POSTAL 1217 8FEV2019

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ROTEIRO GASTRONÓMICO

AS DEZ RESPOSTAS DE... HUGO BARROS A "escravização" depende exclusivamente de cada um

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Município de Tavira:

DISTRIBUÍDO COM O EXPRESSO VENDA INTERDITA Director Henrique Dias Freire • Ano XXXI Edição 1217 • Quinzenário à sexta-feira 8 de Fevereiro de 2019 • Preço 1,50€

postaldoalgarve 124.511

O melhor que o Algarve oferece Restaurantes Boca Xica, Mediterraneus Bistro e Tertúlia Algarvia è 4 e 5

GALA DO DESPORTO DISTINGUE ATLETAS DE TAVIRA

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Familiares de Diana estão revoltados è9 d.r.

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Startup de Loulé eleita uma das melhores do desporto è2 d.r.

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Cacifos solidários: ajudar quem mais precisa

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Novo Gymnasium em Tavira para toda a família è7 pub


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8 de Fevereiro de 2019

STARTUP DE LOULÉ ELEITA UMA DAS MELHORES DO DESPORTO

d.r.

Stefanie Palma / Henrique Dias Freire

stefanie.palma.postal@gmail.com

A startup portuguesa Tiesports vai integrar o programa de aceleração da Qatar Sportstech, que tem início em Fevereiro. No encontro, organizado pela Startupbootcamp, em Doha, no Qatar, a Tiesports foi uma das 20 empresas finalistas, numa lista que contou inicialmente com 450 candidatas, em representação de 60 países. Na fase final foi uma das dez empresas seleccionadas, após três dias intensos de competição. Para Diogo Mascarenhas, que representou a Tiesports, no Qatar, este é “um momento de regozijo, toda a nossa equipa está de parabéns! É o resultado da enorme dedicação e do acreditar constante de toda a Tiesports e de todas as pessoas que têm acreditado no nosso projecto”. Segundo explicou ao POSTAL, esta ideia surgiu “em meados de 2013-2014, e a Tiesports nasceu exactamente por causa do

desejo de fazer algo na área do desporto. Quando o pensámos, pensámos efectivamente na área dos desportos de raquetes, porque é uma área onde o aspecto social está muito presente. E então decidimos criar uma rede que ajudasse o jogador, o praticante de desporto, a encontrar mais jogadores. O Tietenis, que foi o objecto embrionário deste projecto, é no fundo uma rede social para jogadores de ténis”. A empresa Tiesports assenta exactamente na criação de software direccionado para a vertente desportiva. Diogo Mascarenhas referiu ao POSTAL quais são as directrizes da empresa: “sendo a nossa área, a área de fazer software, percebemos rapidamente que teríamos de fazer software para os outros participantes do desporto, ou naturalmente a indústria em si, ou seja, os clubes, os promotores de eventos, entre outros, que são exactamente as entidades que vivem e depois criam este universo em torno dos jogadores. E, portanto, achámos

􀪭􀪭 Cerimónia final onde foi feita a distinção das dez startups finalistas que seria fundamental criar ferramentas de apoio, ferramentas de gestão para os clubes, para as federações, para os promotores de eventos, que no fundo nos ajudasse a promover melhor os seus serviços e aí começámos a estender a nossa oferta também para essas áreas”. A competição Quanto à parte competitiva, o CEO da empresa referiu que

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“por volta do ano 2016 surgiu o desejo de chegar à área competitiva e isto traduz-se na criação de software que apoie a promoção dos rankings e das provas em si”. A Tiesports decidiu igualmente começar a trabalhar com a Federação Portuguesa de Ténis e em 2017 começou a fazer os rankings de forma automática para todas as categorias. O concurso: Qatar Sportstech O Qatar Sportstech é um dos principais programas de aceleração para empresas inovadoras na indústria desportiva. O programa tem como objectivo impulsionar o ecossistema da Sportstech na região do médio oriente. Neste concurso foram distinguidas dez empresas para frequentar um programa intensivo de três meses que fornece orientação individual e possibilidade de crescimento e evolução às empresas. E a empresa portuguesa Tiesports foi uma das dez contempladas… Segundo Diogo Mascarenhas, “integrarmos este grupo restrito é também uma enorme responsabilidade, uma fase nova que se abre para o futuro. É o reconhecimento internacional e um voto de confiança importante para percebermos que estamos no caminho certo”. O CEO da Tiesports entende que “o caminho passa, cada vez mais, por criar soluções para o desporto, levando mais tecnologia aos clubes e aos jogadores”. E foi exactamente neste sentido que a Tiesports criou um conjunto de ferramentas que possibilitaram fazer uma melhor gestão e promoção dos eventos desportivos. A TieSports apresentou, em concurso, soluções inovadoras

na área do desporto de raquetes, tais como, o TieClub, que integra a parte de gestão e organização dos clubes; a Tieplayer, que é uma aplicação que permite que o jogador tenha acesso a informações úteis em tempo real, como é o caso da sua agenda, os seus eventos, tendo ainda a possibilidade de contactar outros jogadores e estabelecer ligações com eles. Esta app permite ainda que o jogador e toda a comunidade envolvente possam aceder ao universo do clube, bem como, receber notícias que lhes estão associadas. Já a TieCoach é uma aplicação que permite a interacção entre os técnicos, profissionais com o próprio sistema e também com outros jogadores. Existe ainda um conjunto de outros serviços, como o acompanhamento de resultados, a procura de clubes da região ou até mesmo de eventos que estejam a acontecer em locais próximos dos jogadores. O POSTAL perguntou ao responsável da Tiesports que aspectos diferenciaram esta empresa de outras a concurso e Diogo Mascarenhas salientou que “a nossa solução já está num ponto de maturidade avançado, já contamos com quatro anos de desenvolvimento e uma grande abrangência. Isso faz obviamente diferença quando se está a avaliar startups, além disso, temos a particularidade do desporto de raquetes. Esta é uma solução que acaba por ser quase única no mundo, porque embora existam várias soluções de software na área do desporto de raquetes, esta acaba por ser aquela que mais serviços oferece”. Durante este concurso estiveram presentes alguns dos mentores mais influentes da região no âmbito da inovação

e do desporto, como são os casos da Aspire Zone Foundation, Ministério do Comércio e Indústria, Federação de Ténis do Qatar, Associação de Futebol do Qatar, Comité Olímpico, IBM, Qatar Foundation, Academia Aspire ou o Qatar Incubation Business Center. Sendo a Tiesports uma empresa algarvia, Diogo Mascarenhas refere que “para a região do Algarve é sempre bom ter empresas em todas as áreas de actividade e o desporto não é excepção. O Algarve é uma região que tem bastante actividade no desporto. Para nós significa que estamos no caminho certo. Estes são sinais claros da indústria e do mercado que dizem que devemos continuar o nosso desenvolvimento”. Quanto à participação da startup no concurso, Diogo Mascarenhas refere que “este concurso entra já numa fase mais avançada. Nós procurámos focar-nos na parte da comunidade, na questão do jogador, procurámos criar software na área da indústria, para apoiar a própria indústria e a promoção do desporto em si”. Refere ainda que “estamos a ir ao encontro daquilo que acreditamos ser o futuro destas ferramentas, que é exactamente melhorar a experiência do jogador, e cada vez mais se fala nisso, não só na área do desporto, mas em todas as áreas”. A Tiesports tem objectivos bem definidos, que passam evidentemente por uma extensão ao nível dos mercados estrangeiros, sendo que a ideia dos programas de incubação é exactamente atingir outros mercados. Diogo Mascarenhas refere isso mesmo: “o nosso objectivo é chegar a outros mercados e fazê-lo com sucesso”.


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8 de Fevereiro de 2019

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ADELINO SOARES ELEITO “PERSONALIDADE DO ANO” PELA CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL d.r.

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􀪭􀪭 Joana Schenker, Adelino Soares e Teresa Duarte foram reconhecidos na Gala do Desporto

O presidente da Câmara de Vila do Bispo, Adelino Soares, foi distinguido com o prémio “Personalidade do Ano”, atribuído pela Confederação do Desporto de Portugal, durante a 23.ª edição da Gala do Desporto, que decorreu no passado dia 30 de Janeiro, no Casino do Estoril. O prémio, que este ano tem como tema “Desporto para Todos”, foi atribuído pela Confederação do Desporto de Portugal sob proposta da Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas (FPAS) como reconhecimento pela prestação do município na organização do XXXI Campeonato do Mundo Pesca Submarina e a I Taça do Mundo de Pesca Submarina Feminina, que decorreu em Sagres em 2018. O evento, que representou um marco importante para Portugal na área das actividades subaquáticas, foi organizado pela Confederação Mundial das Actividades Subaquáticas (CMAS) com a colaboração da Federação Portugue-

sa de Actividades Subaquáticas (FPAS) e a Câmara de Vila do Bispo. Todos os anos a Confederação de Desporto de Portugal organiza este evento, considerado como os “Óscares do Desporto Português”, para comemorar com os atletas e dirigentes desportivos as suas conquistas, uma vez que distingue, para além da personalidade do ano, os melhores desportistas da época passada, nas categorias de atleta masculino, atleta feminino, equipa, treinador e jovem promessa. No decorrer da cerimónia, que foi presidida pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e que contou também com a presença do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, a atleta do concelho, Teresa Duarte, foi homenageada pela conquista do título de Campeã do Mundo de Pesca Submarina. Também Joana Schenker recebeu o prémio CNID da Associação dos Jornalistas de Desporto.

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Município de Tavira Edital n.º 4/2019

Jorge Manuel do Nascimento Botelho, Presidente da Câmara Municipal de Tavira

Câmara Municipal de Loulé

Loulé, 15 de janeiro de 2019 VÍTOR MANUEL GONÇALVES ALEIXO Presidente da Câmara Municipal de Loulé.

TORNA PÚBLICO, que nos termos do n.º1 do artigo 56.º do anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, em reunião ordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 15 de janeiro de 2019, foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovada por maioria a proposta número 1/2019/CM, referente à 1.ª alteração ao Orçamento e às Grandes Opções do Plano/2019; 2. Aprovada por unanimidade a proposta número 2/2019/CM, referente à Atribuição de apoio à Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Maria do Castelo de Tavira - Festa dos Reis; 3. Aprovada por unanimidade a proposta número 3/2019/CM, referente à Atribuição de apoio ao abrigo do RMAAD Grupo Desportivo de Amaro Gonçalves; 4. Aprovada por unanimidade a proposta número 4/2019/CM, referente Atribuição de apoio à Associação Pró-Partilha e Inserção do Algarve (APPIA); 5. Aprovada por unanimidade a proposta número 5/2019/CM, referente à Revogação de apoio atribuído à Casa do Povo da Conceição de Tavira - XXXIV Festival de Charolas Cidade de Tavira 2019 (proposta 283/2018/CM); 6. Aprovada por unanimidade a proposta número 6/2019/CM, referente a Atribuição de apoio ao Clube de Tavira - Cedência de auditório; 7. Aprovada por unanimidade a proposta número 7/2019/CM, referente ao Revogação parcial do apoio atribuído á Cáritas Arquidiocesana de Évora - proposta n.º 174/2017/CM; 8. Aprovada por unanimidade a proposta número 8/2019/CM, referente à Regimento interno da Comissão da Qualidade; 9. Aprovada por unanimidade a proposta número 9/2019/CM, referente à Protocolo de colaboração a celebrar entre o Município de Tavira, a Direção-Geral da Saúde e a Administração Regional de Saúde do Algarve, I.P. - Promoção da Saúde Pública; 10. Aprovada por unanimidade a proposta número 10/2019/CM, referente à Abertura do período consulta pública do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Tavira (2018-2027); 11. Aprovada por unanimidade a proposta número 11/2019/CM, referente à Rescisão do contrato de concessão de exploração da loja de "padaria" do Mercado Municipal de Cabanas; 12. Aprovada por unanimidade a proposta número 12/2019/CM, referente à Descentralização - transferência de competência da administração central para a administração local; 13. Aprovada por unanimidade a proposta número 13/2019/CM, referente à Plano de Liquidação da Polis Litoral Ria Formosa - Sociedade para a Requalificação e Valorização da Ria Formosa S.A. (em liquidação) - Revisão; 14. Aprovada por maioria a proposta número 14/2019/CM, referente ao 3-Emp/18 - Ponte sobre o rio Gilão na ligação do Largo da Caracolinha à Rua do Cais - Relatório preliminar - Ratificação de despacho; Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos de costume. Paços do Concelho, 15 de janeiro de 2019 O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Manuel Nascimento Botelho

(POSTAL do ALGARVE, nº 1217, 8 de Fevereiro de 2019)

(POSTAL do ALGARVE, nº 1217, 8 de Fevereiro de 2019)

AVISO Nos termos do nº 2 do artigo 78º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de dezembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei nº 136/2014, de 9 de setembro, torna-se público que a CÂMARA MUNICIPAL DE LOULÉ, emitiu em 15/01/2019, o Aditamento ao Alvará de Licenciamento de Loteamento n.º 9/73, em nome de OCEANO CLUBE - EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS DO ALGARVE, S.A. na sequência do despacho da Vereadora da Câmara Municipal, por delegação do Presidente da Câmara, de dezasseis de maio de dois mil e dezoito, através do qual foi licenciada a alteração às especificações do Alvará de Loteamento nº 9/73, emitido em vinte e oito de novembro de mil novecentos e setenta e três, averbamento emitido em dezassete de setembro de mil novecentos e noventa, aditamento emitido em onze de dezembro de mil novecentos e noventa e sete (com as retificações emitidas em cinco de março de mil novecentos e noventa e nove e em vinte e cinco de janeiro de dois mil) e aditamentos emitidos em vinte e três de julho de dois mil e dois, em catorze de dezembro de dois mil e cinco, em vinte e seis de janeiro de dois mil e seis e em treze de abril de dois mil e doze, relativo aos lotes 11 e 12, que incide sobre os prédios sitos em Garrão, da Freguesia de Almancil, descritos na Conservatória do Registo Predial de Loulé sob o número sete mil seiscentos e cinquenta e três, barra, mil novecentos e noventa e nove, zero quatro, vinte e nove, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo número nove mil quatrocentos e oitenta, e número sete mil seiscentos e cinquenta e quatro, barra, mil novecentos e noventa e nove, zero quatro, vinte e nove, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo número nove mil quatrocentos e oitenta e um, da respetiva freguesia. Área abrangida pelo Plano Diretor Municipal e pelo plano especial do ordenamento do território (Plano de Ordenamento da Orla Costeira Vilamoura - Vila Real de Santo Antonio). Após a alteração titulada pelo aditamento ao alvará de loteamento nº 9/73, a operação de Loteamento passa a ter as seguintes características: Não existe alteração à área do prédio a lotear; Não existe alteração à área total de implantação; Não existe alteração à área total de construção; Não existe alteração no número de lotes; A alteração à operação de loteamento compreende a alteração do uso dos lotes 11 e 12, passando de serviços administrativos para moradias unifamiliares isoladas; Não existem alterações nas áreas de cedência à Câmara Municipal, de acordo com a "Planta de Áreas a ceder para o Domínio Público Municipal" arquivada nos serviços da Câmara Municipal.


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8 de Fevereiro de 2019

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Restaurante Boca Xica

Rua Bartolomeu Dias, 32 - Armação de Pêra

966 169 499

37.103190, -8.358836

rvieira.psi@hotmail.com

Até 1 de Abril: Quintas, sextas e sábados, das 19h às 22:30h

20€

d.r.

Se vai com desejos de comer um bife de vaca com batatas fritas e acompanhar tudo com Coca-Cola, desengane-se, aqui no Boca Xica só tem comida saudável! Em primeiro lugar, a maioria dos produtos são comprados a produtores locais, quer pela qualidade, quer pelo incentivo. A carta é mista, predominando as carnes brancas e o peixe, mas é na cozinha vegetariana e vegana que se destacam. Nada de óleo vegetal nem refinados, nada de refrigerantes, só se servem sumos de fruta natural e ice teas feitos de infusão e para os apreciadores de vinho, o chef Ricardo e Lea, sua mulher, apostaram em vinhos 100% nacionais e biológicos. Importa saber também que a preocupação com o meio ambiente é um dos factores que se reflecte no Xica com 0% utilização de plástico na sala e, por outro lado, com o reaproveitamento de água num sistema inovador nas casas de banho. O objectivo é marcar mesmo a diferença, proporcionando uma experiência gastronómica única.

􀪭􀪭 PRATO EMBLEMÁTICO

RAMEN DE MISO Com shitake, bimis, pak choi e um ovo marinado com sake e soja.

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Restaurante Mediterraneus Bistro De inspiração mediterrânica, quer no ambiente, quer no prato, o bistro de Matilde Rodrigues e Pedro Romba, já não nos surpreende pela elegância e requinte que colocam em cada espaço que abrem. Com a exímia colaboração do chef Fábio Reuss, o Mediterraneus elegeu para entradas, a amêijoa local, o camarão ao alho, um queijo de cabra com massa folhada e maçã fondant de alheira com puré de pimentos vermelhos e espinafres que é um verdadeiro manjar dos deuses! A sopa de peixe, sempre fresco, é uma constante da ementa, e depois com um toque gourmet, poderá apreciar o atum corado no sauté com sementes de sésamo acompanhado por puré de batata doce e legumes salteados ou, caso vá com muito apetite, um costelão de novilho com legumes ou batatas salteadas. O vinho da casa é alentejano - Monte das Talhas - que casa muito bem com uma panacota de frutos vermelhos ou com mousse de chocolate. Et voilá!

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Rua João Vaz Corte Real, 43 r/ch- Tavira

􀪭􀪭 PRATO EMBLEMÁTICO

MAGRET DE PATO Com muffin de batata, puré de castanhas e molho de laranja.

281 326 744

37.127727, -7.650592

mediterraneusbistro@gmail.com

Das 12:30h às 23h (encerra à segunda-feira)

15€/25€

Restaurante Tertúlia Algarvia

d.r.

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Praça Afonso III, 13-15 - Faro

289 821 044 | 963 636 567

37.013101, -7.934540

reservas@tertulia-algarvia.pt

De domingo a quinta-feira: das 10h às 23h Sexta-feira e sábado: das 10h às 00h

15 a 40€

d.r.

No Centro Histórico de Faro, na Vila-Adentro, a Tertúlia Algarvia representa a concretização de um sonho de amigos, que “depois de muitos planos e contas” implementaram o espaço para promover a gastronomia, história e as tradições da região. A par das refeições de base tradicional, os planos estenderam-se a aulas, demonstrações de cozinha, ateliers de artesanato, encontros empresariais, exposições, entre outras experiências. Todos eles contam com a versatilidade e o conforto dos espaços para isso criados. Fora de portas, também proporcionam serviços de catering. Estabeleceram ainda, parcerias com entidades regionais, nacionais e internacionais desenvolvendo uma série de projectos com vista a promover a gastronomia regional, a dieta mediterrânica e o empreendedorismo. Se estiver ou for a Faro não perca a oportunidade de ir ao Tertúlia!

􀪭􀪭 PRATO EMBLEMÁTICO

CATAPLANA DE CORVINA COM MARISCO E BIVALVES DA RIA FORMOSA


ROTEIRO GASTRONÓMICO •••

8 de Fevereiro de 2019 pub

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União Geral de Trabalhadores

Union Network International

SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO SUL E ILHAS CONCESSIONÁRIO O Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, proprietário do Parque de Campismo e Caravanismo de Olhão, pretende concessionar o Serviço de Restauração, constituído pelo restaurante “O Bancário” e por Snack-Bar, estruturas independentes e completamente equipadas. Os interessados devem enviar carta de apresentação de candidatura à concessão, com identificação completa, elementos de contato e outros eventuais dados, impreterivelmente até ao dia 15 de fevereiro de 2019, para a seguinte morada: Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas A/C Serviços da Atividade Sindical Rua de S. José, 131 1169-046 LISBOA pub

PELO 4º ANO CONSECUTIVO,

OBRIGADO Tavira

Parque Comercial e de Exposições de Tavira - Sítio do Vale Formoso Lote 16/23 Sta. Maria 8800-202 Tavira Geral: 281 380 000 Frutaria: 281 380 012 Peixaria: 281 380 011 Talho: 281 380 014

Lagos

Portimão

Urbanização Varandas de S. João – Lote1 S. Sebastião 8600-576 Lagos Geral: 282 780 880 Frutaria: 282 780 887 Peixaria: 282 780 882 Talho: 282 780 884

Horta de S.Pedro Lote A Sítio do Poço Fojo 8500-998 Portimão Geral: 282 430 840 Frutaria: 282 430 845 Peixaria: 282 430 842 Talho: 282 430 847

Albufeira

Faro

Vale Paraíso – Loteamento Serva 8200-567 Albufeira Geral: 289 580 940 Frutaria: 289 580 946 Peixaria: 289 580 949 Talho: 289 580 942

Estrada Nacional 125 Vale da Venda 8135-032 Faro Geral: 289 897 900 Frutaria: 289 897 909 Peixaria: 289 897 907 Talho: 289 897 908


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8 de Fevereiro de 2019

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GALA DO DESPORTO 2019 DISTINGUE ATLETAS DE TAVIRA

fotos: retiradas do facebook munícipo de tavira

􀪭􀪭 A gala premiou todos aqueles que mais se destacaram nas mais variadas áreas desportivas Stefanie Palma / Henrique Dias Freire

stefanie.palma.postal@gmail.com

O município de Tavira é um município intimamente ligado ao desporto e, como tal, aposta bastante na dinamização desta área, organizando diversas actividades inerentes à prática desportiva. Exemplo disso foi a Gala do Desporto – Munícipio de Tavira 2018, que se realizou no dia 1 de Fevereiro, no Pavilhão Municipal Dr. Eduardo Mansinho. O evento pretendeu premiar aqueles que mais se destacaram nas mais variadas áreas desportivas. Segundo o Munício de Tavira, “hoje em dia, é fundamental que aqueles que gastam o seu tempo, muitas vezes prejudicando a sua vida profissional e familiar, aqueles que faça sol ou chuva, frio ou calor, mantêm uma prática desportiva regular e aqueles que de uma forma ou de outra elevam, promovem e divulgam a nossa terra, sejam de alguma forma recompensados e acarinhados com o nosso reconhecimento”. A Gala do Desporto de Tavira é um evento que tem uma grande importân-

cia para a cidade. Segundo o vereador do Desporto da Câmara Municipal de Tavira, José Manuel Guerreiro, “este evento tem uma importância muito grande para aquilo que é o desporto federado em Tavira. É um incentivo para todos aqueles que são candidatos à prática desportiva, e todos aqueles que praticam a actividade desportiva. Ao fim e ao cabo é o relatório dos resultados conseguidos durante o ano, neste caso, o ano de 2018, relativamente ao desporto federado. Vamos distinguir todos aqueles que conseguiram destacar-se a nível regional, nacional e internacional”. A prática de actividade física tem benefícios notórios que são transversais a todas as faixas etárias. “Fazer actividade física é um contributo para o bem-estar das pessoas e para a saúde. E quanto mais saudáveis nós formos, penso que poupamos dinheiro ao Estado e estamos a fazer com que as pessoas tenham uma qualidade de vida muito melhor e até a própria longevidade também tem a ver com isso”, acrescentou ainda o vereador do Desporto. Nesta gala foram distinguidos cerca

de 300 atletas, dois agrupamentos escolares, três escolas, 19 clubes, associações e 25 modalidades desportivas, sendo algumas delas de desporto adaptado. Quando questionado acerca da importância do evento, o presidente da Câmara de Tavira, Jorge Botelho, disse “que é um ponto de reconhecimento. O evento tem este espectáculo, tem um cenário fantástico, agradável. Vamos passar aqui um par de horas a reconhecer um espectáculo bonito, mas acima de tudo é um reconhecimento que o município faz àqueles que levam o nome de Tavira bem longe. Quando um autocarro de Tavira com os miúdos vai a algum sítio, nós estamos a promover a terra, os miúdos que nos representam, os menos miúdos que nos representam, têm orgulho em levar a bandeira da cidade, o símbolo da cidade, aquilo que é a grandiosidade de Tavira, quando estão em competição, pelo fairplay, pelo crescimento, pela saúde e pelos resultados desportivos.” Tavira é uma cidade que contempla diversas actividades desportivas, como

é o caso do andebol, natação, lutas, ciclismo, patinagem artística, futebol de formação, entre outras. O autarca afimou ainda que “Tavira dentro desta área de captação de jovens para o desporto, que é o objectivo do município está a trabalhar bem. Porquê? Nós temos três vertentes: uma que é o desporto escolar, que é aquilo que se faz nas escolas. Depois temos o desporto federado, que é aquilo que os jovens das escolas praticam nos clubes, tanto a nível individual como em equipas, e que nós achamos que é um crescer no desporto com um apoio municipal. A câmara disponibiliza gratuitamente aos clubes instalações, transportes, algum dinheiro. Toda uma parafernália de facilidades para que o desporto aconteça. E depois temos um programa de desporto para todos, com 2.500 pessoas. Cerca de 10% da população tem um programa desportivo gratuito, que tem nove modalidades que é o Viva Mais e o Põe-te a Mexer, que em 2009 quando eu cheguei à câmara tinha cerca de 300 pessoas a aderir, e hoje já são mais de 2500 pessoas“. Sublinhou ainda que “a ideia é envolver a população num programa desportivo, independentemente da idade, obviamente vocacionado em determinadas partes para resultados” e que “o fundamental como político e presidente de Câmara é que os jovens e os menos jovens adiram e que cresçam com uma actividade desportiva, obtendo resultados. É também importante para a saúde, para a eliminação de doenças e para aquilo que é a mobilidade. O objectivo é tirar as pessoas de casa, tanto na componente mais idosa, como na componente mais jovem”. As distinções do ano, à excepção do Mérito Desportivo, Ética no Desporto e Alto Prestígio foram feitas por um júri constítuido por nove membros, nomeadamente dois membros da Câmara Municipal de Tavira, um membro do IPDJ, um membro da DGEST - Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares/DSR Algarve, dois membros

de Agrupamentos Escolares (um por cada agrupamento) e três membros da comunicação social. Segundo o director-geral do Instituto Português do Desporto e Juventude, Custódio Moreno, "hoje vão estar aqui aqueles que foram ao pódio, mas para eles irem ao pódio, há muito trabalho de formação, e é importante não esquecer que o desporto se faz com todos. E esta é uma festa da inclusão, da igualdade de género, do desporto, e não tem de ser só do pódio. Esta é uma festa do prazer e do lazer”. Afirmou ainda que “não podemos esquecer que o desporto é isso mesmo, é muita ocupação de tempos livres e, para além da saúde e convívio, existe a formação. Não tenho dúvidas de que um concelho como este, amigo do desporto, é muito mais forte, é muito mais solidário e é um concelho com futuro. Porque o desporto faz com que a sociedade se desenvolva. O desporto merece ser saudado, elogiado. Esta gala é isso mesmo, mostrar a qualidade e a excelência dos atletas. E Tavira está ao mais alto nível”. O POSTAL quis saber se Tavira iria continuar a apostar no desporto e nas infrastruturas e o edil respondeu que “a componente desportiva é essencial para que haja uma dinâmica, uma identificação com a terra, para que nós combatamos as doenças, e para que nós possamos crescer saudáveis e viver mais tempo. Essa é uma componente. Os resultados são bons para o crescimento com objectivos. E, obviamente, aquela competitividade saudável que deve existir. Mas para que isso possa acontecer têm de existir apoios, reconhecimento e investimento no parque das infra-estruturas". O presidente da Câmara explicitou ainda que “o primeiro mandato foi muito difícil, o segundo foi melhor e este acho que ainda vai ser melhor. Mas ao longo deste tempo, e principalmente no útimo mandato e neste, nós temos vindo a apostar nas infra-estruturas desportivas. Fazer infra-estruturas não é só fazer de novo, nós temos de manter.

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NOVO GYMNASIUM EM TAVIRA VAI PROPORCIONAR TREINOS PARA TODA A FAMÍLIA Muitas vezes as pessoas têm a ideia, mas cada vez menos depois desta crise, que fazer obra é fazer novo, eu digo que fazer obra é reabilitar o que temos, é adaptar aos nossos tempos e necessidades, e fazer novo aquilo que nós não temos ainda". Quanto às infra-estruturas,” nós ao longo destes anos reabilitámos este pavilhão, que está muito mais bonito. Fizemos um campo de futebol ao lado, reabilitámos uns campos de ténis aqui ao lado, onde houve inclusivamente um evento de ténis. Abri há dois dias as propostas para a reabilitação das piscinas, que vai custar cerca de milhão e meio. São as mesmas piscinas, mas completamente novas. E, obviamente, que estamos a trabalhar no campo desportivo, o campo de futebol da Bela Fria, e existe todo um conjunto de infra-estruturas que temos vindo a melhorar, tanto aqui como dentro das escolas. Ter instalações adequadas, meios adequados para que se possa ter melhores condições para a práctica desportiva". O POSTAL não só quis saber a opinião por parte da comissão organizativa, como também dar voz aos atletas que receberam as distinções. E falou com dois atletas que foram premiados nessa noite. Duarte Viegas conquistou o título de veterano 1, na vertente de 400 metros veteranos, e disse “espero continuar e acima de tudo promover o desporto. Esta gala está muito bonita e acho que devem continuar. É uma forma de promover Tavira. Esta cidade tem atletas bons e há sempre mais para fazer e evoluir”. Por sua vez, Mário Torrinha pratica triatlo e duatlo e é atleta no Clube de Vela de Tavira. Referiu ao POSTAL que “é campeão regional de duatlo de estrada, vencedor do circuito de estrada em triatlo e vencedor do circuito algarvio de duatlo cross que é com bicicleta btt”. Quanto ao trabalho da câmara, afirmou que "tem feito um bom trabalho ao nível geral do desporto, a apoiar os clubes e certamente termina sempre o ano com uma gala espectacular, que é esta gala e que no fundo vai distinguir o esforço que os atletas tiveram ao longo do ano e é de louvar o bom trabalho que eles fazem no desporto”. Questionado sobre a actividade, não podia deixar de apontar que “a mo-

dalidade em concreto é espectacular porque combina três desportos diferentes: temos de nadar, correr e andar de bicicleta. Temos de ser equilibrados nas três vertentes para termos bons resultados e é recomendável para qualquer pessoa, de qualquer idade. Podemos começar a praticar triatlo desde jovens até aos 80 anos. LISTA DE PREMIADOS: Paulo Francisco – Prémio Desporto Escolar 2018, na modalidade Boccia do Agrupamento de Escolas Dr. Jorge Augusto Correia; Equipa de Andebol adaptado do Clube de Vela de Tavira / Fundação Irene Rolo – Prémio Desporto Adaptado 2018 Beatriz Guerreiro – Prémio Atleta Revelação Feminino 2018 – Ginásio Clube de Tavira Ruben Simão – Prémio Atleta Revelação Masculino 2018 – Clube de Ciclismo de Tavira Beatriz Viegas – Prémio Atleta Feminino 2018 – Natação – Sporting Clube de Portugal Tomás Luis – Prémio Atleta Masculino 2018 – Ténis – Centro de Ténis de Faro Nentcho Dimitrov – Prémio Treinador 2018 – Clube de Ciclismo de Tavira Equipa de Veteranos femininos de Estafeta 4 x 100m (Atletismo) – Prémio Equipa Feminina 2018 – Clube Recreio e Desportivo Santa Luziense Equipa Junior de Ciclismo, Clube de Ciclismo de Tavira – Prémio Equipa Masculina 2018 Tiago Pires – Prémio Dirigente do Ano – Clube de Ténis de Tavira Associação Recognitiva Talentalidade Excepcionada (ARTE) – Prémio Clube 2018 José Mauricio Correia – Prémio Ética no desporto 2018 Dimas Pinto – Prémio Alto Prestígio Entidade – Associação Portuguesa de Gestão do Desporto (APOGESD) Vasco Motta – Prémio Alto Prestigio – Personalidade Desportiva Em suma, a autarquia tavirense reforçou que é importante “incentivar para que as coisas possam acontecer e obviamente haver esta relação entre o poder autárquico e o presidente da Câmara, os vereadores, os presidentes de junta, os executivos, família, treinadores e a comunidade desportiva em geral”.

d.r.

􀪭􀪭 Imagem virtual do novo espaço Stefanie Palma / Henrique Dias Freire

stefanie.palma.postal@gmail.com

O Gymnasium foi criado por volta de 1993. Primeiramente, era um projecto de dois amigos (o actual mentor e um amigo) que estavam a tentar montar um ginásio, porém, naquela altura não foi possível, pois eram ambos muitos novos e as condições não eram as mais favoráveis. Assim sendo, o projecto ficou adiado, mas José, o actual proprietário, nunca esqueceu esta ideia… A paixão pelos desportos sempre foi algo que o caracterizou. José Eduardo Caleça trabalhou como segurança e durante muitos anos colaborou nas semanas académicas. Há três anos deixou definitivamente a área da segurança. Em 2010-2011, começou, juntamente com a sua esposa (Paula Caleça) e com um sócio (Flávio Barão), a preparar o projecto do Gymnasium. O primeiro Gymnasium abriu em Olhão, num armazém que estava abandonado junto à lota, tendo o espaço sido completamente remodelado. Abriu ao público a 30 de Abril de 2011, pelo que já vai completar oito anos. Este primeiro espaço abriu com máquinas importadas da China. A partir daí continuaram a fazer investimento nesta área e aumentaram este espaço em 2014, tendo passado de 600 metros quadrados para 800 metros quadrados. O segundo Gymnasium abriu em Tavira em 2015. Em 2016 mudaram para as actuais instalações no Intermarché de Olhão, com cerca de 1.200 metros quadrados, estabelecendo a partir desta data uma parceria com a marca de máquinas Matrix. Estes factores trouxeram inovação e mais qualidade aos treinos. Posteriormente, em 2017, abriram o Gymnasium em Faro, que contempla

2.000 metros quadrados. Segundo Paula Caleça, “viemos com pouco e com o nada que tínhamos conseguimos fazer qualquer coisa, e queremos cada vez mais evoluir dentro desta área”. É neste sentido que irão abrir um novo Gymnasium em Tavira, que vai passar de 450 metros quadrados (valor do anterior espaço em Tavira) para 1.200 metros quadrados. Segundo a proprietária, “nós comprámos o edifício que estava há imenso tempo na banca. Com a ajuda do nosso parceiro que sempre acreditou neste projecto - Caixa de Credito Agricola de Olhão - fizemos a proposta ao banco proprietário". Acrescentou ainda que “assim foi, agarrámos nesse edifício maravilhoso, que era o antigo bowling de Tavira para criar um novo espaço”. O que distingue o Gymnasium de Tavira dos restantes ginásios? - Aulas de grupo inovadoras (alguns exemplos: TRX, SOS costas, pole dance e cross boxing, entre outros); - Cerca de 50 aulas semanais. São três estúdios de aulas (um estúdio Zen, um estúdio Power, e um estúdio de Cycling que vai contemplar 20 bicicletas de cycling inicialmente); - Zona de treino funcional (é um tipo de actividade física específica, que assenta em pilares de fortalecimento do core, ou seja, zona abdominal e lombar, responsável e bastante importante na estabilização da nossa postura. Este treino tem como base os movimentos naturais do ser humano, tal como o seu nome sugere, de acordo com a nossa função e tarefas diárias); - Gym Kids, que é um serviço gratuito de ATL. Neste serviço, irão ter uma sala com uma educadora ou animadora com um horário diário, que inclui fins-de-semana, em que os pais podem deixar os seus filhos enquanto treinam; - Equipamentos novos e adaptados para todo o tipo de treino;

- Consultas de nutrição; - Tratamentos de acupunctura; - Uma app inovadora em que as pessoas têm o seu plano de treino no telemóvel e vão conferindo e seguindo a sua evolução. Fica tudo registado na aplicação e vão acompanhando a sua evolução relativamente ao peso, massa muscular, gordura visceral, entre outros factores. As pessoas vão receber no email gráficos que mostram a sua evolução ao longo do tempo; - Uma máquina com águas vitaminadas. Esta água para além de vitaminas tem na sua composição uma pequena percentagem de l-carnitina que ajuda na queima de gordura. A água é filtrada com ph a 7,5 sem flúor, nem aditivos. A água é pura. São vários os motivos para visitar e conhecer o novo Gymnasium de Tavira. O Gymnsium promove muitos eventos internos e externos. Está constantemente a promover workshops e novas actividades. O Gymnasium Tavira conta abrir as suas portas ao público em meados de Abril. Segundo a mentora do Gymnasium, “a nossa missão é exactamente fazer pessoas felizes. Eu quero proporcionar um ambiente onde as pessoas se sintam bem e onde possam treinar e conviver. Gostava que este espaço fosse uma segunda casa para as pessoas que aqui treinam”. Salientou ainda que “o objectivo do Gymnasium é tirar as pessoas do sofá, promovendo um estilo de vida activo e saudável, sendo que o principal conceito deste espaço é ajudar o outro a treinar, para o seu bem estar-geral, a nível físico e psicológico”. São várias as razões para frequentar este novo Gymnasium em Tavira. Fique atento a novas informações e não perca a oportunidade de combater o sedentarismo. A prática de exercício físico contribui para a manutenção de um estilo de vida saudável.

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••• REGIÃO

8 de Fevereiro de 2019

CACIFOS SOLIDÁRIOS: AJUDAR QUEM MAIS PRECISA foto retirada do facebook ja alumni portugal

foto: nuno nunes e rui vaz

􀪭􀪭 Duarte Paiva é o mentor do projecto de inovação social Cacifos Solidários Stefanie Palma / Henrique Dias Freire

stefanie.palma.postal@gmail.com

Já pensou como será a realidade daqueles que vivem na rua e não têm onde deixar os seus pertences? Esta é uma triste realidade mas cada vez mais recorrente. Foi neste sentido e a pensar nestas lacunas que nasceu o projecto cacifos solidários. Este projecto disponibiliza um cacifo privado em ambiente de rua, acessível 24 horas para pessoas em situação de sem abrigo. Estes podem guardar os seus pertences de forma segura

e digna, ao mesmo tempo que beneficiam de acompanhamento psicossocial por profissionais com vista à promoção de autoestima, empoderamento e de motivação para a mudança. Duarte Paiva, autor deste projecto de inovação social, explicou ao POSTAL como funciona toda a dinâmica, “o projecto funciona sempre em rede, num sentido de cooperação com outras entidades e numa perspectiva de “degrau” entre a rua e uma solução fora desta situação. A gestão do projecto e acompanhamento dos utentes é realizada por profissionais numa vertente de Equipa Técnica

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de Rua e de Gestão de Caso, mas aqui com a vantagem de ter algo muito concreto e útil que faz com que haja uma ligação formal, regular e mais eficaz com os profissionais”. Acrescentou ainda que “no caso de Lisboa, estamos integrados no NPISA (Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem Abrigo), no Funchal constituímos o GTIF (Grupo Técnico Interinstitucional do Funchal), sempre numa perspectiva de cooperação. Assim, o cacifo resolve um problema específico que estas pessoas têm (de protegerem os seus bens), criando segurança e protecção, e adiciona uma vertente profissional, de ligação, articulação aos serviços e melhora em muito os resultados num ambiente que é difícil de intervir. A partir dos cacifos, o utente terá melhor acesso aos recursos (alimentação, saúde, alojamento, higiene), pois a equipa profissional terá que garantir esse acesso, cooperando com as entidades locais, aumentando a boa utilização dos recursos e melhor eficácia da intervenção”. Esta ideia inovadora surgiu exactamente pela percepção da necessidade que estas pessoas tinham em ter um lugar físico para guardar as suas coisas. Duarte Paiva contou ao POSTAL que “a ideia surgiu na conversa com pessoas em situação de sem-abrigo em Lisboa, na rua, num dos projectos da Associação Conversa Amiga - ACA (Um Sem-Abrigo Um Amigo). Na conversa falava-se do problema que estas pessoas têm em proteger os seus bens

pessoais. Numa das conversas com uma destas pessoas, disse-me que quando era possível guardava os seus pertences mais importantes num cacifo do supermercado. Mas, claro, com muitos inconvenientes: “o tamanho, o acesso e a moeda”. Referiu ainda que, “outras pessoas relataram que escondiam os sacos e as malas para não serem furtados ou levados pelos serviços de limpeza. Há situações em que a chuva trata de lhes inutilizar muitos dos pertences e molhar a roupa e cobertores. Noutros casos as pessoas optam por ficar com os seus bens, o que torna a ida aos serviços uma impossibilidade pela falta de mobilidade que os volumes e peso provocam“.

disponíveis quando percebeu que teria um cacifo seu, com a sua chave. Isso mudou muito a relação da equipa técnica com o utente e os resultados. O cacifo também melhora a autoestima, empoderamento e organização mental, pois desenvolve um grau de autonomia e de segurança a estas pessoas, logo, torna a situação mais fácil de intervir e encontrar soluções fora da rua. Melhora também a organização mental das pessoas, o que muito ajuda em tudo o que os profissionais tenham que fazer. Tal como nós nos mantemos organizados pelas nossas referências temporais e físicas, o mesmo acontece a estas pessoas que voltam a ter uma referência física segura”.

FRANÇA

LISBOA ARROIOS Total de cacifos

12

Total de utentes em cacifo

12

Saídas do projeto - total

30

Saída de rua/ alteração de vida

21

70%

Incumprimento/ Disciplinar

5

16,66%

Outro/Abandono/Morte

4

13,33%

CAIS DO SODRÉ Total de cacifos

12

Total de utentes em cacifo

12

Saídas do projeto - total

12

Saída de rua/ alteração de vida

8

66,66%

Incumprimento/ Disciplinar

3

25%

Outro/Abandono/Morte

1

8,33%

GARE DO ORIENTE Total de cacifos

12

Total de utentes em cacifo

11

Saídas do projeto - total

18

Saída de rua/ alteração de vida

11

61,11%

Incumprimento/ Disciplinar

5

27,77%

Outro/Abandono/Morte

2

11,11%

SANTA APOLÓNIA FUNCHAL

PORTUGAL

􀪭􀪭 Os Cacifos Solidários já estão no Funchal, Lisboa e França Duarte contou ao POSTAL como é que esta ideia se materializou, “neste contexto perguntei aos sem-abrigo se achariam uma boa ideia ter um cacifo para si, com a sua chave e acessível 24 horas por dia. Todas as pessoas responderam positivamente e com bastante entusiasmo". É preciso perceber que muitas destas pessoas não têm “algo seu” e uma chave há muitos anos. Assim, desenvolvi "o modelo de cacifo e projecto piloto e apresentei à Câmara Municipal de Lisboa. Este foi bem aceite e o projecto avançou em Lisboa com os primeiros 12 Cacifos Solidários na freguesia de Arroios a 17 de Outubro de 2013”. Esta ideia foi bastante bem recebida desde o início e contemplou “12 pessoas e a recepção foi muito boa. Num dos casos, um senhor que considerávamos mais 'difícil' de aderir ao projecto (pois existem algumas regras, ainda que simples) foi das pessoas mais acessíveis e

O POSTAL perguntou a Duarte Paiva, impulsionador do projecto, sobre qual seria a sua opinião sobre expandir esta iniciativa para o Algarve. O criador do projecto disse que “com a experiência em Lisboa e no Funchal (agora também em França) seria muito pertinente replicar o projecto no Algarve. Tal como acontece na Madeira, esta é uma problemática que existe em muitas cidades e não só nos grandes centros. É um projecto concreto com uma metodologia desenvolvida, testada e a ACA está bastante capaz de replicar a experiência, tal como está já a fazer noutras localidades”. Sublinhou ainda que “este projecto traz uma nova solução, uma nova capacidade de intervenção, de articulação e mais profissionalismo na resolução deste problema que é complexo. Seria uma oportunidade muito positiva para o Algarve e, sobretudo, para as pessoas que estejam nesta situação nessa região”.

Total de cacifos

12

Total de utentes em cacifo

12

Saídas do projeto - total

32

Saída de rua/ alteração de vida

25

78,12%

Incumprimento/ Disciplinar

3

9,37%

Outro/Abandono/Morte

4

12,5%

ROSSIO Total de cacifos

12

Total de utentes em cacifo

0

Saídas do projeto - total

21

Saída de rua/ alteração de vida

11

52,38%

Incumprimento/ Disciplinar

4

19,04%

Outro/Abandono/Morte

6

28,57%

FUNCHAL Total de cacifos

12

Total de utentes em cacifo Saídas do projeto - total Saída de rua/ alteração de vida

52,38%

Incumprimento/ Disciplinar

19,04%

Outro/Abandono/Morte

28,57%

Total de cacifos (Portugal)

72

Lista de espera

30

Saídas do projeto - total

113

Saída de rua/ alteração de vida

76

67,25%

Incumprimento/ Disciplinar

20

17,69%

Outro/Abandono/Morte

17

15,04%


REGIÃO •••

8 de Fevereiro de 2019

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DIANA NÃO DESPERTA DO COMA E FAMILIARES ESTÃO REVOLTADOS

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􀪭􀪭 Diana foi violentamente atropelada e projectada para uma valeta por um condutor em fuga A família de Diana Valério está revoltada com o jovem que fugiu após a ter atropelado, disse ao POSTAL um familiar da vítima.

Segundo a mesma fonte, o jovem arguido que se tinha entregue à GNR não compareceu ao tribunal criando um sentimento de grande indignação.

O POSTAL, no entanto, não conseguiu confirmar esta informação até ao fecho desta edição [22 horas de quarta-feira].

O condutor que atropelou Diana foi constituído arguido. Diz ter adormecido ao volante quando regressava a casa de um restaurante em Tavira onde trabalha. Segundo disse ao POSTAL fonte da GNR, “o arguido afirma que sentiu o embate mas não parou por não se ter apercebido que tinha atingido alguém”. Após a GNR ter identificado o proprietário do veículo abandonado próximo do local do acidente, o filho foi identificado como o condutor que acabou por entregar-se acompanhado de um advogado, ao final do dia. O jovem acabou por não ser detido, aguardando em liberdade como arguido. Conforme o POSTAL online noticiou na passada sexta-feira, dia do acidente, a jovem de 21 anos, Diana Valério, continua internada ainda em coma induzido nos Cuidados Intensivos do Hospital de Faro e com as visitas restringidas a familiares diretos. Atropelada por um condutor em fuga na berma da EN125, na localidade de Bias do Norte, no concelho de Olhão, sofreu um traumatismo craniano e várias fracturas nas costelas e nos membros inferiores. Segundo fonte hospitalar, o prognóstico continua reservado apesar do seu estado ser considerado estável. A família e os amigos de Diana estão apreensivos com o seu estado de saúde. Segundo o mesmo familiar, primo da vítima, “a equipa médica ainda não conseguiu retirá-la do coma induzido

apesar de já ter reduzido quase por completo a sedação. Diana parece reagir quando ouve as nossas vozes, pois vai mexendo alguns dedos”. Segundo o primo, na passada terça-feira “Diana foi operada com aparente sucesso à perna”. Nesse mesmo dia, pelas 20 horas, uma vigília de mais de 20 familiares e amigos realizou-se junto do hospital. Fonte médica confirmou ao POSTAL que Diana ainda está a necessitar respirar com a ajuda das máquinas, “encontra-se sob sedação e entubada, apesar da recuperação de algumas funções e dos parâmetros inflamatórios”. Recorde-se que a vítima foi encontrada inconsciente numa valeta, por acaso, por alguém que passava pelo local, na passada sexta-feira pelas 6:15 horas. Diana Valério dirigida-se para uma paragem de autocarro, não muito longe onde residia para esperar pelo transporte para ir trabalhar para o Aeroporto de Faro, numa empresa de segurança privada. Nessa altura, foi violentamente atropelada e projectada para uma valeta. Cerca de meia hora depois foi encontrada inconsciente e de imediato assistida pelo INEM que a transportou para o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve em estado considerado grave.

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Município de Tavira Câmara Municipal de Loulé AVISO Nos termos do nº 2 do artigo 78º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de dezembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.0 136//2014, de 9 de setembro, torna-se público que a CÂMARA MUNICIPAL DE LOULÉ, emitiu em 31/01/2019, o Aditamento ao Alvará de Licenciamento de Loteamento n.0 6/86, em nome de CASAS DAS BUGANVILIAS – SOCIEDADE DE CONSTRUÇÃO CIVIL, LIMITADA, requerido por GERTRUDES LIDUINA MARIA VAN VEEN NEFKENS e YENTL INVESTMENTS HOLDINGS, B.V., na sequência do despacho da Vereadora da Câmara Municipal, por delegação do Presidente da Câmara, de dez de abril de dois mil e dezoito, através do qual foi licenciada a alteração às especificações do Alvará de Loteamento nº 6/86, emitido em treze de junho de mil novecentos e oitenta e seis, e seu averbamento emitido em doze de março de mil novecentos e noventa e três, relativo aos Lotes 78 e 79, que incide sobre os prédios sitos em Quinta das Salinas, Cabeçados, da Freguesia de Almancil, descritos na Conservatória do Registo Predial de Loulé sob o número mil e sessenta e cinco, barra, mil novecentos e oitenta e seis, zero sete, catorze, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo número cinco mil quinhentos e setenta e dois, e número mil e sessenta e seis, barra, mil novecentos e oitenta e seis, zero sete, catorze, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo número cinco mil quinhentos e setenta e três, da respetiva freguesia. Área abrangida pelo Plano Diretor Municipal, e pelos planos especiais de ordenamento do território (Plano de Ordenamento da Orla Costeira Vilamoura - Vila Real de Santo Antonio e Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa). Após a alteração titulada pelo aditamento ao alvará de loteamento n.º 6/86, a operação de Loteamento passa a ter as seguintes características: Não existe alteração à área do prédio a lotear; Não existe alteração no número de lotes; A alteração à operação de loteamento compreende: A alteração de finalidade do lote 78 que passa de ténis I squash I restaurante para habitação em moradia unifamiIiar; A alteração de finalidade do lote 79 que passa de restaurante e piscina para habitação em moradia unifamiliar; A atribuição das áreas máximas de construção do lote 78 para 504 m2 e do lote 79 para 442 m2, A alteração da área do lote 78 de 3650 m2 para 3 341 m2; A alteração da área do lote 79 de 2955 m2 para 2 931 m2; Aumento da área de cedência à Câmara Municipal, em 333 m2, passando o seu total de 22018 m2 para 22351 m2, em que 94 m2 são destinados a "PT", 27 m2 referente ao passeio são englobados na área destinada a "arruamentos e estacionamentos" e 212 m2 são destinados a "zonas verdes compIementares''. Loulé, 31 de janeiro de 2019. VÍTOR MANUEL GONÇALVES ALEIXO Presidente da Câmara Municipal de Loulé. (POSTAL do ALGARVE, nº 1217, 8 de Fevereiro de 2019)

Edital n.º 6/2019

Jorge Manuel do Nascimento Botelho, Presidente da Câmara Municipal de Tavira TORNA PÚBLICO, que nos termos do n.º1 do artigo 56.º do anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, em reunião ordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 29 de janeiro de 2019, foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovada por unanimidade a proposta número 15/2019/CM, referente a Atribuição de apoio à Teia D'impulsos - Associação Social, Cultural e Desportiva - Rota do Petisco 2019; 2. Aprovada por unanimidade a proposta número 16/2019/CM, referente a Atribuição de apoio ao abrigo do RMAAD 2019 - APPC - Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral de Faro - 30.º Corta-Mato Nacional das Amendoeiras em Flor para atletas com deficiência; 3. Aprovada por unanimidade a proposta número 17/2019/CM, referente a Atribuição de apoio ao Corpo Nacional de Escutas - Agrupamento 100 de Tavira - Atividade Regional de Escuteiros / 2019; 4. Aprovada por unanimidade a proposta número 18/2019/CM, referente a Prorrogação do prazo de elaboração da revisão do Plano Diretor Municipal de Tavira; 5. Aprovada por unanimidade a proposta número 19/2019/CM, referente a 9-Emp/18 - Obras de Conservação nas Piscinas Municipais de Tavira – Ratificação do despacho de aprovação da análise aos Erros, Omissões e Esclarecimentos ao Projeto. Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos de costume. Paços do Concelho, 29 de janeiro de 2019 O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Manuel Nascimento Botelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1217, 8 de Fevereiro de 2019)


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••• REGIÃO

8 de Fevereiro de 2019

CÂMARA E BOMBEIROS DE ALCOUTIM RENOVAM ACORDOS DE COOPERAÇÃO

FARO RECEBE O PRIMEIRO CONGRESSO DE GASTRONOMIA DO ALGARVE d.r.

d.r.

bombeiros, nomeadamente no combate a incêndios, na proteção civil, no socorrismo e transporte de doentes, bem como no socorro a náufragos e apoio a outras actividades fluviais. Segundo o texto do documento, a Associação assegura também, “no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), e no período da Fase Charlie, o pré-posicionamento de uma equipa de combate a incêndios florestais em Vaqueiros”. 􀪭􀪭 Autarquia destinou à instituição uma verba de 180 mil euros O segundo protocolo tem A Câmara Municipal de Alcoutim aprovou, re- como objectivo o apoio à população nas áreas centemente, a renovação de dois protocolos da fisioterapia, enfermagem, terapia da fala, de colaboração com a Associação Humanitária nutrição e apoio psicossocial, bem como apoio dos Bombeiros Voluntários de Alcoutim nos à infância através do infantário “A Joaninha”. termos dos quais se compromete a transferir Para Osvaldo dos Santos Gonçalves, presidente para a instituição uma verba global no valor da Câmara da Alcoutim, os protocolos agora de 180 mil euros. aprovados “constituem uma forma relevante de Este encargo financeiro com aquela associação apoiar a Associação Humanitária dos Bombeiros resulta da necessidade de salvaguarda dos inte- Voluntário, estreitando relações de cooperação, resses da população, garantindo a continuidade ao mesmo tempo que desempenham um papel na prestação de cuidados sociais e de socorro crucial na procura de garantir a qualidade e vano concelho de Alcoutim. riedade dos serviços prestados pela instituição Um dos acordos de cooperação garante a ma- e a necessidade de salvaguarda dos interesses nutenção de diversos serviços prestados pelos da população”.

􀪭􀪭 Escola de Hotelaria do Algarve será palco de debates, demonstrações e degustações Faro recebe nos dias 15, 16 e 17 de Março, o 1º Congresso de Gastronomia do Algarve. Serão três dias de inovação culinária, degustações e debates sobre alimentação, sustentabilidade e o futuro da gastronomia na região. Tudo pela mão de chefs, mixólogos, profissionais do sector e sommeliers de renome. “O objectivo é reunir o que há de melhor na região e criar um espaço onde possamos debater questões reais e compartilhar ideias”, afirma Maria Nobre de Carvalho, or-

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Notário Luís Valente O Signatário CERTIFICA Para efeitos de publicação, nos termos do disposto no artigo cem, número um do Código do Notariado, que no dia trinta e um de Janeiro de dois mil e dezanove, a folhas trinta e duas e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número duzentos e noventa e um deste Cartório, foi lavrada uma escritura de Justificação Notarial, em que MANUEL VIEGAS GUERREIRO, casado, natural da freguesia de Querença, concelho de Loulé, e MARIA DE JESUS GUERREIRO BISPO, viúva, natural da freguesia de Sabóia, concelho de Odemira, ambos com domicílio profissional na sede da sua representada, na qualidade gerentes e em representação da sociedade comercial por quotas denominada "CONSTRUÇÕES SANTA RITA LDA", NIPC 500 595 658, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Loulé sob o mesmo número, com sede no sitio do Morgado da Tôr, Querença, freguesia de Querença, Tôr e Benafim, concelho de Loulé, com o capital social de setenta e cinco mil euros, declararam que a sociedade sua representada é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do seguinte predio: Misto, sito em S. Pedro - Caracol, freguesia de união de freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago), concelho de Tavira, composto por terra de cultura, pomar de citrinos, arvoredo e edifício térreo com várias divisões, palheiro e alpendre, inscrito na respectiva matriz, sob o artigo urbano 3 604 (que provem do artigo 4 140 da extinta freguesia de Tavira (Santiago), como resulta da caderneta predial adiante exibida), e sob o artigo rústico 133 (que provem do artigo 383 da extinta freguesia de Tavira (Santiago), como resulta da caderneta predial adiante exibida), descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira sob o número mil setecentos e cinquenta e quatro, da freguesia de Tavira (Santiago), registada a aquisição a seu favor pela apresentação dez de onze de Maio de noventa e nove, nos termos de certidão predial permanente consultada com o código PP-1799-05970-081406-001754. Que, considerando ter o dito registo de aquisição sido feito com base em escritura de compra e venda, lavrada em doze de Janeiro de mil novecentos e noventa e nove, a folhas cento e dezasseis do livro cento e quarenta e quatro A, do 1.° Cartório Notarial de Faro, e como não foi feito qualquer levantamento topográfico previamente à compra, não requereram qualquer alteração à descrição do prédio, que estava feita integralmente de acordo com o que constava da inscrição matricial, sendo que a área indicada na mesma estava errada por consequência de erro de medição, pelo que continuou a constar da descrição predial que o prédio tinha a área de trinta e cinco mil e oitocentos metros quadrados, quando na verdade a área correcta, que resultou de uma medição precisa feita posteriormente, é, após deduzidas as áreas entretanto abrangidas pela operação de loteamento (prédio descrito sob o número mil novecentos e oitenta e três da mesma freguesia, entretanto objecto de desanexação), e pela expropriação pelo Instituto para a Construção Rodoviaria - ICOR, IP, titulada por contrato assinado em nove de Novembro de dois mil, de vinte mil oitocentos e cinco metros quadrados, dos quais vinte mil quinhentos e seis virgula noventa e três metros quadrados correspondem à parte rústica, e duzentos e noventa e oito virgula zero sete metros quadrados à parte urbana. Que o prédio ja existia com aquela configuração inicial (e cuja área incluía portanto a área entretanto objecto da referida desanexação e a área entretanto objecto da referida expropriação), pelo menos desde a sua aquisição, embora não tenha sido participada correctamente à matriz e consequentemente à Conservatória; não obstante, desde que se lembram o prédio se encontra fisicamente delimitado por estradas e muro em todo o seu perímetro. Que, assim, a sua representada sempre tem vindo a usufruir o dito prédio, por ter havido no acto da venda transmissão voluntária da posse sobre o prédio tal como ele existia fisicamente à data, no gozo pleno das utilidades por ele proporcionadas, cultivando-o, reparando-o e mantendo-o, pagando os respectivos impostos, com ânimo de quem exercita direito próprio, sendo reconhecida como sua dona por toda a gente, fazendo-o de boa fé por ignorar lesar direito alheio, pacificamente porque sem violência, contínua e publicamente, à vista e com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém. Que, dadas as características de tal posse, a sua representada adquiriu 0 referido prédio, que actualmente tem a área e restante composição acima referidos, por usucapião, o que para os devidos efeitos invocam. Que não lhes é possível comprovar pelos meios extrajudiciais normais o seu direito de propriedade. Está conforme na parte transcrita. Faro, trinta e um de Janeiro de dois mil e dezanove. O Notário Luis Miguel Gonçalves Rodrigues Valente PA00288/2019 Cartório: Praceta Doutor Clementino de Brito Pinto, N°. 6D, RIC Esq., 8000-327 FARO Telf: 289 860 960 Fax: 289 860 969 e-mail: luisvalentenotario@mail.telepac.pt (POSTAL do ALGARVE, nº 1217, 8 de Fevereiro de 2019)

ganizadora do evento. Sendo o primeiro evento deste género na região, o 1º Congresso de Gastronomia do Algarve vem oferecer uma visão única sobre a cozinha regional. Ao longo de três dias, a Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve será o palco de conversas, debates, demonstrações e degustações, apresentação de novas técnicas de cozinha e das tendências que estão a moldar a indústria. “O conceito do evento não é novo, mas é a primeira vez que se faz algo do género no Algarve.

Estamos numa região riquíssima em termos gastronómicos e, como tal, faz todo o sentido criar um espaço que seja uma referência para a gastronomia no Algarve”, diz Maria. Ao reunir alguns dos melhores chefs do país, profissionais do mundo da restauração e turismo, embaixadores de marcas, sommeliers e mixólogos (para citar apenas alguns!), o congresso posiciona-se com uma referência na região, e um local onde todos têm a oportunidade de interagir com os melhores profissionais do sector, num ambiente informal.

Cartório Notarial em Tavira O Notário Bruno Filipe Torres Marcos

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EXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO (consiste na retificação do que publicado na edição anterior, no qual foi omitida a menção do artigo matricial) CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Justificação, outorgada em 09.10.2017, exarada a folhas 43 e seguintes do competente Livro n.º 109-A do Cartório Notarial em Tavira, do Notário Bruno Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A, que: - Roger Grenville Clark, divorciado, natural do Reino Unido, de nacionalidade britânica, residente em The Gables, 66 Main St. Witchford, Ely, Cambs CB6 2HG, Inglaterra, Reino Unido; - Declarou ser dono e legítimo possuidor e com exclusão de outrem, do prédio rústico composto por terra de cultura, pastagem, oliveiras e alfarrobeiras, sito na Estrada da Asseca, na freguesia da União das Freguesias de Tavira (Santiago e Santa Maria), com a área de 29.106,37 m2, confrontando a Norte com o próprio justificante, Sul com Júlio Henrique Espadinha, Nascente com a Estrada e Poente com Maria de Lurdes Pires, pertencendo à área territorial da antiga freguesia de Tavira (Santiago), inscrito na matriz sob o artigo 41695, com o valor patrimonial tributário de 6.400,00 €, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira; - Tendo para o efeito alegado que este prédio, com a indicada composição e área, chegou à sua posse em trinta de Abril do ano de mil novecentos e oitenta e sete, por compra meramente verbal, feita a Vitória Maria Gomes Correia, solteira, maior, residente que foi na Amadora, Idalina dos Santos Cardoso Correia, viúva, residente que foi em Olhão, e João Francisco Gonçalves Correia e mulher Maria de Fátima Fernandes Ferreira da Silva Gonçalves Correia, residentes que foram em Olhão; - Que, porém, desde aquele ano, portanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa-fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesar quaisquer direitos de outrem e ainda convencido de ser o único titular do direito de propriedade sobre o identificado prédio, e assim o julgando as demais pessoas, tem possuído aquele prédio – cultivando a terra, tratando das culturas, colhendo os respetivos frutos, amanhando e limpando a terra, tratando das árvores e dela retirando os respetivos rendimentos – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, o seu representado adquiriu o referido prédio por USUCAPIÃO. Tavira e Cartório, em 05 de Fevereiro de 2019. O Notário, Bruno Filipe Torres Marcos Ato registado sob o n.º 13/001/2019 (POSTAL do ALGARVE, nº 1217, 8 de Fevereiro de 2019)


Mensalmente com o POSTAL em conjunto com o

FEVEREIRO 2019 n.º 124 6.878 EXEMPLARES

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ARTES VISUAIS •••

Pode a arte fazer a ponte entre a realidade e a ficção? fotos d.r.

Saul Neves de Jesus

Professor Catedrático da Universidade do Algarve; Pós-doutorado em Artes Visuais pela Universidade de Évora https://saul2017.wixsite.com/artes

No último artigo, “Pode a arte visual ser “expressa” para os cinco sentidos?”, abordámos a conceção de tecnologia que permite apreciar obras de arte, não apenas através da visão, mas também através do olfato, do paladar, da audição e do tato. Este é um exemplo que permite compreender o posicionamento de várias especialistas que consideram que a inovação tecnológica está a começar a ser a “chave” para a arte do século XXI (eg, Stephen Wilson no seu livro “Art+Science”, 2010). Se é a “chave” não sabemos, mas a utilização de novas tecnologias é cada vez mais frequente nas artes visuais. A este propósito, parece-nos interessante a exposição LUZAZUL, de Miguel Soares, no Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC), no Chiado, inaugurada em 22 de novembro de 2018. Esta é a terceira edição do projeto SONAE / MNAC Art Cycles, que tem como objetivo promover a criação artística livre e aproximar a sociedade à arte. Nesta exposição somos transportados para um futuro próximo em que a paisagem urbana parece já não depender de humanos, mas de uma inteligência superior. LUZAZUL, para além da curiosidade de ser um palíndromo composto por duas palavras, Luz e Azul, que, juntas, se podem ler tanto da direita para a esquerda como da esquerda para a direita, refere-se a um tipo de luz que apareceu recentemente, sobretudo com a introdução da televisão e das tecnologias informáticas (écrans, projetores de vídeo, LEDs, smartphones, etc). Por ser recente a sua utilização e interação com o ser humano, tem-se colocado a questão dos eventuais perigos da exposição

senvolveu um a hipótese de como poderá vir a ser projeto original a sociedade no futuro. As pessoas assente numa vipararíam de envelhecer aos 25 anos, são futurista da começando a partir daí o seu tempo sociedade, explode vida a diminuir, sendo cronomerando o conceito trado numa imagem que aparece no da automação e braço direito de cada um, podendo ser da inteligência arganho mais tempo através do trabatificial no contexto lho. Mas o tempo também pode ser da 4ª Revolução oferecido por outros, em particular Industrial. os pais, como se se tratasse de uma Para além desherança, ou o tempo pode ainda ser ta exposição, foi contraído por empréstimo, como se se desenvolvido um tratasse de um empréstimo bancário. programa de atiDesta forma, o tempo seria a “moeda” vidades paralelas de troca desta sociedade, substituindo repartidas entre o dinheiro. Tal como na sociedade acmasterclasses tual há ricos e pobres, também nesta realizadas pelo arsociedade haveria mundos diferentes, LUZAZUL propõe refletir sobre a realidade hipotética tista, conferências com fronteiras entre eles, sendo ne• e conversas em torno dos grandes cessário pagar com tempo para passar prolongada a este tipo de luz. temas da exposição: a robotização, a essa fronteira. Por um lado, teríamos Partindo deste mote, a exposição inteligência artificial e a ficção cienpessoas com muito tempo para viLUZAZUL projeta-nos num futuro tífica. ver ou gastar, predominando o ócio e que pode ser mais próximo do que Uma das três masterclasses reaum ritmo de vida lento e, por outro, possamos pensar, tendo em conta o lizadas teve lugar na Faculdade de teríamos pessoas com pouco tempo rápido avanço da inteligência artificial, Ciências Humanas e Sociais da Unide vida, vivendo o dia-a-dia de forma que poderá dar origem a uma evolução exponencial das máquinas e da versidade do Algarve, no dia 7 de rápida e intensa, tendo que trabalhar fevereiro, com a moderação de Pedro ou conseguir tempo de alguma forma, automação, transformando profunCabral Santo, tendo sido inserida nas para poderem viver mais algum temdamente o mundo em que vivemos. atividades do Doutoramento em Mépo. Na sociedade atual o tempo tem Segundo a teoria da "Singularidade dia-Arte Digital, uma parceria entre a um elevado valor, mas neste filme a Tecnológica", de Ray Kurzweil, em Universidade do Algarve e a Universisua importância é levada ao extremo. que se baseia esta exposição, o ano dade Aberta. Procurámos sintetizar a mensagem de 2045 será o momento chave Em relação à exposição, poderá principal deste filme através duma tedessas transformações. Antecipa-se ainda ser visitada até ao dia 24 de la pintada em preto e branco, sendo um mundo automático onde o ser fevereiro de 2019. estas cores separadas claramente, humano encontra as suas necessicomo se se tratasse dudades de serviços básicos satisfeitas ma fronteira que separa por máquinas ou robots dotados de inteligência artificial, sentindo-se lidois mundos, o mundo “branco”, das pessoas vre para se dedicar às suas genuínas com mais tempo, e o vocações. Contudo, nesse momento, mundo “preto”, das pesnovos problemas se colocam, nomeasoas com menos tempo damente a realidade hipotética em para viver. No mundo que as novas máquinas tomam cons“preto” está colada uma ciência de si e procuram reivindicar foto a preto e branco de mais tempo livre, mais liberdade e direitos, criando um paralelismo com uma imagem do filme, com o ator Timberlake a as lutas desenvolvidas pelos humanos correr preocupado para em séculos anteriores, e levando-nos conseguir mais tempo e a questionar se esta luz azul será a "luz ambicionando conseguir ao fundo do túnel". Figura 44: Trabalho “Time” (0,50x0,60m; 2011) • Assim, a exposição LUZAZUL passar a fronteira para o Um trabalho que traduz um esforço outro mundo. Por seu turno, no munpropõe refletir sobre a realidade hide síntese através da produção artísdo “branco” está colada uma foto a potética em que as novas máquinas tica intitula-se “Time” (ver figura 44), cores do mesmo ator bem vestido e tomam consciência de si e procuram reivindicar direitos sociais, sendo o que procura representar, sintetizancom uma postura calma, mas olhando culminar de um percurso artístico do, a principal ideia do filme de ficção para trás, com receio de passar para o científica “Sem tempo” (“In Time”). lado “preto”, em que o tempo de vida desenvolvido por Miguel Soares, deEste filme, realizado por Andrew é reduzido. Na fronteira está colada dicado à reflexão e à conceptualização Niccol, e com Justin Timberlake no uma imagem do cronómetro existente do mundo real versus virtual. Miguel Soares concebeu e depapel principal, pretende trabalhar no braço de cada um, com a indicação

Ficha técnica Direcção: GORDA Associação Sócio-Cultural Editor: Henrique Dias Freire Paginação e gestão de conteúdos: Postal do Algarve Responsáveis pelas secções: • Artes visuais: Saúl de Jesus • Espaço ALFA: Raúl Grade |Coelho • Espaço AGECAL: Jorge Queiroz • Espaço ao Património: Isabel Soares • Filosofia dia-a-dia: Maria João Neves • Letras e literatura: Paulo Serra • Missão Cultura: Direção Regional de Cultura do Algarve • Reflexões sobre urbanismo: Teresa Correia Parceiros: Direcção Regional de Cultura do Algarve e-mail redacção: geralcultura.sul@gmail.com e-mail publicidade: anabelag.postal@gmail.com online em: www.postal.pt e-paper em: www.issuu.com/ postaldoalgarve FB: www.facebook.com/ postaldoalgarve/ Tiragem: 6.878 exemplares

do respetivo tempo de vida, sendo reduzido num mundo e elevado no outro. Aparece ainda colado um cronómetro real debaixo do qual estão duas notas, uma em euros e outra em dólares, traduzindo que o tempo se sobrepôs e veio substituir as principais moedas nas transações atuais. Com grande destaque está a palavra “Time”, sendo mais largas as letras que estão pintadas no lado branco e mais estreitas as que estão pintadas no lado preto, traduzindo o fato de terem mais ou menos tempo de vida as pessoas de cada um dos dois lados. Como se trata de tempo de vida, a palavra está pintada em vermelho, escorrendo gotas ao longo da tela, como se se tratasse de sangue, símbolo da própria vida. l


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d.r.

REFLEXÕES SOBRE URBANISMO •••

O ordenamento do território e o turismo

Teresa Correia

Arquitecta / urbanista arq.teresa.correia@gmail.com

O turismo no Algarve, o ouro sazonal O turismo no Algarve desempenha para a região o pilar fundamental da nossa economia, o nosso ouro, aquele que permitiu a saída do subdesenvolvimento de grande parte da população. Este turismo que nos alimenta, nos dá a riqueza, nos dá emprego, faz movimentar o pequeno comércio, a restauração, a hotelaria, os serviços de animação turística, a grande dinâmica de golfe, entre outros. Porém, com os mercados concorrentes do mediterrâneo, do Norte de África, estamos nós preparados

para uma diminuição da receita que possa advir? O turismo necessita de um apoio claro do Governo, em infraestruturas de saúde, de segurança e de transportes. O setor privado tem feito a sua parte, na aposta de hotéis de qualidade, mas falta criar uma cultura de acolhimento digno, com infraestruturas de transporte modernas e ligações fáceis aos centros e aos aeroportos, com uma ferrovia leve e flexível, com equipamentos de saúde públicos, e espaços públicos valorizados. Esta parte só ao Estado diz respeito e parece tardar, ano após ano. Com a agitada discussão sobre o Brexit, será fácil prever que a redução do número de turistas ingleses está também à vista de todos, provocando um repensar sobre o que afinal temos como seguro e os nossos destinos. O ambiente de grande beleza, o clima, a gastronomia e a natureza amistosa do nosso povo são caraterísticas únicas que poderemos sempre valorizar no Algarve, mas não é suficiente para todas as crises. Será fundamental o pensar antecipadamente e a procura de novos mercados.

O ordenamento do território e o turismo A sustentabilidade do território é tantas vezes questionada pela pressão turística, tendo sido o Algarve durante décadas, julgado pela má utilização dos seus recursos, pela densificação excessiva. Embora haja exemplos infelizes, ainda assim, foram conseguidas melhorias significativas de infraestruturação, de contemplação da natureza, de valorização dos nossos núcleos históricos, não podendo referir que tudo seja mau. O ordenamento do território, por orientação governamental, teve em consideração este desígnio do Algarve, e procurou promover essa atividade, pela exceção. Em quase todos os regulamentos urbanísticos, consegue-se verificar que houve uma intenção de promover esta atividade, como exceção à proibição, permitindo a construção ou a ampliação no caso do turismo em espaço rural, nos estabelecimentos hoteleiros isolados, ou nos núcleos de desenvolvimento turísticos. A residência habitacional local das populações não foi tão grandemente valorizada, mas sobretudo o aspeto

O turismo necessita de um apoio claro do Governo •

de desenvolvimento económico do turismo. Será certamente relevante e fará sentido, mas considera-se também adequado outras funções para além desta, como a habitação, o aglomerado rural, o pequeno centro urbano que muitas vezes se localiza em cruzamentos de estrada e pequenos locais históricos de vivência, como um poço, ou uma capela. O equilíbrio entre a população residente e o turista Hoje, temos o debate sobre a capacidade da população residente em resistir ao turismo nos Centros Históricos, onde parece que o espaço do cidadão comum está a ser invadido ou desalojado. Embora possam existir excessos, em muitos casos, esta situação ainda está longe de provocar danos irreversíveis, pelo menos, no caso do Algarve. Aqui, faz tempo que tínhamos as camas paralelas e a densificação no Verão e estamos ha-

bituados. Aprendemos a lidar com as multidões faz décadas e não existe nenhum algarvio que se incomode, porque sabe que essa é uma realidade que lhe permite viver e crescer economicamente. Crescemos nesta ambiência e os nossos locais serão sempre nossos, porque no fim da época balnear estamos sozinhos. Esta situação é muito particular no Algarve e foge completamente à realidade de Lisboa e do Porto, por exemplo. A especificidade da nossa região devia ser ponderada em questões de restrições ao direito de instalar um alojamento local, porque já o fazíamos antes, mesmo sem ser dessa forma. Em termos de planeamento, faltará mais o regular no pormenor, na defesa do nosso património arquitetónico e da nossa memória coletiva. Na ausência destes documentos, o turismo poderá facilmente invadir e criar algum ruído e perturbação, o que seria evitável com uma visão urbanística das nossas cidades. l

ESPAÇO AGECAL •••

"Jornadas 20+10" - Encontro de gestores culturais de Espanha e Portugal d.r.

Jorge Queiroz

Direcção da AGECAL - Associação de Gestores Culturais do Algarve

As efemérides podem originar momentos de interesse, relançar ou propor novas ideias e projectos. Foi o que aconteceu no sul da Península Ibérica, em Isla Cristina, a 2 de Fevereiro, no magnífico espaço “Garum”, Centro de Inovação e Tecnologia da Pesca. Organizadas pela GECA – Gestores Culturais de Andalucia dezenas de gestores culturais espanhóis e portugueses reuniram-se nas “Jornadas 20+10”, que celebraram uma década de cooperação cultural transfronteiriça e também os 20 anos da GECA e os 10 anos da AGECAL, conferência apadrinhada pelo Ayuntamiento de Isla Cristina e com apoio da Junta da Andalucia.

Da parte espanhola foi salientada a maior atenção à Gestão Cultural por parte das Universidades e do Ministerio da Cultura de Espanha, patente na presença do ministro da Cultura nas recentes jornadas profissionais em Almeria. A Espanha, além de dezenas de Pós- Graduações e Mestrados, possui já licenciaturas em Gestão Cultural nas Universidades de Huelva e Córdoba, e irá abrir muito brevemente outra em Lugo. As intervenções e reflexões produzidas ao longo do dia salientaram a importancia da cultura para ambos os países, o valor espiritual-simbólico e económico da mesma num mundo em processo de globalização, também da necessidade, no âmbito das políticas culturais públicas, de preparar profissionais com boa formação teórico-prática capazes de analisar e acompanhar os complexos processos de desenvolvimento cultural, acção a articular com as universidades e politécnicos e associações socioprofissionais. A Gestão Cultural é uma ciência de formação recente, corresponde à evolução do pensamento nas sociedades

contemporâneas, necessidade de investigação aplicada nos domínios da cultura e necessidade de melhorar a gestão dos recursos culturais em cada região ou País. A GC tem componentes experimentais e práticas que deverão ser acompanhadas do estudo de disciplinas fundamentais como a História Cultural, Economia da Cultura, Direito da Cultura, Sociologia da Cultura e das Artes, Metodologias e Tecnicas, Tecnologias de Informação,… O caso português foi apresentado com informação estatística e reflexão sobre os vários domínios: balança comercial dos bens culturais, património, museus, bibliotecas, cinema, teatro, música… A dependência e fragilidade da economia da cultura dos países do Sul da Europa em relação à produção cultural de outras origens, nomeadamente anglo-saxónica, carece de políticas culturais e educativas que transmitam e valorizem a riquíssima cultura mediterrânica, a sua capacidade criativa e inovadora. Apesar do reequipamento de muitas cidades e maior atenção ao património, o peso da cultura no

Jornadas celebraram uma década de cooperação cultural transfronteiriça •

Orçamento Geral do Estado não reflecte a importância da língua e cultura portuguesa no mundo, nem as necessidades de desenvolvimento do País, aliados fundamentais no combate à desertificação e às assimetrias regionais. Foi referido por académicos e profissionais a preocupação com a tentativa política de criar artificialmente uma “identidade europeia”, contrária aos interesses da própria construção do projecto europeu ao abrir espaço a fenómenos negativos. A turistificação e festivalização ex-

cessivas foram também alguns dos problemas referidos. Foram ainda apresentadas diversas experiências de Gestão Cultural inclusiva, projectos na museologia e editoriais, protecção das actividades artesanais, rota dos castelos e do legado Andalusi, salvaguarda das salinas históricas, entre outros. À AGECAL foi atribuído um Prémio de reconhecimento pelo trabalho de dez anos de Cooperação Transfronteiriça entre a Andaluzia e o Algarve. As associações presentes irão continuar o trabalho conjunto. l


CULTURA • SUL

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LETRAS E LEITURAS •••

Vidas e Vozes do Mar e do Peixe, de Maria Manuel Valagão, Nídia Braz e Vasco Célio mos quando o sol quase se punha e se a despensa que já tinha poucas batatas levantava aquele vento quente de lemas que tinha de retribuir, enquanto as vante, enquanto me enxaguava na bica enfiava num alguidar que me incumbia em frente à casa (na altura ainda não de oferecer em troca… . . havia água canalizada que O livro chegasse à casa) para depois A ideia deste livro jantarmos peide Maria Manuel xe com batata Valagão, Nídia Braz ou batata com e Vasco Célio parte peixe (para ir de uma ideia desenvariando a dievolvida durante o ta alimentar). processo de elaboraEra esse o únição do livro Algarve co momento Mediterrânico. Trado dia em que dição, Produtos e o televisor era Cozinhas (2015) destapado e também da autoria ligado, ver a de Maria Manuel VaTieta do Agreslagão e Vasco Célio, te (sim, as • Livro retrata as comunidades marítimas e com Bertílio Gomes. novelas ainBem estruturado, de da eram brasileiras, na altura) ou ir leitura acessível, em linguagem espara a rua brincar com os filhos dos correita, que recolhe depoimentos de pescadores das casas ao lado. Reto«homens e mulheres que fizeram a sua mando o assunto em mãos, guardo vida no e com o mar» (p. 15), fixa a vida com enorme carinho as memórias dos dos produtos do mar (peixe, marisco, pescadores a puxar as redes cheias de sal) e da memória da pesca, com os peixe-rei que brilhava como prata, da barcos, os aparelhos de pesca, os usos chegada dos homens nos seus barcos e costumes marítimos, recolhendo as de madeira com motor, que depois vozes da memória individual e colectiva empurrávamos para a areia, sendo, no Algarve mediterrânico e atlântico. depois, o peixe vendido no mercado Foi através do mar que Portugal se de Quarteira ou de Faro ou deixado na aventurou ao mundo, e ainda hoje o areia a quem o quisesse levar (ainda era país tem uma vasta plataforma maría época da abundância), das mulheres tima, fonte de alimento e riqueza. Mas a lavar o lingueirão, dos passeios pela é sobretudo pelo Algarve dentro que Ria Formosa quando vazava e onde eu o mar se estende e se faz sentir, nessa gostava de tentar descobrir peixes re«extensa costa (…) ponto de partida, tidos em latas ou pneus, que ficavam de chegada de outros povos e também encalhados nos regos de água como de regressos», onde até ao século XX detritos que a ria se recusava a levar era mais fácil a «aproximação pelo mar mais longe, apenas para de vez em e pelos rios Arade e Guadiana» (p. 23). quando ser enxotado por algum hoAqui «mar e terra entrelaçam-se» (p. mem mal-encarado que me acusava 25) na usual prática (como a minha avó de andar a pisar o viveiro de amêijoas o confirma) de se trocar produtos da (sempre me transcendeu que se deterra por produtos do mar ou na formarcassem pedaços de terreno na ria ma como nas papas de milho (o xarém como quem delimita uma horta), dos agora tão em voga nos restaurantes homens a limpar os seus aparelhos de quando antes era uma comida de popesca onde no fio de nylon, brilhante bres) se incluem os bivalves, como como prata e invisível como um fio de berbigão, conquilhas ou amêijoas, e o baba, enrolado em grandes novelos toucinho frito. Se a sotavento a costa se ia enfiando o isco nos anzóis. Lemestende-se num cordão arenoso, com bro-me nitidamente como a minha várias aberturas, que criam a ilusão de avó recebia agradecida o peixe que os ilhas, a barlavento existem práticas pescadores lhe traziam, quando soarcaicas e intimamente ligadas como brava, resmungando no caminho para a pesca a linha nas falésias da costa rofotos d r

Paulo Serra

Doutorado em Literatura na Universidade do Algarve; Investigador do CLEPUL

Para falar do prazer que me deu descobrir e ler este livro agora publicado pela Tinta da China, numa belíssima e luxuosa edição, de grande dimensão, assumindo-se em simultâneo como um documento etnológico, um hino ao resgate da cultura local, um álbum de fotografias e uma espécie de postal dos produtos marítimos algarvios, tenho de fazer um intróito em que recapitulo as memórias da minha infância que estão fortemente ligadas a esta área geográfica, ao mar e, consequentemente, a esta obra. Tendo crescido junto ao mar (pois os meus avós tinham uma casa na ilha de Faro - se bem que na verdade se trate de uma restinga - e eu era aí despejado pelos meus pais nos finais de Junho, ou às vezes no início de Julho - logo depois do meu aniversário - para ser recolhido nas primeiras semanas de Setembro quando as aulas estavam prestes a começar), vivia, portanto, como um índio da meia-praia, sem roupa (à excepção de uns calções de banho), sem calçado, sem preocupações, durante cerca de três meses, em que a rotina consistia em tomar o pequeno-almoço ansioso para chegar à praia, ainda deserta, estrear o areal limpo de pegadas e caminhar até à Quinta do Lago, local onde desemboca a ponte de madeira… para depois alternar entre leituras estendido na toalha e revigorantes mergulhos. Seguia-se o almoço de peixe com batatas, após o qual se esperavam as fatídicas três horas de digestão, durante as quais se podia dormir a sesta (nem por isso…), jogar monopólio (com as netas da vizinha da casa do lado, filhas de emigrantes de franceses) ou ler. Pelas 16 horas, a minha avó pegava num farnel, voltávamos para a praia, de onde só regressáva-

chosa, e nesses trilhos descobriam-se enxames de abelhas bravas alojados na rocha calcária cujos favos de mel eram recolhidos e o mel generoso escorria pelas rochas até ao mar. A maritimidade já vem dos tempos pré-históricos, como o comprovam os concheiros, depósitos de cascas de mariscos diversos e as sepulturas dos primeiros habitantes da costa vicentina decoradas com camas de percebes. E essa maritimidade revela-se das formas mais inesperadas, quer no conhecimento íntimo que o povo ainda hoje tem das marés, como num surpreendente farol integrado na torre sineira de uma igreja. O Algarve marítimo é aqui desvendado, desde os tanques de salga das grandes estações arqueológicas, aos portos e barras, cujas areias móveis abrem e fecham, aos faróis dos cabos, aos estaleiros navais, às indústrias transformadoras de peixe, passando pelas marinhas, agora conhecidas por salinas, até à ria Formosa (Parque Natural de singular beleza) e a ria de Alvor, cujos ecossistemas complexos são «profusamente povoados por espécies animais e vegetais» (p. 47). Este livro retrata as comunidades marítimas nas suas vozes e vidas, transcritas em diversos relatos, ao mesmo tempo que transmite a informação mais diversa, e bastante preciosa, como descobrir que o peixe de viveiro pode ser mais saboroso do que o selvagem. O livro, dividido em cinco partes, explora a relação entre o mar, a maritimidade e a paisagem em «Paisagem, recursos e portos»; os recursos do mar e das rias através dos habitats e climas em «Pesca e Pescadores»; as memórias da pesca do bacalhau e do atum em «Pescas lembradas»; o percurso do peixe desde o mar até ao consumidor em «O peixe já em terra», outrora com as antigas práticas de venda como agora nas lotas e mercados, a conservação tradicional do peixe com a salga e a secagem, e um capítulo sobre as indústrias conserveiras, cujas fábricas ainda povoam a paisagem algarvia e as grandes chaminés dessas antigas fábricas têm sido integradas em novos edifícios; e em «Última vida do peixe» transcrevem-se algumas receitas transmitidas por boca. Por fim, a concluir, dá-se voz à modernidade através do testemunho

de três personalidades – Pedro Bastos, Bertílio Gomes e Dieter Koschina – que revelam como o peixe afinal puxa carroça e é uma matéria-prima muito fácil de recriar e de trazer à mesa dos portugueses e dos estrangeiros, pois «o bom peixe, sozinho, já é o cozinheiro» (p. 19), ao mesmo tempo que se questionam sobre os actuais riscos ambientais e apontam caminhos para o futuro do peixe e dos mares. Existe ainda um Anexo que reúne informação sobre muitas das espécies de peixe e marisco disponíveis nos mercados, um glossário marítimo e um útil índice das várias receitas apresentadas no livro. Este livro não só promove a preservação de todo um legado cultural, com as vozes da maritimidade e do seu povo, para que perdure nas gerações vindouras, como pretende estruturar a identidade algarvia num mundo em mudança no sentido da globalização e onde a biodiversidade marítima, de que dependemos, corre sérios riscos como se tem vindo a ver com as mudanças climatéricas ou as ilhas de plástico flutuante que poluem os oceanos.

Vasco Célio, Maria Manuel Valagão e Nídia Bráz •

Os autores

Maria Manuel Valagão é doutorada em Ciências do Ambiente, investigadora em Sociologia da Alimentação e Ambiente e é actualmente investigadora do Instituto de Estudos de Literatura e Tradição – Patrimónios, Artes e Culturas da Universidade Nova de Lisboa. Nídia Braz é doutorada em Engenharia Agroinsdustrial, professora na Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve e investigadora em Ciência de Alimentos. Vasco Célio é um fotógrafo baseado no Algarve. l pub


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CULTURA • SUL

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MISSÃO CULTURA •••

DiVaM cultiva o “processo patrimonial” Direção Regional de Cultura do Algarve

O DiVaM – Dinamização e Valorização dos Monumentos – é um projeto organizado pela Direção Regional de Cultura do Algarve, promovido desde o ano de 2014. Desde então e ao longo de cinco edições tem constituído um programa cultural a ser desfrutado pelas comunidades locais, residentes e visitantes dos sete monumentos da região algarvia, que acolhem as iniciativas. O programa conta desde a sua origem com a parceria de várias autarquias, agentes culturais e, nos últimos

anos, com a participação ativa das comunidades em alguns dos projetos de dinamização, de fruição e de vivência dos espaços patrimoniais. O DiVaM constitui um programa promotor do valor do património, não apenas como testemunho do passado, da memória e da identidade, mas determinante para que as pessoas que vivem esse património o possam ver com um “novo olhar”, fomentando a qualidade de vida das comunidades e a integração de novas perspetivas e narrativas. A “Convenção de Faro”, assinada em 2005, na, então, Capital Nacional da Cultura, apresenta um novo paradigma para a sustentabilidade social e cultural do património. Existe uma nova narrativa, associada aos benefícios da utilização e fruição do património pelas comunidades. A tónica deixa de ser

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a da preservação do património para passar a ser a do património como instrumento de promoção da qualidade de vida das pessoas, das comunidades e sociedades. Pretende-se com o tema do DiVaM 2019 – A VIAGEM – assinalar os 500 anos da primeira viagem de circum-navegação em torno do planeta Terra. Com o mote da grande viagem em torno de um lugar, pretende-se integrar projetos culturais que envolvam de forma ativa as comunidades, pretende-se redescobrir novos caminhos, novos lugares, abraçando novas perspectivas, novas narrativas e novas reinterpretações do património. Pretende-se promover o património cultural como factor de aproximação, de diálogo, de coesão social e de uma cidadania cada vez mais inclusiva.

O Património passa a ser visto enquanto processo: um processo patrimonial que se centra nas comunidades em que os seus valores, aspirações e necessidades são consideradas no processo de construção, reconstrução e celebração desse seu património, englobando diversas vozes e olhares. Tendo “A Viagem” como tema central do DiVaM 2019 e ape- O DiVaM 2019 tem como tema central “A Viagem” • lando à inclusão das culturais da região algarvia, à aprecomunidades no processo de conssentação de candidaturas para a trução de novos projetos culturais, programação do DiVaM 2019. l convidam-se todas as associações

Talvez não tenha havido em todos os tempos, filósofo mais cioso da verdade que Platão. Acreditando na inexistência de uma equivalência inexorável entre a Bondade, a Beleza e a Verdade, baniu todos os artistas da sua cidade ideal que retrata na República. O que seria de nós, caro leitor, num mundo sem arte?! Imagine um mundo sem nenhuma imaginação ou fantasia… Impossível, não é?

foram realçadas, extrapoladas e adornadas poética e retoricamente e que, depois de um uso prolongado, um povo considera firmes, canónicas e vinculantes”. A Arte de Mentir é o título do livro de kazuo Sakai - psiquiatra no hospital de Shibamata do Japão - e Nakana Ide - pseudónimo de um próspero homem de negócios e ensaísta que dirige uma grande editora na cidade de Tóquio. Neste livro podemos encontrar capítulos como: “Mentiras que tornam uma mulher mais bela”, “Mentiras que ajudarão um homem a triunfar”, ou “Mentiras que fazem com que o mundo gire”. O livro é um mergulho na para nós exótica e distante cultura japonesa. Segundo Ide Nakada “uma boa mentira é como a utilização de especiarias na cozinha: melhoram o sabor e acrescentam variedade ao desfrute da vida.” Por isso, a mentira é, para este autor, essencial! Afirma ainda que “contrariamente ao que os nossos pais e educadores nos ensinaram, as pessoas que mentem têm frequentemente vidas muito mais profundas e interessantes. Consequentemente, o último capítulo deste livro ensina a mentir eficazmente de forma a que os leitores possam desfrutar da vida “com mais cor e riqueza”. Com tantos pontos de vista provocadores de que está o leitor à espera para se juntar a nós no Café Filosófico? l

FILOSOFIA DIA-A-DIA •••

A arte de Mentir

Maria João Neves Ph.D Consultora Filosófica

Para quem desde sempre foi educado a não mentir e a tomar as mentiras como um pecado terrível, dispor-se a escrever sobre tal matéria envolve a priori uma valente dose de incomodidade. Mas este é um tema em que os queridos participantes do Café Filosófico vêm insistindo há bastante tempo. Fevereiro, mês das máscaras, do Carnaval, do disfarce, pareceu-me o momento adequado para me enfrentar a este assunto. Existem as chamadas mentiras piedosas que se dizem, por exemplo, a um doente terminal ou para protecção de um ente querido. Se durante a 2ª Guerra Mundial nos aparecesse a Guestapo à porta, não iríamos admitir que escondemos o nosso amigo judeu na despensa, certo? Existem também as mentiras inofensivas que fazem o mundo girar, como clicar no quadradinho “li e concordo” dos termos e condições de algum serviço da internet. Estas mentiras são, na generalidade, toleradas. É evidente que se todos nós mentíssemos constantemente a propósito de tudo e mais alguma coisa não existiriam comu-

nidades humanas. A mentira destrói o tecido social! Dos seus malefícios todos estamos plenamente cientes, portanto, guardarei os caracteres que me restam para abordar esta questão de ângulos menos convencionais. Se pensarmos um bocadinho repararemos que os nossos heróis dos filmes mentem imenso! Mentem por boas razões, claro, para criar uma cilada e apanhar um vilão, fazem-se passar por outros para espiarem alguém ou obter informações, etc. Nos filmes admiramos estes personagens pela sua destreza e jamais nos paramos a pensar nas implicações éticas de tais condutas. Casos há até que nos identificamos e desejaríamos ser como tal espiã, mestra em disfarces e álibis. Por que será? Há ainda um outro aspecto em que a mentira joga um papel preponderante; quando vemos um filme ou lemos uma história nós sabemos que é ficção, mas fazemos de conta que é verdade. Senão não nos envolvemos! Esta suspensão voluntária da descrença é uma condição sine qua non para podermos entreter-nos com uma boa história. A ideia foi apresentada pela primeira vez no livro Uma História Verdadeira do poeta satírico Luciano de Samóstata, que viveu no séc. II durante o reinado de Marco Aurélio. No prólogo o autor assume-se como mentiroso e apela à credulidade do leitor. Porém, o livro relata uma viagem à lua e contactos com vida extraterrestre. Factos que ou aconteceram ou se difundiram através da ficção científica.

função “assaltar de surpresa o previsível e o prognosticável”. Em Wilde os papéis invertem-se e é a vida que copia a arte, e a máscara é mais valiosa que a pessoa que a usa: “o interessante nas pessoas de boa sociedade é a máscara usada por cada uma delas, não a realidade mentirosa que sob a máscara se esconde.” Até a nossa visão do mundo é mediada pela arte: “As coisas existem porque nós as olhamos, e do modo co. . mo as vemos depende a influência que, pela mediação da Arte, exercem sobre nós. (…) Não se vê coisa nenhuma enquanto não se repara na sua beleza. Então, e só então, a coisa se eleva ao nível da existência. Presentemente as pessoas reparam nas névoas, nas por serem A mentira destrói o tecido social • névoas, mas porque poetas e pintores lhes Foi o seu discípulo Aristóteles quem conferiram todo o misterioso encanto criou condições para o nascimento das dos seus efeitos.” Belas Artes ao admitir que os artistas Já Nietzsche no seu Sobre Verdade podiam reproduzir a realidade de e Mentira afirma que o homem busca forma igual, inferior ou superior. Na esa verdade por razões pouco nobres, teira aberta por Aristóteles Oscar Wilde “anseia as consequências agradáveis escreve em 1889 um artigo escandada verdade, aquelas que mantêm a loso intitulado O Declínio da Mentira. vida;” e mostra-nos claramente os Aqui se defende fervorosamente que limites da linguagem e a impossibia arte deve “rejeitar a sinceridade, a lidade de se alcançar a verdade nela. fidelidade e a exactidão, e optar pela “Que é então a verdade? Uma hoste máscara e pela mentira”. Aliás, “o acto em movimento de metáforas, metoníde contar belas coisas não verdadeiras mias, antropomorfismos, em resumo, é o propósito exclusivo da arte” e a sua uma soma de relações humanas que dr

Inscrições para o café Filosófico: filosofiamjn@gmail.com


CULTURA • SUL

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MARCA D'ÁGUA •••

Simone Weil: a política e a fé em íntima ligação

Maria Luísa Francisco

Investigadora na área da Sociologia; Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

luisa.algarve@gmail.com

Simone Weil ensinou-nos que só há uma maneira de lidar eticamente com o poder: transformá-lo em serviço. Maria Clara Bingemer

A escolha das autoras sobre as quais escrevo tem tido como critério não só a sua importância literária, académica e espiritual, mas também a celebração de uma data especial ligada às suas vidas. Desde a crónica de Outubro tem havido um maior enfoque na espiritualidade, a partir de Março o enfoque será político. Gosto de perceber como a parte espiritual está plasmada na vida de um(a) autor(a), de um(a) escritor(a), de um(a) poeta. É também uma parte importante na minha vida enquanto cristã e católica sem “respeitos humanos”. Este conceito é usado quando um indivíduo tem vergonha de assumir a religião em que crê, ou por exemplo vergonha de se benzer ou rezar em público. Tenho orgulho em pertencer a esta maioria, mas já participei em encon-

tros inter-religiosos fora do país, em que, como católica, fiz parte da minoria. A participação em encontros ecuménicos e inter-religiosos deu-me uma visão mais plural sobre a forma de viver a vida e a espiritualidade. O diálogo e a partilha de experiências de vida com pessoas de credos e religiões diferentes tem sido uma aprendizagem enriquecedora. Simone Weil: militante e mística Comemora-se precisamente neste mês de Fevereiro 110 anos do nascimento da escritora, professora, filósofa e mística, que morreu aos 34 anos e deixou um legado incrível. É difícil sintetizar, mas vale a pena conhecer alguns traços da sua vida e obra. Nasceu em Paris no seio de uma família agnóstica. O seu pai era um médico francês de origem judia, e a sua mãe era de origem russa. A saúde de Simone Weil era frágil, mas era forte a sua capacidade de amar e de compadecer-se com o sofrimento dos outros. Enquanto militante sindicalista, tornou-se assalariada da Renault e de outras fábricas para viver na pele a condição operária, perceber assim o que significava a escravidão e para escrever sobre o quotidiano dentro das fábricas. Foi crítica acérrima do nazismo, do estalinismo, do trotskismo, lutou na Guerra Civil de Espanha ao lado dos republicanos e foi resistente à ocupação alemã. Aquando da luta na Resistência Francesa, em Londres, estava débil e recusou a alimentação prescrita pelos médicos, para ser solidária com os soldados franceses e comer apenas a ração diária igual à que lhes era distribuída. Esta situação agravou o seu estado de saúde, levando-a a ser internada com tuberculose. Morreu em 1943.

Simone Weil em Portugal no Verão de 1935

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As suas diferentes facetas foram vividas muito intensamente, desde operária fabril a mística. No fundo, teve a experiência mística através da prática e percebeu na pele o que vivem os mais frágeis da sociedade. Esse olhar atento, denunciador e ao mesmo tempo cheio de compaixão acompanhou-a sempre. Quando deixou a fábrica realizou a primeira experiência com o cristianismo, na Nazaré. Impressionou-se ao ver, numa noite de lua cheia, as mulheres dos pescadores da Nazaré, em procissão, à volta dos barcos, “com velas (…) e cânticos duma tristeza dilacerante”. Aqueles momentos fizeram-na reflectir sobre a dor e a escravidão e como o cristianismo é a religião que conduz a sair da condição de escravo. A segunda experiência com o cristianismo ocorreu em 1937 em Assis, e Simone Weil escreve o seguinte: “Estando só na pequena capela romana do Séc. XII de Santa Maria degli Angeli, incomparável maravilha de pureza, onde São Francisco de Assis rezou frequentemente, alguma coisa de mais forte me obrigou, pela primeira vez na vida, a colocar-me de joelhos”. A experiência mística e a prática Simone Weil na sua Autobiografia espiritual diz que nunca procurou Deus e que o próprio Cristo desceu até ela e a tomou. Ela faz a experiência mística por meio de sua vivência do real, que a leva a sentir-se tomada pelo amor de Deus. Essa experiência leva-a a, cada vez mais, se entregar inteiramente aos outros. Maria Clara Bingemer, teóloga brasileira, tem publicado bastante sobre o percurso espiritual de Simone Weil e

Albert Camus considerou Simone Weil o único grande espírito do seu tempo •

sobre as dificuldades que impediram a sua adesão total à Igreja, refere que se trata de “uma mulher que viveu uma experiência claramente cristã, embora não institucionalizada, aberta à pluralidade e em diálogo não só com o ateísmo e o agnosticismo do seu ambiente e do seu tempo, mas também com outras tradições religiosas e com diversas áreas do saber”.

Deixou mais de dez livros, inquietantes, que mostram que viveu e praticou aquilo que reflectiu. Não foi baptizada, mas viveu intensamente a vida de Cristo no seu sofrimento. É considerada uma mística afastada da Igreja institucional, no entanto aderiu de coração a tudo o que é o âmago do catolicismo e pode ser uma inspiração para a vida de muitos de nós. l

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••• OPINIÃO

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Sede: Rua Dr. Silvestre Falcão, 13 C 8800-412 Tavira - ALGARVE Tel: 281 320 900 Fax: 281 023 031 E-mail: jornalpostal@gmail.com Online: www.postal.pt FB: www.facebook.com/ postaldoalgarve/ FB: www.facebook.com/ cultura.sulpostaldoalgarve/ Issuu: issuu.com/ postaldoalgarve Twitter: twitter.com/ postaldoalgarve Director: Henrique Dias Freire Directora executiva: Ana Pinto Redacção: Ana Pinto (CO-721 A) Cristina Mendonça (CP 3258) Henrique Dias Freire (2207 A), Stefanie Palma Design: Bruno Ferreira Colaboradores: Afonso Freire, Alexandre Moura, Beja Santos (defesa do consumidor) Colaboradores fotográficos e de vídeo: Luís Silva / Miguel Pires Rui Pimentel Departamento comercial, publicidade e assinaturas: Anabela Gonçalves, Helena Gaudêncio José Francisco Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire (mais de 5% do capital social) Edição: Postal do Algarve - Publicações e Editores, Lda. Contribuinte: nº 502 597 917 Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do título (DGCS): ERC nº 111 613 Impressão: Naveprinter Distribuição: Banca - Logista, ao sábado com o Expresso/VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT Estatuto editorial: disponível em www.postal.pt/ quem-somos/

Beja Santos

Eliseu Correia

Ana Amorim Dias

Assessor do Instituto

Managing director EC Travel

Escritora

do Consumidor e consultor do POSTAL

eliseucorreia@sapo.pt

anamorimdias@gmail.com

Na fibromialgia, a responsabilidade é partilhada

Monchique continua a arder

“Bosta de bófia”??! A sério??

Passaram-se seis meses do pior incêndio que alguma vez assolou a região. Na altura, a comunicação social foi incansável em explorar a dor, a desgraça e o desespero das nossas gentes. Quem de direito também não quis deixar de aparecer e foi um corrupio de entidades oficiais a quererem aparecer e prometer ajuda a quem tinha perdido tudo. E que ia ser célere. E que ia ser diferente. E que ia ser. Mas não foi. E não é. Seis meses depois das 50 casas que foram destruídas, nem uma foi alvo de qualquer obra de recuperação. Entre o lamaçal da burocracia, da impotência perante a avalanche dos obstáculos, as vítimas tornam a ser vítimas ou, melhor, nunca deixaram de o ser. O PIB do Algarve nos últimos quatro anos cresceu o dobro do resto do país. O dobro!! Seria motivo mais do que suficiente para que quem de direito parasse de olhar para a nossa região como se fosse uma colónia de férias de Agosto, para perceber que o povo algarvio existe durante 365 dias por ano. Para que, finalmente, nos dessem aquilo a que temos direito, porque trabalhamos diariamente e honestamente para isso. Para que quem manda tivesse a sensatez de criar condições para que possamos produzir o que produzimos. Nem que fosse para proteger a sua fonte de rendimento mais apetecível. Porque se assim não for... qualquer dia a vaquinha deixa de dar leite, porque primeiro já não pode... e depois porque mesmo que quisesse já não quer. Façam finalmente alguma coisa pela gente. Podem começar por Monchique. Porque nos corações e nas almas de quem tudo perdeu... o incêndio ainda lavra. Todos os dias. Monchique continua a arder. Até quando?

O racismo existe quando há vários pesos e medidas. Existe quando se destratam, diminuem e humilham inocentes pelo tom da sua pele. Mas também existe quando se varrem para debaixo do tapete os cernes da questão, com a eterna desculpa do “agiram com racismo!” Tratemos os bois pelos nomes: Há a espécie humana e há, dentro dela, “raças”, se é que assim lhes podemos chamar. Todo o humano, enquanto ser social que é, está automaticamente obrigado a um conjunto de regras básicas que até são relativamente simples de seguir: não matar, não roubar, não agredir, enfim, respeitar a vida e propriedade alheia. Não é difícil, não é pedir muito. E sim, é transversal a todas as raças. Quando se compreender isto talvez já não seja preciso tentarem transformar constantemente os agentes da autoridade em monstros nem a toda a hora pintar de racismo a manutenção da ordem. Sim, a tal ordem que todo o humano, independentemente da raça, contribui para manter sempre que respeita os tais principiozitos básicos que talvez nos permitam continuar a existir enquanto espécie. Só mais uma coisa, sr. assessor do b.e., enquanto eu e outros humanos apreciadores da ordem lhe pagarmos o ordenado, não se atreva a voltar a denegrir quem todos os dias se arrisca para que eu, eles e você possamos andar pela rua sem riscos humanamente provocados. E acredite que não estou a ser racista, apenas humana.

Sem me querer alongar, recordo ao leitor que as expectativas dos utentes de saúde e dos doentes têm vindo a mudar radicalmente de natureza e de representação nas últimas décadas devido a um conjunto de factores: confronto do SNS com a população altamente envelhecida que exige um novo olhar sobre a sustentabilidade financeira e justifica uma maior delegação no indivíduo da responsabilidade de monitorização do seu estado de saúde; o interesse pela literacia e educação em saúde graças às potencialidades da internet para tornar a informação mais acessível a todos, o que veio a implicar a procura de influência por parte dos departamentos de saúde, laboratórios farmacêuticos, profissionais de saúde e suas ordens e, naturalmente, as associações de doentes. A fibromialgia é um bom exemplo de como a educação do doente traz todos os níveis de proveito. Por exemplo, a procura de alívio, ficando acamado, na esperança de que as dores aliviem ou desapareçam é, segundo os médicos, a opção mais errada. O tratamento da fibromialgia tem tudo a ganhar quando o doente obtém conhecimento acerca da doença, pratica exercício físico, aprende a aplicar técnica cognitivo-comportamentais e, de um modo geral, cuida de adoptar estilos de vida saudáveis, apesar dos condicionalismos da doença. A fibromialgia não deforma as articulações, não compromete órgãos internos (caso dos rins ou pulmões), não necessita de intervenções cirúrgicas. Causa é um sofrimento atroz, pode provocar uma extrema confusão na cabeça do doente, pode até crer que anda para ali alguma maluqueira, daí a necessidade de ter um médico experiente, ter acesso a sessões de ensino e reuniões de grupos de discussão, juntar-se à vida associativa dos doentes com fibromialgia. Um reumatologista escreveu um manual prático publicado pela MYOS que refere especificamente os benefícios do fortalecimento muscular, da actividade aeróbica, da flexibilização muscular e das técnicas cognitivo-comportamentais. Quando o doente se questiona qual o médico que deve consultar, a resposta é dada pelo autor do manual: “É consensual que o médico assistente do doente deve ter uma ampla experiência em doenças sistémicas, estar habituado a diagnosticar e tratar eficazmente as doenças ósseas, musculares e articulares. O reumatologista reúne as melhores condições para se assumir como o médico assistente dos doentes com fibromialgia”.

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Município de Tavira

Edital Deliberações

JOSÉ OTÍLIO PIRES BAIA, Presidente da Assembleia Municipal de Tavira TORNA PÚBLICO, que em sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Tavira, realizada no dia 29 de janeiro de 2019, foram tomadas as seguintes deliberações: 1.Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 12/2019/CM, referente à Descentralização – transferência de competência da administração central para a administração local. Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume Paços do Concelho, aos 29 dias do mês de janeiro do ano 2019 O Presidente da Assembleia Municipal, José Otílio Pires Baia

Tiragem desta edição:

6.878 exemplares

(POSTAL do ALGARVE, nº 1217, 8 de Fevereiro de 2019)


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8 de Fevereiro de 2019

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8 de Fevereiro de 2019

••• GUIA IMOBILIÁRIO


AS DEZ RESPOSTAS DE HUGO BARROS •••

A "escravização" depende exclusivamente de cada um Por Henrique Dias Freire

O que dizem os críticos da mudança?

Para os críticos da mudança, toda e qualquer mudança é nefasta e indesejável. Não obstante, a mudança é uma constante. Positiva ou negativa, a nível pessoal ou profissional, é uma certeza. Neste sentido, a permanente critica e fecho à mudança é uma negação da realidade, que irá impossibilitar a apreciação de qualquer mais-valia que possa resultar da geração de novas opções e novas realidades.

Quem ajudaria primeiro? Um(a) enfermeir(a), uma pessoa de muletas, um bebé a chorar ou um(a) idoso(a) de andarilho?

Talvez pela actual fase da vida, com duas crianças em casa, ou por configurar talvez o segmento mais frágil, a resposta é claramente “um bebé a chorar”. Assumindo que o choro resulta de uma necessidade de ajuda e não do choro normal do bebé.

Escolhas da Minha Vida! O Livro: "Bichos", de Miguel Torga O Prato: Conquilhas, da Ria Formosa. A Bebida: Vinho tinto, nacional (Alentejo, Algarve ou Douro) A Localidade: São Brás de Alportel, capitaldo mundo (esta é fácil) A Viagem: Israel e Palestina A Frase: "Feito é melhor que perfeito!" Escritor: Miguel Torga

Que mensagem essencial quer passar aos seus (dois) filhos?

Que o trabalho é motivo de orgulho, que a educação (formal e informal) é o melhor activo que devem ambicionar, que as melhores coisas da vida não têm preço, e que devemos actuar perante os outros como gostaríamos que actuassem connosco.

Quem é que o faz rir?

As crianças. Mais concretamente a minha filha. Pela simplicidade, genuinidade e autenticidade das acções/reacções, e da percepção de como um sorriso no momento certo pode permitir (quase) tudo.

O que aprendeu com aqueles que admira?

Que o trabalho, o altruísmo, a generosidade, e a integridade profissional são características intrínsecas insubstituíveis. E que os atalhos, por muito aliciantes que possam parecer, acabam por ser contra produtivos. Na voz da sabedoria popular “quem é bom não precisa se gabar, porque o trabalho, reconhecido ou não, é alvo de orgulho”

A dimensão das cidades é proporcional ao que esperamos delas?

As cidades agregam oportunidades e problemáticas crescentes quanto maior a sua dimensão. Adicionalmente, acabamos sempre por ser um alvo das nossas próprias expectativas, que influenciam a nossa actuação e modelam as nossas experiências. Neste sentido, diria que a dimensão das cidades, como em tudo, integra múltiplos factores, e que

Neta edição do jornal POSTAL, damos a conhecer o lado mais pessoal e intimista de uma Personalidade que faz mais e melhor na região do Algarve. Na quarta entrevista da série “As dez respostas de...”, as expectativas de cada um difere pela visão individual do mundo.

O que vê primeiro quando chega a uma cidade nova?

Felizmente, em função da actividade profissional, tenho tido oportunidade de conhecer cidades e culturas distintas. No entanto, o tempo acaba por ser extremamente curto, pelo que numa nova cidade, a primazia acaba por ser dada ao património arquitectónico e cultural, mais acessível e presente. No entanto, sempre que nos recordamos de uma cidade ou de uma viagem, penso que o factor intrinsecamente presente é a experiência culinária. Os cheiros, os sabores, os sons e as conversas. Essa é a experiencia a reter (e promover) em cada nova cidade.

Viajar dá-nos mais mundo ou ele já tem que estar em nós? Claramente que sim. Dá-nos mais mundo. Quebra mitos e preconceitos (nomeadamente de que “lá fora é melhor” ou que “lá fora são melhores que nós”). Abre horizontes e acolhe novas experiências. E penso que mais importante, viajar reforça o

ouvimos Hugo Barros, chefe de Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia (CRIA) da Unidade de Apoio à Investigação Científica e Formação Pós-Graduada da Universidade do Algarve.

reconhecimento das nossas raízes. Quando mais saímos mais valorizamos o retorno. E quanto mais conhecemos do mundo e mais experiências acolhemos, mais valorizamos aquilo que é a nossa realidade local.

A tecnologia está a escravizar-nos?

Considero que não. Reconheço que é uma visão, uma perspectiva. Mas penso que nos cabe a nós definir como acolher a tecnologia e o papel que deve tomar na nossa vida, quer pessoal, quer profissional. É fácil ficar escravo do e-mail, do telemóvel, da pressão das redes sociais e do mediatismo. Mas é igualmente fácil reconhecer o papel da tecnologia na melhoria da qualidade de vida, da democratização do acesso à informação, ou da optimização de processos. Penso que este é um processo que é comum e recorrente historicamente, e que foi efectivamente acelerado com o acesso à tecnologia, mas a suposta escravização é algo que depende exclusivamente de cada um.

Qual é a grande originalidade do CRIA?

A equipa que tem conseguido manter, com pessoas jovens, dinâmicas, interessadas, criativas,

empreendedoras, e altamente qualificada. E um grande sentido de “missão”, orientado pelas pessoas que têm liderado ou apoiado a actividade, desde reitores e respectivas equipas das reitorias, a coordenadores, administradores e parceiros externos. Mais que tudo, penso que a noção de que o importante é acrescentar valor para quem nos procura, sabendo que não conseguiremos apoiar em todas as áreas, mas que o empreendedor, o investigador ou a empresa são a prioridade, e que é por eles que existimos, para procurar soluções.

A Pergunta ao entrevistador Quais os três principais desafios para o Algarve nos próximos dez anos?

Henrique Dias Freire: Temos urgentemente que atrair e manter trabalhadores excelentes e tornar a região do Algarve num Pólo de Talento e Inovação no Mundo. Como terceiro desafio, é sine qua non garantir o fortalecimento das empresas jornalísticas com sede na região. Só com uma imprensa forte e independente podemos garantir o desenvolvimento de uma sociedade saudável e a qualidade da justiça.


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••• REGIÃO

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CONGRESSO DE MEDICINA NATURAL DEDICADO ÀS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS fotos retiradas do facebook delterre

􀪭􀪭 O evento teve uma forte adesão e contou com cerca de 180 participantes ao longo do dia Stefanie Palma / Henrique Dias Freire

stefanie.palma.postal@gmail.com

O que é o congresso de medicina natural? O Congresso de Medicina Natural é um evento onde se aborda um tema geral específico e um subtema. É, portanto, uma iniciativa onde se juntam profissionais tanto para assistir como para participar, e até pessoas a título individual para aprender e divulgar temáticas que se relacionem com a medicina natural. Muitas vezes estão associadas ao tema do congresso e procuram soluções para resolver os seus próprios problemas. Neste congresso em concreto foram abordadas as doenças respiratórias e,

mais concretamente, a problemática da asma. O IV Congresso de Medicina Natural do Algarve teve lugar no passado sábado, 2 de Fevereiro, entre as 9:30 e as 19:30 horas, no auditório do Edifício Municipal – Lagos Séc. XXI. Este evento contou com a participação de oradores nacionais e internacionais, e foi organizado pela ESMET- Escola de Medicinas Tradicionais e pela Associação Lagoriente. O jornal POSTAL falou com Luisa Almeida e David Franco, que participaram no evento, “fomos os patrocinadores do congresso, através da Delterre. Representámos os laboratórios dos quais somos representantes em Portugal – Quinton- em que os produtos estão em fase de regula-

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mentação, mas este ano já estarão disponíveis para venda. São produtos à base de água do mar cuja matéria-prima é recolhida em pontos específicos do Oceano, ricos em fitoplâncton, microfiltrada a frio – do laboratório Quinton. Representámos também outro laboratório francês, cujos suplementos foram criados por um professor de Luísa Almeida, Robert Masson e já se encontram disponíveis em www.delterre.pt", afirmam. “No congresso apresentámos os produtos da Quinton, sprays nasais, que se podem utilizar em várias partes do corpo como é o caso dos olhos. Temos ampolas bebíveis que também são convertidas em sprays”, explicam. Quanto aos sprays, mencionaram “que a embalagem é bastante fiável porque não está em contacto com mais nada, a não ser com o saco esterilizado que o protege”. Esta é a segunda vez que o jovem casal participa no congresso de medicina natural. Na primeira vez, Luísa Almeida participou como palestrante e abordou a temática da terapia sacrocraniana. Neste quarto congresso participaram como patrocinadores. O evento teve uma forte adesão e estima-se que tenha tido cerca de 180 participantes, repartidos ao longo do dia. Durante o dia foram ministradas várias palestras que abordaram os mais variados temas, como é o caso do tratamento da alergia através da

água do mar ou a medicina tradicional chinesa. Segundo os patrocinadores, “o congresso é sempre uma oportunidade de travar conhecimento com profissionais. Nós pertencemos a um blogue clínico que se chama osmose. com.pt, e com o congresso tivemos oportunidade de estar em contacto

com profissionais de várias áreas do país, de conhecer grande parte deles pessoalmente e de debater ideias”. David Franco contou ao POSTAL que no congresso “estiveram dois médicos palestrantes espanhóis que já trabalham com os produtos Quinton há mais de 30 de anos e que a sua utilização é já uma prática comum”. Segundo os impulsionadores destes produtos, “é o único a nível mundial com este processo de fabrico, sendo que o processo é patenteado. Não há mais ninguém que o faça igual. Daí ter os resultados que tem, tanto a nível respiratório, cutâneo, osteoarticular, digestivo, ginecológico, urogenital, entre outras áreas”. Sublinhou ainda que “conhecemos estes produtos na formação adquirida por Luisa Almeida em naturopatia, em França. Posteriormente, entrámos em contacto com o produtor em Espanha e achámos que podíamos começar a utilizá-los nas formas de tratamento. A barreira era o facto destes não serem comercializados em Portugal. Então juntámos o útil ao agradável e tornámo-nos representantes”. “Estamos contentes por ter sido possível participar activamente num congresso que oferece muita qualidade e agradecemos ao Dr. Victor Varela pela confiança depositada. Ficámos felizes pela adesão das pessoas e sobretudo por quererem saber mais e experimentar. E assim foi, experimentaram nos olhos e no rosto, e o descongestionamento foi imediato”, conclui o casal.

􀪭􀪭 Luísa Almeida e David Franco apresentaram os seus produtos no congresso


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Cartório Notarial em Tavira O Notário Bruno Filipe Torres Marcos EXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Justificação, outorgada em 25.06.2018, exarada a folhas 81-A e seguinte do competente Livro n.º 126-A do Cartório Notarial em Tavira, do Notário Bruno Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A, que: - Mário Pereira Clemente, natural da freguesia de Azinhal, concelho de Castro Marim, casado com Ilda Maria da Conceição de Jesus Clemente, residente na Rua de São Brás, n.º 57, 8800-706 Tavira; - Declarou ser dono e legítimo possuidor, com a natureza de bens próprios e com exclusão de outrem, dos seguintes imóveis, não descritos na competente Conservatória do Registo Predial: a) prédio rústico, composto por terra de cultura e mato, que confronta a norte com Daniel Dias, a sul e a poente com Maximina Maria e a nascente com Custódio Gil, com a área de três mil oitocentos e quarenta metros quadrados, sito em Corga Funda, freguesia do Azinhal, concelho de Castro Marim, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 89, secção A, com o valor patrimonial tributário de 24,83 €; b) prédio rústico, composto por terra de cultura com árvores, que confronta a norte com Martinho Serafim, a sul com António Serafim, a nascente com caminho público e a poente com José Anastácio, com a área de seiscentos e oitenta metros quadrados, sito em Corujos, freguesia do Azinhal, concelho de Castro Marim, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 66, secção C, com o valor patrimonial tributário de 17,03 €; c) prédio urbano, composto por casa de habitação térrea com pátio, que confronta a norte e nascente com António Madeira, a sul com José Afonso e a poente com rua, com a área total de setenta e seis metros quadrados e a área coberta de quarenta e um metros quadrados, sito em Corujos, freguesia do Azinhal, concelho de Castro Marim inscrito na respetiva matriz sob o artigo 291, com o valor patrimonial tributário de 5.750,00 €; d) prédio urbano, composto por casa de habitação térrea com pátio, que confronta a norte com António Rosa Pereira, a sul com caminho, a nascente com Joaquim Pereira e a poente com José Mestre, com a área total de noventa e quatro metros quadrados e a área coberta de quarenta e quatro metros quadrados, sito em Magoito, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 532, com o valor patrimonial tributário de 4.730,00 €; e) prédio urbano, composto por casa de habitação térrea com quintal, que confronta a norte, a sul e a nascente com via pública e a poente com Mário Clemente, com a área total de cento e oitenta e três metros quadrados e a área coberta de sessenta e seis metros quadrados, sito em Magoito, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 536, com o valor patrimonial tributário de 3.790,00 €; f) prédio urbano, composto por casa de habitação térrea com pátio, que confronta a norte com o Mário Clemente, a sul e a nascente com via pública e a poente com Manuel António, com a área total de setenta e cinco metros quadrados e a área coberta de sessenta metros quadrados, sito em Magoito, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 533, com o valor patrimonial tributário de 5.680,00 €; e g) prédio urbano, composto por casa de habitação térrea com pátio, que confronta a norte e a sul com o Mário Clemente, a nascente com via pública e a poente com Manuel Dias, com a área total de trinta e cinco metros quadrados e a área coberta de vinte e cinco metros quadrados, sito em Magoito, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 530, com o valor patrimonial tributário de 2.370,00 €; - Tendo alegado para o efeito que os mesmos chegaram à posse dele no ano de 1995, em data que não pode precisar, por partilha meramente verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita na sequência do óbito de seus pais António Clemente e mulher Maximina Maria, residentes que foram no Sítio dos Corujos, Azinhal, Castro Marim; - Que, porém, desde aquele ano, portanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa-fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesar quaisquer direitos de outrem e ainda convencido de ser o único titular do mencionado direito de propriedade daqueles prédios, e assim o julgando as demais pessoas, tem possuído os mesmos – amanhando a terra, tratando das árvores, recolhendo os respetivos frutos dos dois terrenos rústicos, e chegado a fazer obras de reparação e conservação necessárias nos urbanos, suportando os encargos ou despesas com a sua manutenção, e pagando contribuições e impostos devidos – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriu por USUCAPIÃO o referidos imóveis, o que invoca. Tavira e Cartório, em 25 de Junho de 2018. O Notário, Bruno Filipe Torres Marcos Conta registada sob o n.º 2/2018003/4 (POSTAL do ALGARVE, nº 1217, 8 de Fevereiro de 2019)

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Cartório Notarial em Tavira O Notário Bruno Filipe Torres Marcos EXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Justificação, outorgada em 16.01.2019, exarada a folhas 62 e seguinte do competente Livro n.º 139-A do Cartório Notarial em Tavira, do Notário Bruno Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A, que: - José Martins Pereira, e mulher Maria Leontina Viegas, ambos naturais da freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, onde residem no Sítio da Ribeira de Bemparece; - Declararam ser donos e legítimos possuidores e com exclusão de outrem, do prédio rústico composto por terra de pastagem com barracão destinado a recolha de alfaias e produtos agrícolas, com cerca de dez metros quadrados, que confronta a norte com Estrada, a sul com Inácio Viegas, e a nascente e poente com caminho, com a área total de 290,00 m2, sito no Alqueivinho, na freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, inscrito matriz a favor do justificante marido sob o artigo 3136, não descrito na Conservatória do Registo Predial; - Tendo alegado para o efeito que o mesmo chegou à posse deles no ano de 1969, em data que não podem precisar, por compra meramente verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita a Inácio Viegas e mulher Maria Antónia, residentes que foram na Ribeira de Bemparece, Santa Catarina da Fonte do Bispo; - Que, porém, desde aquele ano, portanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa-fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de serem os únicos titulares do mencionado direito de propriedade daquele prédio, e assim o julgando as demais pessoas, têm possuído o mesmo – amanhando a terra, nela pastando os animais, suportando os encargos ou despesas com a sua manutenção – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriram por USUCAPIÃO o referido imóvel, o que invocam. Tavira e Cartório, em 16 de Janeiro de 2019. O Notário, Bruno Filipe Torres Marcos Conta n.º 2/151 (POSTAL do ALGARVE, nº 1217, 8 de Fevereiro de 2019)

Município de Faro

MANTA ROTA - VILA NOVA DE CACELA

EDITAL n.º 167/2018 Aprovação da delimitação da área de reabilitação urbana (ARU) da frente ribeirinha de Faro e Discussão Pública do programa estratégico de reabilitação urbana (PERU) da área de reabilitação urbana da frente ribeirinha de Faro Rogério Conceição Bacalhau Coelho, Presidente da Câmara Municipal de Faro, torna público que, na reunião da Câmara Municipal realizada no dia 19 de novembro de 2018, foi deliberado, por unanimidade, nos termos e para efeitos do disposto no artigo 13.º do Regime Jurídico da Reabilitação Urbana, estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 307/2009, de 23 de outubro, alterado e republicado pela Lei n.º 32/2012, de 14 de agosto, aprovar a delimitação da área de reabilitação urbana (ARU) da frente ribeirinha de Faro, e ainda, nos termos e para efeitos do disposto no artigo 17.º do Regime Jurídico da Reabilitação Urbana, estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 307/2009, de 23 de outubro, alterado e republicado pela Lei n.º 32/2012, de 14 de agosto, e de acordo com o n.º 2 do artigo 89.º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, proceder à abertura de um período de discussão pública do programa estratégico de reabilitação urbana (PERU) da área de reabilitação urbana da frente ribeirinha de Faro. O período de discussão pública terá início no 15.º dia útil após a publicação do presente aviso no Diário da República, e decorrerá durante o prazo de 30 dias úteis. Os elementos relativos ao PERU poderão ser consultados nas instalações do Departamento de Infraestruturas e Urbanismo da Câmara Municipal de Faro, no Largo de São Francisco, todos os dias úteis, durante a hora de expediente, e na página do Município na Internet, em www.cm-faro.pt. A formulação de participações deverá ser efetuada por escrito, até ao termo do referido período, e dirigida ao Presidente da Câmara Municipal de Faro, por correio ou, ainda, por correio eletrónico, para o endereço geral@cm-faro.pt com indicação expressa de “Discussão pública do programa estratégico de reabilitação urbana da área de reabilitação urbana da frente ribeirinha de Faro”. Para constar e devidos efeitos se lavra o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de estilo, publicado na 2ª Série do Diário da Republica, na comunicação social e na página eletrónica do município.

JOÃO JOSÉ CORREIA 94 ANOS AGRADECIMENTO Sua querida família cumpre o doloroso dever de agradecer reconhecidamente a todas as pessoas que assistiram ao funeral do seu ente querido, realizado no dia 19 de Janeiro, para o Cemitério de Vila Nova de Cacela, bem como a todos os amigos que manifestaram o seu pesar e solidariedade. Agradecem também a todos que rezaram Missa do 7º Dia pelo seu eterno descanso.

“Paz à sua Alma”

Paços do Concelho, 04 de dezembro de 2018 O Presidente da Câmara Municipal de Faro Rogério Bacalhau Coelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1217, 8 de Fevereiro de 2019)

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NECROLOGIA

8 de Fevereiro de 2019

DANIEL DO CARMO LUÍS

GR ACINDA MARIA

ELEUTÉRIO MANUEL DO NASCIMENTO GOMES

24-04-1943 15-01-2019

31-03-1931 16-01-2019

05-05-1957 18-01-2019

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

SANTIAGO TAVIRA SANTA MARIA E SANTIAGO TAVIRA

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IRENE RODRIGUES

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19-06-1923 21-01-2019

29-12-1929 22-01-2019

16-04-1952 24-01-2019

Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

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08-09-1953 27-01-2019

12-10-1952 04-02-2019

Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

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REGIÃO •••

8 de Fevereiro de 2019

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ALBUFEIRA ENCHE DE COR ESPAÇOS SEM VIDA fotos d.r.

O projecto, orçado em cerca de cinco mil euros, tem como objectivo embelezar o espaço público da cidade 􀪭􀪭 As pinturas alusivas à história de Albufeira estão a ser realizadas em 32 caixas espalhadas pela baixa e casco antigo da cidade Stefanie Palma / Henrique Dias Freire

stefanie.palma.postal@gmail.com

Já reparou nas caixas de distribuição de energia eléctrica espalhadas pelo país? A cor cinzenta e sem vida impera… A Câmara Municipal de Albufeira teve uma ideia inovadora para contornar este facto. As ruas do Centro Histórico de Albufeira estão agora diferentes graças à arte urbana. As caixas de distribuição de energia eléctrica ganham, assim, outra vida. O cinzento característico dá lugar a uma palete de cores, que retratam os usos e costumes da cidade, outrora vila piscatória. As pinturas alusivas à história de Albufeira estão a ser realizadas em 32 caixas espalhadas pela baixa e casco antigo da cidade. A iniciativa partiu do Município de Albufeira, através do projecto ALBU.ST.ART que, em colaboração com a associação “100 Pavor”, pretende melhorar a imagem do espaço público da cidade ao mesmo

tempo que dá a conhecer as raízes de Albufeira a quem por ali passa. O Largo do Rossio, a Rua e o Beco Latino Coelho, bem como a área junto ao elevador da Praia do Peneco foram as primeiras zonas de intervenção do projecto ALBU.ST.ART, que consiste na pintura e embelezamento das caixas de distribuição de energia eléctrica. Ao todo, serão 32 caixas a ganhar uma nova vida pela mão do artista Flávio Pontes, conhecido por Fly, que integra a “100 Pavor”, uma associação de artistas plásticos parceira do Município nesta iniciativa. Na segunda fase do projecto serão contempladas as caixas localizadas na Esplanada Frutuoso da Silva, Rua José Bernardo de Sousa (sobre o túnel), Praça da República, Rua do Correio Velho (largo), Rua do Cemitério Velho, Rua da Bateria, Porta da Cidade, Praça dos Pescadores (à entrada do Pontão e junto às escadas rolantes); em frente ao restaurante “A Tasca”; e nas diversas casas de banho públicas. As caixas contam com pinturas que re-

presentam imagens e ícones alusivos aos costumes e tradições da antiga vila piscatória e incluem ainda referências ao multiculturalismo e à inclusão social que se vive no concelho. O projecto, orçado em cerca de cinco

mil euros, tem como objectivo embelezar o espaço público da cidade, divulgando a história de Albufeira a residentes e turistas. Uma ideia diferente que não deixará nenhum morador ou visitante indife-

rente. Por isso já sabe, se passar por Albufeira, não perca a oportunidade de contemplar esta forma de arte e também de aprender um pouco mais sobre a história desta cidade plantada à beira-mar.


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8 de Fevereiro de 2019

Tiragem deste edição: 6.878 EXEMPLARES

O POSTAL regressa dia 22 de Fevereiro

••• ÚLTIMA

TAVIRENSES HOMENAGEADOS NO DIA DE SANTA MARIA fotos: miguel pires

feito com arte, com saber e com gosto. Promoveu a cidade nesse sentido e agora que se reformou achámos por bem referenciá-lo, porque promoveu bem o nome de Tavira, quer a nível nacional, quer no estrangeiro”. A equipa do serviço de sangue do Centro Hospitalar Universitário do Algarve também foi homenageada. José Mateus referiu que “esta é uma equipa que prima pelo profissionalismo e pelo humanismo”. Para receber esta distinção estiveram presentes duas técnicas de análises: Celene Nunes e Laura Correia. O dirigente da Junta de Freguesia realçou qual é o objectivo destas festividades, “pretendemos manter

a identidade de ambas as freguesias, apesar destas terem sido extintas e terem dado origem à união das freguesias” e “tal como comemoramos o Dia de Santa Maria também comemoramos o Dia de Santiago no dia 25 de Julho”. Nas comemorações estiveram presentes Jorge Botelho, presidente da Câmara Municipal de Tavira, vereadores, executivo da junta e Ana Serafim, presidente da Assembleia de freguesia. A cidade de Tavira pretende assim estar cada vez mais perto da sua comunidade, distinguindo aqueles que mais se destacam nas mais variadas áreas.

􀪭􀪭 Ezequiel Carmo, Rui Gomes, Celene Nunes e Laura Correia (em representação do Serviço de Sangue do Centro Hospitalar Universitário do Algarve) foram distinguidos pela União de Freguesias de Tavira

Stefanie Palma / Henrique Dias Freire

stefanie.palma.postal@gmail.com

A comunidade tavirense é bastante ligada aos costumes da sua terra, bem como às suas gentes… E, como tal, a União de Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago) não podia deixar de comemorar o Dia de Santa Maria que se assinala a 2 de Fevereiro. Deste modo brindaram a população tavirense com um conjunto de actividades, tais como, um concerto na Igreja do Carmo, uma missa na Igreja de Santa Maria e uma prova desportiva de cicloturismo. Na noite do passado sábado, a União

de Freguesias decidiu brindar a população com um concerto, onde foi dada a conhecer um pouco da cultura de Tavira, dando oportunidade aos músicos da Banda Musical de Tavira e ao maestro Filipe Barragão de se evidenciarem. Também a jovem maestrina tavirense Daniela Rodrigues presentou a plateia com um espectáculo, onde orientou o Coral Jubilate Deo, que é composto também por vários jovens tavirenses. Ao longo desta noite foram homenageados algumas pessoas de Tavira que se destacaram no panorama local. José Mateus, presidente da União de Freguesias de Santa Maria e Santiago, falou com o POSTAL sobre as comemorações e disse que “nós procurámos que as pessoas distinguidas fossem

exemplos de vida, exemplos que devem ser seguidos por todos nós”. Ao longo da noite foram distinguidas três pessoas. Uma delas é Rui Gomes, um jovem tavirense que é dador de sangue e medula óssea, e que inclusivamente já salvou uma pessoa. Nas palavras do presidente “é um exemplo a seguir, pois é uma pessoa que demonstra altruísmo, amor pelo próximo e um grande sentido de entreajuda”. Foi ainda homenageada uma pessoa que foi uma referência na cidade de Tavira, chama-se Ezequiel Carmo e actualmente tem 79 anos. Dedicou a sua vida à pastelaria e promoveu os doces regionais de Tavira. O autarca referiu que “Ezequiel foi uma pessoa que tudo o que fazia era

􀪭􀪭 José Mateus diz que os homenageados são "exemplos de vida a seguir"

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