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VÍTOR RAPOSO: O ARTISTA QUE EMBELEZA ALBUFEIRA

ECONOMIA DO ALGARVE VAI CONTINUAR A CRESCER

“Eu faço isto como um hobbie, è 17 com amor a Albufeira”

- segundo António Ramalho, è9 CEO do Novo Banco

DISTRIBUÍDO COM O EXPRESSO VENDA INTERDITA Director Henrique Dias Freire • Ano XXXI Edição 1219 • Quinzenário à sexta-feira 8 de Março de 2019 • Preço 1,50€

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APAV apela à denúncia da violência doméstica

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MÚSICA JA: jovens algarvios a concurso è6 d.r.

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CARNAVAL DE LOULÉ ATRAI MILHARES

Festival das Camélias está de volta a Monchique è 20 d.r.

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CIRCO, SELFIES E MUITA SÁTIRA ANIMAM

foto: andrea camilo e eunice silva

􀪭􀪭 O Rancho Folclórico Infantil e Juvenil de Loulé participou pelo sexto ano consecutivo no corso carnavalesco Andrea Camilo/ Eunice Silva / Henrique Dias Freire

jornalpostal@gmail.com

O Carnaval mais antigo do país saiu à rua, entre os dias 3 e 5 de março, para a sua 113ª edição. O tema deste ano, “Circo Selfie”, teve como principal destaque as artes circenses aliadas

à palavra selfie, a mais utilizada do momento até pelo Presidente da República. Esta escolha deveu-se “à cor que (o circo) tem, à panóplia de disfarces que podemos utilizar e àquilo que são os elementos figurativos que temos no nosso museu”, tal como adianta Carlos Carmo, vereador da Câmara Municipal de Loulé, e um dos responsáveis da organização do Carnaval. pub

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A sátira política, social e desportiva, é já imagem de marca do corso anual na Avenida José da Costa Mealha, contando com figuras bastante conhecidas do panorama político-social português. Cristiano Ronaldo, Mário Centeno, Donald Trump e Theresa May foram algumas das personalidades em destaque neste desfile, que, tal como afirma André Leman, diretor de segurança do evento, “é alusivo a situações relacionadas com a sátira política, está muito giro! Acho que as pessoas acabam por usar este tema e o Carnaval para poder dizer aquilo que não têm coragem de dizer diretamente aos políticos”. A organização referiu, ainda, que procura sempre inserir novas figuras, de ano para ano, tentando sempre reutilizar o máximo de adereços possível, reduzindo desperdícios e custos, mantendo sempre a originalidade e a diversidade. Este ano, o desfile contou com cerca de seiscentos participantes, entre grupos de animação contratados, grupos de animação das coletividades do concelho, escolas de samba e tripulantes dos 14 carros alegóricos,

sendo totalizado um investimento de 350 mil euros por parte da autarquia. Das receitas angariadas através da venda dos bilhetes, cinquenta por cento reverte a favor das associações presentes no desfile, sendo que os outros cinquenta por cento serão distribuídos por diversas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho de Loulé, como a UNIR e o Existir. O dinheiro entregue às associações é utilizado para trabalhar, ao longo do ano, com as crianças, tal como acrescenta Maria Cristina, do Rancho Folclórico Infantil e Juvenil de Loulé, afirmando que “as roupas e os sapatos (do rancho) são todos muito caros, isto é uma maneira de angariar dinheiro. A câmara dá-nos uma verba, com a nossa participação, e esse dinheiro nós gastamos com os miúdos, nos fatos, nas saídas para fora e nos almoços nessas mesmas saídas”. A segurança do espaço é, também, uma preocupação para a autarquia, pelo que os protocolos de segurança têm sido melhorados ano após ano. André Leman, responsável pela segurança do evento há vários anos, afirma que este foi um sucesso, “tal como em anos anteriores, especialmente a nível da população local, visto que estão a agir mais e estão mais habituados aos procedimentos de segurança”. De salientar que este evento se tornou a imagem de marca da cidade de Loulé, sendo “uma festa já identitária, e tão antiga que já não se consegue pensar em Loulé sem pensar no Car-

􀪭􀪭 Participaram no evento mais de 600 foliões distribuídos por 14 carros alegóricos


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CARNAVAL DE LOULÉ naval, portanto daí vem logo a extraordinária importância que tem este corso carnavalesco. Loulé é conhecido no país também por causa do Carnaval”, refere Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé. Nestes três dias de festa, e apesar da chuva que se fez sentir, foram milhares os foliões que se deslocaram à Avenida José da Costa Mealha, para este que é um dos eventos com maior valor histórico e cultural do país.

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Sede: Rua Dr. Silvestre Falcão, 13 C 8800-412 Tavira - ALGARVE Tel: 281 320 900 Fax: 281 023 031 E-mail: jornalpostal@gmail.com Online: www.postal.pt FB: www.facebook.com/ postaldoalgarve/ FB: www.facebook.com/ cultura.sulpostaldoalgarve/ Issuu: issuu.com/ postaldoalgarve Twitter: twitter.com/ postaldoalgarve Director: Henrique Dias Freire Directora executiva: Ana Pinto Redacção: Ana Pinto (CO-721 A) Cristina Mendonça (CP 3258) Henrique Dias Freire (2207 A), Stefanie Palma Design: Bruno Ferreira Colaboradores: Afonso Freire, Alexandre Moura, Beja Santos (defesa do consumidor) Colaboradores fotográficos e de vídeo: Luís Silva / Miguel Pires Rui Pimentel Departamento comercial, publicidade e assinaturas: Anabela Gonçalves, Helena Gaudêncio José Francisco Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire (mais de 5% do capital social) Edição: Postal do Algarve - Publicações e Editores, Lda. Contribuinte: nº 502 597 917 Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do título (DGCS): ERC nº 111 613 Impressão: Naveprinter Distribuição: Banca - Logista, ao sábado com o Expresso/VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT Estatuto editorial: disponível em www.postal.pt/ quem-somos/

Tiragem desta edição:

6.813 exemplares

Beja Santos

Ana Amorim Dias

Henrique Dentinho

Assessor do Instituto

Escritora

Artista plástico

do Consumidor e consultor do POSTAL

anamorimdias@gmail.com

A farmácia, a comunidade, o SNS

Road trip

Selva

Corre uma petição nas farmácias e na internet com o título “Salvar as farmácias, cumprir o SNS”, que tem a ver com o facto de aproximadamente 25% das farmácias estarem sob penhora ou com o espectro da insolvência. O risco do seu desaparecimento é uma ameaça séria para a saúde pública, é um assunto de todos nós. Saberá o leitor que numa altura em que os cuidados de saúde têm um futuro incerto, e custos por vezes onerosos, o aconselhamento farmacêutico é totalmente gratuito e lhe possibilita escolhas corretas para o seu bem-estar, está ali mesmo ao seu alcance, é a instituição mais próxima que o cidadão tem com o sistema de saúde? Diz a petição que “com mais de três farmacêuticos por farmácia, a rede portuguesa é uma das cinco melhores do mundo”. É, mas corre o risco de deixar de ser. Ninguém ignora que fecham delegações bancárias, quartéis, extensões de centros de saúdes, tribunais, correios, e fechar uma farmácia numa localidade do interior não é um mero transtorno ou uma perda de acessibilidade, é a perda, prática e afetuosa, de ter uma dispensa de medicamentos com conselho, questionar o farmacêutico, quando se sofre de uma doença crónica, se este ou aquele medicamento não prescrito tem compatibilidade com a terapêutica que segue, pois há sempre interações entre medicamentos. Portugal devia ter orgulho na sua cobertura farmacêutica, um dos pilares do bem-estar dos utentes de saúde e doentes. A farmácia é um espaço de saúde, tanto para os doentes crónicos como para aqueles que sofrem de males ligeiros. A farmácia modernizou-se e é um agente seguro do SNS graças à sua tecnologia. À luz da lei, as farmácias não fazem parte do SNS e o doente associa SNS a urgências hospitalares, operações, atos médicos e de enfermagem, centros de saúde… esquecendo que a farmácia é a entidade de saúde mais próxima das pessoas, ali se trocam seringas, se fazem campanhas de saúde pública, há farmácias envolvidas em programas de cuidados farmacêuticos. Se a cobertura farmacêutica encolher também encolhe o SNS. É assunto para debate público saber porque é que há prejuízos, porque é que faltam milhões de embalagens de medicamentos, porque é que está em risco esta garantia de todos os portugueses terem acesso aos medicamentos numa base de coesão territorial. Continuar a contar com esta cobertura farmacêutica é gozar de uma arma que permite melhorar os padrões de saúde, o uso racional do medicamento, um melhor lidar com os cuidados de saúde primários e os estilos de vida saudáveis. Salvar a cobertura farmacêutica é imperativo nacional.

Sem saber como, dou por mim a fazer uma road trip de três dias pelas estradas da Sardenha. Não que isso me chateie muito... Pelo contrário! Até porque adoro conduzir e recebo como uma dádiva todos os pensamentos que apenas a minha companhia permite. Só que, estar a sós, implica tomar todas as decisões. Implica saber para onde vamos ou, pelo menos, para onde pretendemos ir. Implica não poder beber nem um copo até que se estacione o carro até ao dia seguinte. Implica encostar na berma vezes sem conta para se tirar a tal foto que nunca (enervante, isto!) mas nunca mesmo, capta a beleza da paisagem nem o que ela nos transmitiu. Implica garantir sempre que a banda sonora está a fazer jus à paisagem... Mas deter o leme (desculpem, a alma de navegadora vem sempre aqui bater) sem qualquer outra interferência, é um privilégio a que poucos se dão ao trabalho/luxo em desconhecidos territórios. E hoje, enquanto saboreava paisagens, entre curvas e retas, dei por mim a pensar no me dizia o avô João: “Nas auto-estradas não se conhece nada; quanto mais estreito o caminho, mais terá para te ensinar...” O problema é que a malta, na urgência dos destinos, se esquece da história de Ítaca e no quanto o caminho importa mais do que a própria chegada. Adoro estradas, veículos, conduzir. Mas gosto sobretudo dos caminhos que me aproximam mais da paisagem, das gentes, dos cheiros e sensações. É para isto que servem as road trips, se calhar: para nos devolver a certeza daquilo que realmente importa.

Viveu Moçambique profundamente embrenhado pela activa natureza. O mato era o fascínio. Fez caça grossa calcorreando a pé aquelas imensas florestas na Zambézia. As grandes companhias, com milhares de trabalhadores indígenas, precisavam de carne para alimentar todo aquele pessoal. Havia alguns caçadores profissionais. O caçador confrontava-se com os perigos do mato. Cobras, desde a Mamba-negra à Surucucu, lacrau, centopeia, formigas carnívoras (Kissonde), cargas de manadas de búfalos, nuvens de mosquitos, água barrenta. Dormiam em palhotas e estabeleciam o seu acampamento. A selva com todos os perigos era o encontro com a NATUREZA. Vive-se agora a selva social dos venenos verbais cuspindo o veneno, sempre tentando “matar” o outro ou outros seus parentes animais. O pastoreio faz-se no verde dos prados bancários afagando o oleoso e conspurcado dinheiro. As famílias refugiaram-se no cansaço do trabalho dos botões, reduzindo os filhos. É a moda do computador com a educação dos botões atirados para a maquineta dos jogos e não só. As famílias vão perdendo suas sensibilidades de afecto e carinho. O calor humano passou a ser artificial, até aumentar a temperatura bélica na destruição da selva da Natureza e esta desfazer-se lentamente até que o bicho homem abandone a SELVA do seu “contentamento”.


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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: UM INIMIGO SILENCIOSO QUE CONTINUA A FAZER VÍTIMAS

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direccionado à problemática da vitimação. Trabalhamos a violência, o alívio da sintomatologia e a reorganização emocional da vítima para que se possa fechar um ciclo e iniciar outro”. Relativamente à caracterização das vítimas de crime apoiadas pela APAV em 2017, a maioria era do sexo feminino (82,5%), tinha idades entre os 25 e os 54 anos (38,9%). O estado civil destas vítimas dividia-se sobretudo entre as vítimas casadas (28,2%) e as solteiras (23,1%) e pertenciam a um tipo de família nuclear com filhos/as (33,4%).

Perfil geral da Vítima (N: 9.176) - Sexo feminino (82,5%) - Idade média (42 anos)

- Casado/a (28,2%) | Solteiro/a (23,1%) - Família nuclear com filhos/as (33,4%)

- Ensino superior (8,4%) | secundário (5,1%) | 3.º ciclo (4,6%) - Empregado/a (31,4%) | Desempregado/a (15,8%)

- Relação autor/a crime: Cônjuge (25,2%) | Companheiro/a (13,3%) Ex-companheiro/a (9,4%) | Pai/mãe (8,3%) | Filho/a (7,6%)

Vítima Criança/Jovem (N: 810) - Sexo feminino (62,6%) - Idade média (11 anos)

- Família nuclear com filhos/as (34,1%) - Pré-escolar (15,6%) | 2.º ciclo (14,8%) - Estudante (78,6%)

􀪭􀪭 A violência doméstica continua a a crescer ao longo dos anos Stefanie Palma / Henrique Dias Freire

stefanie.palma.postal@gmail.com

A Associação de Apoio à Vítima presta serviços de apoio a todas as vítimas de crime desde 1990, embora esteja sobretudo associada à temática da violência doméstica. Os apoios são confidenciais e gratuítos. No Algarve existem cinco gabinetes em: Albufeira, Portimão, Faro, Loulé e Tavira, que funcionam com horários distintos, o que permite à vítima uma maior cobertura de apoio em termos horários.

Vítima Adulto/a (N: 5.814) - Sexo feminino (86,6%) - Idade média (46 anos)

- Casado/a (31,8%) | Solteiro/a (18,2%) - Família nuclear com filhos/as (34,7%)

- Ensino superior (11%) | secundário (7,1%)

- Empregado/a (36,4%) | Desempregado/a (20,7%)

A violência doméstica afecta a vítima e também a comunidade A violência doméstica afecta a vítima, mas também a comunidade. A gestora do gabinete de Apoio à Vítima de Tavira, Ilda Gonçalves, explicou ao POSTAL que “quando existe um problema de violência doméstica dentro de uma comunidade, este problema acaba por se transmitir aos restantes, quer estejamos a falar dos familiares mais próximos, dos vizinhos ou até daqueles que estão distantes e sabem o que se passa”.

Segundo as estatísticas de 2017, a APAV registou um total de 40.928 atendimentos, firmados em 12.086 processos de apoio, onde foi possível identificar 9.176 vítimas e 21.161 crimes e outras formas de violência. Em comparação com anos anteriores, foi possível identificar um aumento do número total de atendimentos na ordem dos 19% entre 2015 e 2017. De acordo com os dados apurados, e no que diz respeito aos crimes e outras formas de violência, os crimes contra as pessoas apresentam-se com uma dimensão na ordem dos 95% face ao total de crimes registados, com grande destaque para os crimes de violência doméstica (75,7%). A violência doméstica continua a ter uma grande expressão Como é possível constatar através dos dados anteriores, a violência doméstica continua a ter uma grande expressão e a crescer ao longo dos anos. Sobre a importância de falar sobre a temática da violência doméstica, Ilda Gonçalves referiu ao POSTAL que “apesar de tanta divulgação, apesar dos apoios e dos recursos que já existem, a violência doméstica continua a proliferar nas famílias e na sociedade em que vivemos. No entanto, é importante reter o facto de que as estatísticas de violência doméstica nunca são o espelho daquilo que realmente acontece”. A gestora do gabinete de Tavira esclarece ainda que “por exemplo a APAV tem uma estatística que muitas vezes acaba por não se cruzar com dados estatísticos

de outras entidades nacionais, porque existem vítimas que apesar de serem vítimas nunca apresentaram queixa oficial, mas prestamos apoio na mesma. É claro que ao longo de todo o processo de apoio vamos sempre incentivando a pessoa a romper com o ciclo de violência". Ilda Gonçalves explicou ao POSTAL como se processa todo o apoio à vítima.

Vítima Sexo Masculino (N: 1.566) - Adulto (36,9%) | Criança/J. (19,3%) | Idoso/a (12,6%)

- Idade média (39 anos)

- Solteiro/a (34,9%) | Casado/a (22,4%) - Família nuclear com filhos/as (28,8%)

- Ensino superior (5,7%) | 3.º ciclo (4,9%)

- Empregado/a (24,6%) | Desempregado/a (17,6%)

“Por vezes a vítima precisa de ser multi-intervencionada” “Trabalhamos em rede com outras instituições, porque às vezes a vítima precisa de ser multi-intervencionada. Por exemplo, prestamos apoio ao longo do processo crime, mas existem outras necessidades sociais que também articulamos com outras entidades. Se estão com necessidades alimentares, trabalhamos com quem auxilia nessa vertente no concelho, se têm necessidades de se reestruturar em termos de emprego articulamos com o instituto de emprego para que se possa fazer um plano de intervenção e integração da pessoa no mercado de trabalho. Para além do apoio jurídico e social, prestamos apoio psicológico,

Acolhimento é um dos serviços que a APAV disponibiliza Quanto à violência no Algarve, a gestora do gabinete de Tavira referiu que está sobretudo associada à desigualdade de género e a problemas socioeconómicos. Um dos serviços que a APAV disponibiliza é o acolhimento. Existe uma rede de casas onde as vítimas podem ficar longe dos agressores com vista à sua reorganização física e mental e à superação da situação. “Estas situações têm muitas vezes sucesso porque são espaços seguros, onde a mulher e os seus filhos podem permanecer e reorganizar as suas vidas. O nosso objectivo é ajudar as vítimas a superar a situação e iniciar um novo projeto de vida”, sublinhou. “As mulheres são ainda as principais vítimas de violência doméstica”, afirma. “A violência doméstica no fundo acaba por nos remeter para a violência de género. Por outro lado, os homens são maioritariamente vítimas de violência psicológica, enquanto as mulheres acabam por ser vítimas de violência doméstica de caráter mais físico”. Quanto ao número de processos por resposta de proximidade existiam, em 2017, 166 casos em Tavira, 177 em Loulé, 232 em Faro, 235 em Albufeira e 359 em Portimão. Ilda Gonçalves reforça a importância de continuar a insistir na divulgação, “quando as pessoas se encontram numa situação complexa da sua vida e não têm recursos nem respostas, confrontam-se com um desespero enorme. Quando percebem que há formas de resolver, que há formas de

ajuda, sentem alívio. É muito difícil sair destas situações sem ajuda e quem consegue normalmente tem mais recursos económicos e sociais. Uma rede social informada ajuda muito”. Em Tavira existem dois espaços de apoio às vítimas Em Tavira existem dois espaços de apoio às vítimas, o Gabinete de Apoio à Vítima, nas instalações da GNR, e uma sala de atendimento, recentemente restaurada, na PSP. “Antigamente estávamos mesmo na entrada da PSP, o que comprometia a confidencialidade. Neste momento, a sala fica no interior da esquadra, num espaço muito mais reservado e funcional”, esclarece. O pólo de formação do Algarve está sediado em Tavira e disponibiliza formação interna e externa. Na APAV, os técnicos têm uma formação inicial e contínua dentro da instituição. Periodicamente, realizam acções de formação na sua área de atuação, bem como noutras áreas relacionadas com a problemática da violência. Quanto às estatísticas do presente ano, a gestora referiu que “as pessoas que chegaram até nós, nos meses de Janeiro e Fevereiro, já ultrapassaram em muito as estatísticas dos anos anteriores”. Nada justifica a violência. Se é vítima de violência doméstica ou de qualquer outro tipo de violência ou conhece alguém que esteja a sofrer não fique calado. Denuncie. Se ficarmos calados só estamos a contribuir para que mais situações destas se perpetuem.

Vítima Idoso/a (N: 944) - Sexo feminino (78,8%) - Idade média (75 anos)

- Casado/a (38,9%) | Viúvo/a (25,1%)

- Família nuclear com filhos/as (26,1%)

- 1.º ciclo (8,4%) | ensino superior (3,5%) - Reformada/a (68,5%)

Conselhos a quem sofre de violência doméstica: - Peça ajuda; - Denuncie às entidades competentes: PSP e GNR. - Se tiver dúvidas pode inicialmente dirigir-se a qualquer gabinete de apoio à vítima. - Ligue para a linha de apoio à vítima: 116006. O número é gratuíto e tem um horário das 9 às 21 horas. Pode falar com técnicos especializados que ajudam e reencaminham a pessoa para o gabinete de apoio à vitima mais próximo da sua residência ou outras estruturas de apoio à vítima.


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MÚSICA JA: O CONCURSO QUE VAI DAR PALCO AOS JOVENS ALGARVIOS

fotos: stefanie palma

superior a dez minutos, assim como o formulário de inscrição, disponível em www.juventude. gov.pt. Paulo Santos, vice-presidente da autarquia farense, ressaltou que "a Câmara de Faro não podia deixar de se associar, até porque está na matriz do nosso trabalho dar palco aos jovens e trabalharmos em conjunto, nomeadamente no que diz respeito à música portuguesa, que pode ser em português ou não. Temos um foco muito grande na nossa actividade que é o facto de dar palco e promover."

􀪭􀪭 Ana Narciso, Afonso Dias, Pedro Ornelas, Custódio Moreno, Paulo Santos, Filipe Cabeçadas e André Pereira (da esq. para a dir.) são os representantes do concurso Música Ja

Stefanie Palma / Henrique Dias Freire

stefanie.palma.postal@gmail.com

Se tens entre 14 e 30 anos, és residente no Algarve e não tens qualquer contrato discográfico então este concurso é para ti! A música é um dos meios de expressão mais completos e inspiradores, permitindo aos artistas desenvolver a sua criatividade e espírito crítico. O concurso Música Ja - Concurso de Música Moderna IPDJ 2019 pretende incentivar os jovens músicos, dando-lhes palco e criando condições para o seu crescimento. Esta é uma ini-

ciativa da Direção Regional do Algarve do Instituto Português de Desporto e Juventude, em estreita colaboração com a Câmara Municipal de Faro, a ETIC_Algarve, a Fnac Portugal, a Associação Académica da Universidade do Algarve, a Rua FM e o Núcleo de Faro da Associação José Afonso. A produção está a cargo da Mentecapta Produções Áudio. “A ideia é estender esta iniciativa ao Algarve já na próxima edição” O jornal POSTAL do Algarve esteve na conferência de im-

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prensa de apresentação deste projeto e falou com os elementos organizadores. Custódio Moreno, director regional do IPDJ, sublinhou a importância do evento, "Nós não trabalhamos para os jovens, trabalhamos com os jovens que é completamente diferente. A ideia é exatamente essa. Quero dizer que foi fácil montar esta parceria. Pessoalmente, tenho uma grande expetativa que do dia 1 de Março até ao dia 24 - período das inscrições - receberemos algumas dezenas de candidaturas". Sublinhou ainda que "a ideia é estender esta iniciativa ao Algarve já na próxima edição, no próximo ano. Gostávamos de alargar este projeto a todo o barlavento, sotavento e Loulevento, como costumamos dizer". As inscrições para o Música Ja decorrem entre até 24 de Março Ao Música Ja podem concorrer projetos musicais cujos elementos sejam residentes no Algarve, tenham entre 14 e 30 anos e que não tenham qualquer contrato discográfico. As inscrições para o Música Ja decorrem até ao próximo dia 24 de Março, devendo para o efeito os candidatos enviar para o email faro@ ipdj.pt dois temas, em formato mp3, com duração não

A seleção dos projectos será feita por elementos da Mentecapta Produções

"vivemos numa sociedade que limita muitas vezes a capacidade, o crescimento de muitos jovens, mas este projeto permite dar a conhecer não só a Faro, mas à região do Algarve a qualidade que há nos jovens". "Em Lisboa havia muita massa criativa vinda do Algarve" André Pereira, membro da Etic mencionou o facto da "Escola de Tecnologias, Inovação e Criação do Algarve ter surgido porque em Lisboa havia muita massa criativa vinda do Algarve". Por sua vez, Ana Narciso, representante da FNAC Faro, explicitou que "este tipo de iniciativas são fundamentais para a nossa sociedade, para a cidade de Faro e, como tal, a FNAC não podia deixar de estar presente." Já para Flúvia Almeida, criadora da Rádio Universitária do Algarve, "nós damos muito valor ao talento que nasce aqui nesta região e não podia ser de outra maneira. Se estamos

compositores da música portuguesa, Zeca Afonso. Assim, no dia da final do concurso enquanto é aguardada a decisão final vai ter lugar um concerto de homenagem a este grande cantor e compositor português, onde será feita uma viagem pela obra deste artista que marcou gerações. A EticAlgarve foi responsável pela criação da imagem do concurso Música Ja. Afonso Dias, membro do núcleo de Faro da Associação José Afonso, afirmou que "é uma honra e uma obrigação a associação José Afonso estar associada a isto, desde logo porque envolve jovens e o nome de Zeca Afonso. A associação Zé Afonso formou-se em 1987 depois do cantor ter morrido. E formou-se desde essa altura com o propósito de honrar a memória de Zeca Afonso, mantendo vivo o seu legado." O júri do concurso será composto por um elemento de cada uma das entidades parceiras: Direção Regional do IPDJ, Mentecapta Produções Áudio,

Dos projetos musicais a concurso serão selecionados oito que irão atuar nas duas eliminatórias nos dias 12 e 13 de Abril e que serão avaliados por um júri que valorizará a criatividade, a técnica, a performance em palco, assim como a originalidade e o conteúdo lírico e musical, apurando três projetos que vão disputar a final no dia 27 de Abril, na Direcção Regional do IPDJ, em Faro. A selecção dos projetos será feita por elementos da Mentecapta Produções. Filipe Cabeçadas falou ao POSTAL enquanto membro da Mentecapto e disse que "este não é só um concurso de bandas. Como podem ver é um concurso de música moderna, e tudo o que é música moderna encaixa-se 􀪭􀪭 O concurso Música Ja foi apresentado na sede do IPDJ em Faro neste chapéu. Aqui, a criatividade não tem limites, no Algarve temos de ajudar a Rádio Universitária do Algarve, não há imposições de géneros desenvolver a criatividade, a ETIC_Algarve e Fnac Portugal. musicais." cultura da nossa região e levar Se achas que cumpres os reOs prémios do Música Ja con- os jovens a sonhar mais alto, quisitos e a paixão pela música templam a apresentação ao a chegar mais longe. Fico feliz é algo que marca a tua vida não público no Festival F 2019, a com este Música Ja e que seja deixes escapar esta oportunipassagem pela receção ao ca- um Já para sempre." dade de mostrar o teu trabalho loiro da UAlg, um showcase na e o teu valor artístico. Fnac, a gravação de um EP, a proO Música Ja integrará O concelho de Faro está à tua dução de um vídeoclipe, assim as comemorações espera. Porque o sonho cocomo a inclusão de um tema na do 25 de Abril manda a vida, e se queremos programação diária da Rua FM. ter resultados diferentes temos Vai ainda ser dado um cheque O Música Ja integrará as co- de agir também de forma difeformação pela Etic_Algarve. memorações do 25 de Abril, renciadora. Segundo Pedro Ornelas, presi- promovidas pela Câmara Mu- A tua oportunidade, tal como dente da Associação Académica nicipal de Faro, homenageando indica o nome do curso é Já, da Universidade do Algarve, um dos maiores cantores e portanto já sabes: Arrisca!


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ECONOMIA DO ALGARVE VAI CONTINUAR A CRESCER

MAS DEVERÁ SEGUIR A TENDÊNCIA EUROPEIA DE ABRANDAMENTO d.r.

􀪭􀪭 Segundo António Ramalho “há espaço para o turismo crescer. Mas há setores que não estão onde deviam estar e têm potencial para servir essas indústrias. Não por oposição, mas como complemento” Henrique Dias Freire

diasfreire@gmail.com

A economia do Algarve, depois de ter atingido em 2009 e entre 2011 e 2013 o seu pico mais baixo, voltou a crescer desde 2014 acima da média nacional. Em 2017 cresceu 3,5% contra os 2,8% da média nacional. Já as previsões de 2018 apontam claramente para uma desaceleração no crescimento da economia, coincidindo com a tendência europeia. Os dados desta análise económica do desenvolvimento da região foram apresentados pelo próprio presidente da Comissão Executiva do NOVO BANCO, António Ramalho, que reuniu, na véspera da realização do Summit do Algarve, com os responsáveis editoriais de três media de referência do

Algarve, entre os quais o jornal POSTAL do ALGARVE. Segundo os dados apresentados por António Ramalho, CEO do Novo Banco, “além de Lisboa (131%), o Algarve foi a única região do país com um PIB superior ao PIB nacional, neste caso 108% do PIB português, em 2017”. Já em termos de peso absoluto para a economia, o Algarve é a região continental com menos, abaixo dos 5%. No entanto, o contributo do Algarve para o turismo nacional é de quase 50%, num sector que representa 16,5 mil milhões de euros e 5,5% do PIB nacional Ainda segundo António Ramalho, “o presente ano de 2019 continuará a ser um ano de crescimento, mas espera-se algum abrandamento, seguindo uma tendência europeia”. Queda constante da população ativa é motivo de preocupação Apesar do Algarve verificar uma tendência de descida do desemprego,

com uma descida mais acentuada do que a média nacional. Fixou-se nos 6,4%, abaixo dos 7% nacionais, “entre 2011 e 2017 houve uma queda constante da população ativa no Algarve, o que terá um efeito adverso se nada for feito”. “A escassez da mão de obra apresenta-se como um dos principais problemas enfrentados pela economia do Algarve. O ganho médio mensal no total da economia algarvia diminuiu, entre 2007 e 2017, em percentagem da média nacional, atingindo 85% do total nacional em 2017”, refere a análise apresentada aos jornalistas. O emprego no Algarve continua fortemente concentrado nos serviços, 83% do total, muito pelo peso do turismo, bem acima dos 69% em Portugal. Já a “agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca” é o setor de atividade que representa apenas 5% na região, sendo os restantes 12% referentes à indústria, construção, energia e água. Em 2017, a população da região do Algarve era de 439 mil, dos quais 15,7%

(69 mil) era população estrangeira residente: 40 mil da União Europeia (UE) e 29 mil extra UE. Turismo deve crescer mas ser complementado Segundo António Ramalho “há espaço para o turismo crescer. Mas há setores que não estão onde deviam estar e têm potencial para servir essas indústrias. Não por oposição, mas como complemento”. “O turismo do Algarve tem um peso decisivo na economia portuguesa. A Algarve representa perto de 50% do VAB gerado pelo turismo na economia portuguesa. Os proveitos do turismo continuam em crescimento, mas em desaceleração. O Algarve está com menor crescimento do rendimento por quarto e continua com maior sazonalidade na ocupação”, refere a apresentação do Novo Banco com base no INE e NB Research Económico. Em 2018, o rendimento por quarto disponível, tendo em conta o índice

de cem euros em 2013, foi de 78,3 euros para Lisboa e 54,2 euros para o Algarve – em Andaluzia foi de 55,8 euros. Já a média em Portugal foi de 52,5 euros, rendimento mais baixo do que os 59,4 euros em Espanha. Sobre a autonomia financeira das empresas da região do Algarve, apesar de ser inferior à média nacional, tem melhorado nos últimos anos. Já o crescimento no número de empresas e a capacidade de emprego no Algarve têm sido superiores à média nacional. Para o CEO do Novo Banco, o défice da balança comercial “sugere a necessidade de maior diversificação setorial. O Algarve melhorou nas exportações em 2018, mas continua com uma grande dependência das importações” – 334 milhões de euros em importações contra os 202 milhões de euros em exportações. “Sem uma balança de pagamentos equilibrada, o crescimento sustentável fica em causa”, lembrou António Ramalho, algo que na região ainda não acontece.


••• REGIÃO

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UNIDADE MÓVEL DE SAÚDE DE CASTRO MARIM TEM MÉDICO E ENFERMEIRO EM PERMANÊNCIA

d.r.

A Câmara de Castro Marim renovou o contrato com a Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim, permitindo à unidade retomar a prestação de cuidados médicos no interior do concelho. Esta cooperação permitiu que, após uma interrupção de seis meses e desde junho de 2018, se retomasse o funcionamento da Unidade Móvel de Saúde (UMS), embora sem serviço de enfermagem, resultante da reprovação das propostas apresentadas na câmara municipal. Fruto da renovação desta cooperação, à disponibilidade permanente das médicas do serviço, Isa Frazoa e Suzana Valssassina, que acompanham este projeto desde o seu início, juntam-se agora, em permanência, os serviços do enfermeiro Joaquim Seabra. A Unidade Móvel de Castro Marim percorre, diariamente, uma centena de povoações dispersas e isoladas no interior do concelho de Castro Marim. Uma das principais tarefas desta unidade é levar cuidados médicos ao domicílio de uma população mais vulnerável e frágil, promovendo um acompanhamento mais assíduo e próximo, com um maior tempo para a avaliação da situação clínica, permi-

􀪭􀪭 Unidade Móvel de Saúde percorre, diariamente, uma centena de povoações dispersas e isoladas

tindo integrar o doente na sua realidade habitacional, familiar e social. UMS de Castro Marim é um projeto único na região Mais do que uma viatura, a UMS de Castro Marim, “é um projeto único, distinto dos restantes da região, por disponibilizar um serviço tão completo e com um funcionamento em pleno”, refere a autarquia castromarinense em comunicado de imprensa. A UMS de Castro Marim conta agora, também, com um novo parceiro, a Unidade de Saúde Familiar de Castro Marim, que, através da disponibilidade da Administração Regional de Saúde (ARS), passa a conceder serviço médico por três horas semanais, em data ainda por definir, e seis horas semanais de serviço de enfermagem. A desenvolver também nesta fase está um ambicioso projeto, apresentado pela coordenadora da UMS de Castro Marim, Isa Frazoa, que consiste em trabalhar e melhorar a autonomia dos idosos, nomeadamente no âmbito da prevenção de quedas. (AC/CM)

TAVIRA CELEBRA 500 ANOS DE ELEVAÇÃO A CIDADE A 16 de Março de 1520, D. Manuel elevou, por carta outorgada, Tavira a cidade. No âmbito das celebrações dos quinhentos anos decorre, no dia 16 de Março, entre as 9 horas e as 17 horas, na Igreja da Misericórdia de Tavira, o seminário “Um Mundo Novo – Portugal e o Algarve nos séculos XV e XVI”. Este seminário visa contextualizar os movimentos sociais, os acontecimentos e as obras relevantes, assim como promover a compreensão de dois séculos, no decorrer dos quais Portugal assumiu importância

central para o conhecimento dos continentes e das relações entre os povos. Tavira foi, ao longo desse período da história, a principal urbe do Algarve. A cidade representava um importante porto mercantil, lugar estratégico na expansão portuguesa para o Norte de África e era terra de navegadores oceânicos, como os Corte Real. Foi também em Tavira que residiu D. João II com a sua corte e invernava a Esquadra do Estreito. As marcas dessa época são, ainda, visíveis

Assine o

d.r.

na cidade. Estas estão presentes no urbanismo, perfil ribeirinho, conventos e igrejas, telhados de tesouro e inúmeros pormenores renascentistas. A entrada no seminário é livre, no entanto é limitada à lotação da igreja. Como tal, devem os interessados concretizar a sua inscrição até dia 14 de Março. Os interessados em mais informações devem contactar o email edu.museus@ cm-tavira.pt ou o telefone 281 320 500. (AC/CM)

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MARÇO 2019 n.º 125 6.813 EXEMPLARES

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MISSÃO CULTURA •••

Em busca das grutas do Algarve: Trazer à luz um património escondido fotos: d.r.

Ficha técnica

Direção Regional de Cultura do Algarve

Terão as grutas do Algarve sido habitadas por Neandertais e outros homens do Paleolítico? Constituíram santuários e necrópoles de povos pré-históricos? Existirá fundamento material para as lendas alusivas aos Mouros relacionadas com muitas destas grutas ou cavernas? Estas e muitas outras questões se colocam sobre a relação que ao longo dos tempos foi estabelecida entre os nossos ancestrais e as grutas existentes no território hoje algarvio. Na realidade, as características geológicas de extensas áreas do Algarve revelam-se favoráveis à presença de tais formações endocársicas, desde o extremo Barlavento até Tavira, e a importância de as estudar tem sido reiteradamente propalada por arqueólogos, desde o último quartel do século XIX, incluindo o insigne Estácio da Veiga. Porém, poucos foram os trabalhos arqueológicos subordinados à pesquisa dos espaços subterrâneos naturais nesta região e, embora existam já algumas respostas para as dúvidas acima colocadas, o facto é que pouco se sabe ainda sobre o tema. Tal situação de desconhecimento conduz a uma vulnerabilidade acrescida desse património face à pressão humana, principalmente devida à

As grutas do Algarve constituem um importante repositório de informação arqueológica a estudar, valorizar e salvaguardar •

modificação do barrocal provocada pela construção civil, laboração de pedreiras e implementação de grandes projectos agrícolas. É por estes motivos que se justifica plenamente o projecto em curso a que se deu o nome ProPEA – Projecto Património Espeleológico do Algarve, que está na base de um Acordo de Colaboração estabelecido entre a Direção Regional de Cultura do Algarve e a Universidade do Algarve. Neste enquadramento, o trabalho preconizado consiste, fundamentalmente, na inventariação e caracterização patrimonial das cavidades naturais no Algarve, de modo a melhor aquilatar o respetivo interesse patrimonial, com a tónica no património arqueológico. Paralelamente, estão a ser estudados os procedimentos e métodos mais adequados à salvaguarda e valorização desse recurso cultural no âmbito

de Estudos de Impacte Ambiental e dos Instrumentos de Gestão Territorial. O trabalho até aqui realizado revelou já a existência de jazidas

arqueológicas relevantes que permaneciam ignoradas, e que a seu tempo serão devidamente divulgadas, existindo fortes probabilidades de ocorrerem descobertas significativas adicionais ao nível do património cultural. A articulação que se procura estabelecer entre entidades estatais, meio universitário e associações, numa perspetiva de colaboração interdisciplinar, poderá propiciar e até catalisar um aproveitamento sustentado dos recursos de natureza espeleológica, sobretudo do ponto de vista científico e da divulgação cultural, mas também enquanto fulcro de sensibilização em relação a um património que fica recorrentemente negligenciado ou olvidado. l

Direcção: GORDA Associação Sócio-Cultural Editor: Henrique Dias Freire Paginação e gestão de conteúdos: Postal do Algarve Responsáveis pelas secções: • Artes visuais: Saúl de Jesus • Espaço ALFA: Raúl Grade |Coelho • Espaço AGECAL: Jorge Queiroz • Espaço ao Património: Isabel Soares • Filosofia dia-a-dia: Maria João Neves • Letras e literatura: Paulo Serra • Missão Cultura: Direção Regional de Cultura do Algarve • Reflexões sobre urbanismo: Teresa Correia Colaboradores desta edição : Mohamed Zitane Reda Parceiros: Direcção Regional de Cultura do Algarve e-mail redacção: geralcultura.sul@gmail.com e-mail publicidade: anabelag.postal@gmail.com online em: www.postal.pt e-paper em: www.issuu.com/ postaldoalgarve FB: www.facebook.com/ postaldoalgarve/ Tiragem: 6.813 exemplares


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ARTES VISUAIS •••

Pode a arte influenciar a política?

Saul Neves de Jesus

Professor Catedrático da Universidade do Algarve; Pós-doutorado em Artes Visuais pela Universidade de Évora https://saul2017.wixsite.com/artes

Desde há muito tempo que a arte tem servido como instrumento de crítica social e política, envolvendo-se os artistas frequentemente em movimentos sociais, expressando a grande relação das artes com o ativismo político e social. Os anos 60 foram ricos em manifestações artísticas inseridas em movimentos sociais, muitas vezes de caráter pacífico, que procuravam questionar os modelos políticos vi-

gentes. Manifestações de arte visual e musical, com performances e happenings, ocorriam muitas vezes de forma aparentemente espontânea, “invadindo” a rotina do espaço público, questionando e funcionando muitas vezes quase como contracultura, aparentemente anárquica. Mas é sobretudo nos anos 90, com o desenvolvimento da arte urbana, que a expressão visual como meio de protesto parece ter um maior incremento, sendo vários os artistas que, na atualidade, procuram ter impacto sociopolítico com os trabalhos que produzem. Em artigos anteriores, fizemos referência aos trabalhos de alguns artistas, nomeadamente Banksy que, através de graffitis, que podemos encontrar em ruas, pontes e muros de diversas cidades do mundo, tem procurado criticar os conceitos de capitalismo, autoridade e poder. A arte é uma forma de comunicação, permitindo sintetizar as emoções e os sentimentos sociais já existentes em relação a certas questões psicossociais polémicas, complexas e atuais,

podendo ajudar a promover a reflexão e o debate sobre as mesmas. Um caso recente ocorreu com a exposição/performance intitulada “Ivanka Vacuuming (2019)”, de Jennifer Rubell, na “Flashpoint Gallery”, em Washington. Rubell é uma artista conceptual, pelo que procura expressar ideias através da sua materialização artística. Neste caso, como o título sugere, a performance consiste numa sósia de Ivanka Trump a aspirar as migalhas que o público da galeria é convidado a atirar para uma carpete vermelha onde esta modelo se encontra. Curiosamente, as performances com aspirador têm vindo a ser usadas com diversos objetivos. Num artigo recente fizemos referência à performance realizada pelo artista Nut Brother, que aspirou o ar de Pequim durante 100 dias, procurando alertar a sociedade para os problemas ambientais e levar as pessoas a pensar na relação entre a natureza e o homem. Mas voltando à performance “Ivanka Vacuuming (2019)”, a sua autora Rubell referiu que a filha e si-

Imagem da performance “Ivanka Vacuuming (2019)” •

multaneamente assessora de Trump é um “ícone feminino contemporâneo” e o público gosta de jogar as migalhas para Ivanka aspirar: “fá-los sentir poderosos”. Por seu turno, Kristi Maiselman, diretora do CulturalDC, a organização de artes que encomendou o trabalho e está hospedando iterações do mesmo, referiu num comunicado: "O CulturalDC não está apenas criando espaço para a arte, estamos tornando esse espaço acessível e envolvente para os participantes. Com isso, gostaríamos de ter a oportunidade de fazer a Sra. Trump visitar a exposição para que ela possa ver e julgar por si mesma”.

Mas Ivanka não visitou a exposição, tendo ela e os seus irmãos Donald e Erik criticado a exibição, considerando-a como uma tentativa sexista de humilha-la. Ivanka Trump inclusivamente twittou (tal pai, tal filha) sobre a exposição: "As mulheres podem escolher bater umas nas outras ou construir umas com as outras. Eu escolho a segunda". ("Women can choose to knock each other down or build each other up. I choose the latter.") A polémica gerada em torno desta performance revela que a arte continua a ter impacto sociopolítico, promovendo debate e reflexão sobre ideias e (pre)conceitos. l

MARCA D'ÁGUA •••

Robert Schuman e a Europa: “Desígnios que nos superam” d.r.

Maria Luísa Francisco Investigadora na área da Sociologia; Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

luisa.algarve@gmail.com

“Desta vez eu voto” é uma campanha do Parlamento Europeu que não consiste em aconselhar em quem as pessoas devem votar, mas sim em defender o próprio acto de votar, de participar no processo democrático, tal como o acto de o fazer de uma forma consciente e plenamente informada. Assim, foi criado o site www. destavezeuvoto.eu precisamente para aproveitar o potencial da interacção entre pessoas e criar uma comunidade de apoiantes em toda a Europa, que suportem a causa do voto, defenden-

do a própria ideia de democracia. No fundo, é a ideia de que todos juntos podemos decidir em que Europa queremos viver. Creio que o desejo de uma Europa com qualidade de vida e com paz está presente em cada europeu, seja mais ou menos europeísta, e está presente desde o início da aventura europeia. Na passada semana estive em Bruxelas, numa comitiva, em visita às instituições europeias, sediadas no Bairro Europeu, também designado Bairro Schuman. A figura de Robert Schuman, advogado, ministro francês dos Negócios Estrangeiros e Presidente do Parlamento Europeu, tem alguns aspectos invulgares e que vale a pena salientar. Como sabemos, a Declaração Schuman, apresentada a 9 de Maio de 1950, pelo mesmo, é um documento que está na origem da caminhada europeia e onde se pode ler o seguinte, nas primeiras frases: “A paz mundial não poderá ser salvaguardada sem esforços criadores à medida dos perigos que a ameaçam. A contribuição que uma Europa organizada e viva pode dar à civilização é indispensável para a manutenção de relações pacíficas.”

Robert Schuman: espírito criador Entre 1941 e 1943 Schuman referiu, por diversas vezes, diante de interlocutores que ainda não percebiam o alcance das suas palavras, a necessidade de “construir, após a guerra, uma realidade política nova que ligaria as nações europeias pelos seus interesses, e não mais apenas por palavras e pactos”. Tratava-se de um político com visão, um dos fundadores do projecto europeu, cuja vida está retratada em livros e variadíssimos testemunhos. André Philip (1902-1970), deputado e várias vezes membro do governo francês, disse: “o que mais me tocou nele foi a irradiação da sua vida interior: estávamos diante de um homem consagrado… de uma total sinceridade e humildade intelectual, que apenas queria servir.” A vida de Robert Schuman foi repleta de bons exemplos, tendo sido aberto um processo de beatificação em 1990. De acordo com o Vaticano foram ouvidas 200 testemunhas, o processo conta com 50 mil páginas e encontra-se na Congregação para as Causas dos Santos na Santa Sé. Em 2004 foi declarado Servo de

Deus, o primeiro passo para a beatificação. Há um testemunho no seu processo de beatificação que diz: “Ficará na memória daqueles que o conheceram como a imagem do verdadeiro democrata, imaginativo e criador, combativo na sua doçura, sempre respeitador do homem, fiel a uma vocação íntima que dava o sentido à vida.” No seu percurso a fé cristã e a acção política formam um todo, e apesar de duas áreas distintas, a sua fé determinou todo o seu empenho e iluminou a sua acção política. A 19 de Março de 1958 no Parlamento Europeu declarou: “Todos os países da Europa são permeados pela civilização cristã. Ela é a alma da Europa que se precisa restituir”. No seu livro Pour l’Europe afirma: “Este conjunto [de povos] não poderá e não deverá permanecer como uma empresa económica e técnica. É preciso dar-lhe uma alma. A Europa não viverá e não se salvará senão na medida em que tiver consciência de si mesma e das suas responsabilidades, quando voltar aos princípios cristãos de solidariedade e de fraternidade”. A fé e a prática política não são incompatíveis, pelo contrário e Schu-

Robert Schuman na assinatura da Declaração Schuman •

man é exemplo disso. “O centro da espiritualidade que o animava era a Palavra de Deus, tendo orientado as suas acções”. Da contemplação e da oração aprendeu a sentir-se instrumento nas mãos de Deus, tendo escrito em 1960 que: “Somos todos instrumentos, mesmo imperfeitos, da Providência, que se serve de nós para desígnios que nos superam”. Acredito que a Europa que desejamos tem estes valores de serviço e entrega, porque a política é um acto nobre, independentemente da fé, mas se ela existir, que exista sempre a liberdade e a coragem de a expressar ou assumir. l


CULTURA • SUL

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simone marinho

LETRAS E LEITURAS •••

Uma Furtiva Lágrima, de Nélida Piñon

Paulo Serra

Doutorado em Literatura na Universidade do Algarve; Investigador do CLEPUL

Se o nome causa alguma estranheza é por causa da sua herança galega, pois os seus avós galegos emigraram para o Brasil. A escritora brasileira Nélida Piñon nasceu em 1937 no Rio de Janeiro. Formou-se em Jornalismo em 1956 na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Colaborou em vários jornais e revistas literários e foi correspondente no Brasil da revista Mundo Nuevo, de Paris. Publicou o seu primeiro romance, Guia-Mapa de Gabriel Arcanjo, em 1961. Nélida Piñon foi homenageada na edição deste ano do Correntes d’Escritas e recebeu, no passado dia 1 de Março, o Prémio Literário Vergílio Ferreira 2019, atribuído pela Universidade de Évora. A atribuição do prémio à escritora foi decidida em dezembro, em reconhecimento pela «latitude e profundidade da sua obra». Actualmente com 81 anos, este é o primeiro livro seu publicado depois de anunciado o Prémio Vergílio Ferreira 2019. Um livro intimista, feito de memórias, pensamentos soltos, reflexões, aforismos, que foi publicado em Portugal, pela Temas e Debates, primeiro do que no Brasil. «Convocada desde cedo a fundir as tradições brasileiras e espanholas, que são a fonte da minha linguagem, o palimpsesto da minha fabulação, apraz-me pensar que herdei também os pigmentos e a emotividade de todos os povos.» (p. 46) Além da Galiza, a autora tem aliás uma forte ligação a Portugal, onde se encontra há um ano (parece que a preparar o seu próximo romance), ainda antes de saber que iria receber o Prémio, o que não lhe deu oportunidade de reler as obras do autor Vergílio Ferreira ou as cartas que ambos trocaram e que estão guardadas no seu arquivo pessoal. Escrever é o que sei fazer «Escrever é o que sei fazer. Narrar me insere na corrente sanguínea do humano e me assegura que assim prossigo na contagem dos minutos

da vida alheia. Pois nada deve ser esquecido, deixado ao relento. Há que pinçar a história dos sentimentos a partir da perplexidade sentida pelo homem que na solidão da caverna acendeu o primeiro fogo.» (p. 18) Neste livro é recorrente a lembrança e a descrição da chegada dos seus avós ao Brasil, provindos da Galiza, que aliás foi recriado ficcionalmente no seu romance A República dos Sonhos, publicado em 1984, livro que a consagrou no Brasil e em Portugal, onde tenta explicar dois séculos de história do Brasil: «É um refrigério ser brasileira, cidadã do mundo, enquanto a génese familiar facilitou-me roçar o fulcro da poesia galaico-portuguesa, estabelecer analogias entre o arcaico e o que vem até os meus dias. A recordar o velho camponês, de Cotobade, sentado à mesa, com um vaso de vinho tinto ao lado, esfregando um pedaço de broa de milho no toucinho cedido pelo porco que vi crescer na casa da avó, em Borela, e que conquanto consolidou minha visão narrativa, não pude suportar a dor quando mataram o animal a quem fizera dias antes declarações de amor. d.r.

uma comunhão com a natureza galega, com o mundo ancestral, como se eu fora uma druida celta prostrada em adoração diante das árvores (...) enquanto absorvia, destemida, a geografia, o campo e a montanha, as lendas, as bruxarias, as línguas galega e castelhana, as festas de verão, os cheiros, a comida, os costumes locais, o substrato enfim da grei de que me originara.» (p. 48) Diário da morte Nélida Piñon parece viver com desmesura, fazendo da vida um acto de amor: «Mergulha, sim, na liturgia do amor e renuncia a tua descabida ira. O amor é e será sempre teu melhor gesto na terra. O único capaz de projetar luz sobre esta precária existência humana.» (p. 29) Ou não tivesse a autora sobrevivido a um diagnóstico, afinal errado, quando no dia 2 de dezembro de 2015 (uma das entradas deste livro) o médico ditou que teria meses de vida: «Pensei fazer um diário breve, um resumo dos meus últimos dias, segundo sentença do oncologista que, com parcimónia e convicção, antes mesmo dos resultados dos últimos exames, foi conclusivo. Eu teria entre seis meses a um ano. Retornei à casa, disposta a me preparar.» (p. 19) Neste livro, a que chama «diário da morte», feito de fragmentos, de memórias, de uma partilha de enamoramentos, a autora explora e apresenta-nos as suas paixões, assim como algumas das suas inquietudes. «Minha morte não é inspiradora, não pode ter traços poéticos, emenda ou salpicos metafóricos. Não há poesia na morte.» (p. 19) Narrar é prova de amor

Este conjunto de episódios estimulou-me a compor o romance A República dos Sonhos, uma saga ou uma épica que cobre dois séculos do Brasil e outros tantos séculos da trajetória espanhola, incluindo as peregrinações medievais. E que ao abordar a imigração, ressalta como os milhares de galegos, a caminho da América, cumpriram a rota da utopia individual e coletiva.» (p. 201) A autora recorda ainda quando viveu cerca de dois anos na Galiza: «Esta temporada em Espanha, com esporádicas visitas a Portugal, quase sempre vivida em Borela, Cotobade, na casa da avó Isolina, propiciou-me

Contudo escrever é também um acto de amor e de entrega: «Narrar é prova de amor. O amor cobra declarações, testemunho do que sente. Fala da desesperada medida humana. (...) A partir da escrita tornaram-se valiosas as confidências humanas. E ampliou-se o horizonte verbal, estabelecendo-se correspondência entre o afetivo, o conceitual e as palavras. A fim de verbo e sentimento não extraviarem de suas representações.» (p. 71) É manifesto o amor da autora pela história, desfiando um rol de personagens quer míticas quer históricas, mas está bem cônscia da actualidade: «A vida, in extremis, expulso para longe. Sei, contudo, que a crueldade do planeta é da minha responsabilidade. Não ignoro os efeitos do mal

Nasci no país que quis radical e tão-pouco desejo que se faça desta exposição visceral instrumento de arte. E isto porque sou vulnerável aos estertores oriundos da inquisição, do tráfico negreiro, do holocausto, dos genocídios sistemáticos, das guerras religiosas, da limpeza étnica, do estupro ideológico, dos porões da ditadura.» (p. 31) Assim como o afecto pelo seu país, mesmo pleno de desigualdade e injustiça: «Escritor brasileiro é estrangeiro em qualquer recanto, mesmo no Brasil. É pena ser apátrida no mundo. Ter passaporte, mas que não tem efeito, não defende sua vida e dos livros que levam sua assinatura.» (p. 113) Nestes textos esparsos e sentidos, ora com meia dúzia de linhas ora com algumas páginas, Nélida Pinõn relembra amigos do mundo da escrita, como Natália Correia, Lygia Fagundes Telles, a quem se dirige por vezes como em carta, Rubem Fonseca, ou Afrânio Coutinho, um apaixonado apoiante da sua candidatura a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, em 1989, que aliás veio a presidir em 1996, sendo a primeira mulher a presidir-lhe. Enaltece a sua herança e o seu álbum de memórias de família. Percorre a história através de figuras como Epicuro ou Carlos V, até porque se sente mais feliz a reviver outras épocas: «Frequento com assiduidade as páginas da História. Desde Heródoto, Tucídides, até os anais dos historiadores modernos. Atrai-me a imaginação dos mestres da História.» (p. 165) Revisita personagens bíblicas, como Paulo de Tarso, ou mitológicas, como Ártemis. Relembra o seu querido Gravetinho Piñon, já falecido, animal que humaniza ao dedicar-lhe este livro.

Filha da língua portuguesa

Mas se há valor que lhe serve de bússola é o amor à língua portuguesa: «Nasci no país que quis, no continente que ampara minha imaginação. Não teria escolhido o século XX para viver, mas me resta fruir, graças à fantasia, outras épocas que me atraem. Como os séculos IV, XII e XVI. Contudo aponto como um crédito a meu favor o facto de ser filha da língua portuguesa. Eu não a trocaria por nenhuma outra, ainda que não domine seus meandros, e me oferte armadilhas para me testar. Ah, língua maldita que tem a excelência do sublime e a insídia do pecado! Mas eu a amo com a ufania e o desespero de quem cria nela.» (p. 203) E neste diário, testamento ou testemunho de vida, escrito pela premência de sentir subir em si a maré negra da morte, que afinal acabou por enganar, pois o diagnóstico estava errado, a autora deixa-nos um rosário de pensamentos e de retalhos onde recompõe a sua existência e a dos que a amparam: «Falar em primeira pessoa requer audácia. Mas é uma opção natural. Enquanto falo por mim, ou penso por mim, incorporo os demais à minha genealogia. Não ando sozinha pelo mundo. Ao ser múltipla, sou muitas. Minha linguagem reverbera, tenho a memória de todos na minha psique. E o coletivo passa a me afetar, aloja-se na minha primeira pessoa, que é uma experiência dramática.» (p. 17) Do conjunto da sua obra destacamos ainda títulos publicados pela Temas e Debates como Os Filhos da América, A República dos Sonhos, Aprendiz de Homero, e O Livro das Horas. l


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CULTURA • SUL

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REFLEXÕES SOBRE URBANISMO •••

O ordenamento do território e os riscos naturais fotos d.r.

aprofundamento das questões mais relevantes que estão na base do risco, se pretendermos planos credíveis. Pior do que não ter um plano, é ter um plano mal feito. Vinculará de forma injusta pessoas, sem que exista uma lógica e um fundamento técnico baseado no saber científico.

Teresa Correia

Arquitecta / urbanista arq.teresa.correia@gmail.com

Os riscos naturais no Algarve Os riscos naturais correspondem a uma matéria de fundamental importância para o correto planeamento e ordenamento do território, uma das maiores condicionantes no planeamento. O urbanismo visa, em princípio, proceder à localização correta das várias atividades humanas no espaço, onde a gestão e a prevenção do risco devem estar na base da decisão. O sismo é um dos fenómenos naturais que mais frequentemente atinge o Algarve, sendo relevante criar mecanismos de prevenção adequados. Este facto foi assinalado com algum destaque no âmbito do programa de evocação dos 50 anos do sismo de 28 de Fevereiro de 1969, organizado pela Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica (SPES) e pela Associação Portuguesa de Meteorologia e Geofísica (APMG), que incluiu uma visita do Presidente da República à Fortaleza de Sagres. Porém, quais os mecanismos de alerta que possam existir no mar, para que possamos minorar ou prevenir a maior perda de pessoas e danos? Apesar da tecnologia existir, com a possibilidade de dar alertas com algum tempo de antecedência, estes não estão instalados nem operacionais na generalidade da nossa costa, fican-

O sismo é um dos fenómenos naturais que mais frequentemente atinge o Algarve •

do os municípios à mercê do acaso. Os autarcas deverão ter consciência do enorme risco que correm ao não apetrechar a sua Proteção Civil com tecnologia que permita os alertas, para além do trabalho no terreno que devia existir, com planos de evacuação e colocação de sinalética nos arruamentos que possam ser passíveis de constituir percursos de fuga. Fundamento técnico para o planeamento A localização de funções e serviços de forma ponderada e correta poderá reduzir ou mitigar as consequências decorrentes de desastres naturais. Por exemplo, um hospital localizado numa margem de uma ribeira, ou num espaço com frente de mar, muito próxima das zonas vulneráveis a um tsunami, será em princípio, um erro de planeamento. Os planos poderão servir como “instrumentos de antecipação de

ações futuras“, enfrentando de forma preventiva, as situações de risco. Porém, para tal acontecer, terá de existir uma grande mudança cultural, com a inclusão de uma nova exigência de interdisciplinaridade, com uma reunião de informação, e ainda uma necessidade de participação da coletividade sujeita às fontes de perigo. Por outro lado, por vezes, existe a tendência para os extremos, no qual tudo poderá estar em risco da parte de alguns técnicos, sem que haja ainda assim, a necessária recolha de informação, a própria produção cartográfica, como cartas de suscetibilidade, de vulnerabilidade ou de perigosidade. As questões da fiabilidade da informação de risco é a chave da questão, pelo que, não existindo rigor, tudo parece estar coberto pelo risco, sem grande rigor, nem ponderação de interesses. A necessidade de estudo levará a um maior dispêndio financeiro, no

A estabilidade dos edifícios

A estabilidade dos edifícios novos está em princípio garantida pelo termo de responsabilidade do técnico em função dos regulamentos que temos que já preveem as questões sísmicas. O problema coloca-se sobretudo nos edifícios anteriores a 1985, que não tinham os regulamentos com esse enfoque. Sendo que a reabilitação

dos edifícios está agora com grande dinâmica, sobretudo ao nível dos centros históricos, questiono se existirá a verificação do reforço estrutural a que os edifícios deveriam ser sujeitos. Essa avaliação é de grande complexidade e existe uma grande carência de técnicos nessa área específica, pelo que, na maior parte das obras, se não existir um edifício classificado ou de interesse municipal, poderá ser reabilitado, pelo seu interior, sem que haja uma confirmação das soluções empregues por parte de um técnico da especialidade. O regime jurídico de reabilitação urbana limita também a intervenção no existente, desde que não haja perigo para a segurança estrutural e sísmica. Esta noção é de grande valia, embora as autarquias não detenham os meios necessários para aferir todos os casos. As realidades são por vezes complexas e a mudança das consciências tanto dos promotores como dos técnicos envolvidos é fundamental para termos edifícios reabilitados mais seguros em caso de sismos. O Estado deverá, também ele, ponderar esse interesse de segurança face a outros como a dinâmica económica nos centros históricos. l


CULTURA • SUL

8 de Março de 2019

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ESPAÇO AGECAL •••

Chefchaouen... um esboço sobre a dieta mediterrânica

Mohamed Zitane Reda

Engenheiro e gestor cultural Chefchaouen - Marrocos

Através dos tempos, Chefchaouen, pequena cidade do norte de Marrocos, soube preservar as suas heranças ancestrais, o modo de vida da população. A situação geográfica da cidade, o seu tecido socioeconómico constituíram entraves para formas de vida modernas, para a globalização de temporalidades sociais. Foi assim que Chefchaouen se afirmou como

uma das primeiras urbes inscritas na lista representativa das comunidades emblemáticas da dieta mediterrânica, reconhecida pela UNESCO em 2010 como património cultural imaterial. Chefchaouen, está situada na área de reserva da biosfera intercontinental do Mediterrâneo, acolheu, depois da sua fundação em 1471, uma vaga de imigrados mouriscos e judeus da Andaluzia, trazendo nas suas bagagens os seus costumes, modo de vida e as suas tradições. Actualmente, a população urbana, com 42 mil habitantes, guarda permanentemente vivo um património mediterrânico constituido e enraizado ao longo dos séculos. Na actualidade, Chefchaouen continua a polarizar actividades na sua retaguarda rural. Com efeito, as mulheres e os homens das aldeias transportam cada manhã para os di-

versos mercados da cidade produtos alimentares bio, como pão, ovos e azeitonas, plantas aromáticas colhidas frescas, figos secos ou frescos, galinhas do campo, produtos feitos com leite e legumes provenientes de parcelas minúsculas. Neste aspecto, a cidade oferece uma variedade de alimentos que caracterizam a refeição mediterrânica, representada em forma de pirâmide com 29 tipos culinários que cobrem o conjunto dos países mediterrânicos. Como nas outras comunidades representativas, a dieta mediterrânica conserva em Chefchaouen a base alimentar, que é o vector do estilo de vida que reflecte a identidade da cidade. Para o analisar, é necessário considerar o conjunto de saberes-fazer, as tradições que dizem respeito às culturas agrícolas, as sementeiras, as colheitas, o armazenamento, a trans-

formação, a cozinha e, em particular, a forma de partilhar a mesa e de consumir os alimentos. Contudo, certos factores constituem uma ameaça real para a sobrevivência e dinamismo deste património cultural imaterial. Referimo-nos, entre outros, à modernidade e ao urbanismo, que uniformizam os modos de vida actuais. É esta a razão porque as estruturas sociais e culturais locais de protecção deste património funcionam e resistem admiravelmente a todo o eventual basculamento radical do modo de vida mediterrânico. Compostas por cozinheiros profissionais, artesãos, populações locais, produtores e comerciantes, tecido associativo, etc… essas estruturas trabalham, cada uma no seu domínio, para preservar esta arte de viver. A protecção do património da dieta

mediterrânica é um grande desafio e deverá envolver uma visão estratégica das comunidades. No contexto das ameaças às estruturas portadoras e transmissoras da dieta mediterrânica, o reforço das capacidades de gestão, protecção e valorização do património junto dos seus nichos sociais e culturais, estabelecerá certamente, uma acção a adoptar pelos decisores. O primeiro desafio de protecção da dieta mediterrânica consiste na consolidação de esforços do conjunto dos intervenientes, a identificação das populações que guardam e defendem este património, a fim de inventariar as produções e práticas, diagnosticar as restrições e potencialidades. É o que permitirá às instituições possuir visões convergentes para um mesmo objectivo, valorizando acções de preservação e desenvolvimento sustentável da dieta mediterranica. l

FILOSOFIA DIA-A-DIA •••

O mistério da Primavera d.r.

Maria João Neves Ph.D Consultora Filosófica

A Sagração da Primavera (Le Sacre du Printemps) do compositor russo Igor Stravinsky estreou a 29 de Maio de 1913 no Teatro dos Campos Elísios em Paris. Os Ballets Russes de Sergei Diaghilev apresentaram no seu máximo esplendor a coreografia de Vaslav Nijinsky e a música de Stravinsky. Em Mestres da Música podemos encontrar uma descrição deste histórico debutar: “logo após os primeiros compassos, a sala rebentou num violento confronto entre defensores e detratores daquela música. Uma senhora esbofeteou um jovem que pateava, o que deu origem a que o jovem e o acompanhante da referida senhora se desafiassem para um duelo; a condessa Portalós foi vista a gritar do seu camarote que, em sessenta anos, nunca ninguém tinha zombado dela como naquele dia. Stravinsky, nos bastidores, viu Nijinsky que, de pé em cima de uma cadeira, gritava uns números a uns bailarinos que estavam em cena para que pudessem interpretar a coreografia, apesar de que, dada

a algaraviada geral, não se conseguia ouvir a música”. O espectáculo foi recebido com indignação e tumulto tanto pelo público como pelos críticos. Camille de Bellaigue escreveu que a composição era “qualquer coisa de bárbaro, um esforço para derrubar toda a civilização musical”! Outros críticos referiram-se-lhe ironicamente como “le massacre du printemps” (o massacre da primavera). Afinal, que fizeram Stravinsky e Nijinsky de tão escandaloso? Nesta composição cujas dissonâncias, assimetrias e politonalidades foram levadas a um extremo até então desconhecido, a Primavera não aparece como chilrear de passarinhos, desabrochar de flores e amor no ar... Em La Grande Revue num artigo de Junho de 1912 tentou preparar-se o público para este ballet religioso que estrearia no ano seguinte: “é a vivacidade eterna da terra que inspira esta música e leva o frenesi triunfante ao ponto do terror; então, no inquieto silêncio da noite, há uma longa perseguição na escuridão, a captura, a homenagem à vitima escolhida, e, finalmente, a mediação que precede o sacrifício libertador”. Apelida-se a música de Stravinsky de “super-humana” por conseguir revelar os poderes elementares, “os labirintos, os remoinhos, os clamores, as vozes distantes, a respiração das coisas vivas, as emoções do espaço, a agitação, o êxtase, as iniciações cruéis e as ce-

lebrações misteriosas”. Finalmente conclui-se que com as ousadas inovações musicais de Stravinsky o culto da natureza “encontrou a sua liturgia”. Contudo, não apenas a música mas sobretudo a coreografia originaram as maiores hostilidades! Cerca de um ano após a estreia, em La Revue Musicale, consta que A Sagração da Primavera era agora ouvida e vista num silêncio respeitoso e acolhia aplausos sem fim. Todos, sem excepção, reconheciam o seu poder e virtuosismo inédito. Stravinsky é então considerado o grande mestre dos sons e do ritmo, capaz de escolher e conjugar timbres de tal maneira que todos os ruídos da natureza são evocados. “São os terrores da noite, um leve toque de asas, os gritos, os lamentos no espaço, o rosnar de monstros, galopes implacáveis, animais que rastejam, sobressaltos, indícios de agonia, lutas, angústia, delírios, prostrações, triunfos sangrentos, e a indissolúvel união de vida e morte.” O efeito do inovador ritmo stravinskiano é descrito como um furacão capaz de desnudar a alma, romper-lhe os escrúpulos, a modéstia, o controle. “É embriaguez, êxtase, aniquilação, e quando a música pára, a audiência está para lá de si própria, presa de um entusiasmo que só poderia ser melhor descrito como pânico.” Com A Sagração da Primavera de Stravinsky podemos sentir na carne as palavras que Nietzsche escreveu em

A Sagração da Primavera, de Stravinsky, estreou a 29 de Maio de 1913 em Paris •

A Origem da Tragédia ao referir-se à independência da música da imagem e do conceito. “Na sua liberdade plena a música não precisa nem de um nem de outro, apenas os tolera”. Neste livro, Nietzsche, que era filólogo de formação e levou uma vida dedicada ao estudo da linguagem, rende-se à inexorável superioridade da música afirmando que é impossível à linguagem esgotar o simbolismo universal desta. Escreve que a música é “expressão simbólica do antagonismo e da dor universais que estão no coração do Uno primordial, superior a todas as aparências e anterior a todos os fenómenos.” Com as sonoridades da Sagração somos como que transportados para um ritual dionisíaco no qual o êxtase arrebatador surge perante a falência

do princípio da individuação. Após a beberagem narcótica, assenhora-se a embriaguez e é a entrega “à força despótica da renovação primaveril”. É a “exaltação dionisíaca”, através da música e da dança, é a aniquilação, o total esquecimento de si próprio. Pensar poeticamente implica “repartir bem os jogos pelas entranhas” (Empédocles), ou “dar um pouco mais de luz ao sangue” (Cervantes). Trata-se da descida aos “infernos da alma” (María Zambrano), às raízes do humano, às entranhas - esse fundo obscuro onde padece o ser escondido sonhando. Desentranhar-se. Será este, afinal, o mistério da Primavera? l Inscrições para o café Filosófico: filosofiamjn@gmail.com


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••• REGIÃO

8 de Março de 2019

TAÇA DE PORTUGAL EM BASQUETEBOL DECIDE-SE NO PORTIMÃO ARENA d.r.

naram que os dois açambarcadores do troféu – SL Benfica (22 taças) e FC Porto (13) – só se defrontarão na final, caso atinjam a partida decisiva. A anteceder o sorteio, o diretor de competições da Federação Portuguesa de Basquetebol, José Pinto Alberto, expressou o desejo de que o Portimão Arena “se encha em todos os jogos com gente a vibrar, uma vez que a Taça de Portugal tem tudo para ser um grande cartaz promocional para a modalidade junto dos jovens da região”. Essa vontade foi perfilhada pelo presidente da Associação de Basquetebol do Algarve, Eduardo Cruz, que fez questão de sublinhar “as magníficas capacidades de Portimão para acolher eventos desta envergadura”. 􀪭􀪭 Os melhores clubes nacionais garantem um espetáculo de alto nível na Cidade Europeia do Desporto Os melhores clubes nacionais disputam, entre 14 e 17 de Março, a 70ª edição da Taça de Portugal em Basquetebol - Masculinos, no Portimão Arena, estando desde já garantido um

espetáculo desportivo de alto nível. A final a oito da popular competição, que remonta à época 1943/1944, abrirá com o derby açoriano entre o Lusitânia e o Terceira Basket, primei-

ro dos jogos de apuramento para as meias-finais, segundo ditou o sorteio realizado a 27 de fevereiro, no TEMPO – Teatro Municipal de Portimão. Os caprichos da sorte também determi-

JOVENS OLHANENSES APRENDEM JOGO DO MOINHO NAS ESCOLAS O Museu Municipal de Olhão – Edifício do Compromisso Marítimo tem vindo a desenvolver ao longo deste ano letivo junto das escolas do concelho uma atividade que pretende ensinar aos alunos do 3º ano o Jogo do Moinho, um entretenimento que remonta à ocupação árabe, mas que tem vindo a cair em desuso. O objetivo desta atividade é, de forma lúdica, “divulgar o património cultural existente na região e, gradualmente,

desconstruir a ideia que o público jovem têm dos espaços museológicos”, explica a autarquia olhanense em comunicado de imprensa. Através de um jogo de tabuleiro, é promovida “a concentração, o pensamento estratégico e a expressão plástica, uma vez que cada criança foi convidada a construir, em conjunto com os pais, o seu tabuleiro e as suas peças”. As crianças em causa, da turma

BRA2A, da Escola EB1 de Brancanes, receberam, numa primeira fase, a visita de técnicos do Museu Municipal, que apresentaram e ensinaram as regras do Jogo do Moinho. Numa fase posterior, pais e filhos construíram, em casa, um tabuleiro, que serviu de mote a uma atividade que decorreu fora da escola. No dia 22 de fevereiro, a turma visitou o museu, onde as crianças apresentaram os seus tabuleiros e jogaram

RTP2 transmite em direto meias-finais e final Coube a Teresa Mendes, vereadora do Desporto na Câmara de Portimão, dar as boas vindas aos atletas e dirigentes dos clubes participantes no sorteio,

antes de revelar que a verba recolhida na bilheteira reverterá integralmente para a secção de basquetebol do Portimonense, “de modo a que o clube também promova a modalidade a nível do desporto adaptado e crie condições para o surgimento de equipas femininas”. A responsável lembrou ainda os objetivos pretendidos por Portimão enquanto Cidade Europeia do Desporto ao longo do presente ano, sublinhando o facto de existirem no concelho cerca de 250 basquetebolistas nos diversos escalões, “número esse que desejamos aumentar.” A Federação Portuguesa de Basquetebol transmitirá toda a competição através de streaming, assegurando a RTP2 emissões em direto das meias-finais e da final. Os ingressos para os jogos de apuramento e meias-finais custam três euros, ao passo que a entrada na final custará cinco, sendo possível a aquisição de um passe no valor de dez euros, que permite acesso a todas as partidas. d.r.

entre si. Entretanto, a Associação de Pais do Agrupamento de escolas Prof. Paula Nogueira propôs a dinamização do jogo na biblioteca da escola, numa perspetiva de dinamização do mesmo espaço, o que veio a acontecer no período da tarde, onde a turma de Brancanes ensinou ao 7ºA da EB 2, 3 Carlos da Maia a jogar, “multiplicando”, assim, o efeito da atividade promovida pelo Museu Municipal de Olhão. O projeto, que irá acompanhar os

alunos ao longo do ano letivo, prevê, ainda, “um intercâmbio entre as duas escolas, que culminará num torneio de Jogo de Moinho entre pais e filhos, que acontecerá no Museu Municipal – Edifício do Compromisso Marítimo”.


REGIÃO •••

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VÍTOR RAPOSO: O ARTISTA QUE EMBELEZA AS PRAIAS DE ALBUFEIRA

fotos: stefanie palma

􀪭􀪭 Vítor Raposo elegeu as praias do Algarve para fazer os seus trabalhos Stefanie Palma / Henrique Dias Freire

stefanie.palma.postal@gmail.com

Vítor Raposo tem surpreendido todos os moradores e visitantes de Albufeira. Os seus trabalhos na areia despertam a curiosidade de todos aqueles que pisam o areal e não deixam ninguém indiferente. O POSTAL foi descobrir um pouco mais sobre este criador artístico. “Sou um apaixonado pelo mar, pela natureza e pelo ambiente em geral” "Esta ideia surgiu porque sou um apaixonado pelo mar, pela natureza e pelo ambiente em geral. Em Setembro comecei com uns rabiscos na areia e a partir daí foi sempre evoluindo, chegando ao ponto em que está agora", disse ao POSTAL Vítor Raposo. 􀪭􀪭 O artista Vítor Raposo não tem nenhuma ligação à área artística, no entanto a ideia surgiu quase a título de brincadeira. O artista contou ao POSTAL que "a ideia surgiu através da internet. Foi através do instagram que vi colegas meus estrangei-

ros que faziam não a mesma coisa, mas coisas dentro desta área e depois a partir daí inspirei-me e experimentei tentar fazer para ver se gostava. Fiz, gostei e foi evoluindo. Comecei com isto em Setembro e já lá vão seis, sete meses". Vítor Raposo utiliza material de jardim para trabalhar na areia Vítor Raposo utiliza um cabo normal de madeira e material de jardim para trabalhar na praia. Começou com estes trabalhos na Praia Maria Luísa, tendo já feito desenhos no Carvoeiro, Praia da Coelha e

referiu que "a principal característica é a qualidade da areia, ou seja, a areia tem de estar compactada para ao passar o rodo ficar bem visível e sobressair. Há muitas praias que no concelho de Albufeira não têm qualidade no que diz respeito à areia para o trabalho ficar visível. Com uma areia muito grossa, o rodo passa e não fica visível. Aqui, nesta praia, a areia é muito fina e compactada e ao passar os instrumentos de trabalho escurece os desenhos". O artista é natural da Mina de São Domingos

assina o seu nome, o nome da praia e de Albufeira

outras praias do concelho de Albufeira. O artista nunca está sozinho na execução destes trabalhos, pois tem sempre consigo a Pipoca, a sua cadela e eterna companheira. Quanto às praias que escolhe

O artista é natural da Mina de São Domingos, no Alentejo, mas reside no Barreiro desde os 18 anos. Na sua terra natal admite que já fez “na Praia Clube Naval do Barreiro só uns rabiscos para ver como era. Dá para fazer mas

não é a mesma coisa porque a areia é muito clara e não tem o impacto, nem a altura suficiente para depois tirar as fotos. Isto é bonito fazendo o desenho, subindo as falésias para ter um bom ângulo de cobertura e assim podermos disfrutar do que fazemos". O POSTAL perguntou ao criador o porquê de escolher Albufeira para desenvolver os seus trabalhos e o desenhador explicou que "vim cá passar o Natal, tenho familiares em Albufeira. Estou desempregado há quatro anos e como tal venho cá passar o Natal, passar a Páscoa, passar as férias de verão e fico dois, três meses e quase todos os dias trabalho consoante as marés. Eu trabalhava na área da iluminação, numa empresa que é completamente o oposto desta área. Eu comecei com as mariolas que são as pirâmides em pedra na Praia Maria Luísa e no ano passado surgiu esta ideia". “Não tenho uma área específica no desenho” Quanto aos seus trabalhos revelou ao POSTAL que não tem “uma área específica. Tenho colegas meus no estrangeiro e em Portugal que trabalham especificamente em mandalas, em

formas geométricas, em formas geométricas e mandalas. Eu faço um misto. Não tenho uma área específica no desenho. Gosto de variar, de fazer vários tipos de desenhos, desde folhas, rabiscos, triângulos, tudo e mais alguma coisa". Os desenhos de Vítor Raposo têm tido um enorme sucesso e o artista é cada vez mais conhecido em Portugal e no estrangeiro. "Comecei com estes trabalhos em Setembro com algum impacto e agora nestes meses de janeiro e fevereiro foi o boom completo. Nunca pensei que chegasse a este ponto. Isto começou como uma brincadeira e tomou umas proporções gigantescas, mesmo a nível mundial, porque isto passa na internet, instagram e facebook. Já sou conhecido na rua e tudo. E no concelho de Albufeira quando faço trabalhos costumo escrever o meu nome, o nome da praia e Albufeira". “Eu faço isto como um hobbie, com amor à Maria Luísa e a Albufeira” O POSTAL perguntou a Vítor Raposo se se imaginava a fazer isto de forma permanente e o desenhador disse: "não, não passa por aí. Faço apenas isto por lazer, por amor ao mar, à

natureza e ao ambiente. Ainda hoje estava a fazer uns desenhos e vieram umas francesas oferecer-me dinheiro e eu não aceitei porque disse que isto é apenas uma paixão. As pessoas pensam que é para ganhar dinheiro, há muita gente que o faz, cada um sabe de si. Eu faço-o como um hobbie, com amor à Maria Luísa e a Albufeira". Salientou ainda que "tenho família em Albufeira e a primeira vez que vim cá fiquei encantado com o cenário fantástico da baía, das arribas. Gosto do Algarve todo, desde Vila Real de Santo António até Sagres. Também aprecio a própria Costa Vicentina. Gosto do país todo mas o Algarve tem esta particularidade e a Praia Maria Luísa é o meu sítio de eleição. A minha ideia é deixar as minhas marcas por todas as praia do Algarve, aquelas onde for possível trabalhar. Assim, vou tentar dar um pouco mais de brilho às praias. Elas já têm brilho e bastante mas vou tentar embelezá-las um pouco mais. Considero que as praias do Algarve são detentoras de muita beleza mas se conseguir dar mais um toque àquilo que já existe fico feliz, e fico muito satisfeito pelo facto de as pessoas gostarem daquilo que eu faço". pub

RESTAURANTE MARÉ APAIXONADOS PELO MAR E POR TODA A RIQUEZA QUE NOS DÁ, TEMOS O CAMARÃO COMO BASE. SOMOS UMA MARÉ DE NOVOS SABORES, EM OLHÃO Avenida 5 de Outubro • Olhão • 912 578 199


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8 de Março de 2019

d.r.

Restaurante Maré - Shrimp & Stuff

Rua Manuel de Arriaga, nº 178 (ao lado a PSP) - Olhão

912 578 199 / 915 875 693

37.023923, -7.843616

restaurantemare@gmail.com

Das 12h às 15h e das 18h às 00h

20€/25€

d.r.

Apaixonados pelo mar e por toda a riqueza que ele lhes dá, usam o camarão como base sem serem uma marisqueira. São uma maré de novos sabores em Olhão. Nascido em 2017, em pleno coração da cidade, o Maré trouxe uma nova visão do mar. Chegou com a maré de verão e com o paladar apurado. A carta de variados pratos pode começar com a maré vazia, passar pelo risotto e acompanhar tudo com Gin Mare fresco ou com um excelente vinho nacional. Deste ambiente acolhedor e intimista sabem o chef Valdemar Marques e o sub-chef Miguel Cadete Tomás que, em perfeita harmonia, são os autores de tudo o que sai da cozinha e as experiências gastronómicas que proporcionam são ímpares.

􀪭􀪭 PRATO EMBLEMÁTICO

ENTRADA DIÁRIA - HAMBURGUER DE CAMARÃO PRATO PRINCIPAL - XARÉM DE GAMBAS E AMÊIJOAS

d.r.

Restaurante Matias

Rua José Joaquim Jara, 94 – Tavira

281 326 363

37.128358, -7.642935

restmatias17@gmail.com

Das 12h às 15h e das 19h às 22h (encerra à segunda-feira)

15€

d.r.

Oficialmente conhecida pela Ponte dos Descobrimentos em Tavira, embora referida como "Ponte Nova" pelos residentes, o Restaurante Matias está precisamente localizado no início ou terminação da dita ponte, conforme a direcção que tome. Restaurante simpático e cortês, possui capacidade para 50 lugares e promete uma excelente refeição. Para evitar esperas, aconselha-se a marcação prévia. Nas sugestões do dia, encontramos vários peixes grelhados, bife de atum, bacalhau, cataplanas, açorda de gambas e amêijoas e um bife à portuguesa que é um verdadeiro “mimo de boca”, como muitos clientes referem. Autêntica cozinha tradicional algarvia, as doses são generosas, não ficando esquecido o vinho e a doçaria, também ela caseira.

􀪭􀪭 PRATO EMBLEMÁTICO

AÇORDA DE GAMBAS E AMÊIJOAS Camarão e amêijoas da nossa costa, pão, alho e azeite.

Restaurante Xerém

d.r.

18

d.r.

O restaurante Xerém, localizado numa tradicional casa algarvia, de cor laranja e decoração rústica, é um espaço único, com ambiente acolhedor e aprazível. Aqui, através da cozinha de fusão, são recriados sabores regionais, recorrendo a este conceito inovador, surpreendendo o paladar. A sua cozinha aberta proporciona ao visitante uma total confiança no serviço, permitindo-lhe desfrutar de um ambiente mais intimista e tranquilo. Aqui poderá provar várias receitas de xerém, açordas, pratos de peixe e carne, vários pratos vegetarianos sem glúten sempre baseados na cultura gastronómica algarvia e diversas sobremesas, tudo confecionado no momento!

􀪭􀪭 PRATO EMBLEMÁTICO

Estrada de Ferreiras – Paderne

289 543 141

37.14648, 8.22817

restaurantexerem.albufeira@gmail.com

Das 18.30h às 23h, domingo das 11.30h às 15h (encerra às segundas e aos domingos ao jantar)

17€

O XERÉM REINO DO ALGARVE Camarão, lagosta, amêijoa e camarão carabineiro.


ROTEIRO GASTRONÓMICO •••

8 de Março de 2019

19 pub

ESCOLAS DE CASTRO MARIM INVESTEM EM ALIMENTAÇÃO MAIS SAUDÁVEL d.r.

􀪭􀪭 Espaço foi cedido pela Câmara de Olhão em regime de comodato vitalício A adoção de uma alimentação mais saudável e sustentável, num processo de reaprendizagem alimentar, com maior respeito pelos produtos endógenos, é um dos grandes investimentos da Câmara de Castro Marim para este ano. Uma das primeiras medidas já implantadas prende-se com um processo da seleção dos alimentos mais criterioso. A escolha e compra dos alimentos pretende privilegiar a origem de produção nacional e regional, como no caso do arroz e das frutas; opta por alimentos menos processados e aditivados e por produtos biológicos, utilizando

preferencialmente óleos monoinsaturados na confeção dos pratos, como é o caso do azeite. Paralelamente a esta alteração, a autarquia de Castro Marim iniciou, a 1 de março, uma formação profissional dirigida a todos os operacionais que executam funções nos refeitórios do pré-escolar e 1º ciclo do concelho. Esta ação visa permitir a sensibilização e a aquisição de novos conhecimentos e práticas, que possam facilitar as suas tarefas diárias e contribuir para este conceito de cozinha natural. A autarquia de Castro Marim considera que “este é

um investimento prioritário, permitindo às crianças uma alimentação nutricionalmente mais equilibrada nas escolas e permitindo também uma maior sustentabilidade de recursos, representando, ao mesmo tempo, um desafio necessário à contratação pública, que deverá também sensibilizar-se e orientar-se neste sentido”. O Município de Castro Marim está também a organizar várias sessões de esclarecimento dirigidas aos encarregados de educação, educadores/professores e comunidade em geral, em datas a divulgar. (AC/CM) pub

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••• REGIÃO

8 de Março de 2019

FESTIVAL DAS CAMÉLIAS REGRESSA A MONCHIQUE d.r.

􀪭􀪭 O munícipio convida todos os amantes das camélias a desfrutar da beleza desta flor Stefanie Palma / Henrique Dias Freire

stefanie.palma.postal@gmail.com

O Festival das Camélias, na sua quinta edição, está de volta à vila de Monchique no fim de semana de 23 e 24 de Março.

O programa deste ano contempla uma exposição e concurso de camélias, uma mostra de artesanato, workshops, animação e a tradicional

Rota das Camélias. A quinta edição do festival volta a reunir colecionadores, entusiastas e produtores de camélias, reafirmando e elevando aquele ícone da cultura e identidade local. As edições anteriores do festival foram pautadas por diversas actividades, tais como a dança, a pintura, a cerâmica, a doçaria, a música, a poesia à solta, as performances e o teatro. Estas iniciativas proporcionaram a todos os visitantes um fim de semana inesquecível “com toda uma animação circulante constante”. Autarquia convida amantes das camélias a visitarem Monchique A organização promete “um programa variado com excelentes propostas e com uma cadência de actividades que prometem encher os dias do festival”. A mesma fonte acrescenta ainda que “sendo a camélia um ícone natural, cultural e patrimonial do concelho não fazia sentido que não existisse um momento em sua homenagem e contemplação. Após cinco anos, existe a certeza e a convicção que Monchique é já uma referência e que reúne em si a distinção de ‘Jardim do Algarve’ e o festival foi e é (mais) um impulsiona-

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dor deste atributo”. A autarquia de Monchique convida todos os amantes destas flores a testemunharem a sua beleza e promete, a quem ainda não visitou o Festival das Camélias em edições anteriores, o “empenho na construção e criação de histórias que irão prevalecer por longos anos, na memória de todos aqueles que decidirem deixar-se apaixonar pela beleza desta maravilhosa flor, que facilmente nos transporta para o mundo maravilhoso da cor, da alegria e do romance”. O município convida assim todos os amantes das camélias e público em geral a participar neste evento, desfrutando da beleza desta flor. “Quem ainda não nos visitou, em edições anteriores, lançamos um desafio: parta à descoberta com disponibilidade para a surpresa e para o encantamento. Prometemos o empenho na construção e criação de histórias que irão prevalecer por longos anos, na memória de todos aqueles que decidirem deixar-se apaixonar pela beleza desta maravilhosa flor que facilmente nos transporta para o mundo maravilhoso da cor, da alegria e do romance”, reforça a autarquia.

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Município de Tavira Edital n.º 14/2019

Jorge Manuel do Nascimento Botelho, Presidente da Câmara Municipal de Tavira TORNA PÚBLICO, que nos termos do n.º1 do artigo 56.º do anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, em reunião ordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 26 de fevereiro de 2019, foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovada por maioria a proposta número 42/2019/CM, referente a 2.ª e 3.ª alterações ao Orçamento e Grandes Opções do Plano | 2019; 2. Aprovada por unanimidade a proposta número 43/2019/CM, referente a Atribuição de apoio ao G.A.T.O. - Grupo de Ajuda a Toxicodependentes - Unidade Residencial Temporária Torre d’ Aires; 3. Aprovada por unanimidade a proposta número 44/2019/CM, referente a Atribuição de apoio à Cruz Vermelha Portuguesa - Delegação de Tavira - Zumba Solidário; 4. Aprovada por unanimidade a proposta número 45/2019/CM, referente a Atribuição de Apoio à Associação para o Desenvolvimento Integrado da Baixa de Tavira - UAC para organização do evento - 1.ª Feira de Noivos em Tavira; 5. Aprovada por unanimidade a proposta número 46/2019/CM, referente a Atribuição de apoio à ÂNCORA - Associação Centro Comunitário Santa Luzia – Sistema Solar Térmico; 6. Aprovada por unanimidade a proposta número 47/2019/CM, referente ao Alargamento de horário de funcionamento do estabelecimento Bar Nora sito em Pedras D'El Rei - Santa Luzia - dia 2 de março de 2019; 7. Aprovada por unanimidade a proposta número 48/2019/CM, referente ao Procedimento concursal para recrutamento de trabalhadores por tempo indeterminado – 1 posto de trabalho para técnico superior – licenciatura em arquitetura – revogação de deliberação; 8. Aprovada por maioria a proposta número 49/2019/CM, referente ao Concurso Público para a concessão de exploração dos estabelecimentos integrados no parque de campismo da ilha de Tavira 2019.

Jorge Manuel Nascimento Botelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1219, 8 de Março de 2019)

COMUNIQUE COM O POSTAL Endereço: R. Dr. Silvestre Falcão 13 C, 8800-412 Tavira Contacto: 281 320 900 Email: jornalpostal@gmail.com

Edital n.º 12/2019

Jorge Manuel do Nascimento Botelho, Presidente da Câmara Municipal de Tavira

JOSÉ OTÍLIO PIRES BAIA, Presidente da Assembleia Municipal de Tavira TORNA PÚBLICO, que em sessão ordinária da Assembleia Municipal de Tavira, realizada no dia 28 de fevereiro de 2019, foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovado por unanimidade o Voto de Pesar pelo falecimento de Otílio Fernandes Correia Dourado; 2. Aprovado por unanimidade a Recomendação: “Pela urgente melhoria das condições dos Bombeiros Municipais de Tavira; 3. Aprovada por maioria a Moção: “Pelo combate à violência de género”; 4. Aprovado por unanimidade o Voto de Saudação Dia Internacional da Mulher; 5. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 13/2019/ CM, referente ao Plano de Liquidação da Polis Litoral Ria Formosa – Sociedade para a Requalificação e Valorização da Ria Formosa, S.A. (em liquidação) - Revisão; 6. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 33/2019/ CM, referente à alteração ao Plano Diretor Municipal de Tavira e à delimitação da Reserva Ecológica Nacional concelhia decorrente do Regime Excecional de Regularização das Atividades Económicas; 7. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 35/2019/CM, referente à revogação do regulamento de autorização municipal para instalação e funcionamento das infraestruturas de suporte das estações de radiocomunicações e respetivos acessórios; 8. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 36/2019/ CM, referente à 4-Emp/17 – Reabilitação do Cine Teatro António Pinheiro – Aprovação do novo planeamento da empreitada, prorrogação do prazo do contrato e repartição de encargos; 9. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 37/2019/ CM, referente à Prestação de Contas/2018; 10. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 38/2019/ CM, referente à 1.ª Revisão ao Orçamento e Grandes Opções do Plano 2019; 11 Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 40/2019/ CM/CM, referente à Descentralização – transferência de competências da administração central para a administração local. Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume Paços do Concelho, aos 28 dias do mês de fevereiro do ano 2019 O Presidente da Assembleia Municipal, José Otílio Pires Baia (POSTAL do ALGARVE, nº 1219, 8 de Março de 2019)

Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos de costume. Paços do Concelho, 26 de fevereiro de 2019 O Presidente da Câmara Municipal,

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TORNA PÚBLICO, que nos termos do n.º1 do artigo 56.º do anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, em reunião extraordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 18 de fevereiro de 2019, foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovada por maioria a proposta número 37/2019/CM, referente a Prestação de contas | 2018; 2. Aprovada por maioria a proposta número 38/2019/CM, referente a 1.ª Revisão ao Orçamento e Grandes Opções do Plano de 2019; 3. Aprovada por unanimidade a proposta número 39/2019/CM, referente a Atribuição de apoio ao Rancho Folclórico da Luz – Jantar convívio de Folclores e Acordéon; 4. Aprovada por unanimidade a proposta número 40/2019/CM, referente a Descentralização - transferência de competências da administração central para a administração local; 5. Aprovada por maioria a proposta número 41/2019/CM, referente a 3-Emp/18 – Ponte sobre o rio Gilão na ligação do Largo da Caracolinha à Rua do Cais- Aprovação do relatório final - Adjudicação e aprovação da minuta do contrato. Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos de costume. Paços do Concelho, 18 de fevereiro de 2019 O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Manuel Nascimento Botelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1219, 8 de Março de 2019)

Ângela Maria Guerreiro Relvas Notária Certificado Certifico, para efeitos de publicação, nos termos do disposto no artigo cem, número um do Código do Notariado, que em vinte e oito de fevereiro de dois mil e dezanove, foi exarada no Cartório Notarial em Olhão, sito na Rua Miguel Torga, Bloco Norte, loja um - B, a cargo da Notária Ângela Maria Guerreiro Relvas, no Livro número Cento e Sessenta e Dois – A de notas para escrituras diversas, de folhas setenta e três a folhas setenta e quatro verso, uma escritura de Justificação, na qual foi outorgante: Albino João Pereira, casado, natural da freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, residente em Quatrim do Sul, Fontes Santas, Apartado 365, união das freguesias de Moncarapacho e Fuseta, concelho de Olhão, portador do cartão de cidadão número 05183629 7 ZZ9 válido até 07.11.2027, emitido pela República Portuguesa, que outorgou na qualidade de procurador de: Emerência Azinheira Moreno, viúva, natural da freguesia de Pechão, concelho de Olhão, residente na Rua Francisco Guerreiro, CP 403-A, Sítio da Igreja, freguesia de Pechão, concelho de Olhão, contribuinte fiscal número: 104 893 290, poderes que verifiquei pela procuração que arquivei, pessoa cuja identidade verifiquei pela exibição do referido documento de identificação. E por ele foi dito: Que a sua representada é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do seguinte prédio: Rústico sito em Alecrineira, freguesia de Quelfes, concelho de Olhão, composto de cultura arvense, com a área de quatrocentos e quarenta metros quadrados, confrontando a norte, nascente e poente com Louis Howard e outra e a sul com Francisco Rufino da Cruz, inscrito na respetiva matriz, em nome da justificante, sob o artigo 53 da secção A, com o valor patrimonial tributário de 22,26€, igual ao atribuído, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Olhão. Que a sua representada desconhece o artigo matricial antigo da matriz não cadastral e que à data da aquisição já se encontrava viúva. Que a sua representada adquiriu o referido prédio rústico, em data que não sabe precisar, do ano de mil novecentos e oitenta e nove, por compra, meramente verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita a Luciano Lopes Tanganho, viúvo, residente que foi em Pechão, Olhão. Que desde aquela data, portanto há mais de vinte anos, a sua representada possui o dito prédio em nome próprio, sem a menor oposição de quem quer que fosse desde o seu início, posse que exerceu sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pública, pacífica e contínua, tratando da terra e colhendo os seus frutos, pagando as respetivas contribuições e impostos, pelo que o adquiriu por usucapião, não podendo provar pelos meios normais o seu direito. Está conforme o original. Cartório Notarial em Olhão, a Cargo da Notária Ângela Maria Guerreiro Relvas, aos vinte e oito de fevereiro de dois mil e dezanove. Notária Ângela Maria Guerreiro Relvas

Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. D.F.

Conta registada sob o nº. 277/2019 (POSTAL do ALGARVE, nº 1219, 8 de Março de 2019)

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NECROLOGIA

8 de Março de 2019

ANTÓNIO PAULO DO ROSÁRIO DOS SANTOS 10-02-1943 19-02-2019

ALEX ANDRINO ANTÓNIO DE HORTA MISSA DO 1º ANIVERSÁRIO DE FALECIMENTO

Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

AGRADECIMENTO

MONCARAPACHO OLHÃO

A sua família informa que será celebrada Missa do 1º Aniversário de Falecimento, dia 10 de Março de 2019, domingo, pelas 12 horas, na Igreja de Santo Estevão.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

“Paz à sua Alma”

Santo Estêvão

Tavira

Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. M.F.

LUCRÉCIA JOAQUINA 16-12-1934 27-02-2019 Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar. AZINHAL CASTRO MARIM CONCEIÇÃO E CABANAS DE TAVIRA TAVIRA Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

LUCINDA BERNARDINO NETO 28-09-1921 28-02-2019 Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

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SANTA MARIA TAVIRA SANTA MARIA E SANTIAGO TAVIRA Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

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Santos & Bárbara, Lda FUNERAIS - CREMAÇÕES - TRASLADAÇÕES PARA TODO O PAÍS E ESTRANGEIRO

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REGIÃO •••

8 de Março de 2019

PRAIA DE ALBUFEIRA ELEITA A 11ª MELHOR DO MUNDO Stefanie Palma / Henrique Dias Freire

stefanie.palma.postal@gmail.com

A Praia da Falésia, localizada em Olhos de Água no concelho de Albufeira, foi eleita a 11ª melhor do mundo. A escolha foi feita pelos utilizadores do site mundial Tripadvisor.

Uma usuária do site referiu que é “um lugar maravilhoso, encantador. Vale muito a pena ir. Não me arrependo nem um pouco de ter ido. Como na maioria do ano faz sol, é um passeio formidável”. Esta praia, localizada no coração algarvio, está entre as 25 eleitas na

d.r.

categoria de melhores praias, do Travellers Choice 2019 do Tripadvisor. Em primeiro lugar na escolha dos viajantes está a Baía do Sancho no Brasil. Na lista estão ainda contemplados outros locais como Balos Lagoon na Grécia, Manly Beach na Austrália e Seven Mile Beach na Jamaica.

I CONGRESSO DO MAR REALIZA-SE EM LAGOS

􀪭􀪭 A escolha foi feita pelos utilizadores do site mundial Tripadvisor

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OPORTUNIDADES

DESAFIOS

AMEAÇAS

d.r.

23.03.2019

CENTRO CULTURAL DE LAGOS 􀪭􀪭 João Fernandes, presidente da Região de Turismo

I CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS TERRAS DO INFANTE

do Algarve é um dos oradores no congresso

A Associação de Municípios Terras do Infante (Aljezur, Lagos, Vila do Bispo) realiza, em parceria com a Universidade do Algarve, um congresso subordinado ao tema “Mar”. Este evento terá lugar no próximo dia 23 de Março, entre as 9 e as 18 horas, no Centro Cultural de Lagos. O congresso celebra a reunião de todos os autarcas destes três municípios. Nesta iniciativa vão estar presentes organismos, entidades e individualidades ligadas à temática que irão refletir e promover um debate relativo ao Mar e Oceanos, como fator de diferenciação, inovação e conhecimento. Vão ser abordados temas como a sustentabilidade da sua exploração, resolução de conflitos no uso de recursos, bem como novas atividades e criação de mecanismos atrativos para o investimento, entre outros aspetos. O primeiro painel é dedicado à Economia do Mar, onde será feita uma retrospetiva sobre os cem anos da indústria conserveira de Lagos, a congelação de produtos de pesca

e aquacultura, o impacto económico e turístico da naútica de recreio, a economia do surf e o mar enquanto fator diferenciador no turismo da região. Num segundo painel serão apresentadas comunicações ligadas à conservação da biodiversidade marinha na Costa Vicentina, mar de “plástico” e poluição, água e oceanos. As comunicações serão da responsabilidade de Francisco Castelo, da Câmara de Lagos, Nuno Battaglia, CEO do Grupo Battaglia Capital SA, Fernando Perna, Paulo Carrasco, Maria João Bebianno e Jorge Gonçalves da Universidade do Algarve, João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve, e Carla Graça, vice-presidente da ZERO - Associação -Sistema Terrestre Sustentável. No intervalo da manhã será inaugurada a Exposição Mar Profundo Português, que estará patente até ao dia 29 de março. Este primeiro congresso vai ainda homenagear a memória e o trabalho do professor Mário Ruivo e será encerrado pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.

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PROGRAMA 09.00H – Receção dos Participantes – Credenciação 09.30H – Abertura

Joaquina Matos – Presidente do CD da AM Terras do Infante Paulo Águas – Reitor da Universidade do Algarve

1º PAINEL – A ECONOMIA DO MAR 10.00H – Economia Local – Cem Anos de Indústria Conserveira em Lagos – Francisco Castelo – CM Lagos 10.20H – Economia Local – Congelagos – Congelação de Produtos de Pesca e da Aquicultura Nuno Battaglia – CEO Grupo Battaglia Capital SA 10.40H – O Impacto Económico e Turístico da Náutica de Recreio – Fernando Perna – Universidade do Algarve 11.00H – Coffee break – Inauguração da Exposição “Mar Profundo Português” 11.30H – A Economia do Surf – Paulo Carrasco – Universidade do Algarve

12.00H – O Mar e o Turismo do Algarve – João Fernandes – Presidente da Região de Turismo do Algarve 12.30H – Debate – Moderadora: Elisabete Rodrigues – Sul Informação 13.00H – Almoço

2º PAINEL – MAR | AMBIENTE, SUSTENTABILIDADE E INVESTIGAÇÃO 15.30H – Conservação da Biodiversidade Marinha na Costa Vicentina – Jorge Gonçalves CCMAR Universidade do Algarve 16.00H – Mar de Plástico Poluição – Maria João Bebianno – Universidade do Algarve

16.30H – Água e Oceanos – Carla Graça – Vice-Presidente da ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável 17.00H – Debate – Moderadora: Elisabete Rodrigues - Sul Informação 17.30H – Homenagem ao Professor Mário Ruivo

18.00H – Encerramento – Sua Excelência a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino

Organização:

Apoio Institucional:

Media Partner Oficial:


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8 de Março de 2019

Tiragem deste edição: 6.813 EXEMPLARES

••• ÚLTIMA

O POSTAL regressa dia 22 de Março

FARO RECEBEU O MAIOR ALGARVE TRADE EXPERIENCE DE SEMPRE fotos: eunice silva

Eunice Silva / Henrique Dias Freire

jornalpostal@gmail.com

􀪭􀪭 O evento superou as expectativas

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Já era um bom prenúncio. Antes da abertura, já tinha mais de cinco mil confirmações, mais do dobro do ano anterior. Pela primeira vez, o Wine & Spirits Algarve Trade Experience abriu-se à população em geral e realizou-se num espaço público: o coração da cidade de Faro. O Museu Municipal de Faro e a antiga fábrica da cerveja foram os espaços que garantiram o sucesso do evento que é considerado o maior do setor de bebidas dedicado ao trade da região do Algarve. A 7ª edição, que se realizou nos dois primeiros dias de março, teve como slogan “Together let’s create a blue ocean shift [Juntos vamos criar um oceano mais azul]” e segundo a Garrafeira Soares, entidade organizadora, “focou-se na preservação e no impacto

que a indústria das bebidas tem na vida marinha e na poluição oceânica. Desta forma, pretendeu alertar os participantes do evento para a problemática, que todos os dias se agrava cada vez mais, a ameaça aos ecossistemas marinhos e oceânicos”. O Algarve Trade Experience reuniu os produtores com os clientes algarvios numa troca de sabores e ideias sobre gostos e experiências. “É uma forma de também apresentarmos os nossos produtos, as nossas colheitas novas para os restaurantes e para quem vai aos restaurantes do Algarve”, disse ao POSTAL Diogo Albino, produtor do vinho regional alentejano Torre do Frade. As paredes do Museu Municipal de Faro ganharam vida e os claustros encheram-se de cor e de pessoas das mais variadas partes do mundo. Este ano a Garrafeira Soares decidiu arriscar e sair da sua zona de conforto, organizando

tudo para que nada faltasse aos participantes. “Estamos habituados a estar em meios em que nos oferecem tudo e nos asseguram toda a logística de um evento destes. Este ano não tivemos isso.”, afirmou ainda Vasco Duarte. Em termos de adesão “este ano superou as expectativas”, acrescenta Vasco, “é largamente o evento com maior adesão de sempre. No ano passado tivemos cerca de 3.500 pessoas e tínhamos cerca de 2.000 convidados confirmados e este ano já ultrapassamos as 5.000 confirmações”. O Algarve Trade Experience foi um sucesso e provas não faltam, “não fica atrás de qualquer feira de vinhos que se faça em Lisboa

ou no Porto, portanto isto tem um nível até mesmo internacional”, rematou Diogo Albino ao POSTAL. Falar de vinhos e bebidas, provar e conhecer, num ambiente divertido e cultural, foi um dos muitos objetivos desta que é a maior feira de bebidas do Algarve.


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