ESPECIAL EUROPA: Fique a saber da importância de votar nestas eleições As eleições parlamentares europeias de 2019 realizar-se-ão em Portugal no dia 26 de maio e terão como fim a escolha dos 21 deputados portugueses.
O POSTAL foi entrevistar o atual Senhor Eu- de duas escolas algarvias e mais algumas ropa: Francisco Serra, presidente da CCDR informações relativas ao projeto da consAlgarve, o homem dos milhões via Bruxe- trução europeia. las. Também deixamos aqui as respostas è2a5
DISTRIBUÍDO COM O EXPRESSO VENDA INTERDITA Director Henrique Dias Freire • Ano XXXI Edição 1223 • Quinzenário à sexta-feira 10 de Maio de 2019 • Preço 1,50€
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Quando a questão é o ensino "não há idade nem prazo de validade" è9 d.r.
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Teresa Fernandes promove “PURA 2019 Comunicar como Água” è 19 d.r.
RECLUSOS PROMOVEM INOVAÇÃO
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9ª Rota do Petisco celebra riqueza e tradição dos sabores algarvios è 23 d.r.
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Entrevista:
Desde a nossa adesão à UE o Algarve teve apoios Francisco Serra é o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR Algarve) e, por inerência, gestor do programa operacional regional (CRESC Algarve 2020), no âmbito do Portugal 2020. Em entrevista ao POSTAL apela para a mobilização do voto em vésperas de eleições europeias, pois “só assim podemos manter vivo e fortalecer o projeto europeu”. Desde a nossa adesão à União Europeia até ao final deste programa quadro diz que o Algarve tem tido apoios que somarão cerca de cinco mil milhões de euros de investimento, incluindo a contrapartida nacional.
Henrique Dias Freire / Andrea Camilo
jornalpostal@gmail.com
Porque é que, na sua opinião, é essencial a participação nestas eleições europeias? Qualquer cidadão deve interessar-se pelo processo eleitoral para as europeias, no sentido de que a Europa foi perspetivada com o objetivo de união dos povos, de evitar conflitos regionais e, de alguma maneira, ser motor do progresso e de paz. Nós, com todas as vicissitudes, temos conseguido esse progresso e essa paz. Depois da Segunda Guerra Mundial, com altos e baixos, temos conseguido dar passos significativos no sentido da consolidação de uma ideia da Europa, respeitando os valores fundamentais dos direitos humanos, o pilar dos direitos sociais e das políticas sociais e da coesão. Como distinguiria o processo construtivo da União Europeia de outras realidades? Se compararmos o processo evolutivo da construção europeia com outros processos, como os Estados Unidos da América, os Estados Unidos do México ou mesmo com o Brasil, são projetos que já estão consolidados e que, tendo as suas particularidades de organização supranacional, conseguiram de alguma maneira afirmar a ideia, não só interna, mas também para a comunidade internacional, de uma identidade unitária, apesar de serem constituídos por vários Estados.
No caso da Europa, nós temos alicerçada a base do processo de construção europeia, não só no respeito pelos países, como também pelas suas tradições, pela sua língua e pelo respeito pelas suas autonomias. A construção europeia é um processo de construção de uma nova identidade que, contrariamente a outros processos, não resulta da desagregação de um sistema identitário anterior, resulta de uma vontade agregadora de identidades já constituídas, cada uma delas com forte identidade própria.
fotos: postal do algarve
E o caso do Reino Unido? No caso do Reino Unido, estamos perante uma intenção, ainda não concretizada, mas que está formalizada pelo menos na vontade do povo britânico, de sair da União Europeia, talvez ainda por uma questão de identidade muito marcada pelo passado imperial, pelo passado que, de alguma maneira, ainda não se esbateu o suficiente para participar ativamente numa construção identitária diferente. O que distingue a União Europeia de processos históricos de agregação territorial ocorridos no passado? O caso da construção europeia atual não resultou da desagregação de uma identidade anterior. É um processo que assenta muito na vontade, no empenhamento diário para ultrapassar algumas dificuldades, que ainda resultam da forte identidade de cada um dos países, para nos conseguirmos juntar em objetivos de maior importância e impacto, para podermos resolver problemas de dimensão superior à nossa escala nacional. Temos várias instituições na Europa. Desde logo, o Parlamento Europeu, a Comissão, as direções gerais e os restantes de instrumentos de gestão, não só política, mas também gestionária, para resolver os problemas desta construção que estávamos a falar, desta identidade. Quais as iniciativas europeias que mais destacaria? Além de todas as iniciativas a nível empresarial, destacaria as iniciativas ao nível social e, muito particularmente, algumas iniciativas europeias que não têm a ver propriamente com instituições, mas que tem a ver com ações concretas, como por exemplo o Erasmus. O Erasmus, num primeiro momento, era um movimento de mobilidade de jovens estudantes, que agora se tornou num movi-
A construção europeia assenta na vontade, não resultou de um processo de desagregação de uma identidade anterior
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de cerca de cinco mil milhões de euros mento massivo, alargado a outros participantes, como por exemplo, professores e funcionários. A Europa é construída de acordo com a lógica de que cada um é autónomo, mas o que importa é agregar vontades e trabalhar para um determinado objetivo que é, neste caso, o da mobilidade, da interculturalidade, de estarmos permeáveis a experiências de vida diferentes, e que isso seja, ou tenha como resultado, uma nova visão, uma nova experiência, uma nova sabedoria. “Os jovens de hoje são cidadãos do mundo no contexto europeu” Uma parte significativa dos nossos jovens têm hoje oportunidade de fazer mobilidade. Veem o contexto da vida e da mobilidade, de uma forma geral, muito mais aberta e descomplexada do que nas gerações anteriores. Desde logo porque havia toda a questão das fronteiras e dos passaportes. O leque de oportunidades para trabalhar noutros países também era reduzido. Todos esses movimentos, hoje em dia, levaram a que de uma forma geral, os jovens na Europa se sintam cidadãos do mundo, no contexto europeu. A questão do estudo e do trabalho é hoje encarado pelo jovem europeu de uma forma completamente diferente do que era anteriormente. “Temos uma região europeia que é a Região AAA, aqui no sul peninsular” Como são as nossas relações com a Andaluzia no contexto europeu? Falando da questão de Portugal e Espanha, temos no sul peninsular uma região europeia que é a Região AAA Região Algarve, Alentejo e Andaluzia, que nós até presidimos nesta altura. É uma região que, não tendo o formalismo de uma região administrativa ou de um governo regional europeu, nada desse género, tem mecanismos de cooperação suficientemente afinados para uma cooperação permanente em termos culturais, de intercâmbio económico e de participação em projetos transfronteiriços com o apoio de fundos comunitários do Interreg. Por exemplo, a gestão ecológica no sul peninsular, do Golfo de Cádis até à nossa Ria Formosa, é uma questão supranacional que tem que encontrar mecanismos inter-regionais e transfronteiriços, para poder ser gerida como um ecossistema natural muito específico. Esse ecossistema é ele próprio uma identidade que importa preservar e valorizar. E isso pode-se fazer cada vez melhor ao nível das regiões se nós todos tivermos não só as competências e os instrumentos, mas também a vontade.
A tal construção europeia como projeto de vontade... Nós só conseguimos levar esta identidade supranacional, a que nós chamamos União Europeia, a patamares muito elevados de identidade no contexto do planeta, relativamente a outras realidades no mundo, através da capacidade de afirmação cultural, de afirmação civilizacional, para além dos fatores de inovação e competitividade no domínios da economia e todos nós que estamos cá dentro somos parte e contribuímos para essa identidade mais global que é a União Europeia. Portanto, como cidadão europeu, embora completamente comprometido com a minha cidadania portuguesa, não vejo outra maneira de progredirmos no sentido que os nossos avós, os nossos pais, pensaram a Europa, que não seja interessando-nos pela sua continuidade e reforço. “O que se pede aos cidadãos europeus é que participem” Como acha que devemos encarar as próximas eleições europeias? É aqui que entramos num capítulo que é comum a todas as outras realidades: a construção de qualquer identidade, mesmo em Portugal, mesmo no Algarve, mesmo no nosso município ou na nossa casa, depende sempre dos projetos de vida que nós temos, da forma como nós encaramos as coisas. Se encaramos as coisas de maneira positiva, tentamos ultrapassar as dificuldades, não voltando a cara à luta! Se algumas coisas não nos agradam, tentamos intervir para que “as coisas entrem nos eixos”, como se costuma dizer. Mas se as coisas me agradam, então eu também não posso deixar de me interessar para continuar num bom caminho. O que significa que a intervenção dos cidadãos, por um lado na construção do projeto europeu, mas também na sua responsabilidade para com este projecto, tenha as consequências que nós queremos para nós: de bem-estar, de respeito pelos direitos humanos e pelo ambiente que traz qualidade de vida e prosperidade. O que se espera dos cidadãos europeus é que participem, pelo menos do ponto de vista da intensidade que colocam no seu trabalho e, nomeadamente, nos atos formais da democracia, que foram instituídos ao nível da união, que são as eleições europeias, as eleições para o parlamento, que depois têm consequências, como sabemos, ao nível da Comissão Europeia. Por vezes, não há sintonia entre aquilo que pensamos sobre a identidade europeia e o que reconhecemos de benefício por estar na União Europeia e por isso
A Europa foi perspetivada com o objetivo de união dos povos e de ser motor do progresso e da paz faço um apelo para nos empenharmos na construção europeia, convicto de que este é o caminho mais certo. É uma mensagem de apelo ao voto nestas próximas eleições europeias? Sim, é uma mensagem de apelo à participação cívica, através do voto. A CCDR Algarve tem uma missão diversificada, muito relacionada com o processo de construção europeia, desde a cooperação transfronteiriça e à gestão de fundos comunitários transfronteiriços, como é o caso do Interreg, à divulgação da ideia da Europa através da agência EuropeDirect Algarve e do European Enterprise Network, que é uma rede europeia de cooperação entre empresas, que funcionam nas instalações da CCDR, até ao Programa Operacional do Algarve que gere fundos comunitários (Fundo Social Europeu e FEDER). Daí ser nossa responsabilidade divulgar o papel da União Europeia em todos os domínios da nossa atividade e participar ativamente no processo de construção europeia.. “A construção da União Europeia é baseada nos pilares dos direitos humanos, da prosperidade e da paz” Qual foi o valor que o Algarve recebeu diretamente da União Europeia? Desde a nossa adesão à União Europeia até ao final deste programa quadro, o Algarve irá receber o equivalente a cerca de três mil milhões de euros de fundos regionalizados colocados diretamente à disposição do Algarve. Estes fundos, alavancados com a contrapartida nacional, dão à volta de cinco mil milhões de euros de investimento. Estes cinco mil milhões de euros permitiram que o Algarve, desde os anos
80 até agora, fizesse uma reconversão quase total dos sistemas de saneamento básico, abastecimento de água, infraestruturas viárias e ferroviárias, rede de escolas, universidade e toda a espécie de equipamentos coletivos das câmaras municipais que, em 80% dos casos (falando de investimento público e privado), foram alavancados com fundos de investimento comunitário. Eu diria que, olhando para esses anos 80 retrospetivamente, todos reconhecemos que temos um conjunto de infraestruturas e de equipamentos coletivos que são reais e se veem todos os dias, tal como já aqui citei alguns que, de outra maneira, estou convencido que não teríamos possibilidade de ter ou, pelo menos, não com a qualidade ou a quantidade que temos. Essa é a realidade. Como combater a elevada taxa de abstenção? O que me parece que é relevante para esta temática, e agora que estamos em momento de eleições, é que o projeto europeu tem determinados objetivos que devem ser amplamente divulgados e valorizados. Há pessoas que são apoiantes e se mobilizam para esse projeto de construção europeia, baseado nos pilares dos direitos humanos, da prosperidade e da paz, com a vontade de construir uma realidade melhor. Todos nós temos uma obrigação de divulgar o que a União Europeia faz, não estando aqui presente a ideia de subserviência. O que está subjacente é a convicção de que é um bom caminho, e se existe a convicção de que é um bom caminho, então devemos ser consequentes. Não devemos deixar para terceiros a decisão sobre
se é um bom caminho ou não, porque todos somos parte interessada. “Devemos produzir mais energia que aquela que consumimos” Conclusão, urge a mobilização de todos na construção da União Europeia? Como já se disse, não é nada indiferente termos União Europeia, termos políticas de coesão, termos políticas de mobilidade interna, termos valores ambientais a defender, valores de paz e uma sociedade desenvolvida ou, pelo contrário, sermos uma região do globo, já nem digo uma identidade, onde tensões bélicas ou ameaças à segurança ou a pobreza ou as doenças venham a ser, novamente, uma realidade que já considerávamos residual ou extinta. Os sistemas só se fortalecem se os seus elementos trabalharem e convergirem para ser socialmente úteis, ou seja, produzirem mais energia que aquela que consomem. Se não for assim é possível que um dia sejamos afetados por “elementos patogénicos” e que venhamos a ter, no futuro, saudade e arrependimento por não termos sido mais proactivos e diligentes. Qual a grande mensagem que aqui deixaria? A minha mensagem é uma mensagem de otimismo relativamente à construção do projeto europeu, mas é também uma mensagem de encorajamento aos cidadãos para participarem e decidirem, porque só assim podemos fortalecê-lo. É fundamental que se demonstre e se divulgue que o projeto europeu é muito mais acerca de bem-estar e união do que dificuldades e egoísmo.
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Escola Profissional de Alte tem 18 jovens embaixadores do Parlamento Europeu A EPA - Escola Profissional de Alte é um dos estabelecimentos de ensino que está a executar o programa “Escola Embaixadora do Parlamento Europeu” e conta com a participação de 18 jovens embaixadores. E foram eles que decidiram sobre o plano de ação mais adequado e atrativo, tendo em vista os objetivos do programa. A EPA é a única instituição representante do concelho de Loulé. Como surgiu a ideia de se candidatarem a rede EPAS? A EPA - Escola Profissional de Alte foi convidada através do Gabinete de Informação do Parlamento Europeu. Esta iniciativa tem como principal objetivo facultar aos alunos conhecimentos para uma maior consciencialização no que diz respeito à cidadania europeia. A nossa escola é um orgulhoso participante deste projeto. Sendo o único representante do concelho de Loulé. Que adesão na escola a esta ideia? Professores e alunos? A EPA é um dos estabelecimentos de ensino profissional do nosso país que está a executar o programa “Escola Embaixadora do Parlamento Europeu”, contando com a participação de 18 jovens embaixadores. O projeto foi muito bem acolhido por professores e alunos e foi implementado de forma colaborativa. Destaquem duas atividades/iniciativas emblemáticas. Os embaixadores a participaram no
Terceiro Diálogo Transfronteiriço entre Portugal e Espanha sobre as Eleições Europeias 2019 sob o mote “O meu voto importa!”. O encontro tinha como objetivo debater algumas questões que serão certamente abordadas nas próximas eleições para o parlamento europeu em 26 de maio de 2019. A outra iniciativa relevante foi a colocação de um painel de Informação sobre a UE, na Junta de Freguesia de Alte. Este painel tem como objetivo informar os utentes da junta sobre a EU e a importância do ato de votar. Quem é a escola, quais os principais projetos? A Escola Profissional Cândido Guerreiro existe desde 1992 e está situada em Alte, concelho de Loulé, em plena beira-serra e no centro geográfico do Algarve. Mais do que projetos realizados, esta é uma “escola-projeto” e não poderia ser de outra forma, uma vez que o seu foco é preparar os jovens para um mercado de trabalho cada vez mais exigente e em que as competências pessoais de preparação para a vida, são um requisito fundamental. É por isso que a escola se envolve em projetos diversos – sempre em articulação com o meio local e regional – criando produtos alimentares inovadores, partindo muitas vezes de outros já existentes e acrescentando-lhe valor. É o caso do bombom de medronho, do “donut” de alfarroba, das amêndoas caramelizadas e das cascas de laranja envoltas em chocolate, que são produzidos pelos alunos do curso de
Indústrias Alimentares, posteriormente vendidos em feiras pelos alunos de Comércio e distribuídos pelos alunos de Turismo aos turistas que realizam os percursos pedestres em Alte. Mas porque somos uma pequena escola com grandes horizontes, ao abrigo do Programa Erasmus+, proporcionamos aos nossos alunos estágios internacionais e aos professores a possibilidade de conhecer outras realidades que depois são incorporadas nas atividades formativas da escola. Esta é ainda uma escola que se prepara para receber o selo de “Escola Embaixadora do Parlamento Europeu”, garantindo assim que os nossos alunos estão conscientes das possibilidades que lhes oferece a sua cidadania europeia. E os (bons) resultados estão à vista. Apesar das dificuldades decorrentes de uma localização difícil - Alte é um território de baixa densidade – temos uma taxa média de conclusão dos cursos de 75% e a taxa de empregabilidade e prosseguimento de estudos é de 97%. No próximo ano letivo iremos abraçar um novo projeto, com a proposta de abertura do curso de Artes do Espetáculo-Interpretação. As indústrias criativas têm vindo a ganhar relevo, quer na diversificação da oferta na época alta, quer na atenuação da sazonalidade da atividade económica pela oferta de atividades culturais e criativas, destinadas ao público em geral ou a nichos específicos, em períodos menos habituais, aproveitando a amenidade do clima. Estamos crentes que esta será uma oferta importante para
d.r.
Os jovens embaixadores da Escola Profissional de Alte o concelho de Loulé, cujo município apresenta uma forte dinâmica ao nível de atividades culturais e criativas. Em jeito de conclusão, a Escola Profissional Cândido Guerreiro é uma escola que forma bons técnicos para as principais áreas de desenvolvimento da região – Turismo, Comércio e Indústrias Alimentares – e que em paralelo se constitui como um projeto de desenvolvimento do interior algarvio. Nesta escola “ninguém fica para trás”. Quem são os embaixadores? São 18 embaixadores juniores e o segundo ano do curso Técnico de Comércio, têm idades compreendidas entre os 17 e 20 anos. E foram eles que decidiram sobre o plano de ação mais adequado e atrativo, tendo
Secundária João de Deus em Faro é embaixadora pela primeira vez A Escola Secundária João de Deus, em Faro, participa este ano, pela primeira vez, no projeto Escola Embaixadora do Parlamento Europeu com três turmas, uma do 12º ano e duas do 11º. A instituição tem uma página na Internet onde se podem encontrar testemunhos da grande tradição de participação em projetos internacionais e nacionais, regionais e locais. Como surgiu a ideia de se candidatarem à rede EPAS? A participação no projeto Escola Embaixadora do Parlamento Europeu
(EEPE) processa-se por aceitação de convite do Gabinete do Parlamento Europeu delegação de Portugal. Que adesão na escola a esta ideia? Professores e alunos? Uma vez que é este o primeiro ano da nossa participação, apenas integramos três turmas. Uma do 12ºano que gere o projeto e duas do 11º ano que participam em trabalhos. Todas de Cursos de Humanidades. Destaquem duas atividades/iniciativas emblemáticas.
em vista os objetivos do programa. Com este aprenderam mais sobre a União Europeia, tornando-se cidadãos conscientes e ativos. Os embaixadores chamam-se: Débora Vitória do Nascimento Guimarães, Diogo Tomás, Pereira Martins, Bruno da Silva, Diogo José Guerreiro Silva, Elton João Correia Gomes, Gonçalo Guerreiro Canhoto, Maria Regina Mota da Costa, Paulo Alexandre Nunes Paulino, Alícia Marques Mendes Pereira, Adriana Santos Martins, Ana Filipa Machado Guerreiro, João Carlos Lourenço Gonçalves, João Picado Marreiros, Luís Miguel da Conceição Guerreiro, Alexandre Miguel Reis Chevalbaque, António José Oliveira Guerreiro, Patricia António Ramos e Tomás Manuel Guerreiro Chaveca.
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A parceria com a Europe Direct na participação de 30 alunos no 2º e 3º Diálogo Transfronteiriço. A divulgação das nossas atividades e de informação através da criação de um BLOG e de um Ponto de Informação na Escola Secundária João de Deus, atualizados sistematicamente. Quem é a escola, quais os principais projetos? A Escola Secundária João de Deus em Faro, tem uma página (site) oficial www: aejdfaro.pt, onde se podem encontrar testemunhos da grande
tradição de participação em Projetos internacionais e nacionais, regionais e locais. Quem são os embaixadores?
São as nossas alunas do 12º ano Mariana Barão e Laura Freire, que têm um currículo de participação em várias atividades da escola, quer sociais e até de voluntariado.
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ESPECIAL ELEIÇÕES 2019
Desta Vez Eu voto! Tudo o que quer saber
Posso acompanhar as Eleições Europeias em tempo real? Pode acompanhar os resultados em: https://eleicoes-resultados.eu/ Eu voto pela 1ª vez – onde posso informar-me? Na campanha #destavezeuVoto podes registar-te para receber informação atualizada e até ser voluntário na campanha. Há filmes curtos, respostas para as tuas perguntas, testemunhos, passatempos… 150 mil pessoas já aderiram esta plataforma digital. O #EUandMe é um site de informação sobre o que a Europa faz por ti. Tem 5 curtas sobre 5 temas que te ajudam a refletir e a escolher. O Conselho Nacional da Juventude lançou o #IDEuropaJá ouviste falar? Descobre como estaremos por perto, no mundo real e no virtual! https://id-europa.eu/ #CitizensAPP Sabemos que pode ser um desafio explicar àquele familiar rabugento ou àquele colega de trabalho que parece que sabe tudo, por que é tão importante votar e como as políticas e decisões da UE estão presentes na nossa vida diária. Para facilitar, foi criada uma nova ferramenta, a Citizen’s App. Com esta aplicação tem todas as respostas na palma da mão e pode aprofundar a tomada de consciência sobre o que a UE tem feito em áreas que o preocupam, a si e aos seus amigos. O primeiro passo é instalar a aplicação. A Citizens’ APP: • Mostra de forma simples e prática qual o impacto da UE faz com impacto no quotidiano dos cidadãos; • Envia notificações sobre os temas que mais lhe interessam; • Revela iniciativas locais e nacionais sobre 20 temas diferentes.
Saiba como votar antecipadamente em: https://www.portaldoeleitor.pt/Paginas/VotoAntecipado.aspx Os partidos políticos no PE. Como sei quem escolher? Em politico.eu - spitzenkandidaten os líderes de bancada falam do que defendem: https://www. politico.eu/2019-european-elections/ https://yourvotematters.eu/en/ Apoiado pelo Parlamento Europeu este site, de iniciativa de várias instituições europeias, propõe de uma forma simples e intuitiva a descoberta da intenção de voto. A Comissão e o Parlamento Europeu produziram um kit de comunicação para as eleições europeias que pode consultar aqui: https://ec.europa.eu/info/sites/info/files/european-elections-communications-toolkit_2019.pdf O que dizem os Eurobarómetros sobre os portugueses e as EE? Pode consultar: www.europarl.europa.eu/portugal/pt/informacao_ue/eurobarometro.html e www.europarl. europa.eu/at-your-service/pt/be-heard/eurobarometer
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Iniciativas do Europe Direct Algarve O Europe Direct Algarve tem levado às escolas secundárias da região uma série de "Diálogos" sobre as Eleições Europeias, com um orador convidado para falar sobre um tema escolhido pelos alunos, a que se segue um debate de ideias e a apresentação da campanha DestaVezEuVoto. Os “Diálogos na Escola” foram realizados na EPA - Escola Profissional de Alte, na Escola Secundária João de Deus, Escola Secundária de Lagos, Colégio Internacional de Vilamoura, Escola Secundária de Olhão, alunos do ensino profissional e na startwork Portimão. A Exposição de Fotografias incluída na Campanha #DestaVezEuVoto tem decorrido em diversos locais e eventos, como a celebração do 9 de maio na ETIC – Mercado Municipal de Faro e na Casa da juventude de Olhão, IPDJ em Faro, a partir de 23 de abril; na feira OPTO em Albufeira, de 8 a 10 de maio. Destaca-se também a exposição de posters EUandMe e a exibição das cinco curtas associadas à campanha na Loja Ponto JA do IPDJ em Faro no dia 26 de abril, na ETIC – Mercado Municipal de Faro e na Casa da Juventude de Olhão a 9 maio.
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Em Portugal, as Eleições Europeias vão realizar-se a 26 de maio. Os portugueses vão eleger 21 eurodeputados, ou seja, o mesmo número do que nas eleições de 2014. Ao votar está a decidir como a Europa atuará nos próximos anos em áreas como o emprego, as empresas, a segurança, a migração e as alterações climáticas.
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Reclusos do Estabelecimento Prisional de animais de rua, da Fuseta e Moncarapacho; Tiny Shelter de Albufeira e Friends Canil, de Portimão. O responsável sublinhou que “à medida que fomos contactando com as associações percebemos que também existia a necessidade de abrigos para os gatos e começámos, para além das casotas, a trabalhar também nos gatis”, confidenciando que “esta semana surgiu uma situação diferente, que é o facto de hipoteticamente podermos começar a fazer camas para os gatos, através da utilização de pneus usados recortados no rebordo e depois decorados”. O recluso que deu início ao projeto é pintor da construção civil e o que está a aprender também tem ligações a esta área. Segundo o diretor do Estabelecimento Prisional de Silves, “o recluso que tem mais iniciativa está quase num regime flexível de pena e à partida vai começar a sair para trabalhar no exterior”.
fotos: postal do algarve
Os reclusos sentem-se motivados porque estão a dar um contributo à sociedade
Casotas são depois cedidas a instituições de proteção e cuidado animal Stefanie Palma / Henrique Dias Freire
stefanie.palma.postal@gmail.com
Os reclusos do Estabelecimento Prisional de Silves estão a participar num projeto inovador no que diz respeito à ajuda e proteção animal. A ideia assenta na construção de casotas para animais que são depois cedidas a instituições de proteção e cuidado animal. A iniciativa teve início em Outubro A iniciativa teve início em Outubro do ano passado e já está a ser amplamente conhecida. Ricardo Torrão, diretor do Estabelecimento Prisional de Silves, disse ao POSTAL que “a ideia da criação deste projeto veio da guarda prisional Zaida Gouveia, que trabalha aqui connosco. A guarda Zaida tem alguma ligação à APA – Associação de Proteção Animal do Algarve e na altura dos incêndios de Monchique constatou-se que existia uma grande carência ao nível de casotas e abrigos para os animais e ela lançou-me o desafio de, com mão-de-obra prisional, construirmos casotas para ajudar os animais”.
A trabalhar no projeto estão, para já, dois reclusos A trabalhar no projeto estão, para já, dois reclusos, no entanto, a ideia é transmitir os conhecimentos de execução das casotas a outros reclusos, de modo a expandir a iniciativa. A APA – Associação de Proteção Animal de Lagos foi, assim, a precursora do projeto, tendo recolhido vários animais durante o incêndio e chegado à conclusão de que existia uma carência bastante acentuada no que dizia respeito aos abrigos para os mesmos. A ajuda prestada pelo estabelecimento prisional começou, deste modo, na zona do barlavento algarvio, no entanto, rapidamente se estendeu também a associações do sotavento. No total já foram cedidas 44 casotas a 8 instituições do Algarve No total já foram cedidas 44 casotas a oito instituições do Algarve: APA – Associação de Proteção Animal do Algarve, de Lagos; Associação Pata Ativa, de Albufeira; Refúgio dos Burros, de Estômbar; Benafim Dogs, de Loulé; Cadela Carlota, de Lagos; APAR – Associação para a proteção de
Ricardo Torrão sublinha a importância do projeto, “os reclusos sentem-se motivados porque estão a dar um contributo à sociedade. Quando as associações vêm buscar as casotas e os representantes das associações reconhecem o trabalho deles é muito gratificante”, realçando que “as pessoas estão aqui durante algum tempo mas o lugar dos homens não é no estabelecimento prisional”. “A ideia é que eles endireitem as suas vidas, de modo a voltar a integrá-los na sociedade. O lugar do homem não é na prisão, é lá fora, mas é claro que com as devidas ressalvas de modo a cumprir as regras que são impostas pela sociedade”, acrescenta o responsável. Para uma correta implementação do projeto tem existido a colaboração de todos os funcionários do estabelecimento prisional. O responsável salienta ainda que “o senhor diretor-geral autorizou a colaboração do estabelecimento prisional com as instituições e há pouco tempo esteve cá com a senhora secretária da Justiça e aproveitou para ver algumas das casotas”, tendo encarado “com agrado este contributo dos reclusos relativamente aos animais”. As associações têm conseguido arranjar materiais provenientes de várias superfícies comerciais As associações têm conseguido arranjar materiais provenientes de várias superfícies comerciais, tais como o
Continente, Recheio, Makro, Robbialac, Tintas 2000, Algarve Paint Store, Leroy Merlin, entre outras. Recentemente o programa da TVI “Você Pede Eu Dou” também fez um donativo de materiais. Para a construção das casotas são necessárias paletes, tintas, parafusos e isolantes.
mente para este efeito”, mencionando que “o senhor comendador abdicou de ter a oficina de reparação nas oficinas da Delta em Lagoa para passar a dar emprego a cinco reclusos”. Estes reclusos tiveram formação e acompanhamento técnico por parte da Delta e trabalham, “auferindo um
“O senhor comendador abdicou de ter a oficina de reparação nas oficinas da Delta em Lagoa para passar a dar emprego a cinco reclusos”
Para Ana Castro, presidente da Associação Pata Ativa de Albufeira, uma das associações ajudadas no decorrer do projeto, “a importância desta iniciativa é enorme porque muitas associações têm abrigos e necessitam de mais condições para receber mais animais e estas casotas são imprescindíveis para os conseguir abrigar. Eu acho que é de louvar e é uma mais-valia. Nós vamos promover o projeto e tentar que mais entidades façam este tipo de trabalho". “Como cidadã que me preze sinto que tenho o dever e a responsabilidade de contribuir para uma melhor sociedade” Ricardo Torrão acrescenta ainda que “a guarda Zaida costuma dizer uma frase que transmite na perfeição o intuito do projeto: 'Como cidadã que me preze sinto que tenho o dever e a responsabilidade de contribuir para uma melhor sociedade. É assim que penso, para além do amor que sinto pelos animais'”, reforçando que “pretendemos dar continuidade ao projeto”. A cadeia de Silves aposta na realização de atividades que contribuem para o desenvolvimento de competências dos reclusos de modo a integrá-los mais facilmente na sociedade no final do cumprimento da pena. Exemplo disso mesmo é a oficina de reparação de máquinas e moinho da Delta. Segundo Ricardo Torrão, “esta é a única oficina do Algarve e do país que foi construída de raiz propositada-
vencimento que não chega bem ao mínimo porque trabalham à peça, mas é um vencimento muito generoso para aquilo que é o vencimento em meio prisional, e é uma grande oportunidade porque estamos a falar de uma especialização que é a reparação das máquinas do café”, referiu. O responsável considera que “é necessário nos dias de hoje, no mercado lá fora, que se saiba fazer algo específico para que a integração seja mais fácil”, pois “o grande objetivo é que os reclusos endireitem as suas vidas e não voltem”. “Aquilo que mais me custa a mim e a toda a equipa que trabalha comigo é o facto de vermos a mesma cara entrar duas vezes. Nós falhámos, mas quem falhou mais foi a pessoa, porque nós só conseguimos ajudar quem quer ser ajudado. Não podemos seguir outra linha sem ser essa”. Os reclusos dedicam-se a várias atividades Existem ainda outras atividades direcionadas aos prisioneiros durante o tempo em que estão na cadeia. “Os reclusos trabalham na lavandaria, na cozinha, na biblioteca. Tenho cerca de 30 pessoas a fazer RVCC (Sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências). Já tive inclusivamente um recluso que concluiu o 12º ano aqui connosco e quis ingressar na universidade. Quando ele começou a ter medidas de flexibilização e a ir a casa nós propusemos que ele
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Silves constroem casotas para animais fosse às aulas que tinham de ser presenciais. Ele licenciou-se em Turismo e saía todos os dias do estabelecimento prisional, tinha as aulas e no fim do dia regressava à prisão”, disse ao POSTAL o diretor do estabelecimento prisional. A prisão de Silves tem acordos com a Universidade Aberta e com o IEFP “Os nossos serviços têm um protocolo com a Universidade Aberta que cobre o território nacional e lhes permite estudar à distância. Tentamos que a nível escolar e formativo não existam barreiras em relação ao meio livre”, reforçou. O estabelecimento prisional tem ainda acordos com o IEFP – Instituto de Educação e Formação de Portugal que
permite que alguns reclusos frequentem ações de formação e cursos. Na prisão de Silves há uma biblioteca, duas salas de aula e formações diversas. Existe ainda uma parceria com sete professores que lecionam inglês, francês, espanhol, competências básicas e também português para estrangeiros. A ideia é que todos os reclusos tenham uma atividade, “pois quanto mais ocupados estiverem, mais competências ganham. O ócio é prejudicial”. A taxa de ocupação laboral e de formação dos reclusos é de 94% Segundo o responsável, a área de informática está em destaque, “porque
qualquer trabalho hoje em dia está sujeito à utilização das tecnologias de informação e conhecimento (Tic)” e nós pretendemos exatamente “combater aquilo que é a info-exclusão”. A taxa de ocupação laboral e de formação dos reclusos é de 94%. De referir que a cadeia de Silves é o único estabelecimento prisional em funcionamento no barlavento. É um estabelecimento masculino que tem 75 prisioneiros, sendo que 72 pertencem à instituição e três estão lá apenas temporariamente. De salientar ainda que 50 destes reclusos estão em prisão preventiva e os restantes estão a cumprir pena efetiva. O diretor do estabelecimento prisional realça ainda o apoio incondicional que
tem tido por parte das autarquias. “A Câmara de Silves e a Associação Terras do Infante, constituída pelas Câmaras de Lagos, Aljezur e Vila do Bispo já nos deram à volta de 50 mil euros em donativos e materiais. A Junta de Freguesia também nos proporciona um apoio imprescindível”. “Eu sempre lhes disse que estes rapazes estão aqui comigo agora mas vão regressar aos seus municípios. Se saírem daqui melhores é melhor para todos e acho que isso é positivo. Em matéria de solidariedade por parte dos presidentes das câmaras não tenho nenhuma razão de queixa. Têm sido impecáveis”, concluiu. O Estabelecimento Prisional de Silves aposta fortemente em me-
didas de formação e integração dos reclusos. A ideia é que ganhem competências e se tornem melhores pessoas e, consequentemente, melhores cidadãos. A Tecnidelta opera, desde 1998, no sector dos equipamentos, dos serviços para hotelaria, da restauração e da distribuição alimentar. É uma empresa de referência que prima pela qualidade dos produtos, pelo profissionalismo dos serviços, pela total cobertura técnico-comercial e técnica a nível nacional, procurando criar negócios socialmente responsáveis.
A TECNIDELTA do GRUPO NABEIRO promove reintegração socioprofissional dos reclusos Em Dezembro de 2008, o Grupo Nabeiro - Delta Cafés e a Direção Geral dos Serviços Prisionais celebraram um protocolo que tem como objetivo crucial a formação de reclusos na reparação de máquinas e moinhos de café. Assumindo assim, desde então, um papel preponderante com a DGRSP no desenvolvimento de capacidades e competências da população prisional, preparando-os para o exercício de uma atividade laboral após a libertação, estando presente em diversos estabelecimentos prisionais. Em 2009 foi criada a primeira Oficina no Estabelecimento Prisional de Lisboa, sendo este pioneiro na reparação de equipamentos. Ao POSTAL, o comendador Rui Nabeiro dis-
se que “o acordo estabelecido envolve uma componente de formação técnica especializada, promove a aquisição de competências técnico-profissionais e pessoais, elementos facilitadores da reintegração socioprofissional dos reclusos, após libertação… É um projeto revelador na sua forma de estar no mundo empresarial e a nível pessoal. Esta colaboração ao longo dos tempos, revelou boa vontade e uma atitude muito forte, são estas atitudes, como empresa, que são o nosso principal valor social, sinto uma felicidade enorme…”
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••• REGIÃO
REGIÃO •••
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A vida (re)começa aos 40
Manuel Manero tem 43 anos e frequenta o segundo ano de Ciências da Comunicação Eunice Silva / Henrique Dias Freire
jornalpostal@gmail.com
São 10 da manhã na Universidade do Algarve. O recinto está repleto de jovens apressados, no entanto, nem só de jovens estudantes se faz a Universidade do Algarve. Entre eles, encontram-se também estudantes com idade para ser seus pais. Os Serviços Académicos da UAlg adiantaram ao POSTAL que, no ano letivo de 2017/2018, 8008 alunos formavam a Universidade do Algarve. Luís Filipe e Manuel Manero são dois dos 486 alunos com mais de 40 anos que, nesse mesmo
ano letivo, faziam parte da academia algarvia. O POSTAL foi ao seu encontro. Luís Filipe tem 46 anos, é natural do concelho de Loulé, é casado, tem dois filhos e está neste momento a estagiar para terminar o curso de Turismo. Já Manuel Manero está a meio da sua licenciatura. Aos 43 anos, Manuel desloca-se mais de 100 quilómetros para frequentar as aulas do curso de Ciências da Comunicação em Faro, deixando as duas filhas e a mulher em Vila Real de Santo António. Ambos têm razões similares que os motivaram a ingressar no ensino superior e concluir os estudos. São maioritariamente as questões profissionais que os levaram a tomar esta opção. “O principal motivo foi a necessidade que tenho em termos profissionais para poder dar o passo à frente. Eu também sou formador e professor. Para poder assumir outro tipo de projetos faltava-me a certificação em termos de percurso académico concluído numa licenciatura”, explicou Luís Filipe. Acrescentou, ainda, que “[esta licenciatura] possibilita-me uma abordagem mais fundamentada quando estou a dar aulas, quando estou a dar formação, quando estou a dar consultadoria”. Sem licenciatura, consegui lá chegar mas foi um processo mais penoso Manuel Manero disse ao POSTAL que, hoje em dia, é preciso ter uma licenciatura para ser ouvido e essa foi uma das suas razões. “Sempre me vi como o principal ator da minha vida. Sempre foi difícil tentar chegar a outros patamares de
comunicação, nomeadamente na parte empresarial, porque não temos uma licenciatura. Eu sempre senti que consigo lá chegar, mas é um processo mais penoso”. Desabafou, ainda, que “queria tocar essas pessoas, esses empresários e, às vezes, não existe a mesma credibilidade porque não tenho um canudo”. No que toca a receios e medos, Luís Filipe contou ao POSTAL que “o receio principal que se prendeu foi considerar-me sequer capaz de poder enfrentar uma realidade de estudo aprofundado, principalmente em termos académicos, de ser capaz de fazer um percurso universitário onde o interregno entre o intervalo escolar foi longo. Felizmente, veio a comprovar-se o contrário”. Luís Filipe afirmou, ainda, que “felizmente veio a comprovar-se que todo o percurso profissional, toda a experiência que se vai acumulando ao longo dos anos, entrando nesta vida do ensino, nos prepara de uma forma completamente diferente daquela que eu estava à espera, ou seja, foi uma surpresa muito agradável que isto tudo resulta. Resulta, enriquece e é um percurso que vale a pena ser feito”. Manuel Manero diz que não se arrepende de ter tomado este rumo aos 43. “Não me arrependo de não ter entrado mais cedo. As coisas têm um timing para acontecer, se tivesse entrado com 20 não tirava o partido que estou a tirar agora”, acrescentando ainda que “isto é um desafio constante porque depois existem vários estigmas que se formam. Por exemplo “sou demasiado velho para estudar”, como se existisse um prazo de validade. É uma questão de experienciar, não há idade, não há validade”.
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A pessoa aos 40 tem muito mais maturidade Uma das vantagens que o estudante também ressalta em entrar na universidade aos 40 é que, “a pessoa aos 40, tem muito mais maturidade e está muito mais preparada para receber um ensino do que aos 20. Aos 20 tenho mais tempo, mas não tenho a maturidade, essa gestão ainda não esta formatada. Aos 40 tenho menos tempo, porque tenho uma vida muito mais preenchida, mas consigo gerir muito melhor essa informação”. No que diz respeito ao trabalho com pessoas da idade dos filhos, Luís Filipe contou ao POSTAL que “é muito interessante trabalhar com pessoas mais novas, com pessoas da idade dos meus filhos, principalmente pela parte criativa, porque não há vícios de fora. Como não há o impacto da experiência profissional e de vida que se traz de fora, é muito curioso darmos aso à criatividade de quem ainda não tem este contacto com a realidade e tentarmos depois dar-lhe a volta na aplicação prática. Nunca senti que era o
‘cota’, o ‘pai’”. Manuel Manero deixou, ainda, um apelo: “venham conhecer, arrisquem, não há desculpas, não se escondam atrás de um número que é a idade, nada nos impede. O difícil é entrar, depois vamos fazendo. Não há melhor e mais bonito que o conhecimento, o confronto com várias realidades, é o que nos faz crescer e desenvolver”.
Total de Alunos Inscritos na UAlg 2015/2016
2016/2017
2017/2018
Homem
3158
3287
3409
Mulher
4245
4493
4599
Total
7403
7780
8008
Total de Alunos Inscritos com idade igual/ superior a 40 anos 2015/2016
2016/2017
2017/2018
272
274
255
Mulher
281
279
231
Total
553
553
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Homem
Gymnasium Olhão repleto de novidades Stefanie Palma / Henrique Dias Freire
stefanie.palma.postal@gmail.com
O primeiro Gymnasium abriu em Olhão a 30 de abril de 2011 com 630 metros quadrados, perto da zona industrial de Olhão. Entre 2011 e 2015 o espaço foi aumentado em 150 metros quadrados cobertos e 1000 metros quadrados na zona descoberta. No dia 8 de maio de 2016 o Gymnasium de Olhão mudou para o Intermaché de Olhão completamente renovado, com novos equipamentos e condições de treino diversificadas. Segundo Paula Caleça, responsável pela comunicação do Gymnasium, “a última remodelação feita no Gymnasium de Olhão aconteceu exatamente há três anos, com a mudança do espaço para o Intermarché, o que permitiu
aos nossos sócios um acesso a um conjunto de serviços mais diversificados, tais como, a proximidade ao supermercado, o estacionamento com cerca de 300 lugares na zona envolvente, a lavagem de carros, lavagem de roupa, zonas de take away, parafarmácia, cabeleireiro, quiosque, entre outras. Ao mudar de espaço a nossa pretensão foi exatamente facilitar a vida às pessoas, com o objetivo de encaixar o lugar de treino nas atividades do quotidiano”. Em 2017, com o projeto do Gymnasium Faro deu-se início a uma parceria com o arquiteto Vítor Múrias. A partir desta data, o Gymnasium passou a ter uma imagem mais cuidada e pormenorizada. Segundo Vítor Múrias, “deixámos de ter um armazém com máquinas para passar a ter um espaço mais confortável, com melhor imagem, melhor iluminação e melhores condições.
Aplicaram-se materiais como a madeira para transmitir mais conforto, tendo havido igualmente um cuidado com a aparência dos balneários”. Segundo Paula Caleça, “são estes pequenos detalhes que vão fazendo toda a diferença ao longo do tempo e que permitem a criação de espaços diferentes, onde os nossos sócios se sentem como se estivessem numa segunda casa”. O Gymnasium Olhão vai ser remodelado durante o Verão de 2019, mas continuará em funcionamento durante o período de obras. A responsável evidencia ainda que “o objetivo é rentabilizar melhor o espaço do Gymnasium, de forma a dar melhores condições de treino a todos os sócios e também homogeneizar a imagem do grupo Gymnasium, solidificando a identidade da marca.”
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O Gymnasium de Olhão vai ser remodelado já no Verão O espaço de Olhão tem atualmente 1.200 metros quadrados e vai passar para 1.500 metros quadrados através da rentabilização do espaço, ficando assim com mais área útil de treino.
O Gymnasium pretende assim continuar a apostar em espaços de treino de qualidade, proporcionando as melhores condições de treino a todos os sócios.
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••• OPINIÃO
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Redação: Rua Dr. Silvestre Falcão, 13 C 8800-412 Tavira - ALGARVE Tel: 281 320 900 Fax: 281 023 031 E-mail: jornalpostal@gmail.com Online: www.postal.pt FB: facebook.com/postaldoalgarve FB: facebook.com/ cultura.sulpostaldoalgarve Issuu: issuu.com/postaldoalgarve Twitter: twitter.com/postaldoalgarve Director: Henrique Dias Freire Directora executiva: Ana Pinto Redacção: Ana Pinto (CO-721 A) Andrea Camilo Cristina Mendonça (CP 3258) Eunice Silva Henrique Dias Freire (2207 A) Stefanie Palma Design: Bruno Ferreira Colaboradores: Afonso Freire, Alexandre Moura, Beja Santos (defesa do consumidor) Colaboradores fotográficos e de vídeo: Luís Silva / Miguel Pires / Rui Pimentel Departamento comercial, publicidade e assinaturas: Anabela Gonçalves, Helena Gaudêncio José Francisco Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire (mais de 5% do capital social) Edição: Postal do Algarve - Publicações e Editores, Lda. Centro de Negócios e Incubadora Level Up, 1 8800-399 Tavira Contribuinte: nº 502 597 917 Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do título (DGCS): ERC nº 111 613 Impressão: Naveprinter Distribuição: Banca - Logista, ao sábado com o Expresso/VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT Estatuto editorial disponível: www.postal.pt/quem-somos
Tiragem desta edição:
7.329 exemplares
Beja Santos
Ana Amorim Dias
Henrique Dentinho
Assessor do Instituto do Consumidor e consultor do POSTAL
Escritora anamorimdias@gmail.com
Artista plástico
Com a diabetes todo o cuidado é pouco
O mundo também gira ao domingo
Derivações
Nunca como hoje os temas ligados à saúde aparecem tão ventilados nos meios de comunicação, incluindo as plataformas digitais. Até já se fala no Dr. Google e na vastidão dos sites que abordam doenças, e nem todos são fiáveis, há que agir com enorme prudência, para não se ficar mais doente. Isto tem a ver com a nova realidade, um verdadeiro fenómeno social, a que podemos chamar literacia em saúde, uma dimensão da cidadania, graças a ela podemos ganhar uma capacidade para ler, compreender e lidar com a informação de saúde, prevenir a doença ou tratá-la com mais motivação, mais aptidões. Sabe-se perfeitamente que a diabetes é uma doença crónica, acompanha-nos toda a vida. Pouco ou nada pode ser feito para prevenir a diabetes tipo I, ela surge frequentemente em crianças e jovens. O seu aparecimento é repentino, manifesta-se através de vários sintomas: urinar muito, haver muita sede, às vezes uma fome desalmada, aparecer emagrecimento rápido, e dores, musculares ou de cabeça, náuseas e vómitos. O objetivo do tratamento é de que o organismo consiga utilizar a glucose que se encontra no sangue e que estejam repostos os níveis normais de açúcar no sangue. Avultam três elementos no tratamento desta diabetes: a insulina, a alimentação equilibrada e o exercício físico regular, tudo complementado pela autovigilância das glicémias. O tratamento com insulina faz-se pelo meio de injeções na gordura por baixo da pele. Um regime alimentar adequado e uma atividade física apropriada contribuem para melhorar a compensação da diabetes e o bem-estar. Com literacia em saúde, aprende-se a viver com a diabetes de uma forma saudável. A boa qualidade de vida do diabético passa pela prevenção de efeitos secundários e complicações tardias: lesões nos olhos, as conhecidas retinopatias, as lesões dos rins, as lesões nos nervos, o pé diabético, a disfunção sexual. Para evitar as lesões nos olhos, impõe-se a visita regular ao oftalmologista, a este compete mandar fazer uma angiografia à retina (fotografia da retina), decidir se se deve fazer a fotocoagulação (destruição das lesões da retina mediante laser). O fundamental é prevenir as lesões oftalmológicas, detetar também cataratas (opacificação do cristalino) provocadas pela diabetes ou glaucoma (aumento excessivo de pressão intraocular que pode lesionar o nervo ótico, é frequente nas pessoas co diabetes). Por fim, saber respeitar a sua sexualidade, ela é essencial para a sua autoestima e equilíbrio emocional. Nos homens, o transtorno sexual mais frequente que pode surgir a longo-prazo devido à diabetes é a disfunção erétil. Na mulher pode surgir uma diminuição da lubrificação vaginal ou do desejo sexual. Fale sempre com o seu médico, o silêncio é o pior inimigo.
Li por aí que se anda a tentar que os centros comerciais não abram ao domingo. Desconheço os motivos... será para os funcionários terem o dia livre? Para os utentes se dedicarem a feitos mais dominicais, como ir à missa e estar no sofá com a família? É para a malta ficar mais propensa a andar por aí ao ar livre, a fazer um bocadito de fotossíntese? Ou será para não haver concorrência “desleal” em relação ao comércio tradicional? Não sei nem me apeteceu averiguar. Até porque qualquer dos motivos me parece tolo: condicionar o que as pessoas fazem através da limitação de opções é um absurdo. Mas disparate maior é providenciar para que, ao domingo, “todos” parem e descansem. A ser assim, fechem os hospitais, suspendam os serviços policiais, os bombeiros, e tudo o que, tal como o planeta, continua a girar ao domingo. Que se encerrem os cinemas, museus, esplanadas e restaurantes. Que não haja aviões, comboios e autocarros. Nem bombas de gasolina, supermercados e, ai valha-nos Deus, livrem-se de deixar alguma farmácia aberta! Não gosto de centros comerciais, seja em que dia for... mas caramba, o mundo também gira ao domingo!
O consumo de pulseiras eletrónicas está a crescer assustadoramente. Montar uma fábrica para produzir este artigo, seria um benefício para o país, pois poderia exportá-lo, visto os corruptos estarem a aumentar de forma exponencial. Proveitoso seria o fabrico duma pulseira em ouro para aqueles corruptos mais endinheirados, mostrando assim que Portugal é o primeiro nas DESCOBERTAS, dando assim a continuidade… de novos mundos… ao MUNDO. Uma outra sugestão é construir, pelo menos, mais uma prisão, dado que a tendência é o aumento dos criminosos, nesta tarefa banal de matar o próximo ou próxima, muitas vezes por enfiar o barrete, hoje, pôr num chapéu de notas, em que o dinheiro é “KING”. Por isso roubar deixou de existir. A evolução arranjou palavras modernas - CORRUPÇÃO. Ser corrupto é ser moderno. Tem vantagem de “limpar milhões”, sempre protegidos pelo poder “DIVINO”… Um tipo fica milionário sem qualquer condenação e, supõe-se, com a CONSCIÊNCIA TRANQUILA. Por que não uma unidade de lavagem das consciências, para que a tranquilidade se expanda, com produtos para “SNIFAR”, visto que a droga, possivelmente os milhões, de muitos miliões, nesta banalizada gíria dos futebóis, lavando os grandes corruptos nas golpadas internacionais, e quem sabe…!!! “Portugal à beira-mar plantado“ é pólo de alegria no deslumbramento da NATUREZA. Com esta costa tão bela, neste ALGARVE dos descobrimentos, espreitar pela janela da SERRA com seu sobreiro, medronheiro e suas belas gentes é sentir um mar tão perto, lembrando os cavaleiros que partiram em NAUS, na descoberta de NOVOS MUNDOS. Dentro destas derivações da corrupção, faz muita falta nos estudos académicos, uma cadeira dedicada à corrupção. Existem grandes mestres neste Portugal. Poderiam depois os formandos seguindo a sugestão dum expoente da política, como os cavaleiros da moderna cultura, colaborando com o mundo, quais cavaleiros ilustrando este “PORTUGAL À BEIRA MAR PLANTADO”.
Mensalmente com o POSTAL em conjunto com o
MAIO 2019 n.º 127 7.329 EXEMPLARES
www.issuu.com/postaldoalgarve
MISSÃO CULTURA •••
Um Guia para os Museus do Algarve – um caminho pelo conhecimento Ficha técnica De Odeceixe a Alcoutim, entre as falésias da Costa Vicentina e o Alto Algarve Oriental, o Algarve integra uma quase centena de unidades museológicas, tuteladas por autarquias ou entidades privadas. Desde fevereiro passado, o público interessado e o visitante curioso têm agora à sua disposição um útil guia que propõe um percurso pelo conhecimento através de um conjunto de museus da região – aqueles que integram uma rede informal constituída em 2007, no âmbito da qual foi agora produzida esta obra. Disponível, para já, apenas em suporte digital PDF no endereço https://museudeportimao.pt/livro/ Guia_Pt_08-02-2019_high.pdf O Guia de Museus do Algarve fornece indicações úteis sobre 20 museus que contêm no acervo das suas coleções e na sua relação com o território um notável potencial de transmissão de conhecimento acerca da trajetória temporal da região, na sua diversidade e pluralidade. Num percurso organizado por municípios, de Barlavento a Sotavento, o guia, de agradável leitura e amplamente ilustrado, dá ainda outras indicações úteis, nomeadamente sobre monumentos e outros pontos de interesse a visitar em cada concelho. Ainda que seja desejável promover uma futura edição em suporte de papel, o formato PDF permite, desde já, uma atualização regular dos conteúdos e, aos utilizadores, a descarga da versão mais atual. Está ainda no horizonte da Rede de Museus do Algarve adaptar o guia a um formato mais interativo, o que obriga a investir no webdesign para que este instrumento de conhecimento da história e de reforço da identidade regional seja ainda mais útil. Porém, mesmo em PDF, já se pode seguir o link dos endereços eletrónicos e escrever diretamemte um email, clicar no símbolo identificado com www e aceder diretamente ao sítio eletrónico do respetivo museu, ou ir para o Facebook, sempre que o símbolo desta rede social estiver disponível. Também a qualquer momento da sua consulta pode regressar ao menu principal, clicando no pequeno ícon que se encontra no
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Direcção: GORDA Associação Sócio-Cultural Editor: Henrique Dias Freire Paginação e gestão de conteúdos: Postal do Algarve Responsáveis pelas secções: • Artes visuais: Saul de Jesus • Espaço ALFA: Raúl Grade |Coelho • Espaço AGECAL: Jorge Queiroz • Espaço ao Património: Isabel Soares • Filosofia dia-a-dia: Maria João Neves • Letras e literatura: Paulo Serra • Missão Cultura: Direção Regional de Cultura do Algarve • Reflexões sobre urbanismo: Teresa Correia • Colaboradores desta edição: Rosária Pacheco Parceiros: Direcção Regional de Cultura do Algarve e-mail redacção: geralcultura.sul@gmail.com e-mail publicidade: anabelag.postal@gmail.com online em: www.postal.pt e-paper em: www.issuu.com/ postaldoalgarve FB: www.facebook.com/ postaldoalgarve/ Tiragem: 7.329 exemplares
GUIA DE MUSEUS DO
ALGARVE
Um Caminho pelo Conhecimento
canto superior esquerdo das páginas ímpares. Nesse menu (que está na página 6), pode consultar os museus pelo nome ou pelo concelho em que se encontram, podendo ir diretamente para a página onde eles se encontram. Este é um dos desafios que a Rede tem para o futuro, dando continuidade a um programa museológico participativo que, ao longo dos últimos doze anos, tem chamado a atenção para a capacidade de inovação instalada na região e para o talento de um conjunto de técnicos cuja missão é servir o Algarve como região. l
Rede de Museus do Algarve Capa do Guia de Museus do Algarve. •
Direção Regional de Cultura do Algarve
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CULTURA • SUL
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LETRAS E LEITURAS •••
Entrevista a Isabel Rio Novo:
"A vida de Agustina era a escrita" fotos d.r.
Paulo Serra
Doutorado em Literatura na Universidade do Algarve; Investigador do CLEPUL
O Poço e a Estrada – Biografia de Agustina Bessa-Luís, de Isabel Rio Novo, publicado pela Contraponto, lê-se como um romance. Contudo, apesar de nos últimos anos serem várias as biografias romanceadas ou os romances que se assumem como biografias, é um erro assumir O Poço e a Estrada como tal. A biógrafa rodeou-se de documentos e depoimentos, de fotografias, visitou os lugares por onde a própria Agustina transitou, leu e releu a obra de Agustina – destrinçando o quanto ela contém de episódios factuais da vida da escritora –, citando-a sempre que possível, como quem recupera a voz da autora para contar a sua própria história, a real e a recriada. Quando a autora não é detentora de uma resposta inequívoca, aventura várias hipóteses, para que o próprio leitor se decida pela que lhe convir. Se há laivos de romance nestas 416 páginas (não contando com notas e índice remissivo) é pelo lirismo da prosa de Isabel Rio Novo. O título é retirado da obra O Manto, de Agustina, e proliferam no livro as citações da autora e da sua obra em epígrafe, no corpo do próprio texto, bem como a relação entre a sua escrita e a sua própria vida, da forma como a vida dá corpo à ficção agustiniana. Isabel Rio Novo, nascida no Porto, é mestre em História da Cultura Portuguesa e doutorada em Literatura Comparada. Professora universitária e investigadora, lecciona disciplinas como História da Arte, Estudos Literários, Escrita Criativa. Em diversos momentos desta biografia, a biógrafa não se esquiva aliás a traçar um panorama geral cultural do Portugal em que Agustina viveu e avança com a sua própria análise crítica do contributo prestado à literatura pelas obras de Agustina, da novidade que constituíram, das influências que evocam. A obra de Agustina não é fácil de ler, e assim tem sido referido desde o início pela crítica, apesar de A Sibila chegar a fazer parte dos programas do secundário e ter encantado a sua quota parte de leitores. O título é retirado da obra O Manto, de Agustina, e proliferam no livro as citações da
Agustina Bessa-Luís deixa-nos uma obra com mais de cinquenta títulos, entre romances, contos, biografias, ensaios, livros de memórias, num constante diálogo com a memória, com a literatura, com a história, numa escrita pouco popular, nada convencional, labiríntica, a pedir tempo e dedicação, frequentemente pontuada de aforismos e máximas que se tornaram uma célebre imagem de marca. O Poço e a Estrada inaugura uma coleção de biografias de grandes figuras do século XX por autores romancistas, com a chancela da Contraponto.
Ao leitor interessa sempre mais a qualidade do que vai ler do que a sua catalogação O acto de biografar alguém é também um acto de antropofagia? Até que ponto é que o biógrafo, neste caso a biógrafa, corre o risco de se perder na vida da biografada e como se ressurge de uma vida assim? Logo à partida compreendi que o risco e o desafio eram enormes, pela dimensão da pesquisa que se impunha, pelas múltiplas vertentes em que se investiu a minha biografada, pela minha própria admiração pela obra de Agustina. Tudo isso tornou este percurso apaixonante e realizado com muito gosto, mas também muito exigente, cansativo e desafiante. Ressurge-se do mergulho numa vida assim assumindo que o trabalho está feito, que é preciso despedirmo-nos dele e partirmos para o seguinte, compreendendo que nenhuma narrativa de uma vida humana é definitiva e que, como disse Agustina, no final de algo, “o que resta é sempre o princípio feliz de alguma coisa”.
Isabel Rio Novo publicou a primeira grande bibliografia sobre Agustina Bessa-Luís •
autora e da sua obra em epígrafe, no corpo do próprio texto, bem como a relação entre a sua escrita e a sua própria vida, da forma como a vida dá corpo à ficção agustiniana. Conforme será referido na entrevista, esta biografia, apesar de aguardada com expectativa, tem sido igualmente recebida com alguma polémica. O editor da Contraponto, Rui
Couceiro, tenta justamente destrinçar essa confusão no Jornal de Letras (10 a 23 de Abril), em resposta às acusações tecidas por Mónica Baldaque, a filha de Agustina, numa entrevista ao semanário Sol, em que acusa e censura o trabalho da biógrafa aqui entrevistada, cuja candidatura a membro do Círculo Agustina Bessa-Luís foi inclusive negada em Outubro de 2018.
Agustina nasceu em Vila Meã no dia 15 de Outubro de 1922. No início de 2007, terá sofrido o primeiro de um conjunto de micro-acidentes vasculares cerebrais. O seu último romance, A Ronda da Noite, surgiu no final de 2006 e pode ter dado origem ao filme homónimo de Peter Greenaway (Nightwatching, no original), realizado no ano seguinte.
Alguém escreveu que a biógrafa evidencia contenção emocional mas permitimo-nos discordar. Numa contemporaneidade em que a ficção literária cruza ensaio e autobiografia, é justo também sentirmos esta biografia como uma autobiografia? Penso que a intenção do editor Rui Couceiro, ao convidar para esta coleção de biografias de grandes figuras do século XX autores romancistas, era fazer com que estas narrativas biográficas, mais do que meras resenhas cronológicas ou repositórios
CULTURA • SUL
10 de Maio de 2019
de factos, pudessem ser lidas como literatura de não ficção. Identifico-me completamente com o posicionamento daqueles que defendem que o biógrafo deve deixar transparecer a sua sensibilidade, o seu olhar, a sua presença, e não ter receio de estabelecer uma relação afetiva com o biografado e com os factos narrados. François Dosse, um biógrafo francês que aprecio, fala mesmo da importância da encenação da relação entre o biógrafo e o biografado. Por isso, não receei colocar-me no livro; pelo contrário, assumi essa postura, que para mim era a única que fazia sentido. O que, no entanto, me parece perfeitamente compatível com a contenção emocional, já que procurei evitar grandes derrames de subjetividade e não cair na lamechice. Quanto aos rótulos e à discussão sobre géneros, deixo-a para os críticos e os teóricos…
go por sua iniciativa. E muitas não me ofereceram apenas entrevistas ou depoimentos. Franquearam-me os seus arquivos privados, disponibilizaram correspondência e outros documentos raros, chamaram-me a atenção para publicações obscuras, escritos dispersos e ocasionais, sugeriram-me outros entrevistados. A consulta da correspondência de Agustina, espalhada por diversos arquivos e espólios, foi determinante para a compreensão da faceta mais privada da autora, por assim dizer. Procurei também conhecer ou revisitar os cenários mais importantes da vida da minha biografada. A visita aos lugares é muito importante para mim, mesmo quando escrevo um romance.
A Isabel revela-nos sobre si, e mesmo quando tenta a imparcialidade, em momentos menos bons da vida de Agustina, sente-se a sua admiração pela escritora ao mesmo tempo que desvela um pouco de si própria. Considera que esta biografia foge aos moldes, porque se quebraram as regras da biografia assim como as do romance, ou não foi pensado dessa forma? Pois, voltamos à questão dos géneros e das classificações. Como romancista, é verdade que, à semelhança de muitos autores que escrevem na atualidade, me interessa cada vez mais apagar as fronteiras entre romance, biografia, ensaio, explorar os limites da ficção e da não ficção. Ao fim e ao cabo, penso que ao leitor interessa sempre mais a qualidade do que vai ler do que a sua catalogação. No caso da escrita biográfica, quanto a mim, o escritor deve assumir uma responsabilidade para com a verdade que não anule a imaginação.
A biografia concretiza-se sem o aval da família, constando-se aliás que a Relógio d’Água que comprou os direitos da autora à Babel, numa situação bastante polemizada, já encomendou uma biografia oficial ao historiador Rui Ramos. Este constrangimento parece, aliás, ter-lhe conferido liberdade, apesar de não poder beneficiar do acesso ao arquivo familiar da autora. O que nos pode dizer sobre esta não-autorização? Em relação à cronologia dos factos relativos a edições e ao posicionamento da família de Agustina, não tenho nada a acrescentar ao que o editor Rui Couceiro explicou recentemente no Jornal de Letras, aliás, de forma cabal e inequívoca. No que respeita à não autorização propriamente dita, apenas posso dizer que a encarei não como uma interdição, mas como um estímulo. Sobre a obra e a vida de Agustina Bessa-Luís podem e devem escrever-se várias biografias, porque a sua vida e obra extraordinárias assim o justificam. Como tenho dito várias vezes, cá estarei para ler todas as que forem surgindo.
A consulta da correspondência de Agustina foi determinante para a compreensão da faceta mais privada da autora Calculo que tenha sido um trabalho árduo, não só por ouvir tantas partes, como pesquisar as mais variadas fontes documentais, e reler toda a obra da autora. Como se mantém o norte num projecto destes? Como em qualquer projeto de
Sobre a obra e a vida de Agustina Bessa-Luís podem e devem escrever-se várias biografias
Obra inaugura uma coleção de biografias de grandes romancistas do século XX •
investigação que se pretende extensivo e rigoroso. Definindo um cronograma e uma metodologia, ainda que depois esse cronograma e essa metodologia sejam progressivamente reequacionados à medida que o trabalho progride.
desde o início do milénio. Em seguida, recolhi todas as parcelas de informação que fui encontrando: resenhas biográficas, entrevistas que Agustina concedeu e outras peças jornalísticas sobre a escritora, documentários, registos oficiais, sendo que uns iam
O biógrafo deve deixar transparecer a sua sensibilidade Qual foi a sua rotina de trabalho? A sua metodologia? Comecei por reunir os documentos e ficheiros que possuía sobre a obra de Agustina, já que venho trabalhando sobre ela em contexto universitário
fornecendo pistas para procurar outros. Ao mesmo tempo, elaborei um plano de entrevistas. Não consegui entrevistar todas as personalidades que constavam dessa lista inicial. Em contrapartida, muitas vieram ter comi-
Pode esta biografia levar a outros textos? Surgiram-lhe outros projectos? Nunca se pode dizer que um livro não possa dar origem a outros textos. Neste momento, por exemplo, dei por concluído um romance que estabelecerá pontes com um conto que publiquei há algum tempo e que creio que dará origem a outra narrativa. No
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que toca a Agustina, de concreto, para já, há apenas o projeto de gizar o plano de uma comunicação para um congresso acerca das relações entre Agustina, Sophia e Jorge de Sena. Apesar de termos quase 100 páginas de notas, e um índice remissivo, sente-se a falta de uma fotobiografia e de uma bibliografia da autora. Estas hipóteses foram levantadas pela editora? Não incluir no livro uma iconografia foi opção do editor, opção que, aliás, se estenderá aos restantes volumes da coleção. A questão do índice de obras da autora foi equacionada, mas optou-se por não a incluir, ainda que não esteja posta de parte a hipótese de fazermos esse e outros ajustes em futuras reedições. A dada altura, o fôlego da biografia parece perder-se, mas não a narrativa nem a riqueza da informação. Será que Agustina, deixando-nos tão magnífico legado, com mais de 50 obras, vivia tão devotada à escrita que pode ter passado ao lado da vida? Parece? Não senti isso, confesso. A vida de Agustina era a escrita, como a própria admitiu e esclareceu, muitíssimas vezes. A rotina de trabalho que consolidou ao fixar-se definitivamente no Porto, nos anos 70, implicava uma dedicação total à escrita, uma entrega de natureza quase mística, com a relegação para segundo plano de tudo o resto. Por isso, ao lado da vida, pelo menos tal como ela a entendia, Agustina não passou, certamente. Percebe-se no texto, mas gostava de saber qual é a sua obra favorita de Agustina? No capítulo final, refiro alguns dos meus livros favoritos de Agustina: Um Cão que Sonha, Embaixada a Calígula, Fanny Owen, Homens e Mulheres, A Ronda da Noite. Tenho de escolher só um? Vou fazer batota, e escolher dois. Fanny Owen foi, até 2006, o meu favorito. Tem tudo para me agradar: a sombra de Camilo, a revisitação do imaginário romântico, grandes temas agustinianos, como o das pulsões misteriosas que comandam as personagens, e implicitamente, até Manoel de Oliveira, que o adaptou para cinema. Mas em 2006 surgiu o extraordinário A Ronda da Noite, repleto de enigmas e de ressonâncias autobiográficas, o que, para uma biógrafa… l pub
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ARTES VISUAIS •••
Porquê colocar questões sobre artes visuais? Saul Neves de Jesus
Professor Catedrático da Universidade do Algarve; Pós-doutorado em Artes Visuais; https://saul2017.wixsite.com/artes
Em 2011 respondemos positivamente ao convite para colaborar no Cultura.Sul. Estávamos a realizar um Pós-Doutoramento em Artes Visuais e sentimos que poderíamos ajudar a esclarecer algumas dúvidas que por vezes são colocadas por quem aprecia arte. Daí termos decidido escrever os artigos a partir de uma questão que colocávamos como título. A colocação de uma pergunta poderia suscitar a curiosidade do leitor, mas sobretudo é a primeira etapa para a construção de qualquer tipo de conhecimento, inclusivamente o científico. A colocação de uma boa pergunta de partida permite delimitar desde logo o caminho a seguir no processo de investigação que procurará encontrar resposta para a questão colocada. E o nosso objetivo era precisamente contribuir para clarificar dúvidas que as pessoas muitas vezes colocam em relação às artes visuais e, dessa forma, contribuir para uma maior valorização deste domínio e ajudar a construir algum conhecimento sobre este o mesmo. Assim, no primeiro artigo que escrevemos em 2011 procurámos responder à questão “Mas, afinal, o que é a arte?”. Esta é precisamente uma questão que muitas pessoas colocam face à cada vez maior diversidade dos produtos artísticos que se podem encontrar em exposições. Concluímos este primeiro artigo afirmando que “sendo a arte uma forma de comunicação, afinal aquilo que não parece ter sentido até tem; temos é que o tentar descobrir, sendo esse também um dos desafios da arte”. A partir daí fomos escrevendo artigos, tendo os primeiros 11 sido integrados no livro “Construção de um percurso multidisciplinar, integrativo e de síntese nas Artes Visuais”, que publicámos em 2015. Na Introdução deste livro, explicitámos que, com os artigos publicados, “não procuramos a resposta correta ou adequada para cada questão, até porque não
existe, mas sim tentamos esclarecer cada uma dessas questões pela nossa curiosidade e gosto pela arte, procurando aprofundar, simultaneamente, alguns aspetos que ajudam a compreender o trabalho artístico que temos realizado e as opções que temos tido neste percurso.” Pensámos em ficar por aí, até porque o tempo que temos para o efeito é muito reduzido, mas com as palavras de incentivo de vários leitores e pela nossa própria curiosidade e prazer pela pesquisa neste âmbito, fomos continuando a escrever, sempre colocando uma questão no título de cada artigo. Não é um processo fácil e nunca pensámos escrever tantos artigos, mas o que é certo é que, com a atitude que procuramos ter em relação a tudo na vida em que “o caminho faz-se caminhando...”, no último número do Cultura.Sul escrevemos o nosso quinquagésimo artigo, intitulado “Pode a arte contribuir para a paz?”. Decidimos neste artigo nº 51 apresentar as 50 questões colocadas nos artigos escritos ao longo destes vários anos, podendo o leitor, na versão digital do Cultura.Sul, ter acesso a cada um dos artigos, ao clicar no respetivo título. Assim, os títulos dos artigos publicados foram os seguintes:
d.r.
À questão “quantas mais questões iremos colocar?” ou “quantos mais artigos iremos escrever?”, não sabemos responder. Mais uma vez, “o caminho faz-se caminhando”...
Capa do livro “Construção de um percurso multidisciplinar, integrativo e de síntese nas Artes Visuais”, de Saul de Jesus (2015) •
▪ Mas, afinal, o que é a arte?
▪ Quais as fases no desenvolvimento histórico das relações entre a pintura e a fotografia?
▪ Mas isto é arte?
▪ Pode uma imagem visual sintetizar ideias complexas?
▪ Qual a importância do título numa obra artística?
▪ Pode uma imagem visual sintetizar questões psicossociais complexas e atuais?
▪ Qual a importância do pensamento na produção artística?
▪ O Algarve apenas serve para fruir das Artes Visuais?
▪ As obras com texto escrito podem ser arte visual?
▪ O que é o stresse? Resposta através da imagem visual.
▪ Um artista pode ser enquadrado em diferentes estilos artísticos?
▪ Pode a ilustração expressar visualmente a realidade?
▪ A arte e a ciência são mundos diferentes?
▪ Quais os limites para o uso do corpo humano na arte?
▪ As descobertas da ciência podem ser fonte de inspiração artística?
▪ Qual o “peso” de se saber quem é o autor da obra?
▪ Qual o “lugar” da Psicologia da Arte?
▪ Pode a arte emergir a partir do “lixo”?
▪ Qual a importância do reconhecimento da criatividade dos artistas?
▪ A arte urbana tem uma duração limitada?
▪ Qual a margem de liberdade do artista na realização da sua obra?
▪ Pode a arte emergir da natureza?
▪ Qual a importância da cor nas artes visuais?
▪ A “rua” pode ser uma galeria de arte?
▪ Qual a importância da cor nas artes visuais? (século XIX e início do século XX)
▪ Pode a arte motivar?
▪ Qual a importância da cor nas artes visuais? (do século XX à atualidade)
▪ Qual o impacto sociopolítico da arte?
▪ Qual o sentido das artes visuais?
▪ Podem as guerras “inspirar” obras de arte?
▪ A fotografia no desenvolvimento das artes visuais?
▪ Podem as artes visuais expressar felicidade?
▪ A fotografia pode ser considerada uma forma de arte, tal como a pintura?
▪ Porquê colecionar obras de arte?
▪ A fotografia é arte visual?
▪ Pode a arte ajudar a promover o turismo urbano?
▪ Como se podem integrar a fotografia e a pintura na produção artística?
▪ A dimensão das obras de arte altera a sua perceção?
▪ Qual o “espaço” para a arte digital na atualidade?
▪ Pode ser criada arte a partir da poluição?
▪ O espetador pode ser criador/artista na arte interativa?
▪ Pode a arte ajudar a proteger os oceanos?
▪ Onde está a “pureza” na produção artística?
▪ Pode a arte visual ser “expressa” para os cinco sentidos?
▪ Quais os limites para a integração de técnicas nas artes visuais?
▪ Pode a arte fazer a ponte entre a realidade e a ficção?
▪ Pode a arte estar ligada ao turismo?
▪ Pode a arte influenciar a política?
▪ Qual a importância da formação para se ser artista?
▪ Pode a arte contribuir para a paz? l
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FILOSOFIA DIA-A-DIA •••
Maldita ou bendita confusão? Maria João Neves Ph.D Consultora Filosófica
O que acontece quando duvidamos sem cessar? Quando em certos dias pensamos A, noutros B, noutros ainda C. Pior um pouco, que acontece quando em certo momento pensamos A e no momento seguinte pensamos exactamente o oposto, não A; a seguir B, e logo após não B? A confusão toma conta de nós. É exasperante! O problema reside em que a confusão não se dissipa por decreto. A vontade, mesmo que poderosa, resulta impotente quando de confusão se trata. Se compelidos a isso, podemos obrigar-nos a decidir, atirar uma moeda ou utilizar qualquer outro método de sorteio aleatório. Contudo, isso não significa que a confusão se tenha dissipado. Actos voluntariosos ou decisões precipitadas tomadas em estado de confusão podem ter consequências nefastas, sobretudo em assuntos em que não haja retorno. Os filósofos Antoine Arnauld e Pierre Nicole alcançaram a notoriedade no meio intelectual setecentista ao serem
co-autores do livro A Arte de Pensar, que foi considerado obra de referência no campo da lógica por mais de dois séculos. Nele se afirma, precisamente, que as propriedades básicas das ideias são a clareza e a confusão. A clareza de ideias é sinónimo de vivacidade; o seu oposto é a obscuridade. A confusão de ideias surge quando várias delas são conectadas por julgamentos falsos. Por sua vez, a confusão produz obscuridade. No extremo oposto à confusão de ideias está a distinção. As ideias oscilam nesta escala sendo, portanto, a clareza e a confusão uma questão de grau. Vejamos, “a ideia simples de dor, por exemplo, é uma ideia clara e distinta de um estado sensorial na mente, e a ideia da dor na mão é uma ideia composta e confusa de algo na mão que se parece exatamente com a dor. Sendo confusa, a ideia também é obscura, porque o que está na mão que se parece exatamente com a dor ‘não está claro para nós’”. Descartes foi quem primeiro estabeleceu como critérios de evidência a clareza e a distinção O filósofo René Descartes, no século XVI, foi quem primeiro estabeleceu como critérios de evidência a clareza
e a distinção. Estes seriam, pois, os identificadores da verdade. Porém, sendo a dúvida e a confusão experiências incontornáveis da natureza humana Descartes conseguiu descobrir o seu lado positivo: se duvido é porque penso, penso logo existo. E é assim que a confusão da dúvida dá lugar à verdade apodíctica da existência! Já Platão, no século IV a.c., na famosa “Alegoria da Caverna” descrita na República, nos mostrava como o caminho rumo à verdade implica estados de grande confusão. Recordemo-la de forma sintética: prisioneiros observam sombras de objectos projectadas no fundo de uma caverna, acreditando piamente que o que vêem é a realidade. Se alguém soltasse um deles e o forçasse a “voltar o pescoço, a andar e a olhar para a luz, ao fazer tudo isso, sentiria dor, e o deslumbramento impedi-lo-ia de fixar os objectos cujas sombras via outrora”. Qualquer um de nós ficaria ofuscado ao passar, de repente, de um ambiente mais sombrio para um ambiente mais luminoso. É precisamente isto que sucede quando um estado acutilante de confusão se instala. A ofuscação é dolorosa, difícil de suster, de forma que tendemos a voltar para trás, a regressar à zona mais sombria onde nos sentíamos confortáveis. A confusão não é
apenas cognitiva, existe também uma componente emocional. Quando Platão nos fala do caminho ascendente que conduz da vida errónea das sombras, à saída da caverna onde se contempla a verdade solar, podemos perceber que este é um caminho que supõe muitos estados de ofuscação. O aumento de luminosidade requere sempre um tempo de habituação, por vezes demorado. Mas este tempo é doloroso. O incremento de luz magoa. Que fazer então? d.r.
A aceitação da confusão é o primeiro passo em direcção à clareza A aceitação da confusão é o primeiro passo em direcção à clareza. É preciso parar. Não se pode caminhar sem ver. É preciso contrariar a vontade de regressar à zona de conforto, de andar para trás, e admitir ficar parado na zona inóspita sem saber quando é que os olhos se habituarão e se conseguirá
progredir. É absolutamente necessário parar. Porém, há que parar com delicadeza. Este é o momento em que nos temos de encher de compaixão por nós próprios, em que temos de ter paciência para connosco, em que devemos tratar-nos com carinho. Embora o impulso primordial seja tentar escorraçar com raiva a confusão para nos livrarmos dela o mais rapidamente possível, devemos fazer precisamente o contrário. Convidar a confusão a sentar-se e oferecer-lhe um chá quente com bolachinhas. Agir com delicadeza ajuda a recuperar o bom senso, a mente flexibiliza-de e conseguirá abrir-se a novas possibilidades. E se experimentássemos olhar para a nossa confusão, sem raiva mas com curiosidade? John Welwood, psicoterapeuta americano, afirma no su livro Alquimia do Amor o seguinte: “quando estamos no limite, muitas vezes sentimos ao mesmo tempo o desejo de expandir-nos para novos territórios, e o medo de fazê-lo. Ser gentil significa admitir ambos os lados daquilo que estamos a sentir, em vez de forçar-se a ir para a frente ou assustar-se até recuar. Isso ajuda-lo-á a relaxar, a permanecer presente e a ver o que acontece a seguir.” Experimentamos? O Café Filosófico celebra este mês quatro anos! Venha daí pensar e celebrar connosco! l Inscrições para o café Filosófico: filosofiamjn@gmail.com
MARCA D'ÁGUA •••
Jacques Delors, a Europa e os Pilares do Conhecimento
Maria Luísa Francisco Investigadora na área da Sociologia; Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
luisa.algarve@gmail.com
Estamos no mês em que temos um acto eleitoral a nível europeu e o dever cívico de votar. É importante votar nas próximas eleições, entre várias razões, porque “é preferível assumir a responsabilidade pelo futuro do que culpar os outros pelo presente”. Vivemos num mundo cada vez mais globalizado e competitivo, e embora a
democracia seja considerada como um dado adquirido, esta também parece estar sob ameaça crescente, tanto nos princípios como na prática. A história da Europa é a história dos seus extremos, tanto foi berço dos direitos humanos como foi o albergue de devastadoras intolerâncias. Possamos todos contribuir para uma Europa mais unida, apesar das suas diversidades e, como referiu Jacques Delors, uma Europa “mais forte porque solidária, mais influente porque poderosa e generosa”. Escolho, muito brevemente, falar-vos deste cidadão francês que teve um papel relevante na Europa a nível político, económico e educacional. Estudou Economia na Sorbonne e em 1981 foi nomeado ministro da Economia e das Finanças do seu país. Entre 1985 e 1995 presidiu à Comissão Europeia e contribuiu para a implementação de uma série de me-
didas fundamentais para a criação da União Europeia (UE). Em 1993 foi convidado a presidir à Comissão Internacional de Educação para o Séc. XXI. Dessa Comissão saiu um relatório para a UNESCO, tendo sido Jacques Delors organizador e autor. O título que deu a esse importante documento foi: Educação, um Tesouro a descobrir publicado em 1999 e no qual se exploram os Quatro Pilares da Educação ou Pilares do Conhecimento. Quatro Pilares e um tesouro a descobrir O quarto capítulo do relatório, transformado em livro, é dedicado aos referidos quatro pilares onde se propõe uma educação direccionada para quatro aspectos fundamentais: - aprender a conhecer - aprender a fazer - aprender a viver com os outros
- aprender a ser No desenvolvimento de cada pilar está a aprendizagem como uma riqueza fundamental. O conhecimento como chave que levará à compreensão de aspectos cruciais, tais como percebermos quem somos, compreendendo-nos a nós próprios e aos outros. Aprender a viver e a conviver com os outros talvez seja o maior desafio dentro dos pilares apresentados. A maior parte da história da humanidade é marcada por guerras e conflitos resultantes da dificuldade de convivência entre grupos, tal como da dificuldade de resolução de conflitos de modo não violento. O desafio é certamente construir uma educação que estimule a convivência entre diferentes grupos e ensiná-los a lidar com a diferença de forma pacífica. A construção de uma cultura de paz que faça parte do dia-a-dia depende da capacidade de viver e conviver com os outros.
d.r.
Em 2012 foi atribuído o prémio Nobel da Paz à União Europeia pelo seu contributo para a paz e a reconciliação, a democracia e os direitos humanos. Jacques Delors disse na altura que o prémio tem uma mensagem política e moral na medida em que reconhece países que, renunciando a atitudes do passado, fizeram a paz entre eles. Referiu também que “este prémio mostra que os valores da solidariedade e da confiança podem levar a um mundo melhor”. Que a União Europeia seja um espaço de cultura de paz, que continue a preservar os valores imateriais da sua construção, que são a solidariedade, a segurança e a diversidade e possa assim ser parte e contributo para uma Europa mais fraterna. l
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ESPAÇO AGECAL •••
Sobre a ideia de uma “cultura europeia” d.r.
Jorge Queiroz
Direção da AGECAL - Associação de Gestores Culturais do Algarve
Os eleitores dos países integrantes da UE vão eleger este mês os seus representantes no Parlamento Europeu. Constata-se que estas eleições, sendo muito importantes face aos problemas globais e continentais, surgem menos mobilizadoras da atenção e do interesse dos cidadãos comparativamente com eleições nacionais, regionais ou municipais. A construção do projecto europeu e suas prioridades políticas, baseadas numa visão da Europa como espaço predominantemente económico e financeiro, dependente da NATO no plano estratégico-militar, tutelada por “grandes países” que decidem, causaram desconfianças, diminuição da coesão interna, incumprimentos de regras e mesmo um processo de abandono. Sobre a cultura existem percepções contraditórias ou mesmo erróneas. Existe uma “cultura europeia” ou será esta uma tentativa de criação da integração europeia? Considero que não existe “cultura europeia” por diversas razões. A primeira é porque a génese civilizacional da Europa actual teve origem no espaço geocultural do Médio Oriente, greco-romano, bizantino, judaico-cristão e muçulmano, que geograficamente abrangeu também o norte de África, o designado mundo cultural mediterrânico que influenciou todo planeta. A esta
Jorge Queiroz considera que não existe “cultura europeia” por diversas razões •
cultura mediterrânica somaram-se as culturas germânicas, celta e eslava que absorveram conhecimentos técnico-científicos e artes e criaram derivações do cristianismo medieval, o protestantismo e as culturas religiosas ortodoxas e outras. As culturas do norte europeu começaram a assumir uma importância real a partir do seculo XVI com a conquista do Mediterrâneo e o surgimento do capitalismo monopolista que, como Fernand Braudel observou, possui estruturação diferente de uma economia de trocas mais igualitárias como foi da economia mercantil mediterrânica. A Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX trouxe um novo modelo económico e produtivo que
induziu alteração de valores. Existem, pois, culturas europeias que se influenciaram mas que hoje não constituem uma cultura. A UE é um projecto político de grande diversidade, nela coexistem 28 Estados, monarquias e repúblicas, com 23 línguas oficiais e integra três grandes espaços geoculturais, anglo-saxónico, eslavo e greco-latino-mediterrânico, com tradições e formas de viver diferenciadas. A cultura é o elemento central da vida dos povos, incorpora valores que expressam aspirações e definem comportamentos sociais. No Tratado de Roma (1957) a cultura era ainda uma mera referência no preâmbulo do documento. Foram necessárias várias
décadas para que, a partir do Tratado de Maastricht de 1992, por necessidade de maior integração, se começasse a falar de “cultura europeia”. Surgiram os primeiros programas europeus para a cultura, Caleidoscópio (1996), Ariane (1997), Rafael (1997-2000), Europa 2000 e Europa Criativa (2014-2020). As capitais europeias da cultura tinham sido criadas em 1985 por iniciativa grega. Para o período de 2021-2027 está prevista a continuidade do “Europa Criativa” dotado de 1081 mil milhões para os “media”, 609 milhões de euros para a cultura e 160 milhões para o intersectorial. Continua comparativamente diminuta a expressão desta dotação, o PIB da UE foi em 2018 de
15.869 mil milhões e o orçamento de fundos para os próximos sete anos ultrapassará os 50 mil milhões. A política da UE continuará a dar importancia ao audiovisual, ao digital e às indústrias “criativas”, numa lógica de prioridade ao mercado, perseguindo uma hipotética perspectiva de criação da “nova cultura europeia”, com produtos para o consumo global massificado, secundarizando áreas relacionadas com a preservação e valorização da herança cultural, o património cultural material e imaterial, ou promoção dos valores definidores da cultura e da história dos povos. As culturas não se criam nos gabinetes ou em laboratórios de engenharia social, não têm apenas uma vertente tecnológica e económica, possuem sobretudo dominantes espiritual-simbólica e patrimonial. O pensamento neoliberal, que se define pela primazia do mercado e submissão às suas leis, está votado ao fracasso por razões de sobrevivência ambiental global e também pelo evidente desejo de preservação da herança cultural e também razões de economia nacional. As Convenções da UNESCO são bastante mais consentâneas com as necessidades de preservação da diversidade cultural do mundo e da cooperação internacional, que os programas da UE que continuam imbuídos de uma visão eurocêntrica e globalizadora. Portugal passou, nos últimos dois séculos, por diversas fases e discursos sobre a identidade nacional. Nesta fase “europeia” seriam preferíveis políticas culturais influenciadoras de abertura, com maior atenção e meios para o aprofundamento da relação e presença portuguesa no mundo, com elevado potencial e expressões humanística, histórica, linguística e patrimonial, claramente superior à geografia ou demografia do próprio País. l
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REFLEXÕES SOBRE URBANISMO •••
O ordenamento do território e os espaços verdes Teresa Correia
Arquitecta / urbanista arq.teresa.correia@gmail.com
O estado dos nossos espaços verdes Uma cidade que se pretenda equilibrada ambientalmente requer um rácio adequado de Espaços Verdes por Habitante, o que gera uma questão interessante, qual é o mecanismo de controlo que possuímos para avaliar se estamos no bom caminho neste âmbito? O único mecanismo em termos de PDM que existe é apenas as cedências para Espaços Verdes aquando de um loteamento ou uma operação urbanística de impacte relevante. Na elaboração de um PP ou de um PU, serão permitidas afetações superiores do definido na portaria que atribui os parâmetros urbanísticos para este tipo de espaços. Porém, a maioria pela falta de qualidade, tantas vezes, não se tornam operacionais, o que resulta num maior descrédito do planeamento. Na gestão corrente de uma autarquia, os espaços verdes são sempre um custo elevado, ao qual nem sempre se dá a atenção devida, ou nem sempre são supervisionadas por técnicos devidamente qualificados,
gerando, por vezes, fracos resultados operacionais. Porém, será facilmente compreendido que a qualidade de uma cidade, para além do seu Património Arquitetónico também se avalia pela sua qualidade paisagística e, logo também pelos seus Espaços Verdes. Qual é o Estado dos nossos Espaços Verdes Urbanos? É uma avaliação que ainda está por fazer numa cidade como Faro, não existindo uma plataforma informática ou um investimento sério nessa temática que possa monitorizar a sua evolução ao longo do tempo. A perceção do cidadão comum é que estamos mais reduzidos, porque visualiza-se um maior corte, ou porque não temos uma nova área verde significativa, possuindo apenas intervenções pontuais. Porém, não existe um método científico que possa dar uma resposta segura sobre qual a evolução da nossa cidade no que diz respeito ao aumento ou diminuição dos seus espaços verdes ou até das suas espécies arbóreas. Valorização dos nossos espaços verdes A valorização dos nossos espaços verdes é uma necessidade premente, face a todos os riscos de alterações climáticas e face aos efeitos de aumento de temperatura já evidentes de ano para ano.
As áreas verdes das cidades são espaços de tranquilidade e de bem estar para a população, que muitas vezes estão também associadas ao desporto informal. As questões de ambiente passam ainda pela manutenção deste tipo de espaços, sendo imperioso da parte das autarquias, o cuidar e recuperar o que já se encontra perdido, sob pena de destruir todo um investimento. Tive o privilégio de trabalhar para o desenvolvimento do Parque Ribeirinho de Faro, que apesar de todas as contrariedades foi conseguido. Seria bastante interessante conseguir prolongá-lo para a outra margem e levá-lo mais longe. A valorização dos nossos espaços verdes é também conseguida pela replantação e alteração para espécies autóctones mais adaptadas ao nosso clima, assim como pela alteração de paradigma da redução dos pequenos canteiros para uma conceção de espaços com dimensão significativa que permita a sua fruição. A utilização de uma eficiente rede de rega associado à monitorização e controlo por sensores são uma valia da tecnologia atual que permite grandes poupanças de água e de energia. Esta é uma vertente das cidades inteligentes que não foi ainda explorada devidamente, sendo, no entanto, os privados que promovem nos seus espaços mais contidos, os primeiros projetos pilotos.
d.r.
As áreas verdes das cidades são espaços de tranquilidade e de bem estar •
Reflexão sobre o nosso jardim de criança Quem não se lembra de visitar um parque em criança e a satisfação de percorrer livremente em harmonia com o ambiente? Como é possível esquecer o momento de contacto com a Natureza? Todos necessitamos do nosso Jardim de criança, que fique no imaginário, para sempre, como um espaço pleno de felicidade e de sã convivência entre gerações. Estes jardins podem existir por bairros ou por unidades funcionais, de forma mais natural em áreas mais amplas, mas regulares, sem que seja só num ou dois locais numa cidade.
O planeamento deveria ajudar a que este tipo de ambientes fosse criado, porém, é complicado quando tudo depende unicamente do loteamento. Os investimentos em áreas de maior dimensão exigem iniciativa pública, e um trabalhar a longo prazo, que tantas vezes não é compatível, com os mandatos autárquicos ou mesmo com as regras do sistema de hoje. As propostas são fortes nos Planos de Pormenor, mas o equilíbrio financeiro das suas realizações é débil, pelo que à mínima crise fica-se paralisado. É urgente planear para um futuro mais verde, mas coerente, com um sistema urbano inteiro e funcional. Disso, irá depender a qualidade de vida das populações das nossas cidades. l
ESPAÇO ALFA •••
O olhar fotográfico da ALFA para além das muralhas da cidade velha Rosária Pacheco Secretária da ALFA
A ALFA – Associação Livre Fotógrafos do Algarve tem o privilégio de se encontrar sitiada dentro das muralhas históricas da cidade velha. Quem visita a Torre da Sé Catedral pode avistar, entre os múltiplos telhados rendilhados,
traça arquitetónica tão emblemática do Algarve, o seu telhado, e perceber como a Galeria Arco possui uma das vistas mais emblemáticas da região: a Ria Formosa. Mas, sendo a Alfa uma associação cuja ação se estende a todo o Algarve, o seu olhar fotográfico não consegue esquecer toda a beleza natural e patrimonial existente no interior algarvio, território este, que se estende desde o barrocal até à serra. Esta inquietude própria dos fotógrafos apaixonados pela arte de captar o belo e interessante que a
vida nos oferece a cada instante, leva-nos a querer empreender um projeto que visa estender a nossa arte fotográfica até estas regiões tão ricas em património humano e cultural, divulgando o que ainda se faz de bom nas nossas aldeias algarvias, pérolas patrimoniais da nossa região que conservam ainda intactas muitas das tradições do passado e, algumas delas, continuam ativas com os olhos postos num futuro que quer combater a desertificação crescente destas regiões mais remotas. Levar a nossa arte fotográfica
até às aldeias e suas gentes, através de passeios fotográficos com um objetivo de interesse público que levará posteriormente à divulgação de todo o património existente, quer humano, quer cultural, quer arquitetónico, quer natural, será um caminho a empreender na ação dinamizadora que a ALFA quer levar a cabo nos próximos anos. Um projeto que se encontra em fase inicial e que pretende contribuir para a valorização humana e cultural do nosso património mais escondido. l
d.r.
••• ROTEIRO GASTRONÓMICO
10 de Maio de 2019
d.r.
AVENIDA Restaurante
Avª José da Costa Mealha, 13 – Loulé
968 839 055
37.317384, -8.799203
oavenida.1929@gmail.com
Das 12h às 15h e das 19 h às 22h (encerra ao domingo)
13.50€ a 20€
d.r.
De influência mediterrânica com apontamentos franceses e italianos, o Restaurante Avenida, no centro de Loulé desde 1929, retrata sobretudo o melhor da cozinha portuguesa. Embora as bochechas de porco preto com vinho tinto sejam uma referência a ter em conta, o magret de pato com laranja, a massinha de tamboril com salmão e amêijoas ou as simples pataniscas de bacalhau com arroz de berbigão acompanhadas por um dos néctares da diversificada garrafeira deixa qualquer um inebriado com os sabores. E a carta de bifes da vazia?.... carne em processo de maturação 21 dias, só pode ser magnifica! Quem provou diz que é inesquecível! Comida feita com produtos de qualidade, frescos, feitos com o coração.
PRATO EMBLEMÁTICO
RISOTTO DE TAMBORIL C/GAMBAS E MARISCOS
d.r.
Restaurante TABERNA REMEXIDA A TABERNA REMEXIDA é o restaurante da Quinta da Fornalha, uma quinta ecológica parcialmente inserida na Reserva Natural do Sapal em Castro Marim que recupera a cultura tradicional algarvia da produção agrícola. Num espaço confortável e informal, foi recriado com mestria e carinho o tradicional da tasca algarvia, seguindo os critérios de transformação criativa, maximização de recursos locais e naturais, envolvência de sentidos e consciência do lugar, da cultura e biodiversidade que os rodeia. São utilizados produtos locais, frescos e sazonais na elaboração dos menus e petiscos, com especial destaque para as tábuas de degustação, onde mar e salina, serra e horta biológica se misturam para criar uma viagem no palato algarvio. Na carta de bebidas podem-se encontrar sumos naturais, vinhos biológicos e cervejas artesanais do Algarve. 926 122 969
37.210561, -7.486749 Até 31 maio, das 18h às 22h (sex e sáb até 24h) Encerra à segunda-feira. A partir de 1 junho das 18h às 24h
remexida@quinta-da-fornalha.com 15€ a 20€
d.r.
Quinta da Fornalha – Castro Marim
PRATO EMBLEMÁTICO
TÁBUA ALGARVIA Carapaus alimados, estupeta, queijo fresco de cabra, muxama, anchova de biqueirão, figo fresco, doce e chutney de figo, amêndoas e figos torrados com piri-piri. Nesta foto aparece uma salada de beringela mas atualmente servimos com batata doce ou salada com legumes grelhados.
Restaurante VÁRZEA
d.r.
18
282 994 043
37.317374, -8.799207
facebook.com/restaurantevarzea/
Das 12.30h às 22h (no verão, das 12.30 às 15h e das 19 às 22.30h (encerra à terça-feira)
18€
d.r.
Quinta do Sabugueiro, EN 120 – Aljezur
O VÁRZEA é um restaurante que oferece uma cozinha moderna com raízes na gastronomia portuguesa. O objectivo é realçar os produtos locais e regionais e, através deles, preservar as produções sustentáveis. Prova disso, próximo da esplanada, a horta orgânica cresce e enriquece os pratos. Nasceram assim, pelas mãos do chef Luigi Gautero, pratos de assinatura única como as "Bochechas de Porco Preto à Várzea", o prato vegetariano "Bio-Horta à Brá"s, o petisco "Atum na Horta" (com gelado de Limão e manjericão!) e a "Xara de Polvo da Costa", entre tantos outros. Na Tajine Royale, as salsichas de borrego estilo marroquinas "Merguez", são produzidas no restaurante, com carne 100% de borrego churro biológico criado em Tavira. A selecção de vinhos é extensa e bem curada. Com o Castelo de Aljezur como pano de fundo, aprecie uma das deliciosas sobremesas de autor, como por exemplo o "Bom-Bom de Batata Doce".
PRATO EMBLEMÁTICO
BIO-HORTA À BRÁS Esta reinvenção do tradicional bacalhau à brás oferece ao cliente uma versão vegetariana, saborosa, com legumes da nossa horta orgânica. O mais vendido é, no entanto, o "Lombo de Leitão nas Brasas"! Prato favorito do chef: "Pica-Pau do Mar".
ROTEIRO GASTRONÓMICO •••
10 de Maio de 2019
Teresa Fernandes coordena Encontro “PURA 2019 - Comunicar como Água” d.r.
Teresa Fernandes, da Águas do Algarve, integra a organização do encontro O Encontro “PURA 2019 – Comunicar como Água” realiza-se na próxima
terça-feira, 14 de Maio, entre as 9:30 e as 17:20 horas, no Convento de S.
Francisco, em Coimbra, e conta com a participação de Teresa Fernandes, da empresa Águas do Algarve, que abrirá o evento. O encontro tem como objetivo reunir profissionais de comunicação relacionados com o setor da água e é organizado pela Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA), através da Comissão Especializada de Comunicação e Educação Ambiental (CECEA), da qual Teresa Fernandes, responsável pela Comunicação e Educação Ambiental da empresa Águas do Algarve, é coordenadora. O evento, o terceiro da APDA no âmbito de comunicação ambiental e que se prevê que venha a ter uma periodicidade anual, vai contar com mesas redondas temáticas e apresentação de projetos subordinados à educação para a sustentabilidade. No painel de participantes da parte da manhã participam os especialistas: Nina Figueiredo (Águas de Coimbra), João Luís Campos (Diário de Coimbra), João Figueira (Universidade de
Coimbra), Sérgio Soares (Agência LUSA), Marcos Batista (Águas do Tejo Atlântico) João Torres (Secretário de Estado da Defesa do Consumidor), assim como Cristina Aleixo e Miguel Nunes (ambos da ERSAR). Encontro conta com participação de especialistas de renome Depois do almoço, o encontro conta com as intervenções de Daniel Queiroz (SMAS de Almada, Sónia Felgueiras (Roca), Laura Korčulanin (IADE-UE), Teresa Alvarez (SIMAS de Oeiras e Amadora) Filipa Bessa (MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente - UC), Carlos Mendes (SMAS de Almada) e Anabela Carvalho (Ciências da Comunicação - UM). Intervêm na última parte do evento: Lénia Almeida (Águas de Portugal), David Ferreira da Silva (Câmara Municipal de Coimbra) Jorge Azevedo (Guess What) e André Torrado (Circle). O PURA 2019 apresentará como key note speaker Céline Hervé-Bazin,
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consultora em comunicação especializada sobre água e desenvolvimento sustentável, que conta com vários trabalhos e dissertações científicas sobre a “arte” da comunicação na água. Entre os quais se destaca a publicação “Comunicação da Água, Análise de Estratégias e Campanhas do Setor de Recursos Hídricos – IWA Publishing”, coordenado por si e que reúne mais 11 especialistas internacionais do sector. Céline Hervé-Bazin, doutorada em comunicação pela CELSA – Escola de comunicação da Sorbonne, em Paris, é uma comunicadora de excelência que em 2008 e com 29 anos, assumia o cargo de diretora de Comunicação da Plataforma Europeia de Investigação e Inovação da Água. Laura Korčulanin, outra oradora de renome, apresentará o projeto que fundou, “Give a Shitu”, uma plataforma de conscientização interdisciplinar que coloca em destaque o apelo urgente ao uso de inovações tecnológicas e uma reorganização social que conduza à reutilização de águas sanitárias e consequente redução do uso de água potável. Esta plataforma é também um grupo de ação focado na gestão sustentável de água urbana e saneamento nas cidades que assenta as suas ações em quatro pilares: pesquisa, educação, artivismo (arte e ativismo) e consultoria.
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Portimão
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Parque Comercial e de Exposições de Tavira - Sítio do Vale Formoso Lote 16/23 Sta. Maria 8800-202 Tavira Geral: 281 380 000 Frutaria: 281 380 012 Peixaria: 281 380 011 Talho: 281 380 014
Horta de S.Pedro Lote A Sítio do Poço Fojo 8500-998 Portimão Geral: 282 430 840 Frutaria: 282 430 845 Peixaria: 282 430 842 Talho: 282 430 847
Estrada Nacional 125 Vale da Venda 8135-032 Faro Geral: 289 897 900 Frutaria: 289 897 909 Peixaria: 289 897 907 Talho: 289 897 908
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••• REGIÃO
10 de Maio de 2019
“Chumbada” construção de três estabelecimentos hoteleiros com mais de 600 camas A operação de loteamento para a construção de três estabelecimentos hoteleiros, num total de mais de 600 camas turísticas, no sítio de João D’Arens, Portimão, a cerca de 200 metros da crista das arribas instáveis do troço costeiro localizado entre as praias dos 3 Irmãos e do Vau, obteve uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) desfavorável, informou hoje a CCDR Algarve. A DIA desfavorável emitida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR Algarve) em 3 de maio foi precedida de parecer desfavorável da Comissão de Avaliação responsável pela análise técnica do Estudo de Impacte Ambiental (EIA). A Comissão de Avaliação considerou que, independentemente das medidas propostas no EIA para a mitigação, prevenção e compensação dos impactes identificados, o projeto não reúne condições para poder ser viabilizado nomeadamente no que se refere a
fatores como a Biodiversidade e a Paisagem. Para além da destruição de quase três hectares de um dos núcleos mais representativos de ‘Linaria algarviana’, espécie vegetal fortemente pressionada, exclusiva do Barlavento algarvio e detentora de estatuto de proteção pelo regime da Rede Natura 2000, perspetivam-se impactes irreversíveis na estrutura e qualidade cénica da paisagem suscetíveis de comprometer a identidade de uma das zonas que preserva os traços originais da paisagem costeira regional. A ocupação urbano-turística prevista é enquadrada por um plano territorial que, em conjunto com outros instrumentos congéneres ainda vigentes, prevêem uma edificabilidade potencial global para a faixa dos 500 metros da linha de costa do Algarve estimada em cerca de 20.000 camas. A DIA e o parecer da CA encontram-se disponíveis para consulta no site institucional da CCDR do Algarve.
d.r.
Declaração de Impacte Ambiental é desfavorável para a urbanização turística em João D’Arens em Portimão
Doentes com cancro morreram à espera de exames e sem tratamento d.r.
O deputado algarvio fala em cinco casos de atraso em Portimão e um número indeterminado de episódios em Faro
No Algarve, “morreram pessoas sem conhecer o resultado das análises e sem ter direito a qualquer tratamento” denuncia o deputado algarvio Cristóvão Norte. O social-democrata refere ainda cinco casos de atraso em Portimão e um número indeterminado de episódios em Faro. Sobre os vários doentes internos em hospitais algarvios terem morrido sem conhecer os resultados de análises feitas pelo IPO de Lisboa, Cristóvão Norte mostrou-se indignado, afirmando que “constitui uma flagrante violação dos seus direitos e uma desumanização cruel do SNS”. O Instituto Português de Oncologia terá exigido garantias de pagamento das análises, por parte das entidades hospitalares. No entanto, o Centro Hospitalar do Algarve afirma, através de comuni-
cado, que pediu um exame ao IPO de Lisboa sem ter enviado o termo de responsabilidade. A situação, no entanto, foi resolvida com o envio da garantia de pagamento. Esclarece também que o conselho de administração nunca inviabilizou o envio do exame para Lisboa e, para melhorar a capacidade de resposta, estes exames passaram a ser feitos também no hospital de Évora. Mas Cristóvão Norte afirmou na passada quarta-feira, 8 de maio, no Parlamento ter “provas concludentes destes fatos” e que as vai apresentar de imediato “à Procuradoria Geral da República para que avalie em que medida deve ou não proceder à abertura do inquérito para apurar responsabilidades”. Agora, o PSD exige que a ministra da Saúde dê explicações sobre o atraso de exames a doentes com cancro.
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Município de Tavira Edital n.º 23/2019
Jorge Manuel do Nascimento Botelho, Presidente da Câmara Municipal de Tavira
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1 TORNA PÚBLICO, que nos termos do n.º1 do artigo 56.º do anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, em reunião ordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 23 de abril de 2019, foram tomadas as seguintes deliberações: 1.Aprovada por maioria a proposta número 91/2019/CM, referente a 5.ª alteração ao Orçamento e GOP’s; 2.Aprovada por unanimidade a proposta número 92/2019/CM, referente a Atribuição de apoio à Academia de Música de Tavira - Audição de dança; 3.Aprovada por unanimidade a proposta número 93/2019/CM, referente a Atribuição de apoio à Sociedade da Banda de Tavira - Festival de Bandas Civis; 4.Aprovada por unanimidade a proposta número 94/2019/CM, referente a Atribuição de apoio aos eventos de diversas associações, no âmbito do projeto Viva a Primavera/2019; 5.Aprovada por unanimidade a proposta número 95/2019/CM, referente a Atribuição de apoio à Associação Terras do Baixo Guadiana; 6.Aprovada por unanimidade a proposta número 96/2019/CM, referente a Atribuição de apoio ao Clube Recreativo e Desportivo Santaluziense - Santos Populares/2019; 7.Aprovada por unanimidade a proposta número 97/2019/CM, referente à Atribuição de apoio ao Corpo Nacional de Escutas - Agrupamento 100 de Tavira - II Grande caracolada à escuteiro; 8.Aprovada por unanimidade a proposta número 98/2019/CM, referente à Atribuição de Apoio Logístico ao Centro Paroquial de Cachopo - XXV Feira de Produtos e Artesanato/2019; 9.Aprovada por maioria a proposta número 99/2019/CM, referente ao Concurso Público para a concessão de exploração dos estabelecimentos integrados no Parque de Campismo da Ilha de Tavira - adjudicação e aprovação de minuta de contrato (1CPu/19); 10.Aprovada por unanimidade a proposta número 100/2019/CM, referente ao Regulamento do Provedor municipal do animal; 11.Aprovada por unanimidade a proposta número 101/2019/CM, referente ao Reconhecimento de interesse público Municipal - Deslocalização das instalações da Docapesca, Portos e Lotas, S.A.. Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos de costume. Paços do Concelho, 23 de abril de 2019 O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Manuel Nascimento Botelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1223, 10 de Maio de 2019)
ANÚNCIO DE DIREITO DE PREFERÊNCIA DAVID JOHN PIGGIN, NIF 196 089 093, casado sob o regime da comunhão geral de bens com Margery Lynn Piggin, residentes em Bemparece, Caixa Postal nº 353D, Faz Fato, 8800-064 Conceição de Tavira, faz saber a quem interessar que na qualidade de proprietário e legitimo possuidor do prédio misto sito em Vale Ebros, com a área total de 48802, composto por Terra de cultura e pastagem, e edifício de rés-do-chão com garagem e alpendre, o qual se encontra descrito na Conservatória dos Registos Civil, Predial, Comercial e Automóveis de Tavira sob o n.º 1761 da freguesia da Conceição de Tavira e inscrito na matriz predial da União de freguesias da Conceição e Cabanas de Tavira, a parte urbana sob o artigo 2735, para habitação, com a área total de 137m2, e a parte rústica sob o artigo 8303, este último composto por cultura e pastagem, com a área total de 0,488000ha, irá proceder à venda do mesmo, sendo a escritura notarial de compra e venda a celebrar-se no cartório notarial do Dr. Bruno Torres Marcos, na Rua da Silva, 17-A, 8800-331, Tavira e foi acordado para a venda do suprarreferido prédio misto e seu recheio a quantia total de 320.000,00 € (trezentos e vinte mil euros). O imóvel urbano irá ser vendido pelo preço de 230.000,00€ (trezentos e cinquenta e cinco mil euros), e o imóvel rústico pelo preço de 90.000,00€ (noventa mil euros). Desta forma faz-se saber aos confinantes do referido prédio misto que podem exercer o Direito de Preferência na compra. O direito de preferência tem que ser exercido no prazo de 8 dias para a morada do anunciante sob pena de caducidade do mesmo. Tavira, 06 Maio 2019 (POSTAL do ALGARVE, nº 1223, 10 de Maio de 2019)
Rua Sport Faro e Benfica, 4 A - 8000-544 FARO Telf: +351 289 393 711 | Fax: + 351 289 397 529
Cartório Notarial em Tavira O Notário 4 Bruno terrenosFilipe agrícolas comMarcos excelente Torres
VENDE-SE ou ARRENDA-SE EXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO localização e acessibilidade, com água
CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Cóbarragem, situados Asseca outorgada em digo do Notariadodaque, por escritura pública denajustificação, 02.05.2019, exarada a folhas 56 e seguinte do competente Livro n.º 145-A a em 3 minutos da cidade de Tavira do Cartório Notarial Tavira, do Notário Bruno Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A, que: - Custódio João Fernandes e mulher, Maria Rita Domingos Fernandes, Pomar citrinos: naturaisde da freguesia da 8.158 Conceição,m2 concelho de Tavira, residentes em Malhada de Peres, caixa postal 58-Z, 8800-063 Conceição de Tavira; Terra de semear: m2 - Declararam ser donos8.000 e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de 670,00 m2, a Terra de semear: 9.788 m2 confrontar do norte com Manuel Lourenço, sul com José Afonso, nascente com monte poente com no sítio da Fonte,6.370 freguesia de Conceição Pomar de ecitrinos e ribeira, terra de semear e Cabanas de Tavira, concelho de Tavira, inscrito na matriz predial rústica sob ototal: artigo 32.316 10951, comm2 origem no artigo 10867 da extinta freguesia de Área Conceição, com o valor patrimonial tributário de 20,18 €, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira; - Tendo alegado para o efeito que o adquiriram por compra meramente verbal, nunca reduzida a escritura pública, feita em data imprecisa precisa do ano de mil novecentos e noventa e dois, a Manuel Domingos e mulher Florinda, já falecidos, residentes que foram no sítio dos Currais, Cachopo, Tavira; - Sendo que, desde esse ano, possuem o prédio de forma pública, pacífica, contínua e de boa fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de serem titulares do respectivo direito de propriedade e assim o julgando as demais pessoas – semeando a terra, tratando das culturas, colhendo os respectivos frutos, amanhando e limpando a terra, e dele retirando os respectivos rendimentos – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriram o referido prédio por USUCAPIÃO.
m2
Contacto: 918 201 747
Tavira e Cartório, em 02 de maio de 2019. O Notário, Bruno Filipe Torres Marcos Conta registada sob o n.º 2/1155. (POSTAL do ALGARVE, nº 1223, 10 de23Maio de 2019)
INFORMAÇÃO Juan Manuel Suárez Ortega, em seu nome pessoal e em nome de TOLDOS MARYMAR, vem informar que Custódio Silva, residente em Corte António Martins, Vila Nova de Cacela, já não é colaborador da empresa supra referenciada, não presta quaisquer serviços nem está autorizado a apresentar-se em nome da mesma, desde início de Abril do corrente ano. Qualquer compromisso assumido pelo mesmo, posteriormente a essa data, será de responsabilidade alheia a TOLDOS MARYMAR. Qualquer assunto relativo a TOLDOS MARYMAR deverá ser tratado diretamente com Juan Suárez, com o contacto telefónico 926983829. Ass. Juan Suárez (POSTAL do ALGARVE, nº 1223, 10 de Maio de 2019)
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Jorge Manuel do Nascimento Botelho, Presidente Municipal deFaro Tavira Rua de Santo António,da n.ºCâmara 68 - 5º Esq. 8000 - 283 Telef.: 289 820 850 ¦ Fax: 289 878 342 dbf@advogados.com.pt ¦ www.advogados.com.pt
TORNA PÚBLICO, que nos termos do n.º1 do artigo 56.º do anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, em reunião ordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 07 de maio de 2019, foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovada por unanimidade a proposta número 102/2019/CM, referente a Atribuição de apoio em espécie à Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Tavira - Procissão Enterro do Senhor; 2. Aprovada por unanimidade a proposta número 103/2019/CM, referente a Protocolo entre o Município de Tavira e a Associação IN LOCO, Intervenção Formação e Estudos para Desenvolvimento Local - Espaço de Demonstrações Gastronómicas - VII Feira da Dieta Mediterrânica; 3. Aprovada por unanimidade a proposta número 104/2019/CM, referente a Acordo de parceria a celebrar entre o Município de Tavira e o Município de Lisboa - Exposição de fotografia, denominada “Artur Pastor e os Mundos do Sul”; 4. Aprovada por unanimidade a proposta número 105/2019/CM, referente a Transferência da farmácia Central – Rua da Liberdade, n.ºs 13-15, União de Freguesias de Tavira; 5. Aprovada por unanimidade a proposta número 106/2019/CM, referente a Alteração à tabela de preços; 6. Aprovada por unanimidade a proposta número 107/2019/CM, referente a 04-Emp/17 – Reabilitação do Cine Teatro António Pinheiro - Ratificação do despacho de aprovação dos trabalhos a mais e prorrogação do prazo de execução. Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos de costume. Paços do Concelho, 07 de maio de 2019 O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Manuel Nascimento Botelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1223, 10 de Maio de 2019)
Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. E.S.
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10 de Maio de 2019
9ª Rota do Petisco celebra riqueza
e tradição dos sabores algarvios
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João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve, presidiu à cerimónia de apresentação da 9ª edição da rota
Andrea Camilo / Henrique Dias Freire
jornalpostal@gmail.com
A tradição e a riqueza dos sabores algarvios são celebradas na 9ª edição da Rota do Petisco, a decorrer até ao dia 26 de maio. Esta iniciativa, que conta com o apoio de várias entidades públicas e privadas, surgiu “em
Portimão, em 2011, com o objetivo de dinamizar a restauração e o comércio local, fomentar a animação social e cultural e enriquecer a oferta turística das localidades aderentes”. Em 2019, o evento propõe, ao longo de quatro semanas, uma rota por mais de 300 dos melhores restaurantes da região. Os visitantes têm oportunidade de degustar variados petiscos e
doces regionais por valores entre os dois euros e os três euros (sempre com bebida incluída). A Rota do Petisco é “um evento para todos os gostos e preferências gastronómicas, razão pela qual inclui a Rota dos Chefs, para aqueles que aproveitam a oportunidade de provar cozinha de autor por dois e três euros, a Rota dos Pequeninos, com opções para os foodies mais novos, e ainda oppub
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ções de petiscos vegetarianos”. Para embarcar nesta viagem, que se encontra a decorrer de Tavira a Aljezur, passando por 12 concelhos, os participantes deverão adquirir um passaporte, à venda nos postos de informação e estabelecimentos aderentes. Este passaporte tem um custo associado de 1,50 euros que reverte, na íntegra, para diferentes projetos sociais selecionados por um júri. Ao longo dos últimos cinco anos, a Rota do Petisco conseguiu angariar cerca de 107 mil euros e apoiar um total de 51 projetos sociais. Este ano, o dinheiro angariado através da venda dos passaportes para a Rota do Petisco, irá reverter a favor de 12 projetos pertencentes às seguintes instituições: Associação de Apoio à Pessoa Excepcional do Algarve, Núcleo de Educação da Criança Inadaptada, Associação em Contacto Tavira, Fundação Irene Rolo, Associação Liláz, Associação de Ginástica do Algarve – Ginástica com todos, Associação Elos de Esperança, Refeitório Social do Centro Social Na Sra. do Amparo, Associação Algarvia de Pais e Amigos de Crianças Diminuídas Mentais, Grupo Desportivo Odeceixense, HOPE e Vela Solidária. Os participantes podem, ainda, habilitar-se a ganhar inúmeros prémios: por cada 12 carimbos somados 12 espaços visitados), os “petiscadores” habilitam-se a ganhar prémios e experiências, sorteados no final do evento. Inspirada nos produtos locais e nas tradições gastronómicas da região, a Rota do Petisco celebra a gastronomia algarvia e convida a visitar o Algarve fora da época alta. “A Rota do Petisco chega, em 2019, com mais restaurantes, de ainda mais geografias, e oferecendo aos participantes uma experiência mais rica e abrangente da gastronomia local. Este é um evento de celebração dos saberes e sabores algarvios, reinventados para este evento, o que se tem revelado muito apreciado pelos visitantes, que não param de aumentar a cada edição”, refere Luís Brito, da associação Teia D’Impulsos, que há nove anos dinamiza este evento.
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