POSTAL 1220 22MAR2019

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DISTRIBUÍDO COM O EXPRESSO VENDA INTERDITA Director Henrique Dias Freire • Ano XXXI Edição 1220 • Quinzenário à sexta-feira 22 de Março de 2019 • Preço 1,50€

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EDIÇÃO ESPECIAL 22 MARÇO

EDIÇÃO COMEMORATIVA DO DIA MUNDIAL DA ÁGUA

Junte-se a nós! Ambiente e sustentabilidade foram os temas de um aceso almoço-debate. A iniciativa inédita do POSTAL juntou um grupo restrito de nove convidados. E nós contamos-lhe tudo!

VERDE ALGAR VE

Alto Patrocínio

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COM O ALTO PATROCÍNIO

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Um desafio importante que está em marcha e que depende muito da questão da água é a produção de hidrogénio dito verde no Algarve

Em caso de seca, reservas de água garantem até dois anos para o consumo humano, na agricultura seria a tragédia O Dia Mundial da Água, que se comemora sexta-feira, 22 de março, foi pretexto para o jornal POSTAL do Algarve organizar um almoço-debate intitulado “Verde Algarve” Stefanie Palma / Henrique Dias Freire

stefanie.palma.postal@gmail.com

A iniciativa teve o alto patrocínio da prestigiada empresa Águas do Algarve e contou com a participação de nove convidados especiais que lideram instituições públicas e privadas, de pertinente relevância na área do ambiente na região algarvia. No debate participaram Francisco Serra, presidente da CCDR Algarve, Alexandra Teodósio, vice-reitora da Universidade do Algarve, Fernando

Horta, responsável pelo Parque Empresarial de Tavira, Isabel Gonçalves, administradora da Hubel Verde, João Bastos, director-geral da Sun Concept, Jorge Luz, director-geral da Itelmatis Control System, Juan Pablo Correia, diretor comercial do grupo Algardata, Pedro Madeira, sócio-gerente da Frusoal e Teresa Fernandes, responsável pela Comunicação e Educação Ambiental da Águas do Algarve. Todos juntos, na mesma mesa de refeição em formato de “U”, debateram várias questões relevantes relacionadas com o ambiente na região algarvia. O debate foi moderado pelo jornalista Henrique Dias Freire, diretor do jornal e contou igualmente com a cobertura de Ana Pinto, diretora executiva, e de Stefanie Palma, jornalista,

ambas do POSTAL do Algarve. O almoço-debate, que contou com o apoio da prestigiada empresa Infralobo, realizou-se num ambiente que se quis de proximidade entre o número restrito de convidados e aconteceu na passada sexta-feira, 15 de Março, no Hotel Dona Filipa, em Vale do Lobo, entre as 12:30 e as 16 horas. O sucesso ditou que mais iniciativas dentro deste formato original são para continuar. Informalmente, o debate iniciou-se entre alguns dos participantes e viu crescer o entusiasmo de todos à medida que as várias questões iam sendo abordadas. No final da refeição, excelentemente bem servida, todos tomaram café e passaram a refletir sobre o tema proposto intitulado VERDE ALGARVE.

Teresa Fernandes, da empresa Águas do Algarve, iniciou a abordagem ao tema da água esclarecendo que “o Algarve teria, eventualmente, condições para garantir o abastecimento de água durante dois anos, caso as atuais reservas de água fossem apenas para uso exclusivo do consumo humano, o que não acontece”. Ao que Henrique Dias Freire, diretor do jornal Postal do Algarve, salientou ser certo que o consumo humano tem prioridade sobre a agricultura. Em caso de prolongada seca, a agricultura no Algarve entraria em grandes dificuldades, com cenários de grandes falências. E Pedro Madeira, sócio-gerente da Frusoal alertou, desde logo, para a tragédia que seria, dando como

exemplo a dura realidade de um caso pessoal: “falando no abacate, se o mesmo ficar sem água durante três dias no mês de agosto, a fruta que está em cima da árvore vai acabar por cair para o chão. No ano passado, tivemos uma rotura numa sexta-feira à tarde que só foi possível arranjar na segunda-feira de manhã e que teve como consequência ficarmos com os abacates todo no chão”. Para Jorge Luz, director-geral da Itelmatis, impõe-se uma pergunta quando se fala numa eventual seca prolongada: “Sabemos que há entidades privadas interessadas em investir em centrais de dessalinização da água e não conseguem obter licenciamentos. E porque é que as coisas não acontecem?” 􀪭􀪭 Continua na página 6


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Não tenho dúvidas que a água vai ser um dos principais problemas dos próximos anos e das gerações vindouras

Já João Bastos, director-geral da Sun Concept disse haver um excelente exemplo de sustentabilidade no Algarve, ao referir-se à Ilha da Culatra “tem planeado fazer uma central de dessalinização da água”. Com uma abordagem mais académica, Francisco Serra, presidente da CCDR Algarve, partilhou que uma das suas áreas de investigação desde o final do século tem sido o funcionamento dos ecossistemas. E salientou que “nós aprendemos muito através do funcionamento dos sistemas naturais e dos ecossistemas para poder modelar o nosso comportamento. E a minha perceção é que o homem, nesta altura, não conseguirá manter os níveis de desenvolvimento e de vivência do planeta sem continuar a intervir nos ecossistemas, mas poderia fazê-lo com humildade”. Para Francisco Serra “devíamos calibrar a nossa capacidade de intervir com o exercício do princípio da precaução” e lança uma questão questionando “em que medida é que nós, avançando no conhecimento, não podemos fazer as coisas de maneira diferente para preservar tanto quanto possível o funcionamento dos mecanismos naturais?” “Falando por exemplo da água, eu fiz a minha tese de doutoramento no ano 2000 e desenvolvi um modelo dinâmico do sistema turístico. Fiz a calibração desse sistema para o Algarve. Tive de monitorizar, por exemplo, o sistema da água. Nessa altura, já existiam os dois sistemas de barragens, o do sotavento e o do barlavento, e já haviam as estações de tratamento de água. Mobilizei a região baseado nessa capacidade de recurso e na capacidade de estrutura desse recurso. Tive em conta as áreas de rega, nomeadamente do barlavento e da Costa Vicentina e estimei os consumos de água para os diversos usos, portanto, águas para golfe, regas e água para consumo humano”. “Na altura, nós tínhamos como único sistema de abastecimento de água os aquíferos subterrâneos e substituímos o uso dos aquíferos pelo uso da água de superfície, embora a água de superfície concorra não só para usos de consumo humano, como para outros usos, nomeadamente para usos de

agricultura. Não sei se a capacidade disponível para a rega está a ser utilizada na totalidade, mas perguntava se numa situação de crise, podemos usar os aquíferos subterrâneos ou os aquíferos subterrâneos têm estado a ser usados para água de rega e outras necessidades secundárias? Ou se simplesmente esses aquíferos são reservas estratégicas de água, que nós podemos vir a utilizar no futuro? Francisco Serra aproveitou para colocar outra questão pertinente: “temos feito manutenção para, havendo uma emergência, recorrer a essas captações em boas condições? Água vai ser um dos principais problemas Das questões levantadas por Francisco Serra, Teresa Fernandes respondeu que “não tenho dúvidas que a água vai ser um dos principais problemas dos próximos anos e das gerações vindouras. Relativamente à disponibilidade de água doce, nós somos um planeta azul onde existe muita água, mas é água salgada”. Para enquadrar a pergunta feita sobre os aquíferos, Teresa Fernandes referiu que “antes da criação das Águas do Algarve, em 1995, o Algarve era abastecido apenas e exclusivamente por águas subterrâneas. Os municípios faziam as captações exclusivamente em origens subterrâneas, inclusivamente para a agricultura. Essas captações que existiam sofreram intrusões salinas de ordem tal que nós começámos a ter informação de que a água estava a ficar imprópria para consumo humano. A criação da Águas do Algarve foi também uma resposta, digamos assim, a esse problema gravíssimo que se estava a verificar na região. Criada a empresa Águas do Algarve, foram criadas infraestruturas para fazer face a essa situação. Atualmente, temos como principais fontes de captação da água as barragens de Odeleite e Beliche. E em 2005, devido à situação de seca, construímos a barragem de Odelouca. Odeleite e Beliche são para fins múltiplos: consumo humano e para a agricultura e a Barragem de Odelouca é apenas para consumo humano. Relativamente às captações subterrâneas, os aquíferos ficaram de tal

forma danificados desaconselhando-se as captações de água desta origem, sendo necessário dar tempo para a recuperação dos aquíferos. A preservação do aquífero é fundamental em caso de necessidade sendo uma reserva estratégica. Para além disso, a agricultura depende ainda desta água. Em caso de seca, quando começarmos a bombar essa água, como aconteceu em 2005, “secamos” tudo aquilo que está à nossa volta e que foi o que aconteceu. Temos muitos furos em toda a região, cuja manutenção é efetuada e não estão esquecidos. Os furos das autarquias passaram todos para a Águas do Algarve, estão todos mapeados e são alvo de cuidada manutenção para garantir que eles estejam funcionais em caso de necessidade. Alguns destes estão localizados em alguns dos melhores aquíferos da região. Evitamos tirar água, como já referi, para preservar a água enquanto reserva. Todos os furos a nível da região estão em funcionamento. Se for necessário também é um dos recursos que se encontra disponível”. Já sobre a questão da dessalinização, Teresa Fernandes afirma não ser um projeto que esteja esquecido. “Nós não decidimos sozinhos e a nível governamental, quanto à dessalinização, ainda se está longe de avançar, embora hajam estudos a decorrer. Ainda temos muita água que se perde e há que aproveitar a água de forma útil. Existem ainda alguns municípios com perdas acima dos 70%”. Para Francisco Serra “é mais um desafio à criatividade e inovação. Como renovar sistemas complexos de abastecimento de água sem prejudicar o turismo?” Teresa Fernandes relembra que essa questão das águas não é só ao nível das Águas do Algarve e deixa uma nova questão: “quando é que começamos a refletir em termos de arquitetura das novas construções? Continuamos a ter os nossos autoclismos com água boa para consumo. Até quando? Como é possível que não se vejam estas situações? Como é que nas novas construções não se prevê o reaproveitamento da água da chuva? Estamos aqui a falar num desperdício de água total!”.

Já estamos na era da agricultura inteligente

Está em causa a sobrevivência da região

Na sua intervenção, Isabel Gonçalves, administradora da Hubel Verde, disse acreditar cada vez mais numa agricultura inteligente. “Quanto a mim, toda esta área do ambiente sempre foi muito importante. No local onde eu vivia quando era mais nova, nós fazíamos o reaproveitamento da água da chuva. Tínhamos uma cisterna e tínhamos de cuidar dela e, inclusivamente, na utilização racional dos recursos. Revejo-me muito nisto, porque tem a ver com a génese daquilo que eu vivi, até aos meus dez anos. Ao nível da utilização racional da água e da energia, não podemos dissociar água e energia, porque para promover a água precisamos de energia, sendo que a água é indispensável. Hoje em dia os caminhos apontam para aquilo que é a agricultura inteligente. Eu acredito que no passado se gastava até mais água na agricultura do que hoje em dia regando mais. Porquê? Porque a agricultura está hoje em dia com níveis tecnológicos bastante avançados. Nos dias atuais, utilizamos as tecnologias informáticas, as tecnologias de redes em comunicação e as comunicações via web. Temos informação no momento, como por exemplo, a deteção de pontos de rotura. Hoje em dia, já estamos perante aquilo que é uma agricultura inteligente. Isto para não falar naquilo que

Para Pedro Madeira, “nós temos uma região privilegiada e precisamos que o turismo seja cada vez mais forte e nos traga receitas. Mas precisamos igualmente que a agricultura acompanhe essa evolução e nos traga mais receitas. Precisamos de viver com dignidade. E se calhar vamos ter de abdicar de algumas coisas. A grande questão é: há alternativas às barragens? Se existir vamos aproveitá-las, agora temos de fazer alguma coisa. Não podemos continuar a dizer: se chover temos esta ou aquela possibilidade, porque se a possibilidade se estender muito… ela salga!” Pedro Madeira alertou que esta questão urge ser pensada com muita seriedade dizendo, “se há possibilidade de aproveitarmos águas residuais, vamos aproveitar as águas residuais. Se as ribeiras trouxerem um pouco menos de sedimentos ao mar, vamos tentar que tragam alguns, porque depois sabemos que essa falta de sedimentos leva a haver menos sardinha; ou então, comemos mais carapaus. Mas alguma coisa temos de fazer porque é a sobrevivência da região. É a sobrevivência do país porque esta situação é transversal ao país. Por sua vez, Alexandra Teodósio, vice-reitora da Universidade do Algarve, alertou que “a água que chega ao mar não é só necessária à sardinha, é necessária para muitas outras coisas e até para o turismo. Cada vez mais se fala no

Nós somos transmissores para as gerações futuras

é hoje o avançado conhecimento sobre as plantas e de todo o funcionamento das mesmas”. Ainda referindo-se ao valor do conhecimento, Isabel Gonçalves afirmou que “sempre insisti em pôr o conhecimento dentro da organização e gosto que toda a organização esteja ligada à universidade e às fontes do saber. Nós somos transmissores para as gerações futuras. Não podemos estar aqui a contaminar tudo. Há conhecimento e podemos intervir de várias formas. Li, por exemplo, que o Algarve é a zona que mais se recicla”. Ao que Teresa Fernandes concluiu que “estamos a fazer bem, mas temos que fazer ainda melhor”.

volume das alforrecas. A nossa costa é privilegiada nesse sentido. Cada vez mais as diferentes espécies de alforrecas estão a chegar de todo o mundo. Nós temos pelo menos 12 referenciadas que não estavam há 20 anos atrás. E estão aqui na nossa costa e algumas são muito urticantes. Os pulsos de água doce, a reduzirem a densidade destes organismos, fazem-nos muito atrativos para o turismo porque há muitas zonas no mediterrâneo que já estão interditas precisamente por causa destes organismos. Nós ainda somos muito privilegiados. A parte terrestre e a marinha estão ligadas por muitas fontes que nós nem imaginamos. A finalizar esta primeira parte do almoço-debate, Henrique Dias Freire expressou o seu regozijo, em jeito de confissão em alta voz, dizendo: “Meu Deus Henrique, o que é que foste criar hoje? Isto parece um Governo Sombra”.


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Convidados deram-se a conhecer O número restrito de convidados teve a oportunidade de falar sobre as instituições que cada um representava, referindo o que é que cada entidade tem feito até ao momento em termos de ambiente e sustentabilidade, tudo na primeira pessoa processo logístico deles serão concentrados em Tavira, também pelas características que enunciei e que foram providenciais na seleção do espaço por parte desta entidade.

Hubel Verde é inovação e aplicação do conhecimento

Parque Empresarial primou pela certificação energética

Isabel Gonçalves, administradora da Hubel Verde

Fernando Horta, responsável pelo Parque Empresarial de Tavira

Gostava de salientar a preocupação que o Grupo Hubel teve sempre no sentido de preservar os recursos. Está na essência e naquilo em que tenho colaborado. Neste sentido e sem descurar a inovação, eu sempre fui defensora e sempre estabeleci ligações com as universidades. Tenho feito este trabalho de base no sentido de procurar e aportar para a região e para o país aquilo que a nível tecnológico nós podemos fazer, na área da agricultura e na área da gestão da água e da automação. Os recursos são e serão sempre escassos para a área onde atuamos. O que nós fazemos? Fazemos a gestão eficaz daquilo que é aportado à planta ao nível do nutriente. E é este aportar da tecnologia, com as análises da água, de seiva e o acompanhar o próprio ciclo das plantas que é o que a Hubel Verde faz. Não faz só isso. Temos uma empresa que tem uma start up que está a entrar num domínio novo no estado atual da arte. Estamos a falar da internet of things, estamos a falar das áreas do mundo novo, que é o que nos permite falar, por exemplo, das smart industries, das smart cities, entre outras.

A importância do planeamento é bastante relevante. Todo o processo de planeamento relativamente ao Parque Empresarial de Tavira foi sustentado dentro de um estudo de impacto ambiental e por uma posterior declaração de impacto ambiental. Esse processo é um processo dinâmico de gestão e é importante também porque promove aqui algumas dinâmicas de economia por parte de quem desenvolve os projetos no parque empresarial, nomeadamente, por desenvolver estudos e declarações de impacto ambiental para determinado tipo de atividade. Por outro lado, toda a monitorização que é feita, em diferentes níveis, seja na relação com as questões relacionadas com o consumo de água, energia e por

Os recursos são e serão sempre escassos para a área onde atuamos

aí fora, dentro do parque empresarial e no meio em que ele está inserido. Da dinâmica desenvolvida a ERSE e a EDP lançaram um selo de qualidade de fornecimento energético, o selo E+ para os quais nós, exatamente pelas características do parque que temos em Tavira, fomos um dos cinco parques a nível nacional a sermos selecionados para este projeto pioneiro. O certificado essencialmente corrobora a qualidade do fornecimento energético às empresas que estão lá localizadas. Abaixo do Tejo estamos só nós e Sines, nesta dinâmica e, portanto, evidencia as caraterísticas e qualidades que a própria infraestrutura tem. Temos lá agora, por exemplo, uma organização de produtores de abacate que dá pelo nome de TROPS e que para breve iniciará a edificação. Estávamos a falar da TROPS e dos seus associados que representarão 90% da área de produção total do abacate no Algarve. A dinâmica e o

Nós desenvolvemos uma APP (Fulgurit) em que conseguimos efetivamente conectar via web múltiplos equipamentos. É uma APP desenvolvida naquilo que é um programa livre, não vinculada a nenhuma entidade. O Grupo Hubel é hoje um legado que estou a dar continuidade, quer seja pelo presente ou pelas gerações seguintes.

Todo o processo de planeamento relativamente ao Parque Empresarial de Tavira foi sustentado dentro de um estudo de impacto ambiental

Frusoal faz o melhor que as novas tecnologias permitem Pedro Madeira, sócio-gerente da Frusoal A Frusoal é uma organização que até há pouco tempo era só de citrinos. Neste momento engloba também abacates e diospiros. A nossa empresa atua no setor primário e acabamos por beber desenvolvimentos de alguns destes setores que estão aqui sentados à mesa, incluindo a Universidade do Algarve com a qual temos algumas parcerias. A partir do ano de 2000, a Frusoal passou a ter preocupações que se prendem com a gestão dos recursos, seja ele água, terra, seja o que for, não só por questões ambientais, que são importantes, mas também pela questão da sobrevivência. Os custos da matéria-prima que nós produzimos foram baixando e nós fomo-nos vendo obrigados a encontrar estratégias para conseguir reduzir

Não se consegue passar pela natureza e não deixar estragos custos de produção. E para que isso aconteça, é lógico que temos de racionalizar ao máximo os recursos com os quais trabalhamos. Esses recursos, bebendo informação a essas empresas, a nível das regas com sondas e sistemas informáticos, permitem aos nossos técnicos estarem em casa e ligarem ou desligarem setores de rega, porque pode não estar prevista uma chuva e de repente chover e o técnico não precisa de se deslocar à exploração, pois, de casa, desliga a rega. Toda essa preocupação existe e a agricultura e citricultura, no-


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meadamente, funcionam com isso no dia a dia. A nível dos agroquímicos com as produções integradas, com as certificações do Algarve e outras, fomos também minimizando o impacto da utilização dos agroquímicos nas nossas culturas. Não se consegue ir ao zero. Não se consegue passar pela natureza e não deixar estragos. É lógico que deixamos estragos e esses estragos são forçosos para que a nossa sobrevivência exista. No entanto, fazemos o melhor que sabemos e o melhor que as novas tecnologias nos permitem, mas há danos que acabam por ficar e uns a natureza consegue reciclá-los, outros provavelmente ficarão para as gerações vindouras. Em termos do nosso setor, aquilo que fomos fazendo ao longo destes anos, e já vamos com aproximadamente 30 anos de atividade, foi precisamente isso: reduzir sempre o desgaste dos recursos naturais que nos são proporcionados.

Algardata alerta para a gestão eficiente dos resíduos Juan Pablo Correia, diretor-comercial do grupo Algardata A Algardata atua em duas grandes vertentes: uma relacionada com as smart cities, na qual temos investido. Temos uma parceria muito forte com tudo aquilo que é a vertente da gestão da água. Tudo aquilo que a Isabel falou nós temos representado e integramos na nossa solução, que é uma solução abrangente ao nível de smart cities. Na parte dos resíduos, a Algar tem uma colaboração com o Jorge, que é um investimento muito grande na parte da gestão dos resíduos, no qual estamos interligados há mais de 20 anos com a Algar e a atual Mota-Engil para gerir, por exemplo, todo o lixo de Lisboa, todo o lixo da Tratolixo passa por nós. Toda a parte da gestão é feita com o nosso software que são vários milhares de toneladas. Uma coisa que me orgulha é o facto de ser um software

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fazer esse tipo de trabalho e nisso nós estamos a intervir muito assiduamente e muito afincadamente, nomeadamente, na questão de transformar o papel em digital que eu espero que seja um tema também a debater aqui, porque as árvores também consomem água quando estão a ser criadas. A sustentabilidade é uma questão abrangente e nós criámos uma solução de comunicação por televisão que tem duas vertentes de poupança: a primeira é a desmaterialização, portanto, tirar o papel da equação e a segunda é que centraliza num único servidor na cloud e não obriga a ter infraestruturas locais e isso leva a consumos elétricos, consumos energéticos, menos infraestruturas. Para terminar, uma última pincelada que tem a ver com a decisão da administração em que as nossas ações team building passem por ações ecológicas. Este ano vamos plantar árvores no município em zonas ardidas. Vamos fazer algo que devolva algo ao ambiente e isso tem sido uma preocupação nossa e eu acho que é importante essa mensagem de sensibilização interna que estamos a fazer.

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simples que dependiam de nós nas cantinas em que abolimos o plástico ainda muito antes de sair na legislação. Começámos por reduzir os itens de plástico pequenos, como as palhinhas, as palhetas, os copos e os pratos de plástico; a incentivar o uso das próprias canecas pelos estudantes, pelos docentes, pelos investigadores e funcionários, em que em vez de terem de usar um copo de plástico se queriam ir para fora da cantina ou do bar tomar o seu chá ou seu café, pudessem usar o seu próprio material. Essa foi uma das primeiras ações. Depois fomos selecionadas para financiar um outro projeto “Reciclar plástico é uma arte”, em que o próprio plástico que é necessário usar na universidade é reutilizado dentro da própria universidade pelos alunos de artes plásticas e dos alunos da pós-graduação em prototipagem. E esse é o que estamos a desenvolver atualmente para incentivar precisamente a economia circular e também para reduzir a nossa pegada de plástico enquanto universidade. Pretendemos igualmente envolver outras entidades. Existem algumas instituições na área da restauração na própria vizinhança da universidade que inclusivamente também aderiram ao projeto e reduziram ou eliminaram mesmo esses itens. Passámos também por algumas escolas em Faro e Olhão, mas pretendemos que esta campanha “UAlg mais saudável com menos plástico” possa envolver a própria região. Achámos que a universidade tinha a obrigação de dar o exemplo pelo conhecimento que tínhamos do impacto que está a acontecer no meio marítimo.

Haverá mais plástico no mar do que peixes em 2050 Alexandra Teodósio, vice-reitora da Universidade do Algarve Lançámos, há dois anos, o programa “UAlg Mais Saudável”, que visa também passar muito desta informação e coproduzir a informação com os agentes da região. A primeira ação que lançámos no âmbito desta programa foi precisamente para a redução do plástico. A Universidade do Algarve, como é do conhecimento geral, dedica-se bastante à investigação na área do mar, muito ligada também a várias áreas, como à economia, agricultura, informática, saúde e muitas outras. A área do mar, dos recursos aquáticos e os plásticos

Este ano vamos plantar árvores no município em zonas ardidas

Prevê-se efetivamente que em 2050 exista mais plástico no mar do que peixes, dum ponto de vista muito grosseiro

orgulhosamente fabricado no Algarve. Gostava de referir como cliente de referência a Altice, que vende soluções fabricadas por nós. O meu objetivo pessoal é trazer conhecimento e valor acrescentado de fora para o Algarve. Uma segunda vertente é a desmaterialização. Nós falamos muito da água, mas estamos a esquecer, por exemplo, o papel, as árvores que temos de abater para criar papel, para fazer faturas ou para

são preocupações da universidade. É notório que atualmente existe uma ameaça muito grande aos ecossistemas marinhos. Prevê-se efetivamente que em 2050 exista mais plástico no mar do que peixes, dum ponto de vista muito grosseiro. Uma das principais ações da “UAlg Mais Saudável” foi fazer a campanha “UAlg mais saudável com menos plástico”. No início, foi do conhecimento da investigação dessa área, do impacto que o plástico já estava a ter nas populações marinhas que começámos por fazer ações muito

Sun Concept aposta em embarcações eletro-solares João Bastos, diretor geral da Sun Concept Em primeiro lugar é importante referir que nós vamos ter sempre um impacto no ecossistema que nos rodeia. É impossível não o termos. Isto é uma coisa que vai acontecer e acabou. Para conseguirmos interagir de uma forma menos intrusiva tínhamos de reduzir a população mundial a um quarto, um quinto, um sexto, não sei, e isso não vai acontecer, aliás, a população tem tendência para aumentar. O que nós temos de fazer é conseguir minimizar o impacto, mitigá-lo, isto nos combustíveis fósseis, na água, em tudo e mais alguma coisa.

E foi exatamente aí que entrou a nossa visão de sustentabilidade, criando embarcações que tenham um impacto inferior no ecossistema onde operam


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Partindo desse pressuposto, a Sun Concept começou, há quatro anos, através exatamente da consciência ambiental de um grupo de pequenos investidores a pensar nestas questões. Achámos que devíamos de alguma forma devolver a Olhão a capacidade de construção naval que havia sido perdida em tempos. Olhão tinha muita capacidade de construção naval e muito do know-how acabou por se ir perdendo, mas uma parte ainda existia de alguma forma um pouco recatada. Por outro lado, não fazia sentido fazer barcos iguais a todos os outros que existem em Portugal e no mundo e entrar no mercado global. Considerámos, portanto, que tínhamos de diferenciar de alguma forma. E foi exatamente aí que entrou a nossa visão de sustentabilidade, criando embarcações que tenham um impacto inferior no ecossistema onde operam. E assim se criou o conceito das embarcações eletro-solares, que eu acho que é um conceito nosso. Embora existam outras embarcações e muitas experiências a nível mundial de embarcações elétricas movidas através de painéis fotovoltaicos, o nome eletro-solar acho que é nosso. Dado isto, criámos um primeiro modelo que foi um modelo interessante e que serviu para prova de conceito. Temos 18 embarcações construídas e todas elas navegam perfeitamente, sem problemas de maior. Nós começámos a desenvolver este trabalho há quatro anos e há três anos fizemos a primeira. Estamos a falar destes números desenvolvidos em aproximadamente dois anos, porque no último ano estivemos outra vez voltados um pouco para dentro, a desenvolver um novo modelo por necessidade do mercado. As embarcações funcionam, são boas, há coisas a corrigir e melhoramentos a fazer. Se acertássemos à primeira num barco perfeito seria um acontecimento único. Nós de barco para barco vamos sempre tentando alterar alguma coisa, para que os barcos seguintes estejam sempre um pouco melhores do que os anteriores. Mas o conceito era esse: conseguir fazer barcos em que o primeiro modelo era muito indicado para águas abrigadas, e tendo a Ria Formosa como pano de fundo, há duas ou três coisas que são muito importantes. Para dar um exemplo concreto podemos falar do ruído. É muito importante o impacto que o ruído tem nas áreas sensíveis, na reprodução das espécies. Hoje em dia existem vários estudos sobre os cavalos-marinhos e é importante referir o impacto que o ruído tem na reprodução destes animais. É durante o verão, quando existe maior quantidade de barcos, que estas espécies se reproduzem. Obviamente, que não é por isso que os cavalos-marinhos estão a desaparecer da Ria Formosa, mas contribui muito para que eles não consigam recuperar. É tudo cumulativo obviamente. Nós à nossa pequena escala tentámos dar o nosso contributo e de alguma forma estamos a conseguir. Neste momento temos cinco barcos a navegar na Ria Formosa e vamos ter sete em breve. Deviam ser 500, mas havemos de lá chegar.

Itelmatis investe em soluções inteligentes de impacto ambiental reduzido Jorge Luz, director-geral da Itelmatis Control System

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A Itelmatis desenvolve tecnologia há 17 anos e toda essa tecnologia tem um impacto ambiental significativo. Nós trabalhamos na área da agricultura, piscicultura, hotelaria, golfe e águas residuais. Temos desenvolvido em todas estas áreas tecnologias de impacto ambiental significativo. No golfe desenvolvemos em conjunto com a Universidade do Algarve o único sistema que existe a nível mundial capaz de gerir a água em tempo real, ou seja, reagir à chuva em tempo real. Se a meio da rega começar a chover, o sistema é capaz de reduzir a água que entrega à relva em função da água que está a cair naquele momento de forma gratuita. Aqui na Infralobo fizemos, há pouco tempo, o arranque de um sistema que é inovador e que levou a Infralobo a dar mais um passo no sentido de se tornar num Smart Resort. Num primeiro passo que tinham dado, a nossa tecnologia também estava presente na gestão do edifício que eles têm. Neste segundo passo anunciaram um sistema inteligente de rega que foi concebido por nós. Desenvolvemos, portanto, o hardware, firmware, software intermédio e a parte web que permite fazer uma gestão integrada, em tempo real, da rega de todo o empreendimento. Deste modo, fazemos a rega dos espaços verdes, e conseguimos ver lote a lote a rega de cada moradia com integração de uma estação meteorológica ou várias com dados em tempo real.

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no máximo tem a classificação e dentro da cidade há uma rua que pode estar obstruída com um carro mal estacionado. O que nós desenvolvemos tem tudo isso em conta e resolveu esse problema. A nível da energia solar também temos alguns projetos com alguns clientes para maximização do aproveitamento da energia solar. Existe ainda um projeto ao qual demos o nome de ecogerador e que já existe em vários hotéis no Algarve. Existe um grupo hoteleiro que não constrói nenhum hotel sem instalar um equipamento destes que foi desenvolvido numa parceria com uma empresa de Faro e que no fundo reduz para um sexto o consumo de energia necessária para climatizar, fornecer a água quente num hotel na altura mais crítica que é o verão. Conseguimos, deste modo, com um sexto do consumo energético transferir seis vezes mais energia. É de facto uma medida significativa em termos de redução de consumos. O Hotel Júpiter em Portimão é um hotel que quando isto foi feito pela primeira vez tinha 30 anos e teve uma classificação energética dois níveis acima do que toda a gente esperava por causa da influência que este equipamento teve na redução da pegada ecológica, na pegada de CO2 do edifício. São desafios destes que nós gostamos.

Se nós soubermos que vai chover amanhã, podemos abdicar de regar hoje Assim, podemos reduzir a intensidade da rega em função da chuva que esteja a cair no momento. Tudo isto é integrado com entidades que disponibilizam dados de previsão meteorológica. Se nós soubermos que vai chover amanhã, podemos abdicar de regar hoje. Isto tem certamente impacto ao nível dos consumos de água e da qualidade dos jardins e da relva. Nós já tínhamos um projeto parecido com este a funcionar no EcoResort do grupo Pestana, em Tróia, onde tínhamos a rega de 300 jardins juntamente com os jardins comuns, tudo coordenado com uma única estação meteorológica a fazer redução de consumos de água em tempo real em função da chuva, a fazer a contagem da água bruta e água potável, gás. Aqui foi mais um passo. Deixámos de ter uma rede a funcionar via fibra ótica como temos no Pestana e passámos a ter uma rede a funcionar via rádio, o que facilita muito a intervenção em cidades, porque as infraestruturas implicam sempre partir calçadas, abrir estradas, e isso é sempre algo que ninguém deseja. No que respeita ao lixo reciclável no Algarve, quase todo passa por tecnologia nossa. Está em vias de ter patente, o único sistema que a nível mundial é capaz de orientar os motoristas sem os levar para ruas em que os camiões não caibam ou para esquinas onde os camiões não consigam virar, ou até evitarem que vão para o lado errado da rua. A Algar já teve várias visitas de entidades que não acreditam que isso funcione porque existem há muitos anos investimentos a nível europeu para resolver este problema e ninguém acredita que uma empresa do Algarve o tenha resolvido. Continua a haver um problema que é o facto de os camiões gastarem muito combustível, carregados ainda gastam mais. Quando chegamos ao pico do verão, a Algar desloca para o Algarve muitos motoristas de outras regiões do país por causa da sazonalidade e eles andam perdidos à procura dos contentores. E mesmo que tenham no GPS a localização dos contentores metem-se por ruas onde o camião não passa. A rentabilidade desses motoristas até ao ano passado era desastrosa e o impacto ambiental que isso tinha ao nível do consumo combustível era muito grande. O ano passado foi o primeiro ano em que a Algar não teve impacto por ter motoristas que não conheciam a região. Os motoristas tiveram a mesma produtividade que tiveram os motoristas que já conheciam a região. Os sistemas tradicionais de orientação GPS não contemplam nada disto e nem sabem ler muitas estradas,

Águas do Algarve prima pela qualidade das suas águas Teresa Fernandes, responsável pela comunicação e educação ambiental da Águas do Algarve As Águas do Algarve entram indiretamente na casa de todos nós consumidores. Nós pretendemos levar água à casa de cada um dos consumidores, não apenas em quantidade, mas também em qualidade. Para isso temos efetuado um elevadíssimo investimento na região. Nós temos cerca de 650 milhões de euros já de investimento, sendo que perto de 400 milhões são para a questão da água, que tem a ver com as redes, com o investimento nas estações de tratamento de água, nos laboratórios, e na manutenção. Nós temos um laboratório que é acreditado e, em consequência disso, temos a distinção da água como produto certificado. É evidente que não é esta certificação que traz a qualidade à água mas atesta sim a qualidade que nós temos nas nossas torneiras. Associado a isto temos também um grande investimento que foi a construção de uma estação elevatória reversível, aquando da grande seca, que era algo que não existia e que nos permite levar água do sotavento ao barlavento e vice-versa, em caso de necessidade e isto é fundamental também para garantir a sustentabilidade do sistema e da prestação de um bom serviço no abastecimento à população. Paralelamente a este abastecimento de água que nós fazemos à população, temos uma grande preocupação que tem não apenas a ver com as alterações climáticas, mas também com o facto de a água doce ser um recurso que é findável e o que se prevê para o futuro é que seja cada vez mais escassa. É importante mencionar que, nesse sentido, temos um grande investimento em projectos de investigação, inclusivamente com a Universidade do Algarve, outras universidades do país, com o Instituto Superior Técnico, com institutos e entidades internacionais para que possamos estar


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sempre na crista da onda em termos de investigação e desenvolvimento para as questões da água. Depois temos as questões de educação ambiental. Nós temos um grande investimento nesta vertente não apenas com as escolas mas que visam todos os públicos-alvo de todas as idades da região, muito embora a aposta seja mais para os miúdos, tal como a Isabel falou, pois são os miúdos que incentivam os pais. Nós temos consciência disso. É mais fácil alterar comportamentos quando ainda somos mais jovens do que quando já temos idades mais avançadas e mentalidades pré-concebidas. A outra vertente da “Águas do Algarve” é o sistema de saneamento. Relativamente a este há também um grande trabalho desenvolvido. Temos cerca de 350 milhões de investimento já efetuado no Sistema. Enquanto que na água temos quatro grandes estações de tratamento de águas, no saneamento temos mais de 60 ETAR e mais de 180 EE. São sistemas completamente diferentes, com uma complexidade distinta. Aqui existe também um investimento em termos de tecnologias inovadoras o que também tem sido fundamental, porque a água rejeitada para os meios recetores tem de ser uma água de elevadíssima qualidade.

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Temos investido na construção de parques fotovoltaicos para produção e consumo de energia própria, sendo que temos dois que se destacam instalados nas ETAs de Alcantarilha e de Tavira. Somos uma das empresas que tem tido mais resultados a nível nacional, que é um motivo de orgulho de todos nós. Temos cerca de 154 colaboradores, que são peças fundamentais em toda a empresa. Somos muito poucos, com as reduções de pessoal que se têm verificado, nem sempre é fácil o o dia a dia de trabalho. A empresa está presente em todos os 16 municípios, com o sistema de abastecimento de água e saneamento, sendo motivo de orgulho para cada de nós trabalhar nesta casa, cuidando de um bem que é essencial à vida que é a água. Queremos que quando se abre a torneira, a água possa continuar a correr em quantidade e em qualidade.

Nós temos cerca de 650 milhões de euros já de investimento, sendo que perto de 400 milhões são para a questão da água

Tem sido feito também um grande investimento na produção de energia verde para consumo próprio, e uma redução de consumo de energia oriunda do petróleo. Esta última ETAR que inaugurámos em Faro já tem associado um projeto inovador que é o Nereda, que por si só é um sistema que permite que a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) esteja plantada num espaço mais pequeno do que aquele que são as estações normais e com uma grande poupança de energia relativamente àquelas que também são as habituais. Ao nível do saneamento, estamos também a fazer uma grande investigação naquilo que é a reutilização. Muito embora não dependa de nós, a nível Governamental está a fazer-se um esforço elevado para que se avance com a reutilização. No Algarve estamos a abastecer hortas de laranjeiras, temos também alguns campos de golfe a receber a nossa água…. Estamos a tentar ir um pouco mais além do que aquilo que é permitido por lei, sendo sempre solicitada autorização e dado conhecimento ao concedente, tem-nos sido sempre permitido fazer esse abastecimento, fornecimento. Para os abacates também já temos alguns pedidos de utilização dessa água. Temos uma grande componente de comunicação e educação ambiental. As pessoas não valorizam aquilo que vai para o esgoto, acham que podem meter para lá tudo e mais alguma coisa, entopem os canos, aumentando os custos de tratamento de água e da própria canalização, o próprio jogar dos óleos para as canalizações que é tão prejudicial para as águas. Há aqui também um grande investimento da nossa parte nesta vertente da sensibilização. Depois, a sustentabilidade está sempre ligada a tudo aquilo que nós fazemos, aliás, somos uma empresa ligada ao setor do ambiente, pelo que de outra forma não seria possível trabalhar, não é? Temos várias parcerias em termos de projetos de investigação, desenvolvimento e educação ambiental com várias entidades, porque também achamos que as parcerias são fundamentais, no desenvolvimento de projetos e mesmo em termos de resultados, não usando apenas o nosso know-how. Temos uma grande componente de investimento na produção de energia verde. Um dos grandes custos que a Águas do Algarve tinha era com a energia, em todas as instalações.

CCDR aposta em várias áreas para o desenvolvimento da região Francisco Serra, presidente da CCDR Algarve Identifico três missões fundamentais enquanto membro da CCDR que gostaria de referir. A primeira missão é a de coordenar os organismos da administração no território. Para isso temos o conselho de coordenação intersetorial. A segunda missão prende-se com o acompanhamento do desenvolvimento regional. Dentro dessas missões de acompanhamento e de coordenação esta não tem efetivamente mecanismos concretos de intervenção, ou seja, nós não temos um orçamento da região. Somos uma região, de facto, para efeitos eleitorais ou de

Um desafio importante que está em marcha e que depende muito da questão da água é a produção de hidrogénio dito verde no Algarve governação. Limitamo-nos a fazer este acompanhamento. Por outro lado, temos competências específicas, nomeadamente, como autoridade de Avaliação de Impacto Ambiental, nas áreas do ambiente, licenciamento, monitorização da rede da qualidade do ar e, portanto, nas matérias relacionadas com o ambiente e com o planeamento temos competências efetivas. Em terceiro lugar existe uma componente que é menos visível

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e que de alguma maneira tem perdido importância nos últimos anos que é a supervisão no sentido de coordenar o trabalho e dar apoio às autarquias locais. Por outro lado, tem ainda uma característica que é hospedeira de organismos europeus ou de agências europeias, nomeadamente que são de redes de colaboração empresarial e de comunicação com a União Europeia, que do ponto de vista funcional dependem também do presidente da CCDR, mas que a sua ação tem muito a ver com mecanismos de regulação direta com a representação da União Europeia em Portugal. Por outro lado, ainda tem funções de gestão de fundos comunitários. A CCDR faz parte da gestão da presidência da Euro Região do Sul Peninsular. O Algarve é também presidente da Euro Região Andaluzia, Algarve e Alentejo. Temos aqui um conjunto vasto de missões. Na vertente do acompanhamento e do desenvolvimento interessa-nos que o Algarve se desenvolva de acordo com uma matriz de criação de riqueza, que do ponto de vista das boas práticas da gestão representaria um conjunto de setores económicos sólidos. Estes não são necessariamente iguais em termos de peso ou de dimensão, mas complementares na lógica e tendo nós caraterísticas específicas e uma tradição que tem levado ao desenvolvimento do turismo, gostaríamos que essa atividade turística pudesse alavancar outras vertentes, nomeadamente, a agroalimentar, a economia do conhecimento e alguma indústria transformadora, e não indústria pesada por força das incompatibilidades que isso tem com as indústrias limpas e com o movimento do turismo em geral. Como região não tendo portanto essa característica de intervenção a nível regional que nos permita coordenar, no sentido de influenciar decisivamente o rumo dos acontecimentos, temos ao nível do programa operacional alguma capacidade de intervenção no que diz respeito ao incentivo de atividades que possam de alguma maneira contribuir para que estes objetivos se concretizarem. Ora, para esse efeito existe uma coisa chamada especialização inteligente regional, que também definiu os setores prioritários de desenvolvimento da economia e que em função disso o programa está organizado para ter recursos para incentivar. Eu queria realçar um aspeto que é o facto de no âmbito do programa operacional existir um conselho de inovação regional, que alguns dos presentes integram e que tenta agrupar as diversas áreas, a agroalimentar, o mar, as indústrias culturais, as tecnologias, o turismo, no sentido de incentivar ou de receber impulsos para podermos orientar os esforços de inovação no sentido desejado de desenvolvimento regional. Quando eu tomei posse em 2016, uma das primeiras coisas que fizemos foi lançar quatro desafios que ainda permanecem em concretização ao CIRA (Conselho de Inovação Regional do Algarve) e às entidades que lá estão representadas: um dos desafios é a criação de um centro de conhecimento em turismo. Consideramos que é um aspeto fundamental, pois as evidências mostram que nós temos muito turismo mas pouco conhecimento em turismo, pouca investigação em turismo. Foi também assinado o protocolo entre a Região de Turismo, a CCDR, a Universidade do Algarve e o Turismo de Portugal, para passar a funcionar o Observatório para o Turismo Sustentável do Algarve. O sistema de indicadores de sustentabilidade de turismo está também em marcha para a Universidade do Algarve e outros financiados pelo programa operacional na lógica destes desafios. Outro desafio foi a criação de um sistema de redes inteligentes de energia, gestão energética da nova geração baseada nas redes que aqui foram faladas, da gestão comunitária, da produção, armazenamento e distribuição de energia de uma forma cooperativa ou solidária, que obviamente leva mais tempo, porque aí temos de romper com o gelo e com a congelação dos reguladores, dos monopólios e de outras entidades. Leva tempo mas far-se-á. A outra questão e já agora um desafio importante que está em marcha e que depende muito da questão da água é a produção de hidrogénio dito verde no Algarve. Outro desafio importante e que tem sido motivo de grande esforço é a transição para uma Região Inteligente do Algarve (RIA). Esta região inteligente vem no sentido do que aqui foi falado. A Smart Resort de Vale do lobo, do Smart Irrigation System, as Smart Cities, as smart whatever, as smart farms e tudo o que é smart são contributos para este desafio se concretizar e estamos em vias de publicar os instrumentos para financiar pelo menos a parte inicial da configuração da RIA. Tudo isto que tem sido dito faz parte das preocupações da CCDR . As coisas estão a acontecer no sentido que nós pretendemos, assim haja vontade e iniciativa. Isto não se faz só com uma entidade, não se faz só com uma pessoa, faz-se com todos nós.


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Rolear: 40 anos de sustentabilidade e inovação fotos d.r.

􀪭􀪭 A diversidade dos negócios permite a criação de novas sinergias, potenciando a otimização de recursos Lançada a partir de uma pequena loja em Faro, a empresa-mãe do Grupo Rolear, Rolear SA, surge no mercado em 1979, ao criar uma oferta de soluções completas e personalizadas aos seus clientes. O êxito do projeto inicial permitiu um crescimento contínuo, culminando na ampliação para novas áreas de negócio com uma oferta única de soluções que vão desde o fornecimento de produtos e equipamentos elétricos e eletromecânicos, à distribuição de gás canalizado, comercialização de gás natural e eletricidade, passando pela construção civil, infraestruturas e arranjos exteriores, pelas instalações técnicas especiais, manutenção, apoio técnico e formação. As áreas de especialização do Grupo Rolear são sustentadas pela qualidade dos produtos distribuídos, o know how especializado de uma equipa dinâmica, o rigor conferido à execução e um compromisso para com a melhoria contínua. O Grupo Rolear pauta a sua atividade pela escolha de soluções cada vez

mais eficazes no plano tecnológico, procurando adaptar os projetos aos interesses ambientais, cumprindo os requisitos legais e adotando práticas sustentáveis de proteção do ambiente, tais como, a recolha seletiva dos resíduos e seu encaminhamento para operadores de gestão licenciados (ex: Ambi3E, Sociedade Ponto Verde…). “É com orgulho que assumimos a nossa responsabilidade pelo meio ambiente, estando fortemente empenhados na máxima proteção dos recursos naturais, do possível impacto das nossas atividades”, afirma o administrador da Rolear, engº Parreira Afonso. As questões ambientais são uma

constante no quotidiano do grupo empresarial, que tem vindo a apostar, fortemente, na criação de uma estratégia sustentável. No que diz respeito à gestão ambiental, o grupo empresarial considera-a “um fator estratégico de competitividade”, motivo pelo qual estabeleceu como objetivo a minimização dos impactes ambientais resultantes da sua atividade. Também a consciência das problemáticas relacionadas com a importância das energias renováveis tem estado presente na política implementada pelas empresas do grupo, tendo sido pioneira na instalação dos primeiros sistemas eólicos no Algarve (Vila do Bispo) e, posteriormente, na instala-

ção do primeiro sistema fotovoltaico nos laboratórios do Instituto Politécnico da Universidade do Algarve. Além da procura constante das melhores e mais inovadoras soluções tecnológicas, o Grupo Rolear investe também na investigação. Um dos primeiros investimentos do grupo na área

da investigação surge em 1990 de uma parceria com a Universidade do Algarve na fundação do CINTAL (Centro de Investigação Tecnológica do Algarve), sendo associada até à atualidade. Mais recentemente, surge uma nova parceria com a academia algarvia, através de uma proposta da empresa, em conjunto com uma equipa de investigadores, com o objetivo de desenvolver diversos componentes para sistemas de climatização de controlo inteligente.

Poupar energia significa poupar dinheiro e assumir a nossa parte da responsabilidade pelo ambiente"


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Águas do Algarve aposta na sustentabilidade económica, social e ambiental fotos: d.r.

Água destaca-se pela excelente qualidade

A Barragem de Odelouca veio colmatar fortes carências de recursos hídricos numa região extremamente vulnerável a pressões sobre a disponibilidade destes recursos. A sua construção justificou-se por razões imperativas de reconhecido interesse público ligadas à gestão sustentada, quantitativa e qualitativa, da água para abastecimento público e ao contexto do desenvolvimento regional do Algarve. Foi no dia 22 de Dezembro de 2006, que a Águas do Algarve assumiu a responsabilidade de construção da barragem de Odelouca, vindo assegurar o fornecimento contínuo e regular de água para consumo humano na região do Algarve, evitando

A água fornecida pela Águas do Algarve aos seus clientes destaca-se pela sua excelente qualidade, suportada através do cumprimento das melhores práticas de operação e manutenção, sustentadas pela monitorização laboratorial de parâmetros acreditados. A Águas do Algarve consegue cumprir não só a legislação nacional aplicável, como também as orientações da Organização Mundial de Saúde, as especificações da Certificação em Segurança Alimentar, bem como as especificações da certificação do produto água para consumo humano.

os constrangimentos inerentes aos anos de seca. Esta foi uma condição essencial para garantir a qualidade de vida das populações e para potenciar o futuro da economia do Algarve. É atualmente uma “peça” fundamental no sistema multimunicipal de abastecimento de água do Algarve.

Seja para consumo ou para as tarefas diárias, a água da torneira está sempre à sua disposição, nas quantidades de que necessita, à distância do simples gesto de abrir a torneira, assumindo um papel preponderante no dia-a-dia e no seu bem-estar. 24 horas por dia, 365 dias por ano.

􀪭􀪭 A empresa Águas do Algarve assegura o fornecimento de água para consumo humano na região A Águas do Algarve é a empresa responsável pela exploração e gestão dos Sistemas Multimunicipais de Abastecimento de Água e de Saneamento do Algarve. Estes sistemas abrangem geograficamente os 16 municípios da região do Algarve: Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Monchique, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António. A empresa tem como missão garantir o abastecimento de água para consumo público e o tratamento de águas residuais de acordo com os mais elevados padrões de qualidade e fiabilidade, num quadro de sustentabilidade económica, social e ambiental.

quantitativos e qualitativos da água para abastecimento público, sendo as respetivas origens quase exclusivamente subterrâneas. A qualidade de vida das populações e as atividades económicas, com destaque para o turismo, encontravam-se fortemente limitadas. Nos anos 90 o abastecimento público de água no Algarve era efetuado diretamente pelos municípios, tinha

Barragem de Odelouca veio colmatar fortes carências de recursos hídricos A Águas do Algarve capta, trata e entrega uma média de mais de 70 hectómetros cúbicos por ano de água para abastecimento público, através de uma vasta rede de infraestruturas, onde se incluem 20 captações subterrâneas, 4 captações superficiais, 4

Laboratório assegura elevados padrões de qualidade e fiabilidade da água

Sistemas de abastecimento de água e de saneamento são dos investimentos mais importantes dos últimos 30 anos no Algarve Os Sistemas Multimunicipais de Abastecimento de Água e de Saneamento do Algarve são um dos investimentos mais importantes dos últimos 30 anos no Algarve, do ponto de vista do desenvolvimento sustentável, económico, ambiental, de diversidade e complexidade técnica, bem como da dimensão e extensão do investimento. Até ao início do funcionamento do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água do Algarve, a região algarvia debatia-se com problemas

16 entidades gestoras, mais de 170 captações públicas, processos de tratamento obsoletos e de difícil controlo, sobre-exploração dos aquíferos, captações subterrâneas que secavam com frequência, intrusão salina, excesso de cloretos na água, excesso de nitratos – situações de (NO3 > 500 mg/l), água de elevada dureza – elevada incrustação de carbonatos e forte limitação ao desenvolvimento.

estações de tratamento de água, cerca de 500 quilómetros de condutas, diversos reservatórios de água e estações elevatórias e mais de 70 pontos de entrega de água aos municípios. A população residente no Algarve é de cerca de 450 mil habitantes, mas este valor pode triplicar durante a época alta. Metade do volume de água é consumido na época alta (de Junho a Setembro).

A Águas do Algarve, S.A., possui, desde o início da sua atividade, um laboratório de controlo de qualidade da água, assegurando de acordo com os mais elevados padrões de qualidade e fiabilidade, não só a qualidade da água para consumo humano fornecida pela Águas do Algarve, S.A., como também as águas naturais (subterrânea e superficial), a água das diferentes etapas do processo das ETAs e a água processada nas Estações de Tratamento de Águas Residuais e respetivos meios recetores.


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ENTREVISTA A TERESA FERNANDES, RESPONSÁVEL PELA COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

"A água é um bem cada vez mais escasso,

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Em entrevista ao POSTAL, Teresa Fernandes, responsável pela comunicação e educação ambiental da empresa Águas do Algarve, avança com alguns pontos determinantes sobre a entidade. Na entrevista foram abordadas temáticas relativas às ações desenvolvidas pela empresa no que respeita à área do ambiente.

Quais as ações ambientais que a empresa "Águas do Algarve" tem desenvolvido? Desde sempre que as questões ambientais estão presentes na estratégia de desenvolvimento da Águas do Algarve, como aliás, já tenho referido fazem parte do ADN da empresa. Ca,da vez mais, e tendo-se presente os recentes dados mundiais relativos às previsões e respetivas consequências resultantes das alterações climáticas, todas as ações que possam ser promovidas junto da população no desenvolvimento da necessária consciência ecológica, proteção e valorização do ambiente são muito bem-vindas. A água é um recurso fundamental de suporte à vida (verdade de La Palice) e um bem cada vez mais escasso, que urge preservar. Alertar a população, através da realização de diferentes ações, para a hipótese de escassez muito antes da água faltar nas torneiras, é essencial. A futilidade e insignificância com que a população gere a sua água é de uma tremenda falta de sensatez e respeito para com o Planeta e para a sobrevivência do próprio ser humano. Até quando vamos fingir não ver o que se passa à nossa volta? Se pudermos, através das nossas ações, contribuir para “abrir os olhos” para as atitudes diárias ligadas à temática da água e do ambiente na generalidade, é para nós motivo de satisfação e acima de tudo, motivo para continuarmos a investir nestas matérias que não devem deixar ninguém de fora. Ninguém!!!!! Nesta matéria são muito diversificadas as ações que são dinamizadas pela Águas do Algarve e muitas destas também com parceiros, as quais são diferenciadas por targets e promovidas ao longo de todo o ano. Destas ações gostaria, contudo, de destacar a Campanha Nacional “Por um Pingo de Consciência”, que teve início em 2018 e que vai continuar em 2019. Esta campanha visa sensibilizar para a utilização eficiente da água, consciencializando para o valor da água

e para a importância de abandonar hábitos de desperdício. Note-se que esta campanha decorre das conclusões do Estudo Nacional sobre as Atitudes e Comportamentos dos Portugueses face à água, o que por si só é reveladora de alguns preciosismos que nos permitiram identificar os focos das sensibilidades da população nesta matéria, ajustando a campanha às necessidades do consumidor real. Trata-se de uma ação conjunta com todas as empresas do Grupo Águas de Portugal. Teremos muitas novidades em breve. Todas as nossas iniciativas têm destaque quer nas redes sociais quer no próprio site da empresa www.aguasdoalgarve.pt   Qual é a importância do ambiente nas ações que a "Águas do Algarve" desenvolve? A Águas do Algarve, associada à sua principal atividade (abastecimento de água para consumo humano e tratamento das águas residuais urbanas), assume um forte compromisso com o desenvolvimento sustentável. A preservação do ambiente está incorporada em todas as atividades e ações que a empresa opera na região, havendo, inclusivamente, um contínuo investimento no desenvolvimento de projetos inovadores, em parceria com entidades várias, como seja a Universidade do Algarve, o LNEC, Agência Portuguesa do Ambiente, entre outras nacionais e internacionais. Importa referenciar o esforço contínuo que é efetuado também na vertente da comunicação e sensibilização dos consumidores para as questões associadas ao desenvolvimento sustentável e consequente consciência ecológica, bem como para a importância da contribuição quer da empresa quer de todos para a conservação dos ecossistemas e da biodiversidade na nossa região. A Associação Portuguesa de Distribuidores de Água (APDA) é uma

A preservação do ambiente está incorporada em todas as atividades e ações que a empresa opera na região


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que urge preservar" associação de referência ligado ao setor da água e do ambiente. A Teresa é atualmente coordenadora nacional do Grupo de Trabalho de Comunicação e Educação Ambiental. Qual é a importância deste grupo e de que forma está a ser desenvolvido? Assinalo que foi com muita honra e orgulho que assumi esta enorme responsabilidade, que desempenho com a maior motivação. A temática do ambiente e das preocupações que assolam cada vez mais a realidade dos nossos dias são para mim, pessoalmente, muito caras. Talvez por esse motivo a dedicação e compromisso que empresto a estes assuntos é com total responsabilidade alargada a todagrupo de trabalho. Não apenas no horário de trabalho, mas 24 horas sobre 24 horas. As alterações climáticas não tiram férias. Nos últimos anos, o sector da água tem vindo a impor-se através do desenvolvimento de iniciativas, planos de comunicação e de educação ambiental em defesa deste recurso escasso e essencial à vida. A criação deste grupo de trabalho reflete o objetivo de realizar um trabalho em equipa e de forma participativa, por parte de um significativo grupo de profissionais e técnicos do setor, oriundos de todo o país, que utilizam as ferramentas da comunicação e da educação ambiental como instrumentos para o diálogo permanente com as populações em torno da temática ambiental e em particular do recurso água. O trabalho em desenvolvimento tem como base a partilha de conhecimentos obtidos através da experiência profissional de todos os seus membros nas vertentes da Comunicação e Educação Ambiental, entre os associados da APDA e profissionais do setor. Esta partilha far-se-á sobretudo através da realização de diferentes ações, i.e. papers, organização de seminários, workshops, colóquios, promoção a visitas de estudo identificadas com esta temática, ou outras atividades similares que se considerem pertinentes naquele que é o âmbito de atuação do grupo e a sua contribuição para o desenvolvimento das comunidades e dos territórios. Relativamente à água, quais são as disponibilidades hídricas da região? A empresa assegura o fornecimento de água em alta aos 16 municípios do Algarve, fornecendo uma média aproximada de 70 milhões de m3 de água/ ano. As principais origens de abasteci-

mento são as Barragens de Odelouca, Odeleite e Beliche, e algumas captações subterrâneas situadas em Vale da Vila e Benaciate. A gestão e controlo que são efetuados às disponibilidades hídricas são muito rigorosos. Isto permite-nos avançar com a informação de que, e apesar das atuais reservas não serem as que desejamos, considerando a fraca ou quase inexistente pluviosidade que se tem feito sentir, o abastecimento de água em quantidade e qualidade continua a efetuar-se sem necessidade de qualquer alarmismo. A empresa disponibiliza os dados relativos às reservas de água no site, que pode ser consultado em www.aguasdoalgarve.pt

atuais catástrofes naturais a aumentar (veja-se o atual caso do ciclone em Moçambique), as alterações climáticas apresentam-se com cenários preocupantes, dos quais a nossa geração não tem memória…! É necessária uma “revolução” na cadeia de valores. Sabendo que é o cidadão quem toma as decisões finais, é fundamental a definição de uma estratégia ao mais alto nível da tomada de decisão, em que as pessoas se possam identificar com essa mesma estratégia como sendo boas e positivas para elas próprias, para a

Numa altura em que se fala bastante sobre a seca, quais os conselhos que a empresa "Águas do Algarve" dá à população de forma a poupar água e rentabilizar este recurso? Os recursos naturais são esgotáveis e até mesmo finitos quando usados de uma forma inconsciente! Não é apenas em situação de seca que devemos adotar atitudes conscientes de poupança. Para evitar o desperdício e a diminuição do consumo de água e, consequentemente a fatura, é algo que todos podemos fazer. Apenas precisamos de adotar novos comportamentos, pequenos gestos, que podem ser muito simples, mas que farão toda a diferença. O essencial é que estes, a pouco e pouco, se transformem em hábitos diários, saudáveis e de poupança. Para além de poupar na fatura, estará a proteger um dos bens mais preciosos do planeta e que está a escassear a olhos vistos. Não está a usar? Então … eche a torneira!!!!! Quais são as suas aspirações para o futuro? Estou consciente de que o futuro não vai ser fácil, colocando-se grandes desafios à comunicação e educação ambiental. As aspirações que tenho no futuro prendem-se com esta necessidade urgente de acelerar o processo de transformação comportamental relativamente ao ambiente e à sustentabilidade. Estamos perante uma realidade com rápidas mutações… Estamos a usar de forma insustentável os recursos naturais como se estes fossem infinitos, estamos perante um consumismo exacerbado pela evolução massiva da tecnologia. Todos os dias somos assombrados com receio do que nos reserva o futuro a ver pelas

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A empresa assegura o fornecimento de água em alta aos 16 municípios do Algarve

􀪭􀪭 "Estamos a usar de forma insustentável os recursos naturais como se estes fossem infinitos" sua região e para o ambiente. Para isso a existência de mais investigação nestas matérias e desenvolvimento do conhecimento para ficar disponível à população, com implementação de uma estratégia coletiva que implica a mobilização de todos, é essencial!

Todavia, não nos podemos esquecer, da necessidade de se criarem os necessários mecanismos financeiros e de recursos humanos nas empresas para responder aos desafios que se colocam. Como diz o povo “sem ovos não se fazem omoletes”.

Existe algum projeto que queira revelar? Temos alguns projetos em desenvolvimento, que serão apresentados muito em breve.


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Contributos da UAlg para a sustentabilidade ambiental fotos d.r.

􀪭􀪭 Saul de Jesus, vice-reitor da Universidade do Algarve As questões da sustentabilidade ambiental têm vindo a assumir uma importância cada vez maior na Universidade do Algarve, estando em convergência com a agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável da ONU. A UAlg está inserida na Rede Ibero-Americana de Universidades Promotoras da Saúde (RIUPS) e, em 2018, foi constituído um Grupo de Trabalho para uma UAlg + Saudável, no âmbito do qual têm sido desenvolvidas várias campanhas, nomeadamente “UAlg + Saudável, com + Fruta”, “UAlg + Saudável, com + Desporto” e “UAlg + Saudável, com - Plástico”. Esta última é aquela que está mais diretamente ligada à sustentabilidade ambiental, contribuindo para um futuro oceano livre de plástico e sobretudo para um ambiente mais sustentável para todos nós e para as futuras gerações. Neste âmbito, temos procurado incentivar a reciclagem e reduzir o uso do plástico nas instalações da Universidade do Algarve, incluindo as cantinas e as residências de estudantes. Algumas medidas concretas têm sido a redução do uso do plástico descar-

tável, por exemplo: usando água em jarro e copos de vidro, em vez de água em garrafas de plástico e/ou copos de plástico; recusando o uso de palhinhas de plástico para as bebidas e varetas de plástico para o café; e preferindo sempre produtos alimentares nos bares e cantinas sem embalagem individual ou prato plástico descartável. Candidatura da UAlg “Reciclar Plásticos é uma Arte” venceu“ Novo Verde Packaging Universities Award Algumas destas práticas foram apresentadas no seminário sobre “Economia Circular e a Problemática dos Plásticos”, organizado pela Novo Verde, na FE da UAlg, no dia 4 de dezembro, bem como no Seminário sobre “A Economia Circular no Algarve”, organizado pela CCDR, no dia 6 de dezembro. Também merece particular destaque o facto de a candidatura da UAlg, intitulada “Reciclar Plásticos é uma Arte”, ter sido uma das vencedora do “Novo Verde Packaging Universities Award”. Mais recentemente, a UAlg concorreu ao programa Eco-Escola, tendo para o efeito formado o Conselho Eco-Cam-

pus que integra docentes, funcionários não docentes e estudantes. Numa estreita colaboração com o Município de Faro, o plano de ação contempla os temas obrigatórios da água, dos resíduos e da energia, bem como o tema opcional do mar. A UAlg assume o seu papel e a sua responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento sustentável, através da promoção e produção de conhecimento (ensino e investigação), bem como da transferência de conhecimento e o seu comprometimento com a sociedade. Este compromisso com a sociedade está presente na sua missão, visão e valores, pelo que a UAlg deverá assumir cada vez mais a sua responsabilidade social, com o consequente contributo para o desenvolvimento sustentável. Sendo a internacionalização uma das mais fortes “bandeiras” da UAlg, contribuindo para as boas classificações obtidas nos rankings que comparam universidades de todo o mundo, quisemos assumir um papel de liderança no âmbito do concurso das Universidades Europeias ao programa ERASMUS +, tendo sido o tema da sustentabilidade aquele que escolhemos como integrador do trabalho a desenvolver pelas várias universidades que compõem a nossa rede de universidades parceiras neste projeto europeu. A Aliança de Horizontes de Sustentabilidade (“Sustainability Horizonts”; EU BLUE-GREEN CAMPUS), foi criada com o objetivo de preparar melhor as universidades para uma contribuição mais forte para uma sociedade globalmente mais saudável. Esta Aliança foi integrada no Concurso das Universidades Europeias ao Programa ERASMUS +, sendo sete universidades europeias com valências complementares na área da sustentabilidade, coordenadas pela Universidade do Algarve. UAlg assume a sustentabilidade ambiental como uma clara prioridade São universidades jovens nos respetivos países (Portugal, Espanha, Itália, Roménia, Alemanha, Finlândia e Noruega), que contribuem para a inovação nos territórios onde se inserem, provenientes de pequenas cidades na periferia da UE (Faro UAlg PT, Huelva UHU ES, Tuscia UNITUS IT, Timisoara BUAS RO, Ludwigshafen hwg-lu GE, Lahti FI, Tromso UiT NO). Por natureza, são instituições abertas

􀪭􀪭 Alexandra Teodósio, vice-reitora da Universidade do Algarve ao empreendedorismo, que será usado para potenciar soluções sustentáveis, através da cooperação, co-criação e co-inovação para as atuais questões socioeconómicas e ambientais, associadas às alterações globais. Isso agrega um valor de inovação disruptiva, que possibilita que essas Instituições de Ensino Superior (IES) e seus parceiros alcancem impacto muito além do atual. A proximidade geográfica, assim como os elos históricos, culturais e linguísticos da UAlg com várias IES da aliança, consolidam o potencial de projeção global. Pretende-se alcançar uma referência na Sustentabilidade através da educação massiva, baseada em métodos inovadores de aprendizagem e ensino. É esperado que os desafios societais da investigação inclusiva ambiental, social e económica permitam a convergência das IES no conjunto das áreas académicas. A Aliança visa uma mobilidade de 50% entre os parceiros, em 2025, bem como a atração de estudantes de fora da Europa (África, Ásia, América do Sul), promovendo a aprendizagem à distância e desenvolvendo a capacitação in situ. A ambição inclui também desenvolver a educação em sustentabilidade e

adaptação às alterações globais, através de graus conjuntos, em especifico um grau europeu, completamente reconhecido entre as universidades do consórcio, para que se reduzam barreiras, ao nível dos reconhecimentos em cada país. Desta forma, a UAlg assume a sustentabilidade ambiental como uma clara prioridade do seu desenvolvimento e atuação, procurando contribuir, não apenas no seu espaço, mas de forma mais global. No Plano Estratégico da Universidade do Algarve para o período 2018-2021, “Contribuir para o desenvolvimento sustentável” aparece como uma linha de ação do objetivo estratégico “Aumentar o impacto da Universidade na Sociedade”. Conforme tem sido defendido recentemente por milhões de jovens em todo o mundo, inspirados em Greta Thunberg, não há um plano B para salvar o planeta, senão através de estratégias de sustentabilidade ambiental. Aproveitando uma frase conhecida de Ganhdi, “não há um caminho para a paz, a paz é o caminho”, terminaríamos afirmando que não há um caminho para a sustentabilidade, a sustentabilidade é o caminho!


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COM O ALTO PATROCÍNIO

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Hubel: 30 anos de crescimento ao serviço da inovação

É na gestão com amor que se conseguem bons resultados

fotos d.r.

􀪭􀪭 A Hubel Verde foi a única empresa sediada no Algarve a receber o Prémio Healthy Workplaces 2017 É sob os slogans “Cada gota conta” e “Agronomia em campo” que o grupo Hubel®, empresa dos ramos da automação e da agricultura, sediada em Pechão, no concelho de Olhão, marca posição no mercado há mais de 30 anos. Nas palavras de Isabel Gonçalves, cofundadora, atual líder do grupo, e principal acionista, “a Hubel é o resultado da capacidade de sonhar do corpo acionista e do empenho, competência e motivação dos seus colaboradores”. “Sempre mantivemos uma cultura de

respeito e interajuda, que é algo que trabalhamos para preservar. Ainda que o nosso foco esteja muito centrado em apostar na inovação técnica e empresarial, a nossa política de funcionamento promove, fundamentalmente, a manutenção dos valores éticos e morais, associados à preservação do ambiente, à defesa da dignidade humana, à recetividade ao que é novo e à capacidade de resiliência em tempos mais conturbados”, defende a CEO. E se há 30 anos a Hubel se tratava de uma só empresa, na altura fixada em Faro, hoje em dia falamos de um em-

blema nacional e com várias empresas que se complementam entre si. Do grupo Hubel® fazem parte a Hubel Verde, Hubel Positive Lightening, Royal Green Solutions e a Bio-positivo, para além da Hubel Engenharia e participação noutras empresas, nomeadamente na produção de frutos vermelhos. Com instalações em Olhão, Ferreira do Alentejo, Alpiarça e, em breve, no distrito de Braga, a Hubel reforçou nos últimos anos a sua aposta na diversificação de soluções tecnológicas (automação via web) e agronómicas que respondem às necessidades da, cada vez maior, necessidade de uma agricultura inteligente. “Introduzimos no nosso portefólio novos produtos que recorrem à biotecnologia e à nanotecnologia para tornar as culturas agrícolas mais produtivas e com menor impacto no ambiente e incrementámos os serviços de apoio à decisão com novas ferramentas como as análises à seiva e relatórios online, implementados por uma equipa técnica de suporte ao agricultor”, citando João Caço, diretor executivo da Hubel Verde.

A Hubel Verde foi distinguida com o Prémio Healthy Workplaces 2017, ficando em terceiro lugar, a nível nacional, na categoria de Pequenas e Micro Empresas. Este é um prémio que visa incentivar e divulgar as melhores orientações e práticas em Portugal em matéria de segurança, saúde e bem-estar ocupacional. A entrega da distinção decorreu no dia 7 de junho de 2018 e contou com a presença de Teresa Espassandim, membro da direcção da Ordem dos Psicólogos Portugueses, e também do vice-reitor da Universidade do Algarve, Saúl Neves de Jesus, ambos membros do júri para a atribuição deste prémio. A atual CEO, Isabel Gonçalves, foi a responsável pela candidatura ao prémio e já na altura defendia a mesma política que hoje sustenta. “Acreditamos que é na gestão com amor que se conseguem bons resultados”, afirmou a dirigente.

Hubel Positive Lightening é a mais recente aposta do grupo na agricultura inteligente Com início de atividade em outubro de 2016, a Hubel Positive Lightning é a empresa mais recente do grupo. Focada inteiramente na inovação digital, esta marca veio transformar os negócios das restantes empresas Hubel®, dos clientes destas e, desde 2017, dos seus próprios clientes. Na senda da inovação a Hubel Positive Lightning desenvolveu a sua própria plataforma Web IoT denominada FulgurIT®

comercializada num modelo SaaS. Esta integra equipamentos e instalações através dos protocolos de comunicação industriais standard, tais como ModBus, CanOpen, BACnet, OPC e através das redes de comunicação GSM-GPRS, 3G e 4G. Também nos protocolos rádio LPWAN, Sigfox, LoRaWAN, NB-IoT e LTE-M. Disponibiliza dados e comandos por browser em qualquer smartphone, tablet, SmartTV ou PC. A plataforma agrega projetos em Telegestão e Telemetria de instalações, equipamentos, contadores e sensores, aplicados em várias indústrias desde municípios, hotéis e exploração agrícola. Nos projetos de rega desenvolveu o seu próprio programador de rega LoRa, para tornar toda a operação eficiente. A programação da rega fica centralizada na plataforma, evitando deslocações e inibindo a rega nos dias de chuva. A autonomia dos programadores é conservadoramente estimada em quatro anos. As possíveis fugas e entupimentos são automaticamente detetados e alertados via SMS, e-mail e notificações na própria plataforma a todos os utilizadores escolhidos. Estes programadores podem controlar cada um até quatro válvulas com solenoides latch 5-30VDC, possuem quatro entradas configuráveis digitais ou analógicas e quatro sondas de humidade de solo de quatro níveis. Com recurso a sondas, tanto o dispêndio desnecessário de água, como o stress

hídrico são minimizados, resultando em menores custos de tratamento, replantação ou perda de produção. Seja em municípios, hotéis, ou na agricultura, qualquer projeto de rega centralizada LoRa tem custos de implementação e exploração muito inferiores a qualquer outra solução rádio ou cablada, uma vez que existem menores custos de equipamentos, mão-de-obra e manutenção. A Hubel Positive Lightning presta serviços de consultoria na implementação de projectos LoRa, telecomunicações, gestão técnica centralizada e rega.


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O segredo dos citrinos da Frusoal? Qualidade, frescura e sabor fotos d.r.

Desde o momento em que são recebidos na moderna central da Frusoal, os citrinos são submetidos a um rigoroso rastreamento -

􀪭􀪭 A empresa conta com cerca de 1.400 hectares de pomares de citrinos no Algarve São mais de três décadas de muito sabor e união. A Frusoal – Frutas do Sotavento Algarve nasceu na década de 1980, quando o Algarve concentrava já cerca de 70 por cento da produção nacional de citrinos. A empresa, que começou a laborar com 24 sócios, é hoje a principal organização de produtores de citrinos do Algarve, contando com uma centena de associados e cerca de 1400 hectares de pomares de citrinos espalhados por mais de uma dezena de concelhos algarvios. Sediada em Vila Real de Santo António, a Frusoal assume como principal missão uma produção integrada, cumprindo as normas em vigor e respeitando o meio ambiente: “Só recorremos a pesticidas ou químicos em último recurso e, mesmo assim com fortes condicionantes”, sublinha Pedro Madeira, sócio-gerente desta organização. O objetivo é o de sempre: produzir laranjas, tangerinas, clemen-

tinas e limões made in Algarve com o melhor sabor e a máxima frescura. Aos seus associados, a Frusoal disponibiliza aconselhamento especializado e contínuo por parte de oito engenheiros agrónomos, que fazem o acompanhamento técnico no terreno, além de oferecer um parque de máquinas e alfaias agrícolas manobradas por operados com formação especializada, de forma a assegurar a produção integrada dos citrinos. Este modelo de negócio, sustentável e de grande proximidade aos produtores, é “guiado por um fio condutor comum, transversal às diferentes fases de produção, desde a preparação dos terrenos à adubação e desinfeção dos pomares, da rega e poda até à colheita e transporte dos citrinos”, refere o responsável. Além do foco no fator humano, a Frusoal tem investido fortemente em tecnologia e na modernização dos seus equipamentos, com o intuito

de potenciar a qualidade e a quantidade da produção citrícola na região algarvia. E para garantir a máxima frescura dos seus frutos, a empresa procura fazer chegar os produtos ao consumidor no menor tempo possível. “Desde o momento em que são recebidos na moderna central da Frusoal, os citrinos são submetidos a um rigoroso rastreamento. Após a qualificação, os lotes são etiquetados e os frutos calibrados e divididos em categorias, para que seja possível identificar o percurso de cada citrino, desde o campo onde foi plantado o pé-de-laranjeira até ao consumidor final”, refere Pedro Madeira. Com uma produção superior a 30 mil toneladas de citrinos, a Frusoal está presente na Grande Distribuição nacional e nos pontos de venda tradicionais. O mercado nacional acolhe 75% dos citrinos da Frusoal, mas o peso da exportação não para de cres-

cer, valendo atualmente 25% do negócio desta organização de produtores. Espanha, França, Alemanha, Suíça, Reino Unido e Polónia são os principais destinos internacionais dos citrinos da Frusoal, que se encontra, neste momento, a implementar um plano de internacionalização que, além de reforçar a presença nestes mercados, pretende entrar em novas geografias como a Noruega e a Suécia. Em 2020, a empresa prevê atingir um volume de negócios de 25 milhões de euros.

Em fevereiro, para sinalizar a diferenciação dos seus citrinos e, simultaneamente, gerar mais valor acrescentado aos seus associados, a Frusoal lançou duas marcas próprias. A Gomo, que comercializa os citrinos do Algarve de categoria premium; e a Biogomo, dedicada aos citrinos biológicos, um nicho de mercado em expansão. “Sabor gomo a gomo” é o slogan destas duas novas insígnias, apostadas em fazer a Frusoal crescer cá dentro e lá fora.


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São Brás de Alportel aposta na capacidade de resposta a incêndios rurais e na reflorestação FOTOS D.R.

􀪭􀪭 A autarquia realizou uma ação de plantação de azinheiras em terrenos municipais numa área de 30 mil m2 A Câmara Municipal de São Brás de Alportel assinalou o Dia Mundial da Floresta, 21 de março, e o Dia Mundial da Água, 22 de março, com a apresentação pública do Ponto de Água – Hortas e Moinhos, e a visita às áreas intervencionadas no âmbito de um projeto de reflorestação.

O Ponto de Água – Hortas e Moinhos está localizado a sul do concelho e vai ser um ponto estratégico para abastecimento de meios aéreos em situação de combate a incêndios rurais e constitui um reforço da capacidade de resposta dos meios de combate do concelho. Um investimento da maior importância inserido na Estratégia de Ação de Prevenção de Incêndios que

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permitiu a reabilitação de um espaço municipal há muito desativado, onde se localizada a antiga Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR). O Ponto de Água – Hortas e Moinhos, composto por um tanque principal de abastecimento com capacidade para aproximadamente 180 metros cúbicos de água e um tanque de apoio com capacidade na ordem dos 120 metros cúbicos, vai ser alimentado com a água de nascente que estava subaproveitada. “A defesa da nossa floresta e das nossas populações é uma matéria de primeira prioridade”, explica o presidente da Câmara de São Brás de Alportel, Vitor Guerreiro, sublinhando que “foi recentemente efetuado um levantamento exaustivo de todos os pontos de água existentes no concelho, bem como dos seus acessos, de modo a que possamos estar melhor preparados”. A Comissão Municipal de Defesa da Floresta aprovou recentemente uma revisão ao Plano Municipal de Defesa da Floresta e estão a ser empenhados esforços para dar continuidade ao plano de ação que tem vindo a ser desenvolvido nos últimos anos, nomeadamente ao nível de limpeza de bermas, da manutenção e abertura de caminhos, da limpeza e criação de faixas de proteção nas zonas em que é maior risco. “Estamos igualmente a ativar todas as parcerias das diversas entidades.

Todos somos precisos para defender a floresta. Nesta matéria da maior importância, apelo ao empenho e colaboração de todos, na limpeza dos terrenos e nos cuidados a ter para proteger a nossa floresta. Esta é uma missão que depende de todos”, observa o autarca. São Brás de Alportel aposta em plano de arborização de azinheiras A Câmara de São Brás de Alportel realizou uma ação de plantação de azinheiras em terrenos municipais numa área de 30 mil metros quadrados localizados nas zonas da Calçada e da Campina. Uma intervenção integrada nas medidas de compensação necessárias para a aprovação do Plano Empresarial de São Brás de Alportel. Os trabalhos foram acompanhados e monitorizados pela técnica florestal municipal e incluíram a limpeza, a desmatação seletiva, a sementeira e

o tratamento de toda a área abrangida. Foram salvaguardadas diferentes espécies autóctones como: sobreiros, aroeiras, medronheiros, alfarrobeiras, zambujeiros, palmeira das vassouras, entre outras espécies. O procedimento foi contratualizado com a Associação de Produtores Florestais da Serra do Caldeirão pelo valor de 12 mil e 963 euros. Para além da intervenção inicial, esta operação vai ter um plano de gestão e controle, a 20 anos, associado que vai permitir a limpeza, a substituição de árvores mortas, o desbaste e controle de vegetação espontânea. Uma ação integrada nas políticas responsáveis de proteção da natureza do concelho, da defesa da biodiversidade e proteção dos ecossistemas, com particular foco na promoção da floresta autóctone de São Brás de Alportel e em plena sintonia com o compromisso municipal relativamente ao combate às alterações climáticas.


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Corremos o Algarve com nova viatura 100% elétrica durante três dias Fotos: Ana Pinto/Postal D.R

▪ Zero Emissões: Sendo um carro elétrico, a preocupação com a emissão de poluentes não se coloca; ▪ Conforto de condução: o motor de um carro elétrico é muito silencioso; ▪ Vantagens fiscais ao nível da dedução do IVA para empresa + isenção de tributação autónoma + zero euros de imposto de selo: os carros elétricos estão isentos do pagamento do Imposto sobre Veículos (ISV) no momento da aquisição e também do Imposto de Circulação; ▪ Revisões muito baratas: não apresenta desgaste; ▪ Preocupação com o ambiente; ▪ Poupança Diária: O custo de uma carga numa tomada doméstica, para percorrer 100 quilómetros é de cerca de dois euros e meio, um preço bastante convidativo, comparativamente com os seis, sete euros dos melhores turbo-diesel.

􀪭􀪭 O comportamento do Renault Zoe elétrico foi irreprovável em todo o tipo de estrada, com exceção na auto-estrada Henrique Dias Freire

diasfreire@gmail.com

O POSTAL aceitou o desafio de um seu parceiro, a HPZ - a primeira empresa em Tavira a utilizar carros 100% elétricos. Durante três dias, ao volante da terceira viatura recentemente adquirida pela HPZ, a redação do POSTAL moveu-se pelas várias estradas algarvias. E a primeira viagem foi de Tavira com destino ao Hotel Dona Filipa, em Vale do Lobo, para participarmos no almoço-debate VERDE ALGARVE, iniciativa organizada pelo POSTAL e que contou com o alto patrocínio de Águas do Algarve (tema da capa da presente edição). Quanto ao comportamento da viatura, ele foi irreprovável em todo o tipo de estrada, com exceção na auto-estrada. Para sermos mais exatos, desde que a condução seja feita em modo ECO, cuja velocidade máxima não ultrapas-

se os 90 kms/hora, a sua autonomia ronda os 400 kms. Na auto-estrada, mesmo mantendo uma média dos 90 Kms/hora, a sua autonomia reduz-se, pois, os momentos em que o condutor não utiliza o acelerador serve para carregar a viatura, situação mais rara em auto-estrada. Infelizmente, os postos de carregamentos ainda são escassos. E pior, detetamos, por exemplo, no Mar Shopping de Loulé (ver foto) uma zona de carregamento que ainda não está operacional, mas sem qualquer tipo de aviso. Bastaram cerca de 30 minutos para verificar três automobilistas a tentarem fazerem o carregamento das suas viaturas sem qualquer sucesso. Só após ligarmos para o telefone indicado é que fomos informados que essa área se encontrava ainda por ligar. Felizmente, não muito longe encontrava-se uma zona de carregamento no Leroy. Mas para quem tiver possibilidade de fazer os carregamentos em casa ou no local de trabalho, e não precisar de fazer mais de 400 quilómetros por dia, a viatura elétrica é hoje uma boa solução, tendo em conta que em termos de consumo, a poupança é

considerável e pode representar mais de 80 euros por cada mil quilómetros. HPZ na vanguarda tecnológica A empresa HPZ vai hoje na sua terceira viatura. A primeira foi adquirida em 2015 e tem uma autonomia de 150 a 170 quilómetros. A segunda aquisição deu-se em 2018, já com uma autonomia de 250/350 quilómetros. A mais recente, adquirida este ano já garante uma autonomia de 400 quilómetros O director da HPZ, Zacarias Neto, disse ao POSTAL estar num horizonte não muito distante passar toda a sua frota para viaturas elétrica. Em Tavira, duas empresas seguiram o exemplo da HPZ por recomendação de Zacarias Neto: a empresa Métrica, relacionada com a área da arquitetura e a auto-peças Daniel Sousa, empresa direcionada para o comércio de peças e acessórios para veículos automóveis. A HPZ foi fundada em 2000 e é uma empresa 100% virada para a oferta de soluções profissionais na área de cópia, impressão e gestão de documentos, sendo uma referência no seu sector. Uma das principais diretrizes que a caracteriza assenta na procura constante das melhores soluções a nível tecnológico. E é neste sentido que a empresa decidiu adotar os carros elétricos.

▪ Preço elevado de aquisição: os preços continuam bastante elevados; ▪ Autonomia limitada: a autonomia de um carro elétrico é bastante mais reduzida comparativamente com um carro a gasóleo ou gasolina; ▪ Poucos postos de carregamento no Algarve; ▪ Tempo de Carregamento: o tempo de carregamento de um carro elétrico é bastante superior ao de um abastecimento de gasolina ou gasóleo; ▪ Escolha Reduzida: embora seja cada vez mais notório que as empresas estão a apostar nos veículos elétricos, existe ainda uma escolha muito reduzida em termos de modelos de carros elétricos; ▪ Durabilidade da Bateria: as baterias dos veículos elétricos perdem capacidade com o tempo e têm uma duração expectável de cerca de dez anos.

􀪭􀪭 No Mar Shopping de Loulé existe uma zona de carregamento anunciada, mas que ainda não está operacional, levando em erro os automobilistas


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22 de Março de 2019

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Restaurante ALCATRUZ

Rua Capitão Jorge Ribeiro, nº 46 - Santa Luzia - Tavira

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37.1018896, -7.6585249 Das 12h às 15h e das 19h às 22h (encerra domingo jantar e segunda todo dia)

N/D

d.r.

Se estiver nas proximidades de Santa Luzia e com fome, aconselhamos vivamente o Alcatruz, ou melhor dizendo: “Tá o petisco a monte”. São diversos, mesmo! Desde as tapas, às ovas de polvo, estupetas, carapaus alimados e mais um sem-número de entradas preparadas com o saber inconfundível de Cristina Gorgulho. De cariz familiar e popular, o Alcatruz é uma casa que preserva os paladares antigos quer no arroz de polvo ou choco, quer no arroz de marisco ou no xarém. Isto, da frescura do peixe, é com Luís Gorgulho que não se deixa enganar quando se trata de agradar aos clientes. Entre um ensopado de enguias, um lingueirão refogado com batata doce e uma cabidela de chocos, mais vale fazer uma vaquinha e passar todos pelo palato, porque são todos divinais. Saia mais doce com a mousse de alcagoita ou de alfarroba. Sabe tudo tão bem e fica tanta coisa por experimentar que não se resiste a marcar mesa para o dia seguinte.

􀪭􀪭 PRATO EMBLEMÁTICO

CABIDELA DE CHOCOS Chocos com tinta, azeite, alhos, coentros e bom apetite!

20€

d.r.

Restaurante CHAPARRO

d.r.

O Chaparro leva-nos à Costa Vicentina com tudo aquilo que esta tem para nos oferecer; a paisagem avassaladora de um mar que tem tanto de frio quanto de belo. Deste mar provêm magníficos frutos que fazem as delícias dos clientes do Chaparro, como lingueirão, berbigão, amêijoa, perceves e as ostras. Com o verdadeiro saber do chefe Dinis, o peixe sai da grelha sem perder o paladar fresco que resgatou ao mar, sempre acompanhado por saladas preparadas com produtos da horta. Experimente o fargo, pescado naquela costa, ou se não quiser arriscar, sirva-se de uma das cataplanas de marisco ou peixe, tendo sempre o porco preto se preferir a carne. Agora, já começa a apetecer ficar na esplanada que é coberta, não vá o sol provocar danos, mas tem sempre a alternativa do salão no interior. Deixe-se ficar para ver o pôr do sol em Odeceixe, é de cortar a respiração.

􀪭􀪭 PRATO EMBLEMÁTICO

POLVO COM BATATA DOCE Polvo com molho mediterrânico acompanhado por batata doce.

Rua da Estrada Nacional - Odeceixe - Aljezur

282 947 304

37.432547, -8.769725

restaurantechaparroodeceixe@hotmail.com

Das 12h às 15.30 e das 18h às 22.30h (encerra à quinta-feira)

15€

Restaurante O PAINEL

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Rua José Pires Barroso Urban. Quinta do Romão, Lote AM2 - 8125-401 Quarteira

289 313 856

37.074055, -8.108992

oarcorestaurante@gmail.com

Encerrado à segundo-feira

18€

d.r.

Situado em Quarteira e a funcionar desde 1992, o Restaurante O Painel brinda os seus clientes com o melhor da cozinha tradicional portuguesa. Num agradável ambiente familiar, este pequeno restaurante tem como referências os seus pratos do dia e especialidades que vão desde a tradicional açorda de camarão à deliciosa galinha de cabidela, passando pelos linguadinhos fritos com arroz de tomate, pelo arroz de pato ou o bacalhau à braz. Gerido desde sempre pelo casal João e Lena, o restaurante preza pelo toque caseiro dos seus pratos que podem ser acompanhados por uma garrafeira essencialmente voltada para os vinhos do Alentejo e Douro. Impossível é também ficar indiferente às sobremesas caseiras que lhe vão piscando o olho enquanto saboreia a sua refeição.

􀪭􀪭 PRATO EMBLEMÁTICO

COZIDO À PORTUGUESA Apesar da diversidade ao nível das especialidades, o 'Cozido à Portuguesa' confecionado apenas ao domingo, assume-se como o prato mais popular deste restaurante. Para o garantir, o melhor mesmo é reservar pois há sempre muita procura.


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Para além da agricultura, o jovem algarvio não põe de parte os estudos

􀪭􀪭 Diogo Mendes, com apenas 16 anos, dedica-se à agricultura e à criação de gado Andrea Camilo / Henrique Dias Freire pub

UMA DOR DE COSTAS QUE NÃO O DEIXA CAMINHAR? NOITES MAL DORMIDAS COM AS MÃOS EM FORMIGUEIRO? Propomos várias terapêuticas para o seu problema. No alívio rápido da dor, sugerimos uma solução eficaz através de uma medicina completa e natural. GANHE QUALIDADE DE VIDA! ACONSELHE-SE CONNOSCO E OPTE PELA MELHOR SOLUÇÃO!

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Diogo Mendes, natural da Tôr, revelou ser um jovem com gostos e interesses fora do comum. Aos cinco anos surge a paixão pelas artes do campo, por influência dos avós, e o jovem compra “o primeiro animal para fazer criação”, como adianta em conversa com o POSTAL. Hoje, com apenas 16 anos, o jovem dedica-se, por gosto, à agricultura e à criação de gado, afirmando que começou a sua atividade “com poucos (animais), fui aumentando e agora tenho 56 animais, ou seja, 24 cabras a produzir, 12 meias cabras, prestes a

parir, e o resto é criação que eu deixei este ano! Quem cuida dos animais sou eu, mas isto é um trabalho partilhado, a minha mãe faz os queijos, o meu pai solta as cabras e eu faço tudo o resto”. Também o alimento para os animais é produzido, em grande parte, pelo jovem algarvio que tem “várias sementeiras para alimentar o gado. Temos aveia e cevada, que depois é ceifada e enfardada para dar aos animais”. Diogo tem um rotina bastante prenechida Sendo ainda estudante, o jovem tem uma rotina bastante preenchida. Diogo acorda de manhã, prende os cabritos (que deixa durante a noite junto às cabras para mamar), dá-lhes palha e ração e ordenha as cabras. Depois de completar as suas tarefas com os animais, o adolescente vai para a escola, onde frequenta um curso de jardinagem que

“termina este ano, depois quero ir para Aveiro, para uma escola de agropecuária”, acrescenta o jovem. Diogo ordenha os animais à mão, processo que, para a produção de queijo, se torna bastante moroso, motivo pelo qual, o jovem agricultor pediu, recentemente, um empréstimo, pois “cada vez são mais animais e tenho falta de uma máquina de ordenha, uma cuba para guardar o leite e um trator, são coisas que me fazem falta, então pedi um empréstimo ao banco porque o estado não me apoia em nada”, conta ao POSTAL. O jovem adolescente diz gostar “muito da vida do campo e da agropecuária”, lamentando apenas a falta de ajuda, afirmando que “a atividade podia ser muito mais rentável, mas sem ajudas do Estado tenho de comprar tudo sozinho, temos de fazer tudo e torna-se mais complicado. Como jovem agricultor sinto que o Estado podia dar mais”.


VERDE ALGARVE •••

COM O ALTO PATROCÍNIO

22 de Março de 2019

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3ª Meia Maratona "H2O Água de Faro" tem Rosa Mota como madrinha d.r.

Atletismo, e desafia todos os que nela aceitam participar a revisitar a inigualável marca das paisagens farenses", segundo refere a nota de imprensa enviada ao POSTAL. A partida será dada na Praia de Faro, seguindo-se passagens pela Reserva Natural do Ludo, Teatro das Figuras, Cidade Velha, Igreja da Sé, Rua de Santo António e terminando na zona nobre da cidade, junto à Doca de Recreio. Este ano, a prova irá contar com algumas novidades com vista a proporcionar uma experiência mais agradável aos participantes. Além das habituais facilidades de transporte para a Praia de Faro e serviço de bengaleiro, nesta edição, a organização também irá disponibilizar refeições gratuitas e balneários junto à linha da meta. Problemas ambientais também preocupam a organização 􀪭􀪭 A corrida, com início na Ria Formosa, tem um percurso de 21 quilómetros Andrea Camilo / Henrique Dias Freire

jornalpostal@gmail.com

A terceira edição da Meia Maratona "H2O Água de Faro" realiza-se no próximo dia 30 de março, com início em plena Ria Formosa, uma das sete

maravilhas de Portugal. A corrida tem “um percurso de 21 quilómetros, desde 2018 homologado pela Federação Portuguesa de

Para Paulo Gouveia da Costa, presidente da FAGAR, esta terceira edição tem "como expetativa consolidar e afirmar o estatuto internacional que esta jovem corrida já detém, garantindo a qualidade da prova e, simultaneamente, reforçar a imagem da marca Água

de Faro, num contexto de valorização de tudo o que Faro tem para oferecer a quem nos visita". Rosa Mota, madrinha oficial do evento, deixou, num vídeo promocional, um apelo a todos os cidadãos: "juntem-se a nós nesta prova, é um percurso lindíssimo ao pôr-do-sol. Eu já participei na primeira edição e tenho as melhores recordações". Para quem gosta de percursos mais curtos, a organização disponibiliza, ainda, a mini maratona de dez quilómetros. Durante toda a prova, "os cuidados ambientais são acautelados e, para lá dos abastecimentos com Água de Faro em copos de papel reciclável e da não utilização de sacos de plástico, a FAGAR tem um grupo destacado para garantir a limpeza de todos os resíduos deixados pelos muitos participantes", segundo nota de imprensa enviada ao POSTAL. A prova é coorganizada pela FAGAR, Câmara Municipal de Faro e Associação de Atletismo do Algarve. As inscrições para a prova terminam a 26 de março, podendo os interessados aceder a toda a informação em https:// www.crono.aaalgarve.org/.

Quarteira lança desafio “Plantar hoje, respirar amanhã!” D.R.

Eunice Silva / Henrique Dias Freire

jornalpostal@gmail.com

􀪭􀪭 A Junta de Freguesia de Quarteira distribuiu diversas espécies de árvores para a população plantar

A Junta de Freguesia de Quarteira lançou o desafio “Plantar hoje, respirar amanhã! Queremos tornar Quarteira mais sustentável”, no âmbito do Dia Internacional das Florestas, celebrado a 21 de março. A iniciativa decorreu das 10 horas às 13 horas, no Largo do Centro Autárquico de Quarteira. A autarquia distribuiu árvores e material de sensibilização à população sobre a temática. Foram distribuídas diversas espécies, entre elas, amendoeiras, figueiras, loureiros, medronheiros e alecrim. Desta forma, a junta voltou a participar em iniciativas de

caráter ambiental dedicadas ao tema e que visam apoiar a valorização da floresta, sensibilizando a população para a sua importância, principais ameaças e medidas de proteção. Ao longo de todo o ano, o Município de Loulé tem a preocupação de investir na colocação de espécies arbóreas, em diversos espaços verdes públicos. Assim, através da promoção de ações de plantação, o concelho continua a ampliar e a reforçar as suas manchas verdes, sendo elas importantes núcleos de produção de oxigénio e de fixação e absorção do dióxido de carbono, um dos maiores responsáveis pela atual problemática das alterações climáticas.


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••• OPINIÃO

22 de Março de 2019

Sede: Rua Dr. Silvestre Falcão, 13 C 8800-412 Tavira - ALGARVE Tel: 281 320 900 Fax: 281 023 031 E-mail: jornalpostal@gmail.com Online: www.postal.pt FB: www.facebook.com/ postaldoalgarve/ FB: www.facebook.com/ cultura.sulpostaldoalgarve/ Issuu: issuu.com/ postaldoalgarve Twitter: twitter.com/ postaldoalgarve Director: Henrique Dias Freire Directora executiva: Ana Pinto Redacção: Ana Pinto (CO-721 A) Andrea Camilo Cristina Mendonça (CP 3258) Eunice Silva Henrique Dias Freire (2207 A) Stefanie Palma Design: Bruno Ferreira Colaboradores: Afonso Freire, Alexandre Moura, Beja Santos (defesa do consumidor) Colaboradores fotográficos e de vídeo: Luís Silva / Miguel Pires Rui Pimentel Departamento comercial, publicidade e assinaturas: Anabela Gonçalves, Helena Gaudêncio José Francisco Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire (mais de 5% do capital social) Edição: Postal do Algarve - Publicações e Editores, Lda. Contribuinte: nº 502 597 917 Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do título (DGCS): ERC nº 111 613 Impressão: Naveprinter Distribuição: Banca - Logista, ao sábado com o Expresso/VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT Estatuto editorial: disponível em www.postal.pt/ quem-somos/

Tiragem desta edição:

6.793 exemplares

Beja Santos

Ana Amorim Dias

Henrique Dentinho

Assessor do Instituto do Consumidor e consultor do POSTAL

Escritora anamorimdias@gmail.com

Artista plástico

De pequenino é que se torce o pepino… o pepino que dá saúde à mesa

De mulheres e canivetes...

Ódio

Defendia alguém há dias, num artigo de opinião, que os homens que ainda usam canivetes são os cavalheiros. Ou estaria lá escrito gentlemen? Já não sei mas não faz mal porque vai dar ao mesmo. No preciso instante em que lia, e por viver com um dos meus muitos canivetes sempre aninhado no bolso direito das calças, comecei a perguntar-me: e que tipo de mulheres os usam? Quer dizer, entre as amigas motociclistas, sei de uma ou outra que, pontualmente, e dentro do espírito two wheels, o trazem por vezes consigo. Agora mulher que não saia de casa sem canivete? Assim de repente não me estou a lembrar de mais nenhuma... Mas voltemos ao tema: que tipo de mulher ainda (ou já?) usa canivete? As ladies? As senhoras de classe? As motociclistas? As cowgirls, fazendeiras, camponesas? Quem? Quais? Se calhar não escrevi logo esta crónica para ter tempo de pensar: como se define uma mulher para quem o canivete no bolso é tão fundamental como o soutien sob a roupa? Simples: é uma mulher prática. Sobretudo se viver numa quinta e tiver trinta funções diferentes enquanto trabalha de sol a sol. Sobretudo se a experiência lhe for provando que precisa de usar o canivete muitas vezes por dia. Acho que, no fundo, até foi simples encontrar a minha resposta... o que talvez nunca venha a ser tão simples é chegarmos a ver, nas lojas de roupa e acessórios femininos, canivetes a condizer com os vários figurinos...

O único ser que alimenta o ódio, nesta NATUREZA é o ser humano. Nem a pulga, piolho, a cabra, a vaca, cão, gato… fungos, bactérias, vírus, estão inscritos nesta área. O ódio, tal como outras inspirações milenárias, desde que o homem apareceu no planeta, iniciou o destrambelhamento com aquilo que arranjou nos seus desígnios divinos. Diversificou-se na política das vizinhanças derramando sua saliva cáustica e que se actualizou com a MÁ-LINGUA, cultivando o ÓDIO, semente germinando na BRUTALIDADE, que se expande, fazendo crescer as unhas, coçando as comichões das invejas, no incentivo dos futebóis, política, orgulhando o dinheiro, figura celestial da porca da VIDA, como simbolizou o GRANDE BORDALO PINHEIRO. Nesta vida das mordomias, onde todo o botão é luz, e a luz se apaga, na mente perturbada, levantando-se a SOMBRA, acendendo a fogueira do ÓDIO, exacerbando-se com os futebóis de milhões, recalcando o humano na sua FELICIDADE do querido dinheiro, fruto de branqueamentos… quem sabe???!!! O homem que muitos botões tem e aceleradamente inventa outros, ainda não conseguiu o botãozinho para alimentar o ódio nos outros seres, porque é complicado lutar contra a NATUREZA, até que esta mostre, dentro da vivência milenar, que ele é apenas um PRODUTO do SISTEMA, qual função dum xadrez celestial, funcionando como PEÃO no tabuleiro. Aguarda-se o XEQUE-MATE… Enfim… a esperança alimenta o SORRISO.

A brochura “Alimentação em Idade Escolar, Guia prático para educadores”, preparada pela Direção-Geral do Consumidor e pela Associação Portuguesa dos Nutricionistas disponibiliza orientações úteis sobre o modo como a escola, através dos educadores de infância, dos professores, dos responsáveis pelos estabelecimentos de ensino e de todo o pessoal que neles trabalha, podem complementar o papel dos pais na educação alimentar. Parece desnecessário falar muito mais sobre a importância do tema, pois ninguém ignora que na idade escolar um regime alimentar equilibrado é um dos fatores determinantes para o normal crescimento, desenvolvimento e promoção da saúde, um regime alimentar suscetível de prevenir as doenças que aparecem associadas à má alimentação, das quais a mais conhecida é a obesidade. Esse regime alimentar que dá saúde e faz crescer deve atender ao que propõe a Roda dos Alimentos: uma alimentação completa (comer alimentos de cada grupo e beber água diariamente); equilibrada (comer maior quantidade de alimentos pertencentes aos grupos de maior dimensão e menor quantidade dos que se encontram nos grupos de menor dimensão); e variada (comer alimentos diferentes dentro de cada grupo, variando diariamente, semanalmente e nas diferentes épocas do ano). A criança deve aprender a valorizar a água, a saber que ela é imprescindível ao nosso organismo para inúmeras funções, como o transporte e a absorção dos nutrientes, as reações que acontecem dentro do organismo, para o bom funcionamento do cérebro, dos intestinos e dos rins, entre muitas outras. Na fase de crescimento, a ingestão diária de água não deve ser descurada, devendo beber-se cerca de um litro e meio d eágua por dia. É a bebida de eleição e quem educa deve explicar como são indesejáveis refrigerantes, águas aromatizadas e bebidas energéticas e desportivas, todo aquele açúcar pode afetar a vida saudável. Foi preparado um decálogo que vale a pena reter: começar sempre o dia com um pequeno-almoço equilibrado e saudável, fazer cerca de cinco a seis refeições por dia, comer pelo menos três peças de fruta por dia, iniciar sempre o almoço e o jantar com um prato de sopa de legumes e/ou hortaliças, mastigar os alimentos devagar e num ambiente calmo, evitar o consumo de produtos açucarados e com muita gordura, caso das batatas fritas, pizzas e cachorros; utilizar uma baixa quantidade de sal, privilegiando o uso de ervas aromáticas; beber diariamente pelo menos um litro e meio de água.



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Bombagem - Filtragem - Aspersão Automatização - Gota a Gota Jardim - Golfe - Piscinas

Tractor-Rega, Lda SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE TAVIRA Insituição fundada em 1498

CONVOCATÓRIA Nos termos da alínea b) do n. º2 do Artigo 22º e, do n. º1 do Artigo 23º do Compromisso, convoco a Assembleia Geral, para sessão ordinária, a realizar no dia 29 de Março de 2019, pelas 16 horas e 30 minutos, no edifício do Lar e Centro de Dia Major Castro e Sousa, situado na Rua da Atalaia n.º5, com a seguinte Ordem de Trabalhos: 1. Análise, discussão e votação sobre o Relatório de Gestão e Contas de 2018 e parecer do Conselho Fiscal; 2. Alteração do Compromisso; 3. Alteração dos Regulamentos Internos de Creche; 4. Alteração dos Regulamentos Internos de Educação Pré-Escolar; 5. Alteração do Regulamento Interno de Centro de Dia; 6. Alteração dos Regulamentos ERPI; 7. Outros assuntos de interesse colectivo. Não se encontrando presente à hora indicada a maioria do numero legal dos Irmãos, a Assembleia Geral funcionará, de acordo com o disposto no n. º1 do Artigo 24º, trinta minutos depois, com qualquer numero de presenças. Tavira, 12 de Março de 2019 O Secretário da Mesa da Assembleia Geral Leonardo António Gonçalves Martins (POSTAL do ALGARVE, nº 1220, 22 de Março de 2019)

COMUNIQUE COM O POSTAL Endereço: R. Dr. Silvestre Falcão 13 C, 8800-412 Tavira Contacto: 281 320 900 Email: jornalpostal@gmail.com Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. T.S.

Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. G.F.

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Município de Tavira Edital n.º 19/2019

Jorge Manuel do Nascimento Botelho, Presidente da Câmara Municipal de Tavira TORNA PÚBLICO, que nos termos do n.º1 do artigo 56.º do anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, em reunião ordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 12 de março de 2019, foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovada por unanimidade a proposta número 50/2019/CM, referente a Atribuição de apoio à Assembleia das Testemunhas de Jeová; 2. Aprovada por unanimidade a proposta número 51/2019/CM, referente a Atribuição de apoio ao Centro Social de Santo Estêvão Aquisição de viatura; 3. Aprovada por unanimidade a proposta número 52/2019/CM, referente a Atribuição de apoio à Irmandade de Nossa Senhora do Monte do Carmo - Pálio; 4. Aprovada por unanimidade a proposta número 53/2019/CM, referente a Atribuição de apoio ao Rancho Folclórico de Santo Estevão - V Encontro de Folclore Algarvio - Cidade de Tavira; 5. Aprovada por unanimidade a proposta número 54/2019/CM, referente a Atribuição de apoio ao Centro Social de Santo Estevão Jantar de S. Valentim; 6. Aprovada por unanimidade a proposta número 55/2019/CM, referente a Isenção de taxas de ocupação de terrenos na Ilha de Tavira em 2019; 7. Aprovada por unanimidade a proposta número 56/2019/CM, referente ao Regulamento sobre apascentamento de animais e sua permanência e trânsito em espaço público; 8. Aprovada por unanimidade a proposta número 57/2019/CM, referente às Estimativas orçamentais de obras sujeitas a licenciamento municipal Aplicação do disposto no n.º 1 do art.º 29.º da Lei n.º 41/2015 de 03 de junho. Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos de costume. Paços do Concelho, 12 de março de 2019 O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Manuel Nascimento Botelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1220, 22 de Março de 2019)

CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Justificação, outorgada em 15.02.2019, exarada a folhas 34 e seguinte do competente Livro n.º 141-A do Cartório Notarial em Tavira, do Notário Bruno Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A, que: - Eugénio Pereira Dias, divorciado, natural da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, onde reside em Nora Nova, 9850-334 Odeleite; - Declarou ser dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do prédio rústico, composto por terra de cultura e diverso arvoredo, com a área de 5.240,00 m2, que confronta do norte com António Emélio e Igualdina Felizardo, do sul com caminho, do nascente com caminho e Maria Luísa e António Emélio e do poente com caminho e Igualdina Felizardo, sito em Casa Nova, na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim, inscrito na matriz, em nome de Almerinda Custódia Pereira, mãe do justificante, sob o artigo 135, secção DV; - Tendo alegado para o efeito que adquiriu o prédio por doação meramente verbal feita por sua mãe Almerinda Custódia Pereira, casada com Jacinto José Lourenço, residente no Sítio da Cruz, Alta Mora, 9850-313 Odeleite, no ano de 1935, em data que não pode precisar; - Possuindo e usufruindo o prédio, desde esse ano, cultivando-o, tratando das árvores e recolhendo os frutos, pagando contribuições e impostos devidos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriu o prédio por usucapião. Tavira e Cartório, em 15 de fevereiro de 2019 O Notário, Bruno Filipe Torres Marcos Conta registada sob o n.º 2/435 (POSTAL do ALGARVE, nº 1220, 22 de Março de 2019)

Cartório Notarial em Tavira O Notário Bruno Filipe Torres Marcos EXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de justificação, outorgada em 27.02.2019, exarada a folhas 111 e seguinte do competente Livro n.º 141-A do Cartório Notarial em Tavira, do Notário Bruno Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A, que: - Daniel Francisco Estêvão, divorciado, natural da freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, residente em 260 Chemin de Pré Soldat 38260 La Côte Saint André, França; - Declarou ser dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do prédio urbano, composto por casa de habitação térrea, com duas divisões, com a área total e coberta de 33 m2, que confronta do norte, sul e nascente com Rua e do Poente com herdeiros de Joaquim Anastácio Martins, sito em Feiteira, na freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira, inscrito na matriz em nome dele justificante sob o artigo 2259, com o valor patrimonial tributário de 2.810,00 €, que é o atribuído; - Tendo alegado para o efeito que prédio urbano chegou à posse dele no ano de 1987, em data que não pode precisar, por compra meramente verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita a Maria Mestra, viúva, já falecida, residente que foi em Feiteira, Cachopo, Tavira; - Que, porém, desde aquele ano, portanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa-fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesar quaisquer direitos de outrem e ainda convencido de ser o titular do mencionado direito de propriedade sobre o identificado prédio, e assim o julgando as demais pessoas, tem possuído aquele prédio – a fazer obras de reparação e conservação necessárias, suportando os encargos ou despesas com a sua manutenção, pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriu por usucapião o referido imóvel, o que invoca. Tavira e Cartório, em 27 de fevereiro de 2019. O Notário, Bruno Filipe Torres Marcos Conta registada sob o n.º 2/552. (POSTAL do ALGARVE, nº 1220, 22 de Março de 2019)


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22 de Março de 2019

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Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. A.G.

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29-09-1925 09-03-2019

12-03-1959 13-03-2019

Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

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SANTA MARIA TAVIRA SANTA MARIA E SANTIAGO TAVIRA

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8 de Março de 2019

Tiragem deste edição: 6.793 EXEMPLARES

••• ÚLTIMA

O POSTAL regressa dia 12 de Abril

Festival do Contrabando Alcoutim e Sanlúcar de Guadiana unidos por uma ponte flutuante fotos: d.r.

􀪭􀪭 Festival celebra o tráfico de artes de rua entre as duas margens do rio No último fim de semana de Março o contrabando regressa a Alcoutim e a Sanlúcar de Guadiana, com um festival

que celebra o tráfico de artes de rua entre as duas margens do rio e cria uma passagem pedonal através da

água, unindo as duas povoações. Este evento centra-se num legado cultural e histórico de memória coletiva recente na região e em toda a zona raiana e que faz parte do património local – o contrabando no final dos anos 30 e início dos anos 40 do século XX. Anos marcantes ao longo de toda a fronteira luso espanhola devido ao final da guerra civil espanhola, ainda recente, e ao início da 2ª Grande Guerra Mundial. O Festival do Contrabando é um evento que recria o mercado rural da época e que associa todas as atividades do contrabando - guarda-fiscal, ofícios antigos, entre outras -, com um festival de artes de rua e recriações históricas, que incidem sobre temas como a ruralidade, a desertificação, o envelhecimento, os usos e costumes da região e outros ligados ao contrabando de sobrevivência, como era praticado naquela zona nas primeiras décadas do século passado.

Plataforma flutuante permite passagem para as duas margens Uma das grandes atrações deste evento é a plataforma flutuante no rio Guadiana que permite às comunidades locais verem um sonho cumprido, possibilitando a passagem pedonal entre as duas margens do rio, durante os três dias do evento. No dia 28 de março, a anteceder o Festival do Contrabando, acontecem as Jornadas do Contrabando, que abordam esta atividade enquanto património local, enquadrando-a no seu contexto histórico e sociológico. Nas Jornadas do Contrabando está prevista a presença de Francisco Moita Flores (autor da série televisiva "A

Raia do Medo") e do Comendador Rui Nabeiro, da Cafés Delta. O Festival do Contrabando, integrado no programa 365 Algarve, é organizado conjuntamente pelo Município de Alcoutim e Ayuntamiento de Sanlúcar de Guadiana.

“Uma Torneira na Testa” ensina alunos de Castro Marim a poupar água fotos d.r.

com o apoio da câmara local. Esta iniciativa, que se enquadra nas comemorações do Dia Mundial da Água, que se celebra a 22 de março, procura alertar para a escassez de água na Terra, com vista a estimular o uso mais consciente deste bem, essencial à sobrevivência do planeta. A autarquia castromarinense “dá a cada aluno um cantil reutilizável, promovendo a redução do consumo de plástico e o consumo de água da 􀪭􀪭 Alunos recebem um cantil reutilizável, incentivando à redução do consumo de plástico torneira, que neste cone ao consumo de água da torneira celho é fornecida pela empresa Águas do AlAndrea Camilo / Henrique Dias Freire ça em Castro Marim. “Uma Torneira na garve, uma água que se destaca pela jornalpostal@gmail.com Testa” vai ser apresentada, até ao final sua excelente qualidade, atestada por desta semana, a todos os alunos do 1º um controlo analítico rigoroso, pela ciclo do Agrupamento de Escolas de Certificação em Segurança AlimenO “VATe – Vamos Apanhar o Teatro” Castro Marim, numa iniciativa da ACTA tar, bem como pelas especificações estreou, a 18 de março, a sua nova pe- (A Companhia de Teatro do Algarve), da certificação do produto água para

consumo humano”, segundo refere a nota de imprensa enviada ao POSTAL. Dias Medievais são eco evento Para além do visionamento da peça e da distribuição dos cantis, serão, ainda, distribuídos folhetos de sensibilização – “Bebe Água da Torneira”, de forma a levar a ação de sensibilização até às famílias destes alunos, estimulando comportamentos mais sustentáveis.

Esta iniciativa encontra-se enquadrada nas políticas da educação, cultura e ambiente do Município de Castro Marim, que tem procurado “promover e contribuir para uma maior eficiência ambiental, numa conjugação de iniciativas que sensibilizam para o uso consciente da água e para a redução do plástico. Entre as maiores apostas para este ano está a organização dos Dias Medievais como eco evento”.


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