O PRAÇA Associação de Praças de Santa Catarina
Março/2021
ESSENCIAIS, mas esquecidos Há mais de sete anos sem reajuste inflacionário, praças militares sofrem com a falta de valorização, enquanto continuam firmes no combate à pandemia, sem vacina e sujeitos à contaminação. Aprasc segue cobrando o governo.
A força do jurídico da Aprasc Somente a ação do IPREV permitiu a economia de R$8 milhões aos veteranos
Regionais garantem representatividade em toda Santa Catarina
Palavra do
presidente
DIRETORIA EXECUTIVA Gestão 2018 - 2021 Presidente João Carlos Pawlick Vice-presidente Nilton Cesar Facenda Secretário Geral Anderson Gomes da Silva Primeiro Tesoureiro Nereu Lins Associação de Praças de Santa Catarina Rua Raul Machado, 139 Centro - Florianópolis (48) 3223-2241 www.aprasc.org.br
“No ano em que a Aprasc completa 20 anos, infelizmente, não temos o que comemorar. O momento não é festivo, mas de continuarmos atentos, na luta e defesa da categoria, que já está há sete anos sem reposição inflacionária e vê o seu poder aquisitivo reduzir cada vez mais. São homens e mulheres que estão na ponta e representam a melhor segurança pública do Brasil, mas que são ignorados pelo Estado. Santa Catarina se orgulha em mostrar números de redução nos crimes, mas esquece de reconhecer quem está na linha de frente e irriga com sangue e suor a terra para defender a população e combater o crime. Além de não conceder o direito constitucional do reajuste inflacionário (que não é aumento de salário), o Governo do Estado ameaça os direitos dos praças. Sofremos com a falta de efetivo, armamentos, munição, equipamentos de proteção individual, coletes e um plano de carreira decente que dê esperança de futuro.
EXPEDIENTE Jornalista responsável Gilberto Schmitt
(Reg. 1557 - MTB/SC)
Textos Indianara Schmitt Geraldo Genovez Marcelo Tolentino
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Na pandemia, a tropa colocou sua vida e de seus familiares em risco, mas não recebeu nenhum adicional por isso, a exemplo de outras categorias. Sem valorização e com as contas se acumulando, policiais caem na depressão e o número de suicídios entre os guerreiros só aumenta. Diante disto tudo, a Aprasc tem trabalhado duro na defesa da categoria. Em dois anos, o setor jurídico movimentou mais de 10 mil ações com de 13 mil protocolos e diligencias. Também iniciamos 3.356 mil novas demandas. Mas a nossa trincheira também é política, cobrando os deputados e o Governo na busca por nossos direitos, sempre atentos aos projetos que podem ameaçar e beneficiar a tropa. Nessas duas décadas que estamos para completar, nada foi fácil para os praças. Os desafios são grandes e a estrada é difícil. Mas somos forjados na guerra e, ombreados, vamos vencê-la.” João Carlos Pawlick Presidente da Aprasc
Diretor de Comun. Aprasc Arlindo Polli Neto
Circulação Março/2021
Fotos Acervo Aprasc Anna Maykot
Produção Schmitt Comunicações e Publicidade Ltda
Ampla sede no Centro de Floripa Por trás de uma diretoria eficiente, existe uma completa estrutura física e de pessoal que dá suporte para que os trabalhos sejam executados. Em uma ampla sede própria localizada no Centro de Florianópolis, a equipe da Aprasc trabalha firme todos os dias para atender as demandas dos policias e bombeiros militares de todo o Estado. São profissionais das mais diversas áreas (administrativo, jurídico, comunicação) que se dedicam ao máximo para prestar o melhor atendimento aos associados.
Conselho Fiscal da Aprasc trabalha em sintonia para manter as documentações em dia
Adriano Duarte Administrativo
Rádio Aprasc - transmite músicas e notícias de interesse dos praças
Karoliny Freitas Jurídico
Rubens C. Alves Comunicação Página 3 | O PRAÇA - março/2021
Jurídico atuante garante os direitos dos praças Você sabia que a Aprasc conta com um setor Jurídico forte e preparado para atender todos os associados com agilidade? Exatamente! A equipe é especializada em Direito Militar Disciplinar, Direito Administrativo e Direito Penal Militar
Ação do IPREV garante economia de
R$8 milhões
para os veteranos
e está pronta e à disposição para lutar pelos direitos dos praças. A coordenação dos trabalhos é feita pelo escritório central, Banca Borchardt Advogados Associados, através dos advogados Leonardo Borchardt e Mariana
De janeiro de 2019 à dezembro de 2020, o Jurídico movimentou
Deste total,
Além disso, foram cobertos quase
Garantia da imunização dos policiais e bombeiros militares nas primeiras fases da aplicação da vacina contra o coronavírus Mandado de segurança para garantir 1/3 das férias, congelados pelo Governo do Estado Prorrogação do pagamento de empréstimos consignados durante a pandemia Garantia do auxílio insalubridade e equipamento de proteção aos praças Página 4 | O PRAÇA - março/2021
20.540
4.058 1.000 10.000
O número equivale a quase
Demandas recentes em andamento:
Fernandes Lixa. A Aprasc possui ainda outros 12 escritórios de advocacia espalhados por toda Santa Catarina e também conta com uma advogada interna, que dá encaminhamento às principais demandas durante o horário de expediente. ações
Por toda Santa Catarina Os diretores regionais são os responsáveis por aproximar ainda mais os associados e a Aprasc. É a partir deles que as demandas de cada região chegam com mais celeridade à entidade. São os diretores que participam de reuniões, ouvem as demandas e estão lado a lado dos colegas de profissão. Ao todo, a Aprasc possui 12 regionais da Polícia Militar e seis do Corpo de Bombeiros Militar. Encontre no mapa abaixo a sua região e conheça quem te representa: Regionais PM
Regional Grande Oeste
associados em ações coletivas
Regional Planalto
Regional Extremo Oeste
Regional Vale do Itajaí Rafael Araujo de Freitas (47) 98856-0141
Regional Médio Vale
Elizeu Fontana (49) 9994-0963
Ações bancárias: 870
Gilson R. e Silva (49) 99168-8264
Escala 24x48 individuais: 24 Atuações pro bono: 35
Regional Norte Ezequiel Queiroz (47) 99621-1658
Edoni F. dos Santos Júnior (47) 99132-8776
Regional Oeste
Licenças especiais em negociação: 58
Dionatan Alberton (47) 98879-0837
Caldecir Colaço (49) 98414-8055
Aguinelo Muniz da Silva Filho (49) 99968-1108
Ações coletivas: Notificações bancárias em andamento: 310
Regional Alto Vale do Itajaí
Benjamin Pinho (49) 99966-2920
representam novas ações processos por mês, considerando os dias úteis.
Regionais BM
Regional Planalto Central
Regional Meio Oeste Adair José Flamia (49) 99900-1315
Regional Grande Florianópolis Paulo Cesar Aguieiras (48) 99634-2326
Regional Planalto Norte
Regional Extremo Sul
Ethel Jacomel (47) 99986-5864
Alvarás de soltura: 27 Reintegrações: 4 Perda de graduação revertida: 2 Ação penal militar: 280 Sustentação em tribuna: 198 Tribunal superior: 3
Regional Planalto Central Denilson M. Fonseca (49) 98831-9826
Rogério C. de Sá (48) 99836-5223
Regional Sul Claiton de Oliveira (48) 99995-2715
Regional Planalto
Regional Sul
João Batista W. da Silva Sobrinho (49) 99972-8389
Orlando José Machado (49) 99116-4902
Regional Foz do Itajaí Ivan Cegatta (47) 99997-1294
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GARRA para lutar
TRABALHO
pelos praças
em prol dos associados
Vice-presidente da Aprasc, Nilton Facenda é um dos responsáveis pelo excelente trabalho que vem sendo desenvolvido na associação. O comprometimento com as demandas dos associados e os resultados positivos da classe são motivos para comemorar uma trajetória de muito planejamento, união e honestidade. Diante das realizações do presente, Facenda relembra o passado e projeta o futuro com sabedoria. Aos 48 anos, ele honra a cadeira que ocupa na entidade e valoriza o caminho percorrido até aqui. “Sou natural de Chapecó. Entrei na Polícia Militar em 1994, após servir ao Exército Brasileiro, onde aprendi muito e entendi que aquele sonho de criança se tornaria realidade”. Página 6 | O PRAÇA - março/2021
Facenda integrou o 14º Batalhão do Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, em São Miguel do Oeste. Como policial, passou os dois primeiros anos na cavalaria montada. Depois, entrou para a rádio patrulha, sempre na linha de frente. “Durante essa jornada, junto com meus colegas de farda, enfrentei ocorrências de todos os tipos. Me orgulho deste lindo trabalho”. História na Aprasc Logo que a história da Aprasc teve início, em 2001, Facenda se tornou associado. A maneira com que algumas coisas aconteciam fez com que ele deixasse a entidade. Porém, a vontade de lutar por mudanças fez com que ele voltasse novamente suas atenções à entidade e foi
então que, junto do atual presidente, montou uma chapa que ganhou o comando da Aprasc. “Hoje, a Aprasc é gigantesca. Durante nossa gestão, conseguimos aumentar o número de associados em dois mil. Com a união de todos, lutamos a cada dia para solucionar as necessidades que os colegas praças enfrentam”. Feliz com a atual situação da Aprasc, Facenda projeta um futuro de muitas conquistas. “Estamos lutando para criar a Fundação Aprasc para que os associados sejam ajudados sempre que houver necessidade. É uma satisfação enorme contribuir com uma associação com tamanha representatividade e, com certeza, juntos, podemos avançar ainda mais”.
Por trás de grandes feitos há grandes personalidades. Conhecido pela bravura e determinação, João Carlos Pawlick, presidente da Aprasc, representa uma gestão limpa e de palavra. Com foco no atendimento ao associado, aposta na valorização do respeito a quem é a razão da existência da associação: policiais e bombeiros militares. À frente da Aprasc, Pawlick não mede esforços para abraçar as demandas dos praças. “É a primeira vez que faço parte de uma diretoria. E o motivo de colocar meu nome à disposição foi justamente a busca por mudanças, no ritmo do que acontece no Brasil”. No período em que comanda a entidade, o presidente alcançou muitos objetivos e novas metas continuam em seus planos. “Fortalecemos o jurídico com ações que devolvem o respeito, a dignidade e, principalmente, o dinheiro de volta às famílias que compõem a associação.Como resultado, tivemos a entrada de mais de dois mil novos associados. São mais pessoas acreditando e apostando no trabalho sério que desempenhamos”. A visão ampla e qualificada para o cargo é resultado de longos anos de trabalho. “Essa ligação com a Aprasc vem desde sua criação. Sempre que eu podia, participava dos chamamentos de luta pelos direitos dos praças”. E não é à toa que sua gestão recebe o devido reconhecimento. Honestidade sempre foi a palavra de ordem em sua carreira. Natural de Anitápolis, Pawlick iniciou sua carreira militar em abril de 1986, quando entrou no curso de formação de soldados, em São José. Filho de Gilson Gregório Pawlick e Santila Meurer Pawlick, teve uma criação baseada no respeito e trabalho, virtudes que repassou aos filhos João Gabriel e Nathan Carlos, frutos de seu casamento com Viviane Garcia. Atualmente, reside em Santo Amaro da Imperatriz. Formado em Educação Física pela UFSC, tem pós-graduação em Personal Trainer e já atuou em di-
versas instituições de ensino. Em seu currículos, destacam-se a passagem pela Defesa Civil de Santo Amaro da Imperatriz e o comando da PM Águas Mornas, Anitápolis, São Bonifácio, Rancho Queimado e Angelina. Pawlick também tem experiência na área de prevenção de desastres, é instrutor nacional de Direção Tática Antissequestro, tem curso de polícia comunitária, capacitação para motorista de ambulância e possui dezenas de cursos na área de Segurança Pública.
Turma de soldados em 1986 7BPM São José
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Lembranças de um
PM DA RESERVA Honestidade em tudo que se propõe. Compromisso com cada missão recebida. Bravura para superar qualquer obstáculo. A trajetória do policial militar reformado Pedro Morosini é marcada por muito trabalho e dedicação. Morosini ingressou na carreira militar há 50 anos, quando entrou para a PM em Chapecó. Passou por diversas cidades e deixou a sua marca. Agora, reformado, lembra com carinho dos momentos marcantes em prol da segurança pública de Santa Catarina Em 4 de setembro de 1980, no auge da carreira, Morosini enfrentou a maior batalha de sua vida. Num ato de extrema bravura, salvou reféns em um assalto ao banco Bamerindus, na cidade de Ouro, no Meio-Oeste. Naquele dia, ele colocou sua integridade física e emocional em jogo para garantir a segurança do próximo. “Três homens armados entraram na agência, renderam e trancaram todos no banheiro. Foi tudo muito rápido, precisei agir. Me blindei pelo amor à minha profissão e fui”. O PM reformado lembra que, assim que entrou banco, ouviu os bandidos planejarem sua morte. Entre tiros e luta corporal, um criminoso tirou uma faca do bolso e atingiu Morosini. A dor era grande, mas a força para acabar com aquela ação criminosa foi maior. Os minutos foram passando e Morosini começou a sentir o impacto dos ferimentos. Quando estava sozinho com o último bandido, foi salvo por um colega, que colocou a arma na cabeça do criminoso no momento em que ele iria cravar um punhal em seu peito. Emocionado ao falar sobre um dia tão marcante, Morosini afirma que não se arrepende de nada. Seu trabalho, sua caminhada e seus percalços formaram o homem que hoje conta essa história com muito orgulho: “Sou um sobrevivente. Toda a violência que sofri e toda a dor que senti é compensada pela sensação de ter cumprido meu dever. Faria tudo de novo se fosse necessário”. Página 8 | O PRAÇA - março/2021
A bravura de uma BM DESTAQUE Uma super-heroína da vida real! Gabriela Kassandra Luiz Colossi tem 36 anos e uma história de muito amor pelo trabalho. Natural de Florianópolis, conheceu sua atual profissão através do projeto Bombeiro Comunitário. Ao decidir entrar para a carreira militar, estudou e se dedicou ao máximo. Enquanto tentava passar no concurso do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, vendia lanche no quartel, fazia artesanato e cuidava de crianças. Após passar na prova, fez o curso de formação em Curitibanos, em 2006. Depois, retornou para o litoral. Trabalhou no Comando Geral, nos bairros Estreito e Trindade e, atualmente, atua em uma das guarnições da cidade de São José. Kassandra é formada em Teologia e mãe de três filhos.
NA MEMÓRIA Uma das ocorrências mais marcantes da sua trajetória é recente e foi registrada em 21 de julho de 2020. Kassandra, o sargento Uitajuci e o soldado Diego foram acionados para um grande incêndio no bairro Monte Cristo, em Florianópolis. Chegando ao local, o grupo se deparou com um brechó tomado pelas chamas. Aquela foi uma ocorrência de muitos obstáculos e tensão. Em meio ao calor excessivo que nem o capacete e a balaclava diminuíam, ela se manteve firme em seu propósito. Após superar a preocupação com o desplacamento do teto
do local, Kassandra foi chamada para resgatar uma vítima. Já no terceiro andar da construção, percebeu que seu Equipamento de Proteção Respiratória apitava, indicando baixa pressão. “Tive que respirar de forma muito superficial para manter minimamente o suprimento de ar até chegar na laje da construção vizinha”, lembra. Já em lugar firme e seguro, percebeu que seus colegas de profissão ainda estavam em local perigoso e, utilizando uma escada que não tinha qualquer tipo de amarração, voltou à construção para ajuda-los. De volta ao combate, encontrou o
cabo Ernani perdendo a consciência e o ajudou a descer em segurança. Ciente de que o sargento Uitajuci estava também dando o máximo de si e ainda precisava de apoio, Kassandra retornou para ao encontro do amigo de farda. “Ele estava visivelmente debilitado por todo esforço e fumaça inalada. Eu também estava cansada. Mas, não o deixaria para trás”, finaliza a bombeira, lembrando com emoção que, ao final do trabalho, a equipe recebeu o maior reconhecimento de todos: os aplausos após mais uma missão cumprida.
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E aí, governador?
Aprasc ameaça deflagrar
OPERAÇÃO PADRÃO O Governo do Estado tem batido recordes de arrecadações e não tem mais desculpas para negar a reposição dos praças militares, que estão há sete anos sem reajuste. Santa Catarina obteve superávit orçamentário de R$1,86 bilhão em 2020. Isto é: dinheiro tem. Mesmo as-
sim, o Estado tem prorrogado a retomada das negociações da categoria, que desde o início da pandemia está firme no combate ao Covid-19, sob sério risco de contaminação. Diante disso, a Aprasc está ameaçando deflagrar uma operação padrão na segurança pública do Estado. “Sem-
pre fomos do diálogo, mas estamos no limite. A tropa não aguenta mais”, desabafa o presidente da Aprasc, João Carlos Pawlick, lembrando que o governo do Pará decidiu conceder reajuste aos militares, enquanto o governo catarinense só enrola a categoria.
Poder de compra corroído Enquanto o governo empurra com a barriga a reposição dos militares, o poder de compra dos praças é corroído ano a ano. Hoje, o praça acumula cerca de 50% de perdas
na
saiu
mídia
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salariais e vê tudo aumentar. Em Florianópolis, por exemplo, está a cesta básica mais cara do Brasil. Além disso, nos últimos anos, o preço da carne teve variação de 118%,
do arroz 162% e o do óleo de soja 180%, segundos dados do Dieese. Sem contar o preço da gasolina. “Tudo aumenta, menos o nosso salário”, diz o presidente.
LUTAS E CONQUISTAS Desde 2018, a Aprasc segue lutando firme na defesa dos praças. E, em 2021, a associação continua esta grande luta. Recentemente, a diretoria, liderada pelo presidente João Carlos Pawlick, esteve reunida com o Décio Vargas, consultor executivo de Negociação e Relações de Trabalho da SEA (Secretaria de Estado da Administração). Os diretores cobraram uma retomada efetiva da reposição, que deve ocorrer em abril. A Aprasc também trabalha por um
novo plano de carreira, que dê dignidade ao praça. Outra luta importante e que merece destaque é a incorporação do IRESA após pressão junto aos deputados e governo. Uma das vitórias mais recentes beneficiou os novos sargentos, que foram enviados para longe da base de origem e de suas famílias ao fim do curso. A Aprasc agiu rápido, acionando
FIM DA ESCRAVIDÃO Hora da escala 24x72 Depois de muita pressão por parte da Aprasc, a previsão é que em maio deste ano o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina coloque um fim na escala 24x48 e autorize a escala 24x72. A data já foi confirmada pelo comando. Trata-se de um pleito antigo da associação, que ingressou com ações cobrando a extinção da escala, bem como a restituição dos valores referentes as horas-extras trabalhadas pelos bombeiros militares. “Essa é uma escala de escravidão. Nossa tropa, que já vem sofrendo com a falta de reajuste, de equipamento, de valorização, exige o fim deste regime de trabalho. Por isso, estamos firmes nessa luta e vamos cobrar para que essa escala 24x48 nunca mais volte”, disse o sargento do Corpo de Bombeiros Militar, Paulo Aguieiras, diretor regional da Aprasc.
o comando-geral e deputados, para reverter a situação. A pressão funcionou e o comando decidiu manter os guerreiros nas suas bases. Entre as outras conquistas está o Projeto de Lei, aprovado pela Alesc, que faz justiça à categoria, reconhecendo a antiguidade como critério de promoção. A diretoria trabalhou os dois anos, articulando para derrubar o parecer da PGE e dar segurança jurídica aos guerreiros.
PEC EMERGENCIAL Aprasc pressiona Congresso para garantir direitos dos praças Diante da tramitação da PEC emergencial, que ameaçava direitos importantes dos praças, a Aprasc agiu rápido para pressionar senadores e deputados federais. O texto original promovia, entre outros pontos, congelamento e redução de salários do servidor público e a restrição automática para reposição inflacionária caso o Estado chegasse a 95% do teto de gastos públicos ou decretasse estado de calamidade pública. Com a cobrança, o texto final impediu maiores prejuízos, como a redução salarial e as restrições de reposição inflacionária, bem como progressões, que passaram a ser facultativas e não automáticas. “Por isso, a luta continua firme. Precisamos estar atentos”, garante o presidente Pawlick.
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Fundação Aprasc vai ajudar associados
FORÇA
A dos praças #TBT
O dia 30 de janeiro de 2020 vai ficar para sempre no calendário da Aprasc como sendo a data da maior manifestação da história da segurança pública de Santa Catarina. Cerca de quatro mil policiais e bombeiros militares se reuniram para Assembleia Geral na Associação Catarinense de Medicina, em Florianópolis, e depois
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caminharam até o Centro Administrativo para protestar contra o Governo do Estado. Segurando faixas e cartazes, assoprando apitos e usando nariz de palhaço, os manifestantes fizeram ecoar palavras de ordem que pediam o fim da desvalorização da categoria. Entre os pedidos, a reposição inflacionária, que é um direito desrespeitado há mais de sete anos.
Prestar assistência aos praças associados. Esse é o principal objetivo da Fundação Aprasc, projeto que vem sendo estudado desde que a atual diretoria assumiu o comando da associação. De lá para cá, foram realizadas diversas reuniões para desburocratizar o processo de concretização da fundação. De acordo com Luciano Emerson dos Santos, diretor social da Aprasc, um estatuto foi criado e aprovado em partes pelo Ministério Público. A pandemia, porém, atrasou todo o processo de criação. Após nove reuniões presenciais e híbridas, a
Protesto na Capital Outro protesto marcante realizado pelos praças aconteceu em dezembro de 2019, em Florianópolis. Mais de 500 policiais e bombeiros militares caminharam pelas ruas cobrando um cronograma de pagamento das perdas inflacionárias. O grupo se concentrou na Catedral Metropolitana e, com faixas, cobrou uma posição do governador Carlos Moisés.
criação da Fundação Aprasc está agora na fase final do aporte econômico. Como vai funcionar De acordo com Luciano, 2,75% do valor total da mensalidade paga pelos associados à Aprasc será destinado à Fundação (equivalente a R$2,02 dos R$26,95 da contribuição que os praças fazem à Associação). Este montante será utilizado sempre que bombeiros e policiais militares associados precisarem de auxílios como: fornecimento de próteses, consultas médicas, auxílio funeral, cestas básicas,
emergências ligadas à imóveis destruídos por sinistros ou apoio psicológico. “A Fundação Aprasc vai dar assistência aos associados. Será um trabalho extra, mas a diretoria está atuando forte para atender as demandas que chegam todos os dias”. Hoje, mesmo sem a criação da Fundação Aprasc 100% concluída, a entidade já ajuda associados que passam por momentos delicados:
Incêndio criminoso Quem também foi beneficiado pela união da Aprasc é o policial militar da reserva Leonir Nilto Baldança, de Ilhota. Ele, que perdeu a casa em um incêndio tido como criminoso, conseguiu reconstruí-la graças à vaquinha virtual lançada pela associação.
Muito feliz em ter seu lar de volta, Baldança agradece o empenho dos envolvidos. “A atual diretoria da Aprasc é excelente. Não mediu esforços para me ajudar em um dos momentos mais difíceis da minha vida. Esse auxílio foi essencial para minha família. Sou eternamente grato”.
Aprasc no Conselho de Segurança Pública Mais uma vitória na luta dos praças! A Aprasc assumiu, pela primeira vez, uma cadeira no Conselho de Segurança Pública e Defesa Civil de Santa Catarina. Entre as bandeiras da associação está o plano de carreira, além da aprovação do Código de Ética e Disciplina. Também são prioridades a revogação do texto estatutário extinguindo a exigência do engajamento e reengajamento, visto a não recepção dos institutos pela CF e existência dos Pads demissionais; a reposição
inflacionária sobre o subsídio dos militares; e a inserção de normas no POP sobre procedimentos instrutórios na ocorrência de militar preso. A lista ainda menciona a adequação e compensação das vagas não abertas em 2020 e a recontagem do tempo de serviço para licença especial suspenso pelo decreto de ajuda emergencial do novo coronavírus, já que para o conselho a ordem se mostrou desnecessária e sem finalidade efetiva.
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id-19 #CombateaoCov
Atuação firme na
DEFESA DO PRAÇA Centenas de praças foram contaminados e muitos faleceram por complicações causadas pela doença. A Aprasc sempre lutou e cobrou, junto aos comandos, equipamentos de proteção individual para todos os bombeiros e policiais militares. Liderada pelo presidente João Carlos Pawlick, uma
comitiva passou por todas as regiões do Estado e fiscalizou as condições de trabalho dos guerreiros. “O maior medo sempre foi levar a doença para dentro de casa, infectando as famílias. Por isso, atuamos firmes para garantir a saúde dos guerreiros, exigindo equipamentos e testes para todos”, disse o Pawlick.
Batalha pelos testes Diante da negativa do SC Saúde para a realização dos exames, a Aprasc negociou com o plano a realização de exames sorológicos nos praças com sintomas da doença. A partir daí, os pedidos passaram a ser feitos diretamente à SC Saúde. Começou, então, a batalha para que o máximo de policiais e bombeiros realizassem os testes. Junto com os prefeitos e vereadores, a Aprasc liderou um movimento para que os municípios liberassem testes para a tropa. Prefeitos como Gean Loureiro, de Florianópolis, atenderam ao apelo e realizaram exames em todos os policiais e bombeiros. A luta pelos direitos da categoria também refletiu em atuações com os deputados. A Aprasc fez uma indicação ao deputado Felipe Estevão para que apresentasse um projeto que garantisse a realização de exames na tropa a cada 15 dias. No Congresso Nacional, a Aprasc acionou a deputada Carol de Toni para que incluísse os policiais e bombeiros militares em projeto que beneficiava os agentes de saúde com auxílio insalubridade durante o surto.
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ASSOCIADO APRASC E TENHA CERTEZA DE QUE UM GRUPO ATUANTE LUTA PELOS SEUS DIREITOS Janeiro de 2019:
14.289
associados
Março de 2021:
16 mil
+ de
associados
A Aprasc tem potencial para ir muito mais longe! Ainda não é associado? Abrace essa causa e ajude a fortalecer a luta pelos direitos dos bombeiros e policiais militares
!
Jurídico em ação
O setor jurídico da Aprasc permaneceu ativo durante todo o período da pandemia e ingressou com uma série de ações para garantir os direitos dos praças. A mais recente é a atuação para garantir a vacinação dos policiais e bombeiros militares nas primeiras fases da imunização.
ENTRE EM CONTATO:
Em 2020, a Aprasc não parou um minuto a luta para amparar os praças que atuaram no combate à pandemia de coronavírus. Mesmo no auge do surto, quando Santa Catarina decretou ‘lockdown’, a entidade seguiu firme com os atendimentos, mesmo com praticamente todos os funcionários infectados pelo vírus.
Seja um
Telefones: (48) 3223-2241 e (48) 98831-1059 Whatsapp: (47) 98807-7534 E-mail: cadastro@aprasc.org.br
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POLICIAIS E BOMBEIROS MILITARES LUTANDO PELA SEGURANÇA DA SOCIEDADE
Rua Raul Machado, 139, Centro - Florianópolis Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h
(48) 3223-2241
w w w. a p r a s c . o r g . b r