Interdita venda na distribuição quinzenal com o jornal
23 de abril de 2021
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Diretor: Henrique Dias Freire Quinzenário à sexta-feira
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E ainda Vacinação continua mais atrasada no Algarve e nos Açores
Menos de 2 em cada 12 algarvios (16,5%) já tomaram uma dose de vacina, enquanto que nas regiões do Alentejo e Centro são cerca de 3 em cada 12 (cerca de 25%). A média nacional é de 4 em cada 5, ou seja, 80% da população ainda não tomou uma dose da vacina. P9
Navio científico foi construído em VRSA
O ministro da Ciência e Tecnologia, Manuel Heitor, considera que o lançamento ao mar de uma embarcação para validação e teste de tecnolog ia s ma r ít i ma s é “especial” por ter sido feito em Portugal e não importado. P7
ALEGADO CASO DE CORRUPÇÃO NA CÂMARA DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
Conceição Cabrita
apresentou demissão
💢 PSD – Elogiamos o ato de renúncia da presidente 💢 PS – É muito negativo que seja este o legado da gestão do PSD 💢 CDU – Não antecipamos julgamento mas é urgente apurar a verdade
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Centro do Cancro do Reto do CHUA é referência nacional
P3 e 12
ENTREVISTAS AOS CANDIDATOS DO PS E DA CDU À CÂMARA DE VRSA
Em entrevista, o coordenador Edgar Amorim salienta que “os algarvios devem orgulhar-se da unidade algarvia”. P14 ENTREVISTA A LUÍS GRAÇA Presidente do PS Algarve
Comunidade quer a primeira área marinha protegida no Algarve
Projeto é considerado inovador e pioneiro no âmbito da cogestão, já que surge de um processo de consulta e participação de várias entidades, entre pescadores, câmaras municipais, universidade e instituições locais e centrais. P4
Hospital Central, uma decisão para breve
Um miradouro de horizontes de mar e serra
O jornalista Ramiro Santos presenteia-nos com mais um BILHETE POSTAL. De forma sublime, escreve que "para o melhor champanhe do mundo, só a melhor rolha de cortiça do mundo. E não há melhor cortiça do que a do montado de São Brás de Alportel". P19
♦ Álvaro Araújo (PS)
PSD deixou-nos o município mais endividado do país
Algarve e a bazuca europeia: uma oportunidade que não podemos perder
♦ Álvaro Leal (CDU) P10
Quem vota em nós não é traído. Somos alternativa real e credível P11
25 DE ABRIL "Dois países" e "Exclamações e interrogações" Pedimos uma reflexão acerca da Revolução dos Cravos a dois "Se- deambula entre almas inquietas por um 25 de Abril sempre em nadores" algarvios: António Pina e Franciso Amaral. O resultado construção ou pela necessidade (ou não) de um outro 25 de Abril. P2
Obras para avançar já: ponte de Alcoutim, eletrificação da linha do Algarve e variante a Olhão Perspetivas eleitorais: manter maioria das câmaras e presidência da AMAL P12 a 13
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CADERNO ALGARVE
Postal, 23 de abril de 2021
REFLEXÃO
✒ Redação, Administração e Serviços Comerciais Rua Dr. Silvestre Falcão, 13 C 8800-412 Tavira - ALGARVE Tel: 281 405 028
FRANCISCO AMARAL, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO MARIM
25 de Abril – Dois países
Publisher e Diretor Henrique Dias Freire Diretora Executiva Ana Pinto
REDAÇÃO
jornalpostal@gmail.com Ana Pinto, Cristina Mendonça, Henrique Dias Freire e Jéssica Sousa Estatuto editorial disponível postal.pt/arquivo/2019-10-31-Quem-somos Colaboradores Afonso Freire, Alexandra Freire, Alexandre Moura, Beja Santos (defesa do consumidor), Humberto Ricardo e Ramiro Santos Colaboradores fotográficos e vídeo Ana Pinto, Luís Silva, Miguel Pires e Rui Pimentel
DEPARTAMENTO COMERCIAL
Publicidade e Assinaturas Anabela Gonçalves - Secretária Executiva anabelag.postal@gmail.com Helena Gaudêncio - RP & Eventos hgaudencio.postal@gmail.com
S
empre ouvimos dizer que o exercício do poder local democrático foi a principal conquista do 25 de abril. Vejamos a leitura do presidente da câmara mais “velhinho” do país (27 anos do seu exercício continuado).
É inquestionável que o país “local” se desenvolveu nestes 47 anos. Eletrificou-se, levou-se água potável a todo o sítio, fez-se saneamento básico, novas estradas, caminhos agrícolas, construíram-se escolas, pavilhões desportivos, piscinas, parques empresariais, requalificaram-se aldeias, vilas, cidades, etc. Mas “empurrou-se” os portugueses para as áreas metropolitanas de Lisboa, Porto e litoral centro algarvio. Onde há cada vez menor qualidade de vida, onde custa cada vez mais respirar, onde a insegurança e a criminalidade aumentam, onde o stress é apanágio do dia-a-dia. Por outro lado, o interior, de norte a sul do país, e a serra algarvia, de Alcoutim a Aljezur, despovoa-se, desertifica-se e envelhece. O que está na origem deste país cada vez mais assimétrico? Precisamente aqueles que deveriam contribuir
para um país mais equilibrado e mais harmonioso: o Ministério do Ambiente, o Ordenamento do Território, os chamados instrumentos de ordenamento como a REN, a RAN, a Rede Natura e outros. Os PDM’s que os municípios foram obrigados a aprovar, geralmente não refletem a vontade dos próprios autarcas que, muitas vezes, são acusados injustamente de só quererem cimento e alcatrão, como se de mentecaptos se tratassem. Sim, porque os “iluminados” estão nos gabinetes em Lisboa. Rever um PDM é um trabalho hercúleo, levando uma vida (e vários presidentes do mesmo município), sujeito a dezenas de pareceres, qual deles o mais castrador. Enfim, uma irracionalidade, que fomenta a ilegalidade, a especulação e a corrupção para venda de “facilitismos”. Como combater MESMO o
despovoamento a desertificação e o envelhecimento?... Tão difícil como fácil. Basta querer e haver vontade política de ir contra o “status quo”. Por exemplo, proporcionar cobertura nacional de redes móveis e de internet. Levar água potável a todo o lado. Estradas e vias de comunicação condignas. E acima de tudo, facilidade de construir e investir no interior. Faz-se precisamente o contrário. Cada vez mais obstáculos. O último foi inventado há pouco tempo, o parecer da comissão municipal de defesa da floresta contra incêndios. No fundo, bastava os autarcas, legítimos representantes do povo, terem realmente poder nos seus territórios. Que é o que não acontece. Será que é necessário outro 25 de Abril para termos um país mais equilibrado e mais harmonioso?...
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ANTÓNIO PINA, EX-GOVERNADOR CIVIL DE FARO
25 de Abril - Exclamações e interrogações
PROPRIEDADE DO TÍTULO Henrique Manuel Dias Freire (mais de 5% do capital social) EDIÇÃO POSTAL do ALGARVE - Publicações e Editores, Lda. Centro de Negócios e Incubadora Level Up, 1 - 8800-399 Tavira CONTRIBUINTE nº 502 597 917 DEPÓSITO LEGAL nº 20779/88 REGISTO DO TÍTULO ERC nº 111 613 IMPRESSÃO Lusoibéria DISTRIBUIÇÃO:: Banca/Logista DISTRIBUIÇÃO à sexta-feira com o Expresso / VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT
Tiragem desta edição
7.019 exemplares
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alar sobre como vivo, senti e continuo a viver esta data é sempre um prazer! Podia chamar ao texto:”Das exclamações às interrogações uma viagem de ida e volta". Cedo, com 16 anos me exclamei e me interroguei sobre o modelo de sociedade em que vivia. Tudo começou quando fui expulso de um determinado café que existia em Olhão apenas para sócios e seus familiares. Acontece que eu era filho de empregado desses sócios e, sem saber,
atrevi-me a pisar "solo sagrado" para brincar com os meus colega e amigos. Exclamei-me e interroguei-me? Já como universitário, vivi intensamente o movimento estudantil, e as exclamações aprofundaram-se mas também as respostas às interrogações! Era o fascismo à moda portuguesa! Quis o destino que estivesse a cumprir o serviço militar, no Regimento de Infantaria nº 4, em Faro, quando se deu a madrugada de Abril. "Meu alferes, venha para o Quartel que há uma revolução em Lisboa!" Uma exclamação, ainda muito contida que, em breve, respondeu à interrogação! O Povo veio para a rua! O papel do RI4 foi muito modesto do ponto de vista operacional mas fez o que era preciso fazer. Decidiu sempre pelo lado da Liberdade. E assim coube-me, por escolha do Comande e dos Oficiais que o assessoravam, "discursar aos soldados em parada, no Dia da Unidade".
Falei de Liberdade, do fim da guerra colonial, enfim da Esperança renascida! Mais uma exclamação que ia tendo resposta! Assim me coube igualmente a missão de, no Primeiro de Maio em Liberdade, voltar a falar oficialmente aos Olhanenses, em nome da minha Unidade. E digo oficialmente porque, no dia 26/27 de Abril, ao sair do comboio vindo do Quartel, fardado naturalmente, deparei-me com uma manifestação na escadaria do Palácio da Justiça, em Olhão! Aproximei-me e quando dei por mim estava aos ombros de alguns manifestantes a falar "as massas". De que falei? De Paz, Liberdade, Democracia! Outra exclamação que me saltava do peito! Falei-lhes, provavelmente, de um jardim à beira mar plantado, que voltava a florir e a ter sol! Bem, já vai longo o texto e prometo terminá-lo com uma cena picaresca mas verdadeira!
Por volta de 27/28 de Abril, fui chamado pelo segundo Comandante do Quartel, homem de voz grossa mas de coração de filigrana, mais tarde poeta, que me deu a seguinte revolucionária ordem: Estes dois capitães que aqui estão, estavam envolvidos nessa coisa do 25 de Abril e estão aqui presos à ordem do Sr General, Comandante da Região Militar do Algarve! Vá a Olhão e compre marisco para uma almoçarada! A gentileza não se repetiu quando o lugar dos "detidos" foi ocupado pelo sr General, aliás estimável pessoa! Por isso me incomodo e lutarei com a palavra e a memória perante novos sinais de aparecimento de filhotes do fascismo! Não gostam da palavra, comam menos! Os bois tratam-se pelos nomes para que não passem por bezerrinhos venturosos e fofinhos! Com defeitos, virtudes e adiamentos, 25 de Abril sempre em construção! Com exclamações e interrogações.
CADERNO ALGARVE
Postal, 23 de abril de 2021
POLÍTICA CASO DE CORRUPÇÃO NA CÂMARA DE VILA REAL DE ANTÓNIO
Conceição Cabrita apresenta demissão e partidos já reagiram A presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Conceição Cabrita, renunciou ao mandato autárquico, na sequência da sua detenção por suspeitas de irregularidades na gestão do município, no âmbito da “Operação Triângulo”, desencadeada pela Diretoria do Sul da Polícia Judiciária Conceição Cabrita (PSD) foi detida na terça-feira da passada semana com outras três pessoas por suspeitas de corrupção na venda de um terreno em Monte Gordo, sendo depois libertada na quinta-feira à noite, após dois dias de diligências no Tribunal de Instrução Criminal de Évora, num processo que conta com oito arguidos. Em causa estão “factos suscetíveis de integrarem a prática dos crimes de corrupção, recebimento indevido de vantagem e abuso de poder”, havendo “suspeitas de atuação ilícita de titular de cargo político, que beneficiou da colaboração de funcionários, bem como outros intervenientes, na intermediação de um negócio, de compra de imóvel, propriedade do município, em Monte Gordo”. O negócio imobiliário envolveu a
venda de um terreno em Monte Gordo por 5,6 milhões de euros, cuja proposta de venda do terreno, com cerca de cinco mil metros quadrados, situado junto ao hotel Vasco da Gama, foi aprovada em Assembleia Municipal no dia 3 de abril de 2020, com os votos a favor do PSD e contra da bancada do PS e da CDU. No negócio, a autarquia de Vila Real de Santo António pretendia “receber à cabeça 50% do valor” e o resto quando os projetos estivessem “concluídos e licenciados”. O objetivo seria a construção de “habitação, comércio, serviços e turismo”, além
Luís Gomes (PSD)
de um estacionamento no subsolo, refere o documento. Conceição Cabrita foi eleita presidente da Câmara de Vila Real de Santo António em 2017, nas listas do PSD, sucedendo no cargo ao também social-democrata Luís Gomes, que recandidata-se este ano à presidência do município. Entretanto, os vários partidos já reagiram à demissão de Conceição Cabrita. O primeiro fê-lo através do diário online do Postal do Algarve no próprio dia da detenção de Conceição Cabrita. O comissário político distrital do PAN Algarve, Saúl Rosa,
Álvaro Araújo (PS)
Álvaro Leal (CDU)
Os tribunais são as instâncias que devem pronunciar-se sobre as questões judiciais. Devo apenas referir que o Partido Socialista de VRSA votou contra a venda do terreno em causa neste processo, bem como toda a oposição. Foi o PSD e os seus responsáveis políticos que viabilizaram a aprovação do negócio e, por isso, são os únicos responsáveis pela sua concretização. A justiça vai esclarecer, mas é muito negativo que seja este o legado que fica dos vários anos de gestão do PSD.
A CDU considera a necessidade de se clarificar com a máxima urgência os motivos que estiveram na origem desta actuação por parte das autoridades. Não antecipando julgamentos que competem ao poder judicial determinar, a gravidade das notícias que têm vindo a público, tornam imprescindível um cabal e rápido apuramento da verdade Da nossa parte é conhecida a intervenção de denúncia e crítica que a CDU tem feito da gestão municipal em diversos domínios, urbanísticos ou outros. Estejam ou não diretamente relacionados os recentes acontecimentos com o processo de venda por ajuste direto de um terreno em abril de 2020 em Monte Gordo, o que se impõe reafirmar é que, para lá de ilegalidades agora em investigação, estamos perante um percurso de desastre imposto pela gestão do PSD nos últimos 16 anos neste concelho.
Elogiamos o ato É muito de renúncia de negativo Conceição Cabrita que seja este o legado da O PSD de Vila Real de Santo António lamenta os recentes acontecimentos que gestão do PSD tiveram por palco o nosso Município e que conduziram à detenção e posterior renúncia da sua militante Conceição Cabrita ao cargo de presidente da autarquia, para o que foi eleita nas listas do nosso partido, desejando que possa provar o mais rapidamente a sua inocência dos crimes que eventualmente lhe possam vir a ser imputados. Citando alguém, “só à justiça cabe conduzir com plena independência” os assuntos que só deverão ser tratados na própria justiça. Elogiamos o ato de renúncia de Conceição Cabrita, que demonstra a total disponibilidade em colaborar com a justiça em todo o processo.
escreveu no POSTAL que "o combate à corrupção deve ser valorizado, mas os cidadãos e cidadãs também terão um papel a desempenhar nesse combate, pois quanto mais equilíbrio partidário houver entre os atores políticos, menos “monopólios” serão criados. Nesta edição, o POSTAL ouviu alguns dos principais candidatos à Câmara Municipal de Vila Real de Santo António sobre a demissão de Conceição Cabrita [Ler igualmente a posição de Luís Graça, presidente do PS Algarve na página 12].
Não antecipamos julgamentos mas é imprescindível um rápido apuramento da verdade
DESCONFINAMENTO
Reabertura de mais escolas, lojas e restaurantes Portugal iniciou esta segunda-feira a terceira fase do desconfinamento com a reabertura de mais escolas, lojas, restaurantes e cafés, um levantamento de restrições que não foi acompanhado nos 10 concelhos onde a incidência da covid-19 é maior. Nesta nova etapa do levantamento gradual das medidas de confinamento, cerca de 300 mil estudantes regressaram às escolas secundárias do território continental, uma possibilidade que é estendida também ao ensino superior, mas cabe às universidades e aos institutos politécnicos decidirem como é feito o regresso às aulas presenciais. A retoma do ensino presencial para os alunos do ensino secundário e do ensino superior avançou em todo o território continental, independentemente do nível de risco de cada concelho. Na área da restauração, já é possível frequentar restaurantes, cafés e pastelarias no interior, mas com a limitação de grupos de quatro clientes, podendo manter-se o serviço de esplanada que já estava autorizado, que passa agora a ter um limite de seis pessoas. No que se refere ao comércio, os centros comerciais e todas as lojas, independentemente da sua dimensão, a sua reabertura ao público está permitida, mas têm de cumprir a lotação fixada pela Direção-Geral da Saúde. Estas reaberturas aplicam-se à generalidade do país, exceto em seis concelhos (Alandroal, Albufeira, Carregal do Sal, Figueira da Foz, Marinha Grande e Penela), que vão manter-se com as regras que vigoraram nos últimos 15 dias, e quatro (Moura, Odemira, Portimão e Rio Maior), que recuaram para as restrições mais “apertadas” da primeira fase de desconfinamento. Apesar deste novo passo no desconfinamento do país, a fronteira terrestre com Espanha permanece encerrada, só sendo permitida a passagem nos 18 pontos autorizados ao transporte internacional de mercadorias, trabalhadores transfronteiriços e de caráter sazonal devidamente documentados, veículos de emergência e socorro e serviço de urgência. Está também autorizada a prática das modalidades desportivas de médio risco, assim como a atividade física ao ar livre de até seis pessoas, e os casamentos e batizados voltaram a ser permitidos no território continental, ainda que limitados a 25% da capacidade de ocupação dos espaços onde decorram.
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CADERNO ALGARVE
Postal, 23 de abril de 2021
Breves
Acidente de barco provoca morte de Manuel Grou A embar-
cação de Apoio ao Centro Náutico navegava da ilha de Faro para a ilha da Culatra com o objetivo de realizar algumas intervenções indispensáveis à abertura da próxima época balnear, bem como a realização de algumas benfeitorias no parque desportivo da Escola Básica da Culatra. A bordo seguia Manuel Grou, de 54 anos de idade e funcionário da Câmara de Faro, e outros três colaboradores que, não sofreram ferimentos de maior. O acidente ocorreu, na passada sexta-feira de manhã, na sequência de uma colisão com uma boia de sinalização, junto ao cais comercial de Faro.
Rui Poeira faleceu numa colisão entre duas embarcações O acidente
causou, na noite de segunda-feira da passada semana, a morte de Rui Poeira, de 26 anos de idade, causando ainda um ferido. A vítima mortal seguia numa embarcação de recreio com outro tripulante, num canal secundário da Ria Formosa, entre Faro e Olhão, quando ocorreu uma colisão com outro barco onde seguiam quatro pessoas. A morte de Rui Poeira, o "menino da Ilha do Farol", chocou a comunidade de Olhão, concelho de onde era natural e residente.
Faleceu Liberto Soares do Café Arcada O conhe-
cido empresário tavirense Liberto Soares faleceu no passado dia 13, com 84 anos, vítima de doença prolongada. Durante grande parte da sua vida à frente do Café Arcada, localizado na Praça da República, em Tavira, e antigo presidente da Direção do Ginásio Clube de Tavira, era considerado uma pessoa exemplar, muito afável, acarinhado por todos os que com ele tiveram oportunidade de privar.
PARQUE MARINHO DO ALGARVE, ENTRE LAGOA, ARMAÇÃO DE PÊRA E ALBUFEIRA
Vai ser proposto ao Governo a primeira área marinha protegida pela comunidade
A
proposta para o Parque Marinho do Algarve, entre Lagoa, Armação de Pêra e Albufeira, a primeira área marinha protegida proposta pela comunidade, deverá ser apresentada ao Governo. O projeto é considerado inovador e pioneiro no âmbito da cogestão, já que surge de um processo de consulta e participação de várias entidades, entre pescadores, câmaras municipais, universidade e instituições locais e centrais com a preocupação de criar uma zona de proteção da vida marinha. Para o presidente da Associação de Pescadores de Armação de Pêra (APAP) a primeira área marinha protegida de interesse comunitário (AMPIC) a implementar na costa entre Lagoa, Armação de Pêra e Albufeira foi pensada “de baixo para cima”, sentando “toda a gente à mesa” já que a “última coisa que os pescadores querem” é mais uma reserva no contexto em que normalmente é feita. “A gestão terá de ser participada e com atores locais porque fazer um quadrado no mapa e ser gerido em Lisboa, não leva a lado nenhum de certeza. Terá de ser com entidades da zona que aqui trabalham e que dependem do recife”, revelou à Lusa Miguel Rodrigues.
A intenção é salvaguardar uma zona conhecida como a Pedra do Valado, na Baía de Armação de Pêra que se prolonga por sete milhas náuticas (cerca de 12 quilómetros), sendo o maior recife rochoso costeiro de Portugal e onde podem ser encontradas cerca de 800 espécies marinhas. Para além da biodiversidade, possui condições oceanográficas “únicas” que favorecem o “desenvolvimento e sobrevivência larvar de várias espécies de peixe, funcionando como a principal maternidade da região algarvia”. Segundo a proposta elaborada ao longo de meses com várias reuniões participativas, procura-se criar uma área protegida com mais de 150 quilómetros quadrados, contemplando zonas de proteção total e parciais, com regras específicas. A acontecer, este será o primeiro parque natural marinho a ser reconhecido em mais de 20 anos, após a criação da reserva Luiz Saldanha, junto à Serra da Arrábida, em Sesimbra, em outubro de 1998. A “riqueza” da Pedra do Valado era já do “conhecimento geral” dos pescadores, mas para Miguel Rodrigues era necessário um estudo que o “comprovasse”, o foi possível com o mapeamento da costa sul portuguesa até aos 30 metros de profundidade, feito pelo Centro de Ciências do Mar
RESTAURANTE O TACHO
Restaurante de estilo familiar Take-Away: Entrega ao domicílio em Tavira
Estrada Nacional 125, Km 134 (junto à GNR) 8800-218 Tavira)
281 324 283
(CCMAR) da Universidade do Algarve (UAlg) entre 2003 e 2012. Um dos investigadores revelou à Lusa que o estudo permitiu reconhecer que a zona agora proposta para a AMPIC era “de longe a mais rica” da costa portuguesa e algarvia, um dado que pode ser “consolidado” por estudos posteriores. “É dos maiores afloramentos rochosos costeiros portugueses e aquele que se situa na costa sul, que tem maior biodiversidade que o resto do país”, destaca Jorge Gonçalves. O biólogo realçou que a experiência reunida na dinamização das Tertúlias do Polvo, que promoveram junto das várias comunidades piscatórias no Algarve entre 2014 e 2016, lhes permitiu perceber que “algo mais poderia ser feito com os processos participativos, sobretudo a nível das comunidades locais” realçou. A delegação da Liga para a Proteção da Natureza (LPN) “foi das primeiras entidades a considerar uma zona de proteção, em 2014”, tendo dado os “primeiros passos para um processo participativo”, mas que entretanto foi interrompido, acabando por ser retomado em novembro de 2018 pela Fundação Oceano Azul (FAO), APAP e o município de Silves, ao qual se juntaram os de Lagos e Albufeira, notou. Foi nessa altura que se realizaram
várias sessões participativas, onde mais de 70 entidades interessadas se envolveram nos trabalhos preparatórios da AMPIC e foi possível chegar a uma proposta mais consensual de zonamento, em fevereiro deste ano. Para a presidente da Câmara Municipal de Silves, o caráter “inovador e pioneiro” desta AMPIC decorre da sua construção por “iniciativa da própria comunidade, dos municípios e da universidade”, ou seja, “de baixo para cima”, ao contrário do que diz ter sido a prática comum quando surgem por “imposição do Estado, de cima para baixo”. Rosa Palma apontou que é uma oportunidade imperdível para a melhoria das condições de trabalho da comunidade piscatória de Armação de Pêra e a valorização do seu pescado. Já a vice-presidente da Câmara de Lagoa destacou o processo participativo que colocou em ”pé de igualdade instituições públicas, atividades recreativas, atividades marítimo-turísticas e pesca profissional” e salientou a necessidade de garantir as medidas de compensação aos pescadores, permitindo “alterar algumas das propostas iniciais”. Para Anabela Simão, “é importante que a AMPIC surja”, mas num formato que classifica de “confluência de usos”, entre pescadores, mergulhadores e marítimo turísticas.
CADERNO ALGARVE
Postal, 23 de abril de 2021
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REGIÃO LEITURA DO ACÓRDÃO É ESTA TERÇA-FEIRA
Defesa pede absolvição de Mariana Fonseca e Maria Malveiro
Detida em Lagos suspeita de falsificar cartão de cidadão para levantar milhares de euros em certificados de aforro
FOTOS D.R.
O Ministério Público (MP) pediu, no passado dia 13, uma pena de prisão superior a 20 anos para as duas mulheres acusadas de matar um homem em 2020, no Algarve, enquanto a defesa pediu a sua absolvição, alegando a inexistência de provas Na apresentação das alegações finais no Tribunal de Portimão, o procurador Miguel Teixeira defendeu que “face à prova pericial, documental e testemunhal produzida” em julgamento, as arguidas “têm de ser punidas de forma grave, por um crime que provocou alarme social, com uma pena superior a 20 anos e muito próxima da pena máxima prevista no Código Penal”. Já os advogados das duas mulheres acusadas em coautoria pela morte de Diogo Gonçalves pediram a absolvição das arguidas por entenderem que não existem provas que sustentem uma acusação, considerando que o tribunal não conseguiu provar as circunstâncias e a responsabilidade de cada uma das arguidas no crime. O Tribunal de Portimão agendou a leitura do acórdão para esta terça-feira, dia 27 de abril, às 13:30. Mariana Fonseca e Maria Malveiro, que mantinham uma relação amorosa, estão acusadas pelo MP dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver, acesso ilegítimo, burla informática, roubo simples e uso de veículo. São suspeitas de, em março de 2020, terem matado Diogo Gonçalves com o intuito de se apoderarem de uma quantia de 70 mil euros que este tinha recebido de indemnização pela morte da mãe, atropelada em 2016 na zona de Albufeira. Ao falar nas alegações finais, o advogado de defesa da enfermeira Mariana Fonseca considerou que, ao contrário do que seria expectável, as audiências do julgamento “não dissiparam as dúvidas” sobre a responsabilidade de cada uma das arguidas e a forma como foi cometido o crime. “Temos aqui duas arguidas acusadas, mas onde é que está uma prova consistente para provar que as arguidas praticaram os crimes que constam da acusação?”, questionou o advogado João Grade, considerando que a investigação da Polícia Judiciária
A Polícia Judiciária deteve uma mulher suspeita de vários crimes de falsificação de documento e de burla agravada, perpetrados desde 2020, na zona de Lagos. Segundo explicou sexta-feira passada a PJ, "os factos iniciaram-se com a falsificação de um cartão de cidadão e subsequente usurpação da identidade, tendo a suspeita logrado proceder ao levantamento de vários milhares de euros em certificados de
aforro, pertencentes à vítima". A detida, de 62 anos de idade, sem profissão, foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicadas as medidas de coação de apresentação semanal no OPC junto da residência e de obrigatoriedade de afastamento da vítima. O inquérito é dirigido pelo MP de Lagos e a investigação prossegue a cargo da Polícia Judiciária.
FUGA À LOTA EM PORTIMÃO
Diogo Gonçalves foi decapitado e desmembrado por motivações financeiras
(PJ) “teve muitas falhas”. Para João Grade, o tribunal tem “uma batata bem quentinha nas mãos”, perante a falta de provas para sustentar os crimes de homicídio, profanação de cadáver, a origem do fármaco [diazepam] utilizado e o furto do veículo da vítima”. “Temos duas arguidas acusadas porque sim, porque o senhor juiz de instrução entendeu que os indícios seriam suficientes para as levar a julgamento”, indicou o causídico. João Grade criticou a forma como a PJ, coadjuvada pelo Ministério Público, conduziu a investigação, lembrando que o único inspetor ouvido em julgamento “não teve uma posição esclarecedora sobre factos importantes”. “Ninguém se preocupou em ver e fazer o rastreamento dos telemóveis das arguidas. De quem é a culpa? Porventura, é da PJ”, apontou o advogado. João Grade lembrou que dos inspetores da PJ que investigaram o caso, apenas um passou pela sala do tribunal, “mas sem um testemunho esclarecedor e deixando muitas dúvidas, entre as quais se haveria uma terceira pessoa envolvida”. “Ouvimos aqui o senhor inspetor dizer que onde a acusação diz que aconteceram determinados factos não foram encontrados vestígios, bem como o assunto da garagem, onde diz que o corpo foi desmembrado, [que] foi tratado por outra equipa”, frisou. Para o advogado “havia prazo para fazer mais”, mas “o Ministério Público não fez, e o que fez, fez mal”, baseando-se apenas nas confissões das arguidas, considerou. “O nosso sistema judicial não é inglês
ou norte-americano, em que basta uma confissão”, advogou. João Grade defende, por isso, “que não há livre apreciação da prova que permita contornar a absolvição”, porque seria necessário muito mais, nomeadamente “um suporte para afastar as dúvidas e permitir estar próximo da certeza para dar os factos como ou não provados”. A advogada Tânia Reis, defensora de Maria Malveiro partilhou das críticas à PJ e da posição de João Grade ao pedir a absolvição das arguidas, por considerar “não ter sido feita prova de quem é que fez o quê”, considerando “os factos constantes da acusação”. “Deveria ter sido uma investigação. Tivemos apenas um inspetor da PJ, o senhor inspetor não sabia responder a determinadas perguntas, corroborou não terem sido encontrados vestígios hemáticos, ficamos aqui sem saber quem o fez e o quê”, sustentou a advogada. Para Tânia Reis, ficaram “muitas diligências de prova por verificar”, nomeadamente, a de uma testemunha que diz que viu três pessoas em determinado lugar, junto ao carro da vítima, uma das quais um homem, bem como amostras de ADN encontradas em beatas de cigarros no carro da vítima e uma navalha apreendida pala polícia. Por seu turno, Aldora Paulo, assistente no processo em representação de familiares da vítima, pediu a pena máxima de 25 anos de prisão efetiva, pelo facto de as arguidas “terem relatado os factos de forma espontânea e detalhada” no primeiro interrogatório, “não os negando em audiência de julgamento, onde se acusaram mutuamente”.
Apreendidos 160 quilos de pescado fresco
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Unidade de Controlo Costeiro da GNR, através do Subdestacamento de Controlo Costeiro da Portimão, apreendeu no passado dia 12 mais de 160 quilos de pescado fresco por fuga à lota, em Portimão. No decorrer de uma ação de vigilância e fiscalização, no âmbito do regime legal da primeira venda de pescado fresco, os militares detetaram, junto à lota de Portimão, dois homens que se encontravam a transportar o pescado, nomeadamente 117,7 quilos de santola (Maja squinado), 43,4 quilos de choco (Sepiida) e dois quilos de tremelga (Common torpedo), de uma embarcação para um veículo, fora do recinto da lota. A GNR explicou que o pescado foi apreendido "por suspeita de não
ter sido sujeito ao primeiro regime de venda (fuga à lota), e foram identificados os dois indivíduos e elaborado o respetivo auto de contraordenação, sendo o pescado transportado para a lota de Portimão a fim de ser submetido ao regime de primeira venda em lota". "O regime de venda de pescado fresco prevê que a primeira venda seja, obrigatoriamente, realizada em lota, pelo sistema de leilão", sublinha a GNR, acrescentando que "a base deste regime assenta, sobretudo, na intenção de se manter e preservar um mecanismo regulador de preços neste sector pela concentração da oferta e da procura, acautelando o cumprimento das cotas de captura, estalecidas com vista à sustentabilidade das espécies e pelo controlo higiossanitário do pescado".
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CADERNO ALGARVE
Postal, 23 de abril de 2021
Breves
Tentativas de burla durante os Censos A
PSP alerta para possíveis tentativas de burlas durante a Operação Censos 2021, que se iniciou a 5 de abril. As autoridades apelam à população que apresente queixa, sempre que durante o inquérito, ocorram solicitações de qualquer quantia monetária e esclarecem que “os recenseadores não pedem para entrar nas residências e não cobram qualquer quantia". Em caso de dúvidas a população deve consultar os procedimentos em censos.ine.pt ou ligar para a linha de apoio dos Censos, da Junta de Freguesia ou da PSP.
Censos de resposta obrigatória com multas até 50.000 euros A res-
posta aos censos é obrigatória e quem não o fizer está sujeito a uma coima que vai de 250 a 25 mil euros ou de 500 a 50 mil euros, consoante o agente seja pessoa singular ou coletiva. Se já nos Censos de 2011 cerca de 50 por cento das respostas foram dadas pela Internet, o INE, que coordena todo o recenseamento, espera que este ano aumente o número de respostas enviadas eletronicamente. As cartas têm códigos e palavras-passe que servem para aceder a censos2021.ine.pt, onde devem ser dadas as respostas desde dia 19 de abril. É a essa data que todas as respostas se devem reportar, embora a população tenha até 3 de maio para enviar as suas respostas.
PSP e GNR lançam campanha “Viajar sem Pressa”AAutoridade Nacio-
nal de Segurança Rodoviária (ANSR), GNR e PSP estão a realizar a campanha de segurança rodoviária “Viajar sem Pressa” para alertar para os riscos da condução em excesso de velocidade. A campanha, que iniciou-se esta terça-feira, vai decorrer até 26 de abril e integra também fiscalização através da rede nacional de radares. A ANSR, a GNR e a PSP lembram que a velocidade é a principal causa de um terço de todos acidentes mortais. “Num atropelamento, a probabilidade de existirem vítimas mortais aumenta em proporção da velocidade. Se um veículo circular a 30 quilómetros por hora (Km/h) a probabilidade de atropelar alguém mortalmente é de 10%. Aumentando a velocidade para 50km/h essa probabilidade passará a ser de 80%”, sublinham.
Lagos combate práticas ilegais e selvagens de autocaravanismo
A
Câmara de Lagos aprovou a proposta final do “Estudo de Ordenamento para a Prática do Autocaravanismo no Município de Lagos”, que irá apoiar a autarquia no ordenamento, gestão e qualificação desta atividade turística, designadamente no que respeita à análise e decisão quanto à instalação de novas infraestruturas para esta prática, sejam estas de iniciativa pública ou de iniciativa privada. Segundo a autarquia lacobrigense, "o documento é o culminar de um trabalho que começou com um trabalho de levantamento, caracterização e diagnóstico e, numa segunda fase, a identificação do potencial territorial para prática do autocaravanismo, o qual tem em conta a necessidade de salvaguarda dos valores patrimoniais, naturais e paisagísticos, a utilização sustentável dos recursos, assim como as perspetivas e interesses de desenvolvimento social e económico do município". O estudo prevê que "o potencial territorial para a prática do caravanismo (caravanas e autocaravanas) aumente 50% nos próximos dez anos, ou seja, que possa crescer dos atuais 800 lugares próprios para a pernoita de autocaravanas até cerca de 1200 lugares, considerando a capacidade total das quatro unidades de orde-
namento definidas: Cidade, Litoral, Barrocal e Serra". A carta de ordenamento permite ainda avaliar as áreas com maior potencial para a localização dos Parques de Campismo e Autocaravanismo (PCC) e Áreas de Serviço de Autocaravanas (ASA), classificando-as em quatro classes: Prioritária, de Oportunidade, Negociável e Crítica. Quanto às tipologias de infraestruturas a criar, no que respeita aos PCC estes poderão estar relacionados com os temas “Sol e Mar”, “Eco resorts” e “Parques de Campismo rurais”, visando permitir a conjugação do caravanismo com outras atividades em ambiente rural e natural, como
Portal de auto-agendamento da vacina disponível na próxima semana A ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou esta quarta-feira que o portal para o auto-agendamento da vacinação contra a covid-19 estará a funcionar na próxima semana “Pensávamos que [o portal] pudesse estar já a funcionar, mas houve necessidade de readaptar a agenda de trabalho em função do que foi a alocação de recurso ao processo de vacinação em massa de docentes e não docentes”, afirmou a ministra, que falava numa conferência de imprensa no Infarmed.
Marta Temido lembrou ainda que o portal do Serviço Nacional de Saúde, no espaço para a vacinação covid-19, “tem vindo a progredir”, permitindo o uso de um simulador para os utentes verificarem se estão na lista das inscrições para cada uma das fases de vacinação. Permite ainda a quem é seguido no setor privado inscrever-se para vacinação, através do médico que o segue. A governante disse ainda que as funcionalidades desta ferramenta serão reforçadas, com a possibilidade de optar pela vacinação em local diferente do da residência.
a agroindústria, o enoturismo, a pesca, passeios pedestres, cicloturismo, entre outras. Já as ASA poderão ser “Urbanas”, de “Património cultural e natural”, e “Rurais”, dependendo do contexto de inserção. Admite-se, ainda, a definição de “Locais de Estacionamento” correspondentes a áreas de passagem sem estadia (áreas comerciais, bombas de combustível/estações de serviço; parques de merendas, entre outras) em que são disponibilizados e identificados lugares de estacionamento, com, eventualmente, alguns serviços de apoio. Combater as práticas ilegais e selvagens de caravanismo e auto-
caravanismo, minimizando os seus efeitos prejudiciais, e maximizar as vantagens e os proveitos que o crescimento ordenado desta modalidade pode gerar para o fortalecimento do turismo local e regional, são os grandes objetivos deste estudo, o qual pretende posicionar Lagos como um dos destinos turísticos mais sustentáveis e inclusivos no contexto nacional. A estratégia preconiza, igualmente, a modernização e qualificação da oferta já existente e a definição de parâmetros sobre os requisitos e serviços mínimos a incluir nas estruturas de acolhimento a criar, assim como o ordenamento da prática através da emissão de orientações específicas de circulação, tráfego rodoviário e estacionamento de autocaravanas, suportada num modelo de comunicação que inclua o reforço da sinalética direcional e informativa e uma eficaz sinalização rodoviária. A desativação definitiva da ASA situada junto ao Estádio Municipal, a proibição de circulação de autocaravanas nas vias mais estreitas e no centro histórico da cidade, e a criação de infraestruturas (ASA) na envolvente dos principais núcleos populacionais rurais, são algumas das medidas concretas a implementar.
IPMA liberta meros na costa algarvia O IPMA procedeu recentemente a mais uma acção de libertação de alguns exemplares de meros (Epinephelus marginatus) na costa algarvia, na sequência das experiências de repovoamento que têm vindo a ser realizadas desde 2001 Os peixes libertados já nasceram nas instalações do IPMA - Estação Piloto de Piscicultura de Olhão (EPPO) e estão identificados exteriormente com uma marca amarela numerada, estando a ação incluída no âmbito do Projecto DIVERSIAQUA II - MAR-02.01.01-FEAMP-0175. O IPMA, espera que estes peixes
possam "fixar-se no meio selvagem e contribuir para a recuperação da população", infelizmente, "o Mero apresenta o Estatuto de Conservação em Perigo, duas categorias antes de Declarado Extinto na Natureza, como identificado na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da UICN, União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN Red List of Threatened Species)". Embora a sua captura seja proibida na pesca lúdica, se alguém encontrar algum destes animais, deve comunicar ao IPMA a localização desse avistamento e se possível o número da marca encontrada, através do telefone 289 700 500.
CADERNO ALGARVE
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REGIÃO
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INOVAÇÃO
Navio científico foi construído pela Nautiber e lançado em VRSA FOTO D.R.
Ferido grave evacuado de helicóptero Um
despiste de uma viatura ligeira causou no passado sábado um ferido grave na estrada dos Estorninhos para o Cerro das Carriças, concelho de Tavira, adiantou ao POSTAL fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro. O homem de 28 anos de idade, de nacionalidade portuguesa, foi evacuado em estado grave de helicóptero para o Hospital de Faro.
Seis detidos com cocaína em Almancil
O ministro da Ciência e Tecnologia, Manuel Heitor, considerou que o lançamento ao mar, no Algarve, de uma embarcação para validação e teste de tecnologias marítimas é “especial” por ter sido feito em Portugal e não importado A embarcação Mar Profundo, orçada em 869.000 euros, foi esta quarta-feira lançada ao mar em Vila Real de Santo António, nos estaleiros navais da empresa Nautiber, que construiu o navio por encomenda do INESC TEC - Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, numa colaboração que, segundo o governante, deve ser replicada por outras empresas e instituições nacionais. “Esta obra tem um significado muito especial, é uma infraestrutura científica construída por uma empresa portuguesa e isso não pode ser esquecido, particularmente no dia de hoje, que é o dia internacional da inovação e da criatividade”, afirmou
Manuel Heitor, antes do lançamento bem-sucedido da embarcação à água. O ministro recordou que Portugal entra numa “nova fase” com o “novo plano de recuperação e resiliência” e afirmou que a colaboração demonstrada neste projeto “é o verdadeiro exemplo” de como “uma infraestrutura científica” pode ser “construída em Portugal, em vez de importada do estrangeiro”. A embarcação foi financiada Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Programa Operacional Regional do Norte, bem como pela Fundação para a Ciência e tecnologia (FCT), através de fundos nacionais, e deve servir “para mobilizar a indústria nacional” para um dos seus “desígnios, que é o conhecimento”. “O INESC TEC tem agora como função equipar o navio para que possa ser posto ao serviço da comunidade científica de uma forma geral, mas para valorizar Portugal no mundo”, afirmou ainda Manuel Heitor. Eduardo Silva, investigador do
INESC TEC, explicou que a embarcação tem 19 metros de comprimento e sete de largura, ainda vai para fase de acabamentos, mas o lançamento ao mar realizado teve “um significado e vai permitir dar um salto muito grande na investigação científica e tecnológica” no mar. “Este navio é para validar e testar o desenvolvimento de tecnologia no mar, não é um navio oceanográfico”, frisou o investigador, precisando que a embarcação permitirá testar “se o que foi feito no laboratório está ou não funcional” no mar, embora possa também dar “apoio na oceanografia” e a outras entidades ligadas à investigação e desenvolvimento científico. Eduardo Silva exemplificou que o laboratório do INESC TEC conta com um tanque, mas a embarcação vai agora permitir fazer testes em cenário real, com computadores de bordo, sensores, duas plataformas para aceder ao mar ou grua, que permitirão testar, por exemplo, veículos robóticos que têm de operar no mar ou detetar minerais no fundo marinho.
Por seu turno, o responsável da empresa naval construtora, que emprega 70 pessoas, fatura sete milhões de euros e produz 10 a 12 embarcações por ano, considerou que a construção do navio Mar Profundo “pode abrir perspetivas de outros mercados” que até aqui não olhavam para indústria naval portuguesa para este tipo de trabalhos. “Esta oportunidade que o INESC TEC nos deu é importante para indústria naval, porque estamos a criar um produto específico, vendável lá fora, e que pode criar novas oportunidades de trabalho”, afirmou Rui Roque, reconhecendo que o trabalho foi “um desafio em termos tecnológico” e “obrigou a criar novas competências”. A construção foi também feita “em plena pandemia”, com “falta de equipamentos e materiais e custos mais elevados”, mas a “resiliência” fez com que a empresa conseguisse cumprir o caderno de encargos e lançasse o navio ao mar, congratulou-se o empresário naval.
A GNR deteve, no passado dia 12, quatro homens e duas mulheres com idades compreendidas entre os 29 e os 48 anos por tráfico de estupefacientes, em Almancil e Sintra. No decorrer da ação, foram efetuadas sete buscas domiciliárias, quatro na região do Algarve e três no concelho de Sintra, que resultaram na apreensão de 1.330 doses de cocaína; uma prensa e diverso material usado no acondicionamento de estupefacientes; 12 telemóveis; 4 computadores portáteis; 3 balanças de precisão; 1 tablet; 1 pulseira em ouro e 7.726 euros em numerário. O Tribunal de Faro decretou a prisão preventiva para três das seis pessoas detidas.
Prisão preventiva para homem que ameaçava incendiar a casa com toda a família da companheira dentro A
GNR deteve, no passado dia 12, um homem de 36 anos por violência doméstica, em Faro. Os militares apuraram que "o agressor injuriava e humilhava constantemente a vítima, sua companheira de 26 anos, bem como ameaçava que iria incendiar a casa com toda a família da vítima no interior". Para além das injúrias e humilhações, o suspeito "agredia a vítima violentamente, tendo ela, numa das situações, ficado suspensa com parte do corpo fora do parapeito da janela, ameaçando que a deixaria cair, factos que a levaram a terminar a relação".
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CADERNO ALGARVE
Postal, 23 de abril de 2021
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Algarve continua a ser a região onde desemprego mais aumenta
Candidaturas abertas para 2.000 guardas A Guarda Nacional Republicana (GNR) abriu esta segunda-feira o procedimento concursal para a constituição de uma reserva de recrutamento de, no máximo 2000 candidatos, para o preenchimento das vagas para admissão ao Curso de Formação de Guardas da GNR que vierem a ser definidas por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da administração interna, encontrando-se o concurso aberto por um período de 10 dias úteis. Segundo informa a GNR em comunicado, "as candidaturas são efetuadas exclusivamente através do preenchimento de um formulário eletrónico, disponível no portal de recrutamento e onde também poderão ser consultadas as condições de admissão, documentação exigida e demais informações sobre o processo de seleção". Após uma primeira fase documental, seguir-se-á a convocação para as provas de seleção, designadamente, de conhecimentos, físicas, de avaliação psicológica e exame médico. Mais informações podem ser solicitas através do email recrutamento@gnr.pt ou do número 808 200 247.
Candidaturas para novos técnicos de emergência pré-hospitalar O Instituto Nacional de Emergência Médica, I. P. (INEM, I.P.) abriu concurso para recrutamento de 178 postos de trabalho em regime de contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado na categoria de técnico de emergência pré-hospitalar. O presente recrutamento foi precedido do Despacho, de 25 de fevereiro de 2021, do secretário de Estado Adjunto da Saúde, António Lacerda Sales, de modo a possibilitar o recrutamento de trabalhadores com ou sem vínculo de emprego publico, de acordo com o artigo 30. da LTFP. As candidaturas devem ser apresentadas no prazo de 10 dias úteis, contados a partir da data da publicação deste Aviso no Diário da República, 2.ª série, mediante preenchimento de formulário electrónico, de utilização obrigatória, disponível na página electrónica do INEM, I.P., em www.inem.pt - separador - Recrutamento - Procedimentos concursais a decorrer - TEPH-INEM-2021. Os profissionais selecionados no concurso vão auferir uma remuneração de 750,26 euros.
O
número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 25,9% em março em termos homólogos e 0,2% face a fevereiro, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). De acordo com o IEFP, no final de março, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 432.851 desempregados. Este número representa 70,7% de um total de 611.958 pedidos de emprego. Para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2020, contribuíram todos os grupos de desempregados, com destaque para as mulheres, adultos com idade igual ou superior a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e
os que possuem como habilitação escolar o secundário, refere o IEFP. Segundo os dados disponíveis no site do IEFP, a nível regional, em março, o desemprego registado aumentou em todas as regiões do país, sendo o aumento homólogo mais pronunciado o da região do Algarve (54,6%), seguido de Lisboa e Vale do Tejo (40,7%) e da região da Madeira (30,6%). No que respeita à atividade económica de origem do desemprego, dos 373.396 desempregados que, no final do mês de março, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, 73,5% tinham trabalhado em atividades do setor dos serviços, com destaque para as atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (29,2%), 19,5% eram provenientes do setor secundário, com particular relevo para
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(MTSSS) destaca, em termos regionais, que no Algarve o desemprego registado se tenha mantido face ao mês anterior, com as regiões do Norte (-0,9%) e do Centro (-0,7%) a registarem descidas face a fevereiro. Destaca também que as ofertas captadas tenham aumentado 57% em cadeia e 58,1% face a março de 2020, para 12.050, e que as colocações em emprego aumentaram 42,4% face a fevereiro de 2021 e 16,3% face a março de 2020, para 6.899 colocações. De acordo com o MTSSS, a taxa de cobertura das prestações de desemprego é de 55,7%, o que compara com 50,6% em março de 2020, e a taxa de cobertura de medidas ativas de emprego subiu para 20,8%, o que compara com 20,5% em fevereiro de 2021 e com 19,6% em março de 2020.
Distribuído em toda a região do Algarve pelo
POSTAL DO ALGARVE - Rua Dr. Silvestre Falcão, 13C - 8800-412 Tavira
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a construção (6%) e ao setor agrícola pertenciam 4,2% dos desempregados. O desemprego aumentou nos três setores de atividade económica face ao mês homólogo de 2020, com maior expressão no setor dos serviços (43,7%). No setor secundário, o IEFP destaca a subida nos ramos da indústria do couro e dos produtos do couro (33,8%) e da fabricação de veículos automóveis, componentes e outros equipamentos de transporte (25%). As ofertas de emprego por satisfazer, no final de março, totalizavam 14.371, nos serviços de emprego de todo o país, uma subida de 16,8% em termos homólogos e de 22,7% em termos mensais. Numa nota sobre os números divulgados pelo IEFP, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social
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CADERNO ALGARVE
Postal, 23 de abril de 2021
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REGIÃO
Vacinação está mais atrasada no Algarve e nos Açores 💢 Menos de 2 em cada 12 algarvios (16,5%) já tomaram uma dose de vacina 💢 Nas regiões do Alentejo e Centro são cerca de 3 em cada 12 (cerca de 25%) 💢 Média nacional é de 4 em cada 5, ou seja, 80% da população ainda não tomou uma dose da vacina Já no que se refere à vacinação completa no país, 11% da população do Alentejo tomou a 2ª dose, ao que se segue o Centro com 9%, a Madeira com 8%, os Açores com 7% e o Norte, Lisboa e Vale do Tejo e o Algarve, todas com 6%. Por grupos etários, 91% dos idosos com mais de 80 anos (617.566 pessoas) já estão vacinados com a primeira dose e 58% (394.186) já receberam as duas doses da vacina. Na faixa etária entre os 65 e os 79 anos, 42% (669.263) também receberam a primeira toma do fármaco, uma percentagem que desce para apenas 4% (59.658) no que se
É
o ponto de situação mais recente em Portugal: 2.015.225 pessoas já tomaram a primeira dose (cerca de 20%), enquanto 689.329, que representam 7% da população, já têm a vacinação completa contra o vírus SARS-CoV-2. Segundo o relatório semanal da vacinação divulgado esta terça-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS), Lisboa e Vale do Tejo é agora a região
onde foram administradas mais vacinas, com um total de 888.770 doses, seguindo-se o Norte (876.591), o Centro (553.844), o Alentejo (166.527), o Algarve (97.785), a Madeira (69.737) e os Açores (48.495). No que se refere à cobertura vacinal no continente, o processo está mais avançado no Alentejo com 25,1% da população com a 1ª dose, ao que se segue o Centro com 24,8%, Lisboa e Vale do Tejo e o
Norte com 18,4%. O Algarve continua a ser a região com o processo mais atrasado: apenas 16,5% da população tomou a 1ª dose.
refere às duas doses. Do grupo de pessoas entre os 50 e os 64 anos, 16% (355.519) tomaram a primeira dose e 4% (84.810) têm a vacinação completa contra a covid-19, enquanto na faixa etária dos 25 a 49 anos 10% (345.865) já receberam a primeira toma e 4% (138.923) estão totalmente vacinados contra o novo coronavírus. Desde o início da vacinação, no final de dezembro de 2020, Portugal recebeu um total de 2.983.590 vacinas, tendo sido distribuídas pelos postos de vacinação do país 2.679.813 doses.
PUB.
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CADERNO ALGARVE
💢 As entrevistas aos candidatos do PS e da CDU à Câmara de Vila Real de Santo António
Postal, 23 de abril de 2021
que hoje publicamos, surgem no seguimento da entrevista que efetuámos na edição do
passado dia 9 de abril a Luís Gomes, candidato do PSD. O alegado caso de corrupção que já
ENTREVISTA ÁLVARO ARAÚJO, candidato do PS à Câmara de Vila Real de Santo António
PSD deixou-nos o município mais endividado do país FOTO D.R.
duas décadas de gestão pública. O município precisa de uma liderança estável e forte. Uma liderança que sirva os munícipes com a eficácia e o rigor que merecem.
Vila Real de Santo António é hoje uma sombra do que era em 2005 P Que avaliação faz de 16 anos de gestão autárquica do PSD? R Vila Real de Santo António é hoje uma sombra do que era em 2005: um concelho moribundo, que é falado pelas piores razões. A gestão de Luís Gomes e São Cabrita deixou-nos o município mais endividado do país, um turismo estagnado e um panorama económico e social empobrecido. Factos que transformaram a gestão PSD, de Luís Gomes e São Cabrita, na pior da história de VRSA. Uma gestão despesista, irresponsável, que penhorou o concelho com contratos ruinosos, como os da água ou dos parquímetros, que vão vigorar nas próximas décadas e lesar gravemente os vila-realenses.
♦ O município precisa de uma liderança estável e forte ♦ Queremos o nosso concelho de volta! ♦ Os números que Luís Gomes apresenta não nos merecem credibilidade
Texto RAMIRO SANTOS
P O que é que o motivou a apresentar-se como candidato à Câmara de Vila Real de Sto António? R As razões são várias e resultam de um forte apelo que senti por parte da
população nos últimos anos. O trabalho que desenvolvo há mais de vinte anos em VRSA proporcionou um contacto direto com as pessoas. Oiço atentamente o pulsar da população com quem partilho as preocupações e os anseios, o que fez despertar em mim um sentido de missão e colocar ao serviço da autarquia a experiência que adquiri no decurso de mais de
P O anterior presidente apresenta-se novamente como candidato do PSD à presidência da câmara. Como vê este regresso? R Os tempos são de mudança. Luís Gomes deu todas as provas para sabermos qual seria a sua política: continuar a gastar para não vermos nada. É preciso dizê-lo claramente: queremos o nosso concelho de volta! As pessoas sabem como ele conduziu os destinos e a imagem da nossa ter-
ra. Os vila-realenses estão hoje mais pobres e desgostosos de viver na sua terra. O seu regresso seria a machadada final no futuro do concelho. É preciso virar a página. Vila Real de Santo António vai mudar. P Uma das críticas que são apontadas a Luís Gomes, é que deixou a câmara em 2017 numa situação de bancarrota. Património ou bancarrota? R Bancarrota, sem dúvida! Os números que Luís Gomes apresenta não nos merecem credibilidade. O que aconteceu na realidade – e é preciso que os vila-realenses saibam – é que ele se limitou a valorizar um património que já existia antes de 2005. Ele fez o exercício simples, mas intelectualmente desonesto, de somar tudo o que existia muito antes de ele chegar à câmara e proclamou-se o autor de todos os investimentos que já tinham sido feitos pelos executivos anteriores ao seu. A sua gestão resultou na adesão compulsiva a 4 planos para a regularização da dívida, que o próprio contraiu e, não só não cumpriu, como ainda fez com que a dívida aumentasse exponencialmente sem medir consequências. No preâmbulo do acordo com o Fundo de Apoio Municipal (FAM), o município admitiu em 2012 que havia entrado em rotura financeira e viu-se obrigado a elaborar não um, mas quatro planos de resgate para apoiar a economia local e reequilibrar as dívidas à banca, num total de 74 milhões de euros. Estes planos foram sistematicamente incumpridos e a dívida foi crescendo ininterruptamente. O resultado dessa gestão ruinosa e dos sucessivos incumprimentos obrigou o Município a pedir o quarto resgate, que está neste momento a ser renegociado, porque foram encontrados 9,2 milhões de
euros em faturas não registadas. Luís Gomes afirma ter investido 65 milhões de euros em esgotos, mas 30 milhões foram investidos antes de 2005. Dos restantes 35 milhões, o município usufruiu de uma comparticipação comunitária acima dos 70%. O valor real do investimento ronda os 7 milhões de euros. A sua argumentação baseia-se em atirar números para o ar, jogando com o natural desconhecimento das pessoas. Mas a verdade está à vista de todos: o legado que nos deixou é ruinoso.
O PS vai fazer muito mais, gastando muito menos! O que é que a sua candidatura pode trazer de diferente da gestão de 16 anos do PSD? R Tudo, basicamente. O projeto do Partido Socialista para VRSA, que eu lidero, distancia-se em tudo do que foi a gestão de Luís Gomes e São Cabrita nos últimos 16 anos. Queremos empreender, desde logo, uma política de contas certas, em que a transparência, a responsabilidade e o rigor imperam. Uma gestão honesta e com respeito por todos. Criar uma fiscalidade amiga das famílias. Cuidar das pessoas e do património vila-realense, preservá-lo e desenvolvê-lo. Apoiar os empresários para estimular a economia local, aproveitar os nossos recursos sem gastar dinheiro em projetos megalómanos. O PS vai fazer muito mais, gastando muito menos! P
VAMOS VALORIZAR A NOSSA TERRA E OS VILA-REALENSES P Quais os objetivos no que diz respeito: a) – resultados eleitorais? b) – grandes projeto ou prioridades para o concelho nos próximos quatro anos? R Vila Real de Santo António anseia por momentos de mudança, que se sentem em cada esquina das três freguesias do concelho. As pessoas reconhecem no PS e no líder deste projeto todas as capacidades para concretizar a
mudança e por isso vamos vencer as próximas eleições! É nossa prioridade a reabilitação urbana para devolver a identidade ao concelho. Apostar numa gestão de rigor e transparência. Atrair a juventude, que abandonou o concelho nos últimos 16 anos. Reorganizar o espaço público. Criar habitação acessível a quem vive e trabalha aqui. Captar investimento para a nossa terra e criar condições para as empresas. Apostar na educa-
ção e na cultura e priorizar a ação social apoiando quem precisa, através de mecanismos de criação de emprego e de inclusão social. Apostar na formação dos nossos quadros. Transformar VRSA num concelho inclusivo e sustentável, orgulhoso da sua identidade e do património que possui, não só pela sua localização geoestratégica, mas pelas pessoas que aqui vivem. Vamos valorizar a nossa terra e os vila-realenses. VRSA vai mudar!
CADERNO ALGARVE
Postal, 23 de abril de 2021
levou à demissão da presidente do executivo municipal, merece também uma posição de
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cada um destes candidatos, em depoimentos publicados na página 3.
ENTREVISTA ÁLVARO LEAL, candidato da CDU à Câmara de Vila Real de Santo António
Quem vota em nós não é traído. Somos alternativa real e credível ♦ A população sabe bem que a gestão da CDU
FOTO D.R.
em VRSA é sinónimo de trabalho, honestidade, competência, transparência e rigor
♦ Hoje temos um município com uma das maiores dívidas do país
Texto RAMIRO SANTOS
Afastado da chefia do executivo municipal há vários mandatos, que argumentos tem a CDU para convencer o eleitorado a apoiar um seu regresso ao poder? R Os três mandatos em que a CDU foi chamada a assumir a presidência da câmara são a melhor credencial para apresentar aos vila-realenses. A população sabe bem que a gestão da CDU em VRSA é sinónimo de trabalho, honestidade, competência, transparência e rigor, tudo o que não tem existido durante estes últimos mandato. P
Luís Gomes e o PSD mostraram ao que vinham e que concretizaram ao longo destes anos P Que avaliação faz dos 16 anos de gestão do PSD? R Muito negativa. Logo, no dia da posse, Luís Gomes e o PSD mostraram ao que vinham e que concretizaram ao longo destes anos, com grande sofrimento das populações: privatizações, um enxame de supermercados que deram um golpe profundo nas micro, pequenas e médias empresas e no comércio local, encerramento de empresas, despedimentos e a criação de uma empresa municipal que até se quis tornar gestora de serviços em concelhos limítrofes. As consequências estão à vista e basta constatar que, ao fim destes sucessivos mandatos do PSD, hoje temos um município com uma das maiores dívidas do país, uma das mais elevadas cargas fiscais sobre a população, refém de vários programas de recuperação financeira, sem obra nem projeto global que enquadre um desenvolvimento a favor das populações.
P Que avaliação faz dos 16 anos de gestão do PSD? R Muito negativa. Logo, no dia da posse, Luís Gomes e o PSD mostraram ao que vinham e que concretizaram ao longo destes anos, com grande sofrimento das populações: privatizações, um enxame de supermercados que deram um golpe profundo nas micro, pequenas e médias empresas e no comércio local, encerramento de empresas, despedimentos e a criação de uma empresa municipal que até se quis tornar gestora de serviços em concelhos limítrofes. As consequências estão à vista e basta constatar que, ao fim destes sucessivos mandatos do PSD, hoje temos um município com uma das maiores dívidas do país, uma das mais elevadas cargas fiscais sobre a população, refém de vários programas de recuperação financeira, sem obra nem projeto global que enquadre um desenvolvimento a favor das populações. P O que teria sido diferente numa gestão da CDU neste período? R Não teríamos privatizado a água e o valor da fatura seria mais baixo; não teríamos estacionamento pago nas nossas ruas e o comércio tradicional no centro da cidade não seria prejudicado; não teríamos deixado de investir e de manter os equipamentos de recolha de lixo e teríamos mantido o serviço na esfera pública, e teríamos hoje ruas limpas; não teríamos tomado as decisõesdanosas que prejudicaram o desenvolvimento do nosso concelho e pelo qual hoje pagamos taxas e tarifas altíssimas, incluindo o IMI que é o mais alto do país. P A CDU fala na necessidade de sanear as contas e do desagravamento das taxas e tarifas. Junta-se às vozes que falam em bancarrota? R Nas autarquias não se pode falar em bancarrota, pois há mecanismos que a evitam. Falamos sim num desastre financeiro e social encapotado porque, apesar das nossas insistências por mais transparência, as contas são manipuladas até que tudo esteja consumado e nada
se possa fazer para evitar o desastre. A CDU esteve sempre na linha da frente, exigindo contas certas e transparentes, comunicando com a população, denunciando as más opções. Por diversas vezes durante estes últimos mandatos exigimos que fosse realizada uma auditoria externa à Câmara Municipal e à empresa SGU, sempre negada pela maioria PSD. Por outro lado, acreditamos que a recuperação financeira da autarquia passa pela renegociação de contratos e empréstimos, pela internalização de serviços que hoje a câmara paga a terceiros e pelo desagravamento das taxas e tarifas, de modo a permitir maior investimento privado e dessa forma aumentar as receitas públicas e emprego no concelho.
Só com mais força dada pelos eleitores poderemos ultrapassar estes obstáculos P Que propostas para sanear as contas? Que projetos para o futuro? R A diversificação da atividade económica é fundamental, sempre defendemos. Esta pandemia mostrou que não podemos viver apenas do turismo e é necessário criar alternativas na indústria naval, alimentar,
nas pescas. Há um instrumento de grande qualidade que pode e deve ser usado para o desenvolvimento do concelho, embora necessite de correções ditadas pela evolução dos tempos. Falo do PDM original, o oitavo que existiu a nível nacional, de iniciativa da CDU e aprovado por todas as forças políticas, que dá enquadramento às questões fundamentais do desenvolvimento do concelho, na agricultura, pescas, turismo, indústria, mobilidade, relações com o centro do Algarve e com a Andaluzia, cujo desenvolvimento dinâmico e atualizado permitiria a superação do desastre para onde fomos arrastados. Mas só com mais força dada pelos eleitores poderemos ultrapassar estes obstáculos.
TEMOS A FIRME ESPERANÇA DE QUE A POPULAÇÃO NOS IRÁ CHAMAR OUTRA VEZ A PRESIDIR A CÂMARA P Que perspetivas eleitorais tem para VRSA? R Todas. Nesta hora conturbada em que vivemos, a população começa a compreender que a sua estabilidade social, o ritmo certo e crescente do desenvolvimento, só se consegue com uma força política que coloque as pessoas em primeiro lugar, coloque os fundos
municipais no apoio a projetos de crescimento que tragam emprego certo, assente em trabalho bem remunerado e faça crescer a economia do concelho. O facto de não termos agora a maioria não significa que ela não esteja ao nosso alcance. A CDU, com PCP, os Verdes e muitos independentes que apoiam as causas do progresso no desenvolvimento humano, tem um
projeto alternativo que não esquece os problemas da habitação, da limpeza, do apoio às instituições sociais, da cultura e recreio e outras importantes áreas da competência das autarquias. Quem vota em nós não é traído. Acreditamos que somos a alternativa real e credível e temos a firme esperança de que a população nos irá chamar outra vez a presidir a Câmara Municipal.
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ENTREVISTA LUÍS GRAÇA, LÍDER DOS SOCIALISTAS ALGARVIOS: A BAZUCA EUROPEIA
Algarve tem uma oportunidade Texto RAMIRO SANTOS Manter a maioria das câmaras no Algarve e a presidência da AMAL são os grandes objetivos eleitorais do PS. O líder dos socialistas, Luís Graça, aponta para o futuro e avança com projetos que têm sido adiados durante anos consecutivos: o Hospital Central, a ponte de Alcoutim e a eletrificação da linha do Algarve, são alguns exemplos. E considera urgente a diversificação da base produtiva, reduzindo a dependência da monocultura do turismo P Quais são as expectativas do PS para as próximas eleições autárquicas, sabendo que em 2017 conquistou dez das 16 câmaras existentes no Algarve? R O nosso objectivo é manter a liderança da Associação de Municípios do Algarve onde, primeiro com o presidente Jorge Botelho e agora com o presidente António Pina, temos procurado desenvolver pensamento, políticas e projectos de âmbito regional, de que são exemplo a Autoridade Intermunicipal de Transportes, que permitiu em parceria com o Governo reduzir em 50% o custo dos transportes públicos, rodoviário e ferroviário ou mais recentemente o desenvolvimento com a Universidade do Algarve e a CCDR de um plano estratégico de investimentos para a região tendo em conta o novo quadro financeiro da União Europeia, o Plano de Resiliência e Recuperação e os 300 milhões de euros extraordinários e supletivos que o Primeiro-ministro, António Costa assegurou junto da Comissão Europeia para a diversificação da base económica do Algarve.
Manter o número de dez municípios pode ser considerado um bom resultado ou esperam aumentar o número de conquistas? R Enquanto algarvio, considero fundamental para a consolidação do processo de descentralização, que desejamos culmine na criação das P
regiões administrativas, que o PS continue a ser no Algarve a força política com mais câmaras, assembleias municipais e freguesias. P A Câmara de Lagoa, em resultado da candidatura do ex-presidente socialista, Francisco Martins, pode ser um caso problemático? Onde pensam poder compensar? Monchique, por exemplo? R A nossa expectativa, com toda a humildade, é vencer as eleições. O presidente Luís Encarnação que ficou a dirigir a autarquia, no meio de uma pandemia, quando o ex-presidente da câmara decidiu abandonar Lagoa aceitando um lugar de nomeação política em Lisboa, tem sido um exemplo pelo rigor e competência que implementou na gestão da autarquia. Em relação a Monchique não escondo que esperamos ter a oportunidade de voltar a gerir a câmara municipal até porque o concelho divergiu das prioridades regionais desaproveitando fundos comunitários disponíveis, por exemplo, nas escolas e educação. Monchique precisa de mais trabalho e menos Facebook e o Paulo Alves e a sua equipa têm as pessoas, e não as redes sociais, como prioridade. P Albufeira é uma câmara de onde o PS está afastado há cerca de 20 anos. É desta vez? R A gestão do PSD tem ao longo destes vinte anos perdido fulgor. A Câmara
OPERAÇÃO TRIÂNGULO:
À justiça o que é da justiça e à política o que é da política Como comenta o caso de suspeita de corrupção na Câmara de Vila Real de Santo António em ano de eleições para o poder local? P
Lamento que nos últimos anos Vila Real de Santo António só seja notícia por más razões. O Partido Socialista votou contra a venda R
do tereno. Votámos contra na Câmara e na Assembleia Municipal. Aliás, toda a oposição votou contra. A venda do terreno foi exclusivamente viabilizada pelo PSD que utilizou inclusive o voto de qualidade do presidente da Assembleia Municipal. Mas à justiça o que é da justiça e à política o que é da política.
de Albufeira, que tem um dos maiores orçamentos do país, arrasta-se, os problemas acumulam-se. O tempo não perdoa e o PSD, o formal e o informal estão cansados. Veja-se que mesmo do ponto de vista turístico não têm capacidade para ser novidade, para liderar e do ponto de vista social não apresentam soluções. Como é que se explica que uma das câmaras mais ricas de Portugal não construa habitação para as famílias trabalhadoras? Albufeira precisa de um novo impulso, de uma nova energia e de novos protagonistas.
Até 2027 o Algarve vai gerir diretamente mais de 700 milhões de euros, o dobro do que tem atualmente E Tavira? O PS vai resistir ao ataque de Macário Correia e do PSD? R A sua pergunta é bastante curiosa porque Macário Correia não é candidato à Câmara Municipal de Tavira. O Partido Socialista tem em Tavira uma ligação muito forte e próxima dos tavirenses. A presidente Ana Paula Martins foi o esteio do rigor, da eficiência e da transparência das contas da câmara ao longo dos 10 anos do presidente Jorge Botelho. Nestes últimos dois anos, em que assumiu a liderança da câmara já mostrou a força das suas convicções, quando obrigou o Governo a comprometer-se com um projeto de salvaguarda da antiga estação agrária, com a Estratégia Municipal de Habitação ou quando persistiu na execução da nova ponte do Gilão, obra assinada pelo eng. Appleton, um dos maiores especialistas deste tipo de estruturas em Portugal e na Europa e que o PSD fez tudo para impedir que fosse concluída. Sublinho, Tavira com a presidente Ana Paula Martins foi considerado um dos 10 municípios mais bem geridos em Portugal. P
P Na capital de distrito, o PSD vem dominando a câmara há 16 anos seguidos. O que é que tem faltado ao PS para estar há tantos anos afastado da praça mais importante do Algarve? R O PS tem tido sempre a ambição de vencer Faro. E volta agora a ter essa ambição, direi até, reforçada. Desde logo porque sinto uma absoluta união em torno dos nossos candidatos e existe hoje em Faro um desejo de mudança.
Reconheço que as nossas dificuldades eleitorais começavam muitas vezes dentro da própria estrutura do PS local, demasiado fragmentada por lutas internas e vaidades pessoais. Eu defendi junto da direção nacional do PS a escolha do João Marques para ser o candidato à Câmara de Faro e quando ele, num segundo momento, disse que a sua candidatura à câmara dependia de o Luís Coelho ser o seu candidato à assembleia municipal fui o primeiro, apesar de ser o atual presidente da assembleia e por isso o candidato natural, a dizer que abdicava de ser candidato nas próximas eleições autárquicas em nome da unidade do PS. A federação e a direcção nacional do PS criaram todas as condições para a vitória eleitoral em Faro. P Há alguma particularidade que distinga uma gestão socialista de uma gestão do PSD? Há uma marca ideológica na gestão do poder local?
A ponte de Alcoutim e a variante a Olhão podem começar, a eletrificação da linha do Algarve com início ainda este ano (...) e temos uma resposta com financiamento garantido para o problema da água
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que não podemos desperdiçar R A pandemia não atinge apenas Portugal, mas todo o mundo. A forma como respondemos em conjunto, governo e autarquias, às dificuldades da pandemia, quer ao nível do apoio à economia, como em programas sociais não tem paralelo com qualquer outro momento da nossa história e olhe que apesar de tudo o desemprego no Algarve durante o Governo do PSD e de Passos Coelho foi maior do que aquele que temos hoje. Temos de avançar com a vacinação, única forma de atingirmos a desejada imunidade de grupo e até lá temos de apoiar os trabalhadores, defender os postos de trabalho e ajudar as empresas a manterem a sua capacidade produtiva.
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P Que Algarve vai emergir nos pós-pandemia? R Esta crise sendo global não atinge todos da mesma forma, tendo atingindo o coração da atividade turística. No Algarve, o turismo não é um setor económico é, infelizmente, toda a economia. A primeira prioridade é combater a pandemia e defender a economia. O layoff, as moratórias, o reforço dos apoios que o Governo tem disponibilizado têm sido fundamentais para manter a capacidade produtiva das empresas, os postos de trabalho e a coesão social. É preciso acelerar a vacinação. As pessoas querem sair de casa, estão cansadas de estar confinadas, mas para viajarem de novo têm de ter confiança e essa depende da vacinação. O Governo deu-nos uma oportunidade que não podemos desperdiçar. O Algarve vai ter um programa extraordinário e supletivo de mais 300 milhões de euros de fundos comunitários que temos de aplicar corretamente para deixarmos de ser uma monocultura turística.
O Partido Socialista, sendo a força política dominante no Algarve desde o 25 de Abril, tem responsabilidades acrescidas nos problemas com que a região se confronta. Que leitura faz da presente situação de crise derivada da pandemia?
A ideia que corre com frequência é que o Algarve não tem um plano de desenvolvimento estratégico, alternativo à sua dependência da monocultura do turismo e capaz de combater as assimetrias entre o litoral e o interior. Qual é a ideia do PS para o Algarve do futuro? R Nós não podemos escamotear o facto de a regionalização ter sido reprovada em referendo. Isso reforçou o papel dos municípios, mas simultaneamente provocou uma erosão do planeamento supramunicipal. Eu destaco o esforço da AMAL e o papel que a nova CCDR, agora eleita, têm tido para convergir juntamente com a Universidade do Algarve na elaboração de projetos regionais e no aprofundamento da descentralização. Estamos a preparar os estudos para a ligação de comboio ligeiro ao Aeroporto Internacional do Algarve e noutro âmbito, o prolonga-
Quando olhamos para o desafio que o Governo lançou aos municípios para a construção de uma rede de habitação pública acessível aos jovens e às famílias que dependem do rendimento do trabalho verificamos que as autarquias socialistas foram as mais dinâmicas a apresentar as suas estratégias locais. O trabalho de proximidade com as juntas de freguesia e as instituições de solidariedade social na criação de redes de proteção dos mais fracos e desprotegidos, o combate às alterações climáticas e a valorização do património e da criação artística e cultural mostram que não somos todos iguais. P
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mento do Corredor Ferroviário do Mediterrêneo até Portugal, permitindo a ligação transeuropeia do Algarve. Mas importa destacar investimentos que estão previstos no âmbito da inovação e da investigação nas áreas do mar, onde já temos grande trabalho feito, mas também de outros centros de conhecimento e de grande especialização que podem contribuir para a diversificação da economia regional. P Os investimentos do Estado para o Algarve chegam sempre com grandes atrasos. Pergunto-lhe, por exemplo, como estamos quanto ao tão prometido Hospital Central e ao plano hídrico para prevenir situações de seca prolongada? R O Plano de Eficiência Hídrica para o Algarve está inscrito no PRR. Vamos ter, pelo menos, 200 milhões de euros para diversificar a origem das nossas fontes de água, incluindo a ligação ao Pomarão / Alqueva e a dessalinização, mas também vamos investir na eficiência dos sistemas, em baixa e em alta, e no reaproveitamento das águas recicladas para rega de campos de golfe. Mais à frente, veremos ainda se existe viabilidade, ambiental e financeira, para o aproveitamento hídrico da ribeira da Foupana para reforçar a alimentação da barragem de Odeleite. Em relação ao novo Hospital Central a minha convicção é que podemos esperar para breve uma decisão definitiva. Estão a decorrer avaliações jurídicas e económicas muito complexas que por envolverem também empresas privadas requerem alguma reserva. O que posso assegurar é que, como afirmámos na campanha eleitoral de 2019, o Hospital Central será validado nesta legislatura.
Ao longo dos anos, parece que o Algarve tem sido mais uma soma das apostas e investimentos locais das autarquias, em que o Estado, com algumas exceções, tem sido o grande ausente. O que falta ao Algarve para bater o pé em Lisboa? Protagonistas políticos ou peso eleitoral? P
R Confesso que não sou adepto da autoflagelação e daquilo que é a minha experiência de vida quando as lideranças fazem muito ruido é porque não são ouvidas e querem disfarçar. Nós terminámos a anterior legislatura com o fim da exploração do petróleo no Algarve e começámos esta com a nomeação de três secretários de Estado e do ponto de vista estritamente político o próximo presidente do Congresso Nacional do PS é pela primeira vez um algarvio. Até 2027 o Algarve vai gerir diretamente mais de 700 milhões de euros, o dobro do que tem atualmente. Temos uma resposta com financiamento garantido para o problema da água no Algarve, a Serra de Monchique, de Silves e a Serra do Caldeirão, vão ter financiamento no PRR para o seu reflorestamento e para aumentar a resiliência aos fogos florestais. Depois do reconhecimento da Faculdade de Medicina do Algarve e do aumento do número de alunos vamos avançar com a reorganização dos cuidados de saúde hospitalares da região, incluindo o novo Hospital Central Universitário do Algarve. As obras
de eletrificação da linha de caminho de ferro do Algarve vão começar ainda este ano e temos em curso a aldeia digital e o Tec Hub, polos tecnológicos para ajudar a criar e fixar empresas da área da inovação no Algarve. A universidade vai avançar com uma nova residência para estudantes, a Polícia Judiciária tem em obra a nova sede em Faro, em Sagres vai começar a última fase de musealização da fortaleza, a ponte Alcoutim – Sanlúcar tem financiamento garantido e pode avançar, bem como a variante de Olhão e a ligação de São Brás de Alportel à EN2 e à Via do Infante. Falta-nos muita coisa? Sim, mas nós mal saímos de uma crise económica entrámos numa crise de saúde pública e isso condiciona a vontade de fazer mais depressa. Por exemplo, a conclusão da requalificação da EN 125 é algo que nos incomoda, razão por que recentemente propusemos ao Governo a criação de uma empresa pública para gerir a mobilidade rodoviária no Algarve em parceria com os municípios, como já se faz para o abastecimento de água e a gestão dos lixos. PUB.
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CADERNO ALGARVE
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ENTREVISTA EDGAR AMORIM, coordenador da unidade do cancro colorretal do CHUA
Centro do Cancro do Reto do CHUA é referência nacional oncológica Texto JÉSSICA SOUSA | HENRIQUE DIAS FREIRE FOTOS D.R.
Edgar Amorim é especialista em cirurgia geral e é coordenador da unidade de referência do cancro colorretal do CHUA. Segundo o próprio, “os algarvios devem orgulhar-se em ter na sua estrutura de cuidados de saúde uma unidade que é reconhecida a nível nacional”. P Quem é que deve e onde é possível realizar o rastreio ao cancro colorretal? R O rastreio do cancro do cólon e do reto nos indivíduos sem qualquer sintomatologia, deve ser realizado entre os 50 e os 75 anos. O método preconizado consiste na pesquisa de sangue oculto nas fezes. Caso seja positivo é orientado posteriormente para a realização de uma colonoscopia. O rastreio regular pode prevenir a doen-
ça oncológica, uma vez que o cancro do colon e do reto têm um crescimento lento desde o aparecimento da lesão precursora até à sua transformação em cancro. Os cuidados de saúde primários têm um papel essencial nesta fase. Os médicos de família pela proximidade que têm, são geralmente os grandes promotores dos rastreios. Importa realçar que a redução da mortalidade e o aumento da sobrevivência está diretamente relacionada com a fase da doença (estadio) em que esta se apresenta. Deste modo, quanto mais precoce o diagnóstico maior a probabilidade de ultrapassarem com sucesso esta fase da vida. P Em contexto pandémico, constam alterações nos serviços prestados pelo Centro de Referência do Cancro do Reto? R De momento, a atividade do CR-CHUA está a ser realizada sem constrangimentos, uma vez que estão reunidas as condições de segurança necessárias para os profissionais e para os utentes. Naturalmente numa fase inicial, em que existia um profundo desconhecimento acerca da doença, e em que os serviços de saúde não estavam preparados para lidar com este tipo de situação, tivemos que ajustar a nossa atividade. O grande problema com o qual ainda estamos a lidar, prende-se com o
O que é o cancro colorretal? R O cólon (intestino grosso) e o reto localizam-se no final do tubo digestivo que transporta e processa os alimentos ingeridos e a produção descontrolada das células do revestimento interno do intestino grosso é a causa para o desenvolvimento do cancro colorretal. Numa fase inicial, esta alteração origina tumores benignos que quando não são tratados a tempo, podem transformar-se em tumores malignos. Em 85% dos casos conhecidos não existe nenhuma relação genética associada, mas a ingestão de carnes vermelhas e de gordura de origem animal, assim como o sedentarismo e o consumo de álcool e tabaco são associados ao aparecimento da doença. A sintomatologia do cancro colorretal não é exclusiva, mas qualquer sinal de alarme é crucial. A existência de alteração do trânsito intestinal e das suas caraterísticas, a existência de
sangue nas fezes, anemia e emagrecimento sem motivo aparente são sinónimos de alerta. Em Portugal e de acordo com o plano nacional de prevenção e controlo das doenças oncológicas, o rastreio deste cancro é aconselhado a todos os indivíduos que estejam entre os 50 e 75 anos. O resultado desta avaliação é fundamental para ajudar a prevenir a doença, tendo em conta que o cancro do colon e do reto desenvolve-se progressivamente até ser maligno. Quanto mais rápido for o diagnóstico maior será a probabilidade de cura. De acordo com a página oficial da Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva, em Portugal, o cancro colorretal é “o segundo mais frequente nas mulheres depois do cancro da mama e o segundo mais frequente nos homens depois do cancro da próstata, ocupando o primeiro lugar em termos de mortalidade”.
atraso no diagnóstico e a chegada à consulta de cancros em fases mais avançadas. Como justificações possíveis temos por um lado a diminuição da procura dos cuidados médicos que se tem constatado desde o início da pandemia, e por outro a dificuldade que existiu numa fase inicial, no acesso por parte da população, aos meios de diagnóstico realizado no contexto extra-hospitalar.
Quanto mais precoce o diagnóstico maior a probabilidade de ultrapassarem com sucesso esta fase da vida Quanto ao tratamento e apesar de ser orientado para cada indivíduo, no tratamento predomina com maior força a cirurgia ou a quimioterapia e radioterapia? R Apesar de ao nível do cancro do reto existirem várias opções de tratamento que podemos oferecer aos nossos doentes, quer seja com intuito curativo ou paliativo, a cirurgia continua a ter um papel preponderante. Contudo, a cirurgia deve ser encarada como umas das diferentes opções que temos para oferecer aos nossos doentes. Por exemplo, a colonoscopia para além de um papel de diagnóstico pode ser curativa. É esse o objetivo dos rastreios, identificar e se possível tratar lesões precursoras ou numa fase inicial. A própria quimioterapia associada à radioterapia pode reduzir o tamanho do tumor e em alguns casos conseguir uma resposta completa com desaparecimento do tumor. Nestas situações e em casos selecionados pode evitar mesmo a intervenção cirúrgica. As diferentes opções que temos ao nosso dispor devem ser discutidas em equipa, tendo em conta o caso em concreto que estamos a discutir. Na minha opinião, o maior avanço que existiu no tratamento da doença oncológica foi a perceção da importância dos procedimentos serem realizados por equipas com experiência e após uma abordagem multidisciplinar. P
P O CR-CHUA consegue dar resposta a todos os pacientes encaminhados pelos
hospitais ou centros de saúde? R Sim. Todos os doentes referenciados, com cancro do reto, são discutidos semanalmente pela equipa nuclear numa reunião multidisciplinar de grupo distribuídos pelas 2 unidades (Portimão e Faro) que funcionam em cooperação e em rede. Este tipo de opções permite garantir que os nossos doentes tenham uma opção terapêutica validada de acordo com as melhores práticas e em tempo útil. De acordo com os últimos dados oficiais e publicados, tivemos um tempo de resposta de aproximadamente 9 dias, o que coloca o nosso centro bastante abaixo dos tempos definidos por lei e demonstra a capacidade que o Centro de Referência tem de responder a estas solicitações. A título de exemplo, assumimos o compromisso interno de que para a patologia oncológica do colon e reto não exista limite máximo de primeiras consultas, sendo o seu volume ajustado semanalmente às solicitações existente. Estamos a falar de cerca de 100 novos casos por ano só a nível do reto, número este que aumenta para mais do dobro se incluirmos igualmente os cancros do cólon. P Ao curar o cancro, que recomendações são feitas aos pacientes? R É sempre complicado afirmarmos que podemos curar este tipo de cancros, uma vez que existe sempre o risco do cancro voltar. O que sabemos é que ao fim de 5 anos sem doença, o risco de recidiva passa a ser semelhante ao da população geral. Assim, deixa de haver motivo para realizar o seu seguimento nas unidades hospitalares e pode passar a ser seguidos pelos seus médicos de família. Até aos 5 anos e em especial nos primeiros 2 anos, período em que existe maior risco de recidiva, os doentes devem ser submetidos a monitorização mais apertada de modo a conseguirmos detetar a existência do reaparecimento do cancro antes mesmo de ele dar sinais. P Os pacientes com este cancro e acompanhados pelo CHUA são maioritariamente algarvios ou de todo o país? R Salvo raras exceções, os doentes que seguimos são da região do Algarve. A proximidade ao local da prestação dos cuidados de saúde é um fator importante, uma vez que estes tipos de tratamentos vão prolongar-se ao longo de vários meses, em especial quando necessitam de tratamento de quimioterapia ou radioterapia. Este é um ponto muito importante.
Ainda pode estar a tempo
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cancro colorretal, mais conhecido por cancro do cólon e reto, é uma realidade presente na vida de muitos portugueses. Das 30.118 mortes por cancro em Portugal, no ano de 2020, 4.320 foram devido ao cancro colorretal, que é posicionado como a segunda maior causa de morte por cancro. O Centro de Referência do Cancro do Reto (CR) do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) é reconhecido a nível nacional pelo Ministério da Saúde pelo tratamento desta doença oncológica. Como o próprio nome indica, esta unidade foi submetida a um processo de acreditação externo e rigoroso, até poder ser afirmado como referência. É composta por uma equipa de médicos, enfermeiros, nutricionista, terapeutas, gestores e especialistas em radiologia e radio oncologia, gastrenterologia, oncologia médica, anatomia patológica e cirurgia geral. O CHUA notificou que a taxa de mortalidade relativa a esta doença tem vindo a diminuir com o passar dos anos. No Algarve e comparando os dados oficiais de 2015 e 2018 é possível verificar uma descida do número de óbitos. Até meados dos anos 80 a taxa de sobrevivência cinco anos após o diagnóstico era de 42% enquanto que atualmente se encontra nos 70 a 80%.
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CADERNO ALGARVE
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REGIÃO
Algarve está a sofrer impacto "absolutamente desproporcional" O Algarve é a região do país onde a pandemia está a ter um “impacto absolutamente desproporcional” e apresenta o maior aumento homólogo do desemprego, seguida, muito à distância, da Área Metropolitana de Lisboa, segundo o Observatório das Desigualdades Um relatório agora divulgado, assinado por Inês Tavares, Ana Filipa Cândido, Jorge Caleiras e Renato Miguel do Carmo, analisou o mercado de trabalho em Portugal continental durante o ano de 2020, com base em dados do Instituto do Emprego e da Formação Profissional. A primeira grande constatação do estudo “Desemprego em 2020 – Impactos da Pandemia, Mapeamentos e Reflexões” foi “a inversão da trajetória de descida sustentada do desemprego que vinha acontecendo desde 2012”. Com efeito, o desemprego registado baixou regularmente de 710.652 pessoas em 2012, para 297.931 em janeiro de 2020. Mas um “repentino recrudescimento, mais notório a partir de abril de 2020, inverteu esta tendência” e colocou o total de desempregados
registados em 375.150 no último mês do ano. Os designados “desempregados imediatos”, que não beneficiaram do ‘layoff’ simplificado, entre outras medidas indiretas de apoio ao emprego, foram sobretudo “trabalhadores mais precários, informais, trabalhadores independentes, falsos recibos verdes, em suma, trabalhadores vulneráveis, com vínculos contratuais frágeis ou simplesmente inexistentes, aos quais se juntaram os que estavam em período experimental e não continuaram”. Mas depois do acentuado crescimento inicial o número de desempregados manteve-se “contido/atenuado”, o que foi atribuído pelos investigadores, entre outras razões, à ‘reabertura’/desconfinamentos e aos apoios diretos e indiretos ao emprego. Das várias características da população considerada, o Observatório apontou que “entre os grupos profissionais que estão a crescer mais e a ganhar peso relativo no total de desempregados encontram-se os trabalhadores não qualificados, os dos serviços pessoais, de proteção, segurança e vendedores, o pessoal administrativo, os especialistas das atividades intelectuais e científicas e os trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices”.
Por outro lado, em termos de setores, “a larga maioria dos desempregados proveio de atividades dos serviços e só depois, muito abaixo, da indústria (…) e, mais abaixo ainda, do setor primário” ‘Afunilando’ a análise, focando na atividade económica concreta, os investigadores verificaram que “os desempregados são provenientes sobretudo do alojamento, restauração e similares; transportes e armazenagem; indústria do couro e dos produtos do couro; atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio; fabrico de veículos automóveis, componentes e outro equipamento de transporte; e indústria do vestuário”. Depois de afirmarem que “o setor do turismo continua a ser largamente penalizado pela pandemia”, os investigadores salientaram que “no caso da região do Algarve, o fenómeno é ainda mais expressivo”. Avançaram mesmo que no Algarve “a pandemia está a ter um impacto absolutamente desproporcional, explicado em grande medida pelo facto de a região ser muito dependente da atividade turística, com particular destaque para o concelho de Albufeira”. Salientaram ainda que “os números do desemprego registado são inéditos” e que “o Algarve
é a região do país com maior aumento do desemprego em termos homólogos, seguida, muito à distância, da Área Metropolitana de Lisboa” (AML). Por fim, a comparação homóloga que os autores fizeram entre maio de 2020 e 2019 indica que o ‘disparo’ do desemprego tem o seu maior impacto no Algarve, em particular em Albufeira. Quando observaram as mesmas variações entre dezembro de 2020 e 2019 apuraram, com base no mapa por concelhos, o alastramento do problema: o “maior impacto” é sofrido por Algarve, AML e Região Oeste, um “impacto significativo” verifica-se em alguns municípios da AML, do Algarve e do Interior e um “menor impacto” ocorreu em municípios do Interior, sobretudo a Norte. O Observatório das Desigualdades é uma estrutura independente, constituída no quadro do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Universitário de Lisboa, que tem por instituições parceiras o Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e o Centro de Estudos Sociais da Universidade dos Açores.
Socialistas querem mais testes e vacinação nos concelhos com maior incidência de covid-19
O
presidente da Federação do PS Algarve, Luís Graça, e os deputados do Partido Socialista eleitos pelo Algarve solicitaram ao Governo medidas excecionais de mitigação e combate à pandemia nos concelhos onde se registam mais de 120 e 240 casos positivos por 100 mil habitantes, assim como apoios às empresas que depois de reabrirem os seus negócios possam ter de voltar a encerrar. Numa reunião esta segunda-feira com o secretário de Estado responsável pela coordenação da covid-19 no Algarve e a Administração Regional de Saúde sobre a situação pandémica e o processo de vacinação na região, os parlamentares Luís Graça, Jamila Madeira, Joaquina Matos, Ana Passos, e Francisco Oliveira lembraram que "o Algarve é uma região segura,
onde globalmente o índice Rt está abaixo de 1, considerando que os focos verificados em alguns concelhos precisam de uma atuação mais pronta e incisiva por parte das autoridades de saúde de forma a conter rapidamente a transmissão do vírus pela comunidade". Nesse sentido, propõem, a exemplo do que existiu em Lisboa, "a criação de uma comissão de coordenação especial nos concelhos onde existam mais de 240 casos por 100 mil habitantes". No encontro, concluiu-se ainda que existe uma discrepância na fórmula matemática utilizada para calcular o rácio de incidência, uma vez que a população presente no Algarve, ou inscrita nos centros de saúde, é superior à população registada pelo INE, dado que os turistas, trabalhadores imigrantes ou residentes estrangeiros contam em caso de
ficarem positivos, mas não contam em termos populacionais. Para os deputados do PS, “esta discrepância entre o numerador e o denominador distorce os resultados da equação que está a ser utilizada para calcular a evolução da pandemia, como é particularmente visível em concelhos como Portimão, Aljezur ou Vila Real de Santo António” e entendem, por isso, que “não basta olhar para o aumento do número de casos positivos na folha Excel e de quinze em quinze dias decretar que um determinado concelho tem de parar ou até regredir a sua atividade económica”. “O Ministério da Saúde tem, em cada momento e de acordo com a realidade de cada município, de prescrever do ponto de vista da saúde pública a terapia adequada à situação pandémica. Não podemos esperar que
os números diminuam por si só e, no caso de aumentarem, fechar a economia”, defendem os socialistas algarvios, considerando desejável aumentar a testagem nos concelhos com mais de 120 e 240 casos por 100 mil habitantes de forma a identificar e isolar rapidamente qualquer caso positivo e contactos próximos. Os parlamentares alertaram ainda o responsável do Governo e as autoridades de saúde da região para "a necessidade de acelerar o ritmo da vacinação quando se verifica que o vírus circula num determinado contexto ou espaço social, como foi feito anteriormente para os lares de idosos". Em relação a este processo, os responsáveis informaram que "esta semana chegará às 100 mil vacinas administradas na região, ao iniciar-se a segunda fase, com a abertura de 11 novos centros de vacinação".
“Estas tarefas, designadamente a testagem, não podem estar apenas dependentes do esforço financeiro e da vontade de cada autarquia, é preciso que o Estado central assuma igualmente o seu papel”, consideram os socialistas eleitos pelo Algarve, que defendem igualmente um reforço de vigilância, por parte da PSP e GNR, no cumprimento da obrigação do uso de máscara e das regras de distanciamento e higiene respiratória nos espaços públicos. No caso das empresas que se virem obrigadas a encerrar novamente, como aconteceu em Portimão, pretendem que seja adotado um programa de apoio às empresas, “porque é insustentável abrir um estabelecimento comercial como um restaurante ou um café e ter que encerrar 15 dias depois”.
CADERNO ALGARVE
Postal, 23 de abril de 2021
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REGIÃO CENTROS COMERCIAIS MAR SHOPPING
Queremos que todos os nossos transportes sejam elétricos ou de zero emissões até 2025
💢 Outro dos objetivos é aumentar em mais 35% a sua eficiência energética até 2030, além de atingir outras metas de neutralidade carbónica e consumo sustentável
Os centros comerciais MAR Shopping Algarve e MAR Shopping Matosinhos pretendem que todos os transportes, incluindo passageiros, entregas e outros serviços, funcionem com veículos elétricos ou com sistemas de zero emissões até 2025 Segundo o Ingka Centres, "outro dos objetivos é aumentar em mais 35% a sua eficiência energética até 2030, além de atingir outras metas de neutralidade carbónica e consumo sustentável. Ambos os centros comerciais já alcançaram um dos objetivos de sustentabilidade do Grupo, nomeadamente o consumo de 100% de energia renovável nos dois espaços". Além destas metas, está previsto que todos os sistemas de aquecimento e refrigeração também funcionem com recursos 100% renováveis até 2030. Desde 2016 que a Ingka Centres se tem expandido ao mesmo tempo que, paralelamente, tem vindo a reduzir a sua pegada ambiental em 3,5% (valores que excluem os impactos da pandemia em 2020).
Ao longo da próxima década, os objetivos incluem ainda reduzir para metade as emissões de colaboradores e clientes que se deslocam para os centros e continuar a trabalhar na melhor gestão de resíduos, dos quais 28% já são atualmente reciclados a nível global. Todas estas metas são regularmente complementadas com iniciativas de sustentabilidade como os “repair cafés”, aumento da oferta de carregadores para carros elétricos, workshops e iniciativas ecológicas didáticas. O Dia da Terra, comemorado internacionalmente a 22 de abril, é um acontecimento que junta várias vozes em prol da ecologia e da sustentabilidade ambiental. A Ingka Centres pretende ter uma posição neste movimento, encarando o desafio como se todos os dias fossem o “Dia da Terra” e adotando uma postura cada vez mais sustentável na gestão das suas operações e outras iniciativas, com vista à neutralidade carbónica, ao zero desperdício e à sustentabilidade. Atualmente, metade dos centros comerciais da Ingka Centres já utilizam energia renovável e receberam certificações BREEAM “Em Uso”.
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Em 2020, tanto o MAR Shopping Algarve como o MAR Shopping Matosinhos receberam este certificado internacional de sustentabilidade, que teve em consideração o aumento de eficiência em vários parâmetros e os esforços na redução dos consumos de água, de energia e de resíduos produzidos dos dois centros. Além de consumirem 100% de energia renovável, ambos planeiam instalar em breve estações fotovoltaicas.
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Breves
Incubadora abre candidaturas para novos projetos A QRIAR
- Incubadora Criativa do Algarve tem abertas candidaturas para a segunda edição do seu programa de incubação. Esta é a primeira incubadora do interior do Algarve totalmente dedicada às Indústrias Culturais e Criativas. As candidaturas para a Incubadora QRIAR, que foi lançada em 2019 fruto de um projeto cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional FEDER no âmbito do programa Interreg V A España – Portugal (POCTEP) 2014-2020, pela mão da QRER - Cooperativa para o Desenvolvimento dos Territórios de Baixa Densidade, vão estar abertas até ao próximo dia 30 de abril.
Abertas inscrições para a Orquestra Europeia Virtual Estão abertas, até
25 de abril, as candidaturas para músicos de toda a Europa participarem na iniciativa do Dia da Europa da Orquestra Europeia Virtual. O objetivo é realizar conjuntamente uma versão especial do hino europeu («Hino da Alegria» de Beethoven) que será apresentada no dia 9 de maio de 2021, por ocasião do Dia da Europa em que se celebra a paz e a unidade na Europa e o aniversário da histórica Declaração Schuman. Este projeto é coordenado e organizado pelo recordista mundial da maior orquestra virtual, Jens Illemann, músico e professor que fundou a orquestra virtual #Corona-special. Para o Dia da Europa, Jens Illemann fez um arranjo para o hino europeu, combinando música clássica, swing e rock num estilo eclético.
Reabertura dos cinemas
Pelo menos 4.761 espectadores foram ao cinema na segundafeira, dia de reabertura das salas, seguindo o plano de desconfinamento em tempo de pandemia, revelou o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA). Das 561 salas de cinema existentes no país, e o ICA indica que, na reabertura, obteve dados de bilheteira de 333 salas.
PEÇA DE CIRCO CONTEMPORÂNEO VAI ESTREAR-SE ESTA SEXTA-FEIRA PELAS 21 HORAS EM FARO
Presencie ao vivo um espetáculo 💢 “Memórias” é o nome da peça de circo
contemporâneo que vai estrear na Casa das Virtudes, em Faro, no próximo dia 23 de abril pelas 21 horas. O espetáculo vai ter como tema principal a memória, num cenário onde tudo é idealizado para a perfeição
A
peça vai desenrolar-se com a história de dois escribas que se concentram em recolher memórias e vivências de outros seres humanos por todo o mundo, salienta a organização. Esta experiência irá ser o fio condutor para os levar numa viagem de sensações variadas, desde o bom ao mau e ao público é lançada, pela
organização, a questão “será que o discernimento destas duas personagens pelos seres humanos irá residir no amor e na compaixão, ou na desistência pelos seus atos que foram capazes de coligir pelas memórias das várias personas?”. Aos interessados, os bilhetes já se encontram à venda na Casa das Virtudes, em ticketline e nos locais habituais. Crianças dos três aos 10
RESTAURANTE O TACHO
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Estrada Nacional 125, Km 134 (junto à GNR) 8800-218 Tavira)
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anos, seniores com mais de 65 anos, artistas, desempregados e estudantes usufruem de descontos, mediante a apresentação de comprovativo. Para os que gostam de apostar na sorte está a decorrer um sorteio, que acaba nesta sexta feira, na página de Facebook da Casa das Virtudes. A iniciativa habilita que seja premiado com um convite duplo para a estreia do “Memórias” em que para participar é necessário seguir apenas alguns passos indicados pela página. O resultado vai ser divulgado ao público no sábado. A Casa das Virtudes localiza-se na estrada do Passeio Ribeirinho e dá à comunidade algarvia espetáculos no âmbito da cultura. O circo, a dança, a música e as artes plásticas envolvem
o público numa viagem repleta de arte, a cada visita ao estabelecimento. Gérald de Oliveira e Ricardo Morujo atualmente são produtores, diretores artísticos e intérpretes nesta casa, mas desde muito cedo que se interessaram pelo mundo das artes. Com um vasto currículo na área são ambos a cara do espetáculo que marca a reabertura da Casa das Virtudes à comunidade. Como agentes culturais, pretendem essencialmente centrar-se na “comunicação com a comunidade através das artes, contagiando com a sua vivacidade, a sua vertente interventiva, cultural e social”, através de um produto artístico diferenciado que vai em busca de unir várias artes, tendo como mais-valia as artes circenses. JS/CM
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BILHETE POSTAL
“Perante um quadro bucólico, caberá perguntar o que prevalece mais em S. Brás de Alportel: se o retrato romântico ou outra realidade mais dura por detrás do biombo” FOTOS D.R.
São Brás de Alportel
um miradouro de horizontes de mar e serra RAMIRO SANTOS Jornalista ramirojsantos@gmail.com
Nos dias felizes, solta-se a rolha e corre a festa. Regada com Dom Perignon ou Moet et Chandon. Porque para o melhor champanhe do mundo, só a melhor rolha de cortiça do mundo. E não há melhor cortiça do que a do montado de São Brás de Alportel. Mas fora a celebração dos dias que já conheceram tempos melhores, a vida ali corre pacata. Ruas de casas brancas em que se recorta a silhueta da torre sineira a anunciar os dias. São Brás de Alportel é um miradouro de horizontes de mar e serra. As paisagens, pintadas de verde, cheiram a alecrim e a rosmaninho. O medronheiro e o loendro põem uma nota de verde álacre nos montes redondos cobertos de estevas e sobreiros. Tal como por todo o Algarve, há rastos de árabes e romanos. E também de salteadores e almocreves. Por ali corre - a par da estradinha romana a estrada nacional número dois que, durante séculos, foi o único corredor de ligação entre o sul e as terras do norte. Noutros tempos, “não havia outeiro, batido pelo vento, que no seu cimo não tivesse o seu moinho. A ele conduziam um ou vários carreiros, percorridos vezes sem conta,
por mulheres e crianças, levando à cabeça o talego com um alqueire de trigo ou de milho”. E, sem deixar de seguir o olhar curioso de José Sobrinho, “não havia camponês ou moleiro que olhando o moinho e atento ao silvo dos búzios atados nas velas, não soubesse prever o tempo”. Como o mestre Paulino, ocupado na tarefa de lutar contra o seu moinho de vento: o moinho do Bengado que reconstituiu e que ali está a sinalizar o monte e a acenar aos céus. Só mesmo um D. Quixote, com a dedicação desinteressada dele, pode ainda trabalhar no seu moinho. Mais por teimosia de querer preservar um legado histórico e cultural. Uma forma de viver que acabou, sabendo que o seu testemunho económico só fará sentido se for entendido como representação de um processo de desenvolvimento que marcou o tempo, moeu o passado e matou a fome a muitas gerações. O projeto do município de S. Brás de Alportel consiste em integrar o moinho do Bengado e outros – a adquirir ainda pela autarquia - que pontificam nos cerros dos montes, num projeto de recuperação e valorização dos moinhos velhos abandonados. Criando um projeto molinológico que possa envolver não apenas a reabilitação desses moinhos, mas que seja capaz de reconstituir todo o ciclo económico associado à produção dos cereais, à vida na terra e à moagem. Integrando todo este conjunto num
itinerário de interesse turístico. Além do património que aqui gira pela força do vento, há o que a natureza oferece: os passeios de fim de semana pela serra, os poentes no crepúsculo da Soalheira e, numa pausa de descanso, aproveitar para provar o licor de alfarroba, os doces de figo e amêndoa, o mel e os chás de ervas do campo. Ou um copinho de medronho para retemperar forças. Perante este quadro bucólico, caberá perguntar o que prevalece mais: se o retrato romântico ou outra realidade mais dura por detrás do biombo. E tentar perceber se o desenvolvimento de uma economia local virada para os produtos da terra, pode ser a solução viável e suficiente para fixar as pessoas ao interior e à serra. Por ali, nasce e cresce a melhor cortiça do mundo. Uma riqueza e um património natural - sobrevivência de muita gente - que quase todos os anos se vê cercada e muitas vezes destruída pelas chamas. E como se não bastasse a devastação provocada pelos fogos, o montado tem vindo a confrontar-se com um inimigo silencioso e letal. De que é que morrem os sobreiros? É a interrogação perplexa que ecoa por montes e vales! Há um fungo – outros lhe chamam stress – que pode dizimar esta espécie se não for atacada a tempo. Como se não bastasse já a luta entre a cortiça e o plástico. A natureza e a indústria dos interesses. Um braço de ferro que, mais cedo ou mais
tarde, pode levar ao fundo a cortiça e o montado. Mas há outros motivos de interesse. Que não deixe de se ver a casa do cantoneiro e as memórias que guarda da vida e dos trabalhos daqueles antigos cuidadores da estrada. Aproveite-se também para uma visita ao museu do trajo instalado num edifício da arquitectura burguesa do século XIX. As exposições patentes que incluem uma mostra de trajos característicos do Algarve dos séculos XIX e XX, um núcleo de escultura religiosa popular, exemplares de antigas carroças algarvias e uma exposição de arreios e alfaias agrícolas. Além de tudo isso, S. Brás é terra de poetas. Existe um roteiro de fontes e poços, cada um deles associado a um poeta do concelho: Bernardo de Passos (o mais conhecido), João Brás, José Dias Sancho e José Vicente, um contemporâneo de Aleixo, como exemplos. É aquilo a que se pode chamar, com inspiração, fontes de poesia! Antes das despedidas, haverá sempre tempo para provar as iguarias da sua gastronomia com notória influência do mar e da serra, em combinações de que ninguém nunca mais se irá esquecer: xerém de camarão com toucinho fumado e amêijoas, trouxa de couve lombarda com bacalhau escalfado em azeite ou um arroz de pato inteiro no forno com salsa frita e alhos confitados. Por fim, inebriados pelo aroma das ervas do campo, deixemos perder
os sentidos nos doces e licores com sabor a natureza. E guarde-se como adeus, o sopro puro do vento que aqui vai assobiando histórias de outras mós e outras eras.
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CADERNO ALGARVE
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Lagos vais atribuir subsídios às associações culturais A Câmara de
Lagos aprovou a proposta de atribuição de subsídios às associações culturais do concelho. São vinte e duas entidades que se propõem dar continuidade à promoção de atividades que complementam e valorizam a oferta cultural do município nos seus diferentes eixos de atuação, os quais vão desde as artes do palco, às artes visuais, artesanato e colecionismo, entre outros. Em conjunto irão receber subsídios num valor global que ascende aos 273.235 euros, verba que pretende igualmente minimizar o impacto que a pandemia tem tido na atividade dos agentes culturais, tão fortemente fustigada pelas sucessivas e necessárias medidas de saúde pública adotadas de há um ano a esta parte.
Arte urbana renasce em pontos estratégicos de Portimão Parte do muro
exterior do Cemitério de Portimão vai beneficiar de uma intervenção artísticocomunitária pelas mãos do artista plástico Gonçalo MAR e de todos quantos se desejem associar ao original projeto “Fresque dos Vizinhos”, a decorrer entre 24 e 29 de abril. A ação, integrada no Programa de Apoio à Iniciativa Jovem, inclui um workshop de preparação nos dias 24 e 25 a cargo do artista, limitado à participação de 40 pessoas (idade mínima de 16 anos) e com inscrições gratuitas, a que se seguirá a pintura do mural entre 26 e 29 de abril.
"Cemitério das Âncoras" em Lisboa
Quatro novas exposições, que incluem trabalhos de Mónica de Miranda, Ilídio Candja Candja, Veronika Spierenburg, Nuno Barroso e João Vasco Paiva, num total de mais de 30 artistas, vão estar patentes até junho nas Galerias Municipais de Lisboa. Uma delas teve como ponto de partida o "Cemitério das Âncoras" na praia do Barril, concelho de Tavira, com várias centenas de pesadas âncoras que ali foram plantadas na areia e depois abandonadas, testemunho da indústria pesqueira do atum, em tempos próspera, mas que durante o último século entrou em decadência devido à pesca excessiva.
BEZARANHA – HÁ VENTOS QUE VÊM POR BEM!
Rede junta pela primeira vez os 16 municípios e a Direção Regional de Cultura do Algarve 💢 Todos os eventos são gratuitos e visam ir ao encontro da procura por iniciativas ao ar livre
O Algarve apresenta pela primeira vez uma programação cultural em rede que junta os 16 municípios e a Direção Regional de Cultura do Algarve, com mais de 200 iniciativas culturais até ao final do ano, algumas itinerantes Todos os eventos do projeto “Bezaranha – Há ventos que vêm por bem!” são gratuitos, visando ir ao encontro da procura por iniciativas ao ar livre, aliada à valorização do território, com atividades culturais em monumentos, sítios históricos e mesmo em locais não convencionais. “Muitos vão acontecer em museus, igrejas, fortes, monumentos, em zonas de contacto com a natureza e em locais menos habituais e numa itinerância regional”, afirmou à Lusa o coordenador cultural do projeto, Pedro Bartilloti. Segundo o responsável, a programação assenta em quatro pilares: “apoiar os artistas locais, potenciar o património natural e edificado da região, realizar pelo menos 60% dos eventos ao ar livre e itinerâncias entre municípios”. Forte do Beliche (Vila do Bispo), Fonte da Benémola e Minas de sal-gema (Loulé), Sítio das Fontes (Lagoa), Ruínas de Milreu e Ilha da Culatra (Faro), Monumentos Megalíticos de Alcalar (Portimão) ou serra de Silves, são al-
Bezaranha é uma expressão popular algarvia que significa ventania ou vendaval
guns dos locais por onde vai passar a programação. As propostas do Bezaranha – expressão popular algarvia que significa ventania ou vendaval - vão desde a música, ao teatro, dança, artes de rua, cinema, artes visuais e projetos multidisciplinares. A programação pode ser consultada na página de Internet do projeto bezaranha.pt -, sendo o resultado da contribuição de cada município, que “propôs a sua programação”, absorvendo as sugestões de itinerância para
se “chegar ao puzzle final”, notou. Segundo o coordenador, a intenção é fazer a “grande maioria dos eventos em locais com público”, mesmo que apenas com “30 ou 40 pessoas”, mas aqueles que se prevê que apresentem um “número considerável de elementos” vão acontecer ‘online’. Pedro Bartilloti sublinhou que a necessidade de adaptação às regras ditadas pelo combate à pandemia de covid-19 criou “maior proximidade e solidariedade entre municípios” e abriu portas a novas ideias.
FOTO D.R.
“Há uns anos seria impensável ver tantos eventos ao ar livre e ao longo de todo o território - já que muitos acontecem descentralizados em aldeias e locais do interior -, ou mesmo em monumentos e igrejas”, destacou. O projeto “Bezaranha – Há ventos que vem por bem!” resulta de uma candidatura que a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) submeteu no âmbito do Programa Operacional Regional do Algarve (CRESC Algarve 2020), aprovada em 30 de dezembro de 2020.
Lançada obra vencedora do 1° Prémio de Ensaio Histórico, da autoria de Marco Sousa Santos
O
livro do investigador Marco Sousa Santos, subordinado ao tema "Contributos para um dicionário dos pedreiros e canteiros com atividade em Faro no século XVIII", foi esta segunda-feira lançado. A obra foi publicada pela União das Freguesias de Faro em virtude de ter sido vencedora do 1° Prémio de Ensaio Histórico da UFF. Para Bruno Lage, presidente da União das Freguesias de Faro, “este livro agora publicado representa uma importante contribuição para a história da arte em Faro e no Algarve, revelando informação inédita sobre uma classe profissional que desempenhou um papel fundamental na reconstrução da cidade farense após o terramoto
de 1755, e cuja arte sobrevive até hoje em monumentos emblemáticos como a Igreja do Carmo, a Igreja de São Francisco e a Casa das Figuras”. O historiador tavirense Marco Sousa Santos, é licenciado em Património
Cultural e mestre em História da Arte pela Universidade do Algarve. Está atualmente a terminar o seu doutoramento em História da Arte pela Universidade de Coimbra e é autor de livros e artigos que versam sobretudo
temas relacionados com a arquitetura religiosa portuguesa da época Moderna e com a história e património da região algarvia. A acompanhar esta cerimónia de lançamento esteve o presidente do júri do prémio, Prof. Doutor Jorge Carrega que sublinhou que “este prémio destina-se a galardoar anualmente o melhor trabalho de investigação relacionado com a história, identidade e do património cultural farense, sendo um importante contributo na valorização e no aumento do conhecimento histórico sobre a cidade de Faro”, enaltecendo o trabalho que esta Junta de Freguesia tem executado, nos últimos anos, na promoção da cultura e do património de Faro.
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CAÇADORES DE HISTÓRIAS
O vento
Isabel Varandas, alentejana de berço mas algarvia pela vida” FOTOS D.R.
Caçadores de Histórias
Texto ISABEL VARANDAS
Este espaço está aberto à criatividade de todos os leitores que sempre imaginaram, um dia, poder tornar públicos os escritos dos cadernos escondidos nas suas gavetas do tempo. Hoje, Isabel Varandas, alentejana de berço mas algarvia embalada pela vida, fez-nos chegar esta história a que chamou simplesmente, “O vento”. Como o vento, há na vida detalhes que sopram e nos empurram por caminhos que não havíamos sequer alguma vez suspeitado. São as pequenas brisas, mais que as grandes tempestades, que determinam, tantas vezes, as nossas escolhas e os atalhos por onde seguimos. Esta história, que Isabel Varandas nos fez chegar nas asas do vento, é guiada pelo afeto e tem a profundidade das coisas simples. Porque afinal - já dizia o Principezinho - “o essencial é invisível para os olhos. Só se vê bem com o coração”. Se tiver histórias de vida, do quotidiano, suas ou de pessoas que conheça, atreva-se. Este espaço é seu. Escreva e envie-nos os seus textos para: jornalpostal@gmail.com
Um vestido comprido muito largo, cobre um jovem corpo, como um bambu ondulando ao ritmo da sua passada indolente. Jovem de olhos cansados, boca bem delineada, onde em tempos habitaram dentes saudáveis e hoje só resta a corrosão das cáries instaladas. Mãos delicadas, dedos longos; entre o indicador e o médio manchas de nicotina denunciam um cigarro permanentemente aceso. Um cabelo acastanhado há muito não lavado, despenteado cobre a sua cabeça. Nos pés sujos umas sandálias de muitas passadas. Aproxima-se da mesa onde me encontro sentada. «Senhora vai comer todo esse arroz?» Pergunta. Não, também restou esta carne, quer? «Anui-o». Sente-se aqui comigo e coma descansada. «Declinou». Chamo a atenção do empregado; peço uma dose para levar. O empregado afastou-se, ela esperou de pé junto à mesa, olhar vazio e distante. Retornou com o recipiente, que lhe foi entregue. Agradece e desaparece por entre a multidão. Aquele incidente perturbou-me. Afastei o prato, perdera o apetite. Vi nela a minha filha. O que lhe teria acontecido para estar a trilhar o lado obscuro da vida? “Há sempre um vento que nos impele, nunca o vemos, não lhe damos ordens, nem sabemos o que pretende´´. Para onde a terá levado?
DOIS MINUTOS PARA OS DIREITOS HUMANOS EDIÇÃO ESPECIAL Relatório sobre o estado dos direitos humanos no mundo em 2020
1. ÁFRICA SUBSARIANA
© AFP via Getty Images
Segundo o relatório anual da Amnistia Internacional sobre o estado dos direitos humanos no mundo em 2020, a pandemia revelou o terrível legado de políticas injustas. Em países como Moçambique, Camarões, Etiópia e Nigéria, o impacto das políticas divisórias e de vários conflitos armados foi agravado pela COVID-19. Verificaram-se graves ações de repressão aos direitos humanos, que incluíram mortes de civis e detenções, tal como aconteceu em Angola, no Uganda ou na Guiné.
2. AMÉRICAS
3. ÁSIA - PACÍFICO
A região das Américas foi a mais afetada pela pandemia. Segundo o relatório anual da Amnistia Internacional, a COVID-19 expôs e exacerbou as desigualdades sistémicas, a repressão e as políticas destrutivas pré-existentes. O relatório expõe como mulheres, refugiados, migrantes, profissionais de saúde, povos indígenas, pessoas negras e grupos historicamente marginalizados foram afetados e evidencia a como alguns líderes na região se aproveitaram da crise de forma egoísta.
4. EUROPA E ÁSIA CENTRAL 4
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A reposta à pandemia foi prejudicada por líderes que exploraram a crise para consolidar o poder e fomentar novos ataques aos direitos humanos na região. No relatório anual da Amnistia Internacional, em países como o Sri Lanka, Paquistão, China ou Nepal, destacam-se os ataques à liberdade de expressão, o aumento da violência de género, a falta de proteção de profissionais de saúde e o esquecimento de milhares de prisioneiros, deixando-os em situações de grande vulnerabilidade.
5. MÉDIO ORIENTE E NORTE DE ÁFRICA
O relatório mostra também como, em países como a Polónia, Hungria, Turquia ou Bielorrússia, a resposta à pandemia trouxe a normalização de medidas de emergência autoritárias. Alguns dos principais padrões identificados passam pela aprovação de legislação que criminaliza críticas relacionadas com a gestão da crise, a supressão da liberdade de expressão e imprensa, ou retrocessos em matérias de direitos das mulheres.
De acordo com o relatório, 2020 foi um ano trágico para prisioneiros, refugiados e minorias na região do Médio Oriente e Norte de África. Em países como Israel, Líbia, Arábia Saudita, ou outros, a COVID-19 ampliou desigualdades, divisões e a discriminação enraizada. Simultaneamente, as autoridades aproveitaram a pandemia para aumentar as restrições às liberdades e para punir severamente quaisquer críticas à resposta governativa à pandemia.
Veja o relatório completo em: https://amnistia.pt/relatorioanual
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NECROLOGIA REGIÃO
Bruno Filipe Torres Marcos Notário Cartório Notarial em Tavira EXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de justificação, outorgada em 16.04.2021, exarada a folhas 95 e seguinte do competente Livro n.º 179-A, que: - Cláudia Sofia Rosa do Nascimento Piçarra, e marido Nelson Miguel Martins do Nascimento Piçarra, naturais de Faro (Sé), Faro, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Estrada Nacional 514, caixa postal 697-Z, 8800-511 Santo Estevão; - Declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano, composto por casa de habitação térrea com vários compartimentos e logradouro, com a área total de 587,00 m2, sendo de 97,00 m2 a área coberta e de 490,00 m2 a área descoberta, que confronta do norte com caminho, do sul e do poente Cláudia Sofia Rosa do Nascimento Piçarra, e do nascente com Herdeiros de Gregório António Soares e outro, sito em Sinagoga, na freguesia de Luz de Tavira e Santo Estêvão, concelho de Tavira, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 4407, com o valor patrimonial tributário de 17.140,00 €, não descrito na competente Conservatória do Registo Predial; - Tendo alegado para o efeito que este prédio, com a indicada composição e área, veio à sua posse, ainda no estado de solteiros, por doação meramente verbal, em data imprecisa do ano 2000, e nunca reduzida a escritura pública, feita pelos avós da justificante mulher, José Francisco do Nascimento e Lucinda Maria, atualmente já falecidos, residentes que foram no sítio de Sinagoga, Santo Estevão; - Que, porém, desde aquele ano, portanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa-fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de serem os únicos titulares do direito de propriedade sobre o identificado prédio, e assim o julgando as demais pessoas, têm possuído o mesmo – demarcando o logradouro do imóvel e efetuando a sua limpeza, suportando os encargos ou despesas com a manutenção do edifício e ainda pagando contribuições e impostos devidos – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriram o referido prédio por USUCAPIÃO. Tavira e Cartório, em 16 de abril de 2021. O Notário, Bruno Filipe Torres Marcos Conta registada sob o n.º 2/1121. (POSTAL do ALGARVE, nº 1263, 23 de Abril de 2021)
Bruno Filipe Torres Marcos Notário Cartório Notarial em Tavira EXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de justificação, outorgada em 07.04.2021, exarada a folhas 127 e seguinte do competente Livro n.º 178-A, que: - Maria do Carmo da Conceição, NIF 108878988, viúva, natural de Santa Catarina da Fonte do Bispo, Tavira, onde também reside no sítio de Várzeas, caixa postal 939-A, 8800-168 Santa Catarina da Fonte do Bispo; - Declarou ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios rústicos, todos sitos na freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, não descritos na Conservatória do Registo Predial de Tavira: I) prédio rústico composto por terra de cultura, pastagem e diverso arvoredo, com a área de 2543 m2, sito no Cerro de Leiria, a confrontar do norte e poente com Manuel Dias, do sul com António Mendonça Lopes e outro, nascente com Manuel Eugénio Vasco Pires, inscrito na respetiva matriz predial sob o artigo 384; II) prédio rústico composto por terra de cultura, pastagem e alfarrobeiras, com a área de 55142 m2, sito no Laranjeiro, a confrontar do norte com Eduardo Belchior Gago, do sul com Maria da Conceição Martinho, nascente com Francisca da Conceição, e do poente com António C. Belchior Gago e outro, inscrito na respetiva matriz predial sob o artigo 396; III) prédio rústico composto por terra de cultura, pastagem e alfarrobeiras, com a área de 37876 m2, sito em Barrocais, a confrontar do norte com Lúcio Gualdino Romão, do sul com ribeiro, nascente com João Luís Estevão e outro, e do poente com Manuel da Luz e outro, inscrito na respetiva matriz predial sob o artigo 689; - Tendo alegado para o efeito que estes prédios, com a indicada composição e área, vieram à sua posse em data imprecisa do ano de 1975, já no estado de viúva de Paulino Gago das Neves, por partilha meramente verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita por óbito de seus pais Manuel António e Manuela da Conceição, residentes que foram no sítio da Espartosa, em Santa Catarina da Fonte do Bispo; - Que, assim, justifica os referidos imóveis, porquanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesar quaisquer direitos de outrem e ainda convencida de ser titular do respetivo direito de propriedade e assim o julgando as demais pessoas, tem possuído aqueles prédios – semeando a terra, tratando das culturas, colhendo os respetivos frutos, amanhando e limpando a terra, tratando das árvores, e deles retirando os respetivos rendimentos – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriu os referidos prédios por USUCAPIÃO, o que invoca. Tavira e Cartório, em 06 de abril de 2021.
Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. C.F.
Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. T.S.
Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. D.F.
Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. A.G.
(POSTAL do ALGARVE, nº 1263, 23 de Abril de 2021)
YULIYAN VALERIEV HADZHIEV
JOSÉ EMILIANO NETO
ASSIS MANUEL DOS REIS SOARES
31-07-1960 07-04-2021
06-08-1933 13-04-2021
19-01-1945 18-04-2021
Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.
Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.
Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.
SATOVCHA - BULGÁRIA LUZ E SANTO ESTÊVÃO - TAVIRA
MONCARAPACHO - OLHÃO SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA
LUZ - TAVIRA SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA
Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.
Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.
Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.
O Notário, Bruno Filipe Torres Marcos Conta registada sob o n.º 2/965.
CADERNO ALGARVE
Postal, 23 de abril de 2021
23
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CONTACTO 918 155 015 Bruno Filipe Torres Marcos Notário Cartório Notarial em Tavira EXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO
Bruno Filipe Torres Marcos Notário Cartório Notarial em Tavira CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de justificação, outorgada em 12.04.2021, exarada a folhas 42 e seguinte do competente Livro n.º 179-A, que:
- Declarou ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do prédio rústico composto por terra de cultura com arvoredo, com a área de 4544,00 m2, a confrontar do norte com António Jorge Estêvão, do sul com António Gago, do nascente com Manuel Dias e do poente com caminho, no Sítio do Serro de Leiria, freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 648, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira; - Tendo alegado para o efeito que este prédio, com a indicada composição e área, veio à sua posse, no estado de solteira, menor, por compra meramente verbal, nunca reduzida a escritura pública, feita em data imprecisa do ano de 1978, a João Martins Caetano, solteiro, maior, já falecido, residente que foi no Sítio da Carrasqueira, em Santa Catarina da Fonte do Bispo; - Que, porém, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa-fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesar quaisquer direitos de outrem e ainda convencida de ser titular do respetivo direito de propriedade e assim o julgando as demais pessoas, tem possuído aquele prédio – semeando a terra, tratando das culturas, colhendo os respetivos frutos, amanhando e limpando a terra, e dele retirando os respetivos rendimentos – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriu o prédio por USUCAPIÃO, o que invoca. Tavira e Cartório, em 12 de abril de 2021. O Notário, Bruno Filipe Torres Marcos Conta registada sob o n.º 2/1041. (POSTAL do ALGARVE, nº 1263, 23 de Abril de 2021)
III) um quarto (1/4) para os primeiros e três quartos (3/4) para os segundos do prédio rústico, sito em Courela do Corgo da Zorra, que consta de terra de pastagem e cultura e oitenta azinheiras, com a área de 48050 m2, a confrontar de Norte e Sul com caminho público, Nascente com José Inácio e outros e Poente com António Viegas e outros, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 32975; - Sendo que estes dois prédios tiveram proveniência no prédio rústico inscrito na matriz sob o artigo 20894 da mesma freguesia, por divisão do mesmo, por atravessamento de caminho público, que originou o processo de discriminação número PA1761/19, no Serviço de Finanças de Tavira; - Tendo alegado para o efeito que o prédio identificado na verba um e o prédio que deu origem aos prédios identificados nas verbas um e dois, vieram à sua posse, com a indicada composição e área e nas indicadas proporções, em data imprecisa do ano de 1998, por partilha meramente verbal e nunca reduzida a escritura pública, na sequência dos óbitos de António Gonçalves e Ana Maria dos Ramos, residentes que foram em Vale João Farto, Cachopo, pais do primeiro outorgante marido e avós do segundo outorgante marido; - Que, porém, há mais de vinte anos, têm semeando a terra, amanhando-a e limpando-a, tratado das culturas e árvores, colhido os respetivos frutos, neles pastando os animais, dele retirando os respetivos rendimentos e pagando os devidos impostos e contribuições, agindo com a convicção de serem comproprietários daqueles imóveis, nas respetivas proporções e como tal sempre por todos foram reputados;
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Bruno Filipe Torres Marcos Notário Cartório Notarial em Tavira EXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de justificação, outorgada em 18.03.2021, exarada a folhas 115 e seguinte do competente Livro n.º 177-A, que: - Helena Cristina Mendonça Carepa, natural de Prenda, Luanda, Angola, divorciada, residente na Aldeia de Marim, Bloco Dinamarca, Letra A, 8700-201 Olhão; - Declarou ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios rústicos, todos sitos na freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, não descritos na Conservatória do Registo Predial de Tavira: I) prédio rústico sito em Ribeira e Bemparece, composto por terra de cultura e pastagem com árvores, com a área de 2480 m2, que confronta a Norte com José Martins Pereira, Nascente com caminho, Sul com Avelino António Martins e Poente com ribeiro, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 5909, com o valor patrimonial tributário de 60,30 €; II) prédio rústico sito em Ribeira e Bemparece, que consta de terra de cultura com árvores, com a área de 1480,00 m2, a confrontar do Norte com Avelino António Martins, Nascente com ribeiro, Sul com José Martins Pereira e Poente com caminho, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 6007, com o valor tributável de 53,10 €; III) prédio rústico sito em Ribeira e Bemparece, que consta de terra de cultura com árvores, com a área de 1360,00 m2, a confrontar do Norte com Avelino António Martins, Nascente com ribeiro, Sul com Laura da Conceição e Poente com caminho, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 6013, com o valor tributável de 103,37€; IV) prédio rústico sito em Ribeira e Bemparece, que consta de terra de cultura com árvores, com a área de 1360,00 m2, a confrontar do Norte com Maria José Carepa, Nascente com ribeiro, Sul com Avelino António Martins e Poente com caminho, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 6014, com o valor tributável de 99,12 €;
- Segundos: Rogério Rodrigues Gomes, e mulher Maria de Sousa Gomes, casados sob o regime da comunhão geral de bens, também naturais da freguesia de Cachopo, residentes na Estrada Nacional 125, Vivenda Gomes, caixa postal 310-A, Celões, 8100-287 Loulé;
II) um quarto (1/4) para os primeiros e três quartos (3/4) para os segundos do prédio rústico, sito em Courela do Corgo da Zorra, que consta de terra de pastagem, cultura e cem azinheiras, com a área de 135.325,00 m2, a confrontar do Norte com caminho público, Sul com João Alves Vilão e outros, Nascente com José Inácio e outros e Poente com António Viegas e outros, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 32974;
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- Cláudia Paula Gago Pedro, divorciada, natural de São Brás de Alportel, onde reside no Largo do Mercado, n.º 13, 8150-108 São Brás de Alportel;
- Primeiros: José Gonçalves e mulher Maria José Rodrigues, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, onde residem em Vale do Odre, caixa postal 502-Z, 8800-028 Cachopo;
I) metade para cada um do prédio rústico, sito em Ribeiro da Foupana – Redonda Herdade da Corte Pequena, que consta de terra de cultura e dez oliveiras, com a área de 6450,00 m2, a confrontar do Norte com Ribeira da Foupana, Sul e Poente com António Estevens e Nascente com António Rodrigues, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 19391;
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EXTRATO DE ESCRITURA DE JUSTIFICAÇÃO
CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de justificação, outorgada em 09.04.2021, exarada a folhas 13 e seguinte do competente Livro n.º 179-A, que:
- Declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios rústicos, a seguir identificados, sitos na freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, não descritos na Conservatória do Registo Predial, nas seguintes proporções:
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MUNICÍPIO DE CASTRO MARIM UNIDADE ORGÂNICA DE ADMINISTRAÇÃO URBANISTICA
EDITAL Dr. Francisco Augusto Caimoto Amaral Presidente da Câmara Municipal de Castro Marim TORNA PÚBLICO, que por seu despacho de 06/04/2021, exarado no processo nº. 09-16/2020, em nome de Daniel Machado de La Roque Meireles referente á colocação de uma casa pré-fabricada em madeira que serve de habitação permanente, sito em Barrinha/ Azinhal, sem qualquer licenciamento camarário para o efeito atendendo à impossibilidade de notificar por outras vias e tendo-se frustrado as tentativas de notificação por carta registada, vem a Câmara Municipal dar conhecimento de que dispõe do prazo de 30 (trinta) dias para proceder á eventual legalização do executado sem licença camarária para o efeito, o que sem prejuízo da responsabilidade civil, criminal ou disciplinar, tal comportamento e atuação é punível como contraordenação, com a coima prevista no n.º 2 do art.º 98.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, com a redação dada pelo D.L. n.º 136/2014, de 9 de setembro (R.J.U.E.).
- Que aqueles prédios foram possuídos dentro de um espírito de compropriedade, participando nas vantagens e nos encargos dos mesmos na proporção da quota de cada um e respeitando reciprocamente o uso a que os consortes têm direito, verificando-se assim uma situação de composse;
Findo esse prazo e sem que o particular dê cumprimento, à reposição da legalidade urbanística, a Câmara Municipal no cumprimento do Regulamento Jurídico da Urbanização e Edificação, tomará as medidas previstas no referido regime.
- Que nestes termos, os justificantes vêm exercendo a composse sobre os mencionados prédios, com a indicada composição, ostensivamente, à vista de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, em paz, continuamente, há mais de vinte anos, pelo que a propriedade dos mesmos foi por eles adquirida por usucapião, nas referidas proporções.
Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares designados por Lei e ainda publicitados no Jornal do Algarve e Postal do Algarve.
Tavira e Cartório, em 09 de abril de 2021.
Castro Marim 07 de abril de 2021
O Notário,
O Presidente da Câmara
V) prédio rústico sito em Ribeira e Bemparece, que consta de terra de cultura com árvores, com a área de 270,00 m2, a confrontar do Norte e Poente com Avelino António Martins, Nascente com ribeiro e Sul com João Martins, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 6016, com o valor tributável de 48,85 €; VI) prédio rústico sito em Porto Carvalhoso, que consta de terra de cultura com árvores, com a área de 1680,00 m2, a confrontar do Norte com Maria José, Nascente com Inácio Viegas, Sul com Fernando Amaro Correia Luís e Poente com caminho, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 3324, com o valor tributável de 104,90 €; VII) prédio rústico sito em Porto Carvalhoso, que consta de terra de cultura com árvores, com a área de 1680,00 m2, a confrontar do Norte com caminho, Nascente com Inácio Viegas, Sul com Laura da Conceição e Poente com caminho, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 3325, com o valor tributável de 104,90 €; VIII) prédio rústico sito em Alqueivinho, que consta de terra de cultura com árvores, com a área de 2720,00 m2, a confrontar do Norte, Nascente e Sul com Luís Martins e Poente com ribeiro, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 3175, com o valor tributável de 427,99 €; IX) prédio rústico sito em Alqueivinho, que consta de terra de cultura com árvores, com a área de 1430,00 m2, a confrontar do Norte e Poente com Luís Martins, Nascente com Avelino António M e outro e Sul com ribeiro, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 3176, com o valor tributável de 90,51 €. - Tendo alegado para o efeito que os prédios identificados em I, II, IV, VI e VIII vieram à sua posse, em data imprecisa do ano 2000, no estado de divorciada de Paulo Rui Fernandes Madeira, por doação meramente verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita por sua tia-avó Laura da Conceição, que também era conhecida por Laurinda da Conceição e por Lucinda da Conceição, viúva, residente que foi na Rua das Freiras, em Tavira; - Que tomou posse dos prédios identificados em III, V e VII em data imprecisa do ano 2000, também no estado de divorciada do referido Paulo Madeira; - Que o prédio identificado em IX, veio à sua posse, também no estado de divorciada do referido Paulo Madeira, em data imprecisa do ano 2000, por doação meramente verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita por sua tia-avó Maria da Conceição, solteira, residente que foi no Alto de Sant’Ana, em Tavira; - Não tendo deste modo título que lhe permita fazer o registo dos prédios em seu nome. - Que, assim, justifica os referidos imóveis, porquanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesar quaisquer direitos de outrem e ainda convencida de ser titular do respetivo direito de propriedade e assim o julgando as demais pessoas, tem possuído aqueles prédios – semeando a terra, tratando das culturas, colhendo os respetivos frutos, amanhando e limpando a terra, tratando das árvores, e deles retirando os respetivos rendimentos – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriu os referidos prédios por USUCAPIÃO, o que invoca. Tavira e Cartório, em 18 de março de 2021. O Notário, Bruno Filipe Torres Marcos
Bruno Filipe Torres Marcos Conta registada sob o n.º 2/1009. (POSTAL do ALGARVE, nº 1263, 23 de Abril de 2021)
Dr. Francisco Augusto Caimoto Amaral (POSTAL do ALGARVE, nº 1263, 23 de Abril de 2021)
Conta registada sob o n.º 2/774. (POSTAL do ALGARVE, nº 1263, 23 de Abril de 2021)
Baleia "rebocada" Tartarugas mortas indignam população João Pontes, coordenador da Rede de Arrojamentos do Algarve (RAALG), refere ao Postal do Algarve que “com o aumento da temperatura da água do mar que se dá normalmente a partir do mês de abril, as tartarugas que viajam nas correntes mais quentes aproximam-se de terra ficando vulneráveis às artes de pesca, nomeadamente redes de emalhar”. Embora o fenómeno recente não tenha uma causa única, o motivo da morte de muitas tartarugas não é determinado porque não são apresentadas evidências óbvias. No entanto, “quando é possível obter uma causa, trata-se da captura acidental provável. Os animais têm todos boa condição física, com bastante conteúdo estomacal o que indicia uma morte traumática. Em alguns casos os animais têm mesmo evidências de contacto com seres humanos, retratados através de restos de redes e até ausência de algumas partes do corpo devido a artes de pesca”, esclarece João Pontes. Em casos de avistamento de arrojamento de cetáceos e tartarugas na costa, o alerta direto pode ser realizado aqui para ser encaminhado automaticamente para o email dos membros da equipa responsável. Depois de estar ciente da ocorrência, a RAALG dirige-se ao local em questão para recolher os animais juntamente com as entidades competentes. De seguida, procede às autópsias para análises no laboratório localizado na Quinta de Marim, em Olhão. A Rede de Arrojamentos do Algarve engloba uma equipa de biólogos do Centro de Ciências do Mar e Universidade do Algarve que se encontra ativa a tempo inteiro para responder a arrojamentos de cetáceos e tartarugas marinhas mortas por toda a costa algarvia na extensão de linha litoral, compreendida entre Odeceixe e Vila Real de Santo António.
Zoomarine reabre a 19 O Zoomarine, na Guia em Albufeira, prepara-se para reabrir a 19 de maio e a azáfama é grande. Muitas áreas do parque voltam agora à vida, no entanto, outras sempre continuaram a trabalhar e até a crescer: é o caso do “Américas” onde habitam espécies endémicas do continente americano. Ainda que as viagens nos dias que correm estejam mais limitadas, um casal de Aracaris-limão (Pteroglossus viridis) e um Tatu-bola (Tolypeutes matacus) de nome Poco Loco, encontraram o seu caminho até ao Zoomarine, vindos de parques na Polónia e Áustria, respetivamente. Os três integram agora a coleção zoológica do Américas, sendo mais um importante veículo para aumentar o conhecimento sobre a biologia e ecologia das espécies, crucial para a sua preservação. Os ingressos para qualquer data da temporada 2021 podem ser comprados até ao final de abril com 30% de desconto.
As autoridades marítimas conseguiram rebocar para zona segura a baleia que encalhou na terça-feira numa praia de Vila Real de Santo António, faltando agora remover o animal do local, disse o capitão do porto Durante a manhã de quarta-feira, com a maré cheia, foi possível rebocar o cetáceo morto desde a zona ponte do molhe da barra do Guadiana, na praia de Santo António, em Vila Real de
Santo António, no distrito de Faro, para uma área fora de água já na foz do rio, pertencente à autoridade marítima, a Docapesca, explicou à agência Lusa o capitão do porto local, Rui Vasconcelos Duarte. A baleia foi transportada “para uma área de estaleiro, em terra, em zona da autoridade portuária, a Docapesca, que está a procurar uma forma de conseguir retirar o animal do local para ser removido, eventualmente para aterro”, afirmou a mesma fonte. “Fez-se o reboque até aquela zona e a baleia foi
Últimas Inaugurados primeiros postos de carregamento elétrico ultrarrápido
depois puxada para terra por uma grua, utilizada para colocar e retirar embarcações da água”, acrescentou o capitão do porto algarvio, reconhecendo que “quanto mais célere for a operação de remoção da baleia melhor”, devido à decomposição do corpo. O cetáceo foi encontrado morto na terça-feira de manhã, na praia de Santo António, mas foi durante o dia arrastado pelo vento para o lado poente do molhe da barra do rio Guadiana, onde permaneceu até ser retirada para a zona sob jurisdição da Docapesca.
Foram inaugurados esta quarta-feira, na área de serviço de Almodôvar (Beja) na A2, os primeiros postos de carregamento elétrico ultrarrápido instalados numa autoestrada nacional, o que assinalou o início da rede Via Verde Electric. Na ocasião, o presidente executivo da Brisa revelou que o tráfego nas autoestradas concessionadas à empresa “caiu mais de 25%” em 2020, face a 2019, devido à covid-19, mantendo-se essa tendência este ano. “Ainda neste primeiro trimestre de 2021”, em comparação com períodos homólogos, “o tráfego caiu face a 2019 quase 40% e relativamente a 2020 quase 30%”, acentuou Pires de Lima.
Partidos facilitam, mas pouco, autárquicas aos independentes A Lei au-
tárquica contestada pelos Grupos de Cidadãos Eleitores foi corrigida, mas não revertida na íntegra, como defendiam CDS, PAN, BE ou IL. Esta quarta-feira, a Comissão de Assuntos Constitucionais aprovou a revisão da Lei Autárquica que vai permitir os independentes poderem concorrer à Câmara e Assembleia Municipal com o mesmo nome, símbolo e sigla, mas não a todas as freguesias, como reivindicavam os movimentos apartidários.
“Operação Triângulo”, aprovado levantamento de imunidade A comissão 25 DE ABRIL Castro Marim celebra o 47º aniversário da Revolução 25 de Abril de forma especial, tentando "resgatar um pouco da cultura e da vida em comunidade que tivemos que sacrificar nos últimos meses, respeitando as contingências ainda vigentes". Das comemorações faz parte o regresso da iniciativa “Um Livro Roubado”, que assinala o Dia Mundial do Livro (23 de abril) e que concilia este período de desconfinamento com a nova abordagem de comunicação da Biblioteca Municipal de Castro Marim, que se pretende mais aberta e próxima da comunidade. No dia solene, 25 de abril, após o Hastear da Bandeira (9:00) com a Banda Musical Castromarinense, a Praça 1º de Maio volta a ser palco da tradicional Largada de Pombos. Para evitar ajuntamentos, a autarquia castromarinense vai transmitir as celebrações online. Ao longo do dia, vários artistas do território passam pelas principais localidades do concelho, com pequenas atuações, também transmitidas em direto no facebook do Município. O grande momento do dia está guardado para as 19:00, com um concerto online de Pedro Jóia, apresentação do seu novo álbum “Zeca”, um dos mais conceituados guitarristas portugueses num
tributo a dos maiores nomes da música nacional, Zeca Afonso. E se foi a música que deu início à Revolução dos Cravos, é também a música que tenta agora quebrar o isolamento da população do concelho que vive mais isolada. O projeto é do CLDS 4G “Castro Marim (COM)Vida” e chama-se “A Música Bate à Porta”. E bate mesmo. Agora integrado nas comemorações do 25 de abril, o projeto leva dois acordeonistas a percorrerem as ruas dos montes com tradicional música portuguesa. Com regras muito restritas naquilo que é o contacto interpessoal no contexto pandémico, é permitido que se juntem as pessoas do mesmo agregado familiar. Durante toda esta semana, a Bibliomóvel leva também um pouco de abril e distribui cravos e poemas de liberdade às populações que vai visitando. Por último, o repto que a autarquia lança à comunidade, uma caminhada pela liberdade! Para se juntar ao movimento “Respirar Liberdade”, basta inscrever-se no Gabinete de Apoio ao Munícipe (nº 281 510 778), onde lhe será oferecida uma t-shirt. Esperamos pelas suas partilhas (fotografias/vídeos) no facebook ou instagarm - #municipio_castromarim.
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7 de Maio
de Transparência aprovou esta terça-feira um relatório favorável ao levantamento da imunidade parlamentar ao deputado António Gameiro (PS), envolvido na "Operação Triângulo", que levou à detenção da presidente da Câmara de Vila Real de Santo António. A decisão foi tomada por unanimidade na reunião da comissão de Transparência e do Estatuto dos Deputados. O parecer ainda tem que ser votado pelo plenário da Assembleia da República. António Gameiro retirou a candidatura à Câmara de Ourém, demitiu-se da presidência da concelhia e vai manter-se como deputado. A decisão surgiu na sequência de o parlamentar ter sido considerado suspeito na "Operação Triângulo", que levou à detenção da presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Conceição Cabrita (PSD).