de O cada os convida palco cubista. ser que terminar volta a Bom Sucesso. com moment luz e foférias na cidade tivo, Olhão a 3 de agosto, táculo frente ao caíque uma iniciati- dido de cor, som, turistas de 31 de julho no quonuma mistura começa às 18 horas, de Olhão é Pirata. De a envolve-se Festival Pirata e da Empreanimação Municipal personaa zona ribeirinh em go. A povoado por va da Câmara , organizada tidiano pirata, al Fesnima sa Municip ção volgens de época. organiza a Nesta IV edição,
A animação
NESTA EDIÇÃO: LEIA O CADERNO DE ALCOUTIM E OS CONTRIBUTOS DO CULTURA.SUL
NÃO TENHO DÚVIDAS
CULTURA
A V edição do Festival F traz novidades è5
GASTRONOMIA
Feira da Dieta Mediterrânica regressa a Tavira
2019 e 2020 vão ser muito difíceis para o turismo è
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19 a 22
SOCIEDADE
"Os comboios estão no estado em que está o país" è 13
no Parque de Campismo da Ilha de Tavira è3
Roteiro Gastronómico
Restaurantes Avenida, Mar d'Estórias è 30 e 31 e Saudade em Português pub
24 de Agosto de 2018 | 3
Mãe quero voltar para a Ilha Rumámos à ilha mágica: a que se situa em pleno Algarve, tão perto do céu e tão longe do mundo. Inserido no coração do Parque Natural da Ria Formosa, o Parque de Campismo da Ilha de Tavira perpetua-se na memória de todos os que por lá passam, não só pela qualidade de excelência dos serviços prestados, mas também devido ao local paradisíaco onde se encontra. A apenas 15 minutos de barco da cidade de Tavira ou 5 minutos das 4 Águas, o percurso torna-se diminuto perante o encanto da paisagem envolvente. Chegámos à ilha ao fim da tarde, quando muitos regressavam da praia, nós iniciávamos o nosso mágico fim-de-semana. Optámos por não levar tenda nem o que quer que fosse para além de roupa de praia e boa disposição, e ainda bem que assim foi. A única hesitação foi na escolha entre a "lugatenda" e a "tendalit", mas rapidamente nos apercebemos que até as que aparentavam um tamanho mais reduzido, não o eram, e também proporcionavam o conforto necessário para uma boa noite de sono. De várias tipologias e tamanhos, com ou sem cozinha, todas as tendas dispõem de atrium exterior com mesa e cadeiras, excelentes para as refeições, para um jogo de cartas ou simplesmente para uma agradável conversa ao luar. Opcional-
mente, também disponibilizam kits individuais compostos por colchão tripartido, lençol, saco cama e almofada, tão confortáveis que nos fazem sentir em casa. Instalados no nosso lar temporário, fomos dar uma volta pelo parque e, em cada recanto, ficámos agradavelmente surpreendidos. Todo o recinto foi criado ao pormenor, a pensar nas mais variadas necessidades de toda a família: balneários bem equipados com sanitários, muda fraldas, lava-pés, duches, lavatórios, espelhos e tomadas eléctricas, sala de convívio, minimercado abastecido com tudo o que se precisa e uma relação qualidade / preço bastante aceitável, café e bar com refeições ligeiras, bem animado com música ao vivo até à meia noite, parque infantil junto à esplanada do snack-bar que nos permitiu vigiar os mais pequeninos enquanto desfrutámos de um café, mesas familiares de piquenique, assadores e torneiras espalhadas por várias zonas, cacifos, staff atento e prestável sempre pronto a ajudar, wi-fi, entre outros pequenos grandes pormenores que tornaram a nossa estadia perfeita. Tudo isto, sobre uma sombra natural, que refrescou estes dias quentes de Verão.
Inesquecíveis são as noites O facto de podermos entrar e sair do parque a qualquer hora do dia e da noite, e de estarmos mesmo no centro da ilha, dá-nos liberdade para viver e saborear cada instante, a qualquer hora, em qualquer lugar, pois ali entre o rio e o mar, nem o céu é o limite... Depois de degustarmos uma deliciosa mariscada num dos mais bem reputados restaurantes da ilha, rumámos ao areal sobre a luz da lua alaranjada, que num ápice baixou. Ao som das ondas a bater na areia, seguimos as luzes que ainda se encontravam acesas e encontrámos um bar onde os menos dorminhocos ainda conviviam ao sabor das doces caipirinhas. Já era tarde, rumámos ao parque onde o silêncio reinava, e entre o mar e as estrelas, o descanso prevaleceu... Acordámos a sorrir e cheios de energia, tomámos o pequeno-almoço e seguimos o rasto, pois ali todos os caminhos vão dar à praia... Um areal de perder de vista, branco e macio, a contrastar com o mar quente e transparente, permite-nos esquecer que estamos no Algarve e em pleno mês de Agosto... Dificil foi sair de lá, só mesmo com o argumento forte da voz do vendedor das bolas de Berlim... Ao al-
moço, optámos por uma refeição mais leve, num dos cafés da ilha situados junto ao areal. A variedade é muita e para todos os gostos e barrigas: desde grelhadas mistas, cataplanas, espetadas de gambas, mariscadas, sardinhadas e todas as iguarias com sabor a mar, até as frescas baguetes de salmão ou frango, para os que anseiam voltar rapidamente para o mar. Também há quem prefira o lado da ria ao da costa, nomeadamente quem tenha embarcação própria, e escolha aquele paraíso para um dia bem passado em família. Os dias são divertidos, mas as noites na ilha são mágicas, e possuem um encantamento especial que as tornam inesquecíveis... só vivendo e sentindo... é daquelas experiências, daqueles momentos que todos deveríamos ter direito a viver, pelo menos uma vez antes de morrer... Regressámos, carregados de boas energias como se tivéssemos estado uma semana do outro lado do mundo, e a saudade e o desejo de voltar... Fica a sugestão e um agradecimento ao Parque de Campismo da Ilha de Tavira, que seguramente é um dos melhores onde já estivemos, e onde mais momentos felizes vivemos... Texto e fotos: Ana Pinto anasp.postal@gmail.com
ÔÔ Zona de tranquilidade e conforto em família
Parque de Campismo da Ilha de Tavira Ilha de Tavira - 8800 Tavira
Telefone: 281 027 430 Receção: 281 027 499 Como chegar: Barcos de 30 em 30m no cais de embarque da cidade de Tavira Reservas: http://www.cm-tavira.pt/site/content/parque-campismo/reserva
ÔÔ O convívio reina no snack-bar do parque de campismo
ÔÔ A paisagem paradisíaca convida a voltar
Lugatenda (tenda familiar de aluguer) 25 Euros por noite (mínimo 2 noites)
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OPINIÃO Editorial
As dez pragas do Algarve Sede: Rua Dr. Silvestre Falcão, 13 C 8800-412 Tavira - ALGARVE Tel: 281 320 900 Fax: 281 023 031 E-mail: jornalpostal@gmail.com Online: www.postal.pt FB: www.facebook.com/ postaldoalgarve/ FB: www.facebook.com/ cultura.sulpostaldoalgarve/ Issuu: issuu.com/ postaldoalgarve Twitter: twitter.com/ postaldoalgarve Director: Henrique Dias Freire Directora executiva: Ana Pinto Redacção: Ana Pinto (CO-721 A) Cristina Mendonça (CP 3258) HenriqueDiasFreire(CP 3259) Maria Simiris (TP 414 A) Design: Bruno Ferreira Colaboradores: Afonso Freire, Alexandre Moura, Beja Santos (defesa do consumidor) Colaboradores fotográficos e de vídeo: Luís Silva / Rui Pimentel Colaborador informático: Ricardo Cabrita Departamento comercial, publicidade e assinaturas: Anabela Gonçalves, Helena Gaudêncio José Francisco Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire (mais de 5% do capital social) Edição: Postal do Algarve - Publicações e Editores, Lda. Contribuinte: nº 502 597 917 Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do título (DGCS): ERC nº 111 613 Impressão: Naveprinter Distribuição: Banca - Logista, ao sábado com o Expresso/VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT Estatuto editorial: disponível em www.postal.pt/ quem-somos/
Henrique Dias Freire Jornalista diasfreire@gmail.com
Acorda Algarve!
Eliseu Correia
Managing director EC Travel eliseucorreia@sapo.pt
Penso que agora já ninguém tem dúvidas daquilo que se anunciava há algum tempo… os anos dourados de cresci-
A falta e tardia requalificação da EN 125 é “criminosa”. As portagens da A22 são hoje uma das grandes cúmplices nas mortes e acidentes que ocorrem diariamente na EN 125, também conhecida pela Rua que atravessa o Algarve. No Aeroporto de Faro tem sido o caos! Esperas e mais demoras envergonham a região. Mas para morar no Algarve também é preciso saber viver com a inexistência de habitação para arrendamento ou com preços proibitivos. E para agravar o pulsar da nossa
região, continuamos com mão de obra pouca qualificada e, pior, com a falta dela... E como no antigo Egipto, segundo o livro bíblico do Êxodo, as pragas não se ficaram por nove. E no caso do Algarve temos a já quase certa futura exploração de petróleo que vai abranger a área de Sagres. De praga em praga, todos conhecemos a total falta de sensibilidade do Poder Central para com o Algarve. Por mim, não me calarei. Por mim, a região está primeiro. Haja mais vozes a dizer basta!
mento do Algarve acabaram (para já) este ano. E de forma inequívoca e concreta. Agora precisamos que quem dormiu tente pelo menos fingir que está acordado, que tome medidas a nível da promoção para pelo menos encurtar o contra ciclo negativo que nos espera. Precisamos de mais rotas aéreas e mais frequentes. Quem manda no ar comanda a terra. Só conseguimos evitar danos maiores se conseguirmos evitar os preços especulativos de lugares de avião que, face à pouca oferta neste Julho e Agosto, assumiram proporções assustadoras com preços (especialmente em Julho e Agosto)
completamente desajustados. Precisamos também que se enterre de vez a ideia suicida das taxas turísticas, para que alguns não entrem na História como os asnos do século ao aumentar, com essa medida ainda mais, a clivagem de preços perante os outros destinos e enterrando ainda mais a competitividade do destino Algarve. É disso que precisamos. Mas sabemos também do que não precisamos... não precisamos de políticos de carreira em sítios de comando que devem toda a sua vida profissional ao seu partido e como tal nunca irão morder a mão do dono mas serão apenas fantoches,
“yes mans”, de quem os pôs lá sem capacidade nem coragem para discordar seja do que for, ou seja, não representam os interesses turísticos da região mas sim dos que os lá puseram e de quem os rodeia. Não precisamos de instituições onde interesses de empresários camuflados de associações mandam no nosso destino e colocam estrategicamente afilhados, filhos, moços de recado e cãezinhos domesticados nos órgãos que mandam na promoção da maior região turística do país. Precisamos de gente que sirva a região e não se sirva dela, precisamos de mais técnicos e menos parasitas, precisamos de gente com tomates para recla-
mar junto do aparelho central aquilo que é nosso por direito. Precisamos de gente de provas dadas e qualidade reconhecida, não precisamos de parques jurássicos obsoletos e gente que nunca soube o que é trabalhar. Precisamos de conhecimento, profissionalismo e de orgulho regional. Em breve os empresários que realmente amam a sua região, os que realmente se preocupam com o futuro turístico da região e não com o seu tacho, irão ter hipótese de pôr um travão neste assalto que nos está a ser feito e, como Remexidos dos tempos modernos, nós temos que nos defender. Pelo Algarve . Por todos nós. Acorda Algarve!
Porque é que em vez de te amares, te toleras?
Escritora www.anaamorimdias.blogspot.com anamorimdias@gmail.com
Tiragem desta edição:
jeito às “Dez Pragas do Algarve”. Além dos altos e baixos sazonais, temos um dos maiores problemas de mobilidade do país. O uso diário da viatura é quase inevitável. A falta de estacionamentos é quase dantesca. O transporte ferroviário é uma desgraça com mais de metade do traçado ainda por electrificar. Carruagens velhas, sem ar condicionado. Poucos comboios com avarias constantes e cortes sempre incertos na frequência das velhinhas automotoras.
Em contramão
Ana Amorim Dias
13.953 exemplares
O Algarve vive momentos de aparente euforia. É Agosto e não faltam festas e festinhas para animar residentes e visitantes. A receita parece ser sempre a mesma mas a região e as suas gentes merecem mais do que isto. Viver no Algarve é ter que viver em constante sobressalto com a eterna sazonalidade. E só quem cá vive durante os 12 meses consegue perceber e sentir essa calamidade. Mas se o problema fosse apenas a sazonalidade não estaríamos mal de todo. Viver na região é estar su-
Nunca te entenderei nessa parte. Jamais conseguirei perceber porque é que não gostas plenamente de ti!
Até posso compreender os medos que te assolam e ler-te nos olhos os sonhos e aspirações. Posso encontrar as fracas razões que se escondem por detrás das tuas infundadas angústias. Posso captar as tristezas que calas e as memórias que nunca partilharás com ninguém. Mas jamais saberei entender porque é que, em vez de te amares, te toleras! Sim, eu sei: é frequente as pessoas gostarem pouco de si mesmas; é comum sentirem-se fracas, imperfeitas, inferiores.
Mas será isso normal? Será esse o rumo certo? É que do desamor por nós mesmos nascem grandes males: dá-se a catástrofe de vidas inteiras que se perdem em sequências de imperfeitos momentos. Porquê? Porque gostam tantas pessoas assim tão pouco de si? Será porque acham que não correspondem aos padrões estipulados? Porque se vêem desinteressantes?
Porque se crêem menores e menos capazes do que na verdade são? Porque foram ensinadas assim, talvez. Mas será assim tão importante obedecer a medidas e formatos, físicos e comportamentais? Haverá mesmo que buscar a beleza, a qualquer custo, a qualquer preço? Será mesmo crucial querer manter a juventude para sempre, nem que seja a toque de tinta, químicos e bisturi? Será que não entendes mesmo
ou que nunca pensaste nisto? A beleza e sensualidade de um corpo nunca vêm do corpo; elas nascem na aura de quem naturalmente se cuida, inteiramente se aceita e coerentemente se ama. O brilho da juventude não está na rijeza das carnes nem em faces engomadas; não está no topo do jogo nem na ausência de cãs; está nas auras daqueles que, sem nunca desistirem de se tentar melhorar, se aceitam numa sábia e global gargalhada.
24 de Agosto de 2018 | 5
REGIÃO
Festival do Marisco de Olhão continua a ser paragem obrigatória no Verão Maria Simiris / Henrique Dias Freire
mariasimiris.postal@gmail.com
O Festival de Marisco é já uma referência na cidade de Olhão há mais de 30 anos. A 33ª edição decorreu entre os passados dias 10 e 15 de Agosto, no palco passaram artistas como Agir, Pedro Abrunhosa, Ana Moura, Vanessa da Mata, Calema e Xutos e Pontapés. Este evento é já um certame gastronómico de referência no Algarve, com o número de visitantes a chegar aos 50 mil. Mariscadas, ostras, paellas, camarões, lagostins, sapateiras, entre outros, fizeram as delícias de todos os que por lá passaram com o objectivo de degustar o que de melhor o mar português e a Ria Formosa tem para oferecer. António Miguel Pina, presidente da autarquia de Olhão,
referiu que “mais uma vez, o Festival do Marisco saldou-se num êxito. É com imenso prazer que, ano após ano, recebemos de braços abertos as pessoas que nos visitam. Este ano a programação procurou ser o mais eclética possível, de forma a atrair um número diversificado de públicos”. Para além do famoso marisco e dos concertos, o Festival de Marisco tem ainda diversos espaços destinados aos mais variados públicos. O kids club, com pinturas faciais e actividades lúdicas, e o parque infantil, fizeram as delícias dos mais novos. Já para os adultos, a edição deste ano, e como já tem sido habitual, contaram com diversos stands, quiosques com caipirinhas e até doçaria regional. Para os mais gulosos, que gostam de terminar a refeição com uma boa sobremesa, os crepes e gelados
artesanais do senhor Armando Leal, são já um costume do evento desde 1990. “A edição deste ano correu há semelhança do ano passado, sendo que o número de pessoas é sempre maior consoante o artista principal da noite. Nós, o que vendemos mais foram os crepes acompanhados com gelado de chocolate ou baunilha”, afirma Armando ao POSTAL. O Clube Desportivo Marítimo Olhanense, um dos organizadores do festival, presidido por Fernanda Viegas, marca também presença no evento desde o seu início. Por lá, o mais vendido foi a mariscada, que junta sapateira, ostras e camarão. Para Fernanda, a edição de 2018 foi mais fraca e “nada teve a ver com os outros anos”, situação que pode ser justificada pelo facto do número de turistas
d.r.
ÔÔ A mariscada que junta sapateira, camarão e ostras, foi um dos pratos mais vendido no Algarve ter reduzido drasticamente. “As melhores noites foram as últimas duas, em que trabalhámos imenso, porque as três primeiras foram fracas”, explica Fernanda ao POSTAL. A presidente confessa ainda que o investimento em marisco
rondou os sete mil euros. Este evento, iniciativa da Câmara Municipal, é organizado pela Fesnima e tem como objectivos projectar a Ria Formosa, a cidade e o concelho de Olhão, bem como promover a sua economia e o turismo.
O que começou por ser um pequeno festival, na Avenida da República, organizado pelos dois clubes da cidade, Sporting Clube Olhanense e Marítimo Olhanense, é actualmente um dos grandes eventos gastronómicos e musicais do sul do país.
Festival F com novidades: copo reutilizável, área gaming, programa "Governo Sombra" e "Silent Party" d.r.
Maria Simiris / Henrique Dias Freire
mariasimiris.postal@gmail.com
ÔÔ A edição deste ano está focada em actividades para a família
A quinta edição do Festival F volta à capital entre o dia 30 de Agosto e 1 de Setembro. Para este ano, a organização apresenta diversas novidades: um copo reutilizável, actividades para toda a família, comida paleo, três Silent Party, gravação do programa “Governo Sombra” e uma área gaming. O cartaz já tinha sido anunciado, mas no passado dia 10 de Agosto a organização apresentou as inovações que farão do último Festival de Verão, um local obrigatório a visitar. Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, começou por afirmar que o F “é uma marca muito grande no concelho e, desde o ano passado, que estamos a organizar a edição de 2018. Este evento é muito mais do que um festival de música”. Paulo Gouveia, da Fagar, explicou que “a preocupação ambiental tem crescido e este ano vamos passar para algumas actividades e implementação
de algumas alterações no Festival”. A maior delas é a o copo ecológico, que será a única opção para todos os festivaleiros, de maneira a reduzir-se “a pegada ecológica”. No fim do evento, o copo pode ser levado para casa. “Queremos continuar, nos próximos anos, a cimentar esta preocupação”, finaliza o presidente do concelho de administração. Outra novidade, apresentada pela organização, são actividades para as famílias. Durante as horas de menos expediente, ou seja, entre as 18 e as 21 horas, serão promovidas diversas actividades para todas as faixas etárias. Workshops de hip hop, de beat box, de videomapping e de construção de instrumentos musicais são algumas das opções. Para além disso, o público mais novo pode usufruir de diversas peças de teatro. A organização fala em “oferta diversificada”. Já em relação à gastronomia, Sandra Ramos, presidente do concelho de administração da AmbiFaro, refere que “o F é também um festival de comida”. Nesta edição, o re-
cinto conta com 27 estruturas de street food, sendo que 11 provêm do Algarve. “Temos comida vegan, vegetariana, paleo, mexicana, croissants, gelados, crepes, entre outros. Recebemos imensas inscrições”, afirma Sandra Ramos.
“Experiências interactivas não vão faltar” A maior novidade deste ano é talvez a nova área que o F apresenta, a área gaming. Segundo o representante da empresa, MagicShot: “nós trabalhamos muito na área de videojogos, mas quebramos o paradigma de ser só gaming. Neste sentido, para o Festival, vamos trazer um palco com actividades artísticas, ou seja, trazemos a música, a dança e o humor para dentro dos vÍdeojogos. Para além disso, a Nintendo e a Playstation apresentam as mais recentes novidades de consolas e de jogos, dando a oportunidade a todos de os experimentarem”. A acrescentar a isto, irá existir também um espaço com realidade virtual, onde “expe-
riências interactivas” não irão faltar. A famosa Silent Party chega também ao último festival de Verão. A Praça Afonso III, chamar-se-á Praça Silent e em cada noite apresentará uma festa. Através dos auscultadores, que serão oferecidos à entrada, os festivaleiros podem “dançaR ao som da música que seleccionarem para o momento”, clarifica a organização. Por fim, mas não menos importante, o Festival F terá a presença do famoso programa “Governo Sombra”. Ricardo Araújo Pereira, Pedro Mexia e João Miguel Tavares irão gravar um programa dentro do Museu Municipal de Faro e todos os festivaleiros poderão fazer parte da plateia. Ainda segundo a organização: “são esperadas mais pessoas do que no ano anterior”. Ano esse que contou com cerca de 35 mil festivaleiros. Os bilhetes podem ser adquiridos nos locais habituais e a programação completa pode ser consultada através do site: https://www.festivalf.pt/pt/Default.aspx.
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REGIÃO
SunMoon Festival traz os melhores djs nacionais a Albufeira Fotos d.r.
Maria Simiris / Henrique Dias Freire
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Os festivais de Verão têm por hábito terminar no fim de Agosto, o SunMoon vem contrariar a tendência. O objectivo é assinalar o fim da estação mais quente do ano ao som de música house, misturada pelos melhores djs nacionais. A ideia partiu de Eliseu Correia, um dos djs que integra o grupo Bubba Brothers. “O Algarve só tem um verdadeiro acontecimento internacional, que tem muito mérito e que já acontece há diversos anos, a
Concentração de Motos. Não há mais nenhum evento que faça tanto e que traga tanta gente, nacional e internacionalmente como a Concentração. O Algarve precisa urgentemente de ter outros eventos, no início e no fim da época balnear, que possam servir de âncora a períodos de maior sazonalidade. Precisamos de um grande evento em Junho e de um grande evento em Setembro”. Foi neste mote que o dj algarvio decidiu organizar o SunMoon Festival, que irá decorrer na discoteca Le Club, em Albufeira, no dia 22 de Setembro. Com
início às 19 horas, o sunset prolonga-se até à meia noite. Logo depois, o moonset, já no dia 23 de Setembro, termina pelas 7 horas da manhã. Segundo Eliseu Correia, os melhores djs nacionais já confirmaram presença: Pete tha Zouk, Dj Ride, Moullinex, Friday Boys (Sérgio Coimbra e Pedro Simões), Mikas e, claro, os Bubba Brothers. “A primeira edição do festival é um tubo de ensaio, não sei como o mercado vai responder, mas faltava-nos um grande evento de fim de Verão e eu gostava que fosse este”, afirma
o dj ao POSTAL. Ainda segundo o mesmo, o objectivo do SunMoon não é o de ser um festival massificado: “só vão haver mil bilhetes, isto porque o meu objectivo é que o espaço não esteja sobrelotado, quero que se consiga chegar ao bar sem qualquer problema e quero que as pessoas consigam dançar e divertir-se à vontade”. Eliseu Correia explica também que o festival é de cariz itinerante, ou seja, pode migrar de locais, o que não irá mudar é o conceito. “Sei que há centenas de festivais, e acho bem que assim seja porque a animação com qualidade só enriquece. Não sei se há espaço para o SunMoon, mas não gosto de projectos na gaveta, por isso achei que fazia sentido”, confessa o Bubba Brother. Quanto a expectativas para o futuro, estas parecem estar bem elevadas: “Esta é uma indústria que atrai muita gente e acho que as pessoas ainda não têm consciência disso. Acredito que se as coisas correrem bem,
daqui a três ou cinco anos teremos uma coisa para atrair grandes nomes da música de dança internacional e inclusive vendermos nos mercados internacionais. O Algarve precisa de uma coisa destas”.
“Nós começámos a tocar porque eu cansei-me de ir aos sítios e ouvir djs com sets gravados. Nós podemos ter um alinhamento mas tudo é executado e ajustado com o público que temos. Não levamos pens gra-
ÔÔ Bubba Brothers actuarão no Le Club dia 22 de Setembro Este festival é ainda mais especial para Eliseu Correia, uma vez que ele próprio, com o seu grupo Bubba Brothers, irá tocar e fazer as delícias de todos os que estiverem presentes no Le Club. O grupo comemora quatro anos em Setembro e até já actuou em Londres.
vadas, misturamos ao vivo. Umas vezes sai melhor, outras pior, mas tudo o que passamos é feito na altura. Quem gosta de nós é por saber que somos genuínos. Temos o nosso público e sei que ainda estamos muito longe do sítio onde queremos chegar”, enaltece o dj. pub
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REGIÃO
Tavira volta a acolher a Feira da Dieta Mediterrânica
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ÔÔ O principal objevtivo da Feira é transmitir os valores da dieta mediterrânica às actuais e futuras gerações Maria Simiris / Henrique Dias Freire
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Foi em Setembro de 2013 que nasceu a primeira Feira da Dieta Mediterrânica, na cidade de Tavira. Em Dezembro desse mesmo ano, a Dieta Mediterrânica foi inscrita como Património Cultural Imaterial da Humanidade, em Baku, capital do Azerbaijão. Cinco anos depois, e com a Feira da Dieta Mediterrânica inserida no Plano de Salvaguarda aprovado pela UNESCO, a cidade de Tavira volta a ser palco da sua sexta edição. Entre os dias 6 e 9 de Setembro, o centro histórico da cidade e as
margens do Rio Gilão enchem-se de produtos locais e gastronomia, actividades representativas do melhor que a Dieta Mediterrânica tem para oferecer, sem esquecer a sensibilização para a sustentabilidade ambiental e estilos de vida saudáveis. Jorge Queiroz, responsável técnico pelo processo da candidatura da Dieta Mediterrânica a Património Cultural Imaterial da Humanidade, falou com o POSTAL e explicou quais os objectivos da Feira, as expectativas para o futuro da mesma e, como é que esta se irá desenrolar. “O principal objectivo da Feira é transmitir os valores da die-
ta mediterrânica às actuais e futuras gerações”, explica Jorge Queiroz. Valores esses que passam por competências, conhecimentos, patrimónios, práticas e convivialidades relacionadas com o estilo de vida e alimentação humana, que vão da terra à mesa, abarcando as culturas e celebrações, as colheitas e a pesca. Mas que também passam pela conservação, transformação e preparação dos alimentos e, em particular, o consumo de produtos frescos da época e produzidos localmente. Deste modo, produtos como o azeite da oliveira, cereais, frutas, verduras, peixe, vinho e infusões
não irão faltar na Feira. O programa ainda não foi revelado, contudo, a organização mostrou que para além da gastronomia, o público pode encontrar múltiplas actividades. Aconselhamento de saúde e nutrição, artes e espectáculos, exposições, espaço para brincar e animação infanto-juvenil, feira institucional e mercado de produtores e artesãos, restauração na Praça da Convivialidade, são já certezas durante os quatro dias de Feira. Para além disso, Jorge Queiroz acrescenta: “o público pode encontrar produtos genuínos, frescos e de qualidade; muita música erudita e popular;
poesia; fado; espectáculos internacionais; espaço para crianças e 130 stands institucionais e de produtores”. Quanto à importância da inscrição pela UNESCO e desta Feira na região algarvia, Jorge Queiroz é claro: “este evento significa imenso na afirmação cultural da região, instituições do Algarve estão representadas e participam no programa, como são os casos da Câmara de Tavira, CCDR Algarve, UAlg, Direcção Regional de Cultura, Região de Turismo do Algarve, Direcção Regional de Agricultura, in Loco, Escola de Hotelaria e Turismo de Faro, Fundação Portuguesa de
Cardiologia, Ordem dos Nutricionistas e Associação dos Dietistas, e Direcção Regional de Saúde, entre outras”. Já em relação ao futuro, Jorge Queiroz afirma que “a Feira está em evolução e há perspectivas muito boas para o futuro”. Recorde-se que a Feira da Dieta Mediterrânica é uma das actividades inseridas no Plano de Salvaguarda aprovado pela UNESCO, o qual envolve sete países (Portugal, Espanha, Itália, Croácia, Chipre, Marrocos e Grécia), onde cada um deles promove diversas actividades e acções relacionadas com a preservação e valorização.
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REGIÃO
Muxa Gata, a gelataria de Tavira com mais de 80 sabores de autor Foto postal
Maria Simiris / Henrique Dias Freire
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O quiosque de gelados Muxa Gata não deixa ninguém indiferente em Tavira. Quem passeia pelo centro da cidade, bem perto da ponte militar que atravessa o Rio Gilão, depara-se rapidamente com a fila de pessoas que esperam ansiosamente por saborear um gelado. Desde 1981 sediado naquele local, o quiosque é um negócio de família que atrai pessoas de todo o Algarve à baixa de Tavira. Jorge Muxa Gata, o proprietário, contou ao POS-
TAL que foi o pai que começou por pôr as mãos à obra. Actualmente, é Jorge e a mulher Neuza Muxa Gata que tomam conta do negócio. A principal diferença desta gelataria é, em primeiro lugar, o facto de todos os gelados serem de fabrico próprio e, em segundo, a criatividade de Jorge. O proprietário é já conhecido pelas invenções e combinações improváveis de gelados, que resultam em sabores fabulosos. Pão com tulicreme; queijo brie com doce de tomate; alfarroba, medronho e amêndoa; torta de laranja; chocolate, laranja e pimenta rosa; caramelo com
flor de sal; e iogurte grego com lima são algumas das opções no quiosque. Algumas, porque o Mutxa Gata tem mais de 83 sabores criados, sendo que 34 estão fixas diariamente e vão-se alterando consoante o seu consumo. Segundo Jorge “o segredo é ir experimentando e fazendo várias experiências. Normalmente corre sempre bem porque o cliente pede mais. O único que não correu bem foi o gelado de chá verde, que não voltei a fazer”. Para além dos sabores diversificados, o quiosque apresenta ainda diversas opções sem glúten, sem lactose, com bolacha,
em pauzinho, e os tradicionais em cone ou em copo. Há ainda gelado sem açúcar, apenas com stevia. Como a prioridade do negócio da família Muxa Gata são os clientes, Jorge faz questão de todos os anos viajar até Itália para a maior feira de gelados do mundo. “O meu pai já ia e eu vou para aprender novas técnicas, porque o nosso objectivo é sempre o de fazer melhor para os nossos clientes”, explica o proprietário. Já para a Dieta Mediterrânea, que decorre em Tavira, Jorge promete que novidades não vão faltar: “já fizemos gelado
ÔÔ O gelado mais vendido é o de Dom Rodrigo de pão com azeitonas, alfarroba com figo ou mel com nozes. Este ano não sei o que vai ser
mas a ideia é juntar os sabores saudáveis da região e criar um gelado. pub
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REGIÃO
Tradição do Banho Santo volta à Praia da Manta Rota
d.r.
d.r.
ÔÔ Evento atrai centenas de curiosos até à Manta Rota
ÔÔ Turistas de vários países partilharam a Praia da Rocha mais de 62 mil vezes nas redes sociais
Praia da Rocha é “Rainha absoluta do Instagram em Portugal” A Praia da Rocha é, em Portugal, a campeã absoluta dos “hashtags” no Instagram, rede social de partilha de fotos por excelência e que já se tornou no grande barómetro da popularidade dos destinos. Uma das mais famosas do Algarve, a Praia da Rocha merece o título de “rainha absoluta do Instagram em Portugal” como lhe chama o Holidu, que destaca ainda as suas “rochas que parecem esculpidas por artistas” e que levaram turistas de vários países a partilhar a praia mais de 62 mil vezes na rede social. As dez praias portuguesas mais populares no Instagram estão
localizadas sobretudo no Algarve, mas a lista também inclui o Portinho da Arrábida, a Fonte da Telha ou a Praia do Guincho. O Top 10 das Praias em Portugal e no mundo que estão a ser este Verão mais partilhadas no Instagram foi elaborado pela Holidu, motor de buscas global para alojamentos de férias com sede em Munique. Os rankings foram feitos com base no número de “hashtags” utilizados no Instagram para o nome de uma praia e a partir de dados recolhidos entre Julho e Agosto de 2018 (www.holidu.pt). Segundo a Holidu, o Instagram já se tornou “tão popular que
define hábitos de consumo e actualmente muitas pessoas, principalmente “millennials”, escolhem o destino de viagem com base no quão “instagramável o lugar é”. A organização sublinha o papel crescente do smartphone para registar momentos de férias e depois postar nas redes sociais, sobretudo no Instagram, quando antigamente essas fotos costumavam acabar no álbum de família”. “A instagramabilidade de um lugar tornou-se um dos critérios mais importantes para as gerações Y e Z ao escolher um destino de viagem”, salienta Fernando Esteves, porta-voz da Holidu. “Ao reservar uma
viagem online é comum verificar fotos não apenas do destino de férias em si, mas de acomodações, bares e cafés que são partilhados aos milhares todos os dias no Instagram. A rede social é tão influente que já deu a algumas regiões um enorme impulso graças às fotos que são partilhadas”. De referir que a Praia da Rocha foi a primeira estância balnear da região a ser distinguida com o Prémio Cinco Estrelas – Portugal 2018, tendo sido eleita no mês de Junho do corrente ano como “um ícone regional, de referência nacional” e considerado de “excelência” pelos portugueses.
As festas de Verão em honra de São João da Degola regressam à Praia da Manta Rota com um vasto programa de animação que inclui concertos, bailes e fogo-de-artifício. O ponto alto das comemorações acontece a 29 de Agosto, às 11 horas, com o “Banho Santo”, em pleno areal da Manta Rota. O célebre banho de mar é um encontro que se realiza anualmente a 29 de Agosto, assinalando a data em que, segundo a história, São João Baptista foi degolado. Em anos idos, este era o dia em que as gentes da serra algarvia se deslocavam até à praia, acompanhadas pelos animais de carga, para tomar um banho de mar que se acreditava ser "santo" e capaz de curar todos os males. No final do ritual, a celebração era rematada com um piquenique. Para manter viva a tradição, a associação "A Manta" e a Câmara vila-realense apostam, mais um ano, na recriação histórica do evento, atraindo centenas de curiosos até à Manta Rota
para ver como as coisas se passavam noutros tempos.
Uma semana de concertos e animação As festividades integram ainda uma série de concertos e bailes, sempre a partir das 21.30 horas, no largo do antigo casino, por onde vão passar, ao longo de uma semana, várias bandas e artistas. No dia 26 de Agosto, o cartaz integra uma corrida e marcha solidária, às 9.30 horas. A 29 de Agosto, dia de São João Batista, além do Banho Santo, às 11 horas, há procissão e missa ao ar livre em honra de São João Batista. Mais tarde, às 22 horas, tem início o serão musical, a que se segue, à meia-noite, um espectáculo de fogo de artifício na frente mar. As festas em honra de São João da Degola são organizadas pela associação “A Manta” e têm o apoio da Câmara de Vila Real de Santo António, da Junta de Freguesia de Vila Nova de Cacela e de outras entidades e empresas locais.
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“Os comboios do Algarve estão no estado em que está o país” Foto maria simiris
autocarro para nos vir buscar. Quando o autocarro chegou, não havia espaço para todos. Os que iam viajar tiveram prioridade, eu ia para o trabalho, por isso tive de esperar que arranjassem o comboio”. Dentro do comboio, as condições também não são as melhores, segundo o colombiano: “o ar condicionado funciona às vezes. No Inverno a carruagem pode estar gelada e no Verão nem se aguenta. Mais do que uma hora nestes comboios é demais”. ÔÔ O apeadeiro da Conceição de Tavira não possui casa-de-banho, sala de espera ou balcão de informação Maria Simiris / Henrique Dias Freire
mariasimiris.postal@gmail.com
Passam 20 minutos das 15 horas e o POSTAL, a convite da Deco, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, deslocou-se ao apeadeiro da Conceição de Tavira, perto da Praia de Cabanas, com o objectivo de perceber as condições em que os passageiros do Algarve viajam. À primeira vista deparamo-nos com um apeadeiro ao abandono, com dois bancos degradados, desprovido de casas-de-banho ou de balcão de atendimento, rodeado de lixo. Maria Clara Garcia é a primeira a chegar à estação. Vem do trabalho e espera o comboio das 15:59 para se deslocar a Tavira. A algarvia conta ao POSTAL que no dia anterior o comboio atrasou-se 15 minutos, o que a fez perder uma consulta. “Acontece inúmeras vezes. Depois, aqui não há altifalante nem balcão de infor-
mação, logo a única alternativa é ligar para o número de apoio da CP. A chamada é paga e nunca me dão respostas. Tive de desistir de telefonar”, afirma. “Eu tenho de estar às 16:30 horas em Tavira, muitas vezes não consigo. Até já aconteceu ter de ir a pé. É um caminho que leva uma hora”, acrescenta Maria Clara. Porém, o maior problema, segundo a mesma, não são os atrasos dos comboios. O maior problema está dentro do apeadeiro. No pequeno espaço lateral do edifício, que à primeira vista parece abandonado, habita um senhor. Nesse anexo não existe casa-de-banho e no apeadeiro também não, escusado será dizer que as opções que sobram são escassas. Maria Clara queixa-se que o cheiro que muitas vezes se sente no local “é nauseabundo”. Williy chegou no comboio que veio de Faro. É da Bélgica e está por pouco tempo no Algarve. Confirmou ao POSTAL que os comboios do seu país são diferentes. “Aqui eles atrasam-se
sempre. Hoje chegou a horas, na segunda-feira foram 45 minutos depois. Para quem está de férias é aborrecido, mas suporta-se. Não consigo imaginar quem vive aqui”. José Silva encontra-se sentado no banco, é um homem de poucas palavras, mas deixou escapar ao POSTAL que: “o estado destes comboios é igual ao estado em que está o país”. Também sentado no banco encontra-se o colombiano Ernesto Calderón. Habita em Vila Real de Santo António e trabalha em Faro. Apanha o comboio todos os dias. Apesar de no seu país natal não existirem comboios, a sua opinião sobre os algarvios não podia ser mais negativa. “Já me aconteceu de tudo. Já aconteceu o comboio não aparecer, atrasar-se ou até ficar parado no meio do caminho. Nunca sabemos com o que podemos contar. Já cheguei atrasado ao trabalho”. A sua pior experiência aconteceu em Olhão: “o comboio parou, não sei porquê e tivemos de esperar que viesse um pub
“A Paragem da Vizinha é Melhor que a Minha” Em 2016 surge a primeira campanha nacional da Deco relacionada com os transportes públicos, “Queixa dos Transportes”. Esta campanha veio originar uma plataforma online, ainda existente, onde para além de uma carta com os direitos dos passageiros, se encontra um formulário para se apresentar qualquer queixa
relacionada com os transportes públicos. No ano seguinte, a associação contabilizou 205 queixas. Este ano, e até ao dia 12 de Agosto, o número encontra-se nos 114. Tânia Neves, jurista da Deco da delegação regional do Algarve, explica ao POSTAL que desde que criaram a plataforma as queixas têm vindo a aumentar: “a Legislação que existe sobre os transportes é dispersa e temos a ideia de que os próprios passageiros não têm noção de quais são os seu direitos e talvez por isso não apresentavam reclamações. Desde aí notámos que as reclamações nos transportes aumentaram. Ficámos satisfeitos por isso e realmente fez a diferença”. Seguindo o mesmo mote, a Deco do Algarve traz para a região a campanha “Faça Greve ao seu Carro, estes Transportes não nos servem”, no ano de 2017. “Denunciámos os horários, as condições do material circulante, os preços,
os tarifários desadequados e reivindicámos junto das autoridades competentes, pelas alterações que entendíamos ser convenientes”, esclarece a jurista. E como a rede não se fica apenas pelos meios de transporte, também as suas infra-estruturas, nomeadamente apeadeiros, paragens ou estações, são alvo de críticas pelos passageiros no Algarve. Neste sentido, a Deco Algarve cria a campanha “A Paragem da Vizinha é Melhor que a Minha”. Tânia Neves explica o objectivo da mesma: “o nosso projecto pretende alertar para a necessidade de reabilitar a rede de infra-estruturas de apoio aos transportes públicos na região e por isso continuamos a apelar à contribuição dos consumidores que podem apresentar as suas reclamações, sugestões, experiências, na plataforma online. Isto, para que nós possamos da melhor forma reivindicar os seus direitos que já estão consagrados e até para exigir melhorias no sector”. pun
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REGIÃO
Navio Escola Sagres visita Faro
d.r.
d.r.
Ambiolhão promove campanha contra ratos e baratas A empresa municipal Ambiolhão promove em Agosto e Setembro mais uma campanha de desinfestação geral contra ratos e baratas. Os trabalhos estendem-se a todo o concelho, tiveram início no dia 20 de Agosto e decorrem até 13 de Setembro. As acções de desratização e desbaratização incidirão principalmente sobre a rede de colectores públicos e locais de deposição de resíduos urbanos. A Ambiolhão apenas efectua a desinfestação das áreas públicas,
não podendo intervir em áreas de domínio privado, como lotes em construção, casas devolutas, ou terrenos particulares. “No caso das intervenções contra ratos, e dada a toxicidade dos iscos, não é possível a aplicação dos mesmos sobre o terreno. Os iscos são aplicados apenas no interior das redes de esgoto, para evitar que ocorram acidentes com crianças ou animais domésticos”, explica a Ambiolhão em comunicado de imprensa. Recorde-se, que os ratos são
Rotary Clube Tavira angaria fundos para prevenir hepatite O Rotary Clube Tavira, associação sem fins lucrativos, vai realizar uma noite solidária, Hepatite Zero – Projecto Mundial de Erradicação, esta sexta-feira, 24 de Agosto. O evento contará com um jantar no Benamor Golf, em Tavira, com início às 20 horas e com um custo de 30 euros. Trata-se de uma iniciativa
solidária, cuja angariação de fundos reverterá para a prevenção, despistagem e erradicação mundial da hepatite. Para mais informações ou reservas, os interessados devem contactar a organização do evento, através dos telemóveis 917 253 078 e 965 535 931, ou do e-mail: presidente@rct.pt.
um problema sobretudo nas cidades, onde encontram as melhores condições para se alimentarem e reproduzirem. Acarretam riscos para a segurança alimentar e a saúde pública. As baratas são uma das pragas mais comuns. Portadoras de salmonelas e outras doenças, representam um risco para a saúde. O controlo e prevenção destas pragas é importante, pois representa uma medida fundamental para a prevenção da saúde pública.
d.r.
ÔÔ Sagres é o navio mais condecorado da Marinha Portuguesa O Navio Escola Sagres vai estar no Cais Comercial de Faro, entre 5 e 8 de Setembro, naquele que será um momento histórico para o Município, pois será a primeira visita deste navio ao concelho. Numa organização da Marinha Portuguesa em conjunto com o Município de Faro, este evento contará com o apoio da Administração dos Portos de Sines e do Algarve S.A., Turismo de Portugal - Região de Turismo do Algarve, Fagar, PSP e Ginásio Clube Naval de Faro e estará inserido nas comemorações do Dia da Cidade de Faro, que se celebra no dia 7 de Setembro. Presente também no Cais Comercial de Faro e nas comemorações do Dia do Município, a 7 de Setembro, estará a Caravela da Boa Esperança, uma réplica das embarcações utilizadas pelos
descobridores portugueses no século XV, propriedade da Região de Turismo do Algarve e uma lancha de fiscalização rápida da Marinha. Com uma história riquíssima, o Sagres é o navio mais condecorado da Marinha Portuguesa – Ordem do Infante D. Henrique (1985), Medalha Naval Vasco da Gama (2007), Ordem Militar de Cristo (2012) – ostentando também diversas condecorações internacionais como a Medalha de Mérito Tamandaré (Brasil, 2016) e a Estrela de Honra de 1.ª Classe (Cabo Verde, 2016), tendo sido ainda distinguido pela Associação Comercial do Rio de Janeiro com a Medalha Visconde de Mauá (2017). Mais informações sobre o navio estão disponíveis em sagres.marinha.pt. A possibilidade de visitar este ex-libris da Marinha Portu-
guesa e símbolo de Portugal, fará com certeza a delícia de todos os que se deslocarem ao Cais Comercial de Faro nos dias 5, 6 e 7 de Setembro, período onde também irão ser dinamizadas várias actividades ligadas à náutica, como regatas ou baptismos de mar. Haverá ainda um programa de animação que será divulgado oportunamente, no quadro das comemorações do Dia do Município. A autarquia encara esta visita “como um sinal de reconhecimento do esforço que o concelho tem empreendido no sentido de se reaproximar e abraçar a sua vertente marítima, a partir das actividades e potencialidades existentes, de forma a criar uma nova dinâmica científica, turística e económica centrada nos seus recursos marinhos”.
Alcoutim acolhe Centro de Competências na Luta contra a Desertificação
O CCDesert procura soluções mais ajustadas às necessidades dos territórios D.R.
Este caderno faz parte integrante da edição n.º 1208 de 24 de Agosto de 2018, do jornal Postal do Algarve e não pode ser vendido separadamente
Protocolo foi assinado pelo Governo, Câmara de Alcoutim e mais 35 instituições O MUNICÍPIO DE ALCOUTIM, EM PARCERIA COM O GOVERNO E MAIS 35 INSTITUIÇÕES, ENTRE UNIVERSIDADES, MUNICÍPIOS, EMPRESAS, ORGANISMOS PÚBLICOS E ASSOCIAÇÕES DE PRODUTORES E DE DESENVOLVIMENTO LOCAL, ASSINARAM O PROTOCOLO DE CRIAÇÃO DO CENTRO DE COMPETÊNCIAS NA LUTA CONTRA A DESERTIFICAÇÃO (CCDESERT), NO PASSADO DIA 19 DE JULHO. O OBJECTIVO DO MESMO É ESTUDAR, PROCURAR SOLUÇÕES E “CONTRIBUIR PARA O SUCESSO” DO PROGRAMA NACIONAL DE COMBATE A FENÓMENOS DE DESERTIFICAÇÃO. O CCDesert, com sede em Alcoutim, será um fórum de partilha e articulação de conhecimentos, que ligará agentes de investigação, formação,
capacitação, divulgação e transferência de conhecimentos entre agentes económicos e organismos da administração pública relevantes. O propósito é o de potenciar a sua cooperação, tanto a nível nacional, como internacional, assumindo competências de âmbito nacional. A missão deste Centro é a de promover o desenvolvimento e sustentabilidade do combate à desertificação, pela via do reforço da investigação, formação, capacitação, promoção, inovação, e divulgação do conhecimento. O CCDesert terá como órgãos de gestão uma direcção, uma assembleia-geral e um conselho consultivo. Já os recursos financeiros, humanos e materiais, serão afectos pelos membros e pelo Município de Alcoutim, que enquanto anfitrião, assegurará o apoio logístico e administrativo. A actividade do Centro irá começar
com a primeira reunião de assembleia-geral, de maneira a eleger-se a mesa e a direcção. Esta, será convocada pelo presidente da Autarquia, após a homologação do protocolo. Osvaldo Gonçalves, presidente da Câmara Municipal, congratula-se pelo facto de o CCDesert ficar sediado em Alcoutim, o que é, simultaneamente, reflexo de um sentimento de confiança e de responsabilidade. Esta parceria, de carácter nacional, reuniu em torno de um objectivo comum, não só “medidas e planos de acções que combatam a desertificação e o despovoamento”, como também um vasto e multidisciplinar conjunto de entidades e personalidades. Neste sentido, esta ligação permite uma ampla visão na abordagem desta problemática e uma procura de soluções mais ajustadas às reais necessidades do território.
Financiamento aprovado para a ETAR de Montes do Rio
Medida melhora a qualidade da vida da população
dando origem à sua aprovação. Deste modo, o Fundo de Coesão do Programa Operacional financia até 85% a estação de tratamentos de águas residuais de Montes do Rio, cujo valor elegível ascende a 190 mil e 10 euros. Esta ETAR visa então o tratamento das águas residuais produzidas pelas povoações de Montinho das Laranjeiras, Laranjeiras, Guerreiros do Rio, Álamo e Cortes da Donas. Tem como objectivo contribuir para a melhoria da qualidade da água a rejeitar para o Rio Guadiana, melhorando a qualidade da massa de água do mesmo. Para o presidente da autarquia, “esta Osvaldo Gonçalves, presidente da ETAR significa uma melhoria e um Câmara Municipal de Alcoutim, exreforço das condições de vida das plicou que a candidatura demorou pessoas. Significa o completar de um mais tempo devido à boa qualidade ciclo na malha urbana ribeirinha, tão D.R. da água do Rio Guadiaimportantes que são os na. “Um dos critérios Montes do Rio”. da candidatura e que Ainda segundo o mesmo, naquela zona o determinou o chumbo saneamento já existe, da mesma no ano passado, tem a ver com a ficando apenas a faltar qualidade da água do o término das obras Rio Guadiana. Se a quali“com a conclusão em dade da água tivesse um linha de ponta de uma índice inferior a bom, a ETAR”. Osvaldo Gonçalves acrescenta que candidatura seria aprovada, se tivesse um ETAR em construção “a autarquia tinha garantido a execução da índice de Bom ou Muito obra sem financiamento comunitário, Bom seria reprovada. Nós, felizmente, temos um Rio Guadiana que tem a atribuição do mesmo repõe a justiça”. uma água de índice Bom, fazendo Por fim, o presidente da Câmara com que a candidatura fosse reproMunicipal, afirma que a ETAR já se vada nessa altura por isso mesmo”. encontra em construção, estando Já na segunda candidatura, esse criconcluída, no “prazo máximo de seis tério não foi tido em linha de conta, meses”.
A CÂMARA MUNICIPAL DE ALCOUTIM DESDE HÁ CERCA DE NOVE ANOS QUE TINHA NOS SEUS PLANOS CONSTRUIR UMA ETAR EM MONTES DO RIO. POSTERIORMENTE, GARANTIU QUE A MESMA SERIA CONSTRUÍDA SEM FINANCIAMENTO COMUNITÁRIO. COM A APROVAÇÃO DA SEGUNDA CANDIDATURA DA AUTARQUIA AO PROGRAMA OPERACIONAL SUSTENTABILIDADE E EFICIÊNCIA NO USO DOS RECURSOS, ESSA MESMA PROMESSA FICOU CUMPRIDA.
Empreitada de execução de Condutas de Ligação entre o Sistema em Alta e em Baixa avança a bom ritmo
A qualidade da água de abastecimento terá uma melhoria significativa A EMPREITADA DE EXECUÇÃO DE CONDUTAS DE LIGAÇÃO ENTRE O SISTEMA EM ALTA E EM BAIXA NO CONCELHO JÁ SE ENCONTRA EM EXECUÇÃO. TRATA-SE DA CONSTRUÇÃO DE CINCO CONDUTAS DE LIGAÇÃO ENTRE O SISTEMA MULTIMUNICIPAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
DO ALGARVE E AS REDES DE DISTRIBUIÇÃO EM BAIXA, NOMEADAMENTE NAS LOCALIDADES MAIS PRÓXIMAS DOS PONTOS DE ENTREGA, ONDE SE TORNA TÉCNICA E ECONOMICAMENTE VIÁVEL. FALAMOS DE FONTE ZAMBUJO, ALCARIA ALTA, TACÕES, PÃO DURO, CASTELHANOS E LABORATO.
A intervenção permite, em primeiro lugar, estender o serviço a povoações ainda não abastecidas de influência do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água do Algarve e, em segundo, alterar as origens da água, de forma a evitar a sobre-exploração de lençóis de água subterrânea. Para além disso, permite ainda, a melhoria significativa da qualidade da água
de abastecimento, integrando vários sistemas num único subsistema, com uma origem de água comum. Com esta empreitada pretende-se, não só optimizar a utilização da capacidade instalada no sistema em alta, como também aumentar a adesão ao serviço, com a melhoria significativa da qualidade da água de abastecimento.
Esta é uma intervenção financiada pelo fundo de coesão no âmbito do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, com um preço base de 434 mil e 850 euros, acrescidos de IVA à taxa legal, em vigor. O contrato aguarda agora o visto do Tribunal de Contas, sendo que os trabalhos têm um prazo de execução de oito meses.
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Grupo Desportivo de Alcoutim conta com vários campeões regionais e nacionais Joana Ramos em provas de apuramento para a participação no Mundial da Polónia em Setembro
As atletas vencedoras Beatriz Ribeiros e Joana Ramos
O GRUPO DESPORTIVO DE ALCOUTIM TEVE UMA ÉPOCA BRILHANTE E VÁRIOS DOS SEUS ATLETAS SUBIRAM AO PÓDIO COM A MEDALHA DE OURO AO PESCOÇO. JOANA RAMOS, EDGAR RODRIGUES E JOÃO GONÇALVES SAGRARAM-SE CAMPEÕES REGIONAIS DE ESPERANÇAS. JOANA RAMOS, BEATRIZ RIBEIROS, BÁRBARA TEIXEIRA, LUÍS SIMÃO, JOÃO SIMÃO, PEDRO FERNANDES, CARLOS CRUZ E CARMEN GARRIDO SÃO OS CAMPEÕES REGIONAIS MARATONA. JÁ JORGE RODRIGUES, ÂNGELO PALMA, JOANA RAMOS, LUÍS SIMÃO, JOÃO SIMÃO, PEDRO FERNANDES E CARLOS CRUZ
SÃO OS VENCEDORES REGIONAIS FUNDO. A nível nacional, na última etapa do Campeonato de Esperanças, Joana Ramos e Beatriz Ribeiros ganharam o título mais alto, na especialidade de k2 Cadete Feminino. As duas jovens vencedoras, de 15 anos, entraram cedo para a canoagem. Beatriz estava ainda no terceiro ano da escola e Joana tinha apenas seis anos. A primeira confessou que este não foi o único título conseguido. Em 2014 já se tinha sagrado campeã. Para esta jovem, a canoagem “é um desporto diferente” e o prémio é merecido, uma vez que “trabalhámos muito para isso”. Já Joana Ramos afirma que vê a canoagem no seu futuro.
Talvez seja um desporto enraizado na família, uma vez que tanto o irmão como a prima o praticaram. Apesar de a jovem campeã já ter vencido outras provas nacionais, um pouco por todo o país, Joana afirma que esta vitória “foi um orgulho e uma prova que o esforço acaba por ser recompensado”. Para além desta prova, Joana Ramos conquistou ainda o título de Vice-campeã Nacional, na categoria K1 500 metros Cadetes. Esta jovem participou também no estágio da selecção nacional, tendo mesmo agendado, para o final do mês, uma prova selectiva. Nesta, serão apurados os melhores atletas para representar Portugal na Polónia, em Setembro, no “Olimpic Hopes”, o equivalente ao Mundial nestas idades.
Praia Fluvial do Pego Fundo mantém a Bandeira de Praia Acessível
A praia cumpre todos os requisitos necessários em termos de acessibilidade e mobilidade condicionada O GALARDÃO “PRAIA ACESSÍVEL - PRAIA PARA TODOS” FOI ENTREGUE À PRAIA FLUVIAL DO PEGO FUNDO NO PASSADO DIA 27 DE JUNHO. JOSÉ GALRITO, VEREADOR COM O PELOURO DO AMBIENTE, PAULO PAULINO, VICE-PRESIDENTE DA AUTARQUIA, E ÉLIA CABRITA, REPRESENTANTE DA AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, MARCARAM PRESENÇA NO HASTEAR DA BANDEIRA.
Em 2004 foi criado o Programa Praia Acessível - Praia para Todos e, logo no ano seguinte, atribuiu o galardão à Praia Fluvial de Alcoutim. Neste sentido, desde 2005 que a Praia do Pego Fundo recebe a distinção, comprovando-se que dispõe desde essa data todos os meios necessários para que as pessoas com mobilidade condicionada possam também usufruir, em pleno, dos prazeres balneares. Esta é uma distinção atribuída, exclusivamente, a zonas balneares, marítimas e fluviais, que cumpram com
os requisitos necessários em termos de acessibilidade e mobilidade condicionada. A Praia Fluvial de Alcoutim tem à disposição: lugares de estacionamento ordenado e gratuito; acesso pedonal; rampa de acesso ao areal; passadeira no areal; acesso a instalações sanitárias adaptadas e meios auxiliares de banho; acesso ao posto de socorros; nadadores-salvadores sensibilizados e preparados para auxiliar os utentes com mobilidade condicionada nas suas dificuldades e necessidades.
São estas as condições que fizeram com que a Praia do Pego Fundo, fosse novamente galardoada. O Município de Alcoutim orgulha-se de promover práticas que melhoram as condições de desfrute da praia fluvial por parte dos frequentadores. Prova disso é que todas as pessoas, incluindo as que possuem mobilidade reduzida, têm à disposição: vestiários; duches; bebedouros; bar; zonas sombreadas; actividades lúdicas e informação disponibilizada.
Evento transfronteiriço “Noite de Fado e Flamenco” anima Sanlúcar de Guadiana Vila espanhola recebeu diversos artistas
2 AGO 2017
SEGUINDO A TRADIÇÃO, A “NOITE DE FADO E FLAMENCO” REGRESSOU A ALCOUTIM E A SANLÚCAR DE GUADIANA. NO PASSADO DIA 14 DE JULHO FOI A VEZ DA VILA ESPANHOLA RECEBER DIVERSOS ARTISTAS.
Manuel de la Chana, acompanhado à guitarra por Ildefonso Yañez e João Menguiano, na precursão com Juan Menguiano e no violoncelo com Marcelo, animaram a noite de todos os que por lá passaram. Por outro lado, de Portugal, Isa Brito e Hélder Coelho representaram o fado, acompanhados
D.R.
Desde 2005 que a praia recebe esta distinção D.R.
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por Jorge Franco na guitarra portuguesa e Aníbal Vinhas, na viola clássica. Recorde-se que a “Noite de Fado e Flamenco” é um evento transfronteiriço que decorre todos os anos, alternando a sua localização. Conta com a organização do Município de Alcoutim e o Ayuntamiento de Sanlúcar.
Evento alterna todos os anos a sua localização
Município de Alcoutim cria habitações para fixar jovens Serão implementados 26 lotes habitacionais em Martim Longo O MUNICÍPIO DE ALCOUTIM AVANÇA COM UM LOTEAMENTO HABITACIONAL NA ALDEIA DE MARTIM LONGO. O PROJECTO DE EXECUÇÃO FOI APROVADO NO PASSADO MÊS DE JUNHO, DIA 27, EM REUNIÃO DE EXECUTIVO. O LOTEAMENTO ESTARÁ INSERIDO NUMA ZONA HABITACIONAL, A NORTE DO NÚCLEO URBANO, JUNTO À ESCOLA BÁSICA, AO PAVILHÃO DESPORTIVO E À PISCINA MUNICIPAL. O TERRENO A INTERVENCIONAR CONTA COM UMA ÁREA TOTAL DE 20 MIL METROS QUADRADOS. Esta é uma operação que tem como objectivo a implementação de um conjunto de 26 lotes, exclusivamente para uso habitacional,
junto à segunda Fase da Avenida de Acesso à EBI de Martim Longo. A zona será organizada e estruturada por um plano regular de arruamentos, onde existem diversas bandas de lotes. Nos arruamentos projectados, com uma largura de quatro metros e meio, prevê-se um sentido de circulação. No projecto existem ainda 85 lugares de estacionamento público, em faixa própria, ao longo das ruas, e estacionamento privado no interior de cada lote habitacional. Toda a zona residencial enquadrará também um conjunto de zonas verdes, com espécies endógenas, num total de mais de três mil metros quadrados. Um espaço infantil está também previsto, sendo que os equipamentos serão implementados posteriormente. Esta empreitada, com um preço base de um milhão e 62 mil euros, de-
verá estar concluída em 12 meses. Osvaldo Gonçalves, presidente da autarquia, afirma que: “com esta medida, a Câmara Municipal procura resolver os conhecidos problemas de falta de habitação para venda ou arrendamento, bem como dos elevados preços das poucas existentes, e que constituem fortes entraves à fixação das camadas mais jovens da população”. Na vila de Alcoutim haverá ainda mais oferta de habitação, uma vez que o projecto de reconversão do antigo edifício dos CTT, na Rua D. Sancho II, já recebeu parecer favorável por parte da Direcção Regional de Cultura do Algarve. Trata-se de um edif ício térreo, constituído por seis divisões e logradouro, com uma área bruta de construção de 423,44 metros quadrados. O imóvel situa-se junto ao cas-
Município atribui vários apoios sociais e educativos a crianças e jovens do concelho
Todos os estudantes terão apoio monetário por parte da autarquia
D.R.
A escola EB1 tem 136 alunos EM REUNIÃO DO EXECUTIVO, A CÂMARA MUNICIPAL DE ALCOUTIM APROVOU, NO DIA 25 DE JULHO, A ABERTURA DE CONCURSO PÚBLICO PARA AS CANDIDATURAS ÀS BOLSAS DE ESTUDO “DR. JOÃO DIAS”, REFERENTES AO PRÓXIMO ANO LECTIVO. ESTAS BOLSAS DESTINAM-SE A ALUNOS RESIDENTES NO CONCELHO, QUE FREQUENTEM CURSOS DO ENSINO SUPERIOR, COMO LICENCIATURA OU MESTRADO, EM ESTABELECIMENTOS PÚBLICOS OU PRIVADOS. A autarquia reconhece a importância de permitir aos jovens do concelho o acesso a graus de ensino superior. Deste modo, no mês de Outubro inicia-se o período de candidaturas ao concurso de atribuição de 35 bolsas. Bolsas que terão um valor mensal de 100
euros e que serão atribuídas durante um período de dez meses. No mesmo âmbito, de política de educação e acção social escolar, a Câmara deliberou ainda a atribuição de apoios relativos a alimentação e auxílios económicos, quer individuais, quer colectivos. No que respeita à alimentação, o Município irá pagar o almoço a todas as crianças a frequentar o berçário, creche, pré-escolar, ATL, 1º, 2º e 3º ciclos do concelho. O pagamento dos almoços das crianças que ainda não entraram na primária prolonga-se aos períodos de férias lectivas. Já as crianças do 1º ao 3º ciclo terão o valor não comparticipado pelo Ministério da Educação pago.Quanto aos apoios económicos, a título individual, serão atribuídas ajudas, no valor de 60 euros, a todos os alunos do 1º ao 3º ciclo. Os jovens do ensino secundário e profissional terão um apoio de 70 euros e os que frequentem um CET (Curso de Especialização Tecnológica) ou um CTSP (Curso Técnico Superior Profissional) receberão auxílios no valor de 300 euros. Já a nível colectivo, os estudante do 1º ao 3º ciclo receberão um apoio no valor de mil euros. Também no que concerne à rede de transportes escolares, o executivo deliberou que iria aju-
dar. Assim, todas as crianças que frequentem o 1º, o 2º ou o 3º ciclo, serão transportadas gratuitamente para as escolas. Para os alunos do ensino secundário e profissional, a autarquia suporta a totalidade do valor dos passes, desde que sejam previamente requeridos. Para além disso, o Município disponibiliza ainda, gratuitamente, licenças da Plataforma: “Escola Virtual” da Porto Editora, aos 136 alunos, do 1º ao 9º ano, do Agrupamento de escolas de Alcoutim. Esta é uma plataforma online, de apoio educativo, que disponibiliza recursos educativos digitais com conteúdos definidos pelos programas curriculares das disciplinas nucleares, do 1º ao 12º ano. Trata-se de um instrumento de formação e de trabalho que funciona tanto em sala de aula, como no estudo em casa, contribuindo para a consolidação das matérias e, consequentemente, o desempenho dos alunos. O presidente da Câmara Municipal, Osvaldo Gonçalves, enaltece a autarquia, referindo que a mesma “tem vindo a apoiar as crianças e jovens do concelho no seu percurso educativo, criando ferramentas que promovem a igualdade de oportunidades e o combate à pobreza no território”.
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O antigo edíficio dos CTT sofrerá uma demolição integral telo, numa zona privilegiada da vila e apresenta um elevado grau de degradação. Deste modo, a autarquia optou pela demolição integral do edif ício. Contudo, o novo espaço irá obedecer ao traçado original do edif ício, bem como ao tipo de revestimentos, proporções estruturais e estéticas.
No local nascerá então uma habitação multifamiliar, com cinco fogos habitacionais. Quatro de tipologia T2, divididos em dois pisos, com entrada pela Rua D. Sancho II, e um de tipologia T0, com um único piso e entrada pela rua junto ao castelo, que será acessível a pessoas com mobilidade reduzida.
Alcoutim integra dispositivo de combate a incêndios no Algarve O protocolo foi aprovado em Junho ALCOUTIM FOI UM DOS MUNICÍPIOS SIGNATÁRIOS DO PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO PARA A CONSTITUIÇÃO DO DISPOSITIVO ESPECIAL DE COMBATE A INCÊNDIOS RURAIS - DECIR/2018, PARA A REGIÃO ALGARVIA. A PARTICIPAÇÃO DO CONCELHO FOI APROVADA, NO DIA 11 DE JULHO, EM REUNIÃO DO EXECUTIVO. O protocolo foi aprovado em sede da AMAL, no dia 15 de Junho, e visa estabelecer, no período mais vulnerável à ocorrência de incêndios rurais (15 de Maio a 15 de Outubro), todos os critérios e procedimentos relativos ao financiamento às entidades detentoras dos Corpos de Bombeiros. Isto, de maneira a assegurar a constituição do DECIR Algarve. Constituição essa que irá permitir abordar as fases de maior empenhamento com elevado grau de segurança e eficácia, tendo por base o histórico e a previsibilidade de ocorrências. O Algarve, a exemplo de anos anteriores, de maneira a fazer face aos riscos dos incêndios rurais, estabelece um Dispositivo Especial e transversal a todo o distrito, que envolve um con-
junto de entidades: Autoridade Nacional de Protecção Civil, Federação dos Bombeiros do Algarve, Municípios do Algarve (AMAL) e detentores dos vários Corpos de Bombeiros. Dispositivo que tem vindo a demonstrar o elevado grau de eficiência e resolução de ocorrências, através de um ataque inicial reforçado. D.R.
Há 885 bombeiros na DECIR Deste modo, e segundo o documento, todos os municípios do Algarve comprometem-se a atribuir um complemento diário de 18 euros a 885 bombeiros integrantes do DECIR. Cada um dos 16 municípios terá um encargo financeiro total de cerca de 29 mil euros, a serem transferidos à Federação de Bombeiros do Algarve. Dinheiro que será destinado a comparticipar o pagamento dos serviços efectuados pelos bombeiros.
3 AGO 2017
24 de Agosto de 2018 | 19
GRANDE ENTREVISTA
NÃO TENHO DÚVIDAS 2019 e 2020 vão ser muito difíceis para o Turismo
Como profissional do Turismo, Eliseu Correia falou ao POSTAL da conjuntura turística que o Algarve vive no momento. Explicou quais as suas expectativas para os próximos anos e qual a sua opinião sobre a nova equipa da Região de Turismo do Algarve. Para além disso, o empresário deu ainda a sua opinião sobre o projecto “Algarve 365”. Maria Simiris / Henrique Dias Freire
mariasimiris.postal@gmail.com
Segundo as últimas estatísticas, o Algarve teve uma descida no número de turistas. Como é que um profissional do Turismo vê esta situação? Para mim e para muitos de nós que trabalhamos no Turismo isso não é surpresa nenhuma. Já há muito tempo que alerto para o facto de andarmos a viver do mal dos outros. Tudo o que tínhamos a nível de acréscimo não tinha nada a ver com a nossa pro-actividade, eram sim os efeitos inerentes a uma conjuntura que nos era francamente favorável. Ou seja, não tinha a ver com o nosso mérito, mas sim com a desgraça dos outros destinos. Como era claro, destinos como a Tunísia, Egipto ou Turquia, ligados ao comércio devido às raízes culturais, não iam ficar a chorar sobre o leite derramado e que mais tarde ou mais cedo iriam tentar recuperar o que tinham perdido. É também claro que quem manda no Turismo a nível nacional, apesar de não serem melhores ou piores que os que estavam anteriormente, são políticos e não técnicos do Turismo. Quando estão na mó
de de cima são tipo surfistas e apanham as ondas e quase que dão a entender que os resultados são mérito da estratégia deles e do seu trabalho. Hoje em dia, os resultados são negativos e é como se uma praga ou epidemia os tivesse assolado que nunca mais ouvimos falar deles.
O que é que quer dizer com isso? O que é preocupante é que isto é de tal maneira previsível que é só demonstrativo da total incompetência e da total imprudência das pessoas que comandam os nossos destinos. Ou seja, tivemos aqui uma oportunidade única para captar e fidelizar novos mercados, que só vieram para aqui devido ao azar dos outros e o que é que nós lhes demos? Demos um Aeroporto de Faro, sem capacidade de escoamento, com obras a decorrer e que mesmo assim continua com muitas dificuldades em dar vazão ao fluxo que tem. Demos uma A22 com todas as suas vicissitudes. Demos uma EN125 que mata gente todos os dias com uma sinalização que não existe. Foi isso que nós lhes demos.
E a nível de privados? Nós, os privados, demos uma
restauração de qualidade e serviços de qualidade na hotelaria. Ora, isso só em si não é o suficiente. Eu acho que não só não aproveitámos a oportunidade que tínhamos, como menosprezámos a capacidade dos outros. Eles estiveram a dormir enquanto os outros estiveram bem acordados. Por exemplo, era previsível a falência da Monarch Airlines há meses e nós temos por obrigação acreditar que as pessoas que ocupam os cargos que ocupam, terão acesso a mais informação do que outro qualquer mortal comum. Nesse caso, teria sido normal que, como gestores dessa área, tivessem tomado as devidas providências para antecipar o cenário e terem na manga uma solução para essa situação, mas foi exactamente o contrário que aconteceu. Em Agosto, por exemplo, os preços dos voos de Inglaterra para cá são proibitivos. Estamos a ver um Algarve com uma capacidade ainda tremenda de disponibilidade e já passámos os feriados e não tivemos aqui nada de especial e essa é que é a grande verdade. Não perceberam que o problema que nós temos, os espanhóis também tiveram e as Canárias e as Baleares, ao contrário dos nossos, atacaram forte os mercados alternativos para tapar os buracos, um deles o mercado português.
E o que é que isso significa? Ora, isto significa que todos aqueles que achavam que era o português e o espanhol que nos ia resolver o problema, enganaram-se, porque esses estão nas Canárias ou nas Baleares a usufruírem daquilo ao preço a que estão a usufruir. Há um livro fantástico que se chama “A arte na Guerra” e as únicas pessoas que não o leram são as pessoas que mandam no nosso Turismo. É lamentável que ninguém tivesse tido essa inteligência e essa preocupação. Em vez de estarem preocupados a passearem os seus egos e as suas caras nas televisões enquanto isto esteve bem, deviam ter feito o trabalho deles, salvando-nos daquilo que está a acontecer no Algarve e na Madeira à força toda. Não está a acontecer em Lisboa e no Porto, obviamente porque principalmente o Porto ainda está numa fase de crescimento e Lisboa atrai mercados diferentes como a China e o Brasil. Os números maquilhados, no fim do ano, se calhar vão dizer que tivemos um ano turístico melhor do que em 2017. O que será possivelmente verdade para Lisboa e Porto, mas não será de certeza verdade para as outras principais áreas turísticas do país. Eu como algarvio e profissional da área de Turismo não estou nada surpreendido.
ÔÔ Eliseu Correia trabalha na área do Turismo há mais de 30 anos
“O Turismo é comandado por pessoas que não trabalham em turismo” Esta empresa tomou as devidas providências em Junho do ano passado.
Que medidas foram essas? Foram medidas a nível da contratação de hotéis, a nível estratégico sobre como havía-
mos de colocar o produto e como nos haveríamos de antecipar a certos cenários. Fomos afectados de um ano para o outro, devido ao tempo atípico que tivemos e ao Mundial, ambas situações que roubaram muita gente em Junho, logo a soma disto só poderia ser uma
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20 | 24 de Agosto de 2018
GRANDE ENTREVISTA ÔÔ Para o empresário, a redução no número de turistas, em 2018, era algo já previsível
Fotos d.r.
» pancada brutal. Nós notámos e foi um ano tremendo também para a área da restauração com bastantes prejuízos. Os clientes que ainda vêm face àquilo que era proposto, vêm com menos capacidade financeira, logo, poupam em tudo o que seja refeições fora. A verdade é que os únicos restaurantes que continuam cheios são aqueles tradicionalmente reconhecidos e cuja qualidade está muito acima da média e que não vivem só do fluxo do Verão. Já aqueles que vivem só do fluxo turístico, obviamente, que tiveram um Verão para esquecer. Acredito que o Setembro e o Outubro possam atenuar alguma coisa. A Tunísia e o Egipto estão já com estratégias para 2019 e 2020, coisa que não vi aqui ninguém falar, e nós vamo-nos divertindo com campanhas com músicas. Acho que se vive de um mundo que não é real enquanto os outros estão no
terreno, que é onde se ganham as batalhas e onde se vê como as coisas funcionam. Eles estão a fazer o trabalho deles e nós estamos aqui a dormir e não me parece que isso vá mudar. Esperamos um 2019 e um 2020 muito difíceis e não tenho dúvidas quanto a isso.
Essas são as suas perspectivas? Sim, a minha perspectiva é que as coisas não vão mudar nos próximos dois anos. Digo isto com muita mágoa e sou um optimista por natureza que olha sempre para o copo meio cheio. Nós quando trabalhamos e estamos no terreno não nos podemos dar ao luxo de ter algumas pessoas a viver no mundo do faz de conta, porque neste mundo o faz de conta não paga ordenados, nem garante sobrevivências de empresas. Como referiu, já estava à
espera desta situação e precaveu-se antecipadamente. Que medidas tomou? A nível da estratégia da própria aquisição de contratualização de hotéis, e não só. Ou seja, tentar especificar mais, antecipar o lançamento de certos produtos no mercado, sabendo que o Julho e o Agosto iam ser difíceis porque não iam existir lugares de avião, logo, iam-se atingir valores insuportáveis. Quem mais cedo chegasse ao mercado com boas ofertas, seria certamente quem iria atenuar o impacto futuro. Dentro daquilo que é a nossa estratégia como empresa de intercâmbio, foi isso que nós fizemos e é isso que nos irá levar até ao fim de 2018 com resultados bastante melhores do que os resultados das próprias regiões. Não tenho dúvidas quanto a isso. Estamos a falar de um mercado inglês em que as quebras devem andar nos 10%, Irlanda, Holanda e Alemanha na casa dos 20 e
isto são os principais mercados emissores. Quando esses mercados têm quebras de 20% ou mais, tanto para o Algarve como para a Madeira, é natural que todos nós que temos esses clientes como referência, temos de tentar fazer das tripas coração para atenuar essas coisas que nos ultrapassam. Não somos nós que trazemos para aqui os aviões, não somos nós que contabilizamos os voos, não somos nós que vamos arranjar estradas. Portanto nós só temos de fazer um ‘damage control’ e foi isso que fizemos.
Basicamente e, segundo o que me explicou, isto é tudo um ciclo que se vai criando... Sim. É natural. Quando a procura é menor e a oferta ainda decresce mais do que a própria procura, é natural que se apliquem as regras económicas. Quando há mais procura para
o pouco lugar disponível, o preço cresce e, como eu disse, quem quiser voar de Londres para o Algarve paga 400 libras. Depois temos a Turquia e a Tunísia com preços de 250 euros com tudo incluído em hotéis de cinco estrelas, com voos a partir de Gathering. Nós nunca conseguimos competir com os principais concorrentes nesses mercados porque são mercados que têm outras realidades e outros custos que nós não podemos acompanhar. Possivelmente com o valor de um empregado de mesa no Algarve se calhar compra-se uma brigada inteira na Turquia. Nós já sabemos que não é comparável, mas também sabemos que sendo essa a realidade, temos de apostar no cliente que está disposto a pagar mais alguma coisa para ter um serviço diferente. Nós não estamos a falar que nos outros sítios as pessoas são maltratadas ou que a gastronomia não está à altura, mas
temos outros argumentos, nomeadamente a segurança. Esse argumento serviu-nos muito tempo. Comparativamente com o Egipto, por exemplo, temos o facto da proximidade europeia. Eu acho que o factor preço nunca foi uma coisa com que pudéssemos competir com ele, mas podemos estar mais próximos. Se o nosso preço e se aquilo que nós oferecemos tiver uma diferença mais pequena, o factor segurança e o factor cultural farão depois a diferença. Agora, se um voo for mais caro do que toda uma estadia, a nossa capacidade de resposta e de reacção diminui drasticamente. Obviamente que não há nenhum destino, a não ser que seja só servido por mar, que consiga sobreviver se não tiver uma boa ligação aérea.
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24 de Agosto de 2018 | 21
GRANDE ENTREVISTA Eliseu Correia trabalha na área do Turismo há mais de 30 anos. Nasceu em Hamburgo, mas cedo veio viver para o Algarve, mais propriamente para Montenegro, em Faro, motivo esse que o faz considerar-se um algarvio de gema. Passou pelo Atlantis Vilamoura, Quinta Nova, Marinotel Vilamoura e pelo Sheraton. Há oito anos, em 2010, fundou a sua empresa de incoming, a EC Travel. No primeiro ano contou com uma facturação de seis milhões, actualmente o valor ronda os 34 milhões. Eliseu foi agraciado com a Medalha de Mérito de Grau Prata pela Junta de Freguesia de Montenegro e com a Medalha de Honra pela Junta de Freguesia de Olhão.
Então o segredo passa por ter uma boa acessibilidade aérea? A acessibilidade aérea é o segredo disto tudo e se não há aviões, não há destino. Acho que todas as sinergias, verbas disponíveis e forças regionais e nacionais devem-se juntar no sentido de tentar trazer para aqui cada vez mais companhias aéreas. Depois, também é necessário que os aeroportos tenham a capacidade de escoar esse fluxo e prestar um serviço à altura dos esforços feitos pelos outros. Eu não estou a dizer que a promoção é a única culpada disto tudo, há diversos factores. Contudo, uma pessoa que chega ao Aeroporto de Faro e precisa de três horas para passar pelo controlo de passaporte com um ar condicionado que funciona como funciona, é natural que não sinta um bom cartão de visita. É natural também que os clientes depois reclamem junto às companhias aéreas e as companhias em vez de pensarem em pôr mais lugares, pensem em cortá-los. Essa é a grande realidade. No fundo, toda a gente diz que o Turismo é uma grande alavanca da nossa economia, mas todas as medidas que vejo a serem tomadas é exactamente como se fosse o contrário. E já nem refiro as estradas e as sinalizações que isso já foi extremamente discutido em várias frentes, mas a verdade é que isto é uma relação bipolar. Por um lado, toda a gente reconhece a importância do Turismo, mas por outro lado não vejo uma medida a ser tomada há muito tempo, que seja favorável ao exercício das nossas competências. Eu, como algarvio, continuo a achar que ter a A22 paga não faz sentido. Já que é para pagar ao menos que estivessem pessoas a cobrar. Aquele sistema é estapafúrdio e ninguém percebe
como se faz. Nada, mas mesmo nada, é feito. Eu tenho mais de 30 anos disto e já vi este ciclo imensas vezes e as queixas de 1990 são muito parecidas às minhas queixas de 2018.
Porquê? Porque nada mudou. Essa é a triste realidade. Eu não estou aqui a personalizar ou a individualizar aquilo que estou a dizer, isto é um problema estrutural. O Turismo é comandado por pessoas que não trabalham em Turismo e isso é o mesmo que eu mandar para um laboratório químico um indivíduo que é da área do Turismo. Não me parece que seja a pessoa acertada para tomar as decisões certas para aquilo. Quero com isto dizer que as pessoas que lá estão não têm culpa nenhuma. Que culpa é que um advogado ou um engenheiro de um determinado partido tem de o colocarem na área do Turismo? Nenhuma. Agora como nos partidos em si não existem técnicos de Turismo, e essa é a verdade, quem vai para lá é quem é nomeado. Depois, quem lá está faz aquilo que pode e quando finalmente começa a perceber alguma coisa do assunto, vai-se embora e vem outro. E o que vem a seguir, em 99% dos casos, diz que tudo o que está para trás foi mal feito e começamos
tudo de novo. Não existe um fio condutor, não existe consistência e não existe um plano que faça sentido e que os mercados emissores respeitem. Ou seja, tem a ver com a coerência e com a consistência do próprio plano. Vem um diz que é para a direita, depois vem outro e diz que é para a esquerda e nós acabamos por nunca ter ninguém que nos leve a sério, porque não temos o plano.
Voltando ao mercado emissor, saiu recentemente uma notícia que refere que este ano existiram muito menos turistas britânicos no Algarve. Perdemos tempo a apostar em mercados como a Polónia e a Itália. Atenção, que tenho o maior respeito por eles, mas a verdade é que esses turistas só vêm ao Algarve em Julho e Agosto. Esta empresa nasceu a facturar seis milhões de euros e hoje factura 34 e 95% está sobre os mercados do Reino Unido, alemão e holandês. Ou seja, eu sempre defendi que não faz sentido plantar uma semente no deserto e esperar que se desenvolva quando há sítios que se joga uma semente para o chão e o terreno é fértil e em cinco minutos nasce algo. Se nós temos cerca de 5% de market share no Reino Unido e nem 1% no mercado alemão,
que é o país que mais viaja no mundo... Portugal não tem 1% dos alemães a viajar para o nosso país e são pessoas que viajam o ano inteiro, logo porque é que hei-de ir para um país que tem cerca de três ou quatro milhões de habitantes, quando mesmo que traga 10% daquele mercado para cá, equivale a 0,1% do mercado alemão ou inglês? Nós não podemos e não devemos virar costas àquilo que é a nossa cultura. O Reino Unido sempre foi próximo de Portugal e há razões culturais e históricas que fazem destes dois pólos países irmãos. E isto é a mesma coisa com a Irlanda. Eu não vejo mal nenhum em estarmos dependentes desse mercado porque estão longe de estarem na sua maturidade, estão longe de estarem saturados. Se tivéssemos 50% do mercado inglês tínhamos de ter cuidado, mas só temos 5%, logo qual é o problema? Temos muito espaço para renovar stocks anualmente, temos muito ainda por onde crescer, logo, porque é que havemos de perder tempo com mercados que não nos dizem nada e que não têm culturalmente a ver connosco? Por arrastamento nunca foi o destino deles e só vêm em Julho e Agosto, mas não é esse o nosso problema. Claro que precisamos de ajuda, precisamos sempre, mas a questão da sazonalidade com-
bate-se havendo aviões o ano inteiro e havendo campanhas em destinos que viajam o ano inteiro. O que é que um polaco tem aqui para ver? Aqui há uns anos houve um secretário de Estado com uma inteligência suprema que queria pôr voos da Polónia para aqui no Inverno. Toda a gente sabe que os polacos só vêm a Portugal para vir a Fátima ou para fazer praia. Logo, a probabilidade de termos polacos no Algarve no Inverno é muito reduzida. Isto, só para mostrar que há decisões que são tomadas por pessoas que em frente a uma folha de Excel acham que aquilo é giro. Pior que não saberem é não ouvirem quem sabe. Isto é como um hamster numa rodinha, ele faz um exercício tremendo e sua bastante, mas na prática não sai do mesmo sítio, nós estamos muito iguais a isso.
Acha que a nova equipa da Região de Turismo do Algarve (RTA) irá conseguir dar a volta a esta situação? Primeiro, a Região de Turismo do Algarve, como está agora, pouco ou nada influi na região. Custa-me dizer isto, mas a verdade é esta. A Região de Turismo do Algarve comanda a promoção interna, ou seja, o mercado nacional e Espanha, logo o João Fernandes irá comandar essas duas áreas, em termos de promoção. Obviamente, sendo o presidente de Turismo do Algarve terá os Postos de Turismo e essas coisas, mas não me parece que vá mudar seja o que for. Nós temos aqui um flagelo que nos assola que se chama taxa turística e nós ainda não ouvimos o novo presidente da Região de Turismo, que está cá para defender os interesses turísticos do Algarve, dizer uma única palavra contra essa taxa. Isto, mesmo quando sabe que 80% do tecido empresarial algarvio tem consciência do mal que essa taxa traz numa altura destas. Estou a falar dos
que trabalham do Turismo no dia-a-dia e dos que têm de pagar ordenados. Ainda não ouvi uma única palavra contra, mas já ouvi, nas entrelinhas, dizer que ia estar presente na discussão dos valores da taxa. Ou eu percebi mal, ou para ele a taxa turística é uma realidade em que só é preciso ser discutido o seu valor. Eu acho que isto tem a ver com a realidade política e a maioria das nossas Câmaras tem a mesma cor partidária. Coincidentemente, e estou seguro que é apenas uma coincidência, o novo presidente da Região de Turismo é da mesma cor partidária. E, coincidentemente, mais uma vez estou seguro que é apenas uma coincidência, com tanta coisa que ele podia ter falado no seu discurso inaugural, ele falou na taxa turística e não de uma forma depreciativa, dando quase como garantido que ia acontecer. Isto não tem nada a ver com a pessoa em si, tem a ver com a posição que ocupa e com a cor partidária. Vamos imaginar que a taxa turística seria um euro por cliente, significaria que no Inverno uma semana de alojamento ficaria por 14 euros para um casal. Se eu lhe disser que há preços no Algarve a 10 euros por noite, são 70 euros por semana por pessoa, logo os 14 euros equivalem a 20% desse valor. Recapitulando: não temos voos, temos os turcos e os tunisinos a tirarem-nos clientes diariamente e o que é que nós vamos fazer para nos defender? Vamos agravar o preço de venda ao público, encarecendo ainda mais o nosso produto e aumentando a clivagem entre nós e os outros. Eu não vou entrar em mais pormenores, mas não acredito que vá mudar seja o que for. Acredito apenas que haja boa vontade, mas oxalá que me engane. Também vão haver eleições para a ATA e vamos ver o que vai acontecer. No fim, temos de dar sempre o benefício da dúvida, mas eu não tenho dúvidas nenhumas.
»
Actualmente, a sua empresa, sediada em Olhão, encontra-se no lugar 129 das maiores PMEs do país e, em 2016 recebeu a maior distinção nacional, pela revista “Exame”, como a melhor PME na área de serviços.
22 | 24 de Agosto de 2018
GRANDE ENTREVISTA
“A Região de Turismo do Algarve, como está agora, pouco ou nada influi na região”
» Falou que a solução não deveria passar apenas pela região, talvez seja por isso que a secretária de Estado, na tomada de posse de João Fernandes, afirmou que se encontrava à disposição da RTA? Eu nunca fui político, mas isso é conversa de político. Uma coisa é aquilo que eles dizem, outra é aquilo que acontece na realidade. Vamos acreditar que até existe essa vontade, mas depois no terreno não é isso que acontece e acaba por valer zero. Eu não tenho conhecimento de que nos últimos dois ou três anos o Algarve tenha tido esse apoio incondicional.
A secretária de Estado referiu que ela e o antigo presidente trabalharam muito bem em equipa.
Sim, uma das coisas que ela criou foi o “Algarve 365”. Na primeira fase que foi lançado, surgiu como um programa de combate à sazonalidade, ou seja, fazer programas de animação no Algarve de maneira a atrair turistas nacionais e
Liverpool é um êxito. Aliás, o aeroporto que se preparasse porque isso era algo que traria milhares de turistas. Vamos ao que interessa: o Algarve 365 foi um fiasco total e absoluto. Quem o criou no primeiro ano foi um depar-
mas não vejo diferença. Eu sou uma pessoa que lê muito e que está muito atenta e não me parece que haja diferenças. Tanto assim é que no início o programa servia para combater a sazonalidade e depois de todas as críticas, a intenção do
Como prevê que esteja o Turismo no Algarve nos próximos anos? Temos de olhar para o Algarve e trabalharmos para mudar a situação que temos. Se não fizermos nada para inverter esta situação, em vez do ciclo
“Vamos ao que interessa: o ‘Algarve 365’ foi um fiasco total e absoluto” internacionais. Como se viu, esse programa serviu para os pseudo-intelectuais regionais ficarem satisfeitos. Por exemplo, uma declamação de poemas de Álvaro de Campos, em Tavira, em português, deixa-me seguro que esse evento promovido em Berlim ou em
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tamento de cultura que fez um departamento para uma minoria intelectual, salvo seja. Aquilo serviu, apenas e só, para satisfazer egos de algumas pessoas. Gastou-se ali um milhão e meio de euros para nada. O “Algarve 365” deste ano pode estar melhor
“Algarve 365” passou a ser a de servir as gentes no Algarve, para que a animação chegasse a todos os campos da região. Então no início era para trazer turistas e depois era para me fazer feliz? No meu caso, aquilo nem trouxe turistas, nem eu me sinto feliz.
demorar três anos, demora dez. Eu disse que isto era um ciclo, não disse quanto tempo demorava. Cabe-nos a nós encurtar este ciclo. Eu gostava de dizer, em 2021, que estamos com uma enorme força, que houve uma requalificação nas estradas e que a A22 já não é
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taxada. Eu sonho com essas coisas todos os dias. Cabe-nos a nós todos, tanto privados como públicos, tentar falar dentro do possível, em uníssono, tentado evitar coisas como a taxa turística. Isto, com o objectivo de tentarmos encurtar e tornar este período o menos doloroso possível. Acho que é nisso que nos devemos concentrar e acho que essa tem de ser a forma e o único pensamento de todos aqueles que gostam verdadeiramente da nossa região. Temos consciência que o Algarve vive directamente ou indirectamente do Turismo e que tudo isto está ligado, logo ,quero acreditar que haja bom senso e que este prevaleça no sentido de tornarmos o Algarve ainda melhor e mais apetecível a quem nos visita. É para isso que vou continuar a trabalhar e a falar diariamente.
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AGOSTO 2018 | n.º 118 www.issuu.com/postaldoalgarve
13.953 EXEMPLARES
Editorial
Missão Cultura
Castro Marim regressa à Idade Média
Projetos de Investigação Plurianuais de Arqueologia no Algarve - criar conhecimento, requalificar os bens culturais, formar novos profissionais Foto: R. Parreira
Direção Regional de Cultura do Algarve
Maria Simiris Jornalista
mariasimiris.postal@gmail.com
Os Dias Medievais voltaram pela 21ª vez a Castro Marim. Desde a passada quarta-feira e até domingo, 26 de Agosto, a vila algarvia é palco de um dos maiores eventos nacionais do género. O rigor da recriação histórica e a originalidade são os ingredientes principais para o sucesso do evento. Para 2018, o palco principal continua a ser o Castelo, onde se irão recriar 45 profissões da Idade Média e inúmeros torneios a cavalo. O mesmo palco acolhe ainda a exposição de Instrumentos de Tortura e Punição, mostrando ao público a razão da Idade Média ter ficado conhecida como Idade das Trevas. Outra das tradições é o Banquete Medieval, onde será possível, mediante reserva, degustar as melhores iguarias da época, num local exclusivo, denominado Castelo Velho. Criaturas mitológicas, malabaristas, cuspidores de fogo, contorcionistas, guerreiros, gaiteiros e cavaleiros não irão faltar.
Está o Algarve salpicado de sítios arqueológicos, assentamentos que encerram em si e na sua relação com o território um notável potencial de conhecimento acerca da trajetória temporal da região, na sua diversidade e pluralidade. Em alguns desses sítios têm vindo a realizar-se trabalhos arqueológicos, em campanhas de terreno de curta duração (um a dois meses, sobretudo no verão) mas desenvolvidas em anos sucessivos. E em que aos trabalhos de terreno correspondem ulteriores afazeres de gabinete e laboratório, de aí resultando conhecimento, depois disseminado em publicações e congressos e divulgado em exposições, em museus ou na imprensa mais generalista. Diferentemente das intervenções preventivas – que resultam da imposição legal (Lei 107/2001, artigo 75.º) de reservas arqueológicas de proteção com caráter temporário, tendo em vista determinar o interesse dos vestígios e promover o seu resgate ou conservação pelo registo científico – estes são projetos que se distinguem pela extensão temporal, pela abordagem de temas específicos, pela inovação metodológica, pela capacitação de futuros profissionais e pelo contributo para a requalificação patrimonial. Convergindo nas atribuições prosseguidas pela Direção Regional de Cultura (DL 114/2012,
Monte Molião (Lagos), campanha de 2018 n.º 2 do artigo 2.º), ao corporizarem eixos temáticos de investigação que o Plano Regional de Intervenções Prioritárias em matéria de estudo e salvaguarda do património busca contemplar no domínio da arqueologia, alinhando-o com a Estratégia Regional de Investigação e Inovação para a Especialização Inteligente (RIS3), reforçando a investigação, o desenvolvimento tecnológico e a inovação no âmbito das ciências e técnicas do património. Estão atualmente vigentes na região alguns desses projetos, que cobrem realidades cronológicas e culturais distintas: em Vale Boi (Vila do Bispo), investigadores da Universidade do Algarve (UAlg) estudam a sequência das ocupações do lugar em época paleolítica; no complexo endocársico do barrocal e da orla costeira, investigadores da UAlg e da Direção Regional de Cultura efetuam um sistemático levantamento das cavernas algarvias, na pista dos últimos homens de Neanderthal em solo europeu; em Monte Molião (Lagos), uma equipa da Universidade de Lisboa estuda as transformações e mudanças nas ocupações da antiga Lacobriga entre os tempos pré-romanos, a República Romana e os inícios da idade imperial; na Boca do Rio, investigadores
da UAlg e da alemã Universidade de Marburgo analisam um assentamento pesqueiro onde, em época imperial romana, se produziram preparados de peixe; em Cacela Velha (Vila Real de Santo António), investigadores da UAlg e da Direção Regional de Cultura pesquisam as ruínas da antiga Qastalla no rasto das mulheres e homens que ali viveram entre os tempos de domínio do Islão e a nova emergência do poder cristão. Para além da produção de conhecimento novo sobre os lugares, os territórios e as sociedades, estes projetos incorporam investigação aplicada à requalificação dos bens culturais em que diretamente incidem e integram uma importantíssima vertente de capacitação de futuros profissionais, fornecendo formação prática no terreno a inúmeros estudantes de arqueologia e de outras ciências e técnicas do património. São projetos financiados pelo erário público que congregam o esforço de muitos especialistas a quem o Algarve fica reconhecido e que se juntam àquela galeria de mulheres e homens que, desde Estácio da Veiga, têm contribuído, a partir dos mais pequenos indícios, para construir uma conjetura a que chamamos História do Algarve. l
Ficha técnica: Direcção: GORDA Associação Sócio-Cultural Editor: Henrique Dias Freire Paginação e gestão de conteúdos: Postal do Algarve Responsáveis pelas secções: • Artes visuais: Saul de Jesus • Espaço ALFA: Raúl Grade Coelho • Espaço AGECAL: Jorge Queiroz • Espaço ao Património: Isabel Soares • Filosofia dia-a-dia: Maria João Neves • Juventude, artes e ideias: Jady Batista • Letras e literatura: Paulo Serra • Missão Cultura: Direcção Regional de Cultura do Algarve • Reflexões sobre urbanismo: Teresa Correia Colaboradores desta edição: Paulo Côrte-Real Parceiros: Direcção Regional de Cultura do Algarve e-mail redacção: geralcultura.sul@gmail.com e-mail publicidade: anabelag.postal@gmail.com online em: www.postal.pt e-paper em: www.issuu.com/ postaldoalgarve FB: www.facebook.com/ postaldoalgarve/ Tiragem: 13.953 exemplares
Piratas invadem a Ria de Alvor A zona ribeirinha de Alvor vai ser palco da realização da 6.ª edição da Pirate Week, sob o mote “O assalto a Alvor”. Diariamente, entre 24 e 28 de Agosto, a partir das 18 horas, os visitantes são convidados a entrar e a encarnar uma outra era, num festival de cinco dias que recriará e despoletará o imaginário de diversão e aventura piratas em toda a família.
Artes circenses, espectáculos com fogo e ilusionismo, dança, música, mercados, artesãos, comes e bebes, entre muitas outras actividades, são alguns dos argumentos para, ao longo destes dias, se vestir de pirata e embarcar nesta aventura, onde o imaginário de diversão e boémia dos piratas será diariamente recriado para toda a família, com início às 18 horas e um desfile com concentração
e partida no Largo do Larguinho. Em cada dia será desta forma possível, descobrir uma narrativa empolgante num novo cenário que contará sempre com a Ria de Alvor como pano de fundo e deliciar-se com os verdadeiros e deliciosos sabores deste tempo e, ainda, os tesouros reais dos mestres artesãos e joalheiros. O Pirate Week é uma co-produ-
d.r.
Cenário de diversão e boémia dos piratas será diariamente recriado ção da Polis Apoteose Associação e da ANDARTE - Associação Nacional para o Desenvolvimento do Artesa-
nato e conta com o apoio da Câmara Municipal de Portimão e da Junta de freguesia de Alvor. l
24 24.08.2018
Cultura.Sul
Filosofia dia-a-dia
Loucura Divina d.r.
Maria João Neves Ph.D
Consultora Filosófica
A loucura inspirada pelos deuses é, por sua beleza, superior à sabedoria de que os homens são autores!
Platão, Fedro
Que queremos dizer quando afirmamos que estamos loucos? A palavra loucura espraia as suas conotações para lá do significado de alienação mental, acto irreflectido ou insensatez. Utiliza-se para revelar uma situação extravagante e possui até conotações positivas... Quem não quisera enlouquecer de amor, por exemplo? Esta multifacetada face da loucura
já vem de longe. Sócrates, no diálogo platónico Fedro, começa por referir-se à loucura profética. Trata-se do estado de delírio em que entram as profetisas de Delfos e as sacerdotisas de Dódona quando, inspiradas pelos deuses, interpretavam o oráculo. Afirma o filósofo que estas mesmas mulheres, quando se encontram no seu perfeito juízo, ficam com as suas capacidades reduzidas “a pouco ou nada”. No entanto, quando a Pítia ou Pitonisa, sacerdotisa de Apolo, recebia a inspiração divina sob a forma de vapores que saíam de uma fenda no solo, aconselhava não apenas cidadãos particulares mas também homens de estado. A sua influencia era enorme! Todos procuravam a sua ajuda. O delírio era, pois, considerado uma virtude bela por ser proveniente de uma graça divina. Recordemos o famoso aforismo “Conhece-te a ti mesmo!” inscrito no pátio do templo de Apolo em Delfos. Sócrates dedicou a sua vida inteira a segui-lo! Loucura teléstica é aquela que encontramos nos rituais dionisíacos. É uma religião exuberante! Celebra-se o vinho e a fecundidade fálica. A
embriaguês funde o indivíduo com o uno primordial. Nestes rituais a iniciação era reservada às mulheres. Em As Bacantes de Eurípides pode ler-se: “as mulheres abandonaram as casas a pretexto das Bacanais, e andam a correr pelos escuros montes, dançando em coros que prestam culto a um certo Dioniso. No meio dos tíasos encontram-se vasos cheios de vinho; aqui e acolá, as mulheres ocultam-se em sítios solitários onde se entregam aos braços de homens, como se fossem Ménades a oferecerem-se em sacrifícios.” A terceira espécie de loucura, a que Sócrates faz referência no Fedro, é inspirada pelas Musas: “quando ela fecunda uma alma delicada e imaculada, esta estabelece a inspiração e é lançada em transportes, que se exprimem em odes e outras formas de poesia, celebrando as glórias dos Antigos, e assim contribuindo para a educação da posteridade. Seja quem for que, sem a loucura das Musas, se apresente nos umbrais da poesia, na convicção de que basta a habilidade para fazer o poeta, esse não passará de
Finalmente Sócrates refere-se à loucura de amor, inspirada por Afrodite e/ou Eros. Afrodite era a deusa da beleza, da sexualidade e do prazer. Eros, como o próprio nome indica, era o deus do amor e do erotismo. Este diálogo platónico surpreende pois o filósofo escolhe a paixão em detrimento da sensatez ou da temperança: “A vitória deve ser dada ao apaixonado, pois o amor foi enviado pelos deuses no interesse do amante e do amado (…) os deuses desejam a suprema ventura daqueles a quem foi concedida a graça da loucura.” Recapitulemos, que tipos de loucura existiam na Antiguidade? 1 - A profética, de Apolo 2 - A teléstica de Dionísio 3 - A poética das Musas 4 - A erótica de Afrodite e Eros Pítia - Sacerdotiza de Delfos um poeta frustrado, e será ofuscado pela arte poética que jorra daquele a quem a loucura possui.”
Quer saber mais? Venha ao Café Filosófico!
Inscrições para o Café Filosófico:
filosofiamjn@gmail.com l
Letras e Leituras
A Mulher de Cabelo Ruivo, de Orhan Pamuk Fotos d.r.
Paulo Serra
Doutorado em Literatura na Universidade do Algarve; Investigador do CLEPUL
Orhan Pamuk nasceu na Turquia em 1952 e em 2006 foi laureado com o Prémio Nobel da Literatura. Estudou Arquitectura e formou-se em Jornalismo, mas nunca exerceu. De todas as obras deste autor, publicadas pela Editorial Presença, esta é possivelmente uma das suas obras de ficção mais bem conseguidas. Deixemos Istambul – Memórias de uma cidade no seu campo próprio da não-ficção ou guia de viagens, como livro de histórias e memórias dessa capital que faz a ponte entre o Ocidente e o Oriente. A Mulher de Cabelo Ruivo é um
romance dividido em três partes. Se na primeira parte o leitor pensa estar perante um romance de descoberta e crescimento, bem como de enamoramento por uma estranha mulher de beleza madura e exótica, na segunda parte deparamo-nos com a idade adulta de um homem que se afasta entretanto dos seus sonhos de juventude e paixões de adolescente, para finalmente na terceira parte termos o relato na voz própria dessa mulher por quem o nosso protagonista em tempos se apaixonou, logo à primeira vista, como em qualquer história de amor que se preze. Mas é também na segunda parte que os indícios, bastante subtis, da verdadeira intriga se começam a tornar mais insistentes, conforme o leitor começa a tentar perceber afinal por onde nos leva a trama, quando esta tão subitamente se desvia do que parecia ser o seu tema central, conforme a vida do próprio jovem herói sofre uma reviravolta e o seu percurso tergiversa por outras vias. O narrador assim o anuncia logo na abertura do romance: «O meu desejo era ser escritor. Mas, depois dos acontecimentos que vou narrar, estudei engenharia geológica
A capa do livro de Orhan Pamuk e tornei-me empreiteiro da construção civil. Mesmo assim, o facto de eu estar a contar a história agora não deveria levar os leitores a pensar que ela acabou, que pus tudo para trás das costas. Quanto mais recordo, mais fundo caio dentro dela. Talvez vós me sigais também, atraídos pelo enigma de pais e filhos.» (p. 13) Cem é filho de um farmacêutico,
que acaba por desaparecer quando este tem 17 anos. O pai já tinha desaparecido antes, aparentemente já chegou a estar preso por algum tempo, mas este desaparecimento parece ser decisivo, ou seja, permanente… A Farmácia Vida acaba por ser encerrada e a mãe vê-se sem rendimentos para criar o filho e pagar-lhe os estudos. Este é também um dos romances mais marcadamente políticos do autor, com as referências declaradas ao esquerdismo do pai de Cem, que chegou a ser preso, levado para o Departamento de Assuntos Políticos, e torturado. Assim, no Verão de 1985, o jovem Cem passa a trabalhar numa livraria, o que desperta também o seu gosto pela leitura, bem como a sua aspiração de se tornar escritor. Cem torna-se depois aprendiz de um escavador de poços, o Mestre Mahmut, com quem irá trabalhar em Öngören, uma pequena cidade nos arredores de Istambul, quando se depara com a visão magnífica e obsessiva de uma mulher de cabelo ruivo, imagem essa que se torna a sua obsessão e o objecto do seu amor. À semelhança de outros romances como Uma Estranheza em Mim, Orhan Pamuk faz a ponte entre a
O escritor Orhan Pamuk tradição e a modernidade, como por exemplo nas personagens que invoca com profissões emblemáticas de um passado extinto, como o vendedor de iogurte ou, nesta obra mais recente, um escavador de poços. Mas nesta obra, o Nobel turco vai ainda mais longe e dá uma nova vida ao mito clássico de Édipo num mundo em mudança: «No momento em que saí da estação, fiquei com a certeza de que a velha Öngören já não existia: o prédio para o qual ficava a olhar à procura da janela da Mulher de Cabelo Ruivo fora demolido e, no seu lugar, um centro comercial movimentado enchia toda a praça, atraindo uma multidão jovem ansiosa por comer hambúrgueres e beber cerveja e refrigerantes.» (p. 192) l
24.08.2018 25
Cultura.Sul
Artes visuais
Pode a arte ajudar a promover o turismo urbano? Fotos d.r.
Saul Neves de Jesus
Professor Catedrático da Universidade do Algarve; Pós-doutorado em Artes Visuais pela Universidade de Évora
O turismo tem sido, nos últimos anos, uma das principais alavancas do crescimento económico e da diminuição do desemprego no nosso país. Em particular, temos conseguido alcançar diversos prémios de excelência pela qualidade das nossas praias, dos campos de golfe, da gastronomia, dos vinhos, etc. No entanto, outros fatores, embora podendo não estar diretamente ligados à escolha de Portugal como destino turístico, podem contribuir para a satisfação dos turistas quando avaliam o nosso país como destino de cultura e lazer. Um deles é a produção artística, nomeadamente a arte urbana ou “street art”, que diz respeito a manifestações artísticas realizadas no espaço público, coletivo ou urbano. Num artigo anterior em que procurámos responder à questão “A rua pode ser uma galeria de arte?” salientámos que, no passado, o acesso à produção artística em artes visuais obrigava a que as pessoas fossem a museus ou galerias de arte. No entanto, cada vez mais, nas últimas décadas
a arte tem-se vindo a procurar aproximar das pessoas, nos mais diversos domínios e formas de expressão artística, nomeadamente nas performances e na arte urbana. Desta forma, a expressão artística tem contribuído para a democratização da cultura, permitindo o acesso de todos às manifestações artísticas.
verão de 2016, cerca de 100 artistas portugueses e estrangeiros participaram na primeira edição do “Loures Arte Pública” e, em junho deste ano, realizou-se a segunda edição deste evento (festival de arte urbana “O Bairro i o Mundo”), tendo contado com a participação de um número ainda superior de artistas, que par-
Arte urbana no Porto
ticiparam de forma voluntária, uma vez que não recebem qualquer vencimento, sendo a “residência artística” da responsabilidade da autarquia. Desta forma, a arte urbana feita de forma organizada pode constituir fator de desenvolvimento e inclusão social, bem como contribuir para o orgulho e bem-estar dos residentes. Além disso, revela que a arte urbana pode ser usada para a promoção artística das cidades, sendo promovida a visita e a descoberta das imagens
através de um circuito pedonal. Recentemente, alguns municípios, em articulação com agentes culturais, têm criado rotas de percursos para que os turistas possam apreciar as obras de arte urbana realizadas nessas cidades. Um dos exemplos diz respeito às cinco rotas de percursos culturais alternativos nas cidades de Porto e Vila do Conde, “desenhados” no âmbito do projeto “StreetArtCEI”, spin-off do projeto “The Route”, do Centro de Estudos Interculturais, do Instituto Politécnico do Porto. De 22 de julho a 27 de agosto, a PortoLazer volta a oferecer oficinas e visitas guiadas pedestres ou de tuk-tuk por algumas das obras presentes nas ruas da cidade.
ecológica, climática e até económica. No entanto, até agora temos assistido, de forma “passiva”, à sua destruição por parte do maior predador do planeta: o ser humano. Assumindo-se no topo da cadeia alimentar, como o mais hábil, o mais capaz e o mais inteligente, o ser humano tem poluído, saqueado, mutilado, causado alterações morfológicas e genéticas, extinto espécies e esventrando as suas profundezas para a extração de crude. O ser humano tem-se esquecido que a par dos direitos, existem deveres – deveres de um usufruto responsável e sustentável. Os mares e os oceanos são parte importante do património natural, razão pela qual temos de zelar pela sua preservação, sob pena de risco de perda da biodiversidade do nosso planeta.
Não se demitindo das suas responsabilidades artísticas, culturais e sociais, a ALFA leva a efeito na Galeria Arco, até dia 7 de setembro, a exposição de fotografia Mare Nostrum como forma de homenagear o mar português. Sob o olhar de dez fotógrafos pretende-se mostrar a sua beleza, diversidade paisagística, em suma, despertar consciências. Como linguagem universal, a fotografia comunica, informa, mostra, sensibiliza, toca, educa, documenta, contribui para a construção da memória coletiva. Participam na exposição: António Bernardes, Carlos Cruz, Dário Agostinho, Eduardo Pinto, Marco Pedro, Mauro Rodrigues, Paulo Côrte-Real, Saúl Lopes, Teresa Palaré e Vitor Azevedo. l
Arte urbana em Lisboa Inclusivamente, a arte urbana tem permitido recuperar zonas urbanas degradadas e socialmente problemáticas, tornando-as até “cartão de visita” turístico. Foi o caso da Quinta do Mocho, em Loures, anteriormente considerado um dos bairros mais problemáticos do país, com situações de violência e tráfico de droga, escondendo os moradores o local de residência quando procuravam emprego e recusando-se os taxistas a entrar neste bairro. No entanto, no
O “Up Street Stop & Go” acontece aos sábados e domingos, duas vezes por dia (às 11h e 17h), com cada percurso a ter a duração média de uma hora, guiado por alunos finalistas da Escola Superior de Educação do Porto do Instituto Politécnico do Porto. Esta articulação dos municípios com as instituições de ensino superior é um aspeto interessante a desenvolver também noutras regiões do país, em particular no Algarve, podendo as Artes Visuais da Universidade do Algarve ajudar a desenvolver percursos em articulação com a Direção Regional da Cultura e com os municípios da região, com benef ícios para os turistas e para os residentes, nos planos social e económico. l
Espaço ALFA
Mare Nostrum - A Fotografia por uma causa
Paulo Côrte-Real Presidente da ALFA
Decorridos cerca de 3.500 milhões de anos sobre o surgimento dos oceanos, inúmeros ecossistemas aquáticos e terrestres foram surgindo, no entanto, os oceanos continuam a ser fundamentais para o equilíbrio e a sustentabilidade de toda a biodiversidade da Terra. Cobrindo mais de 70% da superfície do planeta, os oceanos possuem uma grande importância
d.r.
ALFA presta homenagem ao mar
26 24.08.2018
Cultura.Sul
Reflexões sobre urbanismo
Alterações climáticas, planos e fogos d.r.
Teresa Correia
Arquitecta / urbanista arq.teresa.correia@gmail.com
Alterações climáticas: Verdade ou Ficção Ao longo dos anos já ninguém parece questionar que têm sido cada vez mais frequentes as ondas de calor que secam tudo no Verão e que, associadas ao vento, tendem a provocar uma forte probabilidade de descontrolo dos incêndios florestais. Este aumento da temperatura global atinge-nos fortemente, sobretudo num país, impreparado, pobre de meios, e que não tem um Estado coordenado e de rápida reação. O fogo de Monchique, o maior da Europa este ano, provocou um enorme prejuízo nas populações e no património natural único que aquele local representa. O fogo que alastrou
sem tréguas, atingindo povoações, e espaços urbanos, pareceu ser uma força incontrolável, para a qual o Estado não teve uma resposta à altura das expectativas da população. As alterações climáticas são uma razão, sem dúvida alguma, que justifica a agressividade destes fogos florestais. Porém, quais os planos de adaptação às alterações climáticas que estão elaborados ou implementados? Qual o valor que tais medidas previstas possuem nos orçamentos camarários ou do Estado? Em Faro, na qualidade de vereadora do executivo passado, procurei dar o exemplo e aderir a um plano de alterações climáticas para o concelho, de forma até precoce, que iria produzir dentro das suas medidas, algumas sessões de formação às pessoas, assim como discussões e debates para que todos em conjunto, como coletivo, pensemos de que forma nos devemos adaptar. O litoral, com a subida das águas do mar e o aumento das tempestades, irá corresponder a uma zona vulnerável que urge também intervir, e para a qual não tem existido meios. Será fundamental perceber as adequadas formas de adaptação e explicar à população.
Planos que ficam na gaveta Todos sabiam que Monchique corria um risco muito elevado de incêndio, tendo sido produzidos diversos planos: o municipal de defesa da floresta contra incêndios, realizado pela autarquia, e o plano de intervenção para a constituição de uma ZIF justamente para o local onde ardeu, realizado por uma Associação de Produtores Florestais. Porém, nenhum teve uma execução no terreno, porque, por um lado, o último não foi aprovado em tempo útil, e por outro, a Câmara Municipal provavelmente não tem meios e orçamentos suficientes para, em tempo útil, implementar as medidas. É o nosso destino, realizar planos do ponto de vista teórico perfeitos, mas de difícil execução e tantas vezes parados nas entidades, ou deslocados da realidade da propriedade atual.
Algumas medidas de minimização de impactes Em Portugal, as nossas cidades são quentes e secas, com pouca vegetação, pouca relação entre a área verde e a população vigente. Será fácil entender
A água, como elemento de combate ao calor, poderá ser melhor utilizada que uma das medidas de minimização das alterações climáticas será o aumento das coberturas verdes, dos espaços verdes, das árvores, da relação entre o construído e o vazio/ permeável. A água, como elemento fundamental de combate ao calor, poderá ser melhor utilizada, existindo hoje técnicas de aproveitamento adequadas para as nossas cidades. As fontes quando mantidas, assim como jogos de água, sejam estes no próprio pavimento ou de outros suportes, devem ser reinventadas. Já, desde tempos ancestrais, da época muçulmana, que a água faz parte da nossa arquitetura e das nossas cidades, pelo que, a
adaptação das nossas cidades deverá ir buscar as nossas origens. As zonas de ensombramento, como velas, pérgulas em madeira, nas zonas do litoral, estruturas em rede metálica em praças abertas, serão cada vez mais necessárias, embora, por vezes, mal compreendidas. Os equilíbrios são necessários, ao aumento dos efeitos das alterações climáticas é necessária capacidade de adaptação e minimização destes impactes. A reação eficaz, tanto ao nível do território como no desenho urbano das nossas cidades, só é possível se compreendermos o que nos rodeia, e sejamos rápidos a executar os nossos planos. l
Marca d’água
Das cinzas à esperança: o renascer de uma Serra ferida
Maria Luísa Francisco Investigadora na área da Sociologia; Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
luisa.algarve@gmail.com
“Do alto da Fóia disfruta-se de um dos panoramas mais magníficos do mundo!” Heinrich Friedrich Link (1767-1851)
Nestes dias em que os nossos corações estão com Monchique e de luto pela Serra mais alta e bela do Algarve, agora em grande parte reduzida a cinzas, aqui ficam umas breves palavras sobre um dos concelhos mais desertificados do Algarve, mas com um enorme potencial turístico e ecológico. A frase inicial é da autoria do médico e botânico alemão, que entre 1797
e 1799 visitou Portugal e fez uma interessante descrição do Algarve, em particular da Serra de Monchique, que muito o impressionou pela beleza e características naturais. A convite do botânico e ornitólogo alemão, conde Johann Centurius von Hoffmannsegg, um conhecedor e activo patrono das ciências naturais, Heinrich Friedrich Link conheceu Portugal e escreveu a obra Notas de uma viagem a Portugal e através de França e Espanha, da qual fica mais uma citação: “Por entre bosques de castanheiros, jardins totalmente cobertos de laranjas e limões rodeada de fundos vales românticos banhados por riachos sussurrantes, encontra-se a encantadora povoação de Monchique. A nossa surpresa nunca tinha sido tão grande em toda a viagem”.
Montanha Sagrada - Santuário Ecológico Parque Nacional A Serra de Monchique é considerada pelos especialistas como um
verdadeiro “santuário ecológico” devido à sua fauna, flora e vegetação. Essa montanha sagrada, berço de tanta gente com garra, com Fé e que é testemunho dessa Fé desde tempos ancestrais, tem sido procurada por muitas e diferentes comunidades religiosas para retiros e encontros espirituais. É considerada local de especial energia e onde já estiveram vários líderes religiosos. De referir que o Centro Karuna, espaço budista, ardeu quase na totalidade neste incêndio de 2018.
d.r.
Vista a partir da Fóia - Monchique Monchique faz parte do percurso de muitos e parte do sonho de outros tantos. Partilho o sonho do Professor Manuel Gomes Guerreiro (19192000) para Monchique. Os estudos ambientais, a floresta e a ecologia foram as temáticas a que
este ilustre algarvio se dedicou. Teve importante papel na região e no país e na criação da Universidade do Algarve, da qual foi o primeiro Reitor. Em 1951 Gomes Guerreiro escreveu: “(...) Monchique transformado em Parque Nacional, com reservas de fauna e de flora (...) imaginemos esta parte serrenha transformada num povoamento florestal contínuo, com bosquetes de pinheiros, acácias, choupos, eucaliptos, salgueiros, estradas a cortarem-se em todas as direcções, pousadas disseminadas pela serra, lagos artificiais de albufeiras à volta dos quais se formariam centros de turismo e de desporto”. O sonho tem de continuar a comandar a vida, apesar do retrocesso que o recente incêndio representa, neste sonho e no sonho de jovens que procuram criar projectos eco-sustentáveis de valorização do património natural, cultural e ecoturístico da Serra. O concelho tem muitas e conhecidas potencialidades e depois da regeneração deste território, ainda que morosa, Monchique tornar-se-á mais forte porque:
- Esse solo que tem sido pisado de sol a sol por tantas gerações, é solo fértil com o suor e as lágrimas de tantas famílias que labutaram pelo pão de cada dia. - Esse solo que tem dado as mais frondosas e monumentais árvores, as mais saborosas frutas e canteiros de verduras bem regadas, voltará a ser o Jardim do Algarve. - Esse solo onde se produz mel, aguardente, enchidos e artesanato voltará a reforçar a identidade através do saber-fazer de gentes que se orgulham da sua herança. - Esse solo que é ouro brilhará nos campos de milho e aveia, tornando cada manhã na Serra numa telúrica e renovada epopeia… Desse comovente silêncio da terra nascerá a esperança de um amanhã melhor, com mais árvores… que nos abracem com tudo o que representam e que as abracemos com todo o nosso sentir. Essas árvores que morreram de pé e que foram parte de nós… despontarão com os ramos ao alto num renovado e emocionado abraço à Serra-Mãe! l
24.08.2018 27
Cultura.Sul
Espaço AGECAL
Diplomacia cultural spanhola: um modelo a seguir? Resumo - Conferência Internacional sobre Gestão Cultural organizada pela AGECAL em Tavira - 4 de Maio de 2018.
Yolanda Macías
Consultora internacional, Licenciada em Comunicação Audiovisual, Mestre em Gestão Cultural e em Desenv. Local e Coop. Multilateral
Se ficou a duvidar sobre o que entendemos por “diplomacia cultural” não se preocupe, especialistas na matéria, como a Dra. Jessica Gienow-Hecht, da Universidade Freie de Berlin, já o definiram como “um dos termos mais confusos da história diplomática moderna”. Existem múltiplas interpretações no que respeita à diplomacia cultural ou também denominada diplomacia pública. De acordo com a definição do Departamento de Estado dos EUA em 1959, “a diplomacia cultural está destinada a alcançar objetivos que resultam inacessíveis desde a diplomacia tradicional. O seu propósito principal é melhorar a imagem exterior dos países, para com isso criar um melhor clima de compreensão e confiança internacional onde as relações oficiais possam operar”. Outro termo bastante associado a diplomacia cultural é o chamado “poder brando”, do professor de Harvard Joseph Nye, para referir as ações paralelas dos governos capazes de conseguir que “os outros queiram o mesmo que você” mediante estratégias de sedução e não coerção. Em contraposição à diplomacia tradicional que funciona entre governos, esta nova diplomacia cultural é dirigida diretamente aos cidadãos estrangeiros. A imagem pública de um país está nas mãos da cidadania, que tem voz e poder de incidir internacionalmente através dos blogs e as redes sociais. Como aponta o especialista Javier Noya, com a revolução imposta pela internet e o acesso às novas tecnologias, a diplomacia “já não é só coisa de diplomatas”. A diplomacia cultural não se trata unicamente de campa-
nhas de marketing destinadas a projetar uma imagem positiva, a verdadeira diplomacia cultural deve favorecer intercâmbios culturais e relações duradouras entre cidadãos, onde ambas as partes fiquem beneficiadas (o famoso Win-Win). Segundo um estudo do Real Instituto Elcano, no contexto europeu, as ações de diplomacia cultural têm sido responsabilidade histórica dos institutos culturais: Instituto Cervantes, Camões, British Council, Institut Français... Todos eles têm, no mínimo, três objetivos comuns: a difusão da marca-país; o intercâmbio e cooperação cultural; e a promoção linguística e educativa.
O modelo espanhol No caso espanhol, desde o início da democracia, tanto a cultura como as relações exteriores foram redefinidas num processo de delimitação de competências entre o estado central e as comunidades autónomas que teve como resultado um complexo mapa de instituições destinadas a tal fim. Não só o governo central realiza ações de promoção internacional da cultura, mas também as comunidades autónomas, como é o caso do Institut Ramon Llul de Catalunha. Na atualidade, algumas das instituições que promovem a cultura espanhola no exterior são: o Instituto Cervantes, a Agencia Espanhola de Cooperação (AECID) ou o ICEX. Possivelmente, o caso espanhol não é o modelo a seguir no que respeita à gestão do orçamento público (neste sentido Portugal tem dado um passo em frente com o Instituto Camões, que aglutina num só organismo a promoção da língua e a cooperação portuguesa), mas definitivamente é importante reconhecer o esforço e a inovação que Espanha tem realizado, especialmente na cooperação cultural através de programas de capacitação como: o ACERCA, que fortalece as indústrias culturais em
países em desenvolvimento; ou a Rede de Casas (Casa África, Casa Asia), descentralizadas no território nacional e
que têm introduzido a inovação de realizar diplomacia cultural “de dentro para fora”, entre outros.
Para mais informações, recomenda-se aos interessados a visita dos sites das instituições mencionadas, para
perceber as múltiplas linhas de ação e inclusive as possibilidades de trabalho conjunto com Portugal. l pub
28 | 24 de Agosto de 2018
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Jorge Manuel do Nascimento Botelho, Presidente da Câmara Municipal de Tavira
Edital n.º 50/2018 Jorge Manuel do Nascimento Botelho, Presidente da Câmara Municipal de Tavira TORNA PÚBLICO, que nos termos do n.º1 do artigo 56.º do anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, em reunião ordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 21 de agosto de 2018, foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovada por unanimidade a proposta número 191/2018/CM, referente a Adesão do Município de Tavira à ANAM - Associação de Assembleias Municipais;
Município de Tavira Edital n.º 49/2018
Município de Tavira
2. Aprovada por unanimidade a proposta número 192/2018/CM, referente a Doação de 124 fotografias do fotógrafo Fernando Cândido Ricardo de Almeida.
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Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos de costume.
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(POSTAL do ALGARVE, nº 1208, 24 de Agosto de 2018)
O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Manuel Nascimento Botelho
TORNA PÚBLICO, que nos termos do n.º1 do artigo 56.º do anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, em reunião ordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 07 de agosto de 2018, foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovada por maioria a proposta número 182/2018/CM, referente à 8.ª Alteração ao Orçamento e às Grandes Opções do Plano/2018; 2. Aprovada por unanimidade a proposta número 183/2018/CM, referente ao Atribuição de apoio à Fábrica da Igreja de Santo Estêvão - Festa do Santo Padroeiro; 3. Aprovada por unanimidade a proposta número 184/2018/CM, referente à Atribuição de apoio ao Rancho Folclórico de Santo Estêvão – Festival de Folclore; 4. Aprovada por unanimidade a proposta número 185/2018/CM, referente ao Atribuição de apoio à Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo - Tavira - Festa da Nossa Senhora das Dores (18 e 19 de agosto de 2018); 5. Aprovada por unanimidade a proposta número 186/2018/CM, referente ao Atribuição de apoio à Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Cachopo - Festa em Honra de Santo Estêvão, Padroeiro de Cachopo – 2018; 6. Aprovada por unanimidade a proposta número 187/2018/CM, referente ao Protocolo de colaboração a celebrar entre o Município de Tavira e o Centro Paroquial de Cachopo; 7. Aprovada por unanimidade a proposta número 188/2018/CM, referente ao Protocolo de colaboração entre o Município de Tavira e o Estado Maior do Exercito (Regimento de Infantaria n.º 1); 8. Aprovada por unanimidade a proposta número 189/2018/CM, referente ao Isenção de entradas e alargamento do horário de abertura ao público no Museu Municipal de Tavira durante a VI Feira da Dieta Mediterrânica – 2018; 9. Aprovada por unanimidade a proposta número 190/2018/CM, referente ao Comissão de Avaliação de Inventário e Cadastro do Património Municipal. Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos de costume. Paços do Concelho, 07 de agosto de 2018
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O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Manuel Nascimento Botelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1208, 24 de Agosto de 2018)
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COMUNIQUE COM O POSTAL
23
Endereço: R. Dr. Silvestre Falcão 13 C, 8800-412 Tavira Contacto: 281 320 900 Email: jornalpostal@gmail.com
24 de Agosto de 2018 | 29
NECROLOGIA
SANTA MARIA - TAVIRA SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA
ESTOMBAR – LAGOA SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA
MANUEL JOÃO DA PALMA
FERNANDO DAS NEVES MARREIROS
10-07-1926 / 10-08-2018
20-04-1921 / 10-08-2018
AGRADECIMENTO
AGRADECIMENTO
Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.
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Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.
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de citrinos: 8.158 m2 de semear: 8.000 m2 è Terra de semear: 9.788 m2 è Pomar de citrinos e terra de semear 6.370 m2 è Área total: 32.316 m2 è Terra
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MANUEL DOMINGOS DO CARMO SILVA
MARIA ALIETE SATURNINO VALONGO DO NASCIMENTO
16-07-1950 / 11-08-2018
29-11-1930 / 13-08-2018
AGRADECIMENTO
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Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.
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Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.
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V.R.S.A. VILA NOVA DE CACELA - V.R.S.A.
SANTA MARIA - TAVIRA SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA
SANTO ESTÊVÃO - TAVIRA
MARIA ODETE VIEGAS PIRES
03-03-1934 / 01-07-2018
AGRADECIMENTO ORLANDO ANTÓNIO DE SOUSA GUERREIRO
MARIA DE LURDES PEREIRA
23-02-1957 / 16-08-2018
11-02-1937 / 20-08-2018
AGRADECIMENTO
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Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.
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Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.
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A sua família vêm por este meio agradecer reconhecidamente a todas as pessoas que compareceram no funeral do seu ente querido, que se realizou no dia 03 de Julho, saindo da Igreja Paroquial de Santo Estevão, seguindo-se para o Cemitério local, bem como a todas as pessoas que de algum modo, lhes manifestaram o seu pesar. FUNERÁRIAS CORREIA LUZ DE TAVIRA - TAVIRA - MONCARAPACHO - OLHÃO Chamada gratuita 24 horas – 800 207 810
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30 | 24 de Agosto de 2018
d.r.
Restaurante Avenida QUASE TODOS OS PRATOS EMBLEMÁTICOS DA CASA JÁ GANHARAM PRÉMIOS EM INÚMEROS CONCURSOS.
Travessa Zacarias Guerreiro, nº 6 - Tavira
968 097 543
37º12’45.13, -7º65’14.94
rest.avenida.tavira@gmail.com
Das 12h às 15h e das 17h às 22h - Encerra à Terça- feira
15€ a 18€
d.r.
No coração da cidade de Tavira, o restaurante Avenida é rústico, castiço e celebra já 30 anos de vida. Nesta casa, à excepção da carne de porco de certificado ibérico e do azeite do Lagar de Santa Catarina, todos os outros produtos são adquiridos no mercado de Tavira ou na lota. Trata-se de um espaço com esplanada que oferece a quem por lá passa os melhores pratos de peixe e marisco. A Sra. Madalena, cozinheira há 40 anos, é responsável por tudo o que é servido, incluindo as sobremesas. Como prato principal tem várias opções, mas aconselhamos o arroz de marisco ou o bife de atum com aguardente de medronho. Acompanhe tudo com um vinho regional.
ÔÔ PRATO EMBLEMÁTICO
ARROZ DE MARISCO Receita com 40 anos, onde se pode encontrar o mais variado marisco: lingueirão, amêijoa de viveiro, gambas, camarão, lagostim, sapateira e conquilha quando é a época dela. A isto junta-se tomate, cebola, pimento, alho, salsa, coentro e louro.
d.r.
Restaurante Mar D’ Estórias O MAR D’ ESTÓRIAS É O ESPAÇO QUE LHE DÁ A CONHECER O MELHOR DE PORTUGAL.
Rua Silva Lopes, nº 30 – Lagos
282 792 165
37.100004, - 8.671613
info@mardestorias.com
Aberto Seg. a Quinta das 10h às 19h, Sex e Sáb até às 23h
25€ a 30€
d.r.
Com experiências ligadas ao mar e à terra, muito se pode descobrir à mesa do Mar D’ Estórias. Acolhedor e calmo, o espaço proporciona uma viagem aos verdadeiros sabores portugueses. Esta é sempre garantida em 1ª classe, começando, como exemplo, por uns pastéis de javali servidos com maionese de ervas frescas, guardando lugar para logo de seguida saborear o frango cerejado à moda de Loulé com chouriço de Monchique, arroz de espinafres e ervas e já agora, se for bom garfo, não resista ao polvo assado com batata doce. A garrafeira é também de excelência. Para os mais gulosos a proposta é terminar com a Alcagoita de Aljezur Boa viagem!
ÔÔ PRATO EMBLEMÁTICO
ATUM BRASEADO O atum é selado na brasa e acompanhado com um puré de cenoura, feijão carito, tomate cherry e muxama.
d.r.
Restaurante Saudade em Português
A JANELA DO SAUDADE EM PORTUGUÊS ABRIU-SE HÁ UM ANO. DEIXE-SE INEBRIAR!
37.0179881, - -7.9347459
Aberto das 12h às 15h e das 19h às 23h - Encerra ao domingo
15€
d.r.
Rua Filipe Alistão, 43, Faro
A maior dificuldade no Saudade em Português é escolher entre tudo aquilo que de melhor a cozinha nacional tem para oferecer. De entre as inúmeras delícias sugeridas pode escolher uma tiborna de sardinha e tomate com orégãos, a terminar com uma salada de carnes portuguesas, ou optar por uma entrada ÔÔ PRATO EMBLEMÁTICO de mexilhão gratinado e uns bons cogumelos recheados com ESTUPETA DE ATUM farinheira, acompanhados por uma Salada à ‘Saudade’. E não fique com sede porque os vinhos nacionais são tão ou mais O prato mais emblemático do restaurante importantes quanta a saudade que vai ter desta experiência única. Se quiser levar para casa ou oferecer a alguém estas Saudade em Português é servido frio. Esta delícias, o espaço de mercearia dispõe de iguarias como a flor estupeta de atum seco esconde um segredo de sal, o azeite Monte Rosa ou as conservas do sul. no molho que a torna uma tentação. A conjugação da cebola com o tomate, a pimenta 964 228 358 e uns pozinhos de magia, criam sabores que info@saudadeportugues.com nos apaixonam por Portugal.
24 de Agosto de 2018 | 31
Feira do Doce Regional e Conventual em Faro tenta os mais gulosos d.r.
ÔÔ A variedade de doces regionais é um dos destaques da festa A Feira do Doce Regional e Conventual decorre até domingo, 26 de Agosto, ao Jardim Manuel Bívar, em Faro. Este é um dos certames mais antigos da capital algarvia que vai este ano para a sua 32ª edição e que conta com algumas mudanças em termos organizativos e com um reforço acentuado nos pavilhões de doçaria regional, mas sem perder a sua identidade.
O objectivo passa, segundo Bruno Lage, presidente da União das Freguesias de Faro, “por promover e divulgar a doçaria tradicional portuguesa, potenciar a doçaria conventual e palaciana, bem como os saberes e sabores característicos das diferentes regiões de Portugal, sem esquecer as bebidas e licores regionais”. Por outro lado, pretende-se proporcionar aos residentes e aos visitantes da cidade de Faro a
aquisição de produtos genuínos e de qualidade. O certame está aberto ao público todos os dias das 18 horas às 24 horas e a entrada é livre. Nesta feira também será possível assistir aos espectáculos diários do Folkfaro e, além de stands de doces e bebidas, haverá um bar/restaurante concessionado ao Futebol Clube de São Luís. A feira é organizada pela União das Freguesias de Faro.
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Portimão
Urbanização Varandas de S. João – Lote1 S. Sebastião 8600-576 Lagos Geral: 282 780 880 Frutaria: 282 780 887 Peixaria: 282 780 882 Talho: 282 780 884
Horta de S.Pedro Lote A Sítio do Poço Fojo 8500-998 Portimão Geral: 282 430 840 Frutaria: 282 430 845 Peixaria: 282 430 842 Talho: 282 430 847
Albufeira
Faro
Vale Paraíso – Loteamento Serva 8200-567 Albufeira Geral: 289 580 940 Frutaria: 289 580 946 Peixaria: 289 580 949 Talho: 289 580 942
Estrada Nacional 125 Vale da Venda 8135-032 Faro Geral: 289 897 900 Frutaria: 289 897 909 Peixaria: 289 897 907 Talho: 289 897 908
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32 | 24 de AGOSTOo de 2018
ÚLTIMA
Tiragem desta edição:
13.953 exemplares
O POSTAL regressa no dia 14 de Setembro
FARO • 30 AGO. A 1 SET.
30 DE AGOS TO DIOGO PIÇARRA • D.A.M.A • SALVADOR SOBRAL • SLOW J CRISTINA BRANCO • KATIA GUERREIRO
com orquestra clássica do sul
BLAYA • SEAN RILEY • PAPILLON • BRASS WIRES ORCHESTRA LUÍS SEVERO • NUNO LUZ E WILSON HONRADO (djs rádio comercial) DOMI • SACIK BROW
31 DE AGOS TO AUREA • SÉRGIO GODINHO • PIRUKA • ALEXANDER SEARCH RODRIGO LEÃO • DEAD COMBO • THE LEGENDARY TIGERMAN ELISA RODRIGUES • DJ PATIFE • JOÃO SÓ • PAUS • ERMO FILIPE SAMBADO • DANIEL KEMISH
1 DE SETEM BRO REVENGE OF THE 90’S • THE GIFT • RAQUEL TAVARES MANEL CRUZ • MOONSPELL*1755 • HOLLY HOOD • KAPPA JOTTA BISPO • SURMA • JANEIRO • GOLDEN SLUMBERS • DJ GLUE • HOMIES
MERGULHA NO ÚLTIMO GRANDE FESTIVAL DE VERÃO FINANCIAMENTO
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