Semear Saúde
O poder da hipnose na promoção da saúde
Edição nº 13 | Julho 2017
A Associação Semear Saúde tem à disposição de todos, sessões de hipnose que podem ser uma ferramenta excepcional na resposta a diferentes problemas, quer como terapia autónoma, quer como terapia coadjuvante das mais variadas áreas da medicina. Saiba mais sobre esta poderosa arma nesta edição do Semear Saúde nas palavras de Cláudia Brito.
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ps. 6 e 7
Psicologia & comportamento alimentar:
As motivações da fome por Filipa Nobre
p. 5
MindScape:
Tenha a sua mente como uma poderosa aliada p. 3
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Semear Saúde editorial
Exercício, saúde e bem-estar
Bem-vindos ao Verão… Estamos numa altura do ano em que muitos portugueses estão ou se preparam para gozar umas merecidas férias, após um ano de trabalho cansativo. A maior parte escolhe desfrutar das praias, dos relaxantes banhos de sol e de água salgada para revitalizar-se e assim ganhar forças durante o período de férias. Recarregar baterias, como muitos costumam dizer. Durante as férias, porque não têm as preocupações profissionais e porque desfrutam da vida como lhes apetece, as pessoas parecem-me mais felizes e saudáveis. Tornam-se menos impertinentes. Mais tolerantes. Riem mais. Estão mais livres… Toda essa liberdade manifes-
exercício físico
Numa sociedade cada vez mais problemática, repleta de doenças metabólicas e cardiovasCláudia Brito culares, cabe a nós, em Presidente da Associação primeiro lugar, evitar Semear Saúde esta realidade.
Conseguimos envolver muitas pessoas no exercício físico mas ainda faltam muitas mais para serem envolvidas nas mais variadas vertentes da actividade física. Cabe a ti, cabe a nós, in-
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centivar quem está ao nosso lado, para começar a mexer o corpo. Bem que precisa deste movimento, desta envolvência, desta socialização, desta motivação tão benéficas.
associacaosemearsaude@gmail.com
Rui André
Personal trainer www.ruiandrecoaching.com
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(Linguagem Corporal), que são altamente eficazes na resolução de diversos problemas. Para saber mais sobre a hipnose e as suas aplicações pode ler tudo sobre esta terapia nas páginas seis e sete. Nesta edição, pode ainda seguir os saudáveis conselhos da nossa colaboradora Angela Oeiras para confeccionar pratos d.r.
Rui André e algumas das suas alunas de personal training
Estamos num bom caminho para incentivar todas as pessoas a presenciarem estes benefícios, este bem-estar, esta forma de retardar o envelhecimento e torná-lo cada vez mais saudável. A forma mais saudável de viver, é prevenir. Pratique exercício físico e viva mais anos. São simultaneamente desafios e verdades incontestáveis para todos os que desejam uma maior qualidade de vida. Acima de tudo, importar estar bem através da prática de exercício físico e isso vê-se nas pessoas que o praticam. Sê o exemplo para quem olha para ti todos os dias, sê o exemplo para quem olha para ti como um ídolo, sê o exemplo para quem admira todo o teu esforço.
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A Semear Saúde tem várias terapias ao dispor ta-se no físico. Não é só o sol que bronzeia a pele e nos deixa com uma tonalidade mais saudável, é também o impacto do bem-estar que trespassa a nossa pele. E, como tudo o que se passa no interior é mostrado cá fora… olhamos para os nossos corpos e rostos e vemos mais despreocupação, menos stress, mais alegria e, claro, mais saúde. Ainda assim, muitos caem em exageros. Excesso de comida, excesso de álcool, sono insuficiente, excesso de sol, devem ser evitados para que não comprometamos a nossa saúde. Para aqueles que se encontram com falta de saúde, em condições mais complicadas, aconselhamos que procurem saber mais sobre algumas terapias que temos ao dispor, como a Hipnose e o Body Talk
que o mantêm saudável. Um novo colaborador, Rui André, fala-nos dos benefícios do exercício físico, para que nos consciencializemos da importância do mesmo para a nossa saúde. Também a psicóloga Filipa Nobre nos fala no seu artigo sobre as motivações da fome, na página cinco. Como vamos arrancar com uma formação em Outubro, pedimos ao formador Celso Juc para nos falar mais detalhadamente da ferramenta – MindScape – e quais as suas aplicações nas áreas de negócios, artística, desportiva e na saúde. Pode saber tudo sobre o MIndScape na página três, nomeadamente que esta ferramenta tem o poder de despertar todo o seu potencial. Aproveite as suas férias, aproveite a vida Abraço carinhoso.
Estar melhor, sentir-se melhor, são os desafios
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Semear Saúde
psicologia
Formação MindScape: a genialidade ao seu alcance A força da nossa mente, o poder que detém sobre o nosso corpo e sobre a nossa vida são manifestamente aproveitados de forma insuficiente.
tros desportos) e negócios (para empoderar empresários e negociantes). O princípio do MindScape é simples, mas altamente eficaz. Há um determinado estado mental, o estado alfa (um estado discernível experimentalmente e quantitativamente), que é mais propício à criatividade e intuição do que outros. Génios de renome e inventores como Edison, Tesla, Einstein e Mozart têm sido conhecidos por utilizar os seus próprios métodos de ascender a este estado, a fim de originar ideias criativas. Hoje, com o MindScape você pode adquirir essas habilidades para a sua vida. A formação é a base de trabalho de quem deseja ver-se capacitado para usar o o MindScape e, para tanto, a Semear Saúde vai disponibilizar uma formação alargada de três dias para quem deseja conhecer melhor esta terapêutica e todos os seus meandros e para quem quer poder ficar qualificado para a sua aplicação a pacientes.
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Ficamos muito aquém daquilo que poderíamos atingir se soubéssemos gerir de forma mais adequada e eficiente. É exactamente aqui que a ferramenta MindScape pode ser muito útil para todos, dos profissionais de saúde aos atletas, dos artistas aos professores e educadores, e mesmo para todos em geral, uma vez que esta vai despertar todo o potencial da nossa mente. Por outras palavras, através de várias técnicas, o MindScape, coloca-nos num estado mental - alfa - que nos permite manifestar os nosssos poderes latentes.
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O que é o MindScape Ao longo dos séculos, muitos indivíduos e grupos descobriram que certas técnicas permitem que a mente possa produzir os seus poderes latentes, premiando o usuário com a capacidade de atingir habilidades excepcionais e com a possibilidade de conseguir mais na vida e da vida. Muitos inventores utilizaram e utilizam técnicas específicas para ter o seu pensamento criativo aumentado, alcançando resultados que, muitas vezes, transcendem os limites do que fomos condicionados a aceitar como limites
Três dias de formação destinados a todos
Método MindScape tem múltiplas aplicações normais da capacidade mental. Essas técnicas são ensinadas no MindScape e podem ser utilizadas na área artística (actores, guionistas, escritores, bloggers, músicos, pintores, web desig-
ners, etc.), saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, osteopatas, veterinários, terapeutas de medicinas alternativas e complementares), desportos (atletas, golfistas, jogadores de futebol e de ou-
Já em Outubro, nos dias 20, 21 e 22, o especialista brasileiro Celso Juc vir ao Algarve dar uma formação sobre o método MindScape. Três dias com o engenheiro que se tornou um nome incontornável desta
fotos: d.r.
Celso Juc dará formação sobre o método MindScape abordagem terapêutica do outro lado do Atlântico e que traz a Portugal a experiência de anos de prática na aplicação do MindScape, ferramenta que está entre as mais inovadores do mundo na actualidade. Uma oportunidade única de cruzar informação e aprender tudo acerca desta terapia com um especialista de referência que apenas dará em Portugal esta formação. As inscrições podem ser realizadas na Associação Semear Saúde pelo correio electrónico associacaosemearsaude@ gmail.com ou pelos contactos telefónicos 281 320 902 ou 926 485 533.
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Semear Saúde nutrição
Sopas frias de Verão Depois da China, Portugal é o segundo pais do mundo mais consumidor de sopa, e temo-las desde as mais simples às mais contundentes e todas elas deliciosas. Uma base para uma alimentação saudável que até para o Verão tem
soluções frescas, convidativas e apetecíveis. Quando chega o Verão temos a tendência de deixar de consumi-las por serem uma refeição quente e pouco apetecível com o tempo quente que se faz sentir. No entanto, existem mui-
Gaspacho de melancia
tas receitas de sopas frias que além de deliciosas estão carregadas de vitaminas e minerais que poderão tornar-se na entrada ideal de um almoço em família ou com os amigos numa tarde quente de festa ou petiscos. A minha sugestão este mês são três sopas fresquinhas
com ingredientes simples mas muito saborosas e refrescantes, um “salmorejo”, sopa típica de Córdoba - Espanha, um gaspacho de melancia e uma sopa de iogurte com pepino. Apenas três das inúmeras soluções possíveis para manter na sua refeição este
Salmorejo
fotos: angela oeiras
Tipicamente alentejano, o gaspacho tem actualmente muitas versões, desde a sua confecção e apresentação aos ingredientes utilizados. Há quem elabore o gaspacho com todos os ingredientes cortados em pequenos cubinhos misturados com água e pão, eu pessoalmente gosto do gaspacho com uma base cremosa e gosto também de lhe adicionar frutas, como a melancia, cerejas, morangos, etc… que lhes adicionam um toque mais doce a esta sopa fresquinha de tomate. ÔÔ Ingredientes: 3 taças de melancia sem pevides e cortada em cubos 3 tomates pelados e bem maduros ½ pepino pelado Sal Pimenta preta Azeite Coentros ÔÔ Preparação: Num liquidificador, Bimby ou com a varinha mágica, colocar todos os ingredientes menos os coentros e triturar até obter um creme liso. Servir bem frio com cubos de melancia, uma rodela de pepino e os coentros picados.
Típico de Córdoba – Espanha, o salmorejo é um creme elaborado através de um esmagado de pão com alho, azeite, sal e tomates. Devido ao uso de pão esta sopa é mais como um puré e é um alimento que tem uma preparação simples e económica. Serve-se fresquinho como uma entrada e/ou também, caso se prepare mais cremoso, como um molho para acompanhar fritos. ÔÔ Ingredientes: 1 kg de tomates pêra pelados e bem maduros 200 gr de pão branco 100 gr de azeite 1 dente de alho Sal ÔÔ Preparação: Colocar dentro de um liquidificador (ou na Bimby ou com a varinha mágica) os tomates pelados com o alho até obter um creme liso. Juntar o pão (sem côdea), o sal e o azeite e deixar descansar uns minutos até o pão absorver o líquido do tomate e voltar a triturar até obter um creme muito liso e homogéneo. Decorar com um fio de azeite e folhas de hortelã ou outra erva fresca a gosto.
elemento essencial a uma alimentação equilibrada. Agora que já sabe, já não há desculpas para não tirar o melhor partido dos vegetais e frutas à sua mesa em pleno estio e sob a forma de uma leve e reconfortante sopa. Fria ou quente não há melhor.
fotos: d.r.
Angela Oeiras
Formadora na Escola Hoteleira de V.R.S.A., blogger www.angelaoeiras.com
Sopa de pepino e iogurte
Esta sopa muito rápida e simples de fazer é uma entrada deliciosa e refrescante para um almoço ou petisco a meia tarde, a quantidade dos ingredientes pode variar segundo queira uma sopa mais cremosa para comer com colher, ou mais liquida para beber, as duas opções são igualmente boas. Se quiser uma sopa mais cremosa basta adicionar mais iogurte, se quiser uma sopa mais líquida basta adicionar mais água. ÔÔ Ingredientes: 1 dente de alho 1 dente de alho Sal Pimenta branca 2 iogurtes naturais (ou de soja) 1 pepino descascado 150 ml de água fria Pinhões Hortelã ÔÔ Preparação: Colocar todos os ingredientes indicados (menos os pinhões e a hortelã) num liquidificador ou na Bimby (caso não tenha pode utilizar a varinha mágica) e triturar até obter um creme homogéneo. Servir fria decorada com os pinhões e as folhas de hortelã.
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Semear Saúde
psicologia & comportamento alimentar
As motivações da fome Todos nós temos emoções, são uma constante na vida. O que a maioria das pessoas não se apercebe é a interacção destas no nosso corpo. Mas, se nos propusermos a reflectir, é fácil perceber como as nossas emoções se manifestam no nosso corpo. Por exemplo, os suores frios perante o medo, as alterações intestinais e cardíacas perante a ansiedade, a apatia e fadiga perante a tristeza, etc.. A primeira grande questão que tem que colocar a si mesmo quando sente vontade de comer é que tipo de alimento lhe apetece. É quente ou frio? É mole ou crocante? Doce ou salgado? Pense no alimento que lhe vem à cabeça? É uma sopa? Uma peça de fruta, um iogurte? Ou por outro lado, um bolo, bolachas ou snacks? Quando fizer a sua escolha, pense se é isso que realmente o seu corpo precisa. Atenção: o seu corpo fisiológico, não a sua motivação! Questione ainda se realmente tem fome ou se na verdade só tem vontade de comer. Se a resposta lhe tardar a chegar, acredite que não tem realmente fome e quer comer por outra razão. Uma dessas razões pode ser a fome cuja motivação são os princípios ou valores pelos quais se rege. Desta forma, poderá comer porque não gosta de desperdiçar: tem um alimento cuja validade está a acabar, e, mesmo não sendo saudável e não lhe traga nada de bom para o seu corpo, prefere comer a deitar fora. Tem tendência para terminar os pratos dos outros, os conhecidos “raspa pratos”, porque aprendeu e acredita que não se deve deixar comida no prato. Come tudo o que vem para a mesa, entradas, pão, manteiga e patés, assim como come a sobremesa (mesmo que já esteja cheio) porque está incluído no preço, tal como a bebida que é à descrição e o melhor é aproveitar! Depois poderá ainda ser daquelas pessoas que não é capaz de dizer não quando lhe oferecem comida ou bebida, porque não quer desagradar ou fazer desfeita, mesmo não lhe apetecendo comer. Receia ainda, depois de
oferecido, dizer que não gostou, com receio que o achem esquisito e com “manias” e acaba por comer. Desta forma, os seus princípios irão traí-lo a partir do momento que não pára para se observar e ouvir as necessidades do seu corpo. Estará a pensar mais em não desiludir os outros, ou melhor, da imagem que pensa que os outros têm ou podem vir a ter de si do que propriamente em si. Outra fome é a motivada pelos hábitos. Aqueles que aprendeu na infância e que ficaram enraizados de tal forma que nem se questiona em mudar. Assim, o pequeno-almoço e o lanche por exemplo são os mesmo há anos e ainda não se deu ao investimento de experimentar outras opções. Aprendeu, por exemplo, que se deve comer três vezes ao dia, sendo o almoço a refeição em que se pode “enfardar” e assim continua a fazer, mesmo sentindo-se “empaturrado” após o tal almoço. Hesita comer alimentos ou pratos novos, criando de antemão ideias estereotipadas de alimentos ou formas de cozinhar, sem que na realidade nada saiba sobre elas (como pratos vegetarianos por exemplo), ficando-se pelas mesmas comidas. Na verdade, os hábitos são o que nos liberta e aprisiona ao mesmo tempo. Os hábitos que identifica que tem, e como pouco saudáveis, são difíceis de mudar porque exigem esforço e determinação. Ao mínimo descuido, o hábito antigo que voltar à ribalta, porque está instalado e é fácil de praticar. Assim, se quer mudar a sua alimentação e prática física por exemplo, tem que inicialmente focar-se, pôr em acção o esforço para criar novos hábitos e atenção para não permitir que os velhos hábitos retornem. A gula é outra motivação para enganar a fome. Acontece quando se passa à porta da pastelaria e cheira a pão fresco ou a bolos acabados de fazer! Acabou de tomar o pequeno -almoço em casa, mas aquele cheiro desperta a “fome” e quando dá por si está a comer! Acontece quando está a comer algo que “está tão bom” que não consegue parar! E
fotos: d.r.
Filipa Nobre Psicóloga
naturamentepsi@gmail.com
Porque é que queremos comer? Será fome efectivamente? depois, dá por si a dizer: “já me servi três vezes!”, às vezes com alguma vaidade ou orgulho! Vai ainda comer um alimento que alguém tinha consigo, você viu e pelo aspecto, cheiro, cor, textura ou sabor, acaba por ir comprar. Nunca lhe aconteceu ir comprar um geladinho ou chocolatinho porque a colega estava a comer? Outra situação flagrante da gula são as pipocas no cinema: mesmo depois de um jantar recheado, ainda compra um pacote XL de pipocas para “petiscar” no cinema! A verdade é que a gula apela aos sentidos. Para lhe resistir, tenha consciência, mais uma vez, das reais necessidades do seu corpo. A necessidade de se Recompensar é outra das motivações que levam a comer e encaixa-se nos dois pratos da balança: recompensa-se comendo porque
está orgulhoso de uma tarefa terminada com êxito, ou, depois de um dia de trabalho cansativo, come para relaxar. Pelo contrário, sente-se frustrado e desapreciado e recompensa-se com um alimento reconfortante. É comum ver que a maioria das celebrações são comemoradas à volta da mesa! Baptizados, casamentos, aniversários, promoções, reencontros, término dos estudos, etc. Alguns países até servem comida em funerais! O importante é que o evento social que crie à volta da comida para celebrar algo, seja pelo prazer da companhia e não apenas pelo prazer momentâneo que a comida oferece. Se comer ou beber demais por recompensa, por motivos positivos ou negativos, acaba por comer o que não precisa. A preguiça é outro dos motivos que leva a comer o menos apropriado às necessidades do corpo.
Come o que lhe põem à frente, porque não sabe cozinhar e não quer investir nessa aprendizagem e porque, afinal de contas, dá trabalho! Na ausência do “cozinheiro” de serviço opta, por vezes, por não comer de todo e salta uma refeição ou come “petiscos”. Compra comidas de recurso, congeladas, enlatada e pré-feitas (quase sempre hipercalóricas e processadas) para comer sempre que está sozinho, não tem tempo ou aborrece-lhe fazer comida. Esta preguiça leva à compra de comida já feita ou a sujeitar-se à dieta de outra pessoa, não conseguindo assim ter controlo na sua confecção e aporte nutricional. Na verdade, a preguiça é a de investir em si. A fome emocional , que já foi abordada, de uma forma global é a que é motivada pelas emoções, ou seja, porque se sente triste, frustrado, zangado, com raiva, carente e sente na comida um alívio momentâneo dessas emoções. De forma resumida, o que deve realmente repensar é na sua forma de comer e nas motivações que o levam a comer. Tudo o que é comido para além da fome fisiológica, ou seja, da verdadeira necessidade do organismo, é armazenado no seu corpo em forma de gordura e no seu íntimo, em forma de culpa, frustração, vergonha, raiva, entre outras emoções depreciativas que desenvolve acerca de si próprio pela descida da auto-estima e desagrado pela imagem corporal. Assim, convença-se que engordar e emagrecer é um processo físico mas acima de tudo emocional e psicológico. O seu peso pode ser reflexo de um conflito emocional. Para vir descobrir “as suas fomes”, informe-se na Associação Semear Saúde para marcar a sua consulta em Psicologia do Emagrecimento e Comportamento Alimentar com o Programa RAFCAL - Reabilitação Afecto Cognitiva do Comportamento Alimentar. pub
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Semear Saúde hipnose
Hipnose, uma ferramenta valiosa para muitas especialidades da medicina fotos: d.r.
A hipnose é, nos dias de hoje, uma poderosa ferramenta que tem resultados garantidos por experiências realizadas um pouco por todo o mundo, quer como terapia isolada, na abordagem de problemas de várias índoles, quer como terapia auxiliar das mais variadas áreas da saúde. São vários os casos de sucesso na utilização da hipnose e o percurso trilhado fazem desta terapia uma arma de peso no que toca à resolução de problemas com o recurso a uma ferramenta sem efeitos secundários.
Como se processa a terapia Na hipnose, o hipnoterapeuta, um profissional treinado e com formação para a aplicação desta terapia, induz a pessoa ao transe hipnótico e cria sugestões para provocar mudanças ao nível do pensamento, sentimento e comportamento. Para tanto, a pessoa sujeita à terapia é levada a um estado, designado de transe hipnótico ou simplesmente de transe, em que a sua atenção está especialmente focada. Este estádio psíquico pode ser gerado por factores externos ou pelo direccionamento do hipnoterapeuta, através da comunicação mantida com o paciente. Atingido o transe, o hipnoterapeuta cria imaginações ou sugestões no paciente com vista a provocar mudanças a nível do pensamento, sentimento e comportamento, atingindo determinados objectivos, como o aumento da auto-estima, redução da dor ou a eliminação de vícios e a correcção de fobias. “Neste estado, as sugestões hipnóticas são facilmente aceites e mais efectivas, porque no nosso sistema límbico (grupo de estruturas neurológicas) a parte emocional do cérebro está mais activa do que a parte racional”, refere Cláudia Brito, que é responsável pelas sessões de hipnoterapia na Associação Semear Saúde.. Aplicada a terapia de forma a que o paciente interiorize de
forma duradoura e definitiva a sugestão psico-comportamental adequada ao seu problema e à respectiva solução, ������������� as manifestações de hipnose ocorrem na vida diária da pessoa sem que se aperceba do que está a acontecer. Um exemplo simples dessas manifestações é quando a nossa atenção está focada nas cenas (sugestões visuais, verbais, extra-verbais e subliminares) de um filme e respondemos a esses estímulos através de riso, choro, alegria ou tristeza. Cláudia Brito, hipnoterapeuta e presidente da Associação Semear Saúde, considera a hipnose “uma ferramenta poderosa, eficaz e sem efeitos secundários, que pode e deve ser, cada vez mais aplicada às diversas áreas da saúde como terapia complementar”. A especialista realça que “actualmente a hipnoterapia é já um instrumento psicológico validado pela neurociência e pela BEM (Medicina Baseada em Evidências) e que está, infelizmente, subutilizada em Portugal”.
fícios para os pacientes”. Um exemplo disso foi o da aplicação de hipnose na unidade de queimaduras graves do Chuv de Lausanne (Suíça), em doentes queimados. O processo teve um baixo investimento e reduziu o tempo de tratamento dos doentes em terapia intensiva, poupando cerca de 19 mil francos suíços por paciente. “Foi um sucesso e a instituição suíça deseja expandir a aplicação de hipnose a outros departamentos do hospital”, explica Cláudia Brito.
A hipnose na oncologia e noutras áreas da saúde Cláudia Brito é a responsável pelas sessões de hipnose na Semear Saúde Há áreas pouco exploradas onde a hipnose pode ser um sucesso “A hipnose pode ser aplicada a quase todas as especiali-
A hipnose é eficaz em áreas como as fobias, os vícios, o stress e a depressão ou a oncologia
dades da medicina, psicologia, odontologia, fisioterapia, oncologia, cirurgia, dermatologia e muitas mais”, mas só agora começa a fundir-se com outras áreas de conhecimento. “Já podemos falar em hipnoncologia ou hipno-dermatologia mas há todo um mundo novo por desbravar com áreas pouco exploradas”, refere Cláudia Brito, que acredita que, “quando forem superadas as barreiras culturais e a maioria da comunidade médica a integrar nos tratamentos, a hipnose terá muito sucesso”. Actualmente, realça a especialista, “há ainda muita confusão, as pessoas ainda não distinguem hipnotismo de hipnose clínica. Felizmente, muitos programas de televisão em Portugal, especialmente nos últimos tempos, têm contribuído positivamente para desmistificar o processo”. Tanto na Europa como no resto do mundo, já existem países que exploram bem a hipnose mas “Portugal tem poucos estudos de investigação na área. A maior parte dos que conheço são produzidos lá fora, sobretudo no âmbito da oncologia, refere.
Aplicação de hipnose justifica-se quando há benefícios para os utentes “A aplicação da hipnose justifica-se sempre que haja bene-
“Na oncologia, que é a minha área de estudo de mestrado, a hipnose tem o potencial de reduzir as náuseas, vómitos ou fadiga induzidos pelos tratamentos convencionais, e pode ser utilizada para aumentar a auto-estima, eliminar ou reduzir a dor e fortalecer o sistema imunológico, aumentando a qualidade de vida dos utentes”, destaca a presidente da Semear Saúde. No caso de um trauma, a pessoa pode regredir e reviver o trauma sem o espírito critico, permitindo alterar e dar novos significados às experiências cognitivas para aumentar o conforto do paciente face a uma situação que lhe causa dificuldades. A hipnose permite também, recorda Cláudia Brito, “desenvolver outros fenómenos como a capacidade de lembrar detalhes, de percepção dos sentidos, de distorção do tempo, de induzir a analgesia e anestesia, etc.”. Já “no tratamento da depressão, o paciente é conduzido a experiências positivas e agradáveis com o objectivo de produzir um hormônio: a serotonina, que tem um papel fulcral no domínio das situações depressivas”, explica a hipnoterapeuta, que acrescenta que “ao longo da vida o nosso subconsciente vai coleccionando frustrações, insucessos, ressentimentos, paixões recalcadas e outras situações que é preciso ‘limpar’ e ‘arrumar’. É no subconsciente que nascem e são gerados, na sua
maioria, os impulsos que determinam ou inibem as nossas acções e a hipnose actua exactamente neste campo, criando condições para a superação das situações negativas que afectam cada paciente”. Cláudia Brito esclarece que o uso da hipnose é versátil e adaptável a cada paciente, “por exemplo na psicoterapia, a hipnose ajuda no tratamento de fobias e traumas, enquanto que na fisioterapia ajuda a controlar a dor, facilitando a realização de movimentos e na odontologia pode ser utilizada para o bruxismo, como anestesia para diminuir a produção de saliva e sangramento durante os tratamentos”.
Sessões de hipnose são adaptadas a cada pessoa O processo de hipnose não é igual para todos, realça a especialista, “cada ser humano é único e como tal precisa de um tratamento adaptado a si. O número de sessões varia de pessoa para pessoa mas podemos falar de uma média de seis a oito sessões”. Reportando-se aos tratamentos disponíveis na Associação Semear Saúde, Cláudia Brito explica que “na primeira sessão é feita uma anamnese e desenhado o plano para as sessões seguintes, que depois vai sendo ajustado consoante a evolução do paciente”. “Logo na primeira sessão é feita uma terapia para que a pessoa saia mais aliviada e tranquila. As sessões seguintes processam-se de acordo com as necessidades de cada pessoa, com terapias e técnicas adaptadas a cada uma”. “A hipnose é uma valiosíssima ferramenta para incluir em tratamentos de depressão, ansiedade, stress, luto, baixa auto-estima, cessação tabágica, fobias, medos, emagrecimento, entre outros e os benefícios são imensos”, sublinha. Para marcar consulta na Associação Semear Saúde pode ligar para o número 281 320 902 ou enviar e-mail para associacaosemearsaude@gmail.com.
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Semear Saúde
hipnose
Hipnose: casos de sucesso na Semear Saúde "Hipnose deu-me a possibilidade de fazer as pazes com o passado" testemunha Armanda Armanda Lamy recorreu à hipnose por recomendação de uma amiga que já tinha feito uma sessão na Associação Semear Saúde. “Na altura andava em baixo, vou-lhe chamar depressão, não sei se era, mas provavelmente sim”. Entre Fevereiro e Abril, Armanda fez um total de cinco sessões, onde trabalhou os problemas e traumas do passado, que “acabavam por bloquear a sua vivência no presente”. Sentiu melhoras logo nas primeiras sessões e mesmo depois de terminar a hipnose, garante que “aquela energia continua a
trabalhar a mente e continuo a sentir-me cada vez com a auto-estima mais elevada e cada vez melhor comigo mesma”. A depressão teve origem na má relação que Armanda sempre teve com a sua mãe. Apesar da relação complicada, Armanda acredita que foi o facto de começar a ver a mãe a degradar-se e a precisar de uma cadeira de rodas que começou a mexer consigo. “Eu não estava a conseguir controlar isso, estava a perder a minha mãe e não sabia lidar com a situação sozinha”. Em baixo e sem querer estar nem falar com ninguém, Armanda “queria estar em silên-
cio, na minha paz e no meu sossego”. A hipnose foi uma ajuda importante que lhe deu a oportunidade de fazer as pazes com o passado. “Nós deitamo-nos na marquesa, entramos num estado profundo de relaxamento e através desse estado, a doutora conduz a sessão e orienta-nos para as situações dolorosas do passado que ficaram por esclarecer. É uma hipnose até certo ponto consciente, pelo menos comigo foi. Estamos conscientes mas ao mesmo tempo não conscientes, ouvimos o que a doutora diz mas estamos lá a viver a situação”. Todas as sessões foram importantes para Armanda, sen-
fotos: d.r.
A reconquista do bem-estar espelhada no sorriso de Armanda Lamy
do que cada uma delas se focava numa determinada situação. “Não senti nenhum tipo de dor física, apenas emocional. Lembro-me que chorei numa das sessões mas precisava de ir ao passado apagar as mágoas que tinha da minha mãe”. Hoje em dia, Armanda é uma mulher mais confiante, assertiva, calma e ponderada, “acima de tudo, gosto mais de mim e aceito-me. Sinto-me uma pessoa muito mais confiante, falo normalmente de tudo e com todos, sem medos nem receios. Recomendo a hipnose porque eu fiquei muito bem com os tratamentos da doutora Cláudia”.
Carla ganhou confiança e autonomia: "mudanças foram visíveis ao nível da condução" Foi a doutora Cláudia que apresentou a opção da hipnose a Carla Viegas. “Já tinha feito cura reconectiva, melhorei um pouco mas ainda não estava a cem por cento. Recorri à hipnose porque tinha um quadro clínico de depressão”. Nas oito sessões de hipnose que realizou entre Abril e Maio, Carla trabalhou áreas como a culpa e a vergonha, o amor pró-
Carla Viegas encontrou na hipnose o caminho para a vitória sobre a depressão
prio e os entes queridos. Logo na primeira sessão “senti a cabeça pesada, no início, mas quando cheguei ao fim da sessão estava muito mais aliviada”. Carla não sentiu qualquer tipo de dor mas confessa que numa das sessões, mais ou menos a meio do processo, “parece que passou por mim uma espécie de energia”. Para Carla, a grande revolta aconteceu devido à sua situação profissional: é professora, vive em Tavira mas está colocada no quadro do agrupamento
de Armação de Pêra. “Começou principalmente em 2007/2008, quando fiquei colocada no Carvoeiro. Todos os dias fazia diariamente 200 quilómetros entre Tavira e Carvoeiro, saía de casa às sete e deitava-me à uma da manhã”. As sessões ajudaram Carla, que por isso recomenda a hipnose a todas as pessoas. “Seguimos aquilo que a doutora diz nas sessões, imaginamos, interiorizamos e tentamos libertar as energias negativas”.
As mudanças foram visíveis, a nível da condução, Carla deixou de ir com tanto medo para a estrada. Além disso, sentiu “mais vontade de fazer as coisas, porque antes não tinha vontade de fazer nada, já consigo confrontar as pessoas e digo o que tenho a dizer”. Carla não falava com os seus sogros há alguns anos e essa também foi uma das situações que melhorou, “mais ou menos a meio das sessões voltei a falar com eles e agora as coisas estão melhores”.
Raquel Vargas sente que está "a renascer com a ajuda da hipnose" Raquel Vargas já estava a ser acompanhada por um médico, devido a uma depressão, e a hipnose surgiu na sua vida como uma mais-valia para a medicina. “Isto surgiu por acaso, falaram-me na hipnose e quis experimentar”. Nas oito sessões em que participou, Raquel teve muitos momentos onde esteve inconsciente. “Tive momentos conscientes em que ouvia as perguntas e tive outros momentos em que não ouvia nada, dava a sensação que estava a dormir. Há muitos momentos que não me lembro”.
“Tinha medos, coisas mal resolvidas, pessoas que já partiram, coisas que ficaram por dizer. Isso no meu dia-a-dia fazia-me uma certa confusão”. A sua relação com os outros também ficou muito debilitada com a depressão, Raquel isolou-se e abdicou dos amigos e da família. “Eu queria estar no meu mundo, sozinha, em silêncio, não queria que me fizessem perguntas, não queria respostas, não queria nada. Era eu e o meu mundo”. Com a hipnose, Raquel trabalhou várias áreas mas revela que lhe tocou especialmente “a parte em que tive que me despedir do meu pai. Era uma resignação que tinha, não queria
que o meu pai partisse, foi um sofrimento muito grande. Já aconteceu há dez anos e parecia que tinha sido há um mês, não aceitava a situação”. As melhoras sugiram logo nas primeiras três sessões, “foi como se me tirassem um peso de cima. Sentia-me bem, estava bem com a vida e há muito tempo que não me sentia assim”. A relação com os outros também mudou bastante depois da hipnose, “antes não convivia com ninguém, o meu marido e o meu filho zangavam-se comigo para sair de casa porque aquilo não era vida. Com a hipnose, isto foi melhorando gradualmente, foi uma grande ajuda”.
Na Associação Semear Saúde, a terapeuta e Raquel Vargas depois de uma das sessões de hipnose Apesar do acompanhamento médico, a hipnose funcionou
para Raquel como “um suporte para me ajudar a caminhar”. A
medicina ajudou mas faltava qualquer coisa para que Raquel deixasse a enorme tristeza em que se encontrava, “eu estava apenas viva, apenas sobrevivia“. Todas as sessões de hipnose foram meio caminho andado para a recuperação, “foi como uma lufada de ar fresco, de repente abriram-se umas portas para me deixar passar”. Com um sorriso no rosto, Raquel garante que a tristeza se foi embora, “agora tenho uma maneira diferente de ver a vida, com mais abertura e mais beleza. Antes estava tudo muito negro, muito cinzento, agora sinto-me viva. Estou a renascer”.
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