Caderno de Saúde - 988 Postal

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Alto patrocínio

Conferência Internacional da Enrich “Saúde e Sustentabilidade” págs. 4 e 5 Unidades de Saúde Familiar: o utente mais próximo do Serviço Nacional de Saúde pág. 5 Hospitais algarvios revelam áreas de excelência págs. 6 e 7 Hospital Particular do Algarve: Saúde - um bem essencial 24 horas págs. 8 e 9 O papel da saúde no turismo algarvio págs. 12 e 13 Este suplemento faz parte integrante da edição n.º 988 do Postal do Algarve, de 20 de Maio de 2010, e não pode ser vendido separadamente


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Caminhar ajuda! - Reduz o risco de doença coronária e ataque cardíaco; - Baixa a pressão sanguínea (tensão arterial); - Baixa o colesterol; - Reduz a gordura corporal e ajudar no controlo do peso; - Diminui o risco de cancro do cólon; - Reduz o risco de diabetes tipo II (não insulino-dependente); - Melhora a condição dos ossos e articulações, ajudando a combater a osteoporose e a osteoartrite; - Aumenta a força, flexibilidade e a coordenação, reduzindo o risco de quedas; - Reduz o stress; - Melhora o bem-estar e a qualidade de vida.


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A diversificação da estrutura económica do Algarve

A Saúde como motor da economia

A

saúde evoluiu em Portugal nos últimos 30 anos de forma impressionante e o percurso fulgurante dos cuidados disponibilizados e prestados à população fez-se de forma acelerada, com erros e percalços, mas garantiu a qualitativa e quantitativa dos indicadores daquela que é uma das áreas fundamentais para a sobrevivência e qualidade de vida das populações. O Algarve, uma região geograficamente periférica face à capital do país e votada, durante anos, a um investimento parco da Administração Central na área da saúde, nomeadamente quanto a equipamentos e muito particularmente

quanto a escolas capazes de for mar profissionais do sector, sentiu de forma aguda a melhoria dos cuidados nos últimos anos. Um percurso que se cumpre com a recente abertura do curso de Medicina e se continua a cumprir com investimentos como o Hospital Central do Algarve, as Unidades de Saúde Familiar e as Unidades de Saúde na Comunidade, que se propõem alterar de forma marcada a gestão dos recursos públicos aplicados na saúde e a forma como estes representam uma mais-valia para habitantes e visitantes do Algarve. A reformada rede de urgências e a disponibilidade de meios de socorro de

emergência pré-hospitalar, bem como a autonomia regional no transporte aéreo de doentes para unidades de referência em determinadas situações, são hoje mais um garante de um caminho que não se apresentou fácil na consolidação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) num sistema integrado eficaz e sustentável e que promete exigir no futuro tanto ou mais esforço, quer dos políticos e dirigentes, quer dos profissionais da área da saúde.

forma de escapar aos estrangulamentos do SNS. Unidades privadas que garantem, também elas, cuidados de saúde à população, pese embora as limitações de acesso, representam investimento na região, criação de postos de trabalho, geração de riqueza, e parecem nos dias que correm ser uma das apostas do Algarve em termos de nichos de crescimento económico. O sector da saúde, no seu todo, é visto por muitos dos responsáveis públicos e privados da região e por investidores nacionais e estrangeiros como um dos caminhos para a diversificação da economia algarvia e para a criação de riqueza, falando-se já da saúde como mo-

O sector privado Por outro lado, o investimento privado na região veio sendo feito ao longo dos anos de forma paulatina e os grupos privados do sector instalaram no Algarve unidades hospitalares que se foram desmultiplicando em novas valências e na oferta de uma prestação de cuidados diferenciada a diversos níveis para aqueles que podem pagar ou que no limite vêem no recurso ao privado uma

tor da economia do Algarve. Muito para além dos investimentos em serviços de saúde no sentido estrito do termo, a aposta está em ir mais além e aliar e complementar a saúde com o turismo, estes com o bem-estar e todos eles com a qualidade

Muito mais do que os investimentos em serviços de saúde no sentido estrito do termo, a aposta está em ir mais além e aliar e complementar a saúde com outras áreas

FICHA TÉCNICA Director: Henrique Dias Freire Coordenação: Ricardo Claro Conceito, design e paginação: Profissional Gráfica Design e paginação: André Navega

Conteúdos: Ricardo Claro, Cátia Henriques, Nuno Braga Revisão: Cristina Mendonça Publicidade e publireportagens: Basílio Pires, José Francisco, Anabela Gonçalves

de serviço e com as excelentes condições de clima e segurança da região a que se somam a existência de profissionais qualificados e a referenciação dos cuidados de saúde prestados no país como estando dentro dos padrões de referência do mundo ocidental. É esta oferta multíplice e interdependente que está na base da convicção daqueles que vêem no Algarve potencial para desenvolver investimentos no sector e é exactamente aqui que se devem focar as atenções no sentido de qualificar a região para o efeito de forma sustentável e credível. O POSTAL, consciente dos desafios colocados ao Algarve neste campo, não deixa de se associar ao esforço de debate, proposta de ideias e soluções e de informação sobre a temática e o Especial de Saúde que hoje publica bate-se por isto mesmo.

e Profissional Gráfica Tiragem: 16.850 exemplares

Algarve, uma região segura e saudável Nos últimos quatro anos, o Algarve deu passos decisivos na área da saúde. Todos os objectivos traçados em 2005, foram alcançados. Preparámos e pusemos a concurso o novo Hospital Central do Algarve, criámos a Rede de Cuidados Continuados: de 15 camas de cuidados continuados em 2005 passámos a 317 camas, estando neste momento em várias fases de execução mais 530 camas de financiamento público e 101 camas de iniciativa privada. A rede completa-se com 28 equipas de apoio domiciliário que acompanham diariamente mais de 1.600 pessoas. Iniciámos a reforma dos Centros de Saúde, melhorando as condições de acessibilidade ao médico de família, através da criação das Unidades de Saúde Familiar, estando já a funcionar 9, abrangendo mais de cem mil pessoas, atribuindo médico de família a mais de 16. mil utentes. Pusemos a funcionar a rede de urgência do Algarve, que conta agora com quatro ambulâncias de Suporte Imediato de Vida, três Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação, um Helicóptero, quatro Serviços de Urgência Básica e dois Serviços de Urgência Hospitalar, instalámos e pusemos a funcionar as Unidades de AVC nos Hospitais de Faro e do Barlavento Algarvio, implementámos as Vias Verdes do AVC e Enfarte Agudo do Miocárdio. Instalámos e operacionalizámos o Centro de Medicina de Reabilitação do Sul, em São Brás de Alportel, construímos a Unidade de Desabituação do Algarve – IDT, iniciámos em Setembro de 2005 o Rastreio do Cancro da Mama que hoje abrange mais de 60% das mulheres algarvias, entre os 50 e os 67 anos, preparámos o início do Rastreio do Cancro do Colo do Útero, que começará em Junho de 2010 e demos continuidade ao Rastreio do Cancro do Cólon e Recto. Construímos e pusemos a funcionar o Laboratório Regional de Saúde Pública Laura Ayres, permitindo que a região passasse a dispor de autonomia para a detecção do vírus da Gripe A. Reduzimos as listas de espera cirúrgica em mais de dois mil episódios e o tempo médio de espera baixou de nove para três meses. Reduzimos as listas de espera em Oftalmologia. Nesta especialidade, os hospitais públicos realizaram mais de dez mil consultas e

Rui Lourenço Presidente do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde do Algarve, IP

4.600 cirurgias. Ao longo dos últimos anos, o Algarve viu o trabalho dos seus profissionais de saúde e serviços de saúde serem reconhecidos a nível internacional e nacional, sendo disso exemplos, a atribuição do título de Hospital Amigo dos Bebés ao Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio pela UNICEF/OMS, os resultados obtidos pela Unidade de Cardiologia de Intervenção do Hospital de Faro, ou a atribuição dos Prémios Hospital do Futuro em 2008 e 2009 à ARS Algarve. Atingidos estes objectivos, mantidos os bons resultados em saúde obtidos nos últimos anos, que permitiram que a região do Algarve apresentasse no ano de 2008 a mais baixa taxa de mortalidade infantil, 3.2/1.000, o Algarve tem de ultrapassar de uma vez por todas o problema dos recursos humanos. As condições estão criadas, com a entrada em funcionamento no ano lectivo 2008/2009 do 1.º ano do curso de Medicina da Universidade do Algarve, com a construção e a entrada em funcionamento, a breve prazo, do novo Hospital Central, com a existência das licenciaturas, pós-graduações e centros de investigação, que abrangem as ciências biomédicas, as ciências farmacêuticas, as tecnologias da saúde, a enfermagem, a psicologia e a educação social nas Universidades do Algarve, a região terá condições para resolver a escassez de recursos humanos e poder-se afirmar na área da Inovação e do Desenvolvimento, em particular nas áreas das ciências biomédicas e das ciências da saúde. Dotada de excelentes condições de saneamento básico, de uma hotelaria de alta qualidade e segurança higiénica certificada, de praias classificadas com Bandeira Azul e Acessibilidade, de produtos da terra e do mar de elevada qualidade e certificação europeia, agricultura biológica, vinhos, produtos DOP e IGP, de vias organizadas para passeios pedestres (Via Algarviana) e de bicicleta (Ecovias do Algarve), o Algarve está apto a apoiar o desenvolvimento de comportamentos e hábitos saudáveis nos turistas e residentes, promovendo a alimentação saudável, a actividade física e proporcionando condições ambientais e climatéricas de excelência, assumindo-se hoje como uma região segura e saudável.


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Conferência Internacional da Enrich “Saúde e Sustentabilidade” é o tema do primeiro encontro de 2010

Rede europeia de saúde reúne em Portimão

P

ortimão acolhe este ano, no Auditório do Museu Municipal da cidade, a primeira Reunião Anual de 2010 sob o tema “Saúde e Sustentabilidade”. Uma escolha, tomada em Bruxelas, Bélgica, na última reunião anual da rede e que contemplou o Algarve com a responsabilidade de organizar a iniciativa. Entre hoje e amanhã, 20 e 21 de Maio, as regiões-membros da ENRICH, Toscana (Itália), da Andaluzia (Espanha), do East Midlands (Reino Unido), da Aquitânia (França), da Umbria (Itália), da Malopolska (Polónia), da Valónia (Bélgica), a terceira Região de Saúde da Macedónia (Grécia), da Drama-Kalava-Xanthi (Grécia), da Alta Saxónia (Alemanha) e a região de Steiermark (Áustria), reúnem-se na cidade do Arade. Um encontro que se desenvolve em dois momentos, um primeiro que compreende a reunião do comité da rede propriamente dita e, um segundo, de que consta uma conferência sobre a temática escolhida. A ENRICH, criada em 2005 em Florença, é reconhecida pela Comissão Europeia como uma rede activa que visa a partilha de informações e boas práticas, o acompanhamento do desenvolvimento das novas políticas, programas e iniciativas implementadas pela Comissão Europeia no campo da Saúde e a concretização de projectos inter-regionais nas áreas concertadas entre regiões. O Algarve, através da Administração Regional de Saúde (ARS), é uma das regiões que faz formalmente parte da rede, desde 2009, a convite da Comunidade Autónoma da Andaluzia, uma das regiões fundadoras. A ENRICH tem um secretariado permanente em Bruxelas, garantido pelas regiões da Aquitania, Toscânia, Andaluzia e East-Midlands, que ali têm representação permanente. Estão estabelecidas anualmente duas reuniões ordinárias da ENRICH, uma na região que preside em cada

D.r.

• A presença de Portugal na ENRICH é uma aposta da ARS, dirigida por Rui Lourenço ano à rede e outra sempre em Bruxelas, “ porque se entende que esta é a forma de a rede estar mais próxima daquilo que são os fóruns de decisão das políticas europeias de Saúde”, disse ao POSTAL Rui Lourenço, presidente do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde do Algarve, IP. “Este ano a reunião que recebemos no Algarve, estava prevista para a região de Steiermark na Áustria, mas por razões de calendário eleitoral do país não era aconselhável a sua realização. O Algarve disponibilizou-se para realizar o encontro e, apesar

de só pertencermos à ENRICH há um ano, os membros da rede consideraram que tínhamos condições para levar a cabo a iniciativa”, esclarece o responsável da Saúde.

De acordo com Rui Lourenço, a ARS escolheu Portimão para acolher o evento porque oferece condições para receber a reunião e porque valorizámos o empenhamento da

“A integração do Algarve na rede tem para o responsável da Saúde algarvia outro aspecto de especial relevo, a possibilidade de desenvolver com as regiões-membros projectos transfronteiriços na área da Saúde, que permitirão um desenvolvimento qualitativo no Algarve e podem determinar o acesso a fundos essenciais para o desenvolvimento do sector na região”

Câmara de Portimão na área da Saúde, muito em particular, por ser o único município do Algarve que integra a Rede de Municípios e Cidades Saudáveis. Sustentabilidade da Saúde O tema escolhido para a conferência tem por base o facto de, desde meados dos anos 70 do século passado, o Relatório Lalonde, produzido pelo ministro da Saúde Canadiano Mark Laonde, apontar para o facto da Saúde ter de perceber quais os seus próprios determinantes e que estes não estão necessariamente no seu universo mais directo, mas sim no ambiente físico e socioeconómico em que as populações se desenvolvem e na forma como estas se relacionam com o seu meio envolvente. De acordo com a ideia avançada pelo relatório, que entretanto alterou a forma de pensar a Saúde, adoptando-se um conceito de Saúde global, este enquadramento que determina a condição de vida das pessoas, fez deslocar o centro das preocupações na discussão do sector, do tratamento da doença em específico para uma realidade diversa que passa pelas questões de promoção e prevenção na Saúde. Passam assim a entrar em linha de conta para as temáticas da Saúde a forma como nos comportamos, como vivemos, como nos relacionamos com outras pessoas e com o meio ambiente, e a forma como nos organizamos passaram a ser de grande importância na determinação das políticas de Saúde que se devem desenvolver no sentido de estabelecer padrões de comportamento e de vivência que nestes domínios permitam a promoção da Saúde e a prevenção da doença. Estas ideias estão estreitamente ligadas com a sustentabilidade. Cada vez mais a promoção de hábitos e comportamentos saudáveis e a prevenção de doenças são os caminhos a trilhar para se obter uma população mais saudável, para se atingir uma situação em

que as doenças mais do que se se tratarem, se evitam e para se alcançarem poupanças significativas quanto à aplicação dos recursos humanos e económicos gastos na Saúde. A importância dos projectos transfronteiriços A integração do Algarve na rede tem para o responsável da Saúde algarvia outro aspecto de especial relevo, a possibilidade de desenvolver com as regiões-membros projectos transfronteiriços na área da Saúde, que permitirão um desenvolvimento qualitativo no Algarve e podem determinar o acesso a fundos essenciais para o desenvolvimento do sector no Algarve, quer no presente, quer no quadro dos apoios comunitários para o período a partir de 2013. “Este é um projecto onde estamos de corpo inteiro”, afirma Rui Lourenço, acrescentando que “existem nesta participação do Algarve na ENRICH vantagens potenciais de grande importância, a possibilidade de troca de experiências e de boas-práticas, a experimentação e o reconhecimento das nossas práticas por parceiros de outros países constituem uma mais-valia muito relevante”. Por outro lado, existe também a possibilidade de rentabilizar programas implementados pela ARS no Algarve e que já dão provas de sucesso, como o Escola Activa que permite a monitorização e seguimento dos efeitos de práticas promotoras da Saúde levadas a cabo nas escolas com base em padrões de análise reconhecidos internacionalmente. “Ao criamos estes programas e ao mostrá-los aos nossos parceiros criamos condições para podermos rentabilizar, mesmo financeiramente, o trabalho investido na sua criação e implementação, porque passamos a poder fornecer aos parceiros e a terceiros o Knowhow e os recursos humanos especializados na sua implementação”, realça Rui Lourenço. Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com


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Cuidados de saúde primários

programa CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA REDE ENRICH “Saúde e Sustentabilidade” Auditório do Museu Municipal de Portimão 20 de Maio de 2010 09h00 Abertura do secretariado 09h30 Sessão de abertura: Boas vindas e objectivos da conferência Rui Lourenço, Presidente do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde do Algarve IP, Membro anfitrião da ENRICH Manuel da Luz, Presidente da Câmara Municipal de Portimão José Luís Rocha Castilla, Conselheria de Saúde da Junta da Andaluzia, Presidência da ENRICH 10h00 – 13h00 (11h30 – 11h45 Pausa para café) Saúde e Sustentabilidade I “Saúde e Alterações Climáticas” Roberto Bertollini, Consultor Sénior e Coordenador do Departamento de Saúde Pública e Ambiente, Organização Mundial da Saúde, (intervenção pré-gravada) “Estratégia Regional de Desenvolvimento articulando saúde e desenvolvimento social e económico: reduzir desigualdade em Saúde” Erio Ziglio, Director do Departamento Europeu para Investimento em Saúde e Desenvolvimento da Organização Mundial da Saúde - Veneza, (intervenção pré-gravada) Moderador: Rui Lourenço (Região do Algarve, Membro da ENRICH) Saúde e Sustentabilidade II

“Desafios crescentes – Fundos + ? = Sustentabilidade da Saúde; Convertendo Obstáculos em Oportunidades” Camille Bullot, Coordenadora de Políticas da Comissão de Política Social e Saúde Pública, AER (Assembleia das Regiões Europeias),. Moderador: José Luís Rocha (Região da Andaluzia, Presidência da ENRICH) 13h00 Almoço – Museu Municipal de Portimão 14h30 3ª Sessão

Maria João Cruz, Coordenadora do CCIAM – Grupo de Investigação sobre os Impactos das Alterações Climáticas “Saúde e Sustentabilidade: o papel da Avaliação da Tecnologia de Saúde” José Luís Pinto Prades, Perito Internacional em Sustentabilidade económica em Saúde, Universidade Pablo de Olavide (Sevilha)

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Boas Práticas nas Regiões I

East-midlands “Criação de um quadro de referência para a prestação de serviços de saúde sustentáveis e de baixo consumo de carbono nos East Midlands” - Helen Ross. Andaluzia “Critérios de saúde aplicados à utilização de águas residuais na Andaluzia” - José Vela Ríos e Francisco Rodríguez Rasero Algarve “Programa de prevenção e controlo da Doença do Legionário em hotéis – Algarve” - Alexandra Monteiro. Moderadora: Solange Menival (Região da Aquitânia, Vice-Presidente ENRICH) 15h45 Pausa para café 16h00 4ª Sessão Boas Práticas nas Regiões II

TOSCÂNIA “O novo Hospital Meyer: um caso exemplar de respeito pelo ambiente” - Massimo Calamai. AQUITÂNIA

“Saúde e Alterações Climáticas”

Unidades de Saúde Familiar: o utente mais próximo do Serviço Nacional de Saúde

“Saúde e desenvolvimento sustentável na Aquitânia” - Solange Menival Saxónia-Anhalt “Exemplos de estudos de avaliação da sustentabilidade de acções para a melhoria da saúde infantil na Saxónia-Anhalt” - Gabriele Theren. Moderador: Nick Salfield (Região de East Midlands, Vice-Presidência ENRICH)

• A equipa da Unidade de Saúde Familiar Ria Formosa, inaugurada em Faro no passado mês de Abril

M

ais de 16 mil pessoas gan haram médico de família com a entrada em funcionamento das Unidades de Saúde Familiar (USFs) na região do Algarve. Neste momento encontram-se em actividade nove USFs na região, sendo que na totalidade estas unidades abrangem 105.101 utentes, dos quais 16.012 anteriormente não tinham médico de família, segundo dados do último relatório da Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP). Centradas nas necessidades dos cidadãos e envolvendo a mobilização dos profissionais, a criação das USFs foi o primeiro passo do processo de reforma dos cuidados de saúde primários, iniciado em 2005, e uma das principais prioridades do Governo. À semelhança das restantes regiões do país, o Algarve seguiu também esta tendência de mudança, que, na opinião de muitos especialistas, constituiu “um momento de viragem no rumo organizativo dos cuidados de saúde em Portugal”. No Algarve são já nove as Unidades de Saúde Familiar em actividade, a USF Âncora em Olhão (2006), a USF Al-Gharb em Faro (2007), a USF Balsa em Tavira (2007), a USF Mirante em Olhão (2008), a USF Monchique (2008), a USF Farol em Faro (2009), a USF Albufeira (2009), a USF Guadiana em Vila Real de Santo António/ Castro Marim (2009) e a USF Ria

Formosa em Faro inaugurada no passado mês de Abril. Os meios humanos As USFs abrangem, actualmente, mais de 100 mil utentes, envolvendo 184 profissionais, dos quais: 62 médicos, 64 enfermeiros e 58 administrativos, e permitiram dar médico de família a mais de 16 mil utentes na região do Algarve. Estas unidades que reúnem médicos, enfermeiros e administrativos, numa equipa multidisciplinar, oferecem uma carteira básica de serviços aos utentes nela inscritos, garantem a acessibilidade permanente a todos os utentes no seu período de funcionamento, através do princípio da intersubstituição solidária, permitindo o atendimento de todas as situações de doença aguda não urgente/emergente nestas unidades. “Descentralização”, “autoorganização” e “responsabilização” face aos resultados, são os principais motivos apontados pelos profissionais de saúde que aderiram a este novo modelo de prestação de cuidados de saúde primários. A importância da reforma O secretário do Estado Adjunto e da Saúde, Manuel Pizarro, aquando da cerimónia oficial de inauguração da USF Ria Formosa em Faro, em Abril passado, destacou a importância da reforma dos cuidados de saúde primários na crescente melhoria do funcio-

namento do Serviço Nacional de Saúde, sublinhando que “os cuidados de saúde primários são um aspecto essencial, porque são o único espaço onde nós podemos combinar de modo adequado a proximidade aos cidadãos com a qualidade. Por isso, nós temos investido tanto nesta reforma dos cuidados de saúde primários, como a principal prioridade de acção do Governo na área da saúde”. “O sistema de saúde não tem como único objectivo tratar pessoas doentes, isso era uma visão do passado, de há uma sdécadas atrás. Hoje o objectivo é muito diferente. É prevenir a doença e promover a saúde, isso só é possível com cuidados de saúde de proximidade que estejam muito abertos aos cidadãos, que tenham grande qualidade e grande motivação e grande diferenciação dos profissionais, por isso, a aposta nos cuidados de saúde primários é uma aposta essencial, decisiva”, salientou Manuel Pizarro. Centros de Saúde agrupados Neste sentido, a reforma continua a desenvolver-se, assumindo mesmo uma nova dinâmica com a implementação dos agrupamentos dos centros de saúde (ACES), do Barlavento, Central e Sotavento. Os directores executivos dos ACES e respectivos conselhos clínicos encontram-se já em actividade, representando uma das inovações primordiais: a existência de uma hierarquia

técnica, pela primeira vez, nos centros de saúde. Com os ACES, pretende-se consolidar as respostas já existentes e promover a constituição das restantes unidades que os integram: as unidades de cuidados na comunidade, as unidades de saúde pública, as unidades de recursos partilhados e as unidades de cuidados de saúde personalizados. Cuidados na comunidade Até ao momento no Algarve encontram-se em funcionamento três Unidades de Cuidados na Comunidade, a UCC de Faro, a UCC Infante em Lagos e a UCC Santo António de Arenilha em Vila Real de Santo António, estando a decorrer o processo de candidaturas para a constituição de mais unidades desta tipologia que permitirão a curto prazo abranger a região algarvia. Estas unidades têm como objectivo a prestação de cuidados de saúde e apoio psicológico e social de âmbito domiciliário e comunitário, especialmente às pessoas, famílias e grupos mais vulneráveis, em situação de maior risco ou dependência física e funcional ou doença que requeira acompanhamento próximo, e actuam ainda na educação para a saúde, na integração em redes de apoio à família e na implementação de unidades móveis de intervenção, garantindo a continuidade e qualidade dos cuidados prestados.


Ce n Ho tro s do pita B la Al arla r ga v rv en io to

Ho s Pa pita rt l do icu A lar Al lga vo rv r e,

Ho s S. pita Go l de nç La alo go s

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Barlavento

No Algarve existem tratamentos topo de gama e áreas distinguidas a nível nacional

Hospitais algarvios revelam áreas de fotos D.r.

Especialidades

Hemodinâmica

Colangiopancreatografia

Medicina Nuclear

É um método de diagnóstico e terapêutico que utiliza técnicas invasivas para obtenção de dados funcionais e anatómicos das várias cardiopatias. É através do cateterismo que se faz o estudo da dinâmica circulatória cardíaca, que consiste na inserção de catéteres radiópacos sob controlo fluoroscópico e monitorização electrocardiográfica, seguindo o trajecto das artérias e veias periféricas até às cavidades

A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é um exame de diagnóstico que associa raios X e endoscopia e permite avaliar os canais biliares, canais pancreáticos e vesícula biliar. Estes canais drenam no duodeno ao nível de uma estrutura designada papila de Vater. É introduzido através da boca um tubo longo e flexível, designado duodenoscópio, que possui na sua extremidade uma fonte de luz e uma

É um método seguro, indolor e de baixo custo, que fornece informações que outros métodos não apresentam. Envolve o uso de quantidades muito pequenas de materiais radioactivos (inofensivos para a saúde nestas quantidades) que permitem a execução de “fotografias” da área do corpo que se deseja examinar. Estas imagens fornecem informações sobre as funções dos órgãos e sistemas do organismo. Enquanto a radiologia faz

cardíacas. O cateterismo permite a visualização radiológica das cavidades cardíacas e grandes vasos através da injecção de produto de contraste.

câmara de vídeo que irá transmitir imagens e componentes que permitem colher, de forma indolor, fragmentos de tecido (biopsia)

imagem da estrutura (da forma), a Medicina Nuclear faz imagem da função e da maneira como esta pode ser alterada em determinada doença.


Ho s de pita Fa l ro

Ho s Pa pita rt l do icu A lar Fa lga ro rv e,

Ho s Pr pita iv l M ado ar S ia an de ta Fa ro

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sotavento

Hospitais recentes e equipamentos de última geração valem o preço

e excelência

A

pesar das muitas queixas em relação ao atraso na construção do novo Hospital Central do Algarve, a região conta com inúmeros serviços que disponibilizam equipamentos de última geração e conta com áreas que são reconhecidas a nível nacional. O panorama da saúde no Algarve não é assim tão negro quanto o pintam e o POSTAL foi descobrir os serviços que mais se destacam na região, quer nos hospitais públicos, quer nos privados. Existem seis grandes hospitais no Algarve, espalhados desde Lagos até Faro, dois são públicos e quatro privados. (ver no fundo da página) O director da Administração Regional de Saúde do Algarve, Rui Lourenço, afirmou ao POSTAL que, apesar de ainda não existirem todas as áreas de cuidados médicos que o Algarve precisaria para os seus utentes, os serviços que existem dão mostras de serem competentes e de terem qualidade. “O Algarve vai ser auto-suficiente em termos médicos quando tiver o novo hospital e os especialistas necessários para compor a equipa médica. Mas, neste momento os hospitais públicos têm serviços de qualidade, reconhecidos nacional e internacionalmente, como os serviços da Unidade de Hemodinâmica do Hospital de Faro, que realiza um bom trabalho de investigação na área”, revela Rui Lourenço.

Quanto à articulação com o sector privado, Rui Lourenço é mais crítico, deixando claro que apesar de trabalharem para os utentes, os hospitais privados só exercem as áreas que podem dar lucro. “O sector privado não tem que cumprir os serviços que um hospital público oferece. Oferecem os serviços que os administradores decidem, e cumprem os objectivos atribuídos pelos conselhos de administração”, adianta. História dos hospitais Construído para substituir o antigo Hospital da Santa Casa da Misericórdia, o Hospital de Faro iniciou a sua actividade a 4 de Dezembro de 1979, e serve uma população residente de cerca de 253 mil pessoas. O Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio entra em funcionamento em 1999 e, em 2004 agrupa a Unidade Hospitalar de Lagos. O Hospital de Santa Maria de Faro foi criado em 1993, e em 2000, foi adquirido pela HPP Hospitais Privados de Portugal. A HPP investiu numa segunda unidade, o Hospital S. Gonçalo de Lagos que entrou em funcionamento em Setembro de 2003. O Hospital Particular do Algarve abriu em 1996, em Alvor. Em 2009, abriu uma unidade em Faro, que é a mais recente unidade hospitalar da região. Nuno Braga nunob.postal@gmail.com

Cirurgia laparoscópica

É uma técnica cirúrgica minimamente invasiva, realizada com auxílio de uma câmara de vídeo e de dois ou três instrumentos cirúrgicos que são introduzidos no interior da cavidade abdominal através de pequenos orifícios feito na pele. É inserido um trocáter na ca-

vidade, um tubo com cerca de 12 centímetros de comprimento por onde vai passar a câmara de vídeo, que permitirá a inspecção do interior do abdómen e a inserção dos outros trocáteres. No final da operação são retirados os trocáteres e as pequenas incisões são fechadas.

Privados apostam na tecnologia de ponta

A

s mais recentes técnicas e equipamentos são uma das grandes mais-valias dos hospitais privados para atrair utentes que não se importam de pagar por qualidade. Os serviços também mostram provas em todo o país. As instalações dos hospitais privados contam com as mais recentes técnicas de diagnóstico e de intervenção cirúrgica. Um dos casos é a colangiopancreatografia re-

trógrada endoscópica (CPRE), que é uma técnica cada vez mais utilizada no Hospital Particular do Algarve, devido aos bons resultados obtidos. As novas instalações da unidade de Faro contam com unidades de Medicina Nuclear e de Cirurgia Laparoscópica equipadas com tecnologia de ponta, sendo algumas exclusivas em toda a zona sul do país. Já a unidade de Medicina Física e Reabilitação do Hos-

pital São Gonçalo de Lagos disponibiliza, tanto para os doentes internados como para os utentes do ambulatório, electroterapia, fototerapia, termoterapia, massoterapia e treinos terapêuticos, funcio-

nando em articulação permanente com os outros serviços do hospital, nomeadamente Ortopedia, Reumatologia e Neurologia. Ao todo os quatro hospitais privados disponibilizam ao Algarve cerca de 100 camas, mais de dez salas de operações e para cima de 20 gabinetes de atendimento médico. Isto não contando com os profissionais que trabalham nas unidades hospitalares.

Hospitais públicos asseguram cuidados de saúde com qualidade

Neonatologia e Urgências são motivo de orgulho

A

Unidade de Cuidados Intensivos de Neonatologia do Hospital de Faro é a única unidade de apoio perinatal diferenciada na região, que garante assistência a prematuros e a recém-nascidos que necessitem de receber cuidados especiais e intensivos (ver caixa). A médica responsável pela unidade, Maria José Castro, explica que para além da qualidade dos equipamentos, o sucesso da unidade também

áreas cruciais na prestação de cuidados neonatais”.

se deve “em grande parte à prática diária e à especialização dos profissionais de saúde, nomeadamente do corpo clínico e de enfermagem que se têm vindo a diferenciar em

Urgências são exemplo para o país O Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA) foi considerado no ano passado como “um bom exemplo” em termos de organização das urgências hospitalares. O Instituto Português da Qualidade distinguiu o CHBA a nível nacional e promoveu uma apresentação do modelo

de urgências em Lisboa, onde estiveram representados hospitais como o de Coimbra e o Garcia de Orta. O POSTAL falou na altura com o presidente do conselho de administração, Luís Batalau, que explicou o que foi feito para receber tal distinção. “Temos uma directora exclusiva para as urgências, e quatro elementos fixos para estes problemas, além dos médicos de balcão e das triagens”, afirmou.

Unidade de Cuidados Intensivos de Neonatologia

Urgências hospitalares

É uma unidade especial que se encontra inserida no Serviço de Neonatologia. Esta unidade é o lugar onde se proporciona vigilância, tratamento e cuidados aos recém-nascidos prematuros e de termo com problemas de saúde que possam ser potencialmente graves. As possibilidades de sobrevivência de um bebé prematuro estão directamente relacionadas com o peso ao nascer, a presença de pro-

São o local onde a maior parte dos utentes recorre quando tem um problema de saúde. As urgências hospitalares permitem uma rápida actuação de primeira linha, o problema é que muitos dos casos não são urgentes. Os sistemas de triagem levam a que muitas das pessoas que realmente precisam sejam as primeiras a ser vistas pelos médicos. Com testes rápidos de diag-

blemas de saúde graves e a idade gestacional, uma vez que esta determina a maturidade dos órgãos. Actualmente considera-se viável um recém-nascido a partir das 23/24 semanas.

nóstico, designadamente marcadores cardíacos, parâmetros bioquímicos, de coagulação e urianálises, as urgências hospitalares solucionam muitas situações de forma mais rápida.


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Qualidade // Diferenciação // Tecnologia

HOSPITAL PARTICULAR DO ALGAR Saúde - um bem essencial 24 hora C om um crescimento contínuo ao longo dos anos, fruto de uma filosofia de acolhimento e bem-estar do doente, o Hospital Particular do Algarve estendeu a sua influência geográfica, envolvendo-se num conceito de grupo para melhor servir a população que habita e visita esta região. É neste contexto que surge

centros de formação e hospitais no mundo inteiro, procurando a formação contínua dos nossos colaboradores e a constante actualização do conhecimento científico que transpomos nos serviços que prestamos. Privilegiamos a rapidez e a segurança no seu atendimento e por isso criamos um sistema de registo e transmissão de informa-

O Grupo inaugurou em 2009 o seu mais moderno e bem equipado Hospital, o Hospital Particular do Algarve – Gambelas, Faro o novo hospital em Faro. Para responder ao fluxo de utentes presentes no sotavento algarvio, o Grupo inaugurou em 2009 o seu mais moderno e bem equipado Hospital, o Hospital Particular do Algarve – Gambelas, Faro. Esta unidade visa a proximidade das populações e é mais um contributo significativo para a construção de uma imagem de referência na medicina privada. Trata-se de um Hospital com tecnologia e diferenciação acima da média, com padrões e standards europeus e staff multinacional, altamente qualificado e reconhecido. Desenvolvemos interligações com

ção médica para que tenha sempre ao seu dispor toda a informação clínica que é necessária para acompanhar o seu problema, em qualquer altura, por qualquer médico e em qualquer dos nossos hospitais. Apostamos na certificação, no controlo de qualidade de todos os nossos processos de atendimento e avaliação de desempenho de todos os nossos profissionais, com rigoroso controlo da qualidade dos serviços médicos prestados e validados em diversas áreas por avaliações internas e externas, sendo um dos primeiros hospitais ecológicos do país.

• Unidade de Faro - Gambelas, um dos primeiros hospitais ecológicos do país

Alvor // Faro

Porque a sua saúde é de particular importância!

F • Unidade de Alvor (Portimão), a funcionar desde 1996

• O HPA aposta em staff multinacional, altamente qualificado e reconhecido

oi durante uma viagem ao Algarve em 1985 que João Bacalhau se apercebeu da carência de cuidados de saúde de excelência, numa região em crescimento. Com obstinação e empenho, apostou no projecto de saúde privada em que poucos acreditavam, numa região em pleno desenvolvimento, que mais tarde viria a ser o Hospital Particular do Algarve em Alvor. Inaugurado em 1996, o Hospital Particular do Algarve – Alvor possui instalações modernas, bem preparadas e tecnologicamente evoluídas, que se apresentam como uma mais valia na área

da saúde, a nível regional e nacional. Inaugurado em Dezembro de 2009, o novo Hospital Particular do Algarve em Gambelas - Faro conta com: - Urgência 24 horas - Urgência Pediátrica - Serviço de Observação 24 horas - Unidade de Cuidados Intensivos – 8 camas - Bloco Operatório – 3 salas - Internamento: 90 camas quartos privados, semi-privados e suites - Maternidade – Berçário - Análises Clínicas - Exames Complementares de Diagnósticos

- Consultas Externas - Ambulâncias Privadas – 24 horas

CONTACTOS: Call Center: 707 28 28 28 Unidade de Alvor Estrada de Alvor 8500-322 Alvor – Portimão Unidade de Faro Gambelas 8005-226 Gambelas – Faro info@hpalg.com www.hpalg.com


20/05/10

RVE as

CareCard Cartão de Saúde HPA

C

riado a pensar no nosso doente, o CARE CARD oferece um conjunto de benefícios exclusivos ao titular, permitindo a identificação imediata do utente no nosso sistema informático em qualquer dos hospitais do Grupo. Assim, a equipa do Hospital Particular do Algarve poderá ajudá-lo de uma forma mais rápida e eficiente, garantindo um atendimento personalizado.

EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO

CENTRO DE UROLOGIA DO ALGARVE

CIRURGIA LAPAROSCÓPICA E BARIÁTRICA

- Raio – X - Ecografias 3 D - Mamografia - Densitometria - TAC - Resonância Magnética - Angiografia e Angioplastia - Medicina Nuclear

- Tratamento do Cancro da Próstata – Braquiterapia - Laser da Próstata - Litotricia - Cirurgia Endoscópica

- Cirurgia com Anestesia Local - Unidade de Cirurgia Ambulatória

PEDIATRIA DE URGÊNCIA

- Endoscopias Digestivas Altas - Colonoscopias com Sedação - Colonoscopias Virtuais - C.P.R.E. - Rastreios do Cancro do Colerectal - Tratamento de doenças anais e perianais

- Maternidade e Berçário - Consultas Externas especialmente vocacionadas para Crianças - Bloco Operatório - Exames Específicos para Crianças

GASTROENTEROLOGIA

Para mais informações consulte o nosso website em www.hpalg.com.

• Dr. João Bacalhau, presidente do Conselho de Administração

• Unidade de Faro: Internamento – 90 camas / quartos privados, semi-privados e suites

TRATAMENTO DAS VARIZES - Cirurgia Vascular – Ablação Endovenosa por Radiofrequência ou Laser – Técnica Inovadora Minimamente Invasiva. Acordos com a maioria das Seguradoras de Saúde e Subsistemas.


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Rede de Serviços de Urgência e Emergência

Urgências algarvias garantem segurança e eficácia

F

evereiro de 2009 foi a data que marcou a entrada em funcionamento pleno da Rede Integrada de Serviços de Urgência e Emergência (RISUE) no Algarve, resultante de um processo de requalificação iniciado em 2006. A actual RISUE disponibiliza além dos dois serviços de urgência hospitalar (hospitais de Faro e Portimão) já existente na região desde há anos, quatro novos Serviços de Urgência Básicos (SUB) distribuídos territorialmente de forma a garantir rapidez e eficácia no socorro aos doentes. Lagos, Albufeira, Loulé e Vila Real de Santo António são as cidades onde funcionam, 24 horas por dia, os

D.R.

• A região tem quatro ambulâncias de suporte imediato de vida SUBs da região equipados com RX digitalizado, análises clínicas e electrocardiógrafo com desfibrilhador ligado por via transtelefónica à Unidade de Doentes Coronários do Hospital de Faro. OS SUBs aplicam ainda o método de Manchester, um sistema de

triagem de prioridades na urgência e processo clínicos electrónicos, ligados por via informática aos Hospitais de referência. Na vertente de assistência pré-hospitalar, destaque para a existência de quatro ambulâncias de suporte imediato

de vida, sediadas em Lagos, Quarteira, Tavira e Castro Marim e três viaturas médicas de emergência e reanimação em Portimão, Albufeira e Faro, que permitem a rápida deslocação de meios até ao doente, estendem a eficácia da RSUE até aos pontos mais remotos da região. Vias verdes Juntam-se a estas valências duas outras em áreas críticas da assistência a doentes urgentes e emergente, a Via Verde do Enfarte Agudo do Miocárdio e a Via Verde do Acidente Vascular Cerebral (AVC), em funcionamento desde Agosto de 2007 e que permitem nestas patologias que pessoas com sintomas e sinais suspeitos de Enfarte Agudo do Miocárdio ou

de AVC liguem o número telefónico 112 e sejam transportadas de imediato para a Unidade de Cardiologia de Intervenção do Hospital de Faro e para as Unidades de AVC dos Hospitais de Faro e Portimão. Por último, a região foi recentemente equipada, em permanência, com um helicóptero do Instituto Nacional Emergência Médica, sediado em Loulé e que permite o socorro em casos de maior gravidade, bem como, a transferência de doentes para unidades hospitalares de referência a nível nacional com maior rapidez e segurança. A RSUE garante hoje à região uma eficiência muito superior à que estava disponível antes da requalifica-

ção, mesmo considerada a reformulação dos Serviços de Atendimento Permanente que causou alguma polémica. A gestão mais eficiente dos recursos humanos dedicados pelo Serviço Nacional de Saúde aos cuidados de urgência, a adição de outros recursos, nomeadamente, técnicos e tecnológicos trouxeram à região toda uma nova realidade na área de urgências, uma melhoria notável mas que tem ainda um percurso de consolidação e afi nação a percorrer e uma evolução permanente dos cuidados de saúde nesta área que cumpre acompanhar. Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com

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DR. CARLOS ROCHA

Admissão de Pessoal Médico

SERVIÇOS E PRODUTOS PARA SENIORES

ANÚNCIO O Hospital de Faro, E.P.E. pretende recrutar Pessoal Médico, nas áreas a seguir identificadas, tendo em vista a celebração futura de contratos de trabalho, regulados pelo Código do Trabalho, demais legislação laboral e normas imperativas sobre títulos profissionais: - Anestesiologia; Cardiologia; Dermatologia; Ginecologia e Obstetrícia; Medicina Fisica e Reabilitação; Medicina Interna; Oftalmologia; Oncologia; Ortopedia; Otorrinolaringologia; Psiquiatria; Neurologia; Radiologia e Neurocirurgia. As candidaturas devem ser formalizadas através do preenchimento do formulário de candidatura disponível no site do Hospital de Faro, E.P.E., (www.hdfaro.min-saude.pt) e remetidas por via postal ou correio electrónico (administracao@hdfaro.min-saude.pt) no prazo de cinco dias úteis a contar da data publicação do presente aviso. Os formulários devem vir acompanhados dos seguintes documentos: 1. 2. 3. 4. 5.

Súmula curricular (Modelo Europeu); Fotocópia do documento comprovativo das habilitações académicas; Fotocópia do certificado do curso de especialização; Fotocópia da cédula profissional ou documento comprovativo da inscrição na Ordem dos Médicos; Fotocópia do documento de identificação, número de identificação fiscal e cartão de beneficiário da Segurança Social. Faro, 18.05.2010.

Hospital de Faro, E.P.E. • R. Leão Penedo • 8000-386 Faro • Tel.: 289 891156 Fax: 289001971• E-mail: administracao@hdfaro.min-saude.pt (POSTAL do ALGARVE, nº 988, de 20 de Maio de 2010)


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Hospital de Faro

Construção das unidades de cuidados continuados já arrancou D.R.

O que vai ser construído Piso 5 Unidade de Internamento de Cuidados Paliativos Área: 1280 m2 | Quartos individuais: 15 Piso 4 Unidade de Internamento de Convalescença Área: 1280 m2 | Quartos individuais: 4 | Quartos com duas camas: 13 Piso 3 Medicina Física e Reabilitação / Ortopedia Área: 1280 m2 | 1 Ginásio: 118,5 m2 | 13 Gabinetes de consulta | 1 sala de Electroterapia | 1 sala de Hidroterapia | 1 sala de Terapia Ocupacional | 1 sala de Fisioterapia Respiratória | 1 sala de Terapia da Fala Piso 1 Átrio de Entrada 2 Elevadores Panorâmicos

Os Cuidados Continuados Unidade de Convalescença Destina-se ao tratamento de situações pós-agudas, com necessidade de recuperação intensiva, nomeadamente no âmbito da reabilitação da pessoa, na sequência de internamento hospitalar ou agudização de doença crónica, cujo tratamento não exija recursos de um Hospital de agudos. A unidade de convalescença destina-se a internamentos com previsibilidade até 30 dias consecutivos.

Unidade de Cuidados Paliativos

É uma unidade de internamento, com espaço físico próprio, preferentemente localizada num hospital, para acompanhamento, tratamento e supervisão clínica a doentes em situação clínica complexa e de sofrimento decorrentes de doença severa e/ou avançada, incurável e progressiva. Pertencem ainda à Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados: Unidade de Média Duração e Reabilitação Unidade de Internamento de Longa Duração e Manutenção

É

um projecto que começou a dar os primeiros passos em 2008 e que está agora a ser posto em prática. Já começaram as obras nos três pisos devolutos do edifício Ambulatório do Hospital de Faro, onde vão nascer duas unidades de cuidado continuados e serão instalados o Serviço de Medicina Física e Reabilitação e a consulta externa de Ortopedia. A Unidade de Convalescença ficará no quarto piso, a unidade de Cuidados Paliativos no quinto e o terceiro piso receberá os outros serviços. Recorde-se que no primeiro e segundo piso funcionam já as consultas externas e a Unidade de Cirurgia do Ambulatório. O anúncio do projecto foi feito no final do ano 2007. Três anos depois, dados todos os passos necessários, a obra arrancou e tem como data prevista de conclusão o último trimestre de 2010. Depois de construídas, As unidades cuja construção e apetrechamento são financiadas pala Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados vão ser geridas pelo Hospital de Faro. No total a obra vai ascende

a 3,4 milhões de euros. Para o Hospital de Faro este projecto tem uma importância fundamental. Ana Paula Gonçalves, directora do hospital farense, explica porquê. “Esta obra que está agora em curso é uma excelente oportunidade, pois aquele edifício estava com três pisos vazios e não dispúnhamos de verbas para os desenvolver”. Mas os benefícios para a unidade hospitalar da capital algarvia não ficam por aqui. Também a gestão de camas vai beneficiar.

Ana Paula Gonçalves. No entanto, a responsável faz questão de sublinhar que as unidades agora em construção “não são alternativas aos lares”. “Estas unidades são para reabilitar os utentes para que possam ir para casa ou para lares se não tiverem casa ou quem cuide deles. É verdade que há doentes que deviam voltar para casa mas como não têm estrutura familiar de apoio permanecem na Rede até ser encontrada uma solução para o seu caso”, afirma

“TemosoHospitalcheio,comprocuraconstantee doentesmuitoidosos.Estasunidadesvãoajudar-nos muitonagestãodascamas,porquetemosutentes quejánãoprecisamdecuidadoshospitalares,masde reabilitação” Ana Paula Gonçalves, presidente do Conselho de Administração do Hospital de Faro “Temos o Hospital cheio, com procura constante e doentes muito idosos. Estas unidades vão ajudar-nos muito na gestão das camas, porque temos utentes que já não precisam de cuidados hospitalares, mas carecem ainda dos cuidados proporcionados pela Rede”, explica

Ana Paula Gonçalves. Segundo a responsável, a unidade de cuidados paliativos será a primeira do Sotavento algarvio. “São 15 camas que servirão para acolher doentes que carecem deste tipo de cuidados sejam oncológicos ou não”, explica.

Ana Paula Gonçalves reforça ainda o papel da unidade de Medicina Física e Reabilitação. “O ginásio e as restantes ares técnicas (terapia ocupacional, terapia da fala, fisioterapia) terão todos os meios técnicos para apoiar a reabilitação dos doentes que vão ser internados nas unidades de cuidados continuados e também os utentes do hospital. Vamos passar a oferecer excelentes condições no domínio daquela especialidade Segundo a responsável, este projecto “em nada colidirá com a construção do futuro Hospital Central”, uma vez que, quando isso acontecer, as unidades, enquanto integrantes da Rede “permanecerão no mesmo local”. Outro projecto que vem de trás, recentemente terminado foi a transferência dos serviços farmacêuticos do Hospital de Faro para uma área nova. O serviço que funcionava numa zona adaptada tem agora “toda uma estrutura pensada para o fim a que se destina”, com “tecnologias modernas na distribuição e gestão dos medicamentos”. Cátia Henriques catiah.postal@gmail.com


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A Saúde como motor de desenvolvimento regional. Sob este tema, o POSTAL juntou à mesma mesa os principais protagonistas na área da saúde no Algarve. No passado dia 7 de Maio, no restaurante “Vila Velha”, em São Brás de Alportel, entidades públicas e privadas discutiram a importância da Saúde no turismo regional. De que forma a Saúde pode assumir um papel importante no turismo regional? Rui Lourenço - Acho que a Saúde pode ser um emblema do desenvolvimento do turismo na região. Uma região que consiga ter o logo de região saudável, terá um desenvolvimento sustentável. Nesta área temos dado alguns passos. A criação do Curso de Medicina na Universidade do Algarve vem qualificar a região. Penso que estão criadas as condições para que a médio e longo prazo tenhamos a Saúde como motor do desenvolvimento regional. Almeida Pires - No Plano Estratégico Nacional do Turismo está inscrito o Turismo de Saúde e Bem-Estar. O Turismo do Algarve validou este estudo à realidade da região e o Turismo de Saúde e Bem-Estar ficou em segundo plano. Os estudos valem o que valem, mas na minha opinião, o Turismo de Saúde e Bem-Estar assume-se como determinante no desenvolvimento regional. A actividade turística é cada vez mais sazonal e temos dez meses do ano em que não sabemos alinhar estrategicamente qual o produto turístico que devemos apostar. João Bacalhau - Há 14 anos fiz uma parceria com um grupo suíço e trouxemos para o Algarve dois mil suíços que foram operados aqui. Este é um exemplo daquilo que é possível fazer na região. No Algarve, temos neste momento 20 SPAs, que podem deixar de ser só SPAs e ser alguma mais-valia na área da Saúde e Bem-Estar. Acho que também devíamos olhar de uma forma diferente para os estrangeiros, ver o que eles precisam e criar algumas áreas de excelência que pudessem servir de alavanca para a sustentabilidade do turismo. Mas isto não se faz de um dia para o outro, é necessário querer. Carla Aleluia - Em 2009, resolvemos apostar numa estratégia para atrair pessoas que viessem cá para ser tratadas, o chamado turismo médico. Desenvolvemos uma ferramenta no nosso sítio da internet, através do qual qualquer cidadão estrangeiro ou

português, de acordo com o procedimento cirúrgico, pode por exemplo saber quanto vai pagar. Filipe Vieira - Nesta área é importante criarmos uma estratégia comum entre as entidades públicas e privadas. É preciso criarmos uma bitola de qualidade para atrairmos turistas, pois temos que cons-

“No Algarve, temos neste momento 20 SPAs, que podem deixar de ser só SPAs e ser alguma mais-valia na área da Saúde e Bem-Estar.” truir uma imagem baseada no prestígio.

Existem entraves ao desenvolvimento do Turismo de Saúde e Bem-Estar na região? Rui Lourenço - Temos que estar atentos a uma nova realidade que está a afectar os residentes britânicos e os turistas estrangeiros que procuram a região. Os turistas residentes, que tinham muito dinheiro, não só empobreceram, como vão fazer valer os seus direitos comunitários e é importante sabermos isto para não criarmos muitas expectativas. Nunca como agora, tivemos

“Podemos oferecer excelentes cuidados a turistas, mas precisamos de profissionais.”

O papel da sa

esses profissionais? Podemos oferecer excelentes cuidados a turistas, mas precisamos de profissionais. Ma r ga r ida Si zena ndo Cunha - Só para terem uma noção do problema, não temos conseguido médicos para ficarem a trabalhar connosco. Os primeiros médicos fomos buscá-los à Argentina, depois à Polónia, agora temos de Itália, Cuba e Brasil. E se a questão da certificação dos médicos europeus é fácil, torna-se bastante complicado a certificação daqueles que vêm de fora da Europa. Filipe Vieira - Esse é um factor muito limitativo. Por exemplo, na área da fisiatria, é quase impossível trazer um fisiatra português para o Algarve. Temos tido bastante dificuldade. Temos de criar sinergias para termos condições e contratarmos as pessoas. A região tem de ter estruturas que possam atrair possíveis residentes. Temos de ter ensino de qualidade e capacidade para poderem desempenhar os seus cargos aqui. João Bacalhau - Os recursos humanos são realmente um grande problema, mas a região só evoluirá quando formos buscar turistas e residentes diferentes. Isto obriga a que se pensem em parcerias e numa visão mais alargada. Não é fácil trazer médicos especializados para a região, pois muitos não querem exclusivamente o serviço públi-

• A mesa de debate no Salão Nobre da Câmara de São Brás de Alportel co. Acho que seria interessante haver aqui alguma partilha. E como ultrapassar esses entraves?

António Eusébio - Temos que saber qual o caminho a seguir, porque senão continuamos com mais do mesmo e já há destinos melhores do que o

nosso, com os mesmos serviços que nós já oferecemos. Rui Lourenço - Isto não pode depender de quem cá está. Te-

tantos cidadãos estrangeiros a utilizar os nossos serviços públicos. Há aqui uma nova realidade com que temos de lidar. Ana Paula Gonçalves - É importante tornar esta região atractiva através da Saúde, mas os recursos humanos são um problema que a região tem. Neste momento, temos 150 médicos em formação no nosso hospital e estão outros tantos a formar-se na Universidade do Algarve. Eu pergunto, o que é que o Algarve quer fazer para manter cá

• Da esquerda para a direita: Francisco Amaral, António Eusébio, Henrique Dias Freire e Ana Paula Gonçalves


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aúde no turismo algarvio Fotos D.r.

Os intervenientes Almeida Pires Vice-presidente do Turismo do Algarve

Ana Paula Gonçalves Administradora do Hospital Central de Faro

António Eusébio Presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel

Carla Aleluia Directora de Qualidade do HPP-Saúde

Filipe Vieira Administrador Hospital de Loulé

Francisco Amaral Presidente da Câmara Municipal de Alcoutim

mos de criar um organismo qualquer, formal ou informal, que permita que haja aqui um alinhamento de posições. Seja através da regionalização política, ou outra coisa qualquer. Neste momento, todas as sinergias possíveis são necessárias para combater esta periferia e para isso deveríamos ter um entendimento regional, mas eu tenho as minhas dúvidas que ele seja conseguido… Almeida Pires - Estamos condenados a trabalhar juntos e o pior é que acho que ainda ninguém percebeu isso.

Serão as parcerias público – privadas a solução para a criação deste produto turístico? Rui Lourenço - A questão dos privados em qualquer investimento público tem de ser bem pensada, porque não podemos correr riscos. Sabemos que numa situação de crise como esta, o privado tende a sair e apostar em outra coisa qualquer. Paulo Neto - É óbvio que há muitos projectos que caem, esse é o risco. Os empresários

quando investem em determinada área é para terem lucros. Penso que, neste momento,

“São Brás já foi um dos concelhos que trouxe o segmento do Turismo de Saúde para o Algarve.” há mercado tanto para as entidades públicas como para as entidades privadas. É obvio

João Bacalhau Administrador do Hospital Particular do Algarve

Luís Matos Administrador do Villa Living

Margarida Sizenando Cunha Directora Clínica CMR do Sul

Paulo Neto Administrador Home Instead

Rui Lourenço Presidente da ARS/Algarve

• Alguns dos intervenientes em grande plano

que o sistema público vai ser sempre o cerne de tudo isto e os privados sabem que têm um mercado limitado. O Algarve tem potencialidade para ser região saudável. Temos uma serie de condições naturais. Temos de dar as mãos e haver uma harmonia entre público e privado. Temos aqui o diamante e temos de arranjar forma de o lapidar. Acham que a terceira idade pode ser um negócio importante para o turismo? Francisco Amaral - Hoje em dia, a terceira idade é um negócio. E, na minha opinião, é um negócio que se devia apostar na serra algarvia, mas sei que isso não é fácil. Para que isso aconteça, o Estado devia descentralizar competências na área do ordenamento do território. No caso de Alcoutim, mesmo que a Câmara queira construir um Hotel de Terceira Idade, será sempre muito difícil porque temos muita área protegida. António Eusébio - Não nos podemos esquecer que São Brás já foi um dos concelhos que trouxe o segmento do Turismo de Saúde para o Algarve. A nossa autarquia quer parcerias com privados na área dos cuidados continuados, porque traz novos residentes e é com agrado que se vê novos investimentos a surgir nos municípios. O crescimento da rede de cuidados continuados no Algarve tem sido muito importante para a gestão de camas do Hospital de Faro…

“A rede nacional de cuidados continuados tem ainda algumas lacunas”

Ana Paula Gonçalves - A rede de cuidados continuados é muito importante para todos os hospitais. No Algarve já tem um número significativo de camas e contribui para que pessoas que permanecem no hospi-

tal sem estarem em situações agudas, não estejam a ocupar camas. Esta rede tem sido essencial para que o Hospital de Faro possa viver com alguma calma. Margar ida Sizenando Cunha - Na minha opinião, a rede nacional de cuidados continuados tem ainda algumas lacunas, entre elas, tem uma deficiente articulação dos cuidados de proximidade. Outro problema é o facto de a rede de cuidados continuados estar a ser um pouco utilizada pelos hospitais que sinalizam os doentes que já não precisam de internamento e que as famílias não têm onde os pôr. Falta aqui uma ponta da rede, os cuidados permanentes. Essa é a grande lacuna e é por isso que o sistema acaba por entupir e só há vaga quando alguém morre. As unidades de geriatria têm sentido alguma quebra de utentes com o aumento do número de camas nas unidades de cuidados continuados algarvias? Luís Matos - O problema é que muitas vezes, as pessoas utilizam a rede de cuidados continuados para colocarem os seus familiares, estando a rede a substituir os lares e isso não devia acontecer. Sempre que falamos em unidades de geriatria, as pessoas não gostam muito, pois associam-nas como a última casa. No entanto, uma unidade geriátrica pode ser uma centralidade para a região, criando postos de trabalho e desenvolvendo uma economia local. Ana Paula Gonçalves - É preciso termos em atenção que só entra na rede de cuidados continuados quem reunir certos requisitos. Os serviços de saúde não querem utilizar a rede como lares. O que tem acontecido é que, hoje em dia, o número de famílias com limitações de tempo ou financeiras para receberem os seus familiares aumentou, o que também está a levar a uma grande procura da rede.


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Centro de Medicina de Reabilitação do Sul Maria Inês Ponte Licenciada em Fisioterapia

Mais do que Turismo… Alternativas de conceitos Não temos dúvidas de que Portugal é um país vocacionado para o Turismo, especificamente o Algarve. Em todo o Mundo, de há uns anos para cá, surgiram os SPA, uma forma evoluída de apoio aos clientes não só de lazer, mas também procurando benefícios para a saúde. Muitos destes espaços já funcionam apoiados em profissionais especializados, não só na área da estética mas também na vertente de fisioterapia. Neste espírito de evolução surgem outros objectivos, novas etapas e novos alvos. Aparecem as primeiras unidades hoteleiras vocacionadas para o turismo sénior e para a terceira idade. Apresentam-se equipadas não só com SPA, mas com ginásios e clínicas especializadas em recuperação, com profissionais de fisioterapia que assistem e acompanham os clientes que procuram nestas equipas um ambiente de bem estar com as potencialidades necessárias para uma recuperação física. Esperamos que em breve, mais precisamente em São Brás de Alportel, surja uma unidade na área do turismo de saúde que integrará todas as valências de ambas as áreas, proporcionando um turismo residente apoiado em serviços de saúde permanentes, não só de fisioterapia mas com outras valências e potencialidades, não só para seniores, mas também para desportistas em fase de recuperação. Também já se encontram lares da terceira idade com inúmeras solicitações para que fisioterapeutas possam ajudar na recuperação de muitos idosos que têm possibilidades físicas e mentais de terem uma vida mais saudável. Não nos podemos esquecer das características dos Turismo Termal, que deverá ser apoiado não só por clínicos especializados na análise e prescrição de tratamentos mas também contando com a preciosa colaboração da fisioterapia que pode e deve complementar a terapia termal.

A luta vale mais do que a esperança

Fotos D.r.

Mais do que um sítio de esperança este é um sítio onde se aprende a esperar”. A frase de Margarida Sizenando, directora clínica do Centro de Medicina de Reabilitação do Sul (CRMS), marca bem a forma de estar da médica que dirige os destinos da unidade. A luta diária dos doentes com as suas limitações é o grande segredo dos sucessos do CRMS e é algo que se aprende e se cultiva. Com 54 camas, a unidade de medicina de reabilitação do Serviço Nacional de Saúde administrada pelo Grupo Português de Saúde em regime de parceria público-privada é uma das três unidades existentes no país e dá cartas dentro e fora de Portugal. O CMRS disponibiliza cuidados de saúde nas áreas das lesões medulares, das lesões encefálicas traumáticas e não traumáticas e acidentes vasculares cerebrais, além de tratar outras patologias incapacitantes que exigem a intervenção da medicina de reabilitação. Algarve e Baixo Alentejo São milhares os doentes que, desde 2007, beneficiaram das valências que a unidade disponibiliza, na sua grande maioria algarvios e alentejanos, uma vez que o CMRS recebe prioritariamente doentes do Algarve e Baixo Alentejo, mas também do resto do país, sempre que não exista lista de espera nas regiões prioritárias. Uma das áreas que mais se destaca na eficiência da gestão clínica do CMRS é o programa de gestão clínica da unidade que permite o seguimento informático em tempo real de cada doente e da sua evolução e a obtenção de todos os dados estatísticos individuais, por patologia e totais, diariamente. “É uma ferramenta poderosa, porque permite uma análise crítica e actualizada de cada doente e da sua evolução, a afectação de recursos e a aplicação de protocolos terapêuticos a cada situação com uma aquidade muito maior”, revela Margarida Sizenando, orgulhosa pelo sistema ser alvo da curiosidade dos especialistas da área em paí-

• Reaprender funções como andar é o trabalho diário de muitos dos doentes ses de topo na medicina de reabilitação. Um ambiente não hospitalar Na visita que o POSTAL fez ao CMRS, o que surpreende é o ambiente não hospitalar que a unidade apresenta, onde a comodidade e funcionalidade foram privilegiadas e onde se continuam a fazer investimentos no sentido de maximizar estes factores de conforto e eficiência ao mesmo tempo que se planeiam investimentos de fundo capazes de dotar a unidade de uma ainda maior capacidade de resposta às solicitações, muito embora o CMRS não tenha ainda esgotada a sua capacidade de atendimento. Médicos, terapeutas, enfermeiros e restantes profissionais da unidade situada em São Brás de Alportel, no edifício do antigo sanatório, requalificado e ampliado para o efeito, representam

um “equipa pequena, mas suficiente”, nas palavras da directora clínica, mas que trabalha com base no contacto muito próximo entre os profissionais e entre estes e os doentes e numa interdependência estratégica que dá provas de grande eficácia na

obtenção de resultados. “Temos uma estrutura muito ligeira, em especial nas áreas não directamente ligadas aos tratamentos, o que confere uma grande agilidade de funcionamento e o facto de sermos uma entidade privada, agiliza em termos processuais

• Margarida Sizenando, directora clínica da unidade

todas as tramitações necessárias ao funcionamento da unidade”, diz Margarida Sizenando. Mas o destaque vai para o facto da gestão privada não pôr de todo em causa o acesso ao CMRS de qualquer doente do Serviço Nacional de Saúde, que beneficia de todas as regalias de um serviço público. Reabilitação para a vida A unidade de reabilitação tem um objectivo, colocar o doente em casa e funcional dentro das suas limitações, explorando ao máximo as suas potencialidades de recuperação. “Não somos uma unidade de cuidados continuados”, afirma a directora clínica, queremos ver as pessoas reintegradas na sociedade e na sua vida, prestamos cuidados em situação de pósagudos em que os doentes não têm necessidade de tratamentos de uma unidade hospital típica, mas que necessitam de terapêuticas de reabilitação. O POSTAL testemunhou isso mesmo no ginásio do CMRS, um trabalho constante a caminho da reabilitação e da vida fora das paredes da unidade, feito pelos doentes e por uma equipa multidisciplinar de profissionais. As palavras dizem pouco face à realidade, mas “o esforço compensa” e em cada rosto esta realidade se nota e em cada voz de um doente esta frase ganha todo um novo sentido, o mais profundo e verdadeiro. Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com


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“Crescer com afecto” é o tema da iniciativa

Olhão recebe segunda Semana do Bebé

A

“ Semana do Bebé de Olhão”, organizada pelo Grupo de Apoio à Saúde Mental Infantil (GASMI) da Unidade Funcional de Olhão (ACES Central), volta à cidade cubista pelo segundo ano consecutivo, de 7 a 14 de Junho. Com o tema “Crescer com Afecto”, a semana dedicada aos mais pequeninos é em 2010 apadrinhada pela Alta Comissária da Saúde, Maria do Céu Machado. Sendo um projecto de prevenção primária dirigido à comunidade, a “2ª Semana do Bebé de Olhão” procura envolver toda a comunidade na dinamização de actividades a realizar ao longo de uma semana inteiramente dedicada ao bebé, sensibilizando para uma parentalidade mais responsável e pro-

motora da saúde mental na primeira infância, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde, da Rede Europeia para a Promoção da Saúde Mental e a Prevenção das Perturbações Mentais, da Comissão Nacional para a Reestruturação dos Serviços de Saúde Mental e do Plano Nacional de Saúde Mental. Recomendações que salientam a importância de programas comunitários de prevenção como o meio mais eficaz e barato para diminuir a prevalência das perturbações psiquiátricas das populações. Programação recheada Entre as várias actividades a dinamizar durante a iniciativa, salienta-se a organização de uma Feira com actividades dirigidas aos pais e bebés, de 9 a 12 de Junho, um passeio-

D.r.

• Iniciativa pretende envolver a comunidade nas actividades dedicadas aos bebés convívio de famílias e bebés com data marcada para 13 de Junho, um seminário técnico sobre o tema central a 14 de Junho, um desfile de moda de grávidas, bebés e famílias e vários concursos, entre os quais, o Concurso de Traba-

lhos Escolares, o Concurso de Montras e um concurso de Fotografia. Realizada à imagem da “Semana do Bebé de Canela” (Rio Grande do Sul, Brasil), onde o projecto é realizado todos os anos desde 1999, a

“Semana do Bebé de Olhão” foi convidada em 2009 para colaborar com a Unicef na elaboração de um livro sobre a iniciativa brasileira e sobre o seu promotor, Prof. Salvador Célia, como homenagem a título póstumo. O

projecto algarvio será apresentado em Maio na “11ª Semana do Bebé de Canela” com o objectivo de troca de experiências entre os países que promovem este evento, e onde se incluem Uruguai e Argentina. O Projecto da “Semana do Bebé de Olhão” foi seleccionado em 2009 entre os 19 melhores projectos candidatos ao Prémio de Boas Práticas em Saúde, para apresentação no Encontro “Equidade, Efectividade e Eficiência em Saúde – 3ª Edição Prémio de Boas Práticas NOVARTIS ONCOLOGY/ APDH” em Beja, organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar, em parceria com a Administração Central do Sistema de Saúde e o Alto Comissariado da Saúde e Direcção-Geral da Saúde. pub


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