Postal do Algarve 32 anos Página
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VENDA INTERDITA Diretor Henrique Dias Freire • Ano XXXI Edição 1227 • Quinzenário à sexta-feira 19 de JuLho de 2019 • Preço 1,50€
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CASA FARO
A ARTE DE AJUDAR QUEM NADA TEM
“
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Tartaruga encontrada na Meia Praia em Lagos vai ser devolvida ao mar P.11
Não existe um preço monetário que possa pagar a ajuda que damos aos outros
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/ postal d.r.
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Festival da Sardinha está de volta a Portimão com novo recinto P.12
P.18 e 19
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Uma prisão sem grades: a realidade de um recluso P.16 foto ana pinto
/ postal d.r.
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Redação: Rua Dr. Silvestre Falcão, 13 C 8800-412 Tavira - ALGARVE Tel: 281 320 900 Fax: 281 023 031 E-mail: jornalpostal@gmail.com Online: www.postal.pt FB: facebook.com/postaldoalgarve FB: facebook.com/ cultura.sulpostaldoalgarve Issuu: issuu.com/postaldoalgarve Twitter: twitter.com/postaldoalgarve Diretor: Henrique Dias Freire Diretora executiva: Ana Pinto Redação: Ana Pinto (CO-721 A) Cristina Mendonça (CP 3258) Henrique Dias Freire (2207 A) Stefanie Palma Design: Bruno Ferreira Colaboradores: Afonso Freire, Alexandre Moura, Beja Santos (defesa do consumidor) Colaboradores fotográficos e de vídeo: Luís Silva / Miguel Pires / Rui Pimentel Departamento comercial, publicidade e assinaturas: Anabela Gonçalves, Helena Gaudêncio José Francisco Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire (mais de 5% do capital social) Edição: Postal do Algarve - Publicações e Editores, Lda. Centro de Negócios e Incubadora Level Up, 1 8800-399 Tavira Contribuinte: nº 502 597 917 Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do título (DGCS): ERC nº 111 613 Impressão: Coraze Distribuição: Banca - Logista, ao sábado com o Expresso/ VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT Estatuto editorial disponível: www.postal.pt/quem-somos
Tiragem desta edição:
11.111 exemplares
••• OPINIÃO
Beja Santos
Ana Amorim Dias
Henrique Dentinho
Assessor do Instituto do Consumidor e consultor do POSTAL
Escritora anamorimdias@gmail.com
Artista plástico
Prevenir o excesso de peso e obesidade: prudência na comunicação De energias e tesouros A Lei n.º 30/2019, de 23 de abril, apresenta-se como uma medida destinada a impedir a banalização publicitária de alimentos e bebidas indesejáveis num regime alimentar que se deve pautar pelas cautelas num consumo de gorduras e açúcares, o seu excesso ou a sua imoderação podem propiciar crianças e jovens corpulentos e obesos. O excesso de peso e obesidade são definidos como uma acumulação anormal ou excessiva de gordura corporal que pode prejudicar a saúde. Um jovem corpulento ou obeso arrisca vários tipos de situações sociais, psicológicas, a prazo laborais e as de saúde são de grande escala. Pense-se na estigmatização e na discriminação das pessoas com excesso de peso, o tratamento cruel a que são sujeitas na escola ou na roda dos amigos nas brincadeiras, que nem se interrogam se aquela obesidade tem ou não tem fatores hereditários, o gorducho está sujeito a toda a zomba, a comentários desagradáveis e a certas formas de exclusão social. Há igualmente tratamentos diferenciados para os corpulentos e obesos pelas seguradoras, nos transportes públicos, na compra de vestuário. Os meios de comunicação têm tendência a dramatizar a situação, falando do excesso de peso e da obesidade, falam de epidemia galopante, de um fardo para os sistemas de Saúde, em números alarmantes, é uma comunicação que apresenta muitas vezes a obesidade em termos de responsabilidade individual. Porque estes erros de comunicação vão insidiosamente contribuir para a rotulagem das pessoas gordas como desviantes, condenáveis, abre-se uma clivagem entre aqueles que procuram estilos de vida saudáveis e estes corpulentos e gordos que são completamente negligentes. Estes corpulentos e obesos são depois um nicho apetitoso do mercado para as indústrias agroalimentares, para a cosmética e para a indústria farmacêutica, todos usam argumentos de venda para a perda de peso, para o retorno à forma ou adelgaçamento da silhueta, apresentam-se soluções miraculosas nas parafarmácias. Mandam as regras da comunicação para a saúde que se deve agir mais sobre as condições de vida que sobre os comportamentos individuais. Pôr acento tónico em que a corpulência não é mais do que uma questão de vontade é um erro tremendo, há outros fatores a ter em conta. E quando há estigmatização social há mesmo pessoas que desenvolvem perturbações de comportamento alimentar e fenómenos de compensação, caso da anorexia e da bulimia, acabam por se sentir desencorajados, abandonam a atividade física, relaxam-se. Não se deve ignorar a obesidade, mas chegou o tempo de abordar a problemática do peso exaltando os valores das condições de vida. No nosso tempo, é a janela que se abre para acabar com a estigmatização do corpulento e do obeso.
É, invariavelmente, por volta das cinco e meia: desço, dou três puxadelas na corda de ligação do soprador e a gasolina de mistura começa a trabalhar a sua magia. Dez minutos mais tarde a avenida das pipas e todo o alpendre nascente estão sem folhas, limpinhos. Nessa altura já posso subir, tomar o meu banho, despachar-me e voltar para baixo. E então um novo ritual: ligar a música, as cascatas de luz, trazer o pão quentinho, que o padeiro deixa lá ao fundo, e colocá-lo na grande cesta verde, nem muito abafado, nem demasiado exposto ao ar. Nessa altura o presunto espreita-me e, por vezes, não lhe resisto: lasco-o com devoção e junto-lhe a mor tentação em forma de côdea de pão quente com um toque de manteiga. Enquanto na cozinha já se ouvem as vozes que preparam o jantar, começam-me a chegar os meninos. - Falta passar o pano nas mesas e verificar os cinzeiros da rua. - Já estou a tratar disso... - Abram também o resto dos toldos e preparem as mesas das reservas e a máquina dos copos... Às vezes tenho tempo para parar e olhar à volta. Tempo para me encantar, outra vez como a primeira, com a beleza de tudo. Tempo para deixar que a incrível energia do espaço me atinja outra vez, como a activação de um incontestável super poder. Tempo para intuir os sorrisos orgulhosos e tão incrivelmente felizes dos fundadores que já só estão sem serem vistos. Às vezes perguntam-me como é que é possível que aqui, atrás dos montes escondido, se encontre este surpreendente tesouro. Respondo que tal característica é a sua própria essência: é por estarem escondidos que os tesouros são tesouros... e é por terem guardadas em si, sem que se deixem ver, as soberbas energias de um clã.
Moçambique Água é VIDA. Agora é uma colaboradora nas recordações, qual fogo das queimadas, ilustrando ainda os caminhos, desse grandioso MOÇAMBIQUE de Norte a Sul, sem asfalto… só picada, em que MAMBONE era a zona do XOVA…XOVA (empurra) no enterranço do transporte. Em Moçambique estive sete anos, ligado aos SERVIÇOS de AGRICULTURA. Fui guarda-redes do Benfica em Quelimane. Ganhei MILHÕES NEGATIVOS em campo de TERRA BATIDA e sempre escalavrado, com o meu bendito sangue, alimentando a cor do BENFICA. Relembro o jogo particular entre Quelimane e BEIRA, jogado no campo da BEIRA em 1955. Ficámos instalados no GRANDE HOTEL. Perdemos o jogo, embora publicado em jornais da época. A água lava tudo como dizem, e, sobretudo na ZAMBÉZIA, particularmente QUELIMANE. Uma lágrima minha mistura-se nas águas de Moçambique, afogada na minha saudade, no choro das entrelinhas, em que a BEIRA é o grande sufoco do sofrimento.
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Feira da Serra 2019… o Doce Sabor da Tradição! o “palco” para a apresentação do novo Portal do Comércio e Serviços, uma nova ferramenta digital, para a divulgação das empresas sediadas no concelho. Este projeto é dinamizado pelo Gabinete do Empreendedor.
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Estação da Feira “Street Área” está de volta
Durante quatro dias, a Feira da Serra propõe experiências únicas para toda a família Stefanie Palma / Henrique Dias Freire stefanie.palma.postal@gmail.com
Gastronomia, artesanato e muita animação… Estes são os ingredientes que vão marcar mais uma edição da Feira da Serra de São Brás de Alportel, que se realiza entre os dias 25 e 28 de julho. “Ao longo de quatro dias, a Feira da Serra convida a uma rota única de experiências para toda a família, em 18 diferentes espaços temáticos, num evento dedicado a toda a família”, refere a autarquia Sãobrasense. Este ano, a Feira da Serra apresenta várias novidades. No ano e no mês em que se comemoram 50 anos da 1ª Viagem do Homem à Lua, a Feira da Serra desafia os seus visitantes a serem lunáticos por
um dia. A bordo de uma cadeira de parapente, o visitante pode voar sobre a Feira da Serra, por 250 metros a 30 metros de altura, desfrutando de uma vista única sobre todo o recinto. A Feira da Serra 2019 está ainda mais ecológica e irá adotar o uso de copos reutilizáveis exclusivos para todo o recinto. Mas as novidades não ficam por aqui… “A feira da Serra está na Rota do Geocaching, o movimento mundial que junta milhões de pessoas em todo o planeta numa aventura à descoberta das pequenas caixas misteriosas que ajudam miúdos e graúdos a conhecer o mundo à sua volta”, e também “na Rota da EN2, ou não fosse São Brás de Alportel, o penúltimo ponto a sul da mais longa estrada da Europa, a quem deve tanto da sua história”, explica a autarquia são-brasense em comunicado de imprensa.
Na edição de 2019, a Feira da Serra prossegue a sua missão de dar a conhecer novos projetos que inovam a tradição na região. A apresentação ao público da nova cerveja produzida em São Brás de Alportel, com uma edição totalmente dedicada a São Brás de Alportel é um dos momentos mais aguardados. Dez anos depois, o figo volta a ser o convidado de honra da Feira da Serra, numa edição inspirada por este fruto seco que “é uma das maiores riquezas do Algarve, com excelentes potencialidades e uma importância extraordinária na história da região”. O novo leite de alfarroba é outro dos novos produtos que farão o seu lançamento no evento. Nesta edição, o certame “conta ainda com a apresentação da nova Confraria Gastronómica da Serra do Caldeirão, sediada em São
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Brás de Alportel, que nasceu em novembro para defender os valores deste território que tem na gastronomia uma das suas maiores riquezas”. A Feira da Serra será também
A Estação da Feira “Street Área” está de volta pelo segundo ano consecutivo, e é “o ponto de partida para uma viagem à descoberta de novos projetos na área da agricultura, do ambiente e do turismo, com grande destaque para os petiscos sobre rodas, numa mostra de street food”. O espaço conta com um setor dedicado aos veículos elétricos, “a par das interessantes mostras, de motos, 2CV e de um sem número de atrativos”, refere a autarquia. Espetáculos equestres, mos-
tras de vinhos e de produtos regionais e um grande leque de concertos vão assinalar esta edição da feira em São Brás de Alportel. O ingresso diário individual para a feira custa quatro euros e para os quatro dias 12 euros. A entrada diária de família custa igualmente 12 euros. Os ingressos podem ser adquiridos previamente na tesouraria da Câmara Municipal e na “Blueticket”. Nos dias do evento, vão funcionar duas bilheteiras localizadas junto às três portas do recinto, ou seja, junto às portas 1 (Porta da Vila), 2 (Picadeiro) e 3 (Street Área, a Estação da Feira). A Feira da Serra é uma iniciativa promovida pela Câmara de São Brás de Alportel, sob coordenação da Comissão Organizadora do certame, com a colaboração da comunidade local e o apoio de um conjunto de entidades locais, regionais e nacionais. pub
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Águas do Algarve ensina a u Stefanie Palma / Henrique Dias Freire stefanie.palma.postal@gmail.com
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Teresa Fernandes considera que "poupar água é uma responsabilidade de todos nós"
“Água com um Pingo de Consciência” é o mote da campanha de sensibilização que tem por objetivo promover a utilização eficiente da água através da consciencialização para o seu valor em todas as dimensões. A campanha "Água com um Pingo de Consciência", lançada pela empresa Águas do Algrve, será veiculada através de anúncios de imprensa, rádio, televisão, outdoor e meios digitais, estando ainda previstas ações em escolas e workshops sobre eficiência hídrica, em utilizações urbanas, nomeadamente na rega de espaços verdes e lavagem de ruas, para técnicos municipais. Esta campanha de sensibilização surge na sequência do Estudo Nacional sobre as Atitudes e Comportamentos dos Portugueses face à Água, realiza-
do em abril de 2018, que identificou a existência de dissonâncias entre as atitudes e os comportamentos dos portugueses face à água, que consideram como o mais importante recurso mas não o valorizam e reconhecem que praticam desperdício. O estudo, que teve a participação de mais de 1.660 pessoas num inquérito online, permitiu também identificar que os portugueses consideram as campanhas de sensibilização como uma das ações mais indutoras de comportamentos de poupança e valorização da água. A campanha agora lançada vem reforçar este movimento de sensibilização para a importância de se integrar o uso eficiente e racional de água de forma permanente, uma vez que a escassez de água é uma realidade inevitável, designadamente no contexto das alterações climáticas. Tendo em conta estas preocupações ambientais, o POSTAL falou com Teresa Fernandes, responsável pela Comunicação e Educação Ambiental da Águas do Algarve.
Porque é que deram início a esta campanha? Como sabe, os níveis de pluviosidade deste ano foram abaixo do que é normal no Algarve e consequentemente também as disponibilidades e reservas hídricas da região, superficiais e subterrâneas, não são as mais desejáveis. Contudo, e apesar de estar garantido o abastecimento de água, com qualidade e quantidade a toda a região, na Águas do Algarve estamos a acompanhar a situação com a devida preocupação. Temos agora um sistema mais resiliente do que tínhamos há alguns anos atrás, no entanto, é necessário manter medidas de poupança de água. Não nos podemos alhear de um cenário anunciado que a médio e longo prazo continua a ser preocupante. Menos água obrigará a uma gestão mais refletida por parte de TODOS, não apenas da Águas do Algarve. Qual é o objetivo da Campanha “Água com um Pingo de Consciência”? A tomada de consciência da escassez de água desperta-nos para a urgência
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usar “Água com um Pingo de Consciência” ter a água a correr enquanto esfrega; • Feche bem todas as torneiras, não as deixando a pingar; • Dê banho ao cão numa área do jardim que precise de água; • Lave fruta e vegetais numa bacia d'água em vez de ter a torneira a correr e use-a depois para regar plantas. No Portal da água temos estas e outras dicas muito interessantes. https://www.portaldaagua. pt/eficiencia-hidrica.html
Não tenha a água sempre a correr. Tenha, se possível, um recipiente para lavar e outro para enxaguar
da sua gestão responsável. Esta campanha pretende “alertar” os consumidores e utilizadores, de que é necessário fazermos um uso parcimonioso da água em toda e qualquer utilização que façamos com ela. Cada um de nós, no nosso dia-a-dia, pode e deve contribuir para combater o desperdício e fazer um uso eficiente da água. A campanha surge numa fase em que não existe qualquer alarmismo e por isso mesmo fundamental. Se chegarmos a uma fase em que ela já não corra nas nossas torneiras, de que valem as campanhas de sensibilização? É importante pensarmos nisto. O nome da campanha é, por si só, um alerta para a situação que se vive atualmente? É verdade. O cenário atual convida-nos a essa reflexão. A população na região algarvia neste período de verão vai triplicar e consequentemente também o seu consumo e logo… maior desperdício! É também nossa obrigação estar atento ao que nos rodeia, muitas vezes sem termos de sair de casa. É o caso do pingo-pingo das torneiras. Sabia que uma torneira a pingar pode gastar cerca de 25 litros de água por dia, o que corresponde a mais de 10.000 litros de água por ano? É só fazer as contas, na carteira e no ambiente. A que público-alvo pretendem chegar com esta campanha?
Poupar água "é uma responsabilidade de todos”. Nesse sentido, a campanha dirige-se não apenas aos nossos residentes, mas também aos milhares de turistas que nesta época rumam ao Algarve. Será promovido um conjunto vasto de ações que serão desenvolvidas no terreno, muito próximas da população, durante os meses de Julho e Agosto. Para além disso, contamos com um conjunto muito rico de parceiros (que aceitaram de imediato o desafio), cujas sinergias nos permitirão levar a mensagem a todos os “cantos” da região. Falo da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), a Administração Regional de Saúde (ARS), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), a Direção Regional de Agricultura e Pescas (DRAP), a DECO, o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), a Região de Turismo do Algarve (RTA) ou a Universidade do Algarve (UAlg), a Associação Bandeira Azul e RTA e a Região de Turismo do Algarve, entre outras. Que medidas podemos adotar para poupar água? Embora ainda se observe muita negligência e falta de visão relativamente a este recurso, creio que essa situação irá alterar-se com brevidade. Convido a uma breve reflexão. Imagine um dia, um dia apenas, sem usar água. É difícil não é? São tantos os
usos diários com água que começam logo que acordamos… Tomar banho, lavar os dentes, a loiça, tomar café, as várias vezes que vamos ao WC, regar plantas, cozinhar… e o mais importante, para beber. Ninguém quer que cheguemos aqui. Todos nós, realizando pequenos hábitos diários, conseguimos poupar grandes quantidades de água. E veja-se, poupar não é deixar de usar, é consumir apenas a quantidade que realmente precisamos. Um das melhores formas de poupar no dia-a-dia é, sem dúvida, reduzir o consumo. Há tanto que podemos fazer. Alguns exemplos: • Feche a torneira enquanto não está a utilizar a água; • Não descongele comida em água a correr; • Regue o jardim a horas adequadas (manhã cedo ou final do dia); • Banhos de imersão tendem a usar mais água do que duches. Prefira os duches curtos; • Desligue a torneira enquanto se ensaboa, lava os dentes ou faz a barba; • Se tem máquina de lavar loiça, use-a apenas quando estiver cheia; • Se faz a lavagem da loiça à mão, junte também uma quantidade considerável antes de começar a lavar; • Não tenha a água sempre a correr. Tenha, se possível, um recipiente para lavar e outro para enxaguar; • Ponha de molho panelas difíceis de limpar em vez de
Que medidas podemos ainda tomar para minimizar a seca e reverter este problema cada vez mais preocupante? Na minha opinião, este é um dos maiores desafios que a humanidade já enfrentou e que importa de facto resolver, se queremos que os nossos descendentes tenham um planeta onde é bom viver. Muito embora cada vez mais portugueses tenham maior consciência sobre o efeito das alterações climáticas, sendo
as alterações dos padrões de pluviosidade e aumento de temperaturas alguns destes. Trata-se de um problema que certamente não se resolve apenas com opções individuais de consumo, mas através de estratégias políticas nacionais e internacionais, onde muito pode ser feito. Para combater as alterações climáticas, as emissões de gases de estufa a nível mundial devem ser significativamente reduzidas e o desenvolvimento de estratégias e ações de adaptação aos impactos das alterações climáticas na Europa e, logo no nosso país, devem ser implementadas. Todavia, nós também podemos ajudar. De acordo com a Quercus estas são as principais medidas em que as nossas ações farão toda a diferença: reduzir o consumo de electricidade gasta no aquecimento (e arrefecimento) das casas, investir em painéis fotovoltaicos, evitar o carro sempre que possível, reduzir o consumo de carne de vaca e de produtos lácteos, aplicar os 3 Rs: reduzir, reutilizar, reciclar e reflorestar. pub
QUINTA DAS RAPOSEIRAS STA BÁRBARA DE NEXE
O “Beach on the Hills” nasceu no dia em que o Restaurante Raízes comemorou o 2º ano de existência, 2 de Junho de 2019! Ao longo do verão, até Setembro vamos estar sempre em festa, 7 dias por semana das 17h às 23h! Após uma refeição no Raízes , suba à açoteia com + de 60m2 e 36 toneladas de areia e aproveite para tomar um dos excelentes cocktails que preparámos a pensar em si e tire partido da vista que lhe proporcionamos! #vamoscriaraizes
#beachonthehills
t. 289 107 777 • facebook.com/entreraizes.pt
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Restaurante ALAMEDA & ROOFTOP
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Integrado na zona histórica da cidade de Faro com a muralha seiscentista a ladear o terraço, poderíamos estar a falar de um restaurante cinzento, sem cor! Nada disso! O Alameda & Rooftop foi concebido quer pela sua decoração, quer pelo seu conceito, descontraído, desenhado para as pessoas se abstraírem da cidade! E é como se de um jardim se tratasse que Rui Sequeira e a sua equipa tratam a cozinha que implementou, assente numa vasta experiência inspirada nas viagens que fez pelo mundo. O autor dá prioridade aos produtos portugueses e à cozinha algarvia progressiva. No que se refere à garrafeira, a casa dispõe de vinhos de todas as regiões do país, vinhos com personalidade e pequenas produções, orgânicos, biológicos e biodinâmicos em que incluem os algarvios.
PRATO EMBLEMÁTICO
BOLAS CROCANTES DE CATAPLANA ALGARVIA Leitão, legumes crocantes com amêndoas e Kimchi de couve coração.
Rua da Polícia de Segurança Pública, nº 10 – Faro
289 824 831
37.015998, -7.928532
alamedarestauranterooftop@gmail.com
Seg a domingo das 19h às 24h
25€
d.r.
Restaurante O GREGO
Rua 1ª Dezembro, N2 – Almancil
933 242 179 / 939 182 441
37.085358, -8.027378
Filippos.valtinos@gmail.com
Seg a sábado das 19h às 22.30h
25€/20€
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Hoje, vimos convidá-los a empreenderem uma viagem até terras gregas. Ambiente mediterrânico, onde imperam os azuis e brancos, quadros onde belos veleiros ondulam em águas cristalinas, terraço onde a noite se veste de estrelas, o restaurante O Grego, transporta-nos imediatamente para outra atmosfera. Filippos e Michalis Valtinos, pai e filho, são uns verdadeiros anfitriões e mestres na confeção e manipulação dos autênticos produtos gregos. Entram com 10 a 12 pratos, provocando uma explosão de sabores, seja com uns pastelinhos de massa filó recheados de queijo grego e embebidos em mel, beterraba com laranja, as “Melitzanes” crocantes, pedaços de beringela panados e fritos,”Tyrokafteri”, um pedaço de queijo no forno com uma fatia de tomate maduro e orégãos, etc. e terminam com uma” Pavlova”, que embora não sendo de origem grega, não deixa de ser fantástica – suspiro crocante, yogurte grego, frutos vermelhos e deliciosos coulis! No terraço, saboreia-se a tradicional aguardente grega – Ouzo!
PRATO EMBLEMÁTICO
TAPAS GREGAS
Restaurante VÁRZEA
d.r.
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Quinta do Sabugueiro, EN 120 – Aljezur
282 994 043
37.317374, -8.799207
facebook.com/restaurantevarzea/
Das 12.30h às 22h (no verão, das 12.30 às 15h e das 19 às 22.30h (encerra à terça-feira)
18€
PRATO EMBLEMÁTICO
BIO-HORTA À BRÁS Esta reinvenção do tradicional bacalhau à brás oferece ao cliente uma versão vegetariana, saborosa, com legumes da nossa horta orgânica. O mais vendido é, no entanto, o "Lombo de Leitão nas Brasas"! Prato favorito do chef: "Pica-Pau do Mar".
d.r.
O VÁRZEA é um restaurante que oferece uma cozinha moderna com raízes na gastronomia portuguesa. O objectivo é realçar os produtos locais e regionais e, através deles, preservar as produções sustentáveis. Prova disso, próximo da esplanada, a horta orgânica cresce e enriquece os pratos. Nasceram assim, pelas mãos do chef Luigi Gautero, pratos de assinatura única como as "Bochechas de Porco Preto à Várzea", o prato vegetariano "Bio-Horta à Brás", o petisco "Atum na Horta" (com gelado de Limão e manjericão!) e a "Xara de Polvo da Costa", entre tantos outros. Na Tajine Royale, as salsichas de borrego estilo marroquinas "Merguez" são produzidas no restaurante, com carne 100% de borrego churro biológico criado em Tavira. A selecção de vinhos é extensa e bem curada. Com o Castelo de Aljezur como pano de fundo, aprecie uma das deliciosas sobremesas de autor, como por exemplo o "Bom-Bom de Batata Doce".
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ROTEIRO GASTRONÓMICO •••
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Real Conserveira promete repor muxama e estupeta nas mesas portuguesas fotos d.r.
A marca foi criada por dois alturenses, Miguel e Sandra Guerreiro A marca Real Conserveira foi oficialmente apresentada nas Festas em Honra do Imaculado Coração de Maria, em Altura, no concelho de Castro Marim. O projeto foi criado por dois alturenses, Miguel e Sandra Guerreiro, e combina a história da indústria conserveira de Vila Real de Santo António e o património de sabores do concelho de Castro Marim.
“O registo da marca e a decisão da venda de muxama e estupeta de atum aconteceu no âmbito do mestrado que Miguel Guerreiro frequenta na Universidade do Algarve, de Design de Comunicação para o Turismo e Cultura”, explica a autarquia castromarinense em comunicado de imprensa. No desenvolvimento de um plano de comunicação para a marca,
“juntou-se ao projeto a sua esposa, Sandra Guerreiro, que é empresária na área de Digital Communication e cuja experiência lhe permitiu abraçar esta ideia e transportá-la para um portal de venda online”. O lançamento será agora reforçado com uma estratégia de promoção da marca, que passa pela sua presença nas noites dos Mercadinhos de Verão, em Altura, onde realizarão showscookings com receitas que aliam a muxama e a estupeta de atum aos produtos castromarinenses, como o queijo fresco do Azinhal e a flor de sal de Castro Marim. Sandra Guerreiro adianta já a utilização de diferentes produtos de Castro Marim nas futuras receitas, que vai também distribuindo em flyers promocionais. A ideia passa por proporcionar experiências culinárias exclusivas e momentos de partilha entre as pessoas, aliadas ao consumo dos produtos.
Só o sotavento algarvio preserva a tradição do consumo de atum “Com mais de um século de História, a indústria conserveira de Vila Real de Santo António é uma referência na tradição da muxama e estupeta de atum, chegando a ser mesmo, em meados do século XX, o seu principal setor de atividade económica. Infelizmente, hoje não existe uma fábrica em funcionamento, não só aqui, mas em Portugal, pelo que temos que adquirir os produtos em Espanha”, sublinha Sandra Guerreiro. Lamenta ainda que “só o sotavento algarvio continue a preservar a tradição do consumo de atum, sendo um produto quase esquecido na restante região”. Também por essa razão, a Real Conserveira prima por se apresentar “numa embalagem elegante e sofisticada que, ao mesmo tempo, valoriza os produtos e os torna mais facilmente transportáveis, relançando no mercado a venda de muxama
e de estupeta”. O projeto está numa fase inicial, que serve para perceber a reação do consumidor e poder melhorar a abordagem e apresentação do produto, mas em 2020 a Real Conserveira prevê avançar com uma estratégia mais consertada e de longo prazo e avançar o projeto além-fronteiras. A Câmara de Castro Marim mantém e promove “uma política de apoio ao empreendedorismo, facilitando também todos os seus canais de comunicação, na persecução de uma maior sustentabilidade do território”.
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Feito por si.
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Anjos e Calema são cabeças-de-cartaz da Feira do Presunto de Monchique foto d.r.
Visitantes podem saborear o genuíno e exclusivo presunto da Serra de Monchique
A vila de Monchique vai ser palco de mais uma edição da Feira do Presunto, no próximo fim-de-semana, 20 e 21 de julho, no Parque de São Sebastião. Durante todo o certame vai ser dado a conhecer o genuíno e exclusivo presunto tradicional da Serra de Monchique. Para além deste ícone gastronómico, o artesanato tem também uma forte presença, havendo ainda stands dedicados à doçaria, pão, medronho e outros produtos. Nesta edição, a animação musical vai ser uma constante, com a atuação dos Anjos no sábado às 22 horas e, no domingo, sobem ao palco os Calema, à mesma hora. Os Anjos são umas das bandas de maior sucesso em Portugal. Ao celebrar 20 anos de carreira, dão a conhecer o tema original “Eterno”, uma balada com letra e música de
Sérgio Rosado, que se tornou num verdadeiro sucesso. Os Calema são dois irmãos, Fradique e António Mendes Ferreira, nasceram em São Tomé e Príncipe, respetivamente na Roça Ribeira-Peixe no sul do país (1987) e na capital São Tomé (1992). Com a mesma mestiçagem que carateriza o povo santomense, descendem de cabo-verdianos, portugueses e angolares, transportando em si uma diversa herança cultural que os conduziu à paixão pela música. Desde muito cedo participaram em vários concursos, vencendo Lusartist e onde começaram a trabalhar o disco de estreia “Bomu Kêlê” ("Vamos acreditar" em crioulo). Disco repleto de surpresas em crioulo e em português, onde os Calema desafiaram-se compondo todos os temas do disco. pub
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Festival do Marisco de Olhão promete deliciar todos os visitantes foto d.r.
Festival atrai anualmente dezenas de milhares de visitantes à cidade cubista Stafanie Palma / Henrique Dias Freire
stefanie.palma.postal@gmail.com
O Festival do Marisco, um dos maiores eventos gastronómicos a sul do
país, está de volta à cidade de Olhão entre os dias 9 e 14 de agosto. O certame decorre no Jardim Pescador Olhanense, junto à Ria Formosa, e promete animar a cidade durante seis dias. No festival não vão faltar os
tradicionais petiscos algarvios e uma panóplia de artistas musicais para apadrinhar mais uma edição do evento. "Projetar a Ria Formosa, a cidade, o concelho de Olhão e dar a conhecer o saber das suas gentes são
os objetivos sempre renovados do Festival do Marisco de Olhão, que atrai anualmente dezenas de milhares de visitantes, que encontram no certame o que de melhor o mar algarvio tem para oferecer, a par de um cartaz musical de luxo", sublinha a organização. No que diz respeito à parte musical vão realizar-se diversos espetáculos. No dia 9 de agosto sobe ao palco Matias Damásio que convida Aurea, seguido pelo dj Christian F. No dia 10, os HMB fazem a festa, seguidos pelos Killer Queen (Tributo aos Queen) no dia 11. Por sua vez, Paula Fernandes atua no dia 12, Ludmilla a 13 e o grupo Resistência a 14. No último dia de festival (14) Wilson Honrado encerra as honras da casa. A organização do festival salienta que “a cidade cubista é um ponto com referência especial na rota
turística do Algarve”, sendo que “a tipicidade das suas gentes, a exótica arquitectura, a gastronomia e as suas ilhas, são só por si razões para uma visita”. “Os mariscos apresentados na sua grande variedade e cozinhados de forma tradicional, a doçaria regional, o artesanato e os espectáculos preenchem um cartaz turístico por excelência”, destaca. A organização do certame deixa o convite a todos aqueles que queiram visitar o evento: "saboreie o que de melhor o mar português e a Ria Formosa têm para oferecer na edição de 2019 do Festival do Marisco de Olhão. Aqui, o marisco é rei à mesa, cozinhado como só os olhanenses sabem". Os bilhetes diários e semanais encontram-se à venda, através da rede Ticketline e rede de lojas aderentes (Worten, Fnac, MMM Ticket, Abreu, entre outros). pub
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Organização
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Beach Fest celebra o verão entre as arribas e o mar de Ferragudo dançar com o pé na areia na Praia Grande em Ferragudo, com vários concertos e dj’s, entre esta sexta-feira e domingo. Com um cartaz musical que tem como base a homenagem e aposta em
fotos d.r.
decorre este festival, e que disponibiliza refeições, bebidas, cocktails e outras surpresas. A sexta-feira começa ao ritmo do funk dos “Compotas”, seguido do afrobeat dos “They must be crazy”,
A banda Daddy Jack Band sobe ao palco no último dia da festa A Praia Grande, em Ferragudo, vai ser o palco do Beach Fest nos próximos dias 19, 20 e 21 de julho, com vários concertos de diferentes géneros musicais, vários dj’s e muita animação,
para dançar com o pé na areia. Do reggae ao jazz, do rock ao soul, do funk ao afrobeat, no total são seis bandas musicais e três dj’s, que vão atuar em pleno areal da Praia Gran-
de, junto ao restaurante lounge bar ‘Club Nau’, durante três dias, das 19 às 2 horas. O “Beach Fest 2019” vai apresentar muita música e animação, para
Festival conta com a atuação de seis bandas e três dj's músicos algarvios ou com ligação ao Algarve, o Beach Fest surge como a celebração do verão, por parte do restaurante lounge bar ‘Club Nau’, a entidade organizadora e que desde há alguns anos mantém a tradição de apresentar concertos de música ao vivo todos os domingos, durante todo o ano. “A ideia foi fazer uma festa na praia aberta a todos, a diversos públicos, de diferentes origens e idades, num sítio maravilhoso como é a Praia Grande em Ferragudo, onde anteriormente não se fazia nada do género”, explica Rafael Carlsen, proprietário do Club Nau, o restaurante lounge bar que se situa no local onde
aos quais se junta o dj Alexandre Ramos. No sábado a festa começa com a balada rock dos “Sex band”, antes do ritmo jamaicano dos “Reggae Ville” e termina com a dupla de dj’s “The Flashback Brothers”. No domingo sobem ao palco a banda jazz “Time for T” e o soul e rock dos “Daddy Jack Band”. O encerramento do festival estará a cargo do portimonense dj Just (ex-Capicua). Esta é a quarta edição deste evento que se realiza em pleno areal, num cenário de beleza natural entre as arribas e o mar, para dançar desde o por do sol até noite dentro e com atuações desde as 19 até às 2 horas. As entradas são gratuitas.
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Tartaruga encontrada na Meia Praia em Lagos vai ser devolvida ao mar foto stefanie palma
/ postal d.r.
A tartaruga-de-couro, batizada com o nome Quinas, apresenta melhorias significativas Stafanie Palma / Henrique Dias Freire
stefanie.palma.postal@gmail.com
A tartaruga-de-couro, de nome Quinas, resgatada no passado dia 20 de junho, na Meia Praia em Lagos, está a ser reabilitada no Porto D’Abrigo – Centro de Reabilitação do Zoomarine e apresenta melhorias significativas. A tartaruga já se alimenta regularmente e vai ser devolvida ao mar nos próximos dias. Segundo Élio Vicente, biólogo do Zoomarine, “foi lançada há alguns dias uma plataforma online que não é gerida pelo Zoomarine, mas sim por três pessoas que vivem em Lisboa, para fazer uma recolha de fundos para patrocinar a oferta ao Zoomarine, ao Quinas, de um aparelho de satélite para fazer o acompanhamento dele quando voltar ao mar”. “O grupo destas três pessoas estava cá no Algarve precisamente dois dias depois do Quinas ter chegado, viram o animal, ficaram sensibilizados e fizeram essa proposta ao Zoomarine, que obviamente colaborou com eles”, explica.
O responsável recorda que “em 2009 já fizemos um projeto do género com três tartarugas que mandámos ao mar, que se chamava “Operação Regresso Adiado”. As pessoas vão poder acompanhar o percurso do animal Através desta tecnologia, “as pessoas podem acompanhar online o percurso do animal, pois são criados mapas interativos em tempo real”, sendo que “sabemos exatamente onde é que o animal está, a que velocidade nadou, a que profundidade mergulhou, se está a nadar a favor ou contra a corrente, a temperatura à superfície e dos sítios onde ele mergulha, etc”, explica o biólogo. A campanha chama-se “Mãos ao Mar, vamos acompanhar o Quinas na viagem da sua vida”. Élio Vicente explica ainda que neste momento “estamos a negociar um navio que possa fazer o transporte da tartaruga de volta para o mar, pois existe a necessidade de uma grua”. O responsável sublinha que “se tudo correr bem, o Quinas será devolvido ao mar dentro de poucos dias”.
O biólogo do Zoomarine disse ainda ao POSTAL que “a situação com a tartaruga poderia ter sido dramática. Ela estava presa, a afogar-se e felizmente não faleceu”. A tartaruga-de-couro ficou presa em cabos, o que lhe provocou alguns ferimentos na zona do pescoço, barbatanas, entre outros locais. “Esses ferimentos poderiam mesmo infetar e levar ao desenvolvimento de algumas infeções graves e até mesmo à septicemia, que pode matar”, acrescenta o biólogo. “Estes animais não têm carapaças como é o tradicional das tartarugas que conhecemos, que têm aquelas escamas, aquelas placas térmicas, que funcionam como uma carapaça que os protege”, explica. A tartaruga-de-couro é a maior espécie de tartaruga que existe e os tratadores e cuidadores do Zoomarine fizeram os possíveis para salvá-la. O animal foi desinfetado diariamente e acompanhado por profissionais durante cerca de quatro semanas no Zoomarine. Uma das preocupações iniciais era o facto de o Quinas não se alimentar. Os biólogos e técnicos do Porto d’Abrigo pediram ajuda aos
pescadores para encontrarem medusas vivas, uma vez que o animal estava a recusar alimento congelado. “Os animais selvagens desta espécie comem alimento vivo e no caso da tartaruga-de-couro mais de 90% do seu alimento são medusas vivas”. Após vários esforços e muita dedicação, o objetivo do Zoomarine foi alcançado: a tartaruga Quinas já se alimenta regularmente, apresenta melhorias gerais no estado de saúde e vai ser devolvida ao mar já nos próximos dias. O que faz o Porto d’Abrigo do Zoomarine? O Porto d’Abrigo do Zoomarine foi inaugurado em 2002 e é o primeiro Centro de Reabilitação de Espécies Marinhas em Portugal. Élio Vicente diz que “nenhum animal que tenha entrado nas nossas instalações para reabilitação fica connosco”. O responsável salienta que há três situações distintas. “Existem casos em que o animal vem para o Centro de Reabilitação e não sobrevive”. Depois, “existem outras situações em
que o animal é resgatado, é salvo e é reabilitado no Porto d’Abrigo do Zoomarine e volta para o meio selvagem quando já está pronto”. No final do processo, o Zoomarine vai levá-los. “Já levámos animais a países como a Inglaterra, Escócia, Holanda e Estados Unidos”. Por fim, existem situações em que não é possível devolver o animal ao habitat natural, porque, por exemplo, ficou paralisado, ficou cego ou porque veio muito bebé e não tem uma mãe ou pai para o integrar num grupo social novamente. Nesses casos o Estado português não autoriza o seu regresso ao selvagem. Quando isso acontece "é o Estado português que define o destino a dar a esse animal que nunca passa pelo Zoomarine”. O responsável salienta ainda que “quem ajuda o Zoomarine a manter o Centro de Reabilitação e todas as despesas que são inerentes são os visitantes”, pois “quem compra um bilhete para entrar no Zoomarine está a contribuir diretamente para os esforços de conservação da natureza, nomeadamente o Centro de Reabilitação”.
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Festival da Sardinha está de volta a Portimão com recriação histórica e novo recinto fotos d.r.
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A sardinha volta a ser a rainha da festa na zona ribeirinha de Portimão, entre 7 e 11 de agosto. São cinco noites de boa comida e muita animação musical, numa festa de cariz popular que marca o verão algarvio e que no ano passado atraiu 50 mil visitantes em recinto aberto. Antes, no dia 6 de agosto, véspera da abertura oficial do certame, está agendada uma grande surpresa: será feita uma reconstituição histórica da descarga da sardinha, na qual participarão grupos de teatro locais, em conjunto com o Museu de Portimão. Esta viagem ao passado, com trajes, dizeres e meios de transporte de há largas décadas, contará com uma mega sardinhada popular, integrada num programa “Festa da Sardinha”, que será dinamizado com a RTP1, e que nesse dia será transmitido em direto de Portimão a partir das 10 horas. A 7 de agosto arranca um dos maiores certames gastronómicos do Algarve, durante
do, Ú Venâncio e Zizá. Todos os estabelecimentos exibirão nas respetivas entradas a insígnia “Aqui há Sardinha!”, disponibilizando mais de dois mil lugares sentados para degustar este ex-libris portimonense. Uma das novidades desta edição é o facto de o recinto transitar para uma zona próxima do Clube Naval de Portimão, de forma a solucionar alguns condicionamentos de espaço que se verificaram em anteriores edições. Será aí que irá dominar a boa música e animação, sempre a partir das 22 horas, com o seguinte programa: 7 de agosto - Amor Electro; 8 de agosto - Bárbara Bandeira; 9 de agosto - Marco Rodrigues; 10 de agosto - C4 Pedro; 11 de agosto - Expensive Soul. Bandas e artistas da terra trazem muita animação Será ainda e justamente nesta zona que terá lugar outra das novidades deste ano: a pos-
po Desportivo e Recreativo Alvorense. Toda a zona ribeirinha da cidade, entre o Museu de Portimão e a zona entre pontes, estará repleta de motivos de interesse, do artesanato à doçaria, com muita animação de rua e música a cargo de bandas e artistas da terra, em quatro locais distintos – no palco sardinha, em plena zona de restauração do recinto do festival, a anteceder os concertos no palco principal, no coreto da Praça Manuel Teixeira Gomes, no Jardim 1º de Dezembro e no “Petinga Park”, junto à antiga lota, onde os mais pequenos poderão desfrutar, a título gratuito, de insufláveis e diversas atividades lúdicas. Também no recinto do festival será possível apreciar as margens do rio Arade, a zona ribeirinha de Portimão e o centro da cidade, subindo a 38 metros de altura na roda gigante. O Festival da Sardinha 2019 é uma organização da Câmara de Portimão, em parceria com a Administração dos Portos de
Festival atraiu no ano passado 50 mil visitantes o qual as rainhas da festa, acompanhadas com batata cozida e salada à algarvia, podem ser degustadas num dos sete restaurantes parceiros do festival: À Ravessa, Casa Bica, Dona Barca, Forte e Feio, O Meco, Retiro do Peixe Assa-
sibilidade de a sardinha no prato e no pão ser consumida no recinto do festival, onde funcionarão quatro pontos de venda, a cargo das coletividades locais Boa Esperança Atlético Clube, Clube União Portimonense, Gejupce e Gru-
Sines, Junta de Freguesia de Portimão, EMARP – Águas e Resíduos de Portimão, Algar e Zomato, tendo o patrocínio da Sagres, Delta Cafés e Socialgar Seguros, e o apoio do Turismo do Algarve, enquanto a Alvor FM será a rádio oficial.
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Alunos com média superior a 17 valores não pagam propinas na UAlg Os alunos que tenham terminado o ensino secundário com a classificação igual ou superior a 17 valores e que se candidatem à Universidade do Algarve (UAlg), em primeira opção, passam a ter bolsa de excelência garantida. Com esta iniciativa, que pagará integralmente a propina do 1.º ano, fixada em 871,52 euroa, a UAlg, com o apoio de mais de 40 empresas, pretende “motivar os melhores alunos para que prossigam a sua formação nesta Academia, facultando-lhes um ensino de qualidade, ao mesmo tempo que premeia o mérito escolar”. Além dos alunos com a classificação igual ou superior a 17 valores, que se candidatem à UAlg em primeira opção, continuarão a ser atribuídas Bolsas de Excelência aos alunos com a melhor nota de can-
foto d.r.
Medida pretende motivar os melhores alunos a prosseguirem a sua formação
didatura em cada um dos cursos da UAlg, desde que igual ou superior a 15 valores. Considerando o sucesso alcançado com a atribuição de bolsas de excelência desde 2013, para o reitor da UAlg, Paulo Águas, “esta iniciativa, inserida num quadro de responsabilidade social por parte do tecido empresarial, representa um importante sinal de reconhecimento do mérito pelo trabalho desenvolvido por estes alunos, para além de constituir uma significativa ajuda para as famílias suportarem os encargos com os seus educandos”. Nas sete edições já realizadas, a Universidade do Algarve, conjuntamente com mais de 40 empresas, já premiou quase 300 alunos que ingressaram nos seus cursos de formação inicial, totalizando um apoio de cerca de 280 mil euros.
Gymnasium: o grupo que gosta de arrancar sorrisos "Esta entrada no Gymnasium surgiu através de um convite dos donos. Eu trabalhava no Ministério da Educação anteriormente, era responsável financeiro", refere em entrevista ao POSTAL. Luís Farrajota desempenha, atualmente, funções de gestão no grupo. “A minha missão é ajudar a consolidar aquilo que já foi o crescimento do grupo Gymnasium até à data, profissionalizando a equipa, nomeadamente, ao nível da gestão e dos procedimentos que lhe são inerentes”, sendo que "o nosso objetivo é expandir o Gymnasium no Algarve, projetando espaços de qualidade". Assim, o Grupo Gymnasium tem um plano de expansão que passa, numa primeira fase, pela região do Algarve e numa fase posterior por outras zonas do país.
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Luís Farrajota é o diretor-geral do grupo Gymnasium Stafanie Palma / Henrique Dias Freire
stefanie.palma.postal@gmail.com
O Gymnasium está presente em Olhão, Tavira e Faro. O POSTAL falou com Luís Farrajota,
diretor-geral do grupo, para tentar perceber quais são as ambições e projetos futuros do Gymnasium. Luís Farrajota tem 39 anos e está na empresa há cerca de dois meses e meio.
O Gymnasium conta atualmente com mais de 6.000 sócios O Gymnasium conta atualmente com três clubes e mais de 6.000 sócios. O grupo aposta em serviços diferenciadores. O diretor-geral do grupo refere que "aquilo que nos distingue é o nível
de serviço que ofereceremos. Nós recebemos o cliente desde a primeira hora e acompanhamo-lo nas suas diversas vertentes, desde a sala de exercício, às aulas de grupo, ao acompanhamento com os personal trainers que é o nosso serviço premium", sublinhando que "para nós as pessoas não são vistas como clientes, mas sim como parceiros e é aí que está a grande diferença". "Nós apostamos muito nos nossos recursos ao nível da própria formação, da atenção que damos ao cliente", sendo que "ouvimos os nossos sócios e direcionamos a nossa ação em função daquilo que eles procuram. Não esperamos que o sócio se adapte a nós, mas sim o contrário. Nós adaptamo-nos àquilo que o sócio pretende de nós", acrescenta o responsável. Luís Farrajota faz um balanço muito positivo destes dois meses e meio de permanência na empresa. "Alterámos algumas coisas que já existiam e temos construído outras novas. Neste período fizemos um trabalho muito interessante". "Criámos um plano novo que foi apelidado de "viagem do sócio" que passa por acompanhar o sócio em 21
passos durante os dois meses e meio, três meses iniciais. Nós tentamos ajudar o cliente a utilizar os serviços que lhes proporcionamos. E esta é mais uma das diferenças que temos face aos outros ginásios", explica. O Gymnasium apresentou recentemente uma inovação - "call buttons" – comummente designados por botões de chamada. Luís Farrajota evidencia que "este é mais um serviço que disponibilizamos ao nosso sócio no sentido de conseguir interagir mais rapidamente dentro de uma sala", mencionando que "é um serviço claramente direcionado para o sócio, com o objetivo de lhe facilitar a vida dentro da sala de aula, permitindo um serviço de acompanhamento e proximidade mais eficaz". "Pretendemos exatamente que exista um maior envolvimento entre os monitores de sala, os personal trainers e os nossos associados", complementa. O diretor-geral do grupo conclui dizendo que "nós só nos sentimos satisfeitos se o nosso associado se sentir plenamente satisfeito. Caso isto não aconteça, não estamos a cumprir a nossa missão que é muito clara: deixar o sócio a sorrir".
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Joana Schenker conquista 3º lugar no Mundial de Bodyboard no Chile fotos d.r.
Joana Schenker terminou a segunda etapa do Circuito Mindial de Bodyboard (Antofagasta Bodyboard
Joana Schenker prepara-se para a próxima etapa, que será disputada em Sintra no mês de Setembro
Festival – Chile) em terceiro lugar. A atleta algarvia esteve forte durante todo o campeonato, passando todas as fases em 1, fazendo alguns dos scores mais altos. Joana acabou por ser eliminada nas meias-finais nos momentos finais da bateria, pela actual campeã Mundial, a japonesa Ayaka Susuki que acabou por vencer o campeonato. “Estou muito satisfeita com o arranque do Circuito Mundial no Chile. Senti que estava a surfar bem e com ritmo nas ondas chilenas, infelizmente cometi um erro nos momentos finais da meia-final que me custou a presença na final. De qualquer modo fico muito feliz por trazer para Portugal mais um pódio. Volto agora para casa, com o foco na próxima etapa que será em Sintra no mês de Setembro”. A terceira etapa será disputada em Portugal, na Praia Grande, entre 10 e 15 de Setembro.
Salvador Sobral apresenta novo disco “Paris, Lisboa” em Tavira Salvador Sobral apresenta, na próxima terça-feira, 23 de julho, pelas 22 horas, no Parque do Palácio da Galeria, o seu novo disco “Paris, Lisboa”. O nome deste trabalho é inspirado numa viagem sem partida nem chegada, mas cujos pontos de união se fazem entre Paris e Lisboa, cidades de grande preponderância no processo de construção deste álbum.
“Os concertos de Salvador Sobral refletem isso mesmo: um caminho imprevisível, nunca sabe de onde parte nem onde vai chegar”, sublinha a autarquia tavirense em comunicado de imprensa. Salvador Sobral preserva, nesta digressão de Paris, Lisboa, a formação anterior de músicos, com Júlio Resende ao piano, André Rosinha
no contrabaixo e Bruno Pedroso na bateria. Alguns temas são já conhecidos do grande público, outros nem tanto, mas que podem ser escutados no disco. Surpreendente como sempre, Salvador Sobral abrirá por vezes espaço a canções inéditas de autores da sua preferência. Os bilhetes custam 15 euros e estão
à venda na receção dos Paços do Concelho, no stand de informação da Câmara Municipal, na Praça da República e na Bol bilheteira online. O espetáculo é promovido pela empresa Fado in a Box, Lda.
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A União das Freguesias de Tavira, parabeniza o jornal POSTAL, pelos seus 32 anos de existência, no cumprimento desta nobre missão. Não esquecemos o seu diretor Henrique Dias Freire, toda a sua equipa, e também todos os que ao longo dos anos contribuíram para o engrandecimento e longevidade do Postal. Bem hajam!
Em meu nome pessoal e das Freguesias que represento, felicito o Jornal POSTAL do ALGARVE pelo o seu 32º. Aniversário, desejando que continue a divulgar e informar todos aqueles que são amantes da escrita, e continuação muito sucesso para o futuro.
José Mateus Domingos Costa Presidente da União das Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago)
O presidente da União de Freguesias Ângelo Filipe Silva Pereira
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Igrejas paroquiais de Alcoutim e Martim Longo vão ser alvo de obras foto d.r.
A Câmara de Alcoutim vai apoiar a realização de obras de beneficiação nas igrejas paroquiais de Alcoutim e Martim Longo no montante de 61.427 euros e 20.995 euros, respetivamente. A Igreja Matriz de Alcoutim, um dos melhores exemplares do Primeiro Renascimento no Algarve e um dos símbolos da sede de concelho, será alvo de uma intervenção estrutural. O projeto de recuperação
encontra-se já elaborado com o objetivo de submeter candidatura ao subprograma 2, candidatura para comparticipação de equipamentos de utilização coletiva ao abrigo do despacho MCOTA n.º 7187/2003 de 11 de abril, podendo o investimento ser financiado a cinquenta por cento. Já a Igreja Matriz de Martim Longo vai ser alvo de obras de melhoria, ao nível do telhado e pinturas.
Mostra do Doce Conventual de Lagoa aguça o apetite aos mais gulosos
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Os doces algarvios vão fazer as delícias dos visitantes Os doces conventuais voltam a ganhar destaque nos Claustros do Convento de São José, em Lagoa. A 17.ª Mostra do Doce Conventual de Lagoa, que decorre entre 17 e 21 de julho, inclui muita doçaria conventual, produtos regionais, exposições e teatro multimédia. O evento tem lugar num ambiente conventual fielmente recriado, que durante cinco dias faz as delícias dos visitantes numa viagem à história local. Os doces algarvios, e não só, feitos à base de alfarroba, amêndoa e figo ou as compotas, do mel, da aguardente de medronho, assim como os licores, são algumas das iguarias que vão estar à disposição dos visitantes num evento que promete animar Lagoa. Além do pecado da gula, a mostra também reserva momentos de diversão, contando com animação musical diária e duas grandes novidades, a
projeção diária em VideoMapping, do Teatro Multimédia “Viagem ao Interior da Doçaria Conventual”, onde será retratada a viagem à história dos florados de Lagoa e da doçaria conventual, e a exposição com o subtítulo ARTE DOCE pela Cake designer Ana Remígio, que estará patente na Sala Manuel Gamboa. “Viagem ao Interior da Doçaria Conventual” é um convite para vir conhecer de forma informal, o património da doçaria conventual de Lagoa. Durante cinco dias os visitantes podem assistir a “momentos teatrais inesperados com projeções de vídeo de largo formato e efeitos pirotécnicos especiais de fogo, enquanto numa aula de história ao ar livre saboreia um momento de teatro de rua contemporâneo enquanto descobre os segredos da doçaria conventual. Todos os dias pelas 23 horas”. af imprensa linhas edp distribuicao mai19 257x336.indd 1
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Uma prisão sem grades: a realidade de um recluso foto ana pinto
total dedicação, disponibilidade, responsabilidade, empenho e resiliência demonstrados ao longo do estágio”, explica Ricardo Torrão.
/ postal d.r.
Manuel trabalha atualmente no Hotel Colina dos Mouros
"Manuel", recluso, e Ricardo Torrão, diretor do Estabelecimento Prisional de Silves, em entrevista ao POSTAL Stafanie Palma / Henrique Dias Freire
stefanie.palma.postal@gmail.com
Manuel – Nome fictício Já pensou como seria a sua vida se um erro no seu percurso determinasse que teria de viver privado da liberdade? Já imaginou como seria o seu dia-a-dia se existissem diariamente grades a separá-lo do mundo exterior? Já concebeu a ideia de viver confinado a um determinado espaço durante um certo período de tempo? O POSTAL foi entrevistar o Manuel, alguém que vive diariamente esta realidade. Manuel é natural de Angola, tem 47 anos e entrou no Estabelecimento Prisional de Silves a 20 de abril de 2013. Está condenado a uma pena de prisão de 9 anos e 6 meses. “Durante este tempo em que estive na prisão existiram muitas coisas que mudaram. A experiência de vida, a idade e a maneira de encarar os acontecimentos”, começa por referir Manuel ao POSTAL, de forma bastante tímida. “Quanto se é mais novo é mais fácil, mas quando começamos a avançar na vida, começamos a pensar como vai ser o nosso futuro”, complementa. Manuel foi preso pelo consumo e tráfico de estupefacientes Manuel já esteve preso duas vezes anteriormente. O motivo é sempre
o mesmo: consumo e tráfico de estupefacientes. O recluso recorda como tudo começou. “Foi através de amigos. Na altura vivia em Tunes e trabalhava em Vilamoura que era longe e depois começaram a aparecer certas companhias, começou a surgir uma oferta daqui, uma oferta dali e decidi experimentar várias coisas. No final, acabei por ficar viciado em heroína. O ordenado já não chegava, vi que não tinha mais condições e deixei mesmo de trabalhar”, recorda. Manuel refere que “depois começou a aparecer uma proposta em que lhe ofereciam X, o que o levou a começar a traficar para consumir”. Ricardo Torrão, diretor do Estabelecimento Prisional de Silves também esteve presente ao longo da entrevista que o POSTAL fez a Manuel. O responsável tem acompanhado de perto a evolução deste e dos restantes reclusos. “A primeira preocupação de uma pessoa viciada em heroína é saber, assim que acorda, onde é que está a dose da substância para iniciar o dia, pois passou-se uma noite de abstinência e esse é o primeiro pensamento matinal de quem consome”, explica Ricardo Torrão. Manuel está limpo há mais de quatro anos “O consumo de heroína traz uma dependência física e psíquica enorme. Na década de 2000 sabemos de casos de pessoas que cometiam
autênticas loucuras para conseguir as doses da manhã, desde assaltar idosas, farmácias e até situações mais graves”, recorda. Ricardo Torrão afirma com orgulho que Manuel está limpo há mais de quatro anos. Durante o tempo de permanência no estabelecimento Manuel frequentou três cursos de formação do Centro Protocolar da Justiça: Pedreiro, Informática e Formar para Integrar. O diretor da prisão contou ao POSTAL um pouco do percurso de Manuel. “O recluso iniciou funções de faxina na zona prisional em setembro de 2013 e trabalhou na lavandaria do Estabelecimento Prisional de Silves, onde se manteve e desempenhou as suas funções com grande sentido de responsabilidade”. A 15 de janeiro de 2016 beneficiou do regime aberto no interior. Depois, após a concessão “do regime aberto no exterior no final do ano de 2016 ingressou no curso de Educação e Formação de Adultos Nível 3º Ciclo do Ensino Básico com dupla certificação de Empregado de Andares no Instituto de Emprego e Formação Profissional em Silves”. Através deste curso do Instituto de Emprego existia a necessidade da realização de um estágio. Manuel acabou por estagiar no Hotel Colina dos Mouros, em Silves, local onde se desenrolou a entrevista. Após o término do estágio, a 17 de junho de 2018 o diretor do hotel celebrou um contrato de trabalho com Manuel de seis meses, devido à sua
O responsável do hotel decidiu renovar o contrato de trabalho pelo período de um ano a 17 de dezembro do mesmo ano, que vigora até ao presente. Segundo o POSTAL apurou, existem mesmo intenções de ficar com este trabalhador de forma efetiva no futuro. “Nós só podemos ajudar quem quer ser ajudado. Não conseguimos fazer muito por quem não quer. Tem de existir um trabalho de equipa que permita a definição de uma vida melhor para aquela pessoa, no entanto, tem de existir uma força intrínseca e uma vontade de mudar”, salienta o diretor do establecimento prisional. Exemplo dessa mesma vontade de mudar é o comportamento “excecional que Manuel tem demonstrado. Este recluso destaca-se fundamentalmente pelo seu percurso prisional positivo, tendo desenvolvido hábitos de trabalho e demonstrado permanentemente motivação para regressar à sociedade e conduzir a sua vida de modo socialmente responsável e sem reincidir”. Manuel tornou-se mesmo um exemplo para os restantes reclusos. Ao POSTAL refere que “a prisão foi a minha recuperação. Passei muito mal mas sinto-me cada vez mais forte. Lá fora é que me estraguei, pois tanto tomava metadona como consumia heroína. Tem sido um percurso bastante doloroso”, confidencia. “Senti que os meus amigos se afastavam de mim e só tinha próximo quem estava na mesma situação, os chamados amigos da onça”. O POSTAL perguntou a Manuel se ainda mantém algum contacto com essas companhias do passado, ao qual o recluso respondeu de forma basta assertiva: “Não tenho e nem quero! Fujo disso”. Ricardo Torrão explica que dentro do estabelecimento prisional existe um cuidado redobrado no que diz respeito à droga. “As pessoas têm de aceitar que têm de mudar a vida delas” e é preciso não esquecer que “a prisão é uma coisa má, é o fim da linha. Antes de aqui chegarem já tiveram outras oportunidades”, reforça. O diretor sublinha que não dá “permissão para que na prisão entre
qualquer tipo de substância”. “Para além da cinotecnia própria, o GOC - Grupo Operacional Cinotécnico, que vem de Lisboa, o Estabelecimento Prisional de Silves tem uma colaboração com a GNR para fazer um controlo e dissuasão aos visitantes, algumas vezes por mês, pois se as pessoas são presas pelo consumo e tráfico de estupefacientes aquilo que temos de garantir é que esse fenómeno não exista dentro das cadeias para provocar uma mudança efetiva nas suas vidas”, salienta o responsável. Manuel recorda com gratidão o apoio que tem tido por parte do diretor nesta luta contra o vício da droga. “O senhor diretor incentiva-me bastante, pergunta-me sempre se quero frequentar formações e dá-me muita força, tanto a mim como aos restantes reclusos. É um apoio importante”, refere com um caraterístico brilho nos olhos, que o acompanhou ao longo de toda a entrevista. “Na prisão nunca tive problemas com drogas, era sempre no exterior. Sabe, para perder tudo é fácil mas depois a reconstrução é a parte mais difícil”, refere com uma certa dose de apreensão.
Este é um novo início de vida Manuel sente-se motivado a escrever uma nova história para a sua vida. “Este é um novo início de vida. Sinto que estou em casa neste hotel. São uma segunda família para mim”, afirma. A prisão não tem de ser necessariamente “um local negativo”. O objetivo fulcral da permanência nos estabelecimentos prisionais é “que os reclusos se possam restabelecer, possibilitando a sua reinserção na sociedade, de uma forma regrada. Manuel é, sem dúvida, um exemplo de superação”. O diretor da prisão sublinha que “errar é próprio do ser humano e todos nós temos direito a uma oportunidade, todos!” Manuel concluiu a entrevista dando um importante conselho a jovens que pretendam experimentar estas substâncias: “o melhor conselho que posso dar a todos aqueles que pensem em ingressar neste mundo é exatamente o de nem sequer experimentarem”. “A droga leva-nos para caminhos desconhecidos e a substância que eu consumia traz o nome com ela: a heroína é mesmo a ruína”.
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19 de Julho de 2019
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CASA Faro: a arte de ajudar quem nad Stafanie Palma / Henrique Dias Freire
foto stefanie palma
/ postal d.r.
stefanie.palma.postal@gmail.com
São mais de 350 as famílias carenciadas ajudadas no concelho de Faro através do CASA – Centro de Apoio ao Sem-abrigo. “Centramos a nossa atividade na ajuda direta a quem nada tem, através de alimentação, vestuário, utensílios domésticos, material escolar, produtos de higiene, entre outros géneros de primeira necessidade, para além de lhes proporcionar apoio nas áreas do aconselhamento técnico que visa a sua integração social, profissional e melhoramento das condições de vida”, refere a associação. O CASA funciona com base numa filosofia assente no voluntariado, subsistindo através de várias atividades de angariação de fundos e de apoios concebidos por empresas e particulares. O POSTAL falou com Kaique Bucci, um jovem de 25 anos, natural de São Paulo – Brasil , e que está a fazer estágio voluntário na associação. “Eu estou a realizar um estágio voluntário que conta para o estágio obrigatório da universidade. Tinha outras propostas remuneradas para trabalhar noutros locais mas escolhi vir para aqui por uma questão ideológica minha”, referiu. No CASA em Faro existem três funcionários efetivos, um aluno em estágio profissional, dois alunos em estágio curricular do liceu e cerca de dez voluntários efetivos, “muitos dos voluntários são também utentes”. O jovem voluntário explica que “o centro de apoio ao sem-abrigo começou como uma forma de ajudar os sem-abrigo, no entanto, com o passar do tempo foi abrangendo mais pessoas carenciadas”. O CASA ajuda atualmente mais de 350 famílias O CASA “atende, atualmente, mais de 350 famílias, sendo uma grande parte idosos e crianças que precisam de ajuda básica”, acrescenta Kaique Bucci. Os alimentos que são doados pelo CASA são maioritariamente provenientes do Banco Alimentar e alguns de outras instituições. A associação ajuda pessoas em situação de sem-abrigo e também pessoas que tenham dificuldades básicas notórias. “O serviço social encaminha os casos mais críticos como, por exemplo, pessoas que estão desempregadas, doentes ou impossibilitadas de trabalhar. Estes dois grupos recebem mantimentos básicos duas vezes por semana”.
Não existe um preço monetário que possa pagar a ajuda que damos aos outros Kaique Bucci é voluntário no CASA há mais de dois meses É o serviço de ação social que cede uma lista com os dados referentes a cada pessoa ajudada. “Geralmente o perfil da pessoa já vem mais ou menos definido. Às vezes a pessoa é diabética ou, por exemplo, não gosta de certo tipo de comida e nós temos acesso a esse tipo de informação”. O voluntário explica que “fazemos uma triagem duas vezes por ano dessas pessoas para ver se elas precisam de continuar a receber esses mantimentos, se a sua situação atual se alterou ou se, por exemplo, já conseguiram emprego. Outras vezes existem casos em que a pessoa tinha emprego e deixou de ter, apresentando dificuldades maiores. Analisamos esses aspetos”. No CASA existe uma loja de serviço social Kaique Bucci salienta que “nós temos uma loja de serviço social e
cada utente tem direito a quatro peças por pessoa na família. Se o agregado for constituído por três pessoas, essa família tem direito a 12 peças, sejam elas roupa, sapatos ou coisas de banho, por exemplo”. “A loja é um dos principais meios de arrecadação de fundos mas como está fechada não tem forma de angariar esses mesmos fundos. Às vezes só precisávamos de voluntários para ficar na loja, para fazer esse trabalho, nem que fosse duas ou três horas por dia”, complementa. O voluntário salienta ainda que “tudo aquilo que temos na loja, está lá com um preço simbólico”. “Temos vários artigos. Chegaram, por exemplo, sapatos da Nike ou da Adidas de tamanho 42, que muitas vezes abatemos por dois/três euros. Nós também temos muitos peluches da Disney que, por vezes, compramos a 20/30 euros por dois ou três
euros. Tudo aquilo que é “comprado” aqui reverte para a manutenção da CASA: água, luz, renda, gás, etc. Para além da loja solidária, o CASA Faro tem ainda um balneário e uma cozinha que os utentes podem utilizar". O CASA, coordenado pelo empresário Ricardo Mariano, "foi criado para ser mesmo uma casa e então os utentes têm a possibilidade de tomarem um banho ou aquecerem a comida”, sendo que “nós oferecemos essa estrutura organizada e limpa para eles terem acesso àquilo que toda a gente deveria ter”. Kaique Bucci disse ao POSTAL que vem de São Paulo no Brasil e escolheu Faro para viver, "vim para a Universidade e tirei o curso todo aqui e decidi juntar-me a esta associação para ajudar as pessoas”. O CASA apresenta duas grandes dificuldades: por um lado a arreca-
dação de fundos e por outro a falta de voluntários. “No CASA precisamos de pessoas em todas as áreas, como o marketing, comunicação, organização, design e também pessoas que fiquem na loja a atender”, explica o jovem voluntário. “Basta uma ou duas horas para fazer efetivamente a diferença e muitas vezes as pessoas não precisam de estar presencialmente na associação”, reforça. Kaique Bucci refere que “não existe um preço monetário que possa pagar a ajuda que damos aos outros” e existem “problemas reais, no entanto, as pessoas não querem ter contacto com essa realidade, não querem ver”. O jovem refere que “nós estamos a tentar ser humanos. Se fossemos realmente humanos toda a gente ajudaria toda a gente. Eu tenho 25 anos e demorei 25 anos a pensar nisto. Existem pessoas que vão demorar 50 anos”. “Cada pessoa tem o seu tempo e não devemos julgar quem fez agora, quem fez antes ou quem vai fazer depois”, afirma. Luís Correia tem 64 anos, já foi utente e atualmente trabalha no CASA. Luís Correia disse ao POSTAL que “comecei a frequentar o CASA em 2008 como utente. Devido à crise de 2008/2009 tive de recorrer à ajuda da instituição”. “Foi uma ajuda bastante importante porque o apoio era principalmente ao nível da alimentação e a comida é cara”, sendo que “atravessei um período complicado na minha vida, em que fiquei sem ter nenhuma atividade profissional e mesmo que tentasse encontrar naquela altura ninguém empregava ninguém”, recorda. Luís Correia relembra que “em 2008 quando recorri à ajuda da instituição pediram-se para fazer parte da equipa de rua, que funcionava à segunda e à quinta-feira para dar ajuda às pessoas de idade ou àquelas pessoas que tivessem problemas de saúde”, mencionando que “recorri à associação em outubro e a partir de dezembro tornei-me parte da equipa a título voluntário”. A partir de 2012 começou a exercer uma atividade profissional na instituição. “Sou um dos funcionários mais antigos do CASA” e considero que “é uma ajuda importante, no entanto, a cidade e as entidades que gerem o município deviam ajudar mais. É-nos facultado um subsídio anual mas não é fácil manter toda a estrutura inerente ao CASA, complementa.
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da tem Carla Simões tem 52 anos e é responsável pela logística do CASA Carla Simões trabalha há cerca de cinco anos no CASA e é responsável pela parte da logística. “Eu tento organizar as coisas, as saídas dos alimentos, para dar a mercearia à segunda, à quinta-feira, fazer os sacos para as freguesias que nós temos”. A responsável salienta que “na quinta-feira, ao final do dia, pelas 17:30 horas, temos a equipa de rua, depois temos a freguesia de Montenegro às sextas-feiras de manhã. Os sem-abrigo recorrem à ajuda às terças e sextas” “Ajudamos igualmente Santa Bárbara de Nexe uma vez por mês, São Brás de Alportel de 15 em 15 dias e Conceição todas as semanas”, exemplifica. Carla Simões nota que existem aspetos que se modificaram ao longo destes cinco anos. “Existem menos pessoas a ajudar mas mais pessoas a necessitar”. A nível de organização, “o sistema es-
tá melhor, mais simples e funcional”, e “todos fazem um pouco de tudo”. O CASA também recebe pessoas que estejam a cumprir serviço comunitário. Um dos aspetos que a trabalhadora lamenta é exatamente o facto de não existir um maior envolvimento das pessoas nas causas sociais. “As pessoas vêm, interessam-se, mas acabam por não dar continuidade”. Não obstante, existem casos de sucesso. “Temos a equipa de Montenegro constituída por dois voluntários que nasceram para isto. São reformados e ajudam várias instituições nos tempos livres e já devem ter cerca de 70 anos”, refere de sorriso nos lábios. Carla Simões realça ainda que “muitas pessoas fizeram disto um ciclo vicioso, estagnaram”, pois “existem muitos casos em que as pessoas tinham capacidade para mudar de vida, mas habituaram-se a este registo”. A responsável conclui salientando que gosta do que faz. “Gostava de
foto kaique bucci
Os alimentos doados pelo CASA são, na sua maioria, provenientes do Banco Alimentar Contra a Fome não ter de o fazer, o que era um bom sinal”, refere. Carla Simões realça o facto de “sentir que o CASA é uma ajuda útil quando as pessoas querem, efetivamente, ser ajudadas”.
Se quiser tornar-se voluntário pode dirigir-se diretamente à instituição CASA Faro, que está aberta de segunda a sexta-feira, entre as 9 e as 12 horas e das 14 às 18 horas. Também poderá fazer a sua inscrição
através do site: casa-apoioaosemabrigo.org ou através do email: faro@casa-apoioaosemabrigo.org. Por fim, poderá contactar a instituição através das redes sociais (facebook e instagram).
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DOIS MINUTOS PARA OS DIREITOS HUMANOS 1. LÍBIA O escalar da violência em Trípoli, registado a partir de abril, forçou mais de 100 mil civis a abandonar as suas casas. Quem fica enfrenta, todos os dias, apagões de eletricidade, que provocam limitações na prestação de cuidados de saúde e outros serviços básicos. A vida de 1,2 milhões de pessoas que vivem na cidade está sob ameaça, com as partes em conflito a prosseguirem os combates com armas sofisticadas, numa clara violação ao embargo decretado pela ONU.
2. EUA Desde 2018, está a ser realizada uma campanha de intimidação e perseguição contra pessoas que defendem os direitos humanos de migrantes na fronteira com o México. Um relatório da Amnistia Internacional revela como as autoridades têm abusado do sistema judicial para impedir ativistas, advogados e jornalistas de contestar ou documentar as violações sistemáticas. Só este ano, nove voluntários da organização No More Deaths / No Más Muertes foram acusados.
4. EGITO 2
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As autoridades egípcias estão a tentar normalizar as violações dos direitos humanos através de leis que legitimam a crescente repressão. O alerta da Amnistia Internacional surge seis anos depois de Mohamed Morsi, que morreu recentemente, ter sido afastado do poder, tendo como sucessor Abdel Fattah al-Sisi. Sob o pretexto de combater o terrorismo, registaram-se detenções arbitrárias, execuções extrajudiciais e o uso excessivo de força contra críticos e manifestantes.
3. ITÁLIA A Amnistia Internacional considera que a suspeita de auxílio à imigração ilegal que recai sobre a capitã do Sea-Watch 3 é “absurda”. Carola Rackete desembarcou na ilha de Lampedusa, sem autorização, depois de ter resgatado um grupo de migrantes à deriva no mar Mediterrâneo. A jovem alemã, cujo trabalho deveria ser celebrado e não criminalizado, é a primeira vítima do novo “decreto Salvini”, que inclui medidas para acabar com o trabalho de salvamento das ONG.
5. CHIPRE Já está em marcha a campanha #BringAhmedHome, com o objetivo de reunir Ahmed H com as filhas e a mulher. Este sírio, que vivia no Chipre até 2015, saiu de casa para ajudar familiares a fugir do conflito no país natal. Durante a viagem, juntou-se às centenas de refugiados retidos na fronteira entre a Hungria e a Sérvia. Após uma revolta, foi preso por terrorismo. Apesar de estar em liberdade condicional há cerca de cinco meses, não tem autorização para regressar a casa.
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TORNA PÚBLICO, que nos termos do n.º1 do artigo 56.º do anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, em reunião ordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 02 de julho de 2019, foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovada por unanimidade a proposta número 158/2019/CM, referente a Atribuição de apoio O Pontão, Associação de Solidariedade Social de Conceição de Tavira - Santos Populares 2019; 2. Aprovada por unanimidade a proposta número 159/2019/CM, referente a Atribuição de apoio ao Clube Bike Team Tavira - Tavira Bike Race 2019; 3. Aprovada por unanimidade a proposta número 160/2019/CM, referente a Atribuição de Apoio - Festival de Artes Performativas Associação Corpo de Hoje 2019; 4. Aprovada por unanimidade a proposta número 161/2019/CM, referente a Atribuição de apoio ao GATO - Grupo de Ajuda a Toxicodependentes no âmbito de tratamento de comportamentos aditivos; 5. Aprovada por unanimidade a proposta número 162/2019/CM, referente a Atribuição de apoio à Província Portuguesa da Congregação do Espírito Santo - Santos Populares 2019; 6. Aprovada por unanimidade a proposta número 163/2019/CM, referente a Pedido de apoio financeiro 2019 – Associação Pró-Partilha e Inserção do Algarve; 7. Aprovada por unanimidade a proposta número 164/2019/CM, referente a Doação de bens móveis à ABSOL - Associação Beleza Solidária; 8. Aprovada por unanimidade a proposta número 165/2019/CM, referente a Protocolo de colaboração entre a Direção Regional de Cultura do Algarve, a Universidade do Algarve e o Município de Tavira; 9. Aprovada por unanimidade a proposta número 166/2019/CM, referente a Aquisição de serviços especializados na área da edição de conteúdos e produção dos suportes de comunicação para a divulgação do programa de eventos de marionetas e gastronomia, no âmbito do projeto FOME - Festival de Objetivos e Marionetas & Outros Comeres - para o ano 2019; 10. Aprovada por maioria a proposta número 167/2019/CM, referente a Regulamento de trânsito e estacionamento do concelho de Tavira - Alteração; 11. Aprovada por unanimidade a proposta número 168/2019/CM, referente a 01-Emp/19 - OBRAS DE CONSERVAÇÃO E BENEFICIAÇÃO DA REDE VIÁRIA DO CONCELHO DE TAVIRA - Caminhos Municipais na Freguesia da Conceição e Cabanas de Tavira - Relatório Preliminar; 12. Aprovada por unanimidade a proposta número 169/2019/CM, referente a Empreitada para obras de conservação nas Piscinas Municipais de Tavira (9-Emp/18) - ratificação de despacho n.º 51/2019. Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos de costume.
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••• REGIÃO
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Terrenos da RTP são da Câmara e a sua venda é ilegal
Não é a primeira vez que a RTP tenta alienar o terreno e o edifício A venda do terreno onde está a RTP é ilegal e só pode ser concretizada com luz verde da Câmara Municipal de Faro. A acusação é feita pelo presidente da Concelhia de Faro do PS, Paulo Neves, que resolveu entregar o assunto ao Ministério Público “Existem sérios indícios de apropriação ilegal de património do Estado”, sublinhou Paulo Neves, que desafiou o presidente da Câmara, Rogério Bacalhau, a pronunciar-se sobre o assunto e a inviabilizar o negócio imobiliário pretendido pela RTP. A partir de agora, “o presidente da Câmara não pode dizer que desco-
nhece o problema“ – salientou o lider socialista, esclarecendo que entregou uma cópia dessa participação judicial ao chefe do executivo municipal. Trata-se de um património que “foi adquirido com o dinheiro de todos os munícipes, pelo que Câmara não pode deixar que seja vendido a favor de terceiros e com prejuízo para a autarquia.” Em conferência de imprensa, Paulo Neves pôs à consulta dos jornalistas diversos documentos como prova de que o terreno é propriedade do município de Faro que o adquiriu para a então Emissora Nacional ali instalar
o serviço público de radiodifusão. Invocando o direito de usucapião, “a então Radiodifusão de Portugal SA fez, em 1985, o registo predial a seu favor, de uma área total de 14.055 metros quadrados, sendo que apenas lhe correspondia um total de 450 m2 correspondente à área de implantação do edifício”. “Só por erro é que a escritura notarial e registo predial daquele património foram alvo de usucapião afirmou Paulo Neves, frisando que mesmo que a antecessora da RTP tivesse poderes para tal, “o direito de usucapião não podia ser exercido sobre um bem do Estado adquirido pela autarquia e pago com o dinheiro dos munícipes“.
Não é a primeira vez que a RTP tenta alienar o terreno e o edifício do Emissor Regional do Sul, pois já em 1985, ano em que foi registado aquele património por usucapião, “a então RDP pretendia a construção habitacional para venda naquele espaço”, o que foi rejeitado na altura pelo presidente do executivo municipaL, Negrão Belo. O mesmo se verificaria em anos posteriores nas presidências de Luís Coelho e José Apolinário, que rejeitaram a intenção da RDP.
Registo do imóvel configura acto nulo “É nossa convicção de que tal configurou um acto nulo e, por isso, deve fazer-se operar a situação anteriormente existente”, ou seja, a Câmara com base em documentação existente, deve fazer reverter o registo, colocando o terreno em nome da autarquia legítima proprietária daquele espaço.
Agora, “estamos em 2019 e a situação repete-se com a RTP“, sublinhou Paulo Neves, acrescentando: ”ao contrário de outros presidentes, o chefe do actual executivo, Rogério Bacalhau, não só não se pronunciou publicamente
contra a intenção da RTP, como terá mostrado a sua disponibilidade, em reunião com a Comissão de Trabalhadores, para viablizar um eventual negócio imobilário”. Todo aquele terreno foi adquirido em 1948, pela Câmara Municipal, que suportou todos os custos da operação para evitar que o Emissor Regional do Sul, da então Emissora Nacional, fosse para Évora. O Emissor Regional do Sul, mais tarde RDP-Sul e Rádio Algarve – ao serviço do Algarve e Baixo Alentejo - teve as suas emissões experimentais em 1949 e, ao longo de sete décadas, assumiu-se como um instrumento fundamental para a afirmação dos valores regionais junto dos órgãos de decisão centralizados em Lisboa. A estação, que chegou a ter 19 horas diárias de programação regional, em emissão autónoma, com 46 funcionários, entre jornalistas, locutores, técnicos e administrativos, não dispõe, desde 2011, de qualquer espaço para tratamento da informação local, o que não se verificava desde o tempo da velha Emissora Nacional.
Dado o seu valor cultural
Edifício do Emissor deve ser classificado de interesse municipal
PS quer que o edifício do Emissor Regional do Sul seja classificado como Imóvel de Interesse Municipal Em carta aberta entregue na autarquia, o Partido Socialista de
Faro desafiou o presidente da Câmara a avançar com uma ação junto
do Ministério Público, para travar qualquer tentativa de alienação do
património do Emissor Regional do Sul, sem prejuízo da iniciativa que o PS já tomou no mesmo sentido. Os socialistas entendem que é ao presidente da Câmara a quem compete a representação judicial dos interesses do município, sublinhando que “se nada fizer, o presidente deixa passar a ideia de que poderá haver um compromisso prévio da autarquia à margem dos órgãos próprios de decisão” para aquele espaço. Com efeito, o PS estranha o silêncio da Câmara perante notícias [avançado em primeira mão pelo POSTAL em outubro de 2011 e mais recentemente, este ano, em maio e a 4 de julho] dando conta da intenção da administração da RTP em vender o terreno de 14 mil metros quadrados em zona nobre da cidade para cons-
trução, transferindo as instalações da rádio e televisão do Estado, de onde estão há 70 anos, para uma sala na universidade da Penha. Os socialistas receiam que “possam vir a ser confrontados com um facto consumado e uma solução urbanística lesiva dos interesses gerais da cidade e da qualidade de vida da sua população”, exigindo, por isso, que o executivo camarário tome todas as previdências para acautelar a defesa de um bem público. Quanto ao edifício do Emissor Regional do Sul, o PS afirma que vai avançar nos órganismos próprios para que “ao abrigo da legislação em vigor, seja classificado como Imóvel de Interesse Municipal, “dado o seu valor imaterial como referência importante da memória cultural e coletiva do povo algarvio”.
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19 de Julho de 2019
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O POSTAL regressa dia 9 de Agosto
••• ÚLTIMA
Algarvios do Ano
POSTAL revela as 3 primeiras nomeações Os leitores estão a aderir em força à iniciativa inédita do POSTAL e já são várias as dezenas de nomeações que chegaram diariamente à nossa redação. Nesta edição, revelamos as três primeiras personalidades, indicadas pelos nossos leitores, cuja redação do POSTAL selecionou para a área
da SOLIDARIEDADE entre os vários candidatos indicados pelos algarvios.
Continue a participar. Saiba como! A iniciativa do jornal POSTAL do ALGARVE vai eleger as Personalidades do Algarve, três por
ANA FAZENDA
Coordenadora das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens do Algarve Desde abril de 2018, Ana Fazenda é coordenadora regional da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens e técnica superior da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens – CNPDPCJ. Diz quem a conhece bem que Ana Fazenda tem nas “veias” o sentido do serviço público e que por onde passa deixa sempre a sua marca com espírito de missão. Atualmente, com funções executivas delegadas pela CNPDPCJ, coordena as 16 Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) do Algarve, desde o dia 1 de abril de 2018, tendo por missão representar a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, na região do Algarve, apoiar, e promover a possibilidade de melhoria no funcionamento das CPCJ, através da formação e acompanhamento, fazendo a correspondente articulação com as entidades regionais dos serviços representados nas CPCJ, nomeadamente, da Educação, Saúde, Segurança Social, Administração Interna e do respetivo município, bem como os interlocutores regionais do Ministério Público, nos termos previstos na LPCJ. Entre 2017 e 2018, foi diretora técnica das Residências Vilavó - Centro de Apoio a Idosos – IPSS-Portimão. De 2013 a 2017 foi vereadora da Câmara Municipal de Portimão, com os pelouros de Ação Social, Saúde, Educação, Desporto, Cultura, Habitação Social e Sistemas de informação. De 2005 a 2013, foi presidente da Comissão Proteção de Menores de Portimão e presidente de Junta de Freguesia de Portimão. Licenciou-se em Estudos Portugueses - Ramo de Especialização Científica e, igualmente, em Línguas e Literaturas Modernas variante - Estudos Portuguesas – na Universidade do Algarve. Tem uma Pós-Graduação em Direito das Autarquias Locais/ Universidade de Lisboa/Faculdade de Direito e um Mestrado em História Regional e Local/Universidade de Lisboa/Faculdade de Letras.
cada área, cujas respetivas vencedoras serão anunciadas na “Gala 2019” no prestigiado Casino de Vilamoura no próximo mês de outubro. As nomeações aos “Algarvios do Ano” estão abertas a todos os nossos leitores. Basta indicar o nome de uma Personalidade que o leitor considere relevante nestes últimos 12 meses
FERNANDO GRAÇA COSTA
para o Algarve e, sucintamente, a razão da sua nomeação. As nomeações podem ser enviadas para: - E-mail: GALAdoPOSTAL@gmail.com - Ou ainda, enviando pelo Facebook em mensagem privada para a nossa página: www.facebook.com/postaldoalgarve
MARGARIDA FLORES ALVES
Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lagos
Diretora de Segurança Social do Centro Distrital de Faro
Ao longo de 42 anos, Fernando Graça trabalhou nos três hospitais do Algarve, exercendo funções de coordenador nos três Laboratórios de Análises Clínicas. Diz quem o conhece bem, que sempre colocou as pessoas acima dos seus interesses pessoais, exercendo as suas funções sempre com zelo e dignidade. Aposentou-se em outubro de 2018 porque no ano de 2017 assumiu as funções de Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lagos, devido à sobrecarga de trabalho. Abraçou, com espírito de missão esta sua nova função, exercendo a atividade como voluntário. Mesmo sabendo que poderia usufruir de bens económicos, retirou essa possibilidade do compromisso da instituição. Tem procurado ajudar os colaboradores da instituição e os mais carenciados, disponibilizando comida para levarem para casa. Por vezes, chega ao ponto de emprestar dinheiro do seu bolso, para colmatar algumas dificuldades dos mesmos, pois diz serem os vencimentos baixos. Todos os dias cumprimenta os seus utentes nos lares do interior do concelho de Lagos e ao fim de semana visita os da periferia Dispõe de sete lares para internamento de pessoas (ERPI), um Centro Infantil e uma Fisioterapia, que o absorvem os dias inteiros. Acompanha com presença física, toda a atividade dos seus colaboradores. Confessa que as dificuldades económicas são muitas e também as dos recursos humanos. Tem a ambição de poder vir a construir um lar para pessoas com demência. Segundo ele, esta patologia irá ser um grande problema para o futuro da sociedade, devendo-se tomar medidas atempadamente, mas para isso é necessário o apoio do Estado. É conhecido por prestar uma grande dedicação de afeto e carinho a todos os seus utentes. Diz saber para onde quer ir na gestão desta grande Instituição, embora as dificuldades sejam imensas. Mas garante que, com coragem e dedicação, irá deixar esta instituição, em todas as vertentes, melhor de que quando as recebeu.
Margarida Flores é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e detentora de Pós-Graduação de Direito Penal Económico e Europeu ministrada pela mesma Universidade. É técnica superior do mapa de pessoal do Instituto da Segurança Social, I.P./Unidade de Fiscalização do Algarve, nomeada no cargo de diretora de Segurança Social do Centro Distrital de Faro, do Instituto da Segurança Social, I.P. (CDSS), desde 21 de março de 2016. Diz quem a conhece bem que está a fazer a diferença: é rigorosa, preocupa-se com os cumprimentos de prazos da sua instituição e mantém uma relação cordial com todos os seus colaboradores. Anteriormente, exerceu as funções de diretora da Unidade de Prestações e Contribuições, entre 20 de setembro de 2012 e 20 de março de 2016. Em 2012 exerceu funções de diretora da Unidade de Identificação, Qualificação e Contribuições do CDSS de Faro. E, anteriormente, entre dezembro de 2004 e janeiro de 2010, exerceu funções de coordenadora da Secção de Processos de Execução Tributária (SPET) do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS), sediada em Faro. Em 2004 exerceu funções de técnica superior no Núcleo de Ilícitos Criminais do Departamento de Fiscalização do Algarve do Instituto de Solidariedade e Segurança Social. Em 2001 foi nomeada diretora da Direção Distrital de Contribuintes Devedores e Ilícitos Criminais da Delegação de Faro do IGFSS. A sua atividade no Centro Regional de Segurança Social do Algarve iniciou-se em 1999, com a celebração de um Contrato de Trabalho a Termo Certo, para o exercício de funções de técnica superior. Posteriormente, em 2001, celebrou Contrato Individual de Trabalho com o IGFSS, para o exercício de funções de técnica superior; De referir ainda que, entre 2012 e 2017, exerceu funções de professora convidada na Unidade Curricular de parafiscalidade do Mestrado de Fiscalidade na Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve. Encontra-se inscrita na Ordem dos Advogados desde novembro de 1994.