Semear Saúde Edição nº 2 | Julho 2016
Este caderno faz parte integrante da edição n.º 1167, de 22 de Julho, do Jornal Postal do Algarve e não pode ser vendido separadamente.
Sónia Remondes Costa:
Conversa informada sobre o cancro da mama em Tavira A especialista da UTAD vem a Tavira falar com a voz da experiência científica. Assista também ao workshop da Associação Laço. ps. 4 e 5
Termografia
Check-up indolor e não evasivo permite despiste de doenças de forma antecipada sem contra-indicações p. 7
Naturopatia: uma resposta particular para as mulheres e crianças
Cada caso é um caso e a Semear Saúde reforça a resposta especializada
ps. 2 e 3
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Semear Saúde editorial
Associativismo contra o cancro: uma batalha de todos Querido(a) amigo(a), Infelizmente, anualmente milhares de novos casos de cancro são diagnosticados em Portugal. Porém, a boa notícia é que o avanço científico da última década tem possibilitado tratamentos menos agressivos, aumentando a sobrevida do paciente oncológico. Por outro lado, a investigação científica, sobretudo estrangeira, demonstra-nos que uma panóplia de terapias complementares (hipnose, acupuntura, reiki, meditação e outras), cuidados na dieta alimentar, apoio emocional e psicológico, podem aumentar significativamente a qualidade de vida das pessoas no geral e dos pacientes oncológicos em particular. A Associação Semear Saúde foi fundada em 2015 porque acreditamos que unindo os nossos esforços, experiências e conhecimentos, conseguimos contribuir para que todos os pacientes oncológicos possam receber, além dos tratamentos convencionais, apoio para aumentar a sua qualidade de vida. Nesse sentido, a associação tem vários terapeutas que o podem ajudar. Além disso, com o objectivo de empoderar o paciente oncológico, a Associação Semear Saúde realiza regularmente palestras, conversas informadas e grupos de partilha de forma gratuita e partilha diariamente informação útil na sua página do facebook “Oncologia Integrativa”. Depois de realizado um ciclo de palestras na nossa associação em parceria com a Associação ADOT (Associação de Doentes Oncológicos de Tavira) e a SOS Oncológico, nos meses de Abril, Maio e Junho, vamos, no próximo dia 23 de Setembro, em parceria com a Associação Laço, realizar
mais um encontro – Conversas Informadas sobre o cancro da mama: da prevenção à intervenção – com a Dr.ª Sónia Remondes Costa. Porém, a Associação Semear Saúde tem como missão não só o apoio ao paciente oncológico, mas também a promoção da saúde, a prevenção de doenças e o apoio a pessoas com muitas outras patologias. Uma das nossas preocupações passa pelo elevado número de diagnósticos de crianças e adolescentes com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperactividade). Para apoiar famílias com filhos com esta patologia vamos realizar no dia 19 de Novembro uma palestra, com a naturopata Vera Belchior, que fará uma abordagem naturopática como complemento à saúde da criança hiperactiva, discutindo os seguintes tópicos: o impacto da alimentação na saúde da criança hiperactiva; o papel da plantas medicinais no TDAH e a importância de uma abordagem multidisciplinar.
Cláudia Brito
Presidente da Associação Semear Saúde associacaosemearsaude@gmail.com
(Método Oxigenesis), que para além de serem bastante eficazes, não apresentam contra-indicações. Além destas, um dos nossos terapeutas, Rui Coelho, utiliza a termografia para fazer uma avaliação do estado de saúde e, se necessário, trata consoante as necessidades de cada pessoa através da naturopatia e osteopatia. Também o naturopata e acupuntor (Medicina Chinesa) João Beles está uma vez por mês na nossa associação para consultar os nossos utentes. Mais recentemente, a naturopata Vera Belchior, especialista na saúde da mulher e da criança
A Associação Semear Saúde tem como “missão não só o apoio ao paciente on-
cológico, mas também a promoção da saúde, a prevenção de doenças e o apoio a pessoas com muitas outras patologias. Terapias complementares Sob uma perspectiva holística, ou seja, que considera a pessoa não apenas na sua vertente física, mas também como resultado de desequilíbrios energéticos e emocionais, a Associação Semear Saúde tem ao seu dispor terapias energéticas como o Reiki e a Cura Reconectiva, para aumentar o bem-estar, reduzir a dor no geral e nos sintomas induzidos por tratamentos de quimioterapia e radioterapia, reduzir os níveis de stress, etc. Também realizamos tratamentos faciais, corporais e capilares com oxigénio puro
(inclui tratamento do Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade), disponibilizou-se para fazer consultas mensais na nossa associação. Duas outras colaboradoras, a nutricionista Teresa Lourenço e a enfermeira Gisela Lavadinho, estão disponíveis para consultas de nutrição e enfermagem, respectivamente. Este é o momento de testemunhar que as dificuldades económicas e políticas são oportunidades de colaborar e inovar na área da saúde. Infinita gratidão a todos os que colaboram com a nossa causa. Unidos somos mais fortes e saudáveis! Nós acreditamos! Abraço carinhoso.
Naturopatia: uma abordagem terapêutica em ascensão A naturopatia, entre as terapêuticas não convencionais, é uma das mais utilizadas pela população portuguesa, encontrando o seu enquadramento legal na Lei 71/2013. A naturopatia consiste num sistema de cuidados de saúde primários e continuados que actua na prevenção, manutenção e tratamento das doenças que assolam a sociedade, promovendo o processo natural de auto-regeneração ao qual o naturopata se refere como “vis medicatrix naturae,” ou “o poder curativo da natureza”. Enquanto técnico de saúde, o naturopata, tem como princípio base o respeito pelos recursos da natureza, utilizando e valorizando as propriedades terapêuticas e nutritivas de diversos constituintes que servem de ferramentas básicas numa consulta de naturopatia. A utilização de plantas medicinais, dietoterapia, suplementação e hidroterapia são exemplos de práticas clinicas de apoio que, devidamente assentes em evidências científicas, acompanham o naturopata durante a sua intervenção, sem negligenciar o acompanhamento paralelo pela medicina convencional. Este sistema terapêutico, encara o paciente como ser único, sendo os tratamentos personali-
D.R.
Plantas , hidroterapia e dietoterapia estão entre as ‘armas’ da naturopatia zados pois são estabelecidos em sintonia com as necessidades intrínsecas do individuo.
Não se dá destaque à doença, mas sim ao doente A abordagem terapêutica incentiva a auto-responsabilidade e o envolvimento do paciente no processo de recuperação da saúde, cuja validade tem sido posta à prova sucessivamente ao longo do tempo. No entanto, com o aumento do uso da fitoterapia
e nutrição clínica, apoiado numa maior optimização do conhecimento das ciências da saúde, a naturopatia está-se a tornar cada vez menos um termo genérico para uma variedade de modalidades e cada vez mais numa terapêutica fortemente impulsionada pelas práticas, anteriormente referidas, colocando-a no âmbito da ciência moderna e da medicina. Não é assim de espantar, que a prática da naturopatia tenha vindo a evoluir firme- Ä mente, pois além de clinicamente eficaz, procura que a
A atenção devida à mulher e à infância As especificidades dos problemas de saúde com que cada um de nós se debate dependem em muito de quem somos e das características fisiológicas inerentes. Exactamente por isso, o tratamento além de individualizado deve ser também especializado e diferenciado face a cada paciente.
A aposta da Semear Saúde passa pelo tratamento e acompanhamento de uma saúde vista de forma global e integrada, recorrendo à pluridisciplinaridade da oferta que temos para cada uma das pessoas que nos procura. Simultâneamente, a individualização caso-a-caso é a chave do sucesso na resposta aos problemas de cada pessoa e por isso passamos a disponibilizar, com a presença
na associação da naturopata Vera Belchior, um atendimento espcializado para as mulheres e para as crianças desde a mais tenra idade. As patologias típicas da mulher requerem conhecimento especializado, saber e capacidade de resposta adequada às problemáticas em concreto, além de uma relação terapeuta -doente que se quer próxima, clara e assente numa confiança inabalável. Ä
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Semear Saúde fisioterapia
naturopatia
O efeito do exercício físico nos indicadores cardiovasculares sua abordagem seja rigorosamente evidenciada por investigações assentes em metodologias científicas e é aqui que se converge o conhecimento empírico com o científico. No decorrer da minha prática clínica, fui direccionando o foco para a saúde da mulher e da criança. E porquê? Porque no caso das mulheres são elas que tomam a maioria das decisões de saúde e principalmente porque os corpos das mulheres, pensamentos, atitudes e perspectivas são diferentes dos homens. O sexo feminino, consciente ou inconscientemente, tem uma maior propensão para acumular tarefas, resultando num enfraquecimento da saúde. Como geralmente são as mulheres que cuidam do próximo, existe uma tendência para menosprezarem a sua própria saúde, deixando-as cada vez mais debilitadas. É aqui que entra a naturopatia, pois de forma básica, celebra a simplicidade através da promoção de hábitos que facilitam os processos de recuperação e empoderamento dessas mulheres, com melhorias surpreendentes na sua qualidade de vida. No entanto, o foco na saúde da mulher não estaria completo sem que envolvesse a saúde da criança, pois
Já o tratamento de patologias associadas à infância, e muito em particular à Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção, requer uma abordagem específica, capaz de garantir o sucesso da resposta encontrada em cada momento para cada um dos nossos pequenos infantes. A experiência aliada a uma sólida preparação são o
Sabe-se que a cardiotoxicicidade é um efeito secundário grave quando se é submetido a quimioterapia.
Vera Belchior
Naturopata Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção verabelchior@gmail.com
ambos encontram-se intrinsecamente relacionados e apostar no desenvolvimento adequado das crianças é apostar numa saúde promissora desses futuros adultos. Por último, acrescento que embora a característica fundamental da naturopatia seja a simplicidade isto não implica que a sua abordagem seja simplista. A beleza desta terapêutica é a audaz inteligência por detrás dessa simplicidade, pois os naturopatas são frequentemente confrontados com numerosos desafios terapêuticos que implicam um raciocínio clínico informado e uma boa gestão dos casos que surgem, de forma a garantir um atendimento responsável e eficaz ao paciente e essa gestão tem tanto de complexa como de bela perante a missão que encabeçamos de ajuda ao próximo.
garante de que a naturopata Vera Belchior responde de forma cabal a estes desafios que têm tanto de especial como de específicos. A Semear Saúde reforça assim a sua equipa de terapeutas e já no próximo dia 19 de Novembro, uma palestra sobre o transtorno do défice de atenção com hipeactividade é o pontapé de saída para conhecermos melhor esta especialista.
Entre os eventos lesivos dos agentes/fármacos quimioterápicos no sistema cardiovascular, destaca-se, pela sua maior frequência e gravidade, a ocorrência de insuficiência cardíaca com disfunção ventricular sistólica. Outros efeitos tóxicos cardiovasculares incluem hipertensão arterial, doença tromboembólica, doenças pericárdicas, arritmias e isquemia miocárdica. As pessoas com cancro da mama sofrem de muitas comorbilidades, como a diabetes, a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica), doenças cardíacas, artrites e hipertensão. A presença de condições crónicas depois dos tratamentos para o cancro da mama, predispõem as mulheres à cardiotoxicicidade e aumenta o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Passados nove anos dos tratamentos, é mais provável que a pessoa sofra com problemas associados às doenças cardiovasculares do que com a recorrência. Têm sido desenvolvidas estratégias clínicias no sentido de dar resposta a estes eventos cardíacos adversos após a quimioterapia, essas estratégias incluem a monitorização dos sintomas, ecocardiogramas, e subsequente modificação na dose ou tipo de quimioterapia administrada. No entanto, apesar de se ter vindo a melhorar o tratamento a nível farmacológico com vista ao combate de todos os efeitos adversos dos tratamentos a este nível, estes produzem alguns efeitos secundários, como a hipotensão, a fadiga, o ganho de peso, náuseas, diarreia e dores musculares. Como tal, são necessárias terapias alternativas que reduzam o impacto da cardiotoxicicidade induzida pela quimioterapia. Uma potencial estratégia é o exercício físico, amplamente falado e com inúmeros efeitos benéficos discriminados. A aptidão física é um preditor para a disfunção do ventrículo
esquerdo induzida pelas antraciclinas e pelo transtuzumab e também um preditor das doenças cardiovasculares na população com cancro da mama. Esta aptidão/capacidade física (VO2max) é, em parte, determinada pela função cardíaca, output cardíaco e é afectada pelo exercício físico. A disfunção endotelial é um evento inicial das doenças cardiovasculares e é influenciada por um conjunto de alterações e mecanismos que, muitas vezes,
ta população em específico. A função vascular é muito afectada durante o tratamento de quimioterapia, pela antraciclinas, inibidores de tirosina quinase, agentes alquilantes, anti-metabolitos, e outros agentes biológicos. As tabelas mostram os efeitos da implementação de um programa de exercício na função cardíaca e nas variáveis cardiovasculares durante e após os tratamentos para o cancro da mama. D.R.
A quimioterapia sobrecarrega o funcionamento do coração com efeitos tóxicos colaterais
Somos o resultados das nossas “escolhas. Esteja informado para escolher bem. Informe-se em fontes seguras. Opte por si, opte pela sua saúde e nunca se esqueça que a sua saúde também está nas suas mãos.
podem ser controlados com o nosso estilo de vida. Está a ser reconhecido que os danos nas células endoteliais pelos agentes citotóxicos cria uma disfunção que aumenta o risco de doenças cardiovasculares nes-
As alterações verificadas na pressão sanguínea sistólica com o exercício físico correspondem a uma redução em 20% do risco de eventos cardiovasculares em pessoas em tratamento (tabela 1). A motivação para a mu-
Sara Rosado
Fisoterapeuta especializada em oncologia sararosado.fisio@gmail.com
dança do estilo de vida concentra-se no período após o diagnóstico e antes do tratamento, é nesta fase que a maioria das pessoas prefere receber informação sobre exercício físico. É importante que a informação chegue! Que o doente esteja informado ou, pelo menos, alertado, de modo a procurar informação. Quatro semanas de exercício físico melhoram significativamente a função cardíaca e vascular em pacientes com condições cardiovasculares como hipertensão ou doença da artéria coronária. Alguns estudos demonstram uma redução da frequência cardíaca em repouso após programas de exercício físico. Por exemplo, Fairey et al. observou uma redução de 5,5 batimentos por minutos na frequência cardíaca de repouso em mulheres com cancro da mama após a menopausa e um aumento significativo da frequência cardíaca de reserva, em quinze semanas de exercício físico. Índices de parâmetros de frequência cardíaca têm sido correlacionados com a mortalidade e são indicadores muito importantes da função cardíaca. Posto isto, o exercício opera como uma opção não-farmacológica de prevenção da cardiotoxicicidade provocada pelos tratamentos de quimioterapia, tendo inúmeros efeitos na função cardíaca e vascular. Texto adaptado pela fisioterapeuta Sara Rosado, do artigo: Sturgeon, K., Boonie., Libonati, J., Schmitz, K. The effects of exercise on cardiovascular outcomes before, during, and after treatment for breast cancer. Breast Cancer Res Treat. 2014; 143 (2) : 219-226
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Semear Saúde psicologia / oncologia - O cancro da mama
Sónia Remondes Costa traz a Tavira a ciência e o saber sobre cancro da mama A formação de excelência, o percurso académico e clínico e a experiência acumulada fizeram de Sónia Remondes Costa um dos nomes de relevo da psicologia-clínica, em particular quando se trata de matérias relacionadas com o cancro e muito em especial com o cancro da mama. Autora de livros e inúmeras publicações científicas, a especialista que faz carreira académica na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), atravessa o país para vir ao Algarve partilhar conhecimento científico e experiSEMEAR SAÚDE (SS): O cancro da mama é uma das patologias oncológicas com maior histórico de políticas de prevenção no nosso país, mas continua a ser o cancro com maior prevalência com mais de seis mil novos casos anuais. A prevenção não é suficiente? Sónia Remondes Costa (SRC): O cancro da mama é o mais prevalente no sexo feminino e segundo mais frequente entre todos os tipos de cancro no mundo ocidental. Em Portugal é o cancro com maior incidência (DGS, 2014). As previsões apontam para que uma em cada dez mulheres venha a ser diagnosticada. Contudo, nem tudo são más notícias, a par do aumento das taxas de incidência, decresce a taxa de mortalidade, e isso é muito positivo. Para tal, muito têm contribuído as campanhas de prevenção, designadamente, a sensibilização para a adesão aos exames de rastreio e realização do auto-exame. Há um longo caminho a percorrer e muitas investigações estão em curso com o objectivo de identificar causas mais específicas. SS: Mais de 1.500 mulheres sucumbem ao cancro da mama anulamente em Portugal. Em termos comparativos internacionais, como é que vê a situação nacional? SRC: As taxas de mortalidade portuguesa não andam muito longe das taxas europeias e mundiais. É o cancro onde a sobrevivência mais aumentou cá e no mundo. A chave é o diagnóstico precoce, que em estádios iniciais, geralmente, permite um bom prognóstico. SS: As mulheres portuguesas ainda têm a ideia de que o cancro da mama é um problema das outras mulheres e não uma questão que deve ser encarada na primeira pessoa enquanto preocupação com a saúde?
SRC: Acredito que essa ideia, gradualmente, tem vindo a mudar. Os números estão aí, a informação circula, o cancro torna-se um acontecimento cada vez mais próximo e conhecido das pessoas. Há sempre alguém na família, no ciclo de amizades, no trabalho, que experienciou a doença.
ência prática numa conversa informada sobre o cancro da mama e a acção da psico-oncologia preventiva e pós diagnóstico, que inclui um workshop da Associação Laço sob o tema ‘Cuide de si!’. Numa parceria entre a Associação Semear Saúde, a Laço, o Monte-pio Arístico Tavirense, a Associação de Doentes Oncológoicos de Tavira e o SOS Oncológico, o próximo dia 23 de Setembro oferece a todos uma oportunidade única de ouvir e intervir numa conversa descontraída mas carregada
de saber sobre o cancro da mama. As inscrições já estão abertas através dos contactos da Semear Saúde em Tavira, que aolhe nas suas intalações Sónia Remondes Costa nesta intervenção única da especialista sobre uma temática que afecta em particular as mulheres, mas que tem efeitos colaterais extensos para companheiros, famílias e sociedade em geral. Compreender melhor o cancro da mama e como lidar com os desafios que se colocam em cada momento a caminho da superação é a proposta.
nos há maior oferta pública e privada para a realização de exames de rastreio, comparativamente com o interior, onde a oferta é menor, e pesam a distância e os tempos de espera mais longos. É uma realidade, apesar dos avanços que têm sido feitos e que não podem ser ignorados.
soa lhe vai reagir depende de um conjunto de factores e recursos internos e externos. A comunicação da (má) notícia é um factor externo de grande relevância. Na medida em que determina significativamente o processamento da informação transmitida, for-
tipos de cancro por inexistência de especialistas em determinadas áreas. Sendo necessário referenciar para os institutos de oncologia. Nestes casos, os doentes vêem-se obrigados a receber tratamentos, de si já difíceis e dolosos, longe da sua área de en residência e dos seus en-
FOTOS: D.R.
A especialista Sónia Remondes Costa e a capa da sua última obra As figuras públicas partilham o seu testemunho de experiência, acredito que tenha possibilitado essa tomada de consciência e despertado para maior preocupação com a prevenção da doença.
A resposta à doença em Portugal SS: Ainda persistem assimetrias relevantes no acesso à prevenção do cancro da mama entre as periferias e os grandes centros populacionais mais próximos das unidades diferenciadas e de maiores recursos em termos de saúde? SRC: Nos grandes centros urba-
SS: Como vê a mesma questão no acesso e eficácia ao nível do tratamento? SRC: Apesar dos esforços, e da situação ter melhorado substancialmente, claro que persistem ainda algumas assimetrias no acesso aos cuidados de saúde, em prejuízo das populações do interior. Sendo a distância e a escassez de profissionais de saúde em número suficiente os principais obstáculos, e não tanto a qualidade dos serviços prestados. Actualmente, todos os hospitais distritais oferecem cuidados de oncologia e seguem os mesmos protocolos de tratamento. Todavia, nem todos tratam todos os
tes queridos, agravando-se assim a experiência de sofrimento com a doença.
O peso do diagnóstico SS: O momento do diagnóstico tem um peso incontornável. Considera que o apoio à doente é no quadro nacional imediato e suficiente? SRC: Ter cancro é um acontecimento de vida significativo, tanto para quem o teme, como para quem se vê a braços com o seu diagnóstico. A tomada de conhecimento da doença é sempre um momento emocionalmente impactante. A forma como a pes-
ma de lidar, ajustamento à nova realidade e adesão aos tratamentos. Por isso, o apoio à doente deverá começar nesse instante, por parte do médico que comunica o diagnóstico. Para tal é impreterível que a comunicação da notícia se processe de forma empática, num ambiente físico e relacional apropriado (consultório médico, sem interrupções, fornecendo informação lentamente, dando espaço à pessoa para assimilar, compreender e levantar as questões que considere pertinentes). Esta deve ser a primeira intervenção de apoio preventiva. Contudo, esta permanece ainda, como
uma área vulnerável, apesar de mais acautelada e desenvolvida em algumas instituições de saúde, comparativamente com outras. No meu livro dedico um espaço ao tema da comunicação de más notícias e explico como a comunicação eficaz pode aliviar em muito o sofrimento da ajustamendoente e auxiliar no ajustamen to à trajectória processual da doença. Após a comunicação do diagnóstico, a doente e informafamília devem ser informa dos dos serviços de apoio psicossocial especializados existentes. doSS: O que deve a do ente procurar no momo mento imediato póspós -diagnóstico? SRC: Não se pode ge generalizar. Cada pessoa é um caso, e por isso tem uma vivência da experiência diferente, necessidades e formas de lidar particulares. Nós não reagimos às coisas como elas são, mas como somos. Por isso, as reações pós diagnóstico são disdis tintas. Algumas pessoas passam por uma fase de “choque”, não conseguem processar informação; outras reagem como se fosse uma sentença de morte; outras procuram logo conhecer bem o “inimigo”, para o enfrentar e vencer; outras ainda, isolam-se socialmente, refugiando-se junto dos seus significativos. É importante dar espaço à pessoa para reagir, aceitar e compreender que a reação é expectável. Respeitar o seu tempo de processamento da informação, principalmente, sem “psicopatolizar”. O apoio dos profissionais de saúde assistentes e dos entes significativos (família e/ou amigos) é fundamental. É importante que a doente saiba que não está na luta sozinha, mas que se respeite quando ela precisa estar só.
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Semear Saúde psicologia / oncologia - O cancro da mama SS: A revolta, a dor psíquica e a auto-comiseração são quadros psíquicos padrão face ao diagnóstico de cancro da mama. Como descreveria aquilo que é o quadro norma na doente diagnosticada? SRC: Pelas razões que expliquei há pouco, não podemos, nem devemos falar em respostas padrão, mas sim em respostas emocionais, mais ou menos, frequentes. Todo o diagnóstico de cancro se acompanha de sofrimento, marcado por experiência psicológica suscetível de variar entre as respostas emocionais de medo, tristeza, raiva e revolta, ansiedade, irritabilidade, que podem ser transitórias e normativas da adaptação à doença, ou evoluir para problemas de maior severidade e incapacidade como depressão, ansiedade, pânico, isolamento social. A forma como as doentes enfrentam a experiência varia em função dos recursos internos (psíquicos) e dos recursos externos (apoio social, características clínicas da doença). Algumas, com os seus recursos internos e externos conseguem suportar e aliviar o seu sofrimento e encontrar forma adaptativa de lidar com o processo de doença, outras não. Casos onde os recursos internos e/ ou externos são mais vulneráveis necessitam de atenção psicológica especializada. O que não se deve é generalizar, e dizer que todas as doentes com cancro ficam deprimidas e necessitam de apoio psicológico e/ou psiquiátrico, pois tal não é verdade. Cada vez mais as doentes desenvolvem resiliência. SS: Que peso considera ter a psicologia na resposta ao quadro psíquico tipo da doente a quem foi confirmado o diagnóstico de cancro da mama? SRC: A psicologia tem um papel fundamental no atendimento aos aspectos psicológicos decorrentes do diagnóstico, no sentido de atender às necessidades psicossociais das doentes e promover a qualidade da saúde mental durante o processo de doença. Como área disciplinar integra (em alguns contextos hospitalares ainda não) as equipas de psico-oncologia, constituídas por oncologistas, enfermeiros, técnicos de serviço social, psiquiatras, terapeutas ocupacionais, entre outros, que actuam numa vertente multi e interdisciplinar, desempenhando um importante papel no âmbito da oncologia, na medida que intervém de forma específica com todos os protagonistas do processo de doença: doentes, família/amigos e profissionais
de saúde. E oferece intervenções conceptualmente e clinicamente bem sustentadas, desde a consulta psicológica individual, grupal, de casal e familiar; passando por formação dirigida aos profissionais de saúde (por exemplo, no âmbito da comunicação de más noticias, como lidar com doentes difíceis); até à prevenção e intervenção do burnout nos profissionais de saúde.
uso das suas faculdades mentais para tomar essa decisão. Caso as faculdades mentais estejam preservadas, importa averiguar se a pessoa compreendeu e está consciente das implicações da sua decisão no seu estado de saúde. Na ausência de dano mental e compreensão de toda a informação clínica acerca da doença, por mais que possa custar aos profissionais, e eventualmente aos familiares,
rios relacionados com mal estar físico, dor, fadiga e cansaço. Estes, por sua vez, causam sofrimento psico-emocional, podendo ser caracterizado pela presença de ansiedade, tristeza, irritabilidade, hiperactividade e agitação psicomotora, distúrbio do sono, dificuldade de concentração, afecção da memória. Poderão ainda ocorrer sintomas de ansiedade, stress e depressão de maior relevância clínica, que merecem atendimento por parte dos profissionais de saúde mental.
Respostas complementares SS: Como é que vê a integração de tratamentos alternativos (fora da chamada medicina tradicional) no quadro da resposta ao cancro da mama? SRC: A evidência científica tem
deve ser estruturada a interacção entre a doente e o seu seio familiar? SRC: O cancro é uma doença familiar. Quando um elemento da família fica doente, a família adoece. A família enquanto sistema é afectado em seu funcionamento (dinâmica, papéis, interacção, liderança) e rede de relacionamentos. A família é a fonte de suporte social mais valorizada pelas doentes com cancro da mama na adaptação à doença e alívio do sofrimento emocional. Por isso os familiares são considerados os “pacientes de segunda ordem” e “agentes de extensão da prestação de cuidados”. Neste sentido, a família tem um importante papel no acompanhamento da doente em todas as fases processuais do curso da doença, por um lado; e também
Momento da apresentação do último livro A conciencialização SS: A recusa de consciencialização face ao problema e mesmo a recusa de tratamento são realidades recorrentes? SCR: A negação, enquanto resposta cognitiva, emocional e comportamental que visa reduzir a intensidade da angústia face à gravidade da situação, é relativamente frequente, mas não recorrente. A recusa em realizar os tratamentos é pouco frequente. Embora cada vez mais doentes questionem a eficácia dos tratamentos oncológicos protocolados e demonstrem interesse por tratamentos menos convencionais, mais associados às medicinas denominadas alternativas. SS: Como é que se pode fazer-lhes face? SRC: No caso da negação, conforme referido, trata-se de um mecanismo protector. Por conseguinte, desde que não interfira com a adesão e administração dos tratamentos (e geralmente não interfere), respeita-se, compreende-se a forma de lidar da pessoa. Caso interfira, é necessário encaminhamento para intervenção psicológica especializada. Em caso de recusa à realização dos tratamentos, é impreterível a avaliação do estado da saúde mental, no sentido de perceber se a pessoa se encontra em pleno
sob assinatura de consentimento informado, a decisão da pessoa deverá ser respeitada e aceite.
O tratamento SS: O tratamento do cancro da mama tem custos físicos importantes, que cenário considera o quadro típico? SRC: O cancro é temido por duas principais razões: pela ameaça à vida e pela severidade percebida dos tratamentos, sob prejuízo significativo da qualidade de vida. São conhecidos os efeitos colaterais da quimioterapia: náuseas e vómitos, diarreia, febre, dores musculares, fadiga, cansaço, cefaleias, perda de apetite, perda de peso, alopécea (entre outros). A mastectomia, se acompanhada de esvaziamento axilar, poderá representar a perda até 70% da mobilidade do braço. A radioterapia é realizada diariamente, e apesar das doentes reportarem menos efeitos secundários, poderão ocorrer queimaduras cutâneas na área intervencionada. SS: E ao nível psicológico qual é o cenário norma nos problemas associados ao tratamento? SRC: A fase dos tratamentos, acarreta sempre sofrimento físico, devido aos efeitos secundá-
Sónia Remondes Costa numa sessão de autógrafos vindo a reportar benefícios na qualidade de vida de doentes em tratamento oncológico, quando aos tratamentos clássicos se associam tratamentos no âmbito das denominadas terapias “alternativas” (cada vez mais entendidas como complementares). Recentemente, o Hospital de S. João autorizou a utilização da terapia de Reiki com doentes oncológicos. No caso concreto do cancro da mama, um estudo publicado este ano na revista BREAST, tendo como autora a doutora Maria João Cardoso (Unidade Clínica da Mama da Fundação Champalimaud/Mama Help), recomenda, com base na evidência, o uso da medicina complementar e integrativa no tratamento do cancro da mama. SS: A mulher diagnosticada e a relação com a família, como
para ela está disponível a oferta de prestação de cuidados.
A sexualidade e a reconstrução mamária SS: A sexualidade sofre directamente com os tratamentos? Como responder a um quadro de desgaste da doente? SRC: Pelas razões já apresentadas, os tratamentos afectam o bem estar físico e psicológico, comprometendo assim a líbido e o funcionamento sexual. Contudo, durante esta fase, os problemas sexuais não são, de uma forma geral, fonte de preocupação para as doentes. As preocupações neste domínio, tendem a colocar-se após a finalização dos tratamentos. SS: A mastectomia coloca problemas pessoais de grande
relevo, como responder-lhes? SRC: A perda da mama constitui para a mulher uma perda significativa, por razões compreensíveis. A mama é um símbolo sexual e cultural do feminino. E, por isso, nenhuma mulher lhe fica indiferente. A sua amputação representa, ainda que mais num primeiro momento, uma ameaça à feminilidade. Muitas mulheres conseguem elaborar essa perda dentro de si, com base nos seus recursos; outras poderão necessitar de recorrer a ajuda profissional. Já outras, resignificam a perda como um mal necessário para preservar a saúde. A reconstrução mamária, para outras, é a reparação dessa perda. SS: A sexualidade pós-mastectomia é uma nova realidade como devem as doentes conviver com ela? SCR: A perda da mama tem efeitos significativos na imagem corporal. Apreciados, avaliados e valorizados por cada mulher de forma singular. A relação com o próprio corpo reflecte-se na relação íntima e sexual. Quando o corpo é desgostado, existe pudor em colocar o corpo em relação com o outro. Os prejuízos são ainda mais significativos se a mulher, previamente ao diagnóstico de cancro da mama, já manifestava descontentamento com a sua imagem corporal. Nestes casos, o descontentamento tende a agudizar-se. Mulheres com dificuldade em solucionar as dificuldades nesta área podem solicitar ajuda especializada. A oncosexologia é uma especialidade da psico-oncologia destinada à resolução deste tipo de problemas. Intervenção de casal é aconselhável. SS:A reconstrução mamária tem um atraso considerável em Portugal. Isto coloca problemas do ponto de vista da recuperação das doentes? Estes problemas são reversíveis? SRC: Daquilo que conheço, os institutos de oncologia têm conseguido dar resposta. Os restantes serviços de saúde poderão estar mais condicionados. Contudo, já escutei de doentes e profissionais de saúde, que em resultado da crise económica, esse procedimento parecer ter resultado mais comprometido. Não obstante, importa acrescentar, que nem todos os casos reúnem critérios para a reconstrução; o pós-operatório é mais delicado e existe o risco de rejeição. Motivos pelos quais muitas mulheres optam por não fazer.
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Semear Saúde Oxigenesis
Da pele ao cabelo, as múltiplas respostas do sistema OXIGENESIS D.R.
O oxigénio é a fonte da vida. Elemento gasoso elementar para a sobrevivência do ser humano, mais do que simples necessidade respiratória é na resposta a patologias diversas que a sua aplicação tem demonstrado nos últimos anos a excelência deste gás poderoso. A aplicação do oxigénio através do Método OXIGENESIS - patenteado -, cujos tratamentos se baseiam em estudos científicos credenciados e autenticados, em grande parte pelo Food & Drug Administration (autoridade responsável pelas autorizações de entrada em aplicação de métodos terapêuticos nos Estados Unidos da América) - “faz a activação celular natural das células, o que permite que essas mesmas células fiquem auto-imunes e se desenvolvam sozinhas por elas próprias, com resultados imediatos no rejuvenescimento da pele”, refere Ilda Mota, o rosto por detrás da introdução desta resposta terapêutica em Portugal.
quer tecido em 45 minutos”. Um dos resultados mais surpreendentes na Semear Saúde “aconteceu-nos com um paciente oncológico septuagenário. Apesar dos efeitos devastadores bem visíveis na sua pele devido aos tratamentos da quimioterapia, os resultados visíveis foram imediatos com apenas uma aplicação”, salienta Cláudia Brito.
Uma resposta premiada
O Método OXIGENESIS, agora disponível no Algarve na Semear Saúde em Tavira Sem contra-indicações na sua aplicação, o Método OXIGENESIS, totalmente não invasivo, gera, segundo a responsável, um “renascer celular natural e inofensivo e é tão eficaz para o rosto, olhos, rugas, flacidez e acne, como em casos
de manchas, poros dilatados, celulite e estrias, por exemplo”. A especialista é clara ao afirmar que “tudo o que for problema de pele, nós resolvemos através deste método”, acrescentando que “não temos casos de insucesso”.
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Uma resposta muito esperada à sua espera na Semear Saúde A eficácia e versatilidade da resposta desta solução terapêutica às mais variadas patologias foi o que levou a presidente da Semear Saúde, Cláudia Brito, a fazer uma aposta ponderada, consciente e firme no Método OXIGENESIS. Esta é uma “escolha acertada”, refere Cláudia Brito, enfantizando que “o uso indiscriminado de cremes, séruns e outros tipos de activos causaram uma tal habituação nas peles e a sua progressiva intoxicação que o resultado são peles que não trabalham eficientemente e se tornaram preguiçosas”. Face a uma pele que cada vez mais carece de ajuda para se regenerar, a nossa escolha assenta num processo não intoxicante, que recorre a um elemento elementar, cuja activação celular natural ajuda a reeducar as nossas células, obrigando-as a passar de um estado passivo para um estado activo, o oxigénio puro”, remata a responsável da associação sediada em Tavira. “Estimulando a produção natural dos nutrientes em falta como o colágeno e a elastina, além de potencializar a penetração dos princípios activos, os resultados obtidos não deixam margem para dúvidas na função regeneradora profunda que conseguimos atingir através do sistema OXIGENESIS”, conclui.
Utilizando uma linguagem mais acessível, a presidente da Semear Saúde relembra que “o corpo humano pode suportar um tempo relativamente longo sem nutrientes (alimentos), pode resistir a um tempo mais curto sem hidratação (água), mas não pode levar mais de quatro minutos sem oxigénio (ar), que é a sua a fonte de energia, sem o qual as células não poderiam regenerar-se”. E exemplifica com a seguinte constatação: “Já reparou que quando se vai para a montanha a nossa pele fica
As valências do método OXIGENESIS não passaram despercebidas à comunidade internacional e o meio terapêutico foi prémio Melhor Produto Inovação da Europa em 2014 e 2015. Agora disponível na Semear Saúde em Tavira e à distância de uma consulta, este método permite resolver qualquer problema de pele, mas, como realça Cláudia Brito, também ao nível do cabelo o desempenho da terapia é notório. Os resultados são espantosos no tratamento de problemas associados ao cabelo e ao couro cabeludo, onde o Método OXIGENESIS permite a obtenção de respostas adequadas para um número infindável de patologias, sem os custos exorbitantes tantas vezes associados a tratamentos para estes problemas que tardam em mostrar a D.R.
O antes e o depois de um tratamento OXIGENESIS com uma cor, textura e tom diferentes? Agora imagine que em vez desses cerca de 3% de enriquecimento do que o habitual, com o Método OXIGENESIS estamos a aplicar um oxigênio puro de 99%, juntamente com alguns ingredientes activos. A resposta é imediata sem necessidade de recorrer a sofisticadas máquinas cujos efeitos secundários são desconhecidos. Este método inofensivo consegue rejuvenescer qual-
sua eficácia e muitas vezes nem todos conseguem gerar resultados credíveis. Sem dramas, nem complicações, sem aplicações repetitivas e que nos obrigam a alterar as nossas rotinas diárias, também nos problemas do cabelo a resposta passa pelo recurso ao Método OXIGENESIS, assente numa avaliação prévia de cada problema específico, paciente a paciente e com uma resposta individualizada e adequada a cada um.
22.07.2016 7
Semear Saúde termografia
Check-up indolor e não evasivo permite despiste de doenças em tempo real Fazer o despiste de doenças oncológicas, e não só, através de um check-up indolor, não evasivo e sem efeitos secundários é possível em Tavira, na Associação Semear Saúde. A associação, em conjunto com o naturopata Rui Coelho, disponibiliza este sistema de avaliação funcional - conhecido por “Electro Intersticial Scan” ou termografia - “que permite diagnosticar patologias antes da doença aguda”, disse à Semear Saúde o naturopata e osteopata Rui Coelho. “O maior benefício deste exame é que mesmo numa fase muito inicial de um problema de saúde o sistema diz logo que há uma disfunção e isso permite, muitas vezes, que não se desenvolva a doença”, explicou o especialista responsável por esta terapia na Semear Saúde. O funcionamento do aparelho é simples: são quatro placas metalizadas e um adesivo colocados, respectivamente, nos pés, mãos e testa, ligados a um computador, que através de um sistema informático apresenta um corpo humano em 3D, dividido por cores, identificando a vermelho
D.R.
as áreas que estão com valores “anormais”. No momento do exame são necessárias quatro informações da pessoa: a data de nascimento, a altura, o peso e o tipo sanguíneo. É a partir destes dados e através da análise do organismo que se torna possível despistar possíveis patologias que vão desde lesões ósseas, quistos, pedras nos rins, problemas no fígado, no cérebro ou até mesmo alergias alimentares.
Ferramenta eficaz na prevenção de doenças Rui Coelho, com uma experiência firmada nesta abordagem terapêutica de cerca de 14 anos, afirma ter sido “um dos cinco primeiros a fazer uso desta tecnologia em Portugal”. “Actualmente o sistema está actualizado tecnologicamente mais desenvolvido e utiliza imagem 3D, antigamente era uma coisa muito básica, mesmo que tenha sido considerada desde o início uma tecnologia bastante avançada”, contou. Hoje em dia, “continua a ser uma ferramenta muito eficaz na prevenção e isso é que é importante, porque MÓNICA MONTEIRO
O despiste das patologias faz-se através de imagens térmicas depois da doença instalada é muito mais complicado de a resolver”, garante Rui Coelho. Ainda assim o naturopata defende que este “é um meio de despiste correcto, mas que não pode nem deve ser substituto de exames auxiliares”. “Claro que chega a haver vezes em que tenho 100% de certezas de qual é o diagnóstico, mas encaminho sempre para um especialista na área que efectue análises e exames complementares”, frisou. “Imaginemos, se for uma pessoa que tenha um problema na coluna o sistema não diz definitivamente que é uma tendinite ou um desvio da coluna, diz que a coluna naquele sítio está em pressão e é por isso que é necessário fazer mais do que este check-up”, acrescentou.
Check-up está disponível na Associação Semear Saúde por marcação
O naturopata Rui Coelho junto ao sistema de termografia
O check-up pode ser efectuado nas instalações da Associação Semear Saúde através de marcações via telefone ou email e dura poucos minutos a ser realizado. Quem mais o procura são pessoas “com dores”, referiu o naturopata. “As pessoas procuram muito este check-up na esperança de descobrirem a causa do problema que lhes causa dor”, referiu o terapeuta, acrescentando que “apesar de eu saber que só esta análise não basta, considero-a
essencial para me auxiliar a estudar o
paciente no caso concreto numa abordagem individualizada, afinal, o que eu quero é ajudar as pessoas”. E foi na ânsia de “ajudar as pessoas a ter mais qualidade de vida” que se uniu à Associação Semear Saúde. “Trabalho com a Semear Saúde porque esta Associação, tal como eu, quer ajudar as pessoas e essa é a minha forma de trabalhar e de estar na vida”, afirma o naturopata Rui Coelho. Na associação o naturopata afirma que tem recebido e prestado ajuda através da termografia “a muita gente”. Como uma verdadeira jogada de antecipação face à doença, a termografia é um passaporte para uma atitude preventiva e profilática face às mais diversas patologias. Fiabilidade, confiança e segurança numa terapêutica que aposta em saber hoje o que pode estar na base do mal de amanhã, um valor fundamental quando se sabe que a resposta às patologias em tempo útil é a arma fundamental de uma saúde que se deseja duradoura e plena. PUB