POSTAL 1225 14JUN2019

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ENTREVISTA A FILOMENA SINTRA

Autarca avança com alguns projetos para Castro Marim P.6/7

DISTRIBUÍDO COM O EXPRESSO VENDA INTERDITA Director Henrique Dias Freire • Ano XXXI Edição 122 5 • Quinzenário à sexta-feira 14 de Junho de 2019 • Preço 1,50€

postaldoalgarve 126.810

FESTIVAL DE GASTRONOMIA DO MAR ÀS MESAS DE TAVIRA Sabores do litoral dão o mote às ementas dos 52 estabelecimentos

P.14

O AMOR SALVA TUDO Voluntários que são heróis P.19

e Mensalment L com o POSTA to em conjun com o

ldoalgarve www.issuu.com/posta

n.º 128 JUNHO 2019 RES 8.553 EXEMPLA

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A MISSÃO CULTUR

•••

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Direcção: GORDA ural Associação Sócio-Cult Editor: Freire Henrique Dias de conteúdos: Paginação e gestão do Algarve Postal secções: Responsáveis pelas visuais: • Artes Saul de Jesus • Espaço ALFA: |Coelho Raúl Grade • Espaço AGECAL: Jorge Queiroz : • Espaço ao Património Isabel Soares • Filosofia dia-a-dia: Maria João Neves • Letras e literatura: Paulo Serra • Missão Cultura: Direção Regional Algarve de Cultura do urbanismo: • Reflexões sobre Correia Teresa desta edição: • Colaboradores Ana Isabel Santos Parceiros: Direcção Regional Algarve de Cultura do e-mail redacção: ail.com geralcultura.sul@gm : e-mail publicidade ail.com anabelag.postal@gm al.pt www.post em: online u.com/ e-paper em: www.issu algarve postaldo / book.com FB: www.face lgarve/ postaldoa exemplares Tiragem: 0.000

••• REGIÃO

Empresa algarvia cria soluções inovadoras na tecnologia digital P.2 d.r.

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faz parte integrante

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••• REGIÃO

Transformismo: de manhã homem, de noite mulher P.8/9 d.r.

••• REGIÃO

Alunos tavirenses trabalham vida e obra de Álvaro de Campos P.11

d.r.

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14 de Junho de 2019

Redação: Rua Dr. Silvestre Falcão, 13 C 8800-412 Tavira - ALGARVE Tel: 281 320 900 Fax: 281 023 031 E-mail: jornalpostal@gmail.com Online: www.postal.pt FB: facebook.com/postaldoalgarve FB: facebook.com/ cultura.sulpostaldoalgarve Issuu: issuu.com/postaldoalgarve Twitter: twitter.com/postaldoalgarve Diretor: Henrique Dias Freire Diretora executiva: Ana Pinto Redação: Ana Pinto (CO-721 A) Andrea Camilo Cristina Mendonça (CP 3258) Eunice Silva Henrique Dias Freire (2207 A) Stefanie Palma Design: Bruno Ferreira Colaboradores: Afonso Freire, Alexandre Moura, Beja Santos (defesa do consumidor) Colaboradores fotográficos e de vídeo: Luís Silva / Miguel Pires / Rui Pimentel Departamento comercial, publicidade e assinaturas: Anabela Gonçalves, Helena Gaudêncio José Francisco Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire (mais de 5% do capital social) Edição: Postal do Algarve - Publicações e Editores, Lda. Centro de Negócios e Incubadora Level Up, 1 8800-399 Tavira Contribuinte: nº 502 597 917 Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do título (DGCS): ERC nº 111 613 Impressão: Naveprinter Distribuição: Banca - Logista, ao sábado com o Expresso/ VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT Estatuto editorial disponível: www.postal.pt/quem-somos

••• OPINIÃO

Empresa algarvia cria soluções inovadoras na tecnologia digital

􀪭 Marco Soares, fundador da empresa UNKN (Unknown) Stefanie Palma / Henrique Dias Freire stefanie.palma.postal@gmail.com

A empresa algarvia UNKN (Unknown), que tem sede no CRIA – Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia da Universidade do Algarve, aposta em soluções inovadoras na área do marketing digital. O POSTAL foi conhecer um pouco melhor esta empresa, que possibilita a realização de visitas virtuais, nos ramos da imobiliária e hotelaria, com o intuito de “dar a conhecer os vários espaços a potenciais clientes”. Marcos Soares é o fundador da empresa e explicou ao POSTAL que “quando a empresa abriu em 2016, começou como uma agência web que fazia vídeo e fotografia, mas tudo muito standard. O objetivo seria a longo prazo fazer soluções inovadoras para marketing, daí o exemplo dos vídeos 360º ou da realidade virtual”. “Entretanto, conforme ia desenvolvendo as soluções, apercebi-me de que era muito difícil explicar aos meus clientes o que é que nós fazíamos e aí criei a REDS – Real Estate Digital Solutions, que é uma marca da Unknown”, acrescentou. A empresa apresenta um variado leque de soluções aos seus clientes

Tiragem desta edição:

8.553 exemplares

já estarmos no Alentejo a fazer a inspeção de um poço de 400 metros de profundidade com câmaras 360º, num setor que em nada se relacionava com o nosso trabalho regular”. A UNKN está permanentemente a desenvolver novos produtos

foto d.r.

A empresa desenvolve todo o tipo de soluções para a promoção de imobiliário e também se foca bastante no setor hoteleiro. “Fazemos fotografia, vídeos de propriedade” e depois “fazemos coisas mais elaboradas, como modelação e animação 3D, visitas virtuais a

propriedades que estão construídas e também a propriedades que ainda não estão construídas. A UNKN também aposta bastante na realidade aumentada e na realidade virtual”. A empresa apresenta um variado leque de soluções aos seus clientes, que vão desde soluções de baixa qualidade até soluções de alta qualidade. A Unknown trabalha com vários clientes na Quinta do Lago e Vale do Lobo. Na zona de Albufeira trabalha com o Pine Cliffs Resort. “Temos também alguns projetos na área de Lisboa e, quem sabe, futuramente no Porto”, explica. Marcos Soares refere que “nos primeiros tempos a empresa teve vários tipos de serviços distintos”, falando com especial apreço no Print-a-pic “que foi um dos primeiros produtos concebidos”. A máquina Print-a-pic é utilizada maioritariamente em eventos e, tal como explica o seu criador, “até ao momento funcionava com o instagram. O processo de funcionamento era bastante simples: era necessário tirar uma fotografia e partilhar com o hashtag que estivesse definido na máquina e a foto saía impressa em dez segundos”, no entanto, “criámos uma nova versão em que já não é preciso utilizar o instagram, pois basta ir ao site printapic.pt e existe uma aplicação web, cuja utilização é bastante fácil. É apenas necessário abrir a aplicação web no telemóvel e partilhar a fotografia e ela sai impressa em apenas dez segundos”. A UNKN é uma empresa que apresenta soluções bastante diversificadas. “Aconteceu-nos, por exemplo, estar num casamento, em Albufeira, com a Print-a-pic num dia e no dia seguinte

Marcos Soares refere que a empresa está permanentemente a desenvolver novos produtos. “Quando fomos fazer a inspeção deste poço a 400 metros de profundidade, a empresa que faz exploração mineira perguntou-nos se tínhamos algum tipo de instrumento que permitisse fazer esta inspeção” e nós “efetivamente não tínhamos, mas conseguimos desenvolvê-lo em apenas duas semanas para dar resposta a essa necessidade”. “Por exemplo, para fazer alguns vídeos 360º são necessárias várias câmaras e eu não encontrava no mercado nenhum suporte que fosse capaz de sustentar tantas câmaras em simultâneo”, e então “criei, eu mesmo, essas peças 3D e exportei para vários países”. O fundador da empresa é incisivo quanto aos desafios que a UNKN enfrenta, “quando o objetivo é fazer soluções inovadoras, temos de estar sempre a acompanhar a nova tecnologia”, sendo que “o outro grande desafio é “evangelizar o Algarve com as novas tecnologias”. “Existem ainda muitas empresas a achar que somos demasiado inovadores ou que o mercado ainda não está preparado para algumas das nossas soluções, como é o caso das visitas virtuais”, salienta. As visitas virtuais são uma importante ferramenta nos dias atuais “É importante explicitar que as visitas virtuais são uma importante ferramenta quer para o ramo da hotelaria, quer para a área imobiliária”, acrescenta. Marcos Soares refere que “no caso da hotelaria, cada vez mais, as pessoas querem saber como são os sítios antes de irem ao local”, o que ganha especial relevância quando “trazem a família e os filhos”, pois “querem saber para que género de instalações vêm, se a casa está adequada a crianças ou a idosos com mobilidade reduzida, por exemplo”. “Os hotéis estão agora a começar a ter visitas virtuais, no entanto, no futuro quem não as tiver, vai perder a confiança dos clientes”, pois “vão achar que estão a esconder algo”. Quanto ao ramo imobiliário, “a UNKN trabalha muito com clientes da Quinta do Lago e Vale do Lobo, que, por sua vez, trabalham muito com clientes internacionais, ou seja, as pessoas que vêm cá comprar casa não estão cá, logo a visita virtual tem todo o valor”,

pois “permite que qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, explore o imóvel e decida se é realmente do seu interesse ou não”. “Existem pessoas que podem comprar casa sem vir cá, dependendo do tipo de investimento que estão a fazer”, ou então “permite-lhes fazer uma filtragem muito melhor do imóvel que querem visitar no tempo reduzido em que vêm a Portugal”, acrescenta o responsável. Marcos Soares reforça ainda o facto de “no Algarve a maioria das casas estarem alugadas no verão e as imobiliárias não conseguirem mostrar as casas. Com as visitas virtuais esse problema não se coloca, uma vez que podem mostrar todas as casas sem sequer irem ao local”. O rosto da UNKN é formado em Turismo e confidencia ao POSTAL que sempre teve um especial apreço pela área tecnológica, vocacionada para o marketing. “Trabalhei no Pine Cliffs, no departamento de marketing na área imobiliária. Eu e o meu chefe eramos responsáveis por projetos deste género”. E foi exatamente ao estar em contacto com esta área que identificou que existia uma lacuna no mercado. “Muitas vezas nós queríamos fazer coisas e íamos procurar empresas no mercado para o fazer e existiam duas situações: ou era muito difícil encontrar empresas que o fizessem ou não faziam aquilo que nós queríamos”. Marcos Soares refere que “foi através desta experiência profissional que ganhou o gosto e a experiência nesta área”, tendo depois “apostado no seu próprio negócio”. Ao abrir a empresa começou a perceber que poderia aprender mais e decidiu inscrever-se no curso de Engenharia Eletrónica, na Universidade do Algarve, “para colmatar algumas falhas e aprender aquilo que lhe faltava”. “O meu escritório é um mini-laboratório de eletrónica e sendo a eletrónica a base da informática, os conceitos que lhe estão associados são bastante úteis”, revela. No que diz respeito à concorrência, o fundador da UNKN afirma que “é baixa, pois existem várias empresas que fazem serviços, mas não existem empresas a fazer aquilo que nós fazemos, que é a solução completa”, o que “poupa tempo e dinheiro aos nossos clientes”. O jovem empreendedor conclui dizendo que a aposta na realidade virtual é uma das grandes inovações da empresa. “A realidade virtual, as visitas virtuais e a realidade aumentada são ferramentas bastante úteis. As visitas virtuais são o nosso grande foco, uma vez que o nosso objetivo é dar ao cliente o máximo de qualidade possível, apostando em serviços de excelência”, remata.


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14 de Junho de 2019

REGIÃO •••

I Colóquio Internacional “Marés de Histórias” acontece em Faro fotos d.r.

Andrea Camilo / Henrique Dias Freire

jornalpostal@gmail.com

A Associação Portuguesa de Imprensa (API) leva a efeito, juntamente com diversos parceiros locais, dos quais o POSTAL faz parte, o I Colóquio Internacional “Marés de Histórias”. As talks inseridas no colóquio, a realizar a 22 de junho no Salão Nobre da Câmara Municipal de Faro e no Centro Ciência Viva do Algarve, destinam-se a toda a população que procure aumentar o seu nível de literacia para os media. Este colóquio internacional encontra-se inserido no Programa Media Veritas, promovido pela API, que tem como objetivo fomentar, em todo o território de Portugal (incluindo as Regiões Autónomas), a literacia dos media

junto das comunidades mais vulneráveis. Este programa, financiado pela Fundação Tides, promove a luta contra a iliteracia mediática, desinformação e manipulação jornalística, procurando criar uma base que permita dar continuidade ao desenvolvimento deste projeto. A programação do colóquio conta com diversas conferências, conduzidas por diferentes oradores, momentos musicais, workshops e espaços para as mais diversificadas conversas dentro das temáticas a abordar. A organização convida à participação de todos. Para mais informações pode visitar o site da API em www. apimprensa.pt.

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media veritas

22 junho 10h00

Vamos combater a iliteracia mediática, manipulação jornalística e desinformação.

Organização

Parceiros

Centro Ciência Viva Faro


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••• GRANDE ENTREVISTA

"Temos de recuperar aquilo que não

􀪭􀪭 Filomena Sintra fala sobre os projetos delineados para o concelho de Castro Marim

Filomena Sintra, na qualidade de presidente da Comissão Administrativa da Câmara de Castro Marim, funções que exerceu até à tomada de posse do novo executivo castromarinense no passado dia 11 de junho, em entrevista ao POSTAL avançou com alguns projetos que estão em curso no concelho. Neste mandato, o executivo está empenhado na concretização de projetos cofinanciados, nas pessoas e no espaço urbano. Stafanie Palma / Henrique Dias Freire

stefanie.palma.postal@gmail.com

Castro Marim assinala o Dia do Município a 24 de junho. Existe alguma razão específica para ser nesta data? Tendo tido o pelouro da Cultura há alguns anos, já tentei fazer a recolha desse porquê. A única coisa que está escrita numa ata diz que o dia 24 marcava as cidades importantes e então Castro Marim também gostaria de ter uma data especial para o seu dia do município. Não há nenhuma efeméride local que determine o 24 de junho. Tem a ver com o São João. Fundamentalmente, pretendemos que este dia seja uma homenagem ao concelho, às suas gentes e à sua história. Que atividades têm preparadas para comemorar o dia do município? Temos dois momentos. Um mais popular que é o Arraial de São João, em que temos um grande bailarico e é o término de um concurso de mastros. Existe uma atividade a decorrer durante o mês de junho com a participação de várias coletividades que é o concurso de mastros, em que

a câmara apoia a recriação ou a elaboração de um mastro e quanto mais tradicional, mais genuíno e próximo for daquilo que era a tradição, maior é probabilidade de ganhar. Existe também um prémio financeiro que a câmara atribui aos vencedores. Durante este dia, existe a participação de várias coletividades. Há ainda um baile e uma sardinhada. Depois temos a sessão solene e um concerto gratuito com a Carminho. O que acontece na sessão solene varia de ano para ano e, este ano, em concreto, é um ano particular visto que acabámos um ato eleitoral único, as eleições intercalares, que é uma situação rara. Vamos ainda fazer a entrega de prémios aos melhores alunos de cada ano, de cada escola do Agrupamento de Escolas de Castro Marim. Por fim, iremos apresentar alguns projetos e o ponto de situação dos mesmos e não sabemos se vamos a tempo de fazer as distinções municipais, dada a particularidade do ato eleitoral.

Nós só nos comprometemos a realizar aquilo que achamos que temos capacidade para realizar. Temos de concretizar um plano eleitoral que era para quatro anos. Andámos muito devagarinho neste ano e meio e temos muito tempo para recuperar, temos muitos projetos co-financiados aprovados que são a nossa prioridade. Depois, existem outros pontos bastante importantes, como é o caso da higiene urbana e da manutenção de espaços públicos. Estamos focados em transformar um conjunto de jardins que estão abandonados e maltratados em eco-jardins e em jardins mais eficientes, mais bonitos, que possam ter em conta menores consumos de água e menores custos de manutenção. Estas questões são sempre pensadas tendo em conta uma preocupação ambiental associada.

Castro Marim passou a ter maioria absoluta no executivo. Que concretizações vão ser efetuadas neste mandato?

Neste mandato estamos focados na concretização desses projetos cofinanciados, nas pessoas e no espaço urbano.

O tempo é uma coisa rara e nós andámos a desperdiçar tempo

Que medidas acabaram por estagnar no mandato anterior, que não vos foi possível executar e que vão retomar neste novo mandato? Existiram projetos que foram reprovados e depois, por alguma resiliência e persistência, voltaram a ser propostos e acabaram por ser aprovados, com prejuízos graves para o município. A Praia Fluvial de Odeleite é um exemplo, pois foi reprovada em dezembro de 2017 e só conseguimos fazê-la aprovar passados meses largos novamente. Neste momento estamos em fase do visto de tribunal de contas, mas teve de haver um novo concurso, que acabou por ficar mais caro e estamos em risco até de perder o próprio fundo comunitário. E não conseguimos o reforço do fundo comunitário que precisávamos. Depois temos uma outra grande frente de obra que foi começada há um ano e meio e que vamos agora querer terminar, que é a rede de abastecimento de água num conjunto de localidades. Conseguimos, inclusivamente, incluir novas localidades que não estavam previstas no projeto inicial, nomeadamente Pisa Barro. Temos a rede de rega da Várzea de Odeleite, cuja obra vai ter início em julho. Já obtivemos o financiamento a custo 0 para o município, sendo 100% cofinanciado entre fundos comunitários e Orçamento de Estado. Este é um investimento de cerca de dois milhões de euros, que nos faz acreditar que vai levar novos jovens agricultores para a zona de Odeleite. Já lá está, inclusivamente, um casal de jovens a começar a sua atividade agrícola. No que diz respeito à parte do património, também já existem candidaturas aprovadas, nomeadamente, na zona mais débil do castelo que é a zona Este. Já temos o financiamento aprovado e temos de lançar a obra. É preciso entender que quando cada passo que temos de dar depende de uma reunião e discussão, que, em condições normais, é feita por um mero despacho, é só imaginar. O passadiço da frente mar de Altura não pode ser construído durante o verão, o que é uma das condições da APA. A obra tinha de ser lançada no verão passado para poder ser construído e a oposição quis discutir soluções técnicas com a própria APA sobre aquilo que era a posição da APA. Houve uma delonga de quase 10 meses e agora não podemos executá-lo este verão e estamos em risco de perder o financiamento, pois

existem regras muito específicas para poder prorrogar os prazos. Existem igualmente outras prioridades, nomeadamente, a revisão de PDM e a reorganização de planos de trânsito. Outro dos problemas no mandato que cessou foi exatamente o facto de não nos terem aprovado o mapa de pessoal. Esta é a câmara do Algarve que tem menos pessoas a trabalhar e, ao mesmo tempo, temos um conjunto de colaboradores que tem mais de 55 anos nos serviços externos. Temos 40 com mais de 55 anos e 7 com mais de 65. Temos um carpinteiro, um calceteiro e um eletricista numa câmara com esta dimensão. O que nos vale é exatamente o facto das pessoas que cá trabalham serem muito dedicadas e terem uma grande entrega à causa pública porque de outra forma seria impossível. Agora em comissão de gestão propusemos a reparação de uma varredora, que foi reprovada três vezes. Havia a ideia de compra de uma varredora nova, mas estamos a falar de 200 mil euros. Não nos podemos esquecer de que o tempo é uma coisa rara e nós andámos a desperdiçar tempo e um ano e meio não é só um ano e meio, porque às vezes existem oportunidade irrecuperáveis. Agora temos de recuperar aquilo que não foi feito e temos de projetar o futuro, mas temos na assembleia municipal nove representantes do PSD, sete do PS e temos três do CM1. Têm portanto maioria no executivo, mas não na Assembleia… Não temos maioria na Assembleia e estranhamente a candidata do PS assumiu no dia das eleições que tem maioria na Assembleia. Não consigo perceber que maioria é essa, mas isso é um sinal negativo. Espero que tenha sido o calor do dia, do ato eleitoral e espero que haja alguma consciência porque, por exemplo, os empréstimos bancários para executar estas obras para o novo parque automóvel, tudo depende da assembleia, o quadro de pessoal e como já nos chumbaram as contas e já nos chumbaram uma vez o orçamento… Mas eu acho que haverá algum exame de consciência e há uma aprendizagem de que não é por aí que se faz política, por isso quero acreditar que isso não vai acontecer. Que outros projetos têm em curso em Castro Marim? Outra grande abordagem que queremos fazer neste mandato é a redefinição de alguns projetos turísticos, como é o caso do Almada

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GRANDE ENTREVISTA •••

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foi feito e projetar o futuro" D’Ouro Club, que é um projeto com centenas de camas turísticas muito voltado para o golfe. Este espaço vai ser readaptado para agro-turismo. Depois, temos também o projeto da Verde Lago que é novo, um hotel de cinco estrelas e residências turísticas que, em princípio, começará a sua construção em janeiro de 2020. O projeto vai abandonar o golfe e vai ser feito um reaproveitamento do espaço natural. O hotel irá situar-se entre a Praia Verde e Altura e estamos na fase de discussão do número de pisos do hotel e de outros aspetos relevantes. Este projeto será muito voltado para a natureza, adoçado na própria geografia do terreno. De salientar que o primeiro hotel e de 4 estrelas a nascer em Castro Marim está em fase de aprovação dos projetos de especialidade e acreditamos que comece a construção ainda este ano. Existe ainda um outro projeto que é um eco-hotel na Maravelha, que será um espaço de aproveitamento da natureza em bungalows, ligado ao desporto e à alimentação saudável. Já começaram a limpeza dos terrenos. Em termos de oferta turística achamos que vamos ter um micro-espaço muito vocacionado para a natureza, ambiente e alta qualidade. Acredito que nos próximos três ou quatro anos isto vai deixar de ser um discurso para passar a ser uma realidade. Unidade Móvel de Saúde é dos maiores investimentos que fizemos Na área da educação, quais são os principais projetos? A nível de educação temos uma excelente relação com o agrupamento. Somos uma câmara que disponibiliza centenas de transportes para o agrupamento, para permitir aos alunos sair e ter outras oportunidades. Nós temos um programa de férias ativas que é único no Algarve. Em todos os períodos de férias temos uma panóplia de atividades que é acessível a todos os alunos de forma gratuita em todo o período. Este projeto permite que os alunos possam ter experiências únicas, como jogar golfe, fazer canoagem, rapel, escalada e aprender a cozinhar, por exemplo. As férias ativas são férias muito pedagógicas. Fazemos um grande investimento. Neste momento vamos ter 25 monitores externos para todo o período. Este projeto abrange crianças do 1º ciclo até ao 9º ano. Os alunos podem participar durante 13 semanas. Existe aqui um diferendo entre a vontade do executivo e as opiniões técnicas, pois acham que não deveríamos permitir que os miúdos tivessem as 13 semanas nas férias ativas, no entanto, nós temos a opinião de que se os pais têm os filhos nas férias ativas é porque não têm outra oportunidade e eles estão ali a aprender alguma coisa.

Castro Marim é a única câmara ao nível do Algarve que garante gratuitamente todo o período de férias para todos os alunos. Quanto à área da saúde, quais são as apostas? No que diz respeito à área da Saúde, nós temos em Castro Marim uma Unidade Móvel de Saúde. Esta unidade é a única do Algarve e do país que tem um médico, um enfermeiro e um motorista em permanência. Aqui trabalham três médicas que, curiosamente, já estão na reforma e que já trabalharam nestes centros de saúde há anos atrás, o que se traduz num afeto e ligação médico-doente que é impagável. Tivemos neste período conturbado a reprovação da Unidade Móvel de Saúde várias vezes e esteve seis meses interrompida. Fizemos agora também uma candidatura ao Portugal Inovação Social em parceria com a Universidade do Algarve e a Associação Guadiana, de forma a criar uma base de dados que possa ser replicada noutros municípios. O objetivo é que os dados dos doentes possam ser tratados e depois exportados para o Serviço Nacional de Saúde. É importante que se consiga perceber que a medicina preventiva contribui, de forma efetiva, para a melhoria da qualidade de vida desta população. Também implementámos, há quatro anos, uma rede de transporte social, que funciona todos os dias e em que existem rotas definidas. Existem horários de saída e de chegada consoante o aglomerado. Em termos humanos a Unidade Móvel de Saúde é talvez dos maiores investimentos que nós fazemos para a população. O custo é variável entre 60 mil euros a 80 mil euros por ano. A discussão foi muito assim, que não se concordava com estas médicas porque estavam ligadas ao nosso projeto político. Por acaso, porque já tiveram do outro lado. Foi meramente por questões políticas, porque as questões financeiras são relativas. Se nós pensarmos que investimos 200 mil euros em transportes escolares por ano, 80 mil euros para a população idosa, em que são 1000 e tal utentes, acho que é muito bom. Se pensarmos que um centro de saúde tem custos de funcionamento muito superiores a

este serviço de Unidade Móvel. Sendo certo que o ótimo seria o nosso Serviço Nacional de Saúde poder fazer isso. Isso é um sonho que não é concretizável face aos recursos que temos. Ainda na área da saúde é importante mencionar que existem muitos rastreios. Existe uma médica amiga do doutor Amaral que vem anualmente fazer dois momentos de rastreios e não gosta de ser mencionada publicamente. Acompanha mais de 200/300 pessoas de cada vez que vem. É um serviço de Dermatologia, pois temos grande debilidade no SNS e ela faz logo o encaminhamento para o Serviço Nacional de Saúde e tratamentos logo imediatos. Fazemos acompanhamentos vários. Temos também um programa de sessão tabágica, em que existe o acompanhamento permanente do presidente médico e do chefe de gabinete que é psicólogo. Das 350 pessoas que se inscreveram no programa, 200 conseguiram efetivamente deixar de fumar. Em termos de dimensão económica, social e de saúde é fantástica. Em três anos gastámos cerca de 50 mil euros nisso e também somos muito condenados. O tratamento de um doente oncológico que resulta do tabaco há-de custar mais de 50 mil euros. Nós estamos a fazer um contributo claro para o Serviço Nacional de Saúde. Para gerir e decidir, temos de ter muita sensibilidade humana. A dimensão política deveria ser o reflexo da nossa sensibilidade humana e não ao contrário. Eu costumo dizer que os partidos são as pessoas, e quem faz política social são as pessoas, seja da direita

ou da esquerda. E à escala do município só depende das pessoas. Toda a ação política é para meter as pessoas mais felizes. Quando me dizem e isso contribui para o vosso posicionamento político? Toda a ação tem de contribuir. Nós estamos aqui para contribuir para a felicidade das pessoas. O sal de Castro Marim é o ouro branco do concelho Que tipo de atividades é que desenvolvem tanto no litoral como no interior? Nós temos muitas atividades. Obviamente que tudo o que é frente mar temos este potencial associado a este areal. Depois temos investimentos importantes que vamos executar agora, nomeadamente, o passadiço que liga Altura à Manta Rota e que vai permitir uma mobilidade fantástica entre dois espaços que recebem muita gente no período do verão. Vamos fazer a travessia pela Ribeira do Álamo. Depois, temos também muitas atividades culturais à nossa escala mas que já têm uma projeção regional e nacional. Estamos muito focados em manter e projetar os Dias Medievais. Temos também as festividades locais da Nossa Senhora dos Mártires, temos o Festival do Caracol que acontecerá em Julho, as festas de Altura que começam em Julho e terão os DAMA. Temos umas feiras de artesanato todo o verão em Altura, em que todos os produtores do concelho têm um local para venda diária gratuito e depois temos atividades na Casa do Sal, atividades vocacionadas para a alimentação, desporto e bem-estar. Pensamos que esse é o principal in-

vestimento que temos de fazer. Qual a importância do sal para Castro Marim e que projetos têm desenvolvido nesse sentido? Nós dizemos que o sal de Castro Marim é o ouro branco de Castro Marim, pois é aquele produto inigualável, que é difícil replicar em qualquer outro território porque é explorado na Reserva Natural do Sapal de Castro Marim sem qualquer fatores poluentes a jusante ou montante, e depois é extraído de forma artesanal sem quaisquer meios mecânicos e faz dele um produto especial, diferente e que em termos de análises químicas é, de facto, um produto que se distingue. Como distinguiria o concelho de Castro Marim dos restantes concelhos? Este concelho tem uma luz única, tem um conjunto de valores naturais e patrimoniais que é difícil ter noutros concelhos, nomeadamente, a Barragem de Odeleite que tem um potencial turístico, desportivo, ambiental fantástico e é determinante para o futuro do Algarve, agora que falamos muito em alterações climáticas penso que é dos pontos mais fortes que outros concelhos não conseguem ter, mas que abastece os outros concelhos. Nós temos o património histórico construído, a Reserva Natural do Sapal é uma das sete zonas húmidas do país, a única aqui no Algarve e que tem uma diversidade enorme de espécies de fauna e flora. Temos as praias, uma grande extensão de areal, desde a Praia do Cabeço à Praia de Altura. Do mar à serra temos uma diversidade enorme.

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••• ROTEIRO GASTRONÓMICO

d.r.

Restaurante N24 Tapas Cocktail Lounge

Rua da República N24, Almancil - Loulé

289 054 749

37.0858599, -8.02998

geral@n24lounge.com

De terça a sábado, das 12 h à 1h - domingo das 12 às 00h

15 a 25€

d.r.

O N24 é um restaurante e bar que celebra as cozinhas das regiões do Algarve, Itália e Espanha, no coração de Almancil. A filosofia é simples: pegue em ingredientes bons, frescos e deliciosos, "faça o mínimo possível e compartilhe com pessoas que pensam como nós". Toda a decoração do espaço foi feita e pensada para os amantes do estilo Vintage, oferecendo um ambiente romântico, acolhedor e intimista. O N24 criou um menu igualmente empolgante, com foco contínuo em pratos saudáveis de origem local, incluindo pratos vegetarianos. O menu promete oferecer as melhores especialidades, clássicos e reviravoltas dos antigos favoritos.

􀪭 PRATO EMBLEMÁTICO

MINI HAMBURGUER GOURMET DE VACA, FRANGO E VEGETARIANO

d.r.

Restaurante Palatus

Rua Dr. Augusto Carlos Palma, n° 8 - Tavira

281 381 405

37.1241789,-7.6500423

info.palatus@gmail.com

De segunda-feira a sábado, das 12 às 00h

16€

d.r.

Adivinha-se um ambiente acolhedor e descontraído, tanto para um almoço/jantar a dois como para juntar um grupo de amigos. Privilegiam os ingredientes típicos do Algarve, como o polvo, o atum e o camarão. O menu é baseado em tapas, snacks e com opções de pratos principais. Os ingredientes, sempre frescos, permitem oferecer diariamente sugestões fora da carta habitual. Da carta destaca-se o pica-pau de atum e o húmus de tremoço, tanto como entrada, como prato para partilhar. A garrafeira é composta por uma vasta selecção de gins, runs, sangrias e vinhos seleccionados tanto da região norte, Alentejo, como do Algarve. Em noites especiais, dinamizam o espaço com música ao vivo, soul e lounge.

􀪭 PRATO EMBLEMÁTICO

GASPACHO COM BIQUEIRÃO

Restaurante Raízes

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Restaurante Raízes, Quinta das Raposeiras, fracção C, Santa Bárbara de Nexe - Faro

289 107 777

GPS 37.139999718008,-7.9313592800036

raizes@entreraizes.pt

De terça a sábado, das 12 às 22h - domingo, das 12h às 16h

25€

􀪭 PRATO EMBLEMÁTICO

CATAPLANA DE PEIXE

d.r.

O Restaurante Raízes é um espaço moderno, acolhedor com requinte, situado na Quinta das Raposeiras, Santa Bárbara de Nexe, onde o canto dos pássaros e o ar puro perduram. A cozinha é portuguesa com um toque especial dado pelo chefe Nuno Pinheiro e a sua equipa… a ideia é transportar para os clientes uma explosão de sabores enquanto degustam os seus pratos, sempre com os melhores produtos. Casamentos, batizados, jantares vínicos, recentemente o “Sunset Beach on the Hills “, entre outros eventos, animam o espaço. No próximo dia 22 de junho realizam uma Noite de Fado com inicio às 20 horas. No que se refere a vinhos a adesão mais notória é mesmo o Algarve, Douro e Tejo. Também se podem beber ótimos cocktails, na esplanada, preparados por António Carmo e equipa, enquanto que da serra se avista o mar.


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ROTEIRO GASTRONÓMICO •••

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Albufeira acolhe pela primeira vez a Feira de Caça, Pesca, Turismo e Natureza Stefanie Palma / Henrique Dias Freire stefanie.palma.postal@gmail.com

Albufeira acolhe, pela primeira vez, a Feira de Caça, Pesca, Turismo e Natureza. O certame, que já vai na 23ª edição, vai realizar-se entre os dias 5 e 7 de julho, na Marina de Albufeira. O evento vai integrar diversas atividades, tais como, exposições de animais, atividades equestres, gastronomia, animação, cinotecnia e artesanato. Para José Carlos Rolo, presidente da Câmara Municipal de Albufeira, a feira é “um desafio porque é a primeira vez que o concelho de Albufeira assume e abraça esta iniciativa”, reforçando que este é “um evento de grande dimensão e que necessita de muito espaço”. “Esta feira abrange duas grandes regiões que são o Alentejo e o Algarve” no entanto “esperamos que venham pessoas de outras zonas do país”, acrescentou. O presidente reforçou ainda a neces-

sidade de “puxar, pugnar e incentivar o turismo do mundo rural, interior, que é extremamente importante”, sendo um “complemento ao turismo de sol e praia”. Por sua vez, Vitor Palmilha, presidente da direção da Federação de Caçadores do Algarve, salienta que “a feira de caça e pesca do Algarve começou em 1996 em Loulé e permaneceu lá até 2004. Em 2005 passou para o Estádio do Algarve e em 2006 mudou de nome para “Feira de Caça, Pesca e do Mundo Rural”, reforçando que “estas feiras temáticas são sempre muito complicadas porque existe a necessidade de ter outras componentes e o mundo rural é uma mais-valia também para a feira”. A feira permaneceu em Faro até 2011, data em que se mudou para o Parque de Feiras e Exposições de Tavira. Vitor Palmilha refere ainda que “constatámos que toda a gente ficou bastante contente pelo facto de a feira se realizar este ano em Al-

5 DE JULHO - Sexta-feira 18h30 | Sessão de Abertura Presidida pelo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Albufeira | Abertura do Salão de Exposições Caça, Pesca, Turismo, Natureza Produtos da Terra, Máquinas Agrícolas, Gastronomia, XVIII Exposição Internacional de Aves 21h00 | Espetáculo do CENTRO EQUESTRE DA LEZÍRIA GRANDE 23h00 | Concerto | RICHIE CAMPBELL 24h00 | Encerramento do Salão de Exposições

17h30 | Apresentação do Livro “O Perfume da Esteva”, de PAULO ROSA 18h30 | Demonstração de Cães de Parar 19h00 | Demonstração da Força Destacada da Unidade Especial da Polícia Grupo Operacional Cinotécnico

19h30 |Show Cooking temático

19h00 | Show Cooking temático

21h00 | Demonstração de Paradressage pelo Campeão Nacional - PEDRO FÉLIX

6 DE JULHO - Sábado

23h00 | Concerto | ANTÓNIO ZAMBUJO

10h00 | Taça de Portugal de Tiro aos Pratos - TRAP Federação Portuguesa de Tiro com Armas de Caça Campo de Tiro de Paderne – Albufeira

24h00 | Encerramento do Salão de Exposições

11h00 | Abertura do recinto exterior da Feira

7 DE JULHO - Domingo

11h30 | Exposição de Cães e Matilhas | Demonstração Cinotécnica - GNR Comando Territorial de Faro

02h00 | Encerramento do recinto da Feira

07h00 | Final do Campeonato Regional de Stº. Huberto

| Equitação de trabalho 19h30 | Volteio - Actividade Equestre 20h00 | Concerto | José Praia e Aquaviva 21h00 | Sessão de Encerramento 01h00 | Encerramento do Recinto da Feira

APOIOS

| 1ª Taça “José Maria Seromenho” Zona de Caça Municipal de Albufeira 09h00 | 1ª Taça de Obstáculos - Cidade de Albufeira

15h00 | Mesa Redonda de Turismo e Citricultura “Exportar cá dentro” Marina de Albufeira

10h00 |Colóquio: Gestão e sanidade de espécies Cinegéticas Hotel Nau São Rafael Atlântico

16h00 | Concurso de Doçaria

| Demonstração de Cães de Parar

05h00 | Convívio de Pesca de Alto Mar Concentração na Marina de Albufeira

14h00 | Abertura do Salão de Exposições

15h30 | Concurso de Matilhas - 9º Troféu Duarte Rosa

17h00 | Batismos Equestres 18h00 | Demonstração da Força Destacada da Unidade Especial da Polícia Grupo Operacional Cinotécnico

21H30 | “Sentimento Equestre” LUSITANUS MIRANDA DRESSAGE

| Exposição e Concurso da Ovelha Churra Algarvia

16h00 | Visita à Feira pelas Entidades Oficiais

19h00 | 1ª Taça de Dressage – Cidade de Albufeira (2ª parte)

02h00 | Encerramento do recinto da Feira

| Concurso de Mel do Algarve

15h30 | Apresentação do Livro “Territórios Vinhateiros de Portugal” José Arruda, Scretário Geral da AMPV Associação de Municípios Portugueses do Vinho

11h00 | Abertura da Feira e do Salão de Exposições Exposição de Cães e Matilhas

www.fcalgarve.pt

16h30 | 23.º Concurso de Cães 17h00 | 1ª Taça de Dressage – Cidade de Albufeira (1ª parte)

bufeira porque é um sítio bastante central e diferente, esperamos que seja um sucesso”.

A feira vai ter uma área coberta de 2.100 metros quadrados. Exposições, concursos, espetáculos

equestres, demonstrações e concertos vão fazer parte dos momentos de animação e convívio do certame.

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Horta de S.Pedro Lote A Sítio do Poço Fojo 8500-998 Portimão Geral: 282 430 840 Frutaria: 282 430 845 Peixaria: 282 430 842 Talho: 282 430 847

Estrada Nacional 125 Vale da Venda 8135-032 Faro Geral: 289 897 900 Frutaria: 289 897 909 Peixaria: 289 897 907 Talho: 289 897 908

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••• REGIÃO

Transformismo: de manhã homem,

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Luzes. Glamour. Brilho. Um par de saltos de altos, acompanhado de um vestuário extravagante e de uma maquilhagem arrojada. Estas são algumas das imagens que temos quando assistimos a um espetáculo de Linda Xennon.

O gosto pelas roupas e pela moda foi surgindo aos poucos Eunice Silva / Henrique Dias Freire

jornalpostal@gmail.com

António Mendonça, de 55 anos é natural de Castro Marim. Reside em Faro há 47 anos, dá corpo e alma a uma personagem que diz o próprio ser “desbocada e irreverente”. O artista algarvio de transformismo dá vida a Linda Xennon. Tem uma carreira que conta com 38 anos e já subiu a palcos de norte a sul do país, assim como a palcos internacionais. António contou ao POSTAL como tudo começou. “Lembro-me que, já com 7 anos de idade, não sabendo ainda o que era ou o que queria fazer, o bichinho já mordia. Eu vivia no campo com a minha avó e juntava os miúdos da minha idade e outras pessoas e com roupas velhas já fazia as minhas loucuras. Digamos que sempre tive um gosto por isto, claro que na altura não sabia o que era, mas com o tempo surgiu a oportunidade e realmente era mesmo aquilo que eu queria fazer e lutei sempre e a prova disso é onde estou hoje”. Porém, esta escolha não foi fácil. “Em termos familiares sofri um bocadinho, levou o seu tempo para que me aceitassem. Consegui isso porque as pessoas viram que eu queria realmente atuar e que não era aquilo que se costuma dizer “paneleirice”, que era uma coisa séria e quando viram o trabalho que eu desenvolvi, era um trabalho com qualidade, deram a mão à palmatória e apoiaram-me!”, contou o performer.

No que toca a Linda Xennon, personagem que apresenta nos palcos, António Mendonça refere que foi aos poucos que surgiu o interesse pela roupa das mulheres e pelas lojas de moda. “Na altura [quando começou] não havia muito por onde investigar, por onde pesquisar. Mas o gosto foi surgindo naturalmente”. Com um espetáculo muito variado, Linda Xennon atinge resgistos mais sérios e mais cómicos. O artista diz que tem “mais acentuada a versão cómica, em termos de performance, e de comunicação com o público”. Acrescentou ainda que a sua inspiração vem de grandes nomes do espetáculo mundial e de mulheres no geral. Em relação ao público, António Mendonça admite que gosta "muito de falar com o público, fazer o público rir e às vezes também chorar”. O feedback do público é muito positivo No que diz respeito à opinião do público, “é das melhores que pode existir, em especial do público hétero, mas eu gosto muito de trabalhar para a comunidade gay, em termos de bares gays, porque é um público muito exigente e isso obriga-me a fazer cada vez mais e melhor”, relata António Mendonça. Segundo António Mendonça, as pessoas ainda têm uma ideia muito fora do contexto em relação ao transformismo. Não têm bem ideia do tipo de trabalho que é, mas depois

“quando veem a qualidade das minhas performances ficam rendidas”. Referindo-se às quase quatro décadas de carreira, António Mendonça afirma que, “tenho mais bons momentos do que piores… mas os piores momentos da minha carreira são, sem dúvida, a inveja… há muita inveja neste tipo de espetáculo”. No que toca aos seus melhores momentos o artista contou ao POSTAL que, “[os melhores momentos] são aqueles que eu passo com o público, são os aplausos… a minha deslocação nestes últimos dois anos, aos Estados Unidos, para atuar para a comunidade portuguesa também foi muito importante”.


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de noite mulher Linda Xennon leva duas horas a preparar-se para cada show Linda Xennon é, segundo o criador, “irreverente e desbocada, mas acima de tudo profissional”, contudo tem sempre cuidado, sabendo “aplicar as palavras certas sem ferir suscetibilidades”. O artista demora cerca de duas horas para se preparar para cada show. “Uma hora para maquilhar e uma hora para vestir”, contou. Comparando diferenças na arte do transformismo desde que começou, a drag queen refere que, “antes havia mais espaço para o grupo. Eu fiz parte de um grupo durante muitos anos que se chamava as Donzelas em Férias e nós trabalhávamos em tudo quanto era festas, casas, discotecas, restaurantes, festas privadas… hoje em dia é mais individual, as casas não investem em grupo porque sai mais caro”. No Algarve, existem várias casas a receber este tipo de espetáculo, tomando como exemplo o Prestige Dance Club em Faro, o The Loft em Portimão e o Conection em Albufeira, sendo que na época alta existem mais oportunidades de atuar. “No verão, vou todas as quartas-feiras para a Praia da Luz, em Lagos, fazer animação turística e os turistas adoram, ficam encantados. É um público diferente muito alegre”, conta a drag queen.

􀪭 Linda Xennon celebra 38 anos de carreira

No entanto, e como em todas as artes do espetáculo, não é fácil viver apenas deste trabalho. “É evidente que o transformismo não é fácil, nem todos o fazem e muitos apenas conseguem fazer disto um part-time, mas neste momento, já tenho idade, contratos e conhecimentos suficientes para fazer isto o tempo inteiro”.

O performer continua, dizendo que, “um fim-de-semana vou para um lado, outro fim-de-semana vou para o outro… ou vou para Lisboa, ou vou para Leiria ou vou para Porto, é a vida de artista. Para onde me contratarem eu vou”. António Mendonça termina dizendo que, “o transformismo no Algarve é bom e tem bons valores como a Melanie Nova, a Clara Luz, Miss Hyanka, Marlene, entre outras”.

/FORMISMO

Arte em que se adota o vestuário, os hábitos sociais e comportamentos usuais do sexo oposto, criando uma performance (também conhecido como drag show)

/GÉNEROS

Relativo a ou que tem uma identidade de género diferente daquela que foi atribuída à nascença

/SEXUAL

Que ou quem tem o sentimento de pertencer a um sexo com que não nasceu, cujas características físicas deseja possuir ou já possui através de meios médico-cirúrgicos



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Alunos tavirenses trabalham vida e obra de Álvaro de Campos

􀪭 Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa, era natural de Tavira Stefanie Palma / Henrique Dias Freire stefanie.palma.postal@gmail.com

A Festa dos Anos de Álvaro de Campos é um projeto criado pela Associação Partilha Alternativa e que, em conjunto com a Escola Secundária de Tavira e várias associações artísticas, artistas individuais e empresários tavirenses, pretende reviver a obra de Álvaro de Campos, um dos heterónimos de Fernando Pessoa, que era natural de Tavira. Os alunos do curso de Artes Visuais são desafiados a elaborar trabalhos que se relacionam com o autor. "Esta festa surge da comunidade para a cidade. A Casa Álvaro de Campos celebrava esta data, desde a sua criação, há mais de 30 anos. Depois existe a Armação do Artista, que é uma associação ligada ao teatro, criada em 2006, e que todos os anos fazia uma peça de teatro ligada a Fernando Pessoa. “Quando chegou o aniversário dos 125 anos decidi fazer uma proposta e juntar num só programa todas estas atividades", refere Tela Leão, presidente da Associação Partilha Alternativa. A responsável salienta ainda que "nem todas as escolas no Algarve têm a vertente artística como opção. Este programa vai buscar à obra

de Álvaro de Campos assuntos que estão relacionados com o poeta e que sejam interessantes replicar na sociedade". Segundo Reinaldo Barros, professor de Desenho da Escola Secundária de Tavira, "estamos diante do maior vulto da poesia portuguesa do século XX. Fernando Pessoa é um dos grandes poetas universais deste tempo e penso que é importante trabalharmos esses valores que são da nossa identidade, da nossa cultura". Os alunos procuram inspirar-se em Álvaro de Campos "Normalmente o poeta é tratado nas aulas de português através do discurso lido e nas artes existe a necessidade de abordar o discurso vivido", sendo que "a abordagem passa por ler o poema, vivenciar e sentir o poema, bem como, o contexto e a época em que o poeta vivia". Os professores procuram, através destes trabalhos, que os alunos se inspirem na obra de Álvaro de Campos e "consigam expressá-lo em termos visuais", sendo que “têm liberdade para utilizar tudo aquilo que a linguagem plástica permitir na execução dos mesmos”. Por sua vez, Luís Nunes, também professor de Desenho, acrescenta que "os trabalhos têm resultado muito

bem. Este ano fizemos uma primeira exposição na Casa das Artes, depois houve uma segunda exposição no Museu Álvaro de Campos e, neste momento, já estão expostos na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos. O projeto começou a dar os primeiros passos em 2015. Durante esse primeiro ano celebrou-se o 125º aniversário de Álvaro de Campos, com uma festa que durou duas semanas em outubro e que se estendeu até novembro para incluir a exposição dos trabalhos de alunos da Escola Secundária de Tavira, sob o tema "O Meu Álvaro de Campos", na Biblioteca Municipal de Tavira. Em 2016, o programa teve o apoio do 365 Algarve e mudou de nome para "Festa dos Anos de Álvaro de Campos" e a festa estendeu-se aos meses de outubro e novembro. Foi durante esse ano que a Casa das Artes de Tavira aderiu ao programa e acolheu a exposição dos trabalhos dos estudantes. Ainda em 2016 foram acrescentadas duas oficinas extracurriculares, uma de iniciação a técnicas de gravura pela OBS Oficina Bartolomeu dos Santos e uma de poesia encenada pela Associação Semente de Alfarroba. Em 2017 o tema para as escolas foi "Do Meu Álvaro de Campos" e existiu, pela primeira vez, uma colaboração da Câmara Municipal de Tavira.

Por sua vez, em 2018 perderam o investimento do 365 e "a festa só aconteceu porque os participantes investiram nela, fazendo uso do repertório dos anos anteriores" A exposição dos estudantes tavirenses esteve na Casa das Artes de Tavira e na Casa Álvaro de Campos, onde foi visitada pelo sobrinho de Fernando Pessoa, Luís Miguel Rosa Dias. A exposição passou ainda pela Biblioteca Municipal de Tavira e pela Escola D.Manuel I. Os temas foram o "Futurismo do Nosso Passado" e "Sentir Tudo de Todas as Maneiras". Para o presente ano estão programadas várias atividades, tais como, uma oficina de iniciação a técnicas de Gravura, uma de poesia encenada e uma nova oficina de animação digital pela Casa Fotografia Andrade e as

exposições dos trabalhos dos alunos na CAT. Este ano o tema para os trabalhos dos alunos será "Interseccionar, interligar, interagir", inspirado no poema do movimento interseccionista aplicado à poesia, "Chuva Oblíqua", de Fernando Pessoa. Os alunos que participam no projeto são de Artes Visuais Segundo Ana Cristina Matias, coordenadora do projeto na Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia (ESJAC), "em Tavira há uma tradição de comemorar o aniversário de Álvaro de Campos mas essas comemorações eram quase invisíveis e a partir do momento em que existe uma programadora cultural, Tela Leão, que une esforços e instiga, isso co-

meça a ser muito mais visível". "Com a Festa dos Anos de Álvaro de Campos esta comemoração decorre ao longo de vários meses, sendo que as atividades começam em outubro e vão até novembro, ainda que normalmente, devido ao sucesso do projeto, as atividades sejam repetidas na comunidade noutros meses". O núcleo central de alunos que participa no projeto é do Curso de Artes Visuais, no entanto, existem atividades abertas a qualquer curso e a qualquer ano escolar. José Otílio Pires Baía, diretor do Agrupamento, termina dizendo que “os alunos olham para esta experiência de forma muito positiva”, sendo que “temos tido sempre agradáveis surpresas com os nossos jovens, que são pequenos grandes talentos”.

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••• REGIÃO

Mariza encerra três dias de festa em Olhão foto d.r.

Andrea Camilo / Henrique Dias Freire

jornalpostal@gmail.com

􀪭􀪭 Concerto de Mariza, na noite de 16 de junho, é ponto alto das Festas da Cidade de Olhão

A 16 de junho Olhão celebra o Dia da Cidade, no entanto, as festividades que assinalam este dia marcante para a cidade iniciaram-se a 12 de junho, com a recriação histórica “O Dia em que Olhão fez frente a Napoleão”. Esta dramatização da revolta contra os franceses teve início em Moncarapacho e passou por Pechão, Fuseta e Quelfes. O percurso terminou ao fim da tarde do dia 12, na cidade, quando os olhanenses foram incitados à revolta. No dia 13 de junho, a Ponte de Quelfes foi um dos cenários para a continuação desta dramatização, seguindo-se igualmente cenas na Fonte Velha, em Pechão, e junto ao Caíque Bom Sucesso, na Frente Ribeirinha de Olhão. A 14 de junho, a festa tem início

com a atuação de Moce Mó, e a animação contínua pela noite dentro com os espetáculos de Ricky B, Rafael Sousa, Mariana Barnabé e Luís Guilherme. A noite de sábado, 15 de junho, está reservada para o Moto Convívio Olhão, com atuações a decorrer a partir das 21 horas, no Jardim Pescador Olhanense. Por este palco irão passar os Outsiders, Escolinha do Helder, Fábio Lagarto e DJ Westvil. No dia 16 de junho, as cerimónias oficiais começam às 9:30 horas, com o hastear das bandeiras em frente aos Paços do Concelho, seguindo-se a homenagem aos heróis da restauração de 1808, na Praça da Restauração. Antes da sessão solene comemorativa do Dia da Cidade, às 12 horas no Salão Nobre, haverá uma visita às obras em curso no concelho. O dia termina com o concerto da fadista Mariza, às 22 horas, no Jardim Pescador Olhanense.

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Os sabores do litoral dão o mote às ementas dos 52 estabelecimentos de Cabanas (9), Santa Luzia (7) e Tavira (36), que aderiram a mais uma edição do Festival de Gastronomia do Mar, entre 8 e 30 de junho.

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Segundo Jorge Botelho, presidente da Câmara Municipal de Tavira, “este festival já conta com mais de 15 edições e pretende dinamizar toda a gastronomia da zona de Tavira”, sendo que “cada restaurante adapta uma ementa e coloca um dos seus pratos à apreciação das pessoas”. Atum, corvina, bacalhau, cavala, biqueirão, polvo, choco, camarão, lingueirão, amêijoa, ostra, juntamente com outros acepipes, vinhos e doces regionais convidam à celebração do estilo de vida mediterrânico. David Amaro, gerente do restaurante Vale D’EL Rei, um dos restaurantes participantes, disse ao POSTAL que “o evento é bastante importante para divulgar o restaurante, a gastronomia local, e dar a conhecer os espaços que existem em Tavira”. “O prato principal que temos preparado é polvo à lagareiro com batata-doce e legumes, a entrada são pataniscas de bacalhau e a sobremesa é delícia algarvia com gelado artesanal de alfarroba e laranja. O vinho que sugerimos para acompanhar é o Barranco Longo”. A frescura e valorização dos produtos da época, assim como o convívio entre familiares e amigos são uma constante, ano após ano. Este ano, os restaurantes aderentes são: À mesa, A ver Tavira, Abstracto, Água Salgada, Aladino – Hotel Vila Galé Tavira, Álvaro de Campos, Avenida Balsa by São Sebastião – Maria Nova Lounge Hotel, Cais do Gilão, Casa do Polvo Tasquinha, Copos e Petiscos, Daboca, Di Romma, Dunas, Fenícia, Flor de Sal by Quinta de São Sebastião, Franganário, Gilão, Guarda Rios, Ideal, Imperial, João Belhi, La Dolce Vita, La Petite France, Marés, Mira, Nó de Gosto, O Armazém, O Cantinho, O Chico, O Ciclista, O Monteiro, O Mourão, O Tonel, Orangea Bistro – Ozadi Tavira Hotel, Palatus, Polvo & Companhia, Ponto de Encontro, Principal, R&M, Sabores Asiáticos, Sabores da Ria, Sal no Ponto, Salinas – Eco Hotel Vila Galé Albacora, Saudade em Português, Ti Maria, Tridoce, Vale D’El Rei, Veneciela, 28 Vinte e Oito, Zé Maria e Lita e Zeca da Bica. À semelhança dos anos anteriores, os participantes neste evento habilitam-se a ganhar inúmeros prémios.


Jovens fizeram-se ouvir no Fórum Dia da Criança celebrado Municipal da Juventude de Alcoutim com passeio de barco Juventude teve a oportunidade de contribuir no Rio Guadiana com as suas ideias e opiniões para a melhoria das condições de vidano concelho de Alcoutim.

foto d.r.

Muita alegria e brincadeira fizeram as delícias dos mais pequenos

Este caderno faz parte integrante da edição n.º 1225 de 14 de Junho de 2019, do jornal Postal do Algarve e não pode ser vendido separadamente

foto d.r.

Jovens abordaram temas como educação, emprego, cultura e turismo

A 1ª edição do Fórum Municipal da Juventude realizou-se no passado dia 18 de Abril em Martim Longo e no dia seguinte em Alcoutim. Tratou-se de um espaço aberto ao diálogo e participação da juventude do concelho de Alcoutim, que contou com a intervenção de duas dezenas de jovens do concelho, que expressaram as suas ideias, os seus projetos, que se fizeram ouvir, tendo consciência que todas as ideias partilhadas serão, posteriormente objeto de análise e reflexão para o futuro do Município de Alcoutim. De salientar que a Câmara Municipal de Alcoutim aprovou a criação do

Fórum Municipal da Juventude com o objetivo de incentivar a população jovem alcouteneja, formal ou informalmente organizada, a participar ativamente neste processo com vista à elaboração e concretização de políticas municipais de juventude, adequadas à realidade e necessidades dos jovens. Câmara Municipal de Alcoutim considera a juventude uma aposta estratégica Esta primeira edição do Fórum da Juventude de Alcoutim abordou temas como a educação / formação, emprego, cultura e turismo, desporto e lazer, saúde e compor-

Programa cultural “Alcoutim com Vida” volta a animar o verão de Alcoutim Projeto foi pensado para públicos de todas as idades

tamentos de risco, associativismo e outros temas, num espaço de discussão onde os jovens do concelho tiveram a oportunidade de contribuir com as suas ideias e opiniões para a melhoria das condições de vida de Alcoutim. O vereador do pelouro da Juventude, Luís Conceição, presidiu a iniciativa, e referiu que "considera a juventude uma aposta estratégica”. A juventude mereceu uma atenção especial materializada na criação desta iniciativa, considerando que será ela que ditará o futuro social do concelho, o Município de Alcoutim irá realizar as próximas duas sessões do Fórum Municipal da Juventude no mês de dezembro de 2019.

Os truques do mágico proporcionaram muita diversão à pequenada

As crianças do concelho de Alcoutim celebraram o Dia Mundial da Criança, que se assinala no dia 1 de Junho, com atividades que decorreram na segunda-feira, 3 de Junho. Os mais novos tiveram a oportunidade de dar um passeio de barco pelo Rio Guadiana, participar em espetáculos de karaoke e deliciar-se com as habilidades feitas por um mágico, tendo contado com a presença do presidente da Câmara Municipal, O projeto, de cariz cultural e recreativo, conta com oito espectáculos, a partir das 22 horas, e foi pensado nos residentes e visitantes desta localidade do nordeste algarvio. Pelo palco vão passar sonoridades diversas, como Pop-Rock, Música Tradicional, Fado, Clássicos da Música Portuguesa, Música POP, Música Brasileira, entre outras. foto d.r.

O programa cultural “Alcoutim Com Vida” vai decorrer entre 17 de julho e 28 de agosto e encher de música e animação a praça central da vila.

Osvaldo dos Santos Gonçalves, e do vereador José Galrito, que se juntaram às celebrações. O dia foi passado com muita alegria e brincadeiras por dezenas de crianças que frequentam os infantários e escolas do concelho. As atividades do Dia da Criança foram promovidas pelo Município de Alcoutim conjuntamente com o Agrupamento de Escolas do Concelho de Alcoutim e da Associação de Pais da Escola de Alcoutim (APEEEBIA).

A programação deste ano inclui uma novidade, haverá mais um dia de espectáculos na Praça da República, a uma terça-feira na terceira semana de agosto, ao mesmo tempo que continua a animar as noites de quarta-feira na vila raiana. “Alcoutim Com Vida” é uma iniciativa do Município de Alcoutim que promete, devido ao cartaz variado e gratuito, dinamizar as noites de verão na sede de concelho, agradando a públicos de todas as idades.


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14 de Junho de 2019

Centro de Saúde de Alcoutim disponibiliza consultas de saúde oral

O protocolo vigorará por um período inicial de três anos foto d.r.

O Município de Alcoutim e a Administração Regional de Saúde do Algarve assinaram, no passado dia 10 de maio, um protocolo de colaboração cujo objetivo é a implementação de consultas de saúde oral no Serviço Nacional de Saúde, nos cuidados de saúde primários, do Município de Alcoutim.

No âmbito deste acordo, a Administração Regional de Saúde do Algarve compromete-se a disponibilizar consultas de saúde oral aos utentes do Serviço Nacional de Saúde inscritos

Projeto “Apoio aos diabéticos do Algarve” mantém-se em Alcoutim A Câmara Municipal de Alcoutim atribuiu um apoio financeiro de 4.500 euros anuais ao projeto foto d.r.

No âmbito do projeto “Apoio aos diabéticos do Algarve”, o Município de Alcoutim assinou, no passado dia 13 de maio, um protocolo com a Associação para o Estudo da Diabetes Mellitus e de Apoio ao diabético do Algarve (A.E.D.M.A.D.A.).

A assinatura do protocolo surgiu no sentido de dar apoio de ordem médico-clínica e de reabilitação aos munícipes que sofrem desta doença crónica com necessidades especiais. Deste modo, a Câmara Municipal de Alcoutim atribuiu um apoio financeiro de 4.500 euros anuais ao projeto e encaminha os doentes, através do gabinete de ação social, para a A.E.D.M.A.D.A., que se encarrega de prestar todo o apoio diabetológico necessário. Todos os doentes abrangidos pelo protocolo beneficiam de uma constante abordagem global (enfermagem, médico-diabética, dietética, psicológica, podológica e farmacológica), de acordo com as suas necessidades, sendo seguidos e encaminhados para o Hospital Distrital de Faro quando as circunstâncias o exijam. Atualmente, a autarquia alcouteneja, que também disponibiliza transporte para as consultas, tem inscritos, através do gabinete de ação social, mais de sete dezenas de doentes diabéticos do concelho.

Câmara de Alcoutim lança programa

“Vamos a Banhos” para ocupar tempos livres dos jovens

Iniciativa pretende fomentar hábitos de vida saudáveis e uma melhoria dos relacionamentos sociais A primeira edição do programa “Vamos a Banhos” vai decorrer entre 24 de Junho e 31 de Julho em Martim Longo e Alcoutim. Trata-se de uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Alcoutim, que consiste em idas para a Piscina Municipal em Martim Longo (segunda-feira), Praia

Fluvial e canoagem em Alcoutim (quarta-feira), no período da manhã e destina-se aos alunos do 5º ao 12º ano. O grande objectivo do programa “Vamos a Banhos” é fomentar hábitos de vida saudáveis e uma melhoria dos relacionamentos sociais, ocupando os tempos livres dos alunos do concelho. As atividades são sempre acompanhadas pelos técnicos da autarquia.

Os interessados em participar no programa devem fazer a sua inscrição na Câmara Municipal de Alcoutim, junto dos Serviços de Desporto, através do telefone 281 540 500. A autarquia alcouteneja disponibiliza os meios de apoio, logísticos e humanos, necessários aos participantes. O transporte é da responsabilidade da autarquia, o almoço não está incluído.

no Agrupamento de Centros de Saúde Algarve III – Sotavento – Centro de Saúde de Alcoutim. Este órgão será, também, responsável por realizar as obras necessárias no espaço dedicado às consultas de medicina dentária no Centro de Saúde de Alcoutim, bem como, garantir os recursos humanos necessários à realização das consultas e garantir a formação adequada dos recursos humanos afetos à prestação de consultas. O investimento do Município de Alcoutim é de 24.600 euros

Por sua vez, o Município de Alcoutim comprometeu-se a financiar a Administração Regional de Saúde do Algarve com uma verba de 24.600 euros destinada à aquisição, por parte desta, de equipamento clínico para a sala de saúde oral do Centro de Saúde de Alcoutim. No âmbito de políticas de apoio social desenvolvidas pela Câmara Municipal de Alcoutim, o estabelecimento de uma parceria com a Administração Regional de Saúde do Algarve contribuirá simultaneamente para a promoção de uma política efetiva de combate às assimetrias territoriais e sociais.

Alcoutim cria torneio em homenagem ao professor Luís Conceição

Selecionador Nacional de Futsal Feminino levou a equipa lusa a conquistar vários títulos foto d.r.

O Pavilhão Municipal José Rosa Pereira, em Martim Longo, recebeu o 1º Torneio Futsal “Prof. Luís Conceição” a 25 de maio. Esta foi uma iniciativa da Associação Inter-Vivos, que contou com o apoio do Município de Alcoutim. Este evento procura oferecer a possibilidade de os atletas da Associação participarem num quadro competitivo alargado e incentivar a prática do Futsal. O torneio, que teve início às 11 da manhã e durou todo o dia, surgiu com o intuito de prestar uma homenagem ao professor Luís Conceição. Luís Conceição iniciou o seu percurso como treinador na aldeia de Martim Longo, no concelho de Alcoutim. Durante 12 épocas orientou a equipa local, Inter-Vivos, onde conquistou vários títulos a nível distrital. Em 2011 assumiu funções como Selecionador e coordenador Distrital de futsal da Associação de Futebol do Algarve, cargo que ocupou durante três temporadas, nos mais diversos

escalões jovens. Iniciou funções na Federação Portuguesa de Futebol em 2014, como Selecionador Nacional de Futsal Feminino, cargo que mantém até ao momento, tendo levado a Equipa das Quinas à conquista de vários títulos entre os quais o de vice-campeã europeu e vice-campeã mundial, assim como a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude. Recebeu vários galardões individuais, entre os quais o prémio “Cândido de Oliveira” atribuído pela ANTF na época 2013/14. O torneio contou com a participação, no escalão de Iniciados Masculinos, das equipas: Inter-Vivos, Boavista FC, Internacional Évora, F. Salesianos, Gejupce, São Pedro FC, no escalão de Juniores Femininas: Internacional de Évora, UD Castromarinense, CDR Pedra Mourinha, e no escalão Seniores Femininas as equipas: Farense, NSL Almodóvar, GDC Baronia, UD Castromarinense e Mineiro Aljustrelense.


14 de Junho de 2019

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ETAR de Montes do Rio em Alcoutim já funciona

A infraestrutura tem como grande objetivo tratar as águas residuais geradas pela população foto d.r.

Intervenção teve como base uma candidatura aprovada pelo POSEUR

O Município de Alcoutim finalizou recentemente a empreitada de execução da Estação de Tratamento de Águas Residuais de Montes do Rio.

A operação foi concluída no final de março com a entrada em funcionamento da infraestrutura, que tem como principal objetivo tratar as águas residuais geradas pela população residente em Montinho das Laranjeiras, Laranjeiras, Guerreiros do Rio, Álamo e Corte das Donas.

A referida intervenção teve como base uma candidatura aprovada pelo POSEUR, financiada pelo Fundo de Coesão à taxa de 85%, com um montante elegível de 198.010 euros. A Câmara Municipal de Alcoutim anunciou que “a operação foi concluída no final de março de 2019, com a entrada em funcionamento da infraestrutura, tendo sido atingidos todos os resultados contratados com a Autoridade de Gestão, nomeadamente uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR)”.

A infraestrutura foi construída para servir até 500 equivalentes de população, população adicional servida pelas melhorias do sistema de saneamento de águas residuais em baixa de 100 equivalentes de população, uma Estação Elevatória construída, população adicional servida pelas melhorias do sistema de saneamento de águas residuais em baixa de 100 pessoas, alojamentos abrangidos com avaliação satisfatória no cumprimento dos parâmetros de descarga de 100% destas localidades.

Jornadas em Alcoutim refletiram sobre "O Papel da Via Algarviana no Ecoturismo do Algarve" Encontro celebrou o 10º aniversário da Via Algarviana As jornadas de reflexão “o papel da Via Algarviana no Ecoturismo do Algarve” realizaram-se no passado dia 29 de maio, no Espaço Guadiana, em Alcoutim. O evento iniciou-se com um painel constituído por Osvaldo Gonçalves, presidente da Câmara Municipal de Alcoutim; José Victoriano, presidente da Almargem; João Carlos Simões, presidente da União de Freguesias de Alcoutim e Pereiro; João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve; e Filipe Silva, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal. Depois de uma sentida homenagem a João Santos, fundador da Almargem e mentor da Via Algarviana,

foi dada a palavra a João Ministro e Francisco Graça, profundamente ligados à génese da GR13. Destaque para o testemunho de Roderick Frew, do grupo Algarve Walkers, seguindo-se o painel “Como a Via Algarviana tem contribuído para economia do interior Algarvio?”. Durante o evento tiveram lugar testemunhos de vários empresários que se debruçaram sobre esta temática. Relatos, memórias e emoções de quem percorreu os 300 quilómetros da GR13 Fulvia Almeida, diretora de antena da Rua Fm esteve à conversa com Olga Ludovico, da Casas D’Aldeia;

João Ministro, da ProactiveTur; Cátia Graça, do restaurante e alojamento “A Tia Bia”; e António Faustino, da Casa da Campo Vale das Hortas. “Eu percorri a Via Algarviana” foi outra das abordagens apresentadas. Neste painel ouviram-se os relatos, as memórias e as emoções de quem percorreu os 300 quilómetros da GR13 que atravessa o interior algarvio. António Banha, Paco Terreno, Carlos Videira e Cândida Nunes participaram na modalidade pedestre. Por sua vez, Fernando Dias, Emanuel Aniceto e Fernando Viegas optaram pela modalidade de BTT. Elisabete Rodrigues, diretora do Sul Informação, foi a moderadora desta interessante conversa.

No período da tarde, Anabela Santos, coordenadora da GR13, apresentou as candidaturas aprovadas, que serão alvo de algumas novidades. foto d.r.

O encerramento do evento reuniu em palco Osvaldo Gonçalves, presidente da Câmara Municipal de Alcoutim; Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé; Vítor Guerreiro, presidente

da Câmara de São Brás de Alportel; Adelino Soares, presidente da Câmara Municipal de Vila do Bispo; Filipe Vital, vice-presidente do Município de Portimão; e António Carvalho, vereador do Município de Aljezur. Aos autarcas juntaram-se Filipe Silva, do Turismo de Portugal; João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve; Anabela Santos, coordenadora da Via Algarviana; e o moderador Joaquim Mealha, da Almargem. Durante as jornadas foi abordada a importância desta rota e o que ainda há a fazer pela Via Algarviana no futuro. Este foi um dia de reflexão e também de celebração do 10º aniversário da Via Algarviana.

Alcoutim dá a conhecer potencialidades no Tenerife Walking Festival Evento proporcionou troca de experiências entre empresas e operadores de turismo A Câmara Municipal de Alcoutim participou, entre os dias 22 e 25 maio, no Tenerife Walking Festival, na ilha de Tenerife, nas Canárias, em Espanha.

No evento participaram cerca de 200 pessoas de mais de uma dúzia de nacionalidades diferentes, incluindo operadores turísticos, agentes de viagens e meios de comunicação social. Durante a semana, o programa do festival apresentou um total de 15 rotas diferentes que estão espalhadas por todo o território insular canário. Caminhadas com o pico do Teide, a 3.718 metros de altitude, como cenário de fundo, percursos

em bosques de pinheiros ou de Laurissilva, em paisagens vulcânicas, ou em veredas junto ao mar e em locais isolados, deram a conhecer a diversidade das paisagens e a variedade de microclimas da ilha de Tenerife. Em paralelo com os passeios, organizaram-se conferências, apresentações musicais, degustação de cozinha tradicional, mostra de empresas de turismo ativo, piqueniques no final de algumas das rotas e o desfile final do festival com a participação das delegações das várias nacionalidades participantes. Alcoutim apresentou o Festival de Caminhadas de Alcoutim e Sanlúcar de Guadiana O Serviço de Turismo do Município de Alcoutim apresentou o Festival de Caminhadas de Alcoutim e

Sanlúcar de Guadiana na sessão de comunicações do festival, onde definiu os objetivos estratégicos da parceria entre os dois festivais, entre os quais a realização do ato oficial de geminação entre os dois eventos, a promoção e comunicação do compromisso de sustentabilidade conjunta, a integração em redes internacionais de festivais de caminhadas e encontros de trekking, a obtenção de selo ambiental conjunto, o intercâmbio de empresas turísticas em percursos guiados, entre outros. Para além da presença institucional e da abordagem das parcerias entre festivais, a participação nestes dias de festival proporcionou o encontro e troca de experiências com empresas de turismo de natureza e aventura, operadores turísticos, associações de caminhadas, fede-

rações, jornalistas e bloggers que manifestaram o seu interesse em visitar Alcoutim e o seu Festival de Caminhadas, organizado em conjunto com Sanlúcar de Guadiana e integrado no Algarve Walking Season, programa de festivais de caminhadas no Algarve, apoiado pelo Turismo de Portugal, e que tem como parceiros o Turismo do Algarve, a Cooperativa de Querença e a Associação Almargem. Nesta quinta edição do evento, o Município de Alcoutim esteve presente como convidado, entre um grupo de entidades organizadoras de outros festivais, operadores turísticos, agentes de viagens, empresas de turismo ativo, bloggers e jornalistas, que a organização do evento, o Turismo de Tenerife, com o apoio da ERA (Associação Europeia Trekking), da EUMA (União Europeia das Asso-

ciações de Montanha), da FEDME (Federação Espanhola de Desportos de Montanha e Escalada) e da FECAMON (Federação Canaria de montanhismo), reuniu com um claro objetivo de captação de mercados, de forma a potencializar aquele que é já um dos mais destacados festivais de caminhadas da Europa. Para além dos participantes convidados o evento reuniu mais de 200 caminhantes oriundos de todas as partes do mundo. O convite ao Município de Alcoutim surge na consequência das parcerias criadas nos passados dias 30 de novembro e 1 de dezembro, aquando da apresentação do Tenerife Walking Festival no Fórum de Turismo de Caminhadas e Natureza, evento organizado pela Associação Odiana em parceria com a Câmara de Alcoutim.


Praça da Republica em Alcoutim | 22 h 00

17 de Julho • COOKIE MONSTERS BAND • 24 de Julho • FOLE`PERCUSSION • 31 de julho • FADISTAS: NÁDIA CATARRO e MÁRCIO GONÇALVES • • GUITARRA PORTUGUESA – JORGE FRANCO • • VIOLA DE FADO – VIRGÍLIO LANÇA • 7 de Agosto • DOMINGOS CAETANO, CANTA CLÁSSICOS DA MÚSICA PORTUGUESA • 13 de Agosto • Ricardo Sousa com Banda • 14 de Agosto • AL-GHARBAND • 21 de Agosto • FORRÓ DO XERÉM • 28 de Agosto • MÚSICA NO TEU TEMPO •


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REGIÃO •••

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“O amor salva tudo” – Voluntários que são heróis fotos d.r.

esta, é preciso pessoas que estejam disponíveis imediatamente, o que nem sempre é fácil, até porque já tenho uma filha e soube que ia ser pai pela segunda vez um dia antes de ir, e foi tudo um misto de emoções”. Nunca ninguém está preparado para ir para um cenário destes

􀪭 Voluntários vivem momentos e experiências que marcaram as suas vidas Andrea Camilo / Henrique Dias Freire

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Joana Fontes e Nuno Jordão são dois enfermeiros portugueses que embarcaram, de braços abertos, na missão portuguesa em Moçambique. A 4 de março de 2019 formou-se, na costa Leste de Moçambique, o ciclone Idai. A 14 de março, a força deste fenómeno da natureza atingiu a cidade da Beira, deixando para trás um rasto de destruição. Esta foi a primeira missão da enfermeira do Hospital de Faro que

explicou ao POSTAL que "o convite surgiu de uma grande amiga minha que faz parte da Cruz Vermelha Portuguesa e me mandou uma mensagem a perguntar se eu queria integrar a equipa da Missão Embondeiro, e eu, não pensei duas vezes, este era um sonho que eu já tinha há muito tempo e aceitei". Joana chegou à cidade da Beira a 9 de maio, onde permaneceu durante duas semanas. Nuno é voluntário da AMI há muitos anos e diz ao POSTAL que “já participei em diversas missões com eles e com outras organizações também. Numa situação de emergência como

No que diz respeito a esta experiência, os dois jovens ficaram “muito agradecidos ao Hospital de Faro pela dispensa que nos permitiu embarcar nesta aventura” e partilham da mesma opinião: “nunca ninguém está preparado para ir para um cenário destes, é um contexto de catástrofe. Quando partimos levamos motivação, vontade, mas nunca estamos preparados, nem em termos culturais, nem em termos daquilo que podemos ver no terreno”. Quanto às adversidades que encontraram, Nuno é muito assertivo, dizendo que “aqui temos os meios todos à nossa disposição e lá temos de jogar um bocadinho com a improvisação, temos de utilizar aquilo que existe e ser criativos. Houve alturas em que uma cama dava para três crianças, as mães colocavam um pano seu por baixo de cada criança e tínhamos de utilizar o espaço disponível”. No que toca à missão desenvolvida pub

pelos portugueses em Moçambique, o enfermeiro explica ao POSTAL que “o foco principal da emergência foi o surto de cólera. Esta é uma doença que já é endémica em Moçambique e, obviamente que um evento desta natureza, podendo afetar infraestruturas, vai fazer com que ainda se propague mais. Para além do tratamento dos pacientes, era nossa função identificar, também, os locais onde estes foram contaminados de forma a poder sinalizar as fontes de cólera e descontaminá-las”. Durante a sua permanência na Beira, os jovens trabalharam “conjuntamente com equipas locais”, criando uma comunicação no terreno e criando a oportunidade de que o trabalho iniciado possa ser continuado pelos profissionais de saúde locais. "A Cruz Vermelha integrou a missão a par com os Médicos do Mundo, já numa fase de desenvolvimento em que o foco dos trabalhos era o desenvolvimento e a parceria de cuidados. Houve muita partilha de conhecimento da nossa parte para eles e deles para nós. Aqueles profissionais têm um conhecimento muito mais capaz relativamente às epidemias a que estão mais habituados, acabaram por nos ensinar muito também", diz Joana ao POSTAL, acrescentando que “embora lá exista uma finitude de materiais, isso não impede que os cuidados se-

jam efetuados com qualidade, nem impede a potenciação da capacidade de aprendizagem". Esse amor, por vezes, salva tudo Em jeito de balanço da sua estadia na cidade da Beira, o voluntário da AMI afirma que “foi muito especial, estamos a falar de Moçambique que tem aquela aura muito própria e é um país com um ritmo muito seu também. Vim de lá mais humanizado”. Também Joana diz que a experiência mudou a sua vida, “por vezes aquelas pessoas que tinham perdido tudo só precisavam de um abraço, de colo, e isso fez com que eu desse mais valor a muita coisa”.

Para trás, os jovens deixaram momentos, experiências e pessoas que marcaram as suas vidas. Consigo trouxeram as memórias e as histórias de um povo “muito resiliente, mas carenciado em amor, e esse amor, por vezes, salva tudo”. pub


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MISSÃO CULTURA •••

Serviços Educativos nos monumentos: Signo e significados Os monumentos nacionais da tutela da DRCAlgarve são espaços patrimoniais de dimensões histórico-arquitetónicas, geográficas, ambientais e espaciais diversas e plurais. Cada monumento, um signo e muitos significados que têm vindo a ser trabalhados com diversificados públicos, através de dinâmicas de serviço de educação não formal, de forma a proporcionar o descobrir, o sentir e viver estes espaços, estimulando o diálogo, criando laços a partir da participação ativa, promovendo e divulgando o conhecimento, pedra basilar para a valorização e a defesa do património. A título de exemplo, na Fortaleza de Sagres, foram criados programas direcionados para a faixa infanto-juvenil e grupos escolares, introduzindo atividades de tipologias e temáticas diversas, orientadas para a descoberta, a interação e o diálogo, desenvolvendo laços de longa duração com as comunidades escolares. Os monumentos são também espaços de interpretação e reinterpretação cultural que colocam desafios à criação nas diferentes áreas de expressão artística, de comunicação, e são espaços de envolvência. Neste contexto, ao longo dos anos, implementaram-se projetos educativos variados, como os concursos Da janela da minha escola—vejo um monumento, que envolveu a comunidade escolar da região através do cruzamento das artes e do património, e o concurso de leitura expressiva LER COM…, no qual a Fortaleza de Sagres associou o signo das descobertas à diáspora da língua portuguesa, trabalhou a literacia e levou os alunos do barlavento algarvio a conhecer autores de expressão portuguesa. As dinâmicas de educação nos monumentos relacionam pessoas com conhecimentos e capacidades diferentes, de todas as faixas etárias, de diversa condição sócio-económica, de diversas culturas e estimulam a partilha multigeracional, a multiculturalidade e o desenvolvimento da criatividade artística. Este é um dos objetivos subjacentes à criação do programa DiVaM, o programa anual de dinamização e valorização dos monumentos da DRCAlgarve, que integra diversificados eventos e novas criações e produções de associações culturais do Algarve.

Ficha técnica fotos d.r.

Na Fortaleza de Sagres foram criados programas para a faixa infanto-juveni •

O trabalho em serviços de educação nos monumentos é um trabalho em permanente construção e renovação. Nem sempre visível ou entendido no seu todo, exige dedicação, persistência e resiliência, nunca perdendo de vista que trabalhamos para e com pessoas de todas as idades e em diversos contextos, de forma interativa e em diálogo permanente para persecução dos objetivos, sem nos tornamos «de-

bitadores» de informação e eventos. Os monumentos não são espaços isolados, são património da região e fazem parte da sua identidade cultural. É fundamental que continue o envolvimento entre entidades e instituições públicas, privadas e agentes culturais e criativos regionais. l Direção Regional de Cultura do Algarve

Direcção: GORDA Associação Sócio-Cultural Editor: Henrique Dias Freire Paginação e gestão de conteúdos: Postal do Algarve Responsáveis pelas secções: • Artes visuais: Saul de Jesus • Espaço ALFA: Raúl Grade |Coelho • Espaço AGECAL: Jorge Queiroz • Espaço ao Património: Isabel Soares • Filosofia dia-a-dia: Maria João Neves • Letras e literatura: Paulo Serra • Missão Cultura: Direção Regional de Cultura do Algarve • Reflexões sobre urbanismo: Teresa Correia • Colaboradores desta edição: Ana Isabel Santos Parceiros: Direcção Regional de Cultura do Algarve e-mail redacção: geralcultura.sul@gmail.com e-mail publicidade: anabelag.postal@gmail.com online em: www.postal.pt e-paper em: www.issuu.com/ postaldoalgarve FB: www.facebook.com/ postaldoalgarve/ Tiragem: 8.553 exemplares


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LETRAS E LEITURAS •••

O Café de Lenine, de Nuno Júdice Paulo Serra

Doutorado em Literatura na Universidade do Algarve; Investigador do CLEPUL

Nuno Júdice, nascido na Mexilhoeira Grande, Algarve, em 1949, volta à prosa com esta novela, três anos depois da publicação de A Conspiração Cellamare, aqui apresentado. São 135 páginas em que o autor nos brinda com a sua deliciosa e irónica prosa narrativa, onde tergiversa sobre os mais diversos assuntos, não em jeito de crónica, mas como quem entretece uma vasta teia em que todos os assuntos se podem discutir e muitas vezes interligar, quase como uma conversa de café. Como vem a ser hábito na sua ficção, o autor entrecruza a memória com a crónica, enquanto parece desmontar a natureza da própria arte de narrar, num aliciante jogo com o leitor de desvelamento de técnicas ou estratégias autorais: «Nunca soube qual a melhor maneira de começar um romance, ou antes, talvez sempre tenha sabido a pior maneira de o começar. Diz-se

que é preciso ambição, que temos de olhar para o fim e não para o princípio» (p. 9). É um pouco a medo que nos aventuramos nesta incursão sobre a novela de Nuno Júdice, pois entre as várias farpas lançadas pelo autor, não escapa a crítica aos críticos de literatura, que aliás figura logo em epígrafe no início do livro com uma passagem de Aquilino Ribeiro: «Imagino que a política literária, verdadeira, muito útil à literatura e particularmente aos seus cultores, está em os chamados críticos dos jornais diários falarem dos livros aparecidos dentro do período do ferro quente, em que a sezão não se completou ainda e a curiosidade do público está alvoroçada ou se imagina estar». O certo é que a prosa de Nuno Júdice é irreverente, como quando compara a inspiração ao zumbido de um mosquito importuno, e o diálogo irónico que estabelece com o leitor diverte e envolve não pela substância da história mas pela forma como se predispõe a contar: «Estou a ver, neste momento, as dúvidas que começam a surgir: ao fim de várias páginas, e para além de um significativo conjunto de insectos ainda não há um único personagem?» (p. 23). Mas quem leu as anteriores obras de ficção sabe que raramente a personagem é outra que não a figura do

narrador. Até porque a «personagem é um ser incómodo para o escritor. Precisa de um nome, de um corpo, de uma psicologia – a não ser que o livro seja daqueles que contraria essa exigência – e de um contexto» (p. 23). Não se quer com isto defender as virtudes do diarista sobre as do cronista ou do narrador, pois num diário o escritor «pode confessar as suas tristezas, os seus males, pode dizer como está feliz ou infeliz» mas «tudo parece construído a partir de situações e de cenários que temos dificuldade em reconhecer na realidade porque ninguém, alguma vez, usaria aforismos tão profundos no seu quotidiano» (p. 39). E nem sempre os autores precisam do diário para falar de si, como é o caso de Gustave Flaubert que ao escrever a história de Emma Bovary escreve a sua prórpia história... O autor-narrador de O Café de Lenine reflecte assim sobre a arte do romance e de escrever, enquanto evoca o próprio conjunto da literatura, ou da biblioteca pessoal que aqui lhe diz respeito, invocando nomes maiores e personagens que ganham vida na contemporaneidade destas páginas, como Julian Barnes, Camões, Daniel Defoe, Sartre, Khalil Gibran, Teixeira Gomes, Antero, Stendhal, e coloca Guerra Junqueiro a discutir com Lenine num café sobre Rousseau.

Na literatura, afinal, não há convenções nem limites para as possibilidades da ficção, e no pensamento do leitor de hoje tudo pode conviver em harmonia, até quando Emma Bovary entra no quarto de hotel do narrador, ou quando Camille Claudel o convida para o seu atelier.

foto rI NGo tA NGo

As Regras da Cortesia, de Amor Towles

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.

Sensivelmente um ano depois de Um Gentleman em Moscovo, a Dom Quixote publica As Regras da Cortesia e, novamente, numa belíssima edição de capa dura, com excelente tradução de Tânia Ganho, que aliás enriquece a leitura com contexto sócio-cultural relativo ao cenário e indica cirurgicamente as alusões e jogos literários que pontuam a narrativa. Apesar de publicada em segundo lugar, esta foi a obra de estreia de Amor Towles. O autor nasceu em Boston, formou-se em Yale e este seu primeiro romance, originalmente publicado em 2011, foi considerado um dos melhores livros do ano pelo Wall Street Journal, traduzido para mais de 15 línguas e teve os direitos de adaptação ao cinema comprados – pode-se aliás imaginar uma adaptação ao estilo do The Great Gatsby de Baz Luhrmann. O escritor trabalhou durante 20 anos como investidor e dedica-se agora exclusivamente à escrita. A acção inicia na última noite do ano de 1937, quando Katey, filha de emigrantes russos, e Eve, a sua colega de quarto e melhor amiga, conhecem Tinker, um jovem banqueiro e um verdadeiro cavalheiro, envolto no seu sobretudo de caxemira, num clube de jazz com o esperançoso nome de The

Hotspot. Contado a partir da sua perspectiva numa sábia e bem-sucedida meia-idade, cerca de 30 anos depois, Katey vai relembrar como se apaixonou, como viveu e sofreu, como iniciou a sua escalada social. E, apesar de ser sempre um tema delicado e uma declaração passível de polémica, a voz narrativa na primeira pessoa, filtrada pela perspectiva da protagonista, é de tal modo bem conseguida que sentimos que o autor do romance é, na verdade, uma mulher. Neste livro ressoa ainda a paixão do autor pela Rússia (cenário do seu segundo romance) e pelos autores russos, além de haver um constante jogo intertextual com diversas obras, poemas e autores. O próprio título da obra é adaptado a partir de um guia de boas maneiras de George Washington e quase todos os títulos de capítulos contêm referências literárias, ou não fosse a jovem heroína uma leitora inveterada. Note-se aliás esta passagem: «Coberta de neve em pó, Washington Square não podia estar mais bonita. (...) No número 25, uma mão abriu uma cortina no primeiro andar e o fantasma de Edith Wharton contemplou a praça com tímida inveja. Doce, perspicaz, assexuada, observou-nos a passar, perguntando-se quando é que

o amor que ela imaginara com tanta mestria ganharia coragem para lhe bater à porta» (p. 36). É curiosa a tímida dicotomia que se tece entre a vida na alta sociedade e a maravilha de nos retirarmos do mundo e viver em simplicidade como no Walden de Henry David Thoreau, mas é inegável que a verdadeira protagonista deste romance é a sedutora cidade de Nova Iorque, quando emerge vitoriosa do fim da Depressão, apesar da guerra que se avizinha na Europa. Através de Tinker, Katey conhece toda uma nova sociedade e descobre o conforto do luxo, mas sem nunca se deslumbrar: «quando uma pessoa perde a capacidade de tirar prazer do mundano – do cigarro fumado na soleira de casa ou da bolacha de gengibre comida no banho de imersão –, provavelmente colocou-se numa situação de perigo desnecessário». Podemos até não concordar com estes pequenos prazeres, e optar por outros, mas o certo é que «temos de estar prontos para lutar pelos prazeres simples da vida e para os defender da elegância, da erudição e de toda a espécie de tentações cheias de glamour» (p. 159). Para nós leitores, este será certamente um desses prazeres da vida. l


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ESPAÇO ALFA •••

Pedro Santos

Membro da ALFA

A equipa da ALFA nos próximos três anos decidiu dinamizar um projeto para valorizar as aldeias do interior do Algarve. Optámos por uma aldeia por concelho para ter alguma representatividade do território geográfico. Núcleos que verdadeiramente povoam o território com gente simpática, trabalhadora e

Turismo, “slow life” e saber tradicional: Momentos fotográficos sempre em boa companhia resiliente que resistem à vontade de procurar o litoral para melhorar a sua condição económica. Este projeto do Algarve interior está na programação desta Associação nos próximos anos, à razão de quatro localidades por ano, num ciclo para cada lugar que vai desde a pesquisa para um conhecimento inicial ao estabelecer contactos e

laços com parceiros locais (Câmara Municipal, Juntas de Freguesia, Paróquias, Cooperativas, Lares, etc) para um conhecimento mais aprofundado da realidade local, às necessidades fulcrais de entrevistar, filmar e fotografar nas circunstâncias e ocasiões mais apropriadas até ao retorno que pretendemos dar a estas comunidades.

Esse retorno é uma peça fundamental deste projeto e pensamos que o diferencia de alguns outros já desenvolvidos sobre esta temática, nomeadamente por reputados profissionais como Telma Veríssimo, Hélio Ramos, Vasco Célio, Eduardo Pinto ou Nuno Jesus, pois pretende-se mostrar a cada comunidade como ela é vista pelos olhos dos ou-

tros de fora e revelar novos “spots”. Estas comunidades do interior são menos povoadas, mais dispersas e, em geral, com gente mais idosa, num ritmo de vida mais lento e próximo dos ciclos da natureza. É esse tipo de vida, essa slow life, com os vários atores que queremos captar e é esse olhar que lhes queremos devolver. l foto pEdro sANtos

A aldeia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, no concelho de Tavira•

ESPAÇO AGECAL •••

As casas do sul Ana Isabel Santos Arquitecta

Local de passagem entre continentes, o Algarve foi, desde a origem, um território diversificado e em constante alteração. Romanos adaptaram feitorias fenícias, islâmicos invadiram territórios romanos, os cristãos vindos do Norte, após a Reconquista, converteram os núcleos urbanos consolidados e

conquistados, absorvendo conhecimento construtivo nos seus espaços, entre casas e ruas que encerram valores e aspirações das mais importantes civilizações do mediterrâneo. A maioria destas casas – arquiteturas sem arquiteto – em taipa ou adobe, em xisto, calcário ou brecha, caniço, telhas e tijoleiras de barro Santa Catarina ou palha e construíam-se irrepreensivelmente abrigadas dos ventos de Norte, entre as linhas de festo e as linhas de água, nos territórios do barro e da cal com espaços interiores de grande conforto térmico e eficácia técnico/ funcional. A começar pela orientação, sempre com a frente virada a sul, onde se criavam vãos e espaços exteriores de trabalho e convivência, geralmente com forno, eira e tanque associa-

do, muitas das vezes para recolha das águas pluviais. A tardoz, virada a Norte, as paredes exteriores não tinham vãos, exceto um ou outro postigo, utilizados ocasionalmente para ventilação transversal e todas estas soluções intuitivas eram usadas em casas urbanas e rurais, o que formou uma grande coerência formal e construtiva apoiada nas pequenas economias e materiais locais. Mas, após a Revolução Industrial tudo se começa a desagregar. A industrialização contribuiu de forma acelerada para a difusão dos novos sistemas construtivos e, nos anos 40, as estruturas de betão armado começam a ser implementadas. Em menos de vinte anos a construção de pilar e viga torna-se no método predominante de construção acompanhando o ritmo frenético

da turistificação do litoral. O uso de materiais locais e sustentáveis desaparece dos hábitos de construção das populações e, apesar da qualidade plástica, térmica e estética, as antigas construções passam a representar, para a generalidade da sociedade, um atraso secular em oposição às novas construções. Um pouco por todo o Algarve disseminam-se materiais importados, mas de fraca qualidade, sobretudo provenientes do plástico, volumes e avançados nos alçados, platibandas, panos de vidro, cores e texturas que em nada recordam o passado construtivo de grande coerência e qualidade, sobretudo técnica e climática. E a irreversibilidade do erro torna-se real quando refletimos sobre o passado: de facto se olharmos para

os antigos solares de pedra e cal, vemos que a arquitetura soube criar nobreza sem riqueza, daí a pureza e a dignidade de tantas casas antigas que foram destruídas ou ainda sobrevivem, embora condenadas ao desaparecimento. Nas palavras de Bernard Rudofsky “a arquitetura vernácula não atravessa ciclos de moda. Ela é quase tão imutável, de facto e sem necessidades de melhoramento porque já desempenha as suas funções, na perfeita relação com o território onde se insere”. Quanto mais nos afastamos da arquitetura tradicional e promovemos novas e desajustadas construções maiores dificuldades teremos em adaptar-nos aos desafios do tempo, do clima e aos cada vez mais escassos recursos naturais. l

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ARTES VISUAIS •••

Quanto pode valer uma obra de arte? fotos d.r.

Saul Neves de Jesus

Professor Catedrático da Universidade do Algarve; Pós-doutorado em Artes Visuais; https://saul2017.wixsite.com/artes

No passado dia 15 de maio, a escultura “Rabbit” (Coelho), do artista norte-americano Jeff Koons, foi vendida por 91 milhões de dólares (cerca de 81 milhões de euros) num leilão da Christie’s, em Nova Iorque, estabelecendo um novo máximo histórico no valor pago por uma obra de um artista vivo. Há apenas sete meses, também na Christie’s, em Nova Iorque, tinha sido leiloada a pintura “Retrato de um artista (Piscina com duas figuras)” (1972), de David Hockney, por 90 milhões de dólares (mais de 79 milhões de euros), tendo sido a obra de um artista vivo a atingir um valor mais elevado. Em todo o caso, o valor atingido por estas obras de artistas vivos ainda está aquém dos valores mais elevados atingidos em leilões por algumas obras de arte, nomeadamente a pintura “Salvator Mundi”, de Leonardo da Vinci, também vendida pela Christie’s, em Nova York, por 450,3 milhões de dólares (cerca de 364,7 milhões de euros), em 2017, ou a pintura “Les femmes d’Alger”, de Pablo Picasso, que havia sido vendida

Pintura “Retrato de um artista (Piscina com duas figuras)”, de David Hockney (1972) • em 2015 por 179,3 milhões de dólares, ou ainda a pintura “Nu couché” (1917), de Amadeo Modigliani, que atingiu 170,4 milhões de dólares, também em 2015, levando a que se considerasse esse ano como um ponto de viragem na história de arte, pelo valor atingido nas transações de obras de arte. Voltando a Jeff Koons, já em 2013 a sua escultura “Ballon Dog (Orange)” tinha sido leiloada por 58 milhões de dólares. A extravagância do preço das obras encontra correspondência na extravagância do próprio Jeff

Escultura “Rabbit”, de Jeff Koons (1986) •

Koons. Tendo sido casado com a actriz porno Cicciolina e apelidando-se de superstar, é um dos artistas mais controversos e também mais conhecidos da arte contemporânea, essencialmente pelas esculturas grandiosas, inspiradas em objetos da cultura de massas, feitas em materiais incomuns. No caso da escultura “Rabbit”, trata-se de um coelho feito de plástico espelhado, imitando aço inoxidável, refletindo o espetador que consome a obra através da observação da mesma. Desde o início dos anos 80 que desenvolve séries temáticas centradas no consumismo, na banalidade, na sexualidade e no prazer. Há quem considere que é um dos exemplos mais conseguidos de alguém que consegue que a arte aconteça dentro do espectador, não pela interação com a obra de arte, mas pelos significados e atribuições associadas às suas obras. Outra característica dos trabalhos de Koons é que não é ele que executa as obras, tendo uma equipa para o efeito. Recentemente, a 13 de maio, inaugurou uma exposição na Fundação Beyelen, na Suíça, em que podem ser encontrados alguns dos principais trabalhos que realizou nos últimos 30 anos, incluindo o tributo a Michael Jackson e ao seu chimpanzé (“Michael Jackson and Bubbles”, de 1988). Esta exposição estará patente até 2 de setembro. O que levou alguém a dar tanto dinheiro por uma obra de Jeff Koons é difícil de explicar e talvez só mesmo quem o fez o possa explicar.

No entanto, em geral, trata-se de compradores que são colecionadores e que vão adquirindo peça a peça

Assim, comprar arte é diferente de colecionar arte. Comprar arte é uma atividade mais aleatória, baseada no gosto e em preferências pessoais, tendo muitas vezes um propósito decorativo. Colecionar arte representa um compromisso mais a longo prazo, com um propósito mais estratégico em mente, envolvendo uma componente afetiva, mas também uma componente cognitiva na tomada de decisão sobre a aquisição de cada obra até um determinado valor. Em todo o caso, não há arte certa ou errada e não há uma maneira certa ou errada de comprar ou colecionar arte. Qualquer um pode colecionar tudo o que quiser, pela quantia que estiver disposto a gastar, desde que a tenha. Paradoxalmente, a posse de obras de arte não se alinha na tendência duma sociedade cada vez mais desprendida da posse de bens e mais focada no consumo imediatista e funcional dos objetos. No entanto, alguém tem de os possuir. E, no que

Jeff Koons junto à sua escultura “Michael Jackson and Bubbles” (1988) • em função do seu gosto pessoal, mas inserindo cada aquisição num fio condutor de coerência interna e numa visão de conjunto de coleção, em que o todo é mais do que a soma das partes.

diz respeito a obras de arte, cada vez parece mais difícil estipular os limites dos valores possíveis de atingir... l

Inauguração da exposição de Jeff Koons, no passado dia 13 de maio •


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FILOSOFIA DIA-A-DIA •••

A Delicadeza foto d.r.

Maria João Neves Ph.D

Consultora Filosófica

“A delicadeza cabe em toda a parte!” costumava dizer a minha avó, se ouvia algum tom de vós mais ríspido entre nós, os netos, que ali passávamos as tardes infantis. A frase ficou-me no espírito. Aprendi, com muito treino, a conseguir comunicar sobre assuntos controversos, não apenas com educação, mas também com esse modo de ser que se expressa desde a postura do corpo ao tom de voz, com a arte da delicadeza. Qual não foi o meu espanto quando em 1996, embreada nos estudos de doutoramento, encontro entre os inéditos de María Zambrano este texto precioso que aqui traduzo. A filigrana da escrita de María Zambrano impõe-me que deixe o seu texto intocado. Modifica-se apenas, em sonoridade e caligrafia, o que a transferência de uma língua para outra exige, tentando preservar a respiração da sua escrita, a musicalidade de cada frase. A Intercomunicação dos Sentidos: a Delicadeza María Zambrano “Tão sistemática é a vida que já no plano sensorial se mostra este seu carácter. Os sentidos não são canais isolados que conduzem a realidade até nós, é coisa bem sabida. É coisa bem sabida, especialmente desde Kant, que os dados dos sentidos se ordenam, desde o nascimento, segundo as formas do espaço e do tempo, próprias da mais íntima estrutura da sensibilidade do homem, e a par da estrutura da realidade. Pela sua parte, a Psicologia estudou há muito tempo o processo de integração dos dados dos sentidos, segundo o qual, isso que vemos e ouvimos aceitando-o como uma transcrição passiva da realidade, é o resultado de uma unificação operada pelo cérebro humano, pelo pensamento, e pela própria razão. Num ser constituído desta maneira, é indispensável que os sentidos entre si comuniquem e formem um sistema, como se diz das montanhas, dos rios e afluentes. Parece que até na natureza rege o sistema. À luz destas considerações podemos discernir facilmente que muitas

A delicadeza é a extrema finura que possuem certas flores e criaturas naturais

virtudes ou qualidades de entre as mais preciosas do ser humano provêm ou pelo menos necessitam da comunicação entre si de vários sentidos, e que sejam como a flor e a cifra desta conjunção sensorial operada, certamente, por alguma coisa que não é sensorial, por esse guia que habita o homem, por esse hóspede que conduz os seus passos sempre mais além, por esse que o arrancou um dia do seu estado primário fazendo-o ultrapassar fronteira atrás de fronteira. Essas qualidades ou virtudes, - no sentido também da virtus latina, quer dizer, de força e poder eficazes - às que aludimos, são o expoente do mais alto grau de civilização, as que medem o verdadeiro nível a que chegou a condição humana. Assim é a delicadeza. É uma virtude eminentemente social, a delicadeza, ainda que tenha uma extensão muito ampla e, nela própria, diversos planos. Mas o que de comum se descobre em toda a gama da delicadeza como virtude é a sua referência ao saber lidar, seja com pessoas, seres vivos, ou coisas. Entendida como qualidade, a delicadeza é a extrema finura que possuem certas flores e criaturas naturais, certos tecidos, porcelanas ou cristais, certos objectos fabricados pela mão do homem, o que nos devolve a delicadeza como acção ou como virtude. Costuma considerar-se a delicadeza como produto da educação. Sem dúvida alguma que certo tipo de educação tendia, sobretudo, a consegui-la: a educação das jovens mulheres nos séculos XVIII e XIX, por exemplo; a educação cavalheiresca desse momento de grande refinamento a que Huizinga chamou ‘o outono da Idade Média’. Mas sem negar o deliberado cultivar da delicadeza nas cortes, nos conventos, nas classes altas de diversas épocas, a vida mostra como a delicadeza salta ali onde em virtude destes historizantes preconceitos

não se está à espera, e, às vezes, em lugares que pareceria que não poderiam jamais albergá-la, vem ao nosso encontro como um perfume ligeiro e penetrante no meio de uma ruela suja. Pois a delicadeza apresenta-se assim, quase sem ser notada, como esses perfumes que se sentem pouco mas que logo acabam por impregnar por muito tempo e cuja recordação é mais viva que a sua presença. A delicadeza seja como qualidade, seja como virtude, pertence a essa família de seres e coisas cuja ausência é mais intensa, mais viva que a sua presença, seja porque se sente a sua falta, seja porque nos recordamos delas. Porquê - perguntamo-nos às vezes - em que consiste este fenómeno suscitado por certo tipo de beleza e valor moral que fazem com que quando já não estão nos deixem, ainda como sensação, uma impressão mais viva e mais forte do que quando a sua presença era imediata? Certos perfumes, certos matizes de cor numa rosa, certos tons de um pôr do sol, certos sorrisos, certos perfis, certas mãos vistas de relance, certas silhuetas apenas entrevistas, certas palavras ditas levemente, uma música que mal difere do rumor da brisa. No campo da ética, certas insinuações que ficaram por recolher pela nossa consciência, por causa da sua leveza ou da sua brandura, longe de terem ido parar ao esquecimento. Não indica isto, acaso, que a delicadeza é um produto último do espírito humano e, por isso mesmo, indelével? A delicadeza, na verdade, ali, onde quer que apareça, é imperecedoura... Manifesta-se já desde o alvor da cultura: vasilhas, diademas, braceletes, broches de ouro ou de outros metais da Idade dos Metais saem um dia à luz, resplandecendo não tanto pelo brilho do ouro, mas pela plenitude da delicadeza com que foram lavrados. Também alguns monumentos do Neolítico assustam, intimidam, porque unem à majesta-

de da arquitectura primária, o ritmo subtil, delicado. Não pode conseguir-se a delicadeza seja em acções, palavras ou obras, senão pela conjunção do ouvido, da vista e do tacto. Vêm à mente, por si mesmas, metáforas tais como a de ‘uma pessoa com tacto’, o ‘ouvido fino’, ‘a vista perspicaz’, e tantas outras. O ouvido é, sem dúvida, o sentido primário, protagonista da delicadeza, pois o ouvido traz-nos não só rumores e sons, mas também, o sentido da orientação e do equilíbrio. A delicadeza é um último, subtilíssimo, equilíbrio; às vezes a delicadeza consiste em deter-se a tempo; a vista proporciona a medida e, portanto, a mesura; o tacto, esse conhecimento imediato, directo, das coisas, proporciona o fundamento

material da delicadeza, assim como a vista e o ouvido, a sua forma. Mesmo com tudo o que pudéssemos continuar a dizer acerca da delicadeza, o seu mistério ficaria sempre a flutuar. Em último termo, sempre se disse que a delicadeza é um segredo; um segredo como alguns jardins fechados dos quais transcende apenas o perfume”. O artigo de Maio, sobre a confusão, terminou apontando o caminho para se tratar a si próprio com gentileza, essa irmã gémea da delicadeza. Possamos pois, neste Café Filosófico de Junho, embrenharmo-nos na tessitura destas qualidades. l Inscrições para o Café Filosófico: filosofiamjn@gmail.com

ANÚNCIO DE DIREITO DE PREFERÊNCIA CESÁRIO AUGUSTO FERNANDES MARIA, NIF 124583180, casado sob o regime da comunhão de adquiridos com Dinora Maria Martins Eugénio, residentes na Rua Capitão Leonardo Palermo de Farias S/Nº, r/Chão Esq., 8700-089 Moncarapacho, faz saber a quem interessar que na qualidade de proprietário e legitimo possuidor dos terrenos rústicos sito em Monte Agudo, Santo Estevão, Tavira, com as áreas totais de 0,868000; 0,603600; 2,129100; 0,152000, compostos por Terra de cultura e pastagem, inscritos nas matrizes prediais rusticas na União de freguesias de Luz de Tavira e Santo Estevão, sob os artigos 2607, 2704, 3897, 2609, irá proceder à venda dos mesmos, sendo a escritura notarial de compra e venda a celebrar- se no cartório notarial do Dr. António Jorge Miquelino Silva em Olhão, na Rua Patrão Joaquim Casaca Lote 1, 8700-507 OLHÃO e foi acordado para a venda dos suprarreferidos rústicos, um na quantia de 22.500,00 € (vinte e dois mil e quinhentos euros), e os restantes três iram ser vendidos pelo preço de 65.000,00€ (sessenta e cinco mil euros). Desta forma faz-se saber aos confinantes dos referidos terrenos rústicos que podem exercer o Direito de Preferência na compra. O direito de preferência tem que ser exercido no prazo de 8 dias para a morada do anunciante sob pena de caducidade do mesmo. (POSTAL do ALGARVE, nº 1225, 14 de Junho de 2019)

NOTIFICAÇÃO PARA EFEITOS DO DIREITO DE PREFERÊNCIA Vem por este meio, Inês Jesus Valente, comunicar aos confinantes que é sua intenção alienar os seguintes prédios rústicos descritos adiante: 1º – Prédio rústico sito em Brejo, freguesia de Luz de Tavira e Santo Estêvão, Concelho de Tavira, descrito na Conservatória de Tavira sob o nº 3194/20170321 e inscrito na matriz predial rústica com o nº162 da referida freguesia, a Apolinário Luis Gago Guerreiro, residente em 29, Bis Rue Maisons Neuves 91700 Saint Genevieve de Bois em França pelo valor global de 50000€ (Cinquenta mil euros), 2º – Prédio rústico sito em Brejo, freguesia de Luz de Tavira e Santo Estêvão, Concelho de Tavira, descrito na Conservatória de Tavira sob o nº 3194/20170321 e inscrito na matriz predial rústica com o nº161 da referida freguesia, a Apolinário Luis Gago Guerreiro, residente em 29, Bis Rue Maisons Neuves 91700 Saint Genevieve de Bois em França pelo valor global de 50000€ (Cinquenta mil euros), Vem por este meio, Manuel Francisco Duarte Rebocho, comunicar aos confinantes que é sua intenção alienar os seguintes prédios rústicos descritos adiante: 1º – Prédio rústico sito em Brejo, freguesia de Luz de Tavira e Santo Estêvão, Concelho de Tavira, omisso na conservatória e inscrito na matriz predial rústica com o nº159 da referida freguesia, a Apolinário Luis Gago Guerreiro, residente em 29, Bis Rue Maisons Neuves 91700 Saint Genevieve de Bois em França pelo valor global de 50000€ (Cinquenta mil euros), cujo valor deverá ser pago parcialmente na celebração do contrato promessa e o remanescente na integra com a assinatura da escritura de compra e venda que será outorgada até dia 30 de Julho de 2019 em cartório notarial no Algarve a indicar pelos vendedores. Nestes termos, devem os proprietários dos prédios rústicos confinantes, pronunciarem-se se pretendem ou não exercer o direito de preferência que lhes assiste no prazo máximo de 8 (oito) dias contados da publicação do presente anúncio, nos termos indicados, sob pena de caducidade do referido direito de preferência, nos termos do disposto do Código Civil. Caso pretendam exercer o direito de preferência, devem enviar comunicação escrita para: Casas do Sotavento – Around the Sun, Lda – Rua Marcelino Franco nº23 – 8800951 Tavira ou contactar através dos números de telefone: 00351 919212432 ou 00351 281327544. (POSTAL do ALGARVE, nº 1225, 14 de Junho de 2019)


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ESPAÇO AO PATRIMÓNIO •••

Para a história dos estúdios fotográficos no Algarve: O Dias Fotógrafo de Portimão fotos d.r.

Carlos Alberto Osório

Docente do Ensino Secundário Mestre em Produção, Edição e Comunicação de Conteúdos

Victorino da Fonseca Dias nasceu em 1874, em Sta. Marinha de Trevões (Viseu), e estabeleceu-se como fotógrafo em Vila Nova de Portimão nos primeiros anos do século XX, ficando conhecido como “Dias Fotógrafo”. Este pioneiro da fotografia de estúdio no Algarve a par de Samorrinha em Faro, Andrade de Tavira, Segurado em Lagos, Joaquim Brígida em Silves, Molarinho em Vila Real de Sto. António, para destacar os mais importantes, fixaram o negócio da fotografia que, até então, e sobretudo nas regiões periféricas, era trabalho efetuado por fotógrafos excursionistas vindos de Espanha, de Lisboa ou do Porto, que se instalavam em pequenos “hotéis”, montavam cenários ou estúdios improvisados nas feiras. Embora haja a indicação num cartão fotográfico “Photographia Dias Setúbal”, que pode levar-nos a admitir uma passagem pela cidade sadina nos primeiros anos da profissão, é garantido que se estabeleceu como fotógrafo, nos inícios do século XX, em Portimão, no Largo do Rossio. De acordo com um anúncio d’ O Portimonense, Dias informa os seus clientes que vai mudar do Lar-

go do Colégio para o primeiro andar de um edifício, na rua Júdice Biker (espaço da atual estação dos CTT), onde passa a habitar e a trabalhar. Não obstante, é publicado em vários números da Alma Algarvia (1911) um outro anúncio no qual se refere a um atelier na rua José Libânio Gomes, o que abre a possibilidade de ter dois espaços abertos. No seu estúdio, para além dos retratos, também vende artigos fotográficos para amadores.

A sua clientela era sobretudo constituída por famílias mais abastadas do Barlavento. Encarregava-se de fazer retratos e de fotografar diversas festividades sociais e familiares, tais como os casamentos, os nascimentos dos membros das ilustres famílias portimonenses, as batalhas de flores, jantares ou inaugurações. Uma fotografia de estúdio de 1916 com os 11 elementos da equipa de futebol do Portimonense permite-nos hoje fazer um cálculo aproximado das amplas dimensões do seu novo estúdio. As várias referências que se fazem na publicidade dos jornais locais ao tipo e preços de papel platinado ou albuminado constitui, do ponto de vista das técnicas fotográficas, uma matéria interessante que nos ajuda a compreender as relações entre fotografia e sociedade. O fotógrafo acompanhava as tendências e as inovações e selecionava a sua clientela. O aparecimento desses novos papéis, com aspecto tão diferente operou uma pequena revolução nos gostos do público. Era sinal de prosperidade e de gosto requintado ter o seu retrato impresso em platina. Por essa razão, os profissionais ofereciam aos seus clientes a escolha da impressão em platina como um artigo de luxo. Em 1913, decorre em Lisboa a Exposição Nacional das Artes Gráficas. Dias apresenta-se com oito fotografias, pelas quais recebe um prémio não especificado. A referência a este prémio irá ser utilizada nos cartões fotográficos, como uma forma in-

teressante de publicidade invulgar na época. Julião Quintinha na Alma Algarvia dava conta do prémio da seguinte forma: “Com a mais viva satisfação registamos hoje o brilhante sucesso que obteve na exposição de artes gráficas ultimamente realizada em Lisboa, o nosso prezado amigo e distinto fotógrafo Victorino da Fonseca Dias, um dos mais inteligentes fotógrafos desta província cujo mérito o jury da exposição acaba de consagrar com um honroso diploma e respectiva medalha. (...) Victorino da Fonseca Dias acaba de adquirir uma máquina do que há de melhor bem como alguns aparelhos indispensáveis no seu atelier, um dos melhores do Algarve, o que certamente concorrerá para o alargamento da sua já numerosa clientela”. O I Congresso Regional Algarvio (Casino da Praia da Rocha, 1915) pôde ficar bem documentado nas originais comunicações e igualmente pela cobertura fotográfica que esteve a cargo do Dias. A Ilustração Portuguesa, com a qual colaborava habitualmente, publica alguns clichés. Supomos que outras imagens se encontrem na posse de colecionadores particulares ou dos descendentes da família Magalhães Barros. Mas já anos antes, aquela famosa revista semanal havia publicado nove clichés do autor sobre os encantos da Rocha. Num outro n.º de 1913, também podemos encontrar outras imagens das belezas naturais da famosa praia e uma batalha de flores no rio Arade. Várias destas fotos fazem parte de um carnet (em francês e uma nota final também em inglês) de 12 postais editado cerca de 1912 pela Papelaria “Artística do Algarve” de Silves, cuja finalidade era claramente a promoção turística internacional da Praia da Rocha. Dias surge igualmente como colaborador eventual da revista ABC. Encontramos três clichés por ocasião das festas em honra do bispo do Algarve, em 1920. Muitas outras imagens sem referência de autor e

não publicadas na imprensa, dadas as suas características, levam-nos a admitir tratar-se de trabalhos seus, como por exemplo os clichés que ilustram as obras da contrução da ligação ferroviária Parchal-Lagos, as estivas do Provisório em Alvor ou a partida de Galeões da indústria conserveira. No finais dos anos 20, Dias com 60 anos, vai perdendo a exclusividade de certo tipo de clientes e o prestígio técnico de outrora. Os constantes desenvolvimentos tecnológicos que a indústria da imagem anunciava, a necessidade de atualizações cada vez mais frequentes, a popularidade crescente da fotografia e a baixa

significativa no preço das máquinas, acessórios e matéria-primas permitiu a ascensão das novas gerações de casas fotográficas. Em 1928, Fonseca Dias, que inaugurara uma nova loja de móveis, anuncia nos jornais a ampliação e melhoramentos, assim como a compra de um novo bilhar para o seu Café Peninsular. Pouco depois, passa a administrar a Pensão Central, sendo também da sua responsabilidade o serviço de bufet do Pavilhão Avenida, espaço de festas de D. Cayetano Feu, a partir de 1930. Ignoramos quando terá deixado definitivamente os negócios da fotografia e da restauração e mobiliário e dito adeus à cidade que o acolheu. Não tendo deixado descendência, foi viver para Lisboa com a sua mulher, onde faleceu a 13-111959. l


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CULTURA • SUL

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MARCA D'ÁGUA •••

I Congresso Internacional em Portugal sobre a escritora Etty Hillesum Etty Hillesum, com imagens do fotógrafo Filipe Condado, que resultou de uma peregrinação à Holanda, coordenada pelo arcebispo D. Tolentino Mendonça, então capelão da Capela do Rato. O livro evoca visualMaria Luísa Francisco mente alguns dos lugares Investigadora na área da Sociologia; da vida de Etty Hillesum e Faculdade de Ciências Sociais conta com textos de D. Joe Humanas da Universidade sé Tolentino Mendonça, em Nova de Lisboa que reflecte sobre o perluisa.algarve@gmail.com curso espiritual desta judia holandesa, que cada vez é mais conhecida e estudada. Depois de ter escrito sobre Escreve o actual arquivista esta escritora e sendo sua e bibliotecário da Santa Sé no leitora, não poderia deixar de referido livro: “aquilo que a participar no primeiro Conbloqueava teria de ser identigresso Internacional sobre ficado e abraçado, teria de ser Etty Hillesum, que se realizou objecto de uma reconciliação, em Lisboa. teria de ser assumido como a Foram dois dias (18 e 20 geografia mais oportuna para de Maio) em dois locais difeo seu reflorescimento. Deus rentes com registos distintos poderia entrar na sua vida pela e muito intensos. A organiúnica porta que ela consentia zação coube ao Centro de nessa época: o erotismo. EsEstudos Comparatistas da sa talvez a primeira lição de Faculdade de Letras da Etty, como mestra espiritual. Universidade de Lisboa. O O divino frequentemente primeiro dia, na Capela do chega à nossa vida através do Rato, contou com a prehumano demasiado humano sença de D. José Tolentino que experimentámos, isto é, Mendonça, o português que através do eixo mais vulnerável mais deu a conhecer a obra de nós próprios. (…) O nosso da escritora e mística no grande e único obstáculo é não nosso país, tendo escrito o percebermos a necessidade de prefácio do Diário publicado trabalharmos espiritualmente pela editora Assírio e Alvim. a vida para que nos tornemos A holandesa Esther Hilleadultos também a nível espisum, mais conhecida por ritual”. “Etty”, redigiu várias cartas O segundo dia do Congrese oito cadernos que viriam so decorreu na Faculdade a ser o seu Diário. Nesses de Letras da Universidade textos descreve as suas de Lisboa e entre os diverinquietações e reflexões sos oradores portugueses e espirituais, bem como as estrangeiros esteve o Properseguições do nazismo aos fessor Doutor Klaas Smelik judeus em Amesterdão, de da Universidade de Ghent. que foi vítima, ao ser deporUm grande conhecedor da tada e morta no campo de obra etiana e director do Etconcentração de Auschwitz, ty Hillesum Research Centre em 1943, com 29 anos. (EHOC) em Middelburg, cidade holandesa onde Etty Arte e Cultura nasceu. na abertura do Congresso O pai do Professor Klass Smelik, cujo nome do filho Luís Miguel Cintra e Maé igual, foi amigo de Etty e ria Rueff participaram com contribuiu para que os diários a leitura de textos extraídos chegassem ao conhecimendo Diário e das Cartas de Etty to público. Antes de ir para o Hillesum. Estes momentos campo de concentração Etty foram intercalados com pediu à amiga Maria Tuinzing momentos musicais e pela que os guardasse e os entreestreia de uma peça do comgasse a Klaas Smelik, que era positor João Madureira, com amigo e escritor. Etty sentiainterpretação de Maria José -se segura de que ele tomaria Barriga (cravo) e Ana Sofia conta dos diários e lhes daria Sequeira (guitarra). o melhor destino. Um momento alto desse Klass Smelik fez uma interprimeiro dia foi a apresenvenção, também no primeiro tação do livro Nos passos de dia, onde falou sobre o pro-

cesso de tradução dos diários de Etty Hilessum para 18 línguas, incluindo português. O Congresso contou com a presença das tradutoras das cartas e diários para português e houve uma mesa redonda intitulada “tradutores reflectem sobre tradução”. O Congresso foi muito rico

e permitiu conhecer melhor a dimensão da obra de Etty Hilessum e os processos de transformação que viveu. “Para Etty, a espiritualidade foi uma experiência unificante e inteira, em que a descoberta de Deus ou das práticas orantes eram indissociáveis do ardente encontro consigo

mesma”. O seu sonho era ser escritora. Chegou a escrever “Ó Deus, faz de mim uma escritora (…) segura-me na mão”. Não era cristã e certamente nunca imaginaria que fosse considerada uma mística. No entanto, com a sua escrita podemos compreender as raízes

da espiritualidade e a abertura necessária à transcendência do coração humano. Etty sabia que tinha de sofrer múltiplas transformações, dizia que as suas lágrimas brotavam de uma imensa gratidão interior e que essas lágrimas eram orações mudas que se fazem com os olhos! l

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REFLEXÕES SOBRE URBANISMO •••

O ordenamento do território e a democracia A democracia. Onde estamos?

Teresa Correia

Arquitecta / urbanista arq.teresa.correia@gmail.com

A questão da democracia assenta em princípios de confiança, de transparência, de honestidade, de lealdade, e todos os restantes valores que inspiram o respeito mútuo, a participação popular e a forma

cívica de governar. Será relativamente evidente, o porquê do desligar das pessoas de quem nos governa: verifica-se o descrédito, os exemplos de corrupção e a tal frase “Eles são todos iguais” volta ao de cima. Urge, assim, realizar uma reforma do sistema eleitoral que permita iden-

tificar os valores individuais que poderemos selecionar e assim criar alguma disrupção do sistema atual. E poderá questionar-se o que influencia o ordenamento do território, a maior ou menor qualidade da democracia? Certamente, poderemos ter mais ou menos planeamento

foto d.r.

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Opções de ordenamento devem ser amplamente discutidas • por decisão do autarca, ou da decisão do setor, do governo, ou poderemos mesmo não ter planeamento ou ter mais decisões avulsas, porque não se qualifica os técnicos de planeamento. As opções de ordenamento do território resultam de um trabalho técnico, mas assentam também e, muito, em opções políticas e na definição de uma estratégia, seja ela municipal, regional ou nacional. Estas opções devem ser amplamente discutidas e participadas por todos, o que resulta num trabalho apurado de compromisso sério e de clarificação de critérios basilares das opções tomadas. As opções de ordenamento e a participação da população A participação populacional é um direito e até um dever, o qual é tratado com pouco cuidado. A questão de apuramento da realidade, muitas vezes de pormenor, é também relevante para o planeamento, chamando a atenção para situações que, por vezes, são desconhecidas pelos técnicos e até pelos executivos. Assim, a participação popular é uma forma importante de procurar corrigir erros, ou até de defender direitos legítimos. Por exemplo, uma revisão do Plano Diretor Municipal é tão abrangente e complexa, que é absolutamente fundamental levar a sério a participação como forma democrática de realizar o ordenamento do território. Essas fases intermédias de elaboração do Plano não poderão ser apenas para cumprir calendário, mas sim para

promover opções conscientes de quem decide. A realidade é por vezes bem diferente, sendo apenas mais uma fase intermédia, na qual vemos ser transferida a responsabilidade das respostas para outros. As questões de ordenamento, por serem de relevante interesse público, resultam de apurado estudo técnico e de uma importante participação popular, sendo primordial entender os eixos estratégicos principais definidos para o município pelos seus decisores políticos. Este trabalho de compromisso e de revisão poderá ser aliciante, desde que não sejam mudadas as regras do jogo constantemente, como por exemplo, por alterações legislativas. A qualidade da participação é a oportunidade de melhoria A qualidade da participação poderá assim determinar uma oportunidade de melhoria de um plano e promover desenvolvimento económico e social, num ambiente sustentável. No entanto, se os munícipes chegarem à conclusão que a participação não tem qualquer efeito, o desinteresse é manifestado pelas ausências. As questões da boa participação é uma evolução civilizacional, que deverá ser acarinhada e atendida. É um direito e uma obrigação, participarmos nas opções sobre o nosso território e será uma responsabilidade importante dos decisores, refletir sobre elas e ponderar da sua razoabilidade. l


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Município de Tavira Edital n.º 32/2019

Ana Paula Fernandes Martins,

ANÚNCIO DE DIREITO DE PREFERÊNCIA RICHARD JOHN CAMP, NIF 243955162, no estado civil de viúvo, com domicílio na Rua Dr. Silvestre Falcão n.º 15, 1.º direito, Apartado 61, 8800-412 Tavira, faz saber a quem interessar que na qualidade de proprietário e legítimo possuidor do prédio misto sito no Cerro da Cabeça, Apartado 19, Moncarapacho, 8700-000 Olhão, composto de uma parte rústica com a área de 3840 m2, composto de pomar de citrinos, cultura arvense inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 77.º, Secção "T", e uma parte urbana com moradia de dois pisos com várias divisões assoalhadas, terraço e garagem, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 4626, ambos da União das Juntas de Freguesias de Moncarapacho e Fuseta, e descrito na Conservatória do Registo Predial de Olhão sob o n.º 4584, de 04.01.1993, irá proceder à venda do mesmo, sendo a escritura notarial de compra e venda a celebrar no dia 28 de Junho de 2019 no Cartório Notarial do Dr. Bruno Marcos, situado na Rua da Silva 17-A, 8800-331 Tavira, e foi acordado para a venda do supra referido prédio misto a quantia total de € 210.000,00 (duzentos e dez mil euros). Desta forma se faz saber aos confinantes do referido prédio misto que podem exercer o Direito de Preferência na compra. O direito de preferência tem de ser exercido no prazo de 8 (oito) dias para a morada do anunciante sob pena de caducidade do mesmo. Tavira, 12 de Junho de 2019 (POSTAL do ALGARVE, nº 1225, 14 de Junho de 2019)

Município de Faro

Edital n.º 55/2019 Plano de Pormenor do Bom João Rogério Conceição Bacalhau Coelho, Presidente da Câmara Municipal de Faro, torna público que, na reunião de câmara ordinária pública de 15 de abril de 2019, foi deliberado dar início à elaboração do Plano de Pormenor do Bom João, aprovando os termos de referência que fundamentam a sua oportunidade e fixam os respetivos objetivos. Mais informa que, na referida reunião de câmara, foi ainda deliberado submeter o plano ao procedimento de Avaliação Ambiental Estratégica e Avaliação de Impacte Ambiental. Nos termos do nº 2 do art.º 88º do Decreto – Lei nº 80/2015, de 14 de maio, decorrerá por um período de 30 dias para audição pública, durante o qual os interessados poderão proceder à formulação de sugestões, bem como à apresentação de informações sobre quaisquer questões que possam ser consideradas no âmbito do respetivo procedimento de elaboração. O período de audição pública terá início no 5º dia útil após a publicação do presente edital em Diário da República. A formulação de participações deverá ser efetuada por escrito, até ao termo do referido período, e dirigida ao presidente da câmara municipal de Faro, por correio ou, ainda, por correio eletrónico, para o endereço geral@cm-faro.pt, com indicação expressa de "Participação Pública da elaboração do Plano de Pormenor do Bom João" e com a identificação e morada de contato do participante. Os elementos relativos ao plano poderão ser consultados nos seguintes locais: • Instalações do departamento de infraestruturas e urbanismo da câmara municipal de Faro, sito no Largo de São Francisco, nº 39, 8004-142 Faro, em horário de expediente, de segunda a sexta, das 9:00 às 16:00 horas; • Página do Município na Internet, em www.cm-faro.pt. O presente edital será publicado na 2.ª serie do Diário da República, e divulgado na plataforma colaborativa de gestão territorial, no boletim municipal, em dois jornais diários de grande expansão nacional, num jornal de expansão regional e na página da internet da câmara municipal de Faro.

Vice-Presidente da Câmara Municipal de Tavira TORNA PÚBLICO, que nos termos do n.º1 do artigo 56.º do anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, em reunião ordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 21 de maio de 2019, foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovada por maioria a proposta número 108/2019/CM, referente a 6.ª Alteração ao Orçamento e às Grandes Opções do Plano/2019; 2. Aprovada por unanimidade a proposta número 109/2019/CM, referente a Atribuição de apoio à Associação de Jardins - Escolas João de Deus - Papel de seda para os Santos Populares; 3. Aprovada por unanimidade a proposta número 110/2019/CM, referente a Atribuição de apoio à Associação Oncológica do Algarve – 12.º Jantar de Solidariedade; 4. Aprovada por unanimidade a proposta número 111/2019/CM, referente a Atribuição de apoio à Freguesia de Santa Luzia - Festa dos Pescadores; 5. Aprovada por unanimidade a proposta número 112/2019/CM, referente a Atribuição de apoio à Associação de Armadores e Pescadores de Tavira - APTAV; 6. Aprovada por unanimidade a proposta número 113/2019/CM, referente a Atribuição de apoios ao abrigo do Regulamento Municipal de Apoio à Atividade Desportiva - RMAAD 2019; 7. Aprovada por unanimidade a proposta número 114/2019/CM, referente a Atribuição de apoio ao Grupo Motard MotoManos da Luz Tavira - 6.º Aniversário; 8. Aprovada por unanimidade a proposta número 115/2019/CM, referente a Atribuição de apoio à Fabrica da Igreja Paroquial Santa Maria do Castelo - Procissão de Nossa Senhora de Fátima; 9. Aprovada por unanimidade a proposta número 116/2019/CM, referente a Atribuição de apoios às associações culturais 2019; 10. Aprovada por unanimidade a proposta número 117/2019/CM, referente a Atribuição de apoio - Tertúlia Algarvia - Cataplay - Programa 365 Algarve; 11. Aprovada por unanimidade a proposta número 118/2019/CM, referente a Atribuição de apoio ao Cineclube de Faro – Video Lucem - Programa 365 Algarve; 12. Aprovada por unanimidade a proposta número 119/2019/CM, referente a Renovação dos protocolos de colaboração no âmbito do Programa Tavira Solidária - Refeições Sociais 2019/2020; 13. Aprovada por unanimidade a proposta número 120/2019/CM, referente a Transferência financeira para a CI - AMAL - Comunidade Intermunicipal do Algarve, no âmbito do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART); 14. Aprovada por unanimidade a proposta número 121/2019/CM, referente ao Alargamento de horário de funcionamento para o estabelecimento Esplanada Blue Beach Bar, sítio na Praia do Barril, em Santa Luzia; 15. Aprovada por unanimidade a proposta número 122/2019/CM, referente a Concessão de isenção de pagamento de entradas no Museu Municipal de Tavira no Dia Internacional dos Museus, 18 de maio de 2019; 16. Aprovada por unanimidade a proposta número 123/2019/CM, referente ao Início de procedimento e participação procedimental - Regulamento de trânsito e estacionamento do concelho de Tavira; 17. Aprovada por unanimidade a proposta número 124/2019/CM, referente ao Início de procedimento e participação procedimental - Regulamento do orçamento participativo do município de Tavira; 18. Aprovada por unanimidade a proposta número 125/2019/CM, referente ao Projeto de regulamento do regime de residência partilhada; 19. Aprovada por unanimidade a proposta número 126/2019/CM, referente a Empreitada para reabilitação do Cine Teatro António Pinheiro - 4-Emp/17 - Minuta de contrato trabalhos a mais (1.º adicional); 20. Aprovada por unanimidade a proposta número 127/2019/CM, referente a 9-Emp/18 - Obras de Conservação nas Piscinas Municipais de Tavira - Relatório final, adjudicação e minuta do contrato. Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos de costume. Paços do Concelho, 21 de maio de 2019 A Vice - Presidente da Câmara Municipal, Ana Paula Fernandes Martins (POSTAL do ALGARVE, nº 1225, 14 de Junho de 2019)

A cargo da Conservadora de Registos, em substituição legal e no exercício de funções notariais

Lic. Margarida Rosa Molarinho de Brito Simão Certifico para efeitos de publicação que por escritura outorgada hoje neste Cartório Notarial, de folhas oitenta e um a folhas oitenta e dois verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número “trinta e quatro – D”, João Manuel Rita Baptista, N.I.F. 136.815.707, natural da freguesia e concelho de Alcoutim e mulher Rosária Cavaco Teixeira Baptista, N.I.F 136.815.715, natural da freguesia do Pereiro, concelho de Alcoutim, casados entre si sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes em Rua D. Sancho II, nº 42, freguesia de Alcoutim e Pereiro, concelho de Alcoutim: Que são donos e legítimos possuidores com exclusão de outrem, do prédio rústico, sito em Várzea da Lourinhã, freguesia de Alcoutim e Pereiro, concelho de Alcoutim, composto por horta, cultura arvense, figueiras e oliveiras, com a área de seiscentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com José Carlos Martins Teixeira, sul com Andrew Alec Mccloud, nascente com Guadiana e poente com José Guerreiro, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim, inscrito na matriz em nome de António Marques, sob o artigo 126 da secção 024, da união de freguesias de Alcoutim e Pereiro, concelho de Alcoutim, anteriormente inscrito na matriz sob o mesmo artigo da extinta freguesia de Alcoutim, com o valor patrimonial tributário e atribuído de cento e trinta e nove euros e catorze cêntimos.Que casaram entre si em 20 de fevereiro de 1978 e o referido prédio entrou na sua posse, já no estado de casados, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e dois, portanto há mais de vinte anos, por compra verbal e nunca reduzida a escrito, efectuada a António Marques, e mulher Maria Feliciana, casados sob o regime da comunhão geral, residentes que foram em Cerro da Vinha, na freguesia de Pereiro, concelho de Alcoutim, (já falecidos), não dispondo eles justificantes de título formalmente válido que comprove o seu direito, pelo que o imóvel tem a natureza de bem comum do casal. Que, no entanto, desde que a mesma foi efetuada, até à presente data, sempre eles justificantes estiveram na posse e fruição do citado imóvel, ininterruptamente, à vista de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, com a consciência de utilizar e fruir coisa exclusivamente sua, adquirida de anterior proprietário, pagando as respetivas contribuições e impostos, cuidando da sua manutenção, fazendo sementeiras e plantações no mesmo, enfim, dele extraindo todas os seus normais frutos, produtos e utilidades. Que em consequência de tal posse, em nome próprio, pacífica, pública, continua e de boa-fé, adquiriram o referido prédio por usucapião, que expressamente invocam para justificar o seu direito de propriedade para fins de registo. Está conforme o original Cartório Notarial de Alcoutim, aos vinte e oito de Maio de dois mil e dezanove. A Conservadora de Registos, em substituição legal e no exercício de funções notariais Margarida Rosa Molarinho de Brito Simão Conta:

Faro, 17 de abril de 2019 O presidente da câmara municipal de Faro Rogério Bacalhau Coelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1225, 14 de Junho de 2019)

CARTÓRIO NOTARIAL DE ALCOUTIM

Art.º 20.º n.º 4.5.......€ 23,00 São: Vinte e três euros. Conta registada sob o n.º 27

COMUNIQUE COM O POSTAL

(POSTAL do ALGARVE, nº 1225, 14 de Junho de 2019)


30 14 de Junho de 2019

NECROLOGIA

Município de Tavira Edital n.º 35/2019

Jorge Manuel do Nascimento Botelho,

Presidente da Câmara Municipal de Tavira MARIA DO CARMO

JOSÉ AMÂNDIO LIMA DO NASCIMENTO

14-10-1923  23-05-2019

09-12-1953  24-05-2019

Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

ALCOUTIM LUZ E SANTO ESTÊVÃO  TAVIRA

SANTIAGO  TAVIRA SANTA MARIA E SANTIAGO  TAVIRA

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

MARIA ISABEL MANSINHO

JOAQUIM JOSÉ DAS CHAGAS

30-07-1919  28-05-2019

20-06-1934  07-06-2019

Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

SANTIAGO  TAVIRA SANTA MARIA E SANTIAGO  TAVIRA

SANTIAGO  TAVIRA SANTA MARIA E SANTIAGO  TAVIRA

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

TORNA PÚBLICO, que nos termos do n.º1 do artigo 56.º do anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, em reunião ordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 04 de junho de 2019, foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovada por maioria a proposta número 128/2019/CM, referente a Prestação de contas consolidadas | 2018; 2. Aprovada por unanimidade a proposta número 129/2019/CM, referente a Atribuição de apoio à Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Tavira - Santos Populares - 2019; 3. Aprovada por unanimidade a proposta número 130/2019/CM, referente a Atribuição de apoio ao Centro Social de Santo Estêvão - Santos Populares 2019; 4. Aprovada por unanimidade a proposta número 131/2019/CM, referente a Atribuição de apoio à Âncora - Associação Centro Comunitário Santa Luzia - Santos Populares 2019; 5. Aprovada por unanimidade a proposta número 132/2019/CM, referente a Atribuição de apoio à Associação Jardim Escola Infantário O Pimpão - Festa final; 6. Aprovada por unanimidade a proposta número 133/2019/CM, referente a Atribuição de apoio à Fábrica da Igreja de São Tiago -Tavira - Santos Populares - Festa de Santo António 2019; 7. Aprovada por unanimidade a proposta número 134/2019/CM, referente a Atribuição de apoio ao Centro Social Nossa Senhora das Dores - Santos Populares 2019; 8. Aprovada por unanimidade a proposta número 135/2019/CM, referente a Atribuição de apoios às Freguesias do Concelho - Festas de Verão 2019; 9. Aprovada por unanimidade a proposta número 136/2019/CM, referente a Atribuição de apoio ao Centro Social e Paroquial de Santa Maria - Santos Populares 2019; 10. Aprovada por maioria a proposta número 137/2019/CM, referente a Plano de liquidação e prorrogação do prazo de liquidação da EMPET - Parques Empresarias de Tavira, E.M., Lda.; 11. Aprovada por maioria a proposta número 138/2019/CM, referente a Cessão da posição contratual do prédio sito na Rua da Liberdade n.º 1, inscrito na matriz predial da Freguesia de Tavira, sob o artigo n.º 2304; 12. Aprovada por unanimidade a proposta número 139/2019/CM, referente a Adenda ao Protocolo de colaboração técnica e financeira entre o Fundo Ambiental, o Município de Tavira e a Agência Portuguesa do Ambiente, I.P.; 13. Aprovada por unanimidade a proposta número 140/2019/CM, referente a Regulamento sobre apascentamento de animais e sua permanência e trânsito em espaço público - Versão final. Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos de costume. Paços do Concelho, 04 de junho de 2019 O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Botelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1225, 14 de Junho de 2019)

NOTIFICAÇÃO PARA EFEITOS DO DIREITO DE PREFERÊNCIA

MANUEL FR ANCISCO MESTRE

MARIA VALENTINA DA CONCEIÇÃO MARTINS DO LIVR AMENTO

19-01-1940  07-06-2019

13-12-1960  09-06-2019

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

VAQUEIROS  ALCOUTIM SANTA MARIA E SANTIAGO  TAVIRA

SANTIAGO  TAVIRA SANTA LUZIA  TAVIRA

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

Vem por este meio, José António Gonçalves Carmo, comunicar aos confinantes que é sua intenção alienar os seguintes prédios rústicos descritos adiante: 1º – Prédio rústico sito em Poço do Leandro, freguesia de Vila Nova de Cacela, Concelho de Vila Real de Santo António, descrito na Conservatória de Tavira sob o nº 4244/20031218 e inscrito na matriz predial rústica com o nº34 secção E da referida freguesia, a Amanhã Tribe, Lda, sede social em Rua Calouste Gulbenkian nº52 6ºpiso Sala ES Edificio Mota Galiza - Porto pelo valor global de 30000€ (Trinta mil euros), cujo valor deverá ser pago parcialmente na celebração do contrato promessa e o remanescente na integra com a assinatura da escritura de compra e venda que será outorgada até dia 30 de Julho de 2019 em cartório notarial no Algarve a indicar pelos vendedores. Nestes termos, devem os proprietários dos prédios rústicos confinantes, pronunciarem-se se pretendem ou não exercer o direito de preferência que lhes assiste no prazo máximo de 8 (oito) dias contados da publicação do presente anúncio, nos termos indicados, sob pena de caducidade do referido direito de preferência, nos termos do disposto do Código Civil. Caso pretendam exercer o direito de preferência, devem enviar comunicação escrita para: Casas do Sotavento – Around the Sun, Lda – Rua Marcelino Franco nº23 – 8800-951 Tavira ou contactar através dos números de telefone: 00351 919212432 ou 00351 281327544.

(POSTAL do ALGARVE, nº 1225, 14 de Junho de 2019)

AGÊNCIA FUNERÁRIA

Santos & Bárbara, Lda FUNERAIS - CREMAÇÕES - TRASLADAÇÕES PARA TODO O PAÍS E ESTRANGEIRO

Tel. : 281 323 205 - Fax: 281 323 514 • 965 484 819 / 917 764 557 ATENDIMENTO PERMANENTE - OFERTA DE ANÚNCIO DE NECROLOGIA E CARTÕES MEMÓRIA Artigos Funerários e Religiosos / Catálogo de Lápides e Campas


14 de Junho de 2019

REGIÃO •••

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“De profundis” – uma exposição de Cecília Rodrigues Associação Social e Cultural de Almancil até ao dia 28 de junho, podendo ser visitada gratuitamente das 9 horas às 18 horas, de segunda a sexta-feira.

foto d.r.

Todas as obras realizadas e expostas pela artista estarão, também, para venda na exposição, dando a oportunidade ao público de levar para casa obras únicas em que “é a cor

que expressa os sentimentos e as emoções e é, também, a cor que leva à criação de formas e não o contrário”, segundo explica a autora das obras.

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􀪭 A artista sente-se muito emocionada com a sua primeira exposição

Andrea Camilo / Henrique Dias Freire

jornalpostal@gmail.com

“De profundis” é a primeira exposição de Cecília Rodrigues. A inauguração teve lugar a 7 de junho na Associação Social e Cultural de Almancil (ASCA). A artista por trás das obras revela que “esta exposição me deixa muito emocionada, na medida em que é a primeira verdadeira exposição que eu faço na minha vida”. No que diz respeito à arte, Cecília é muito assertiva, dizendo que a sua natureza “sempre foi esta, embora tenha sido contrariada ao longo da minha vida”. As contrariedades impostas à sua vocação, levaram a pintora a fazer uma formação em História de Arte, e Cecília conta ao POSTAL que “esta formação acabou por me afastar da criação da arte em si, levando-me a dedicar-me mais ao estudo da arte do que a construir e a deixar falar as minhas emoções. Sinto que hoje tem início uma nova etapa na minha vida”. A artista sentiu que tudo podia mudar quando “a ASCA me convidou para realizar esta exposição. Acabei por arranjar coragem de mostrar

as obras que andava a fazer e os responsáveis da associação acharam que valia realmente a pena realizar esta mostra de arte”. “Aquilo que está exposto aqui, hoje, é uma espécie de revelação de uma força interior que me levou a deixar surgir a cor”, diz a pintora em relação às telas que apresentou em Almancil, no passado dia 7. Cecília revela, ainda, a felicidade e a realização pessoal que sentiu ao montar esta exposição, dizendo ao POSTAL que “esta é uma obra que me deixou uma grande alegria e, ao mesmo tempo, uma grande paz porque é algo que eu sentia, que estava dentro de mim desde sempre, e que foi contrariado ao longo de toda a minha vida”. Olhando para o seu trabalho, a artista realça “outro aspeto importante destas obras, que é a revelação interior que me proporcionou. Eu sempre dei muita importância ao desenho, às formas, achava que o desenho primava em relação à cor e, de repente, descobri que a cor por si, ao existir, define formas e revela emoções”. Para todos os amantes de arte e curiosos, a exposição estará presente na Galeria da

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Tiragem deste edição: 8.553 EXEMPLARES

••• ÚLTIMA

O POSTAL regressa dia 5 de Julho

Rui Veloso anima Dia da Cidade de Tavira foto d.r.

Andrea Camilo / Henrique Dias Freire

jornalpostal@gmail.com

O Dia da Cidade de Tavira inicia as suas comemorações a 23 de junho, pelas 23:59 horas, na Ponte das Forças Armadas, com um es-

Francisco Amaral promete para Castro Marim “dias de paz” foto d.r.

􀪭􀪭 O presidente reeleito Francisco Amaral lembrou as obras que urgem para Castro Marim

O novo executivo da Câmara Municipal de Castro Marim tomou posse esta terça-feira, 11 de Junho, no auditório da Biblioteca Municipal, para um mandato de dois anos (2019/2021), na sequência das eleições intercalares, que se realizaram no passado dia 2 de junho. Do novo executivo autárquico fazem parte o presidente reeleito Francisco Amaral (Castro Marim + Humano) e os vereadores Filomena Sintra (Castro Marim + Humano), Victor Rosa (Castro Marim + Humano), Célia Brito (PS) e Vera Martins (PS). “O passado passou. Conto com todos vós. Tenho uma excelente equipa. Agora seguem-se dias de paz e chegou a altura de canalizar o nosso tempo e energia só para trabalhar pela positiva e por Castro Marim”, declarou o presidente reeleito, Francisco Amaral, num discurso em que também lembrou as obras que urgem para Castro Marim, como o abastecimento de água potável a todo o concelho, a renovação da rede de água e saneamento básico na sede do concelho e na rua principal de Altura, a praia fluvial de Odeleite, o passadiço que ligará a praia de Altura à da Manta Rota, duas áreas de autocaravanismo (uma em Altura e outra em Castro Marim), a rede de ciclovias a ligar Castro Marim e Vila Real, à Altura, à Junqueira, passando pelo Monte Francisco, a criação de um parque empresarial, a requalificação da envolvente do cais da Foz de Odeleite, entre muitos outros projetos. Perante o atraso de alguns destes investimentos, o autarca sublinhou ainda o esforço que a Câmara Municipal vai encetar no seu desenvolvimento, na tentativa de “garantir ainda os fundos comunitários que as financiam”.

petáculo piromusical que dá as boas-vindas às festividades. A festa começa pela manhã, nos Paços do Concelho, com o hastear das bandeiras a ter início pelas 10:30 horas. Seguidamente, pelas 11 horas, a Biblioteca Municipal Álvaro de Campos prepara-se para receber uma sessão solene que inclui a atri-

buição de medalhas de bons serviços e dedicação aos funcionários com 20 e 30 anos de serviço e de mérito municipal. O momento alto das festividades dá-se com a presença do conhecido cantor português Rui Veloso, a 24 de junho, com um espetáculo na Praça da República, a partir das 22 horas.


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