Discurso ao Corpo Diplomático da Santa Sé UM APELO À PAZ NUM MUNDO QUE VÊ CRESCER DIVISÕES E GUERRAS

No discurso aos membros do Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé para as felicitações de ano novo, o Papa Francisco falou de paz num momento em que o mundo “vê crescer divisões e guerras”. No discurso de cerca de 40 minutos, Francisco lembrou os inúmeros conflitos que, em várias partes do mundo, deixam um rasto de morte e de destruição. O Pontífice falou numa “III guerra mundial em pedaços”, lembrou a guerra insensata na Ucrânia, a Síria como terra martirizada, Palestina e Israel, República Democrática do Congo, Sudão do Sul, Cáucaso, Iémen, Etiópia, Burkina Faso, Mali, Nigéria, Mianmar e península coreana. Perante os Embaixadores, apelou ao diálogo, “que contribui para construir”, e à diplomacia, para que estabeleça “um clima de mútua colaboração e confiança”.

No ano em que a Carta Encíclica Pacem in Terris completa 60 anos, Francisco recordou a atualidade do texto de João XXIII, canonizado em 2014, em que este fazia depender a paz de quatro bens fundamentais: a verdade, a justiça, a caridade e a liber- dade. Pacem in Terris foi o fio condutor da mensagem de Francisco. Publicada quando “a humanidade estivera a um passo do próprio aniquilamento”, com a chamada crise dos mísseis de Cuba, Francisco condenou a ameaça nuclear que volta a “precipitar o mundo no medo e na angústia” e numa escalada belicista global.

Também falou sobre direitos humanos, direitos das mulheres e liberdade religiosa. Condenou o aborto e apelou à abolição da pena de morte. Pediu aos governos coragem para investir mais na educação, uma das vítimas da pandemia e do preocupante cenário geopolítico, em vez de armamento. E não deixou de falar nos migrantes, na crise económica e ambiental, e nos sinais de enfraquecimento da democracia.

No final do discurso, Francisco desabafou: “Seria maravilhoso que, ao menos uma vez, pudéssemos encontrar-nos apenas para agradecer ao Senhor Todo-Poderoso pelos benefícios que sempre nos concede, sem nos vermos constrangidos a enumerar as situações dramáticas que afligem a humanidade”. •

D. ARMANDO

Após a nomeação pelo Papa Francisco, a 4 de novembro, D. Armando Esteves Domingues tomou posse como Bispo de Angra no dia 15 de janeiro.

D. Armando sucede a D. João Lavrador na Diocese. Era desde 2018 Bispo Auxiliar da Diocese do Porto. Preside à Comissão Missão e Nova Evangelização da Conferência Episcopal Portuguesa. •

ORDINARIATO CASTRENSE

Novos Capel Es

FORMADOS PARA «SERVIR PORTUGAL E A IGREJA»

Os padres Rodolfo Albuquerque, da diocese de Coimbra, e Tiago Ribeiro Pinto, da diocese de Setúbal, terminaram o curso de capelão militar na Academia Militar. O Ordinariato Castrense assiste espiritualmente as Forças Armadas Portuguesas (Exército, Armada e Força Aérea), bem como as Forças de Segurança (Guarda Nacional Republicana e Polícia de Segurança Pública). •

CATEQUESE

Novo Itiner Rio

As dioceses portuguesas têm promovido nos últimos meses encontros para catequistas sobre o documento. O novo “Itinerário de iniciação à vida cristã das crianças e dos adolescentes com as famílias” trará várias mudanças na catequese em Portugal em vigor a partir de setembro. O Secretariado Nacional de Educação Cristã e a Salesianos Editora vão criar os novos catecismos. •

FOI A 40.ª VIAGEM APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO. DE 31 DE JANEIRO A 5 DE FEVEREIRO, O PAPA FRANCISCO VISITOU A REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO E O SUDÃO DO SUL. FRANCISCO REUNIU COM VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA

Movimento Juvenil Salesiano Reunido Em Assembleia Nacional

Fátima acolheu no dia 21 de janeiro a XIV Assembleia Nacional do Movimento Juvenil Salesiano com o tema “JMJ 2023: É Agora! E Depois?”. Os jovens do MJS refletiram sobre as expetativas e o impacto que a Jornada Mundial da Juventude deste ano deixará nas suas vidas e na vida do movimento.

O encontro teve lugar no Centro Paulo VI, no Santuário de Fátima, e contou com a participação do Provincial dos Salesianos, Pe. José Aníbal Mendonça, e da Provincial das Filhas de Maria Auxiliadora, Irmã Rosa Cândida Gomes.

A assembleia arrancou com um momento dinâmico e lúdico em que os jovens foram desafiados a responder a um questionário sobre a Jornada Mundial da Juventude. O jovem André Coelho, dos Salesianos do Porto, destacou-se pela sua boa participação e foi premiado com uma t-shirt da WYD DON BOSCO 23, a organização do Movimento Juvenil Salesiano responsável pela convocatória e participação dos jovens dos vários ambientes salesianos de todo o mundo na JMJ Lisboa 2023.

Como momento formativo, os participantes foram convidados a refletir sobre a forma como esperam viver a JMJ deste ano, e também como esperam e querem viver o tempo pós-Jornada, tanto a nível pessoal, como nas suas casas e, especialmente, como Movimento Juvenil Salesiano.

A meio da tarde, Inês Cristóvão e Inês Ribeiro, membros do Conselho Nacional do MJS, partilharam a experiência enriquecedora da participação na Assembleia Europeia do MJS Europa e Médio Oriente, que decorreu no mês de novembro em Zagreb, na Croácia.

A Assembleia Nacional concluiu com a apresentação dos jovens referentes e seu envio, destacando a importância e missão deste grupo, representativo das várias presenças salesianas.

Houve ainda tempo para uma pequena surpresa em que foi anunciado que a cor de laranja, uma das cores do MJS, será a cor do Dia MJS 2023, encontro nacional que terá lugar em Fátima a 20 de maio.

Mais uma vez se afirmou e potenciou o espírito de partilha e comunhão entre os jovens, enriquecendo a Assembleia Nacional do MJS. Foi um dia bem vivido em estilo salesiano com muita alegria, afeto e entrega entre jovens. •

Forma O 09

O itinerário formativo para cerca de 50 animadores jovens do MJS continua. O segundo encontro, no dia 27 de janeiro, foi orientado pelo Pe. Sílvio Faria. A formação incidiu nas figuras de D. Bosco e Madre Mazzarello, e na identidade do Movimento Juvenil Salesiano, com uma referência histórica, a nível internacional e nacional, desde as suas origens até aos nossos dias. A sessão de trabalho ajudou a reforçar a identidade carismática destes jovens animadores, em vista da missão a que Jesus os envia no meio dos seus amigos e crianças mais novos. O próximo encontro, que será presencial, vai ter lugar em Mogofores, no primeiro fim de semana de março. Fazemos caminho. •

MOGOFORES

“CELEBRAMOS JESUS”

Realiza-se de 24 a 26 de março, em Mogofores, mais uma edição da Páscoa Jovem, que este ano tem como tema “Celebramos Jesus”. Os interessados devem inscrever-se até dia 12 de março junto do animador, catequista, chefe de escuteiros ou no centro de coordenação pastoral. •

A CAMINHO DA JMJ

4.ª Temporada

A poucos meses da Jornada Mundial da Juventude 2023, a Pastoral Juvenil Salesiana apresenta a quarta temporada de “Conversas no Pátio – A caminho da JMJ”. Dez jovens ligados ao Movimento Juvenil Salesiano partilham como estão a preparar o caminho até à JMJ e ao WYD DON BOSCO 23. O programa é publicado às terças-feiras e pode ser acompanhado nas redes sociais da Pastoral, na Rádio Salesiana e em formato podcast. •

Vora Recebe

Jogos Nacionais Salesianos

De 28 de abril a 1 de maio os Salesianos de Évora vão acolher os Jogos Nacionais Salesianos. Nesta 27.ª edição estarão em competição as modalidades de Basquetebol, Futsal, Padel, Ténis de mesa e Voleibol. •

Aprendizagem e descoberta

O Ensino Art Stico

No Desenvolvimento

Global Da Crian A E Do Jovem

Quem não se recorda de aprender, através de teatros, canções ou pinturas que ilustravam a poesia feita?

As expressões artísticas sempre foram um excelente meio de aprendizagem e descoberta pelo seu carácter integrativo e interdisciplinar. Reconhecendo o seu valor na formação da criança e a sua influência positiva na aprendizagem, alteram-se programas e terminologias numa tentativa de articular a Arte e o ensino.

“Educar pela arte” não visa nenhuma apresentação, uma vez que esta requer mais do que a espontaneidade pretendida. Visa um desenvolvimento mais global da criança utilizando a arte como veículo. Aprender torna-se um prazer, um jogo. A arte aqui é um meio e o seu único fim a educação. Através das experiências artísticas, a criança abre-se à descoberta, ao desafio, torna-se empática, cooperante, ativa e curiosa. Descobre-se a si e ao mundo. Descobre a Arte e a Arte que há em si. Mas corremos o risco de ficar por aí, de se tornarem apenas experiências antigas, se não formos além do experimentar, para ensinarmos a aprender a experimentar essas nossas experiências.

Se almejamos promover um desenvolvimento equilibrado do jovem e levá-lo ao encontro também da sua dimensão ética, estética e espiritual, deveremos então dar um passo em frente e proporcionar uma educação “na” e “para” a Arte.

Cabe aqui ao educador ajudar a criança a descobrir-se neste caminho que a transcende. Esta procura/descoberta não pode ser ignorada ou aniquilada, incentivando a expressão artística, mas negando a Arte que há em nós. Cortamos as suas raízes ao limitá-la a estas experiências e ao afastá-la do ensino da Arte. Nunca saberemos o que aquela criança poderia “ser” e “fazer” e como poderia contribuir para o desenvolvimento do Mundo. Ao negarmos uma educação artística, negamos uma parte do seu “eu” e do seu futuro. Se a educação é um “assunto do coração”, negá-la será por certo, cortar a artéria principal. •

IMAGEM DE DEUS

A Cria O

Se acreditamos que o Homem é feito à imagem e semelhança de Deus, então temos de ver como principal dimensão humana a de “criar”. Tudo é fruto deste processo de criação. A educação na Arte gera criadores, pensadores e comunicadores. Desenvolve a autonomia, a disciplina e a resiliência para ultrapassar obstáculos e superar-se a si mesmo e, principalmente, a paixão pelo processo de criação. A aprendizagem e o domínio de uma técnica artística e a busca do seu aperfeiçoamento, são facilitadores desse processo. •

A Pr Tica

Desenvolver o pensamento criativo tornou-se meta prioritária, pois o que aprendemos hoje pode tornar-se obsoleto. Se a criatividade e a expressão das emoções são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo, a frequência regular, e desde cedo, de uma atividade artística, também tem um papel fundamental. •

Novo itinerário de iniciação à vida cristã