POSTAL 1247 24JUL2020

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Interdita venda na distribuição quinzenal com o jornal

24 de julho de 2020 1247 • €1,5

Diretor: Henrique Dias Freire Quinzenário à sexta-feira

ANOS ANIVERSÁRIO

EDP e Monchique de mãos dadas na prevenção de incêndios A EDP Distribuição investiu 88 milhões de euros nos últimos 12 anos na gestão da vegetação, dos quais 16 milhões referem-se ao investimento deste ano. Até ao passado mês de junho mais de 50% da área ardida em Portugal deveu-se ao incêndio de Aljezur, que atingiu vários concelhos. Em Monchique os riscos são sempre enormes e é por isso que a EDP e a autarquia uniram-se no desenvolvimento de medidas de prevenção de incêndios florestais. Saiba quais são. P15

Estacionamento gratuito em Portimão e em Loulé Em Portimão o estacionamento passa a ser gratuito até 60 minutos diários para os residentes. Já em Loulé, qualquer condutor passa ter isenção de pagamento nos 15 primeiros minutos. P9 e P16

Empresários da noite de Faro com futuro incerto Jaime Simões, André Pereira e André Pires acreditam que é possível reabrir os bares e as discotecas, mas em moldes bem diferentes São empresários experientes da noite da capital algarvia, mas a pandemia está a ser uma "folha

em branco" para ambos. Em entrevista ao POSTAL, fazem uma radiografia ao estado atual dos

seus negócios e como se estão a adoptar a esta nova realidade. Do Governo continuam expectantes

sobre as futuras medidas, mas uma coisa parece certa: este ano não há pistas de dança. P20

postaldoalgarve

134.901

www.postal.pt

software de gestão documental

Música “Lagos” é “uma carta de amor” à cidade Finalistas do Vodafone Inéditos começaram em 2018 no palco e a sintonia aconteceu de imediato P3

Cancelamento da concentração motard foi uma má decisão

Vem aí o Festival de Comida Esquecida Experiências gastronómicas inesquecíveis vão chegar nos próximos 3 meses aos concelhos de Loulé, Tavira e Vila Real de Santo António. Saiba mais sobre o que é regional é bom. P10

Nova área balnear vai ser realidade na barragem de Odeleite A construção de uma estrutrura de piscinas e um conjunto de apoios para que a principal barragem do sotavento algarvio tenha uso balnear é explicado pela vice-presidente da autarquia, Filomena Sintra. P13

Tavirenses com acesso gratuito a medicamentos Agregados familiares em vulnerabilidade social ou em situação de carência económica passam a ter os medicamentos gratuitos. Os idosos e os doentes de risco ou doença crónica não foram esquecidos. P4

ENTREVISTA"A pandemia serve para tudo, serve para a política e para tudo o que se pense fazer. Vamos 'morrendo' por outras causas, mas a pandemia paga tudo. Em relação ao cancelamento, o

principal motivo eram os ajuntamentos que poderiam ocorrer. Ou seja, os cafés estarem abertos e as pessoas irem para lá, sendo que no domingo até está quase tudo fechado. Não iriam haver quase

paragens nenhumas e as pessoas iam nas motas, com o capacete e a viseira. Mais protegido do que isso não poderia ser" diz ao POSTAL o presidente do Moto Clube de Faro, José Amaro P7

Feira da Serra #EmCasa levada aos 4 cantos do mundo via digital

A Casa das Bonecas

A pandemia obrigou a alterações de uma das maiores feiras do país. O presidente da autarquia de São Brás de Alportel diz o que mudou e revela ainda ao POSTAL que o medronho será o produto estrela da próxima edição da Feira da Serra P18

Bilhete Postal

Por Ramiro Santos P19


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CADERNO ALGARVE

Postal, 24 de julho de 2020

OPINIÃO

Publisher e Diretor: Henrique Dias Freire Diretora Executiva: Ana Pinto Redação, Administração e Serviços Comerciais: Rua Dr. Silvestre Falcão, 13 C 8800-412 Tavira - ALGARVE Tel: 281 320 900 comercialjornalpostal@gmail.com PUBLICIDADE E ASSINATURAS: Anabela Gonçalves - Secretária Executiva anabelag.postal@gmail.com Helena Gaudêncio - RP & Eventos hgaudencio.postal@gmail.com ONLINE: www.postal.pt FB POSTAL: facebook.com/postaldoalgarve FB CULTURA: facebook.com/cultura. sulpostaldoalgarve TWITTER: twitter.com/postaldoalgarve ISSUU: issuu.com/postaldoalgarve REDAÇÃO: Ana Pinto, Cristina Mendonça, Filipe Vilhena e Henrique Dias Freire Colaboradores: Afonso Freire, Alexandra Freire, Alexandre Moura, Beja Santos (defesa do consumidor) Colaboradores fotográficos e vídeo: Ana Pinto, Luís Silva, Miguel Pires e Rui Pimentel Design: Bruno Ferreira PROPRIEDADE DO TÍTULO: Henrique Manuel Dias Freire (mais de 5% do capital social) EDIÇÃO: POSTAL do ALGARVE - Publicações e Editores, Lda. Centro de Negócios e Incubadora Level Up, 1 - 8800-399 Tavira CONTRIBUINTE: nº 502 597 917 DEPÓSITO LEGAL: nº 20779/88 REGISTO DO TÍTULO: ERC nº 111 613 IMPRESSÃO: Lusoibéria, Av. da República, 6, 1º Esq. - 1050-191 Lisboa DISTRIBUIÇÃO:: Banca/Logista ao DISTRIBUIÇÃO sábado com o Expresso / VASP Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT Estatuto editorial disponível: postal.pt/arquivo/2019-10-31-Quem-somos Tiragem desta edição:

10.819 exemplares

Beja Santos

Paulo Serra

Francisco Oliveira Freitas

Assessor do Instituto do Consumidor e consultor do POSTAL

Doutorado em Literatura na Universidade do Algarve e investigador do CLEPUL

Podologista

SAIBA COMO AGIR PERANTE UM CASO DE ENURESE NOTURNA

QUEM MATOU O MEU PAI, DE ÉDOUARD LOUIS

CALOR E TRANSPIRAÇÃO PODEM ORIGINAR MICOSES NOS PÉS

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hama-se enurese noturna quando sucede fazer chichi na cama de maneira involuntária, falamos de crianças já suficientemente desenvolvidas que são capazes de controlar a sua bexiga. Os especialistas dizem que se pode falar em enurese noturna quando a criança faz chichi na cama pelo menos duas vezes por semana, durante três meses consecutivos. Tenha-se em atenção que em crianças com menos de cinco anos fazer chichi na cama é considerado normal e não é motivo para inventar uma preocupação especial. Seja como for, entre os 5 e os 7 anos de idade espera-se que a criança já seja capaz de controlar o esvaziamento da sua bexiga. Quando estes episódios ocorrem em crianças com mais de 5 anos, a enurese noturna deve ser alvo de intervenção. A enurese é classificada como primária quando a criança nunca controlou a sua bexiga, ou como secundária quando a criança controlou a bexiga por um período após o qual voltaram a surgir manifestações, mesmo que episódicas, de incontinência urinária. Resta acrescentar que a enurese noturna é um problema pediátrico bastante comum, sendo mais frequente no sexo masculino. Como é óbvio, é motivo de grande desconforto e de ansiedade para a criança e para os pais. Não estão totalmente conhecidas as causas exatas da enurese: o problema pode surgir como consequência de uma bexiga pequena ou da incapacidade de reconhecer quando a bexiga está cheia, se a criança tiver um sono pesado; a enurese noturna pode também ser provocada, embora muito raramente, por alguns problemas subjacentes, por exemplo, uma infeção urinária, diabetes, ou até um problema estrutural no sistema urinário ou no sistema nervoso. Segundo os especialistas, também pesa a síndrome de Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção. Para pais e encarregados de educação, é fundamental atuar bem: não culpando nem humilhando a criança; garantir que a criança não tem receio de se levantar durante a noite; controlar a ingestão de líquidos antes de dormir; criar uma rotina antes de dormir; recompensar a criança pelas noites secas; encorajar a criança a contribuir na muda da roupa de cama. Devido à sua proximidade com a comunidade que o rodeia, o farmacêutico deve ser abordado pelos familiares que desejem obter esclarecimentos. Este profissional de saúde lembrará que fazer chichi na cama é considerado normal em crianças com menos de 5 anos e que uma atmosfera de stress pode levar a criança a, episodicamente, fazer chichi na cama. O farmacêutico irá certamente sossegar os familiares da criança lembrando-lhes que, a cada ano que passa, uma em cada seis crianças deixa de ser enurética, isto quer dizer que aos 10 anos de idade é ínfima a percentagem de crianças que mantêm a enurese.

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epois de História da Violência, narrativa autobiográfica em que Édouard Louis conta a violação de que foi vítima, chega-nos agora, novamente pela Elsinore, Quem Matou o Meu Pai: uma breve narrativa sobre a complexa relação do autor/narrador com o pai, como uma carta em que pretende acertar contas com a memória deste, chegando a conclusões conforme escreve, falando sempre dele no passado, pois já não o conhece... E ainda que esta autoficção contenha aspectos que surgiam no livro anterior – onde o autor afirma como os estudos superiores foram consequência da sua fuga, quando compreende que esse seria o único caminho que lhe permitiria afastar-se socialmente do seu passado familiar –, a relação intertextual que mais ressalta é com Regresso a Reims, de Didier Eribon (Dom Quixote), um ensaio que entrelaça escrita autobiográfica e reflexão sociológica. Com Édouard Louis o reencontro com o pai, e o seu próprio eu-criança, acontece mais a tempo, apesar de o pai estar já muito debilitado: «Já não podes conduzir, já não te é permitido beber álcool, já não consegues tomar banho ou ir trabalhar sem correres um enorme risco. Tens pouco mais de 50 anos. Pertences àquela categoria de seres humanos a quem a política reserva uma morte precoce.» (p. 12) O título forte do livro releva da denúncia social em que o narrador incorre, explanando como uma série de políticas (e políticos) literalmente curvaram as costas do pai: «Quando te levantaste para ir a casa de banho e voltaste, vi-o com os meus próprios olhos, os dez metros que percorreste deixaram te ofegante, foi preciso que te sentasses e recuperasses o fôlego. Pediste desculpa. É uma coisa nova, pedires desculpa, vou ter de me habituar.» (p. 10) A história de Édouard é difícil, íntima e dolorosa, tal como no livro anterior. Fala-nos agora, porém, de outra violência, essencialmente verbal - a que o pai exerceu sobre ele, para o tentar tornar mais masculino. Édouard contempla, contudo, como o seu pai, apesar de ele próprio ter tido um pai violento, tentou quebrar o elo, evitando tocar ou bater no filho: «A violência não gera só violência. Repeti esta frase durante muito tempo, enganei me ao pensar que a violência é a causa da violência. A violência tinha nos salvado da violência» (p. 19). A sensação que fica, e a que o próprio narrador parece eximir-se, é de que o seu pai era tão sensível como ele, e os gostos do filho são, muito curiosamente, como que uma herança dos gostos que o pai já manifestava (dançar, cantar) mas que com o tempo aprendeu a reprimir, sendo o pai agora vítima da sua própria violência: «Eras vítima da violência que exercias, tanto como da que sofrias.» (p. 58).

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ranspirar dos pés é uma resposta biológica e fundamental para controlar a sua temperatura e manter a flexibilidade da pele, contudo, ao contrário de outras áreas do corpo através das quais pode evaporar facilmente, o uso de sapatos e meias pode levar à retenção de suor. Como o excesso de transpiração é naturalmente mais comum nas alturas de calor, é importante prevenir a concentração de humidade no calçado, que propicia o desenvolvimento de micoses (fungos), como por exemplo, o pé de atleta (uma das micoses mais comuns). No verão deve optar por calçado arejado e que permita a ventilação do pé. Se optar por calçado fechado deve dar preferência ao calçado em pele e deve, sempre que possível, usar meias de fibras naturais (preferencialmente de algodão), e, se necessário, isto é, se estiverem molhadas da transpiração, deve trocar as meias. Recomenda-se também que coloque os sapatos a arejar num local ventilado e que só volte a calçar os mesmos sapatos novamente, 24 horas depois. Em caso de excesso de transpiração deve usar antitranspirante específico para os pés, e nunca deve partilhar objetos pessoais, como meias ou sapatos. Para evitar a exposição aos fungos pelo contacto com superfícies contaminadas, é crucial usar sempre chinelos em locais húmidos, nas zonas de banho, como piscinas e balneários públicos. Embora não se possa garantir que evite a 100 por cento a probabilidade de sermos contagiados, usando-os estamos bem mais protegidos contra este tipo de infeções. Doentes com diabetes e com o sistema imunitário debilitado devem ter cuidados redobrados.

Durante a estação mais quente do ano recomenda-se ainda que mantenha uma higiene cuidada dos pés, lavando-os com sabão de pH neutro, e após a lavagem, deve fazer uma hidratação diária. Não se esqueça de secar bem os pés com a toalha, especialmente os espaços entre os dedos Caso detete algum sintoma de infeção no pé ou se não conseguir controlar a transpiração excessiva deve marcar uma consulta com um podologista, para um diagnóstico e tratamento adequados.


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REGIÃO

Finalista do Vodafone Inéditos: a música “Lagos” é “uma carta de amor” à cidade

Orfélia é o nome do projeto que uniu Filipe Mattos e Anaïs Thinon FOTO D.R. O vídeoclipe transmite a profunda conexão dos artistas à cidade de Lagos Texto FILIPE VILHENA / HENRIQUE DIAS FREIRE

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Começaram em 2018 no palco e a sintonia aconteceu de imediato. Filipe Mattos e Anaïs Thinon cruzaram-se em Berlim e a empatia foi crescendo, até ao nascimento do projeto Orfélia, que cruza a música ao sentimento e energia dos jovens. Ao longo dos quase dois anos de caminhada, a dupla conta que, em conjunto com a banda, “conseguimos tocar bastante pela Alemanha e no Brasil”. Em Portugal os concertos foram menos, devido à pandemia. Já lançaram um primeiro EP - Retratos Temporais, com quatro músicas, que foi um “primeiro esforço” para conseguir criar algo. Lançaram ainda um clipe para cada música. Neste momento, estão com o grupo e vão gravar no final do ano um disco de longa duração, que sairá, em princípio, no primeiro trimestre de 2021. Foi

através do concurso “Vodafone Inéditos” que se tornaram mais conhecidos. A iniciativa da empresa Vodafone pedia uma música inédita e original, onde o objetivo final seria distribuir uma verba de 100 mil euros pelas músicas preferidas. Ao todo foram avaliadas perto de 400 candidaturas. No total, foram 20 músicas selecionadas, que tinham ainda oportunidade de entrar na programação da rádio Vodafone e num álbum das canções selecionadas, que será distribuído em formato físico e digital pela Sony Music. A participação no concurso Vodafone foi “por acaso”, refere Filipe Mattos. O objetivo era chamar à atenção da população portuguesa para o projeto Orfélia, que estava mais desenvolvido na Alemanha. Com a incerteza da pandemia, a dupla viu o concurso como uma oportunidade. Quando foram selecionados, o sentimento que imperou foi a surpresa. Curiosamente ou não, Filipe Mattos estava na estação de comboios a caminho de Lagos quando recebeu a notícia. Já Anaïs Thinon pen-

sou que esta foi a altura ideal, uma vez que a pandemia não estava a deixar os responsáveis pelo projeto Orfélia mostrar todo o seu potencial e apresentar os seus temas.

Anaïs Thinon fala de Lagos com muita saudade e amor A música escolhida pelos responsáveis do projeto Orfélia foi “Lagos”. Admitem Filipe Mattos e Anaïs Thinon que “fez sentido pôr no concurso [esta música] porque transmitia as razões de termos vindo para Portugal. Criámos a música ainda em Berlim”. A letra transmite a saudade e a vontade de voltar a casa, no caso na Anaïs Thinon, que é natural de Lagos. Contudo, o sentimento faz também parte de Filipe Mattos, que está longe do Brasil e da sua cidade, Florianópolis. A música tem uma letra sentida e tocante, que pode alcançar qualquer um dos seus ouvintes. Anaïs Thinon fala de Lagos com muita saudade e amor. “Aquela cidade tem essa propriedade incrível de limpeza

e mar”. Quando “estava em Berlim e no frio, só pensava em voltar (devido a algumas coisas que me aconteceram por lá) e esta música tem o seu lado espiritual”. Para Filipe Mattos, que “não conhecia Lagos”, a música representa ainda um pouco a sua cidade, situada no litoral. “Quando fui lá [a Lagos] senti-me em casa. É o lugar mais fora de casa, que me faz sentir em casa”. Esta música “é uma carta de amor a Lagos. Estando de fora, vi a cidade de outra forma. O meu pai dizia-me todos os dias quando ia para a escola: ‘olha o mar azul’ e eu não reconhecia essa importância na altura”. O valor das nossas origens está intrínseco em cada palavra da música, que junta a saudade à importância de reconhecermos pequenas coisas, que muitas vezes tomamos como garantidas. Uma dessas “verdades garantidas” é a nossa liberdade, que nos foi condicionada desde o aparecimento da pandemia, mas que só por coincidência, tem alguma ligação à música.

FOTO D.R.

O videoclipe foi todo gravado em Lagos, com a participação de amigos da cidade, e a dupla dirigiu o “retrato” da música, sem aparecer. Continuando a definir “Lagos”, os jovens afirmam que a música mostra o lado da memória e da cidade. “Retrata momentos típicos dos lacobrigenses, como pôr a argila no Porto Mós, a Praia do Canavial com o pôr do sol e o salto no Cais do Forte”. Todos os protagonistas do videoclipe estão em modo estátua, com a argila e, em seguida, vão ganhando vida. Todo o vídeo acompanha um dia em Lagos e “acaba num mergulho”. Neste momento, Filipe Mattos e Anaïs Thinon sentem que existem pessoas que querem agora conhecê-los e, de certa forma, o concurso deu-lhes algum protagonismo que ambos sonhavam alcançar. A música já foi ouvida pela vereadora de Lagos, quando era apenas uma amostra de 30 segundos. O trabalho prosegue e a “vontade de fazer música e continuar a ser artista” também. O foco é agora lançar o álbum. Um passo de cada vez.


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REGIÃO

Câmara e Misericórdia de São Brás de Alportel reforçam resposta social Reforçar o apoio à infância Auxílio na obtenção de Equipamentos de Proteção Individual Encaminhamento de cidadãos inscritos mo Banco de Voluntariado Covid

Município vai disponibilizar apoio técnico e financeiro O protocolo formaliza a disponibilização, por parte do “Município, do apoio

FOTO D.R.

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Município de São Brás de Alportel e a Santa Casa da Misericórdia assinaram, a 7 de julho, um protocolo que formaliza e reforça a cooperação que estas entidades têm vindo a desenvolver para dar as melhores respostas sociais aos munícipes que mais necessidades económicas têm sentido durante os últimos meses. Desde o início da pandemia, Município e Santa Casa colocaram em marcha um conjunto de ações de solidariedade para fazer chegar ajuda a quem mais precisa, no âmbito de um trabalho de proximidade e em rede, juntando recursos e sinergias de todas as entidades de cariz social que intervêm no concelho Esta parceria é sobretudo fundamental ao nível da “distribuição de refeições preparadas para munícipes e agregados familiares encaminhados pelos Serviços Sociais do Município e por outros elementos da Plataforma Local de Ajuda Alimentar, assim como ao nível do apoio domiciliário prestado a munícipes e agregados familiares seniores, que foi ainda reforçado com a implementação do projeto “Apoio COmVIDa”, assim como ao nível de outros apoios sociais que se revelem importantes em situações de emergência social”, explica a autarquia são-brasense em comunicado de imprensa.

técnico e das comparticipações financeiras necessárias para a concretização destes apoios, assim como a troca de informação sobre munícipes inscritos no Gabinete de Inserção Profissional que possam vir a prestar trabalho remunerado à Santa Casa da Misericórdia, no âmbito do programa ‘Medida de Apoio ao Reforço de Emergência de Equi-

pamentos Sociais e de Saúde’, que o Instituto de Emprego e Formação Profissional tem em curso, e que é já uma realidade para muito desempregados que estão a ter uma oportunidade de trabalho e de melhorar o rendimento”. O protocolo formaliza também a disponibilização por parte do Município de “recursos humanos, dentro das suas

possibilidades, para reforço da equipas em espelho das respostas sociais da Santa Casa da Misericórdia, como já está a acontecer com uma equipa do município a reforçar as valências de apoio à infância, bem como o encaminhamento de cidadãos inscritos no Banco de Voluntariados Covid para aquela instituição e o auxílio na ob-

tenção de Equipamentos de Proteção Individual quando tal for necessário”. O protocolo firmado com o prazo de um ano pode vir a ser renovado. A parceria está formalizada no âmbito do Plano de Contingência do Município e no Fundo Municipal de Emergência Covid-19 - São Brás de Alportel.

Tavirenses podem ter medicamentos gratuitos A Câmara de Tavira celebrou um protocolo de execução do Programa abem – Rede Solidária do Medicamento, com a Associação Dignitude, com o objetivo de garantir o acesso gratuito a medicamentos. Este programa destina-se “a agregados familiares em comprovada situação de carência económica ou vulnerabilidade social, assim como idosos com mais

de 70 anos, doentes de risco ou doença crónica”, explica a autarquia tavirense. O beneficiário usufruirá de 100% na aquisição de medicamentos comparticipados pela Rede Nacional de Saúde e sujeitos a receita médica. Para beneficiar do cartão abem os interessados devem apresentar a sua candidatura, nos meses de julho e agosto, através do preenchimento do respetivo formulário.

Este deverá ser entregue na Divisão de Assuntos Sociais da Câmara Municipal de Tavira. O abem "é o primeiro programa solidário da Associação Dignitude, uma instituição particular de solidariedade social que surgiu da parceria entre a Cáritas Portuguesa, a Plataforma Saúde em Diálogo, a Associação Nacional das Farmácias e a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica".

Os interessados devem apresentar a sua candidatura ao cartão abem nos meses de julho e agosto FOTO D.R.


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Alcoutim transfere competências Limpeza das vias e espaços públicos, sarjetas e sumidouros Autorização da realização de acampamentos ocasionais Reparação e substituição de mobiliário urbano no espaço público Realização de pequenas reparações e manutenção dos espaços envolventes aos estabelecimentos de educação pré-escolar e de 1º ciclo

A

s Juntas e União de Freguesia do concelho de Alcoutim vão beneficiar de uma verba de aproximadamente 58 mil euros, na sequência dos contratos-programa celebrados com a Câmara Municipal. Trata-se de instrumento financeiro determinante para o desenvolvimento local, permitindo a concretização de projetos e investimentos que, de outra forma, seriam difíceis de suportar pelas Juntas e União de Freguesia. Assim, as Juntas e União de Freguesia vão levar a cabo a pintura e manutenção do edifício da sede, do armazém, da casa mortuária de Farelos e da igreja de Clarines (Giões). A verba destina-se também à aquisição de catacumbas para o cemitério de (Martim Longo), apoio à aquisição de catacumbas para o cemitério do Pereiro, aquisição de equipamentos de escritório para os edifícios da Junta de Freguesia; aquisição de pulverizador para fixar no trator em polietileno, de 300 litros e respetivos acessórios e construção de passagens submersíveis (Alcoutim, Pereiro). A reinserção profissional da população do concelho (Alcoutim, Pereiro), o apoio às obras de ampliação do cemitério (Vaqueiros) e diversas festividades e eventos culturais e desportivos a que decorreram no ano de 2020 (Vaqueiros) também vão ser possíveis graças a este dinheiro.

Reforçar a autonomia local A Câmara de Alcoutim e as Juntas e União de Freguesia Concelho formalizaram, cumu-

lativamente, a transferência de competências, em causa está o reforço de várias competências das freguesias, agora consagrado através de autos de transferência assinados com as quatro freguesias do concelho. Os documentos, assinados por Osvaldo dos Santos Gonçalves, presidente da Câmara Municipal, e pelos presidentes de Juntas e União de Freguesia, consideram que a “administração local moderna assenta a sua ação numa efetiva articulação entre todos os órgãos das autarquias locais” e que a redistribuição de competências entre a administração autárquica irá reforçar a autonomia local. Desta forma, a limpeza das vias e espaços públicos, sarjetas e sumidouros, a autorização da realização de acampamentos ocasionais, a manutenção, reparação e substituição de mobiliário urbano no espaço público e a realização de pequenas reparações e manutenção dos espaços envolventes aos estabelecimentos de educação pré-escolar e de 1º ciclo são algumas das competências que estão, agora, a cargo das freguesias. Os autos assinados contemplam os montantes anuais a transferir para as Juntas e União de Freguesia, de forma a viabilizar o exercício das competências, sendo contabilizado um total de 46 936 euros. “Sendo os melhores conhecedores da sua freguesia e estando em contacto permanente com as pessoas, os presidentes de junta são quem melhor está preparado para dar resposta às carências e necessidades da população, cabendo ao Município conceder-lhes meios para o fazerem”, salienta Osvaldo dos Santos Gonçalves, presidente da Câmara de Alcoutim.


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REGIÃO

O sistema entra em funcionamento no próximo mês de agosto FOTO D.R.

Parques de estacionamento com novo sistema de encaminhamento de veículos O Município de Albufeira implementou um Sistema de Encaminhamento e Gestão de Veículos na zona urbana, que consiste na instalação de cinco painéis a energia solar que indicam a localização e estado (livre ou ocupado) dos principais parques de estacionamento da cidade (P1, P5, P6 e estacionamento

à superfície na Avenida da Liberdade). Os painéis estão em constante comunicação com os respetivos parques de estacionamento, de modo a que a informação transmitida corresponda, em tempo real, ao estado de ocupação dos mesmos. A partir de agora, quem circular pela

zona urbana da cidade pode observar a sinalética, que já se encontra instalada, no entanto o sistema só entrará em funcionamento no próximo mês de agosto. O presidente da Câmara de Albufeira diz “que se trata de um investimento na ordem dos 50 mil euros, que irá fa-

cilitar imenso a vida dos automobilistas que, a partir do próximo mês de agosto, já não precisam de andar às voltas pela cidade à procura de um lugar de estacionamento”. José Carlos Rolo destaca a enorme vantagem do equipamento, “uma vez que ao passarem junto a um painel,

independentemente da zona em que se encontra localizado, as pessoas poderem ficar a saber de imediato da disponibilidade de lugares existente em cada um dos parques, evitando perdas de tempo e estacionamentos indevidos, para além de se tratar de uma tecnologia amiga do ambiente”.

Construção da EB1 com Jardim de Infância avança a bom ritmo A construção da nova Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim de Infância da Luz, no concelho de Lagos, decorre a bom ritmo. As obras iniciaram-se no final do mês de maio, no âmbito de uma empreitada municipal contratada por 3.048.020 euros, sem IVA, e têm um prazo de execução de 450 dias. O estabelecimento escolar está a ser edificado numa parcela de terreno municipal com a área de 17.766 m2, localizada nas proximidades do eixo viário de ligação Espiche-Luz. “O edifício vai ter oito salas de aula

distribuídas por dois pisos (quatro destinadas ao ensino básico, duas para expressões e duas com a valência de Jardim de Infância)”, afirma a autarquia lacobrigense em comunicado O imóvel terá também “cozinha, refeitório, sala polivalente, biblioteca, sala de professores, sala para o pessoal não docente, gabinete de atendimento aos pais, balneários e instalações sanitárias e de apoio”. No exterior, o recinto será dotado com “um polidesportivo, uma zona de recreio coberta e outra descoberta, uma zona para a prática de jogos

O estabelecimento escolar está a ser edificado numa parcela de terreno municipal com a área de 17.766 m2 tradicionais, uma horta pedagógica, espaços verdes e estacionamento. Todas as áreas de recreio exterior estarão interligadas por rampas, garantindo a acessibilidade sem barreiras”. Esta intervenção é a última do ciclo de

requalificação e ampliação do parque escolar do 1.º Ciclo que o município de Lagos tem vindo a executar e no âmbito do qual se construíram novos equipamentos e requalificaram todos os já existentes, em toda a área do

FOTO D.R.

concelho. A construção deste novo equipamento escolar vai permitir aumentar o número de salas, quer de pré-escolar quer de 1.º ciclo no concelho, e redefinir a rede escolar em toda a freguesia.


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ENTREVISTA

A resposta do cancelamento da concentração surgiu apenas no primeiro dia dos festejos, quinta-feira, dia 16 de julho, e deixou José Amaro desiludido FOTO D.R.

Entrevista a José Amaro, presidente do Moto Clube de Faro

“Foi uma má decisão e [a pandemia foi] um mau pretexto para o cancelamento” Texto FILIPE VILHENA / HENRIQUE DIAS FREIRE

motos, o primeiro com uma bandeira à frente e assim, sucessivamente.

Moto Clube de Faro está a assinalar, com várias atividades especiais, a época em que anualmente realiza a sua concentração internacional, uma vez que a pandemia não permitiu a realização do evento. O POSTAL entrevistou, no sábado, o presidente do moto clube e um dos seus fundadores, José Amaro.

Qual foi a justificação que lhe deram?

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O desfile foi cancelado no primeiro dia dos festejos da concentração. O que sentiu? Foi um sentimento de tristeza, uma vez que tínhamos programado fazer o desfile com toda a segurança e menos motas do que é habitual. Não sei ao certo quantos participantes teríamos, mas ao não haver a concentração, o número de motas iria ser menor, logicamente. O desfile iria ter distanciamento social, com o percurso habitual e ritmo normal. Após a chegada ao ponto de partida, iriam sair grupos de cinco

Neste momento a pandemia serve para tudo, serve para a política e para tudo o que se pense fazer. É a pandemia que está no centro de tudo. Vamos “morrendo” por outras causas, mas a pandemia paga tudo. Em relação ao cancelamento, o principal motivo eram os ajuntamentos que poderiam ocorrer. Ou seja, os cafés estarem abertos e as pessoas irem para lá, sendo que no domingo até está quase tudo fechado. Portanto, foi uma má decisão e um mau pretexto para o cancelamento. Não iriam haver quase paragens nenhumas e as pessoas iam nas motas, com o capacete e a viseira. Mais protegido do que isso não poderia ser.

Tentou reverter a situação? Logicamente que tentámos reverter as coisas. As autoridades limitam-se a ler o que saiu em reunião de Conselho de Mi-

ESTE LOCAL VIVE ESSENCIALMENTE DO TURISMO nistros, sobre eventos e festas, e não têm em conta as situações locais. Acho que houve um pouco de injustiça. Não acho que seja má vontade, é apenas medo. A Câmara Municipal de Faro está com medo, a PSP e a GNR também. A Proteção Civil está com medo que exista algum foco de infeção e, dessa forma, justificam-se as medidas. Mas também não é passar do “8 para o 80”. Tem de haver algum cuidado, as pessoas têm de viver e “isto” [a economia] não pode parar. Quando o primeiro-ministro diz para se fazerem férias em Portugal (para a economia não ir abaixo) e faz restrições destas, não está a contribuir para o desenvolvimento, principalmente do Algarve. Este local vive essencialmente do turismo. Deveriam perceber a falta que fazem estes “pequenos” eventos.

O cancelamento assume-se como uma perda para a região algarvia? Sim. Embora se saiba que a saúde está primeiro e não podemos descurar dela. Mas se isso [a concentração] colocasse em causa a saúde das pessoas, tudo bem, mas da maneira como ia ser feito, não ia causar absolutamente nada.

Para colmatar o cancelamento da concentração e, deste modo, realizar algum evento comemorativo, foi criada uma exposição... A exposição está a decorrer no edifício da Zara. É uma exposição bonita e o espaço é agradável. Tem boas motas e bons pretextos para as pessoas a visitarem, uma vez que tem ainda uma pequena animação de rua durante a noite. No fundo, a exposição serve para marcar presença nos 39 anos e a todos os que se deslocaram a Faro, principalmente, em termos solidários. É uma forma de nos darem um abraço e dizerem que estão presentes. É preciso não esquecer que fazemos

isto sem interesses, é tudo voluntariado e são muitos anos de trabalho. O sentimento das pessoas é de agradecimento ao trabalho que temos feito e é essencial a sua presença.

Devido ao cancelamento do passeio, que mensagens recebeu dos participantes habituais? Ficaram solidários, pois compreendem as restrições que nos são impostas. Muitos estrangeiros compreendem, pois no seu país também estão condicionados. Quero, já agora, agradecer a todos os que se deslocaram aqui sabendo que não iria haver concentração.

Existe previsão de alguma atividade, mais para a frente, para “recompensar” os motociclistas por este cancelamento? Pensámos nisso, mas enquanto não tivermos estabilização no país, não haverá nada em concreto. Temos as atividades normais do Motoclube de Faro e esperamos que possamos avançar com o Festival de Cinema, no fim de outubro ou início de novembro.


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REGIÃO

É um espaço novo e é de lazer Para convívio ao ar livre Para passear Para praticar exercício físico Para conversas uns com os outros Para descansar à sombra

O

presidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo, afirmou que a obra da segunda fase do parque municipal, na semana passada inaugurada, vai dar aos munícipes um espaço de “convívio e de fruição da natureza” para “abrandar o ritmo de vida”. Situado na zona norte do parque, junto ao skate parque da cidade algarvia, a parte do parque municipal inaugurada coloca ao dispor da população uma nova área de 18.000 metros quadrados de espaços verdes e equipamentos para promover a prática de atividade física e o lazer, num investimento superior a 1,4 milhões de euros, quantificou o autarca. Dentro da área do parque, os visitantes

poderão encontrar um “campo aberto em relva sintética, espaço para prática da petanca, uma área equipada com barras e outros aparelhos para a nova modalidade urbana de ‘street workout’ [treino ao ar livre, em inglês] e tem também um campo para basquetebol, com uma tabela para ‘street basket’”, precisou. “É importante que as cidades se virem par uma nova dimensão, uma dimensão mais de convívio de fruição da natureza, de abrandamento do ritmo de vida. Tudo isso está na intenção do projetista e dos responsáveis da Câmara Municipal de Loulé”, afirmou o autarca à Agência Lusa. A ampliação do parque permitiu também plantar árvores, como pinheiros,

O parque coloca ao dispor da população espaços verdes e equipamentos para promover a prática de atividade física e o lazer FOTO D.R.

e vem “dar corpo à filosofia que esta câmara tem” de promoção de estilos de vida mais saudáveis e que está patente na integração do concelho na Associação Internacional das Cidades Educadoras e na Rede Nacional dos Municípios Saudáveis, argumentou.

O objetivo é tirar pessoas de casa, de frente dos ecrãs Vítor Aleixo considera que os cidadãos de Loulé, vão ganhar assim “espaços para convívio entre eles ao ar livre, para passear, para praticar exercício físico, para conversas uns com os outros, para descansar à sombra”. “Pretendemos que haja ali uma edu-

cação para o gosto, para os valores de um mundo onde o espaço urbano, mais caracterizado por obras de cimento e betão, tenha também espaços de descompressão, onde há verde, água, trilhos e onde as pessoas possam passear e brincar, ter encontros entre gerações, no fundo onde possamos promover o nosso bem-estar, físico e mental”, disse. O objetivo é também “tirar pessoas de casa, de frente dos ecrãs, trazê-las para a rua e redescobrirem esta dimensão tão importante que é de conversarmos uns com os outros”, acrescentou. Questionado sobre se está preocupado com a possibilidade de ajuntamentos que façam aumentar os riscos de con-

tágio devido à pandemia de covid-19, António Aleixo respondeu que não. “Não me preocupa muito, em primeiro lugar porque são espaços ao ar livre, amplos, não são espaços confinados. E depois acredito que os comportamentos das pessoas, regra geral, e na sua maioria, são comportamentos responsáveis”, argumentou. Vítor Aleixo considerou que “as pessoas têm neste momento informação suficiente para guardar o distanciamento social necessário e para poderem usufruir deste espaço em segurança e sem riscos” e até com benefícios. “A existência destes espaços são bom antídoto para as aglomerações e confinamentos, que essas sim, são razões de risco”, disse.


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Portimão com 60 minutos diários para residentes O Regulamento das Zonas de Estacionamento Controlado em Portimão dá a possibilidade aos residentes no concelho de usufruírem de 60 minutos diários de estacionamento não pago. "A medida vigora no período integral das 24 horas diárias e abrange as zonas de estacionamento tarifado sob gestão municipal, estando condicionada à disponibilidade de lugares existentes em cada momento. Os minutos atribuídos, caso não sejam utilizados, caducam ao final de cada dia, não sendo acumulados", informou a autarquia portimonense. Após a utilização do total diário dos 60 minutos, é aplicado ao residente o valor da tarifa relativa à artéria onde se encontra estacionado, sendo o valor mínimo cobrado de 15 minutos. Considera-se residente "qualquer cidadão que tenha o domicílio fiscal no concelho de Portimão, aplicando-se este benefício apenas a pessoas singulares, não estando abrangidas as viaturas detidas por pessoas coletivas", esclarece a autarquia. Serão considerados os veículos de que os residentes sejam proprietários, locatários ou adquirentes com reserva de propriedade, e cuja morada constante do título de propriedade coincida com o seu domicílio fiscal.

Aplicação móvel iParque Mobile Para poderem usufruir deste benefício, os residentes devem utilizar a aplicação móvel iParque Mobile, onde devem carregar as matrículas das viaturas, e registar-se junto da EMARP no balcão de atendimento situado no edifício sede da empresa municipal, ou através do formulário online disponível em www.emarp. pt - Menu Clientes - Formulários para preenchimento. É necessário juntar cópia da certidão de domicílio fiscal, que pode ser obtida no Portal das Finanças ou, em alternativa, na Repartição de Finanças de Portimão, e o Documento Único Automóvel, podendo ser exigível a exibição dos respetivos originais. A qualidade de residente é atribuída pelo período máximo de um ano, sem prejuízo da cessação imediata sempre que se alterem os pressupostos que determinaram a sua atribuição. Poderá ser requerida a revalidação da qualidade de residente, na condição de não haver ocorrido a alteração dos pressupostos que determinaram a respetiva atribuição, podendo ser solicitada a exibição dos documentos exigidos para a atribuição dessa mesma qualidade.

A qualidade de residente é atribuída pelo período máximo de um ano FOTO D.R.

FOTO D.R.

Estacionamento gratuito

Passadiço vai ligar praias de Verdelago à da Lota A obra de instalação do passadiço da praia de Altura, no concelho de Castro Marim, já está em curso e deverá estar concluída em outubro. Em janeiro, a autarquia castromarinense tinha anunciado a consignação da obra para permitir a salvaguarda do cordão dunar entre a praia de Verdelago (Altura) e a praia da Lota (Manta Rota, Vila Real de Santo António), com um prazo de conclusão previsto para junho, mas a quarenta imposta pela pandemia de covid-19 levou “algumas empresas a recorrer ao ‘lay-off’” e dilatou a “conclusão para outubro”, esclareceu à agência Lusa uma fonte do município.

A obra do cordão dunar da praia de Altura consiste na colocação de um passadiço elevado entre a Praia da Verdelago e a Praia da Lota, a poente da localidade balnear castromarinense, que terá um comprimento de 1.500 metros e uma largura de três, precisou o município.

Seguirá a ligação com a praia de Monte Gordo A estrutura “serpenteará o sistema dunar, mas abraçando os apoios de praia a enquadrar na frente de mar e com zonas de descanso e iluminação”, acrescentou a autarquia do sotavento algarvio, no comunicado em que anunciou o início dos trabalhos.

“Numa segunda fase, este mesmo passadiço fará a ligação com a praia de Monte Gordo”, também no concelho vizinho de Vila Real de Santo António, mas a nascente de Altura, onde também existe outra estrutura de madeira já instalada. “A elevação desta infraestrutura promove a redução da erosão costeira, uma vez que garante o não pisoteio, bloqueia a ação do homem sobre as zonas de proteção, fomenta a estabilização de areias para a formação de dunas e possibilita a instalação de vegetação natural, restabelecendo assim a dinâmica do habitat dunar”, justificou o município. A intervenção também inclui a requalificação de cinco acessos

à praia, já existentes, estimando-se o total do investimento em 752.904 euros. O projeto foi realizado sob orientação da Agência Portuguesa do Ambiente e “em conformidade com a dinâmica sedimentar do respetivo cordão dunar”. A obra está a ser realizada no âmbito do PO SEUR - Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, do Portugal 2020, cofinanciada a 75% pelo Fundo de Coesão, acrescentando que a comparticipação nacional e a despesa não elegível serão financiadas com recurso a uma linha de apoio do Banco Europeu de Investimento destinado às autarquias.


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A experiência inclui uma refeição cheia de aromas de outros tempos, com produtos locais FOTO D.R.

Festival da Comida Esquecida regressa com piquenique na aldeia da Penina O Festival da Comida Esquecida regressa a 1 de agosto com um piquenique de charme ao final do dia na aldeia da Penina (Loulé). Segue-se a 29 de agosto um piquenique em Santo Estêvão (Tavira) e a 12 de setembro outro em Cacela Velha (Vila Real de Santo António) e, a 17 de outubro, a festa de encerramento do Festival em Querença (Loulé). "Os eventos foram alterados e adaptados de forma a respeitar todas as orientações da DGS e garantir a

segurança de participantes e colaboradores, mas mantendo a sua identidade e essência, ligadas à celebração de tradições algarvias através de experiências gastronómicas inesquecíveis", explica a Cooperativa QRER, entidade promotora da iniciativa.

Cada experiência é irrepetível, única e partilhada Os bilhetes são adquiridos online antecipadamente, estando todas as

regras de participação disponíveis na página Facebook do Festival. A experiência inclui uma refeição cheia de aromas de outros tempos, com produtos locais e surpresas gastronómicas, algumas de difícil acesso ou esquecidas da nossa mesa. O instrumento simbólico do Algarve - o acordeão - será também protagonista com uma atuação durante o piquenique, como se fazia em outros tempos, e dando mais animação a estes fins de tarde campestres. O

chef explicará a ementa da refeição, assim como os produtos locais e tradicionais que foram utilizados na sua confeção. Todas as explicações irão ser traduzidas para inglês por um Mestre de Cerimónias que estará presente em todas a ações, disponível para esclarecer todos os participantes estrangeiros e nacionais em caso de dúvidas. "Cada experiência é irrepetível, única, partilhada e representativa de alimentos, memórias e locais mais ou menos

esquecidos do Algarve", garante a organização. O Festival, integrado no programa cultural 365 Algarve, terminará com um evento na aldeia de Querença (Loulé), no dia 17 de outubro, com mercado de produtos agroalimentares da região, exposição de rua sobre comida, mini concertos e outras surpresas. A entidade promotora desta iniciativa é a Cooperativa QRER, uma organização dedicada ao Desenvolvimento dos Territórios de Baixa Densidade.


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Alargado período de candidaturas ao fundo de apoio às empresas OBJETIVO: apoiar a tesouraria das empresas de Albufeira, cujos estabelecimentos foram obrigados a encerrar, por força da lei, ou não sendo encerrados, sofreram quedas abruptas na sua produtividade”

A

Câmara de Albufeira alargou o período de candidaturas ao Fundo de Apoio Empresarial e Associativo para o concelho, no valor de 1 milhão de euros, até ao próximo dia 31 de julho. O Fundo de Apoio Empresarial e Associativo destina-se “a apoiar a tesouraria das empresas com domicílio fiscal ou sede no concelho de Albufeira, cujos estabelecimentos foram obrigados a encerrar, por força da lei, ou não sendo encerrados, sofreram quedas abruptas na sua produtividade”, explica a autarquia albufeirense em comunicado. A intenção passa por mitigar "os prejuízos das empresas, apoiando-as na retoma da atividade e na manutenção dos postos de trabalho a eles afetos, como meio de salvaguarda do setor económico e social do concelho". O fundo tem uma dotação de um milhão de euros e aplica-se "a empresários em nome individual ou empresas com residência fiscal ou sede social no concelho de Albufeira, que não tenham beneficiado de outros apoios financeiros estatais não reembolsáveis, no âmbito da pandemia Covid-19". As atividades elegíveis são a restauração e similares, o comércio de bens a retalho, a prestação de serviços e a indústria e agricultura. Para se poderem candidatar, "os empresários não podem ter tido um volume de negócios no ano de 2019 superior a 150 mil euros, e deverão demonstrar que tiveram a atividade aberta pelo menos durante 8 meses consecutivos no ano em causa, com exceção das atividades sazonais". Os beneficiários do apoio ficam obrigados "a manter a respetiva atividade aberta e à manutenção dos postos de trabalho existentes à data da apresentação da candidatura até 31 de dezembro de 2020, à exceção daqueles que exerçam atividades sazonais, os quais deverão manter a atividade em 2020 durante os mesmos meses que estiveram abertos em 2019, no mínimo, até ao dia 31 de outubro de 2020". José Carlos Rolo, presidente da Câmara de Albufeira, sublinha que “a medida visa dar oportunidade a que um maior número de empresários possa reunir a documentação necessária à instrução das referidas candidaturas”. Os interessados devem solicitar mais informações através do email: age@cm-albufeira.pt.

O fundo destina-se a apoiar a retoma da atividade e a manutenção dos postos de trabalho das empresas

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UAlg passa a ter curso de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores A Universidade do Algarve passou a ter na sua oferta formativa o curso de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, resultante da restruturação da licenciatura em Engenharia Elétrica e Eletrónica. Este curso tem como objetivos principais "formar profissionais com qualificação superior para o exercício de funções de desenvolvimento, consultoria, manutenção e administração de sistemas de energia, sistemas de telecomunicações, sistemas de informação e outras áreas afins", explica a UAlg em comunicado. Pretende ainda responder "às necessidades das empresas e instituições nas áreas da engenharia eletrotécnica e dos sistemas de informação". Com a duração de três anos, perfazendo um total de 180 ECTS, a licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores vai abrir 23 vagas já no próximo ano letivo, 50% das quais para os candidatos com preferência regional. No acesso a este novo curso, existe, também, uma percentagem de vagas (30%) para cursos com acesso preferencial, tais como os Curso de Especialização Tecnológica (CET) ou maiores de 23. As provas de ingresso exigidas são Física e Química e Matemática.

Licenciados podem exercer a profissão em diferentes áreas No que respeita às saídas profissionais, os licenciados em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores ficam habilitados ao exercício da profissão em diferentes áreas, nomeadamente na manutenção e exploração de sistemas de telecomunicações, de energia

A licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores terá 23 vagas para o próximo ano letivo FOTO D.R.

elétrica e de informática; na fiscalização e projetos de instalações elétricas, de telecomunicações e de informática; em serviços técnicos de autarquias e da administração central e regional; em gabinetes de estudos e projetos; instituições de ciência e tecnologia; no desenvolvimento e aplicação de sistemas de energia e controlo, de telecomunicações, de eletrónica e de

informática; em empresas fabricantes e distribuidoras de equipamento elétrico e eletrónico, serviços público, entre outros. Nesta restruturação, "os estudantes passam a ter um ensino mais diferenciado, ou seja, com uma oferta mais alargada de unidades curriculares opcionais, permitindo, assim um ensino mais direcionado, de acordo com os interesses do aluno".

O novo plano curricular passa também a contemplar um estágio como opção, que será realizado em contexto de trabalho, em alternativa ao projeto, que também se manterá como opção, sendo a seleção feita pelo aluno. O novo plano do curso de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores foi ainda repensado tendo em conta o UALG TEC, que visa criar um centro

de desenvolvimento tecnológico, incluindo a instalação de um Parque de Ciência e Tecnologia direcionado para a promoção e aceleração de spin-offs e empresas assentes em conhecimento, promovendo projetos conjuntos de investigação e desenvolvimento aplicado e fomentando a relação de proximidade entre os agentes económicos e a Universidade do Algarve.

Parque Urbano Nascente de Armação de Pêra ganha novos equipamentos Os primeiros equipamentos do projeto TransforMAR já foram colocados no Parque Urbano Nascente em Armação de Pêra - parque verde localizado na margem direita da Ribeira de Alcantarilha. O projeto desafia os veraneantes a colocar "os seus resíduos plásticos e

de metal num depósito próprio, com o compromisso de os transformar num benefício direto para a comunidade, na forma de mobiliário urbano, evitando que o seu destino final seja o mar", explica a autarquia de Silves em comunicado. O Município de Silves

considera que "o Parque Verde, localizado numa zona privilegiada com vista sobre a Foz da Ribeira de Alcantarilha, sai valorizado com a instalação deste equipamento, num espaço, cuja obra de requalificação, foi terminada no verão de 2018".

O projeto desafia os veraneantes a colocar os seus resíduos plásticos e de metal num depósito próprio FOTO D.R.


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REGIÃO Filomena Sintra recorda que a obra foi chumbada pela oposição em dezembro de 2017

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Centro Náutico da Barragem de Odeleite vai estar concluído até final do ano, depois de o projeto ter sido recuperado e financiado com um empréstimo do Banco Europeu de Investimento. Os trabalhos vão permitir a construção de uma estrutura com piscinas e um conjunto de apoios para que a principal barragem do sotavento algarvio tenha uso balnear. A sua conclusão esteve prevista para antes do verão, mas essa meta foi ultrapassada devido às dificuldades na aprovação final do projeto nos primeiros dois anos de mandato autárquico, quando a Câmara de Castro Marim perdeu a maioria absoluta do PSD, recuperada em 2019 após a realização de eleições intercalares, justificou a vice-presidente da Câmara de Castro Marim, Filomena Sintra. Ao recuperar a maioria absoluta, o PSD lançou um novo concurso, pediu um empréstimo de cerca de 400 mil euros ao Banco Europeu de Investimento para financiar a comparticipação nacional da obra, que tem um custo total de 700 mil euros, e entregou os trabalhos a um novo empreiteiro, depois de, na primeira metade do mandato, a oposição PS e o Movimento Castro Marim Primeiro ter impedido a sua execução como inicialmente previsto, explicou Filomena Sintra. “A obra está a decorrer normalmente, dentro dos prazos contratuais, depois de uma prorrogação de trabalhos, que ocorreu dentro dos trâmites legais. Pensamos terminar a obra até final do

ano, haja água para conseguir instalar as piscinas na estrutura que as vai amarrar”, afirmou Filomena Sintra à Agência Lusa, referindo-se à necessidade de a barragem ter um determinado nível de água para a estrutura poder funcionar. Filomena Sintra recordou que a “obra foi chumbada pela oposição em dezembro de 2017” ao ser “recusada na câmara a adjudicação definitiva” e, quando a aprovação foi conseguida, já depois das eleições intercalares, “o empreiteiro já não necessitava de manter a proposta”, porque “já tinham passado 266 dias” do prazo legal previsto para esse efeito.

Filomena Sintra garante que a autarquia está a trabalhar para recuperar as oportunidades perdidas “Àquela data, [o empreiteiro] já nos exigia mais cerca de 200 mil euros para fazer a obra. Nesse pressuposto, não entrámos em negociação e fizemos foi um novo concurso, que acabou por ser ganho por outro empreiteiro, mas com uma obra mais cara, com os atrasos todos que daí decorreram e com a perda também da possibilidade de reforço de fundos comunitários para a obra”, lamentou. Filomena Sinta disse que a maioria absoluta do PSD saída das eleições intercalares de 2019 conseguiu, entretanto, obter “um empréstimo do Banco Europeu de Investimento para a contra-

FOTO STEFANIE PALMA / POSTAL D.R.

Vem aí a nova área balnear na barragem de Odeleite

partida nacional”, operação que, segundo a vereadora, terá “custos financeiros irrisórios” para o município, ao pagar “20/30 mil euros por ano, durante 15 anos”. “A obra custou muito mais e o tempo não nos permitiu ter o reforço na prioridade de investimento 6.1 do Programa

Operacional regional, porque, entretanto, entrou em ‘overbooking’”, justificou. Filomena Sintra adiantou que, além das piscinas, a intervenção vai “criar redes de águas residuais e de eletrificação, casas de banho, áreas de apoio e de sombreamento, caixa com areia

para simular a parte da praia e escadarias”, alavancando também “um projeto privado, conexo àquele e dentro das atividades náuticas”. A vereadora garantiu que a autarquia está a trabalhar para recuperar as “oportunidades perdidas e os projetos em vias

de perder” devido aos impasses criados durante a primeira metade do mandato, mas reconheceu que pode “não haver capacidade para recuperar todos”, porque os técnicos e os funcionários municipais não se podem dedicar a novos projetos enquanto reformulam os do passado.


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Município vai adquirir e arrendar imóveis para a habitação de Loulé O Município de Loulé diz que tem dado passos para resolver o problema habitacional que tanto afeta a comunidade louletana, no âmbito da Estratégia Local de Habitação 20192030. Assim, a autarquia lançou um anúncio junto do mercado imobiliário com o objetivo de adquirir e arrendar imóveis destinados à habitação. Simultaneamente, foi aprovado em sessão pública de 8 de julho o projeto de Regulamento Municipal do Direito à Habitação, instrumento que vai regular a atribuição das habitações aos agregados familiares que delas necessitam. Com o objetivo de promover “o direito à habitação para todos”, o município vai, através da nova geração de políticas habitacionais, recorrer “ao seu património predial, mas também adquirir mais imóveis e mais terrenos para a construção de novos fogos

habitacionais em diversos locais do concelho”. Nesse sentido, a autarquia está a promover “uma consulta ao mercado imobiliário, tanto para a aquisição como para o arrendamento de imóveis destinados a habitação pública”. Com esta iniciativa, que decorre numa primeira fase até 31 de julho, a ideia dos responsáveis municipais é adquirir e arrendar imóveis de tipologias T0 a T3, localizados no concelho, com condições de habitabilidade imediatas. A Câmara de Loulé prevê abrir um concurso em agosto para a construção das primeiras 17 moradias, existindo outros projetos a lançar ainda no decurso deste ano. Até ao ano de 2030 a Câmara Municipal de Loulé quer apoiar diretamente 1.400 agregados familiares no acesso à habitação. Só o loteamento da Clona, na cidade de Loulé, contará com 128 fogos.

A iniciativa tem como formadores, investigadores de várias universidades do país

FOTO D.R.

A Câmara de Loulé prevê abrir um concurso em agosto para a construção das primeiras 17 moradias

FOTO D.R.

UAlg vai acolher “Ocean Colour Summer School” O Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve vai acolher a “Ocean Colour Summer School”, uma iniciativa integrada na “Escola de Verão” da Universidade do Algarve, financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. A Summer School, cujo programa de formação vai ser dinamizado pelas Investigadoras Sónia Cristina e Priscila Goela do CIMA, conta com o apoio da Portugal Space e integra no seu painel de formação vários investigadores que se distribuem entre as universidades do Algarve, Lisboa, Aveiro, Évora, Açores e do Porto, e também do Instituto Hidrográfico (IH) e do Instituto Português do Mar e

Atmosfera (IPMA). A Ocean Colour Summer School foca "a temática da extração e utilização de dados de satélite, para estudar fenómenos e processos no Oceano, e integra-se no âmbito das prioridades definidas na Estratégia Nacional para o Espaço", explica a UAlg em comunicado. "Os objetivos do plano de formação são, por um lado, capacitar estudantes na temática da deteção remota da cor do oceano, e por outro, estimular a cooperação científica entre alunos e professores de diferentes instituições nacionais", destaca. A Ocean Colour Summer School inclui uma componente de formação letiva e outra de investigação, a realizar de forma exclusivamente presencial.

Através desta iniciativa pretende-se que se "desenvolvam breves trabalhos de investigação, tanto nas instalações da Universidade do Algarve, como nas instituições parceiras, prevendo-se o financiamento de 10 bolsas de investigação, destinadas a alunos de licenciatura e mestrado". Podem concorrer estudantes de Licenciatura e de Mestrado nas áreas afins às Ciências do Mar, como Ciências da Terra e Atmosfera, Biologia Marinha, Física, Química, Oceanografia, Geofísica, Deteção Remota, Informática, entre outras. O início da Ocean Colour Summer School está previsto para o final de julho e terá a duração de três meses.


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EDP e Monchique unem-se para prevenir incêndios A EDP Distribuição assinou um protocolo com a Câmara Municipal de Monchique, que visa a colaboração mútua no desenvolvimento de medidas de prevenção de incêndios florestais, em domínios municipais e privados. Este acordo prevê “a criação de condições de segurança nas linhas elétricas de baixa tensão, bem como para a execução dos respetivos trabalhos a realizar por equipas mistas entre as entidades envolvidas”, explica a EDP Distribuição em comunicado. O documento contempla também “a intervenção destas equipas mistas em situações de acumulação de vegetação nas faixas junto às linhas

elétricas sempre que as mesmas sejam coincidentes com as faixas de gestão e combustíveis associados à rede viária municipal”. No protocolo estabelecido entre as duas entidades está previsto ainda a doação de um biotriturador, equipamento de eliminação de resíduos provenientes da limpeza de vegetação que se destina a atividades exclusivamente dedicadas à prevenção de incêndios florestais e será usado pelo mnicípio nestas tarefas. O equipamento foi entregue na quarta-feira da semana passada ao município, num encontro que decorreu naquela localidade e que contou com a presença de António Leal Sanches, diretor da EDP Distribuição, e

Protocolo assinado entre as duas entidades visa a colaboração mútua na prevenção de incêndios florestais de Rui André, presidente da Câmara Municipal de Monchique. Enquanto operadora de uma rede aérea com 179 mil quilómetros de extensão, 28 mil dos quais instalados em espaços florestais, a EDP Distribuição está presente em todo o território continental. Nos últimos 12 anos investiu um total de 88 milhões

de euros, na gestão da vegetação, sendo que, deste montante, 16 milhões referem-se ao investimento deste ano. Segundo afirma a EDP Distribuição “as ações de inspeção e de intervenção nas zonas de proteção e nas faixas de gestão de combustível junto às linhas elétricas envolvem cerca de 500 pessoas, entre colaboradores internos e

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externos, e a aplicação de melhores práticas de monitorização e de gestão da vegetação (desde inspeções termográficas das linhas com recurso a voos de helicóptero e drones, até ao desenvolvimento de uma funcionalidade na APP que permite a qualquer cidadão reportar situações de proximidade da vegetação)”.


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Requalificação do Portinho de Pesca de Arrifana está concluída A obra de intervenção de requalificação do Portinho de Arrifana, no concelho de Aljezur, da responsabilidade da Sociedade Polis, já está concluída. Esta obra teve intervenção na rampa varadouro do portinho, que estava em péssimas condições para os pescadores poderem desenvolver o seu trabalho, o molhe foi reforçado com a deslocação e colocação de mais pedras de grande porte, assim como a intervenção/consolidação no próprio paredão do molhe, criando assim condições de mais segurança e proteção às embarcações. Ainda foi pavimentada e impermeabilizada uma área extensa, na zona onde são colocadas embarcações para reparar, e outros equipamentos, ainda foram intervencionadas as escadas de acessos com respetivos corrimões de proteção, foi terminada com a limpeza e manutenção dos fundos da bacia do Porto. Trata-se de uma obra que dá a esta co-

munidade piscatória de Arrifana, “mais e melhores condições de segurança e mais e melhores condições de trabalho, encontrando-se finalizada mais uma importante obra na lista das intervenções previstas para este território de Aljezur, no âmbito da Polis”, explica a autarquia aljezurense. De destacar o esforço por parte da autarquia, que vê, assim, “criadas mais condições, neste caso para a comunidade piscatória de Arrifana”, dando os parabéns “à Associação de Pescadores de Arrifana e Costa Vicentina pela empenho e apoio sempre presente, no decorrer da mesma”. As obras de Requalificação do Portinho de Arrifana, representam um investimento de cerca de 580 mil euros, em que município participa com cerca de 25% (cerca de 154 mil euros), do total da obra, sendo os restantes 75% financiados pelo programa Mar 2020.

A obra vai dar à comunidade piscatória melhores condições de segurança e trabalho

FOTO D.R.

Estacionamento tarifado em Loulé com isenção de 15 minutos O Executivo da União das Freguesias de Tavira cumprimenta e parabeniza o Jornal Postal pelo seu 33º. Aniversário bem como todos os que contribuem para as suas edições. Bem hajam! José Mateus Domingos Costa Presidente da União das Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago) __________________//____________ (POSTAL do ALGARVE, nº 1246, 24 de Julho de 2020)

Depois de um período de quase três meses de inatividade, a gestão do estacionamento de duração limitada do Município de Loulé retomou a atividade, atribuindo uma isenção de pagamento de taxa nos primeiros 15 minutos. "Este benefício é dado no momento em que o condutor realiza o pagamento já que a máquina atribui automaticamente um crédito de tempo adicional de 15 minutos", explica a autarquia louletana em comunicado. Na sua solução eletrónica iParque Mobile é o próprio sistema que atribui a isenção diária de 15 minutos por matrícula. A Câmara de Loulé diz que "esta medida irá agilizar o processo de pagamento das tarifas de estacionamento que têm como objetivo contribuir para aumentar a disponibilidade de lugares e de rotatividade do parqueamento de automóveis, ordenar o espaço público, criar maior segurança para peões e condutores e contribuir para minimizar as emissões poluentes". “Queremos continuar a proporcionar aos cidadãos todo o conforto e rapidez no momento em que usam os nossos serviços de parqueamento urbano, cientes de que esta é também uma aposta na melhoria da qualidade de vida dentro das nossas cidades”, sublinham os responsáveis municipais.

A máquina atribui automaticamente um crédito de tempo adicional de 15 minutos FOTO D.R.


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Há rota de imigração ilegal para o Algarve - diz Sindicato Inspetores do SEF

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sindicato que representa os inspetores do SEF considerou esta quarta-feira que está demonstrado que há uma rota de imigração ilegal para o Algarve e que Portugal funciona sobretudo como uma porta de entrada para Europa. “As evidências não se negam e há aqui uma realidade. Há uma rota e nós somos um destino”, disse à agência Lusa o presidente do sindicato, Acácio Pereira, depois de terem chegado, na terça-feira, mais 21 migrantes oriundos de Marrocos ao Algarve. No total são já 69 os migrantes desembarcados ilegalmente e intercetados na costa algarvia desde dezembro do ano passado. O presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF-SEF) sublinhou que neste momento é uma rota de Marrocos, mas pode vir a tornar-se numa rota do norte de África. Acácio Pereira explicou que Portugal funciona “como uma porta de entrada” de imigração para Europa e que apenas um número diminuto dos migrantes fica no país, sendo objetivo conseguir entrar na Europa através de Portugal e depois procurar outros destinos. Exemplo desta situação, são os casos dos migrantes que

chegaram nos últimos meses a Portugal e, enquanto aguardam pela conclusão do processo, fogem do país. O presidente do sindicato que representa os inspetores do SEF considerou que “é falta de lucidez política não admitir” que existe uma rota de imigração ilegal para o Algarve. “As coisas devem ser assumidas e tratadas devidamente, esta é a única forma de as resolver”, disse, sublinhando que, “enquanto que Espanha já tem com Marrocos acordos de readmissão e de retorno”, Portugal ainda está em negociações para um acordo de imigração ilegal com aquele país. “São dois países próximos e estas questões já deviam estar resolvidas há muito tempo”, precisou. Acácio Pereira disse também que o Sistema Integrado de Vigilância e Comando e Controlo (SIVIC) “nunca funcionou” e "nunca conseguiu" detetar as cinco embarcações que chegaram à costa algarvia. “Em todas as situações, nenhuma delas foi detetadas pelos radares. Isto é uma vergonha, isto envergonha o país, isto demonstra a vulnerabilidade da costa”, sustentou. O presidente do SCIF-SEF deu ainda conta que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras tem conseguido dar “uma resposta imediata”, mas considerou que Portugal não está

preparado para estas situações, uma vez que o mais importante é a instalações dos migrantes enquanto aguardam pela conclusão do processo. “Portugal não tem um único centro de instalação temporária, a não ser a unidade habitacional de Santo António no Porto, onde estas pessoas possam aguardar”, disse. Segundo Acácio Pereira, estes migrantes ficam acolhidos nos centros do SEF nos aeroportos de Faro e de Porto, mas estes locais destinam-se se a passageiros ilegais dos voos que chegam a Portugal e que ficam por períodos até 48 horas e não para retenções, que podem chegar aos 60 dias. O presidente do sindicato disse que as os centros dos aeroportos têm umas instalações “exíguas e de pequena dimensão”, além de não ter condições de segurança, nem de dignidade para essas permanências de longos períodos. Um grupo de 21 migrantes, aparentemente marroquinos, segundo as autoridades, foi intercetado no areal da Ilha do Farol, concelho de Faro, na terça-feira, tendo pernoitado num pavilhão em Olhão, onde se encontram à guarda do SEF e da GNR. Este é o quarto caso registado este ano, o terceiro desde o início de junho, envolvendo migrantes alegadamente de origem marroquina que desembarcaram no Algarve.

Lagos avança com obra para cobertura exterior do Mercado de Bensafrim A Câmara de Lagos adjudicou a empreitada para a construção da cobertura do espaço exterior do mercador municipal na freguesia de Bensafrim, obra orçada em mais de 23 mil euros, foi hoje anunciado. A autarquia indicou em comunicado que a intervenção resulta da proposta vencedora do Orçamento Participativo de 2018, “de modo a tornar

mais aprazível a frequência do equipamento de abastecimento de produtos alimentares frescos, que é também ponto de encontro e de convívio dos habitantes” da Vila de Bensafrim. Segundo a autarquia, a empreitada foi adjudicada pelo valor de 23.461 euros acrescido de 23 por cento do IVA (Imposto Sobre o Valor Acrescentado).

Vila do Bispo é o concelho do Algarve que mais recicla Vila do Bispo foi o concelho do Algarve que mais reciclou, per capita, em 2019. De acordo com os dados divulgados pela Algar cada munícipe produziu em média 297 quilos de resíduos seletivos (papel, vidro e embalagens), representando 13% de todos os resíduos produzidos no município. Já no ano 2018, de acordo com os dados do INE, Vila do Bispo ficou à frente, quer a nível nacional quer a nível regional, no que diz respeito à separação de resíduos seletivos por habitante. Ainda segundo dados do INE, “desde 2011 que o município, neste indicador de sustentabilidade, tem estado sempre no top 4 na região do Algarve e no top 5 a nível nacional”. Estes resultados demonstram que os munícipes “estão conscientes e sensibilizados para a importân-

Em 2019, cada munícipe produziu em média 297 quilos de resíduos seletivos FOTO D.R. cia que a separação dos resíduos tem no ambiente, sendo que este dado é calculado com base nos resíduos seletivos recolhidos pela Algar face à população residente no município”, refere a autarquia

vilabispense em comunicado de imprensa. A Câmara agradece “a colaboração de todos os munícipes nesta causa ambiental que é de todos nós”.


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CADERNO ALGARVE

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REGIÃO

Texto FILIPE VILHENA / HENRIQUE DIAS FREIRE

E

ste ano a Feira da Serra #EmCasa de São Brás de Alportel realizou-se de forma diferente. A pandemia obrigou a alterações, mas a verdade é que a autarquia preparou uma edição especial, adaptada à nova realidade que estamos a viver. Os meios digitais foram a opção desta festa, que mantém viva a tradição de dar a conhecer o melhor do Algarve genuíno. O Município de São Brás de Alportel reconhece a importância da Feira da Serra #EmCasa, de modo a mostrar o que de melhor os produtores fazem na região algarvia. O POSTAL falou com Vítor Guerreiro, presidente da Câmara de São Brás de Alportel, que começou por explicar que “apesar do foco ser a proteção da população, o facto de realizarmos a Feira da Serra #EmCasa nestas condições é importante para a autoestima, como sinal de esperança dos são-brasenses e é muito importante para a dinâmica da economia”. O programa virtual decorre desde a passada quinta-feira, 23 de julho e até o próximo domingo. A feira foi apresentada ao público, em conferência de imprensa, na passada quinta-feira, 16 de julho, no Parque da Azinheira Património, junto à EN2. Vítor Guerreiro assumiu na entrevista ao Postal que “será lançado um portal para que todos os artesãos possam dar a conhecer aquilo que fazem os nossos produtores e assim levamos um pouco das nossas tradições e produtos”.

São Brás leva a Feira da Serra #EmCasa ao mundo todo Durante a apresentação da iniciativa, o autarca afirmou que “queremos levar a Feira da Serra #EmCasa ao mundo todo”. A vertente digital vem reforçar o “incentivo dos artesãos”, para “começarem a preparar as fotografias” e dar algum ânimo a todos os que, ano após ano, sempre mostraram os seus produtos. O potencial da vertente digital desta edição poderá ainda abrir o “apetite” a novos visitantes dos mais diversos cantos do mundo. Vítor Guerreiro acredita que o “portal veio para ficar, é importante para divulgar o que temos no nos-

Vítor Guerreiro diz que o portal de divulgação da Feira da Serra irá manter-se

FOTO D.R.

Feira da Serra #EmCasa é sinal de esperança importante para a “dinâmica da economia” so concelho”. O presidente da Câmara de São Brás de Alportel fala ainda na continuidade dos diversos programas culturais alternativos que foram sendo criados, como a #Páscoa em Casa, os “Dias de Abril em Casa”, depois de eventos digitais como é o caso da “Gala São Brás a Cantar”. A versão digital do “São Brás Fashion”, no decorrer da Feira da Serra #EmCasa, é outro dos destaques do autarca, que se mostra satisfeito com os são-brasenses e a interação que têm demonstrado para manter vivos vários

projetos, mesmo em tempos de pandemia. “O investimento que a Câmara Municipal faz, em termos de alojamento e alimentação à equipa, acaba por ser uma ajuda direta” para São Brás de Alportel, reflete. A música faz parte da festa e, por isso, o Cine-teatro São Brás recebe na sexta-feira, dia 24, o Concerto de Verão da Orquestra Clássica do Sul. O evento garante todas as regras de segurança exigidas pelas entidades oficiais de saúde e é restrito a 60 pessoas.

Já no último dia da edição especial da Feira da Serra #EmCasa, o programa “Domingão: Especial Verão” da SIC, vai andar no seu palco móvel a passar pelas estradas do concelho e terá como mote homenagear os Mestres Artesãos. O artesanato, a doçaria, a produção local, a tradição e a inovação são-brasenses vão estar em destaque na televisão líder de audiências em Portugal. Para Vítor Guerreiro, estes eventos “mantêm a chama da esperança” e dão ânimo a todos os profissionais que contribuem pa-

ra a realização dos eventos, não só produtores, como funcionários da câmara, que se mantêm ativos e a trabalhar em projetos, como sempre aconteceu.

Medronho será produto estrela da próxima edição da Feira da Serra Vítor Guerreiro adiantou ainda ao POSTAL que, na próxima edição, o medronho será o produto em destaque da Feira da Serra, com o desejo de ser novamente realizada nos moldes habituais. Uma escolha que é

uma homenagem à resistência e à sobrevivência, ou não fosse o medronho um dos mais característicos frutos da Serra do Caldeirão. São Brás de Alportel tem “muito para dar e em segurança”. As palavras são de Vítor Guerreiro, que reconhece, em jeito de conclusão na entrevista, que a “Feira da Serra é um evento de grande importância para a economia e entrada de mais verba no comércio local, empresas e associações”. É um “evento em que toda a população se envolve”.


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BILHETE POSTAL

A Casa das Bonecas Texto RAMIRO SANTOS ramirojsantos@gmail.com

F

echou portas vai para uns nove anos. Nos bons velhos tempos – antes da crise de 2008- a casa das bonecas de juta era uma autêntica oficina de moda antiga. Chamava-se Flor da Agulha, uma pequena empresa de Martinlongo, criada em 1987, em pleno nordeste algarvio. As quatro mulheres, que estiveram na base da sua constituição, não tinham mãos a medir para as encomendas que chegavam um pouco de todo o mundo. Mas, hoje, se não lhe deitarem a mão, o projecto acabará por morrer. Com efeito, as artesãs, envelhecidas, perderam a capacidade de resposta e, as mais novas, viraram-se para outras modas. A oficina está fechada e, quer a Câmara de Alcoutim, quer a Universidade do Algarve ou a Direcção Regional da Cultura, ainda não encontraram formas de viabilizar o projecto. Que vale mais pelo que representa na memória colectiva de um povo e da sua forma de vida, do que pela sua importância económica, pois “ninguém pode viver apenas encostado a este negócio!” Apesar da crise e embora com menos encomendas, as bonecas de juta continuam a sair pelo mundo fora: Ti Antónia, Tia Rosa, Ti Ana ou Tia Lurdes, são apenas alguns nomes de figuras da terra que sobreviveram ao tempo na personalização das bonecas. É a arte de representar com memória a cultura de um povo e as suas actividades tradicionais já desaparecidas ou em vias disso. São trabalhos genuínos feitos à mão e muita paciência: agulha, tesoura, fio e a arte nas mãos de Lisete, Otília, Hermínia e Ilda (já falecida).

Bonecas de juta: não são barbies nem sorriem, mas são autênticas e representam uma forma de viver que se vai perdendo O boneco - como explicou Lisete - é trabalhado numa estrutura em arame e de acordo com o ofício que a figura representa. Depois, trabalho de designer sobre o pano que é feito de sarapilheira extraído da juta que lhe dá o nome. “Nós damos a estas bonecas todo o

Assine o

nosso carinho porque cada uma delas foram inspiradas em pessoas reais que nós conhecemos quando eram vivas e nas actividades que elas tinham, por exemplo, na ceifa, no pão, no trabalho do linho e da lã, na empreita e cestaria, nos bordados ou nas rendas. Os homens são acompanhados pelas

alfaias agrícolas, a enxada e a charrua, por exemplo. São pessoas que não morreram porque vivem através de nós e percorrem o mundo”. Todas juntas dariam um museu com memórias do passado da terra. Uma forma de viver que se vai perdendo. E têm nomes essas bonecas. Não são bar-

Envie este cupão para:

MORADA __________________________________________________________________________________________

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bies, nem de porcelana. Vestem roupas grosseiras e não sorriem. Mas são bonitas, originais, autênticas. Feitas com amor como quem embala um filho. Vêm do interior serrano, na memória de um Algarve perdido no tempo e que corre o risco de morrer para sempre! Com as bonecas!

POSTAL DO ALGARVE - Rua Dr. Silvestre Falcão, nº 13 C, 8800-412 Tavira

NOME __________________________________________________________________________________________________________________________

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REGIÃO

A noite está parada: Bares e discotecas continuam fechados e sem respostas Texto FILIPE VILHENA / HENRIQUE DIAS FREIRE Fotos Filipe Vilhena / POSTAL D.R.

B

ares e discotecas por todo o país continuam fechados, desde o início da pandemia em Portugal, a 2 de março. Dias depois, o comércio e serviços tiveram ordem de encerramento, pois o país entrou na fase de confinamento, tendo sido decretados três estados de emergência. Posteriormente, já em altura de desconfinamento, a reabertura da economia fez-se em três fases. Contudo, a situação dos estabelecimentos noturnos continua incerta, volvidos cerca de cinco meses. Apesar das quebras de turismo registadas em todo o país, a região algarvia continua a ser um destino turístico para muitos visitantes. O setor noturno já se manifestou diversas vezes devido à falta de respostas do Governo. O POSTAL falou com dois empresáriosde Faro, zona de destaque da região quando se fala de saídas à noite. Jaime Simões é responsável por três dos espaços noturnos mais conhecidos da zona de Faro. Com 21 anos, o Bar Património é reconhecido como uma discoteca de estudantes, juntando centenas de jovens todas as quintas, sextas-feiras e sábados. O bar Castelo está ao serviço do público há dez anos e a Baixaria abriu há dois. Questionado acerca do início da pandemia, o empresário confessa que pensou logo no fecho dos seus negócios, mas concordou inteiramente com a decisão do Governo, uma vez que seria essencial proteger a população e evitar a propagação do vírus. Os postos de trabalho dos funcionários não ficaram em risco, mas Jaime Simões explica que estava a trabalhar com 22 pessoas e, neste momento, apenas tem 9 funcionários. O Bar Património continua encerrado, sem nenhuma resposta do Governo, e os restantes dois negócios adaptaram-se a uma nova realidade, que certamente será a que teremos nos próximos anos. O proprietário explica que “temos de chegar a um ponto e pensar que este ano não há pistas de dança”.

Discotecas devem-se adaptar à realidade A possível reabertura das discotecas é um assunto que tem dado que falar, mas as condições para voltar com

O Bar Património juntava todas as quintas, sextas-feiras e sábados jovens universitários

O Twice era um dos bares de eleição dos visitantes para terminarem as suas noites

estes espaços ainda não estão completamente definidas. A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) referiu em comunicado entregue ao Governo, há cerca de um mês, que “a área da

pista de dança deverá ser marcada no chão por meio de quadrados, com 2,25 metros quadrados de área cada, que permitam garantir a distância física entre pessoas”. Os clientes e colaboradores deveriam fazer-se acompanhar

de máscaras (exceto na hora de tomar alguma bebida), para aumento da proteção de todos. Esta solução não parece totalmente do agrado de Jaime Simões, que sugere que as discotecas se devem adaptar

à realidade e ser transformadas em espaços com mesas, onde o distanciamento social iria ser garantido, uma vez que a continuação do encerramento de bares e discotecas causa enchentes noutros locais, sendo preferível reabrir todos os espaços (em segurança) e permitir que o verão não seja totalmente “perdido”. Estamos em época alta devido ao turismo, mas a verdade é que os visitantes “querem sair até mais tarde” e o facto de não terem onde ir causa o “efeito dominó”, ou seja, cafés e restaurantes saem também prejudicados, uma vez que “nem todos querem sair para ir apenas jantar e voltar a casa”, portanto optam por convívios em casa. Esta teoria é também defendida por André Pereira e André Pires. Os sócios das discotecas Zero, First Floor Club, Twice, bares 3Points, Estúdio 4 e restaurante Adega, concordam com a “teoria do dominó”. Tal como Jaime Simões, também os jovens empresários não estavam à espera da dimensão que a pandemia acabou por atingir e admitem que todos os negócios se devem adaptar a esta nova realidade. “Poderia haver um dj num canto estratégico da sala e mesas para garantir o distanciamento social”. “A questão dos estudantes está difícil e causa incertezas também”. Os alunos da universidade são a grande fonte de rendimento das discotecas no inverno e a incerteza do regresso às aulas em regime presencial, a partir de Setembro, pode também condicionar os negócios. Para os empresários, a falta de respostas é uma condicionante e “houve muita coisa mal feita”. Em relação a outros países, por exemplo, os responsáveis pelo Twice e outros negócios consideram que Portugal está “mais atrás”. A situação que os empresários da noite vivem é mesmo “inconstitucional”, na opinão de André Pereira e André Pires. Quanto à questão dos funcionários, muitos estão em lay-off, mas confessam os empresários que não “queriam que os colaboradores sofressem”. Nesta altura do ano, já se estaria a reforçar a equipa, mas devido à situação de pandemia, tal não está a acontecer. Toda esta situação, tem a ver com “vidas, com trabalho, carreiras, passado e futuro”, refletem. A situação continuará incerta até nova reposta do Governo e as contas continuam a acumular, mesmo com as ajudas dos governantes pelo país. Como refere a dupla de empresários, a pandemia foi uma “folha em branco” nos negócios e é preciso “acordar com esperanças para voltar ao trabalho”.


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REGIÃO

Lagos ganha 2 viaturas de recolha de resíduos sólidos mais sustentáveis O sistema de compactação por rotação destas viaturas permite recolher um maior volume de resíduos FOTO D.R.

LAGOS, ALGARVE

Duas novas viaturas de recolha de resíduos sólidos urbanos, adquiridas pela Câmara de Lagos, foram esta semana apresentadas. A novidade, mais do que a renovação da frota, reside nas opções desta aquisição, que obedeceu sobretudo a critérios de eficiência e sustentabilidade. O sistema de compactação por rotação destas viaturas permite recolher "um maior volume de resíduos, o que se traduz em menos idas à Estação de Transferência da Algar e, consequentemente, na possibilidade de reformulação e realização mais rápida dos circuitos de recolha, com poupança de combustível e menor impacto ambiental", explica a

autarquia lacobrigense em comunicado. Ao nível da operacionalidade, estas viaturas caracterizam-se por terem "uma cabine rebaixada e caixa automática", o que se traduz em ganhos importantes de qualidade e condições de trabalho para os motoristas que efetuam este serviço, "uma vez que, por circuito, estes profissionais realizam em média 70 paragens (descidas e subidas da cabine) para manobrarem a grua, o que obriga à constante utilização da embraiagem, movimento que deixa de ser necessário com a utilização de caixa automática". As duas viaturas de 26 toneladas que irão agora entrar ao serviço, após a formação

ministrada aos trabalhadores visando a sua correta utilização, estão equipadas com grua (para permitir a recolha de RSU dos contentores subterrâneos) e têm uma capacidade de 20 m3, representando um investimento de 569.415 euros (sem IVA). Na mesma ocasião foi igualmente apresentada uma nova viatura pesada de mercadorias, equipada com grua e barquinha, adquirida para o Serviço de Espaços Verdes, visando facilitar a poda de árvores e, simultaneamente, a recolha destes resíduos verdes, mas que poderá ser igualmente utilizada em outros trabalhos em altura. Esta viatura de 16 toneladas custou à autarquia lacobrigense 198.200 euros (sem IVA).

É UM ANO SEM BEIJINHOS... MAS COM OS LÁBIOS SEMPRE DOCES. This is a kissless year… Yet with ever-so-sweet lips.

#LagosEm2020 #PorUmaVoltaFeliz #LagosIn2020 #ForHappyTravels


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NECROLOGIA

Município de Faro Presidente EDITAL Nº 109/2020

BRUNO MIGUEL DOUR ADO AFONSO 14-12-1983  08-07-2020

Aprovação da delimitação da unidade de execução 1, integrada na UOPG 2 do Plano de Urbanização do Vale da Amoreira

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

Rogério Bacalhau Coelho, Presidente da Câmara Municipal de Faro, torna público que, nos termos e para os efeitos previstos no nº 4 do art.º 5º do Regulamento de Execução Programada de Planos Territoriais do Município de Faro, na reunião de câmara pública de 21/04/2020, foi deliberado aprovar a delimitação da unidade de execução 1, integrada na UOPG 2 do Plano de Urbanização do Vale da Amoreira.

SANTA MARIA - TAVIRA PERPIGNAN - FRANÇA

É publicada em anexo a este edital, a planta de enquadramento da unidade de execução delimitada.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

Torna-se ainda público que os elementos relativos à unidade de execução poderão ser consultados nos seguintes locais: • Instalações do Departamento de Infraestruturas e Urbanismo da Câmara Municipal de Faro - Largo de São Francisco nº 39, em Faro, dias úteis das 9 às 16 horas; • Página do Município na Internet, em www.cm-faro.pt. Faro, 06 de julho de 2020 O Presidente Rogério Bacalhau Coelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1247, 24 de Julho de 2020)

MARIA BERENICE LOURENÇO PALMEIR A

Município de Faro

11-08-1947  12-07-2020

Nº Emissão: 11046/2020

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

Escala: 1/10000 Data: 06/07/2020

Planta de Enquadramento

Sistema de Coordenadas: ETRS89 TM06

Área de pretensão delimitada a vermelho pelo requerente

Código EPSG: 3763

Elipsoide: GRS80 Projeção: Transversa de Mercator

SANTO ESTÊVÃO - TAVIRA SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

x = 17472

y = -291153

VENDE-SE ou ARRENDA-SE 4 terrenos agrícolas com excelente localização e acessibilidade, com água da barragem, situados na Asseca a 3 minutos da cidade de Tavira

29-12-1947  15-07-2020 Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar. SANTA MARIA - TAVIRA SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA

Pomar de citrinos: 8.158 m2 Terra de semear: 8.000 m2 Terra de semear: 9.788 m2 Pomar de citrinos e terra de semear 6.370 m2 Área total: 32.316 m2

Contacto: 918 201 747

x = 19215

MARIA FAUSTINA GUERREIR A DA PALMA

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

y = -293364

INUMAÇÕES • CREMAÇÕES • TRASLADAÇÕES SERVIÇO NACIONAL E INTERNACIONAL • SERVIÇO 24 HORAS • T: 281 323 205 | 968 207 962 | 917 764 557 Fax: 281 323 514 M: Rua dos Fumeiros de Diante, nº8, 8800-322 Tavira geral@santosebarbara.pt www.santosebarbara.pt


CADERNO ALGARVE

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A NÚNCIOS

Atestados

Clínica Geral

CLÍNICA PORTA NOVA

Mesoterapia

ZZZ pág. ##

Farmácias de Serviço

CÂMARA MUNICIPAL DE LOULÉ CONSULTA AO MERCADO, SEM COMPROMISSO, PARA AQUISIÇÃO E ARRENDAMENTO DE IMÓVEIS DESTINADOS A HABITAÇÃO PÚBLICA

ANÚNCIO 1 - Identificação e contacto do serviço interessado na aquisição ou arrendamento: Município de Loulé Gabinete de Estratégia Localde Habitação habita@cm-loule.pt Praça da República 8104-001 Loulé 2 - Objeto da consulta ao mercado imobiliário: Aquisição e arrendamento de imóveis, sem compromisso, cujo uso se destine exclusivamente para fins habitacionais e que cumpram, cumulativamente, os seguintes requisitos: • Localizados no concelho de Loulé; • Tipologias habitacionais de TO a T3; • Com condições de habitabilidade imediatas (não se pretende adquirir ou arrendar imóveis a necessitar de obras de reabilitação, conservação ou remodelação). Para além destes requisitos os imóveis devem: • Dispor de todas as redes de infraestruturas em funcionamento, designadamente, água, saneamento, drenagem, eletricidade e telecomunicações; • Encontrarem-se devidamente registados na Conservatória do Registo Predial; • Possuírem licença de habitabilidade; • Não impenderem sobre os mesmos quaisquer hipotecas ou penhoras a favor de terceiros (no caso de venda); • Não estarem sujeitos a qualquer usufruto, ou outro ónus ou encargos a favor de terceiros. 3 - Elementos a apresentar nas propostas: Na apresentação das propostas, em minuta simples, com a identificação do proprietário, contacto telefónico e endereço eletrónico (quando houver) e o local onde o imóvel se localiza, deverá ser referido se o destino deste é para venda ou para arrendamento, indicando também o valor pretendido. A minuta deverá ser acompanhada dos seguintes elementos: • Licença de habitabilidade (ou apenas a indicação do n.o e ano da mesma na minuta); • Caderneta Predial Urbana devidamente atualizada. 4 - Entrega de propostas e respetiva documentação: A entrega das propostas deverá ser realizada, preferencialmente, através do email: habita@cm-loule.pt,com menção no assunto "Habitação - Consulta ao Mercado". Poderão ainda, ser entregues diretamente no serviço de expediente do município ou através de via postal, conforme entidade e endereço indicada em 1. 5 - Data limite de apresentação das propostas: Até às 17h00 do dia 31 de julho de 2020. 6 - Prazo durante o qual os interessados são obrigados a manter as suas propostas: O valor das propostas deve ser mantido até ao final do corrente ano de 2020. Loulé, 09/07/2020 O Presidente Vítor Aleixo (POSTAL do ALGARVE, nº 1247, 24 de Julho de 2020)

SÁBADO

DOMINGO

Cirurgia anúncios e Estética

Nutrição e

Preenchimento de cara e lábios

Emagrecimento SEGUNDA

TERÇA

ALBUFEIRA

Alves Sousa

ARMAÇÃO DE PÊRA

Central

FARO

LAGOA LAGOS

No âmbito da Estratégia Local de Habitação 2019-2030 o Município de Loulé faz saber que irá promover uma consulta ao mercado imobiliário, sem compromisso, tendo como objetivo a aquisição e arrendamento de imóveis destinados a habitação pública.

no emagrecimento e na dor

Ginecologia Nova Imagem do Mar em Serviços Alves Sousa Alves Sousa Alves Sousa Ecografia - acessíveis Sousa Coelho Central com preços Citologia SEXTA

(NOVOS PREÇOS) Cartas de condução Carta de caçador Uso e porte de arma

LOULÉ

Palma

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Urgências: 968 763 001

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Tel. Ribeiro 281 324 020 Lacobrigense Chagas Pinto email: clinicaportanova@hotmail.com

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CO

Dr. Francisco Augusto Caimoto Amaral Presidente da Câmara Municipal de CASTRO MARIM Faz saber que em 30 de junho de 2020 foi emitido o 1.º aditamento ao alvará de loteamento n.º 1/1992, (com obras de urbanização), de que é titular Irmãos Mota, Ld.ª com sede em Rua Alexandre Herculano, n.º 11, 2.º -Pombal, aprovado em reunião da Câmara Municipal de 19 de junho do corrente ano, que incide sobre áreas de cedência adjacentes aos lotes n.ºs 108, 109 e 110 do loteamento referido em título, que embora integre, como área de passeio (que nunca chegou a ser pavimentada),com uma área total de 230,00m2. A alteração abrange a constituição de três lotes, com a consequente redução da área de cedências. Aos três novos lotes constituídos, a designar com os nºs 174, 175 e 176, não é atribuída qualquer capacidade edificatória, destinando-se osTractor mesmos apenas a darLda mais desafogo aos logradouros - Rega, dos lotes 108, 109 e 110 e, eventualmente, à construção de piscinas e respetivas casa das máquinas ou campo de jogos. assumindo os seguintes parâmetros urbanísticos: Lote 174 = 140,00m2; Lote 175 = 68,00m3; Lote 176 = 22,00m2, o total da área de lotes passa de 24.158,00m2 para 24.388,00m2, reduzindo-se a área de cedências na mesma proporção, ou seja, de 10.541,00m2 para 10.311,00m2. A alteração não consubstancia nenhuma variação das áreas de implantação e de construção aprovadas para o loteamento, mantendo-se o aprovado no alvará de loteamento e não interfere com as obras de urbanização já executadas. Para constar se publica o presente Edital, que vai ser afixados nos lugares de estilo e publicado Jornal deFaro âmbito Rua de Santo António, n.º 68 - 5º num Esq. 8000 - 283 Telef.: 289 820 850 | Fax: 289 878 342 local. dbf@advogados.com.pt | www.advogados.com.pt Castro Marim, 30 de junho de 2020 O Presidente da Câmara Dr. Francisco Amaral (POSTAL do ALGARVE, nº 1247, 24 de Julho de 2020)

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JORNAL POSTAL DO ALGARVE CELEBRA 33.º ANIVERSÁRIO COM NOVO GRAFISMO

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sta edição do nosso jornal POSTAL do ALGARVE assinala o seu 33.º aniversário com um novo grafismo e textos jornalísticos mais próximos da linha gráfica e editorial do nosso parceiro, o jornal EXPRESSO. Apesar dos tempos difíceis que todos nós vivemos em ambiente de pandemia covid-19, toda a equipa do nosso jornal procurou dar o seu máximo empenho, tanto na nossa edição online em postal.pt como na edição impressa em papel ao longo, sobretudo, destes últimos meses. As instantâneas dificuldades económicas sentidas pela maioria dos portugueses e particularmente pelos algarvios vão ter tendência a agravar-se, é um facto. E se qualquer crise económica é sempre uma má companheira de viagens, o momento atual vai acelerar mudanças irreversíveis nos mais variados setores da nossa vida e do próprio mundo como o conhecíamos até agora. Jornalisticamente, vamos procurar dar aos nossos leitores uma informação cada vez mais útil e menos fútil. Sabemos que é um compromisso difícil de assumir nos tempos de hoje e que exige uma grande complexidade de meios. Também sabemos que os próximos anos vão ser particularmente duros para a imprensa, mas o nosso empenho e resilência em fazer face aos difíceis desafios sempre foi um dos nossos lemas ao longo destes 33 anos. Estamos juntos e não nos deixaremos afetar por uma crise de confiança. Sabemos bem qual é a nossa missão e esperamos poder continuar a contar com os nossos leitores, que são a essência deste projeto regional jornalístico. Os tempos são incertos e, quando assim o é, a Liberdade de Imprensa e o Direito à Informação são cruciais para superarmos esta pandemia. Todos nós acreditamos que nada voltará a ser como dantes, mas o caminho passará, com certeza, pelo reforço do Direito à Informação: o de informar e o de ser informado.

Sonae MC vai comercializar mais de 900 toneladas de douradas no Continente A Sonae MC vai investir mais de 25 milhões de euros até 2022 num projeto de produção de dourada em aquacultura no Algarve, anunciou a líder do mercado de retalho alimentar a nível nacional. O projeto de produção em mar aberto será desenvolvido em parceria com uma empresa nacional, perto da Ilha da Armona, em Olhão, e vai permitir à Sonae MC comercializar mais de 900 toneladas desta espécie nas lojas Continente. A retalhista refere que, através deste projeto, pretende “reforçar a aposta na produção nacional”, assim como

o “apoio às comunidades locais algarvias”, ao mesmo tempo que melhora o abastecimento de pescado nas lojas “ao nível da frescura e tempo de entrega”. A empresa pretende ainda, segundo o diretor comercial da peixaria da Sonae MC, Nuno Vital, alargar nos próximos anos o projeto para outras espécies como “o robalo, o pargo e o sargo”. “Temos como objetivo aumentar as vendas totais de pescado nacional em mais de 20% no primeiro ano do projeto, atingindo uma participação superior a 40% do total das vendas de pescado fresco. Este projeto vai permitir

Últimas FlixBus lança primeiras linhas de expresso em Portugal A FlixBus, operador de viagens de autocarros intercidades da Europa, vai lançar as primeiras linhas de serviço expresso em Portugal, a partir de 30 de julho. Será possível viajar para Guimarães, Porto, Aveiro, Figueira da Foz, Coimbra, Fátima, Lisboa, Faro e Albufeira com a FlixBus.

ainda duplicar a oferta atual de dourada portuguesa em todo o mercado”, explicou Nuno Vital na nota enviada à agência Lusa. Ainda de acordo com a retalhista, o mercado nacional de pescado fresco apresenta, neste momento, uma autossuficiência de apenas 33% para as atuais necessidades de consumo do país, onde cada português consome, em média, 57 quilos de pescado por ano. As vendas de aquacultura têm um peso cada vez maior em termos de peixe e marisco fresco, mas 93% das compras de aquacultura do mercado nacional são importadas.

PJ detém casal suspeito de roubos à mão armada A Polícia Judiciária deteve esta quarta-feira um casal, suspeito de integrar um grupo responsável por roubos sob ameaça de arma de fogo na via pública na cidade de Olhão. Os detidos, um homem e uma mulher, com 28 e 23 anos, encontravam-se fugidos às autoridades, pois, sobre si, existem mandados de detenção “pela presumível autoria de crimes de roubo qualificado com recurso a arma de fogo”.

Crematório de Portimão será o terceiro no Algarve

Irlanda não dispensou Portugal de quarentena O Governo de Dublin publicou uma ‘lista verde’ de 13 países cujos viajantes estão isentos de cumprir a quarentena ao chegar à Irlanda e que exclui países como Portugal, Espanha, França e o vizinho Reino Unido.

Falsos inspetores da ASAE extorquiam vítimas por telefone Os dois homens, detidos esta quarta-feira por se fazerem passar por inspetores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, extorquiam as vítimas por telefone, nunca se apresentando nos estabelecimentos que contactavam, disse o diretor da Polícia Judiciária de Faro. Os homens pediam às vítimas, sobretudo empresários da restauração, “quantias a rondar entre os 400 e os 600 euros” para encerrar alegados processos de fiscalização, que as vítimas pagavam por transferência bancária, mas sempre por telefone, nunca aparecendo nos locais.

PORTIMÃO A Câmara de Portimão aprovou uma proposta para conceção e construção de um crematório, a instalar no novo cemitério da cidade, sendo este o terceiro equipamento do género no Algarve. Em comunicado, a Câmara adianta que a proposta foi aprovada na quarta-feira da passada semana na reunião do executivo, sendo agora remetida para a Assembleia Municipal, “para que seja discutida e autorizada a correspondente concessão, por um prazo de 30 anos”. No Algarve, existe já um crematório em Albufeira (em funcionamento desde março) e está a ser construído outro em Faro, com entrada em funcionamento prevista para setembro. FOTO D.R.

Lagos aposta na implementação de rede wi-fi no concelho A Câmara de Lagos abriu concurso para a elaboração do projeto de implementação da rede Wi-Fi no concelho. O objetivo é tornar mais acessível e livre o acesso à internet

FOTO D.R.

Henrique Dias Freire

sem fios, acrescentando um atrativo adicional às principais zonas urbanas do concelho. O centro histórico, o parque do anel verde e o jardim junto à escola Júlio Dantas (zona de Santo Amaro) são os locais contemplados na cidade. Na vila da Luz, nas povoações de Espiche e Almádena (na freguesia da Luz),

em Bensafrim, Barão de São João e Odiáxere, está prevista a instalação desta rede em mais dez locais. O valor base do procedimento é de 18.500 euros e o projeto será executado no prazo de 180 dias. Trata-se de um investimento "a pensar nos tempos que se vivem, em que as comunicações à distância através da internet são cada vez mais um fator estratégico de competitividade e de interação social", destaca a autarquia lacobrigense.

ANOS Tiragem desta edição 10.819 EXEMPLARES

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7 DE AGOSTO

Distribuição quinzenal com o jornal

Algarve é a que tem mais casas com ar condicionado Num universo de 300 mil casas à venda e em arrendamento em Portugal só 17,8% dessas habitações revelava ter sistema de ar condicionado, com a região do Algarve (37,3%) no topo do ‘ranking’, seguida de Lisboa (18,6%) e Alentejo (15,9%), indica um estudo da plataforma imobiliária idealista. Das cidades, Faro é quem lidera (36,9%), seguindo-se na lista Viseu (30,6%), Braga (25,8%) e Lisboa (21,2%).


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