UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO PROJETO PRÁTICAS INTEGRAIS DA NUTRIÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE
ANA KAROLINA GONZALEZ THAISE ANATALY THAISY GARCIA
GRUPO OPERATIVO: ESCOLA I
João Pessoa 2009
ANA KAROLINA GONZALEZ THAISY GARCIA THAISE ANATALY
GRUPO OPERATIVO: ESCOLA I
Relatório do Grupo da Escola I do Projeto de Extensão Práticas Integrais da Nutrição na Atenção Básica em Saúde (PINAB), coordenado pela professora Ana Cláudia Cavalcanti Peixoto de Vasconcelos, do Departamento de Nutrição da Universidade Federal da Paraíba, apresentado a PRAC, CCS e DN/UFPB.
João Pessoa 2009
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................
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2 OBJETIVOS.............................................................................................................
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2.1Objetivo Geral .........................................................................................................
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2.2 Objetivos Específicos..............................................................................................
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3 METODOLOGIA....................................................................................................
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4 ATIVIDADES REALIZADAS...............................................................................
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4.1 Visitas Domiciliares................................................................................................
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4.2 Planejamento Escolar do Ano Letivo.....................................................................
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4.2.1 Planejamento do Grupo.......................................................................................
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4.2.2 Planejamento da EMAA......................................................................................
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4.3 Aconselhamento Dietético Individual.....................................................................
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4.4 Atividades na Escola...............................................................................................
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5 DISCUSSÃO, REFLEXÃO E ENCAMINHAMENTOS.....................................
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................
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REFERÊNCIAS..........................................................................................................
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APÊNDICES................................................................................................................
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4 1 INTRODUÇÃO
Visando contribuir com a promoção da saúde e da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), estudantes do curso de graduação em Nutrição da Universidade Federal da Paraíba(UFPB) participam do PINAB (Práticas Integrais da Nutrição na Atenção Básica em Saúde), projeto de extensão vinculado ao Departamento de Nutrição/UFPB, o qual desde Agosto de 2007,vem realizando atividades na Unidade de Saúde da Família (USF) Vila Saúde na Escola Municipal Augusto dos Anjos (EMAA) e nas comunidades Jardim Itabaiana, Pedra Branca e Boa Esperança, no bairro do Cristo Redentor (João Pessoa – PB). Desenvolvido segundo o referencial teórico-metodológico da Educação Popular, o PINAB realiza suas atividades com cinco grupos operativos: Gestantes, MP (Mobilização Popular), PBF (Programa Bolsa Família), Escola I (direcionado às crianças da EMAA) e Escola II (direcionado aos adolescentes da EMAA). Além dos grupos supracitados, o projeto em pauta realiza visitas domiciliares, as quais acontecem quinzenalmente, nas sextas-feiras à tarde, e os participantes reúnem-se em duplas ou trios, acompanhando – cada um deles – duas casas, no intuito da conquista de um maior vínculo com as pessoas do território de atuação. Os aconselhamentos dietéticos também fazem parte das atribuições dos estudantes que compõem o PINAB. Mensalmente, cada grupo se dispõe a realizar troca de saberes com usuários da USF, conferindo uma conotação diferenciada da nutrição, neste espaço. Ou seja, utiliza-se o diálogo e enxerga-se a pessoa em atendimento de maneira holística, levando-se em consideração o que a permeia, como cultura, condições sócio-econômicas, entre outros. Desta forma, a condutas dietéticas são baseadas, de fato, na individualidade e estilo de vida do sujeito. Ressalta-se, ainda, que esta ação é uma oportunidade dos graduandos em nutrição explorarem o binômio teoria-prática, relacionando o que veem em sala de aula à realidade daquela população. O Grupo Operativo Escola I, como explanado anteriormente, é um dos eixos de atuação do projeto, tendo-se optado pela participação neste espaço, porque ele é privilegiado, no que diz respeito ao desenvolvimento de ações educativas, sendo o programa de alimentação escolar excelente ferramenta para a promoção de hábitos alimentares saudáveis, uma vez que além de fornecer uma parcela dos nutrientes que
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5 os alunos necessitam diariamente, deve possibilitar a construção de espaços educativos, ao estimular a integração de temas relativos à nutrição ao currículo escolar (CARVALHO et al, 2008). Neste sentido, a Portaria Interministerial nº. 1010/2006, a qual institui as diretrizes para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas de educação infantil, fundamental e nível médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional, ainda, corrobora que “a alimentação não se reduz à questão puramente nutricional, mas é um ato social, inserido em um contexto cultural”, afirmando, também, que a “alimentação no ambiente escolar pode e deve ter função pedagógica, devendo estar inserida no contexto curricular”. Nos diz a SAN que em escolas, serviços sociais, empresas de refeições coletivas e serviços de orientação ao consumidor podem desenvolver atividades de educação nutricional no sentido de influenciar um exemplo de consumo, promovendo assim a segurança alimentar e as práticas alimentares saudáveis. Muitos aspectos da alimentação podem ser trabalhados: revalorizar comidas artesanais, incentivar a culinária típica, explorar a biodiversidade, evitar o desperdício, dentre outros. Através de atividades lúdicas, as praticas de alimentação saudável se tornam mais facilmente absorvida pelas crianças e adolescentes que ali estudam (BOOG, 2004). Com base no que foi exposto, o presente relatório descreve e reflete sobre as atividades realizadas no semestre 2009.1, as quais objetivaram a promoção de práticas alimentares saudáveis, através da construção coletiva do conhecimento com os estudantes do 2° ano do ensino fundamental Escola Municipal Augusto dos Anjos.
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6 2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Desenvolver atividades de promoção da alimentação saudável junto aos estudantes do segundo ano da Escola Municipal Augusto dos Anjos.
2.2 Objetivos Específicos
Participar de reuniões que envolvam os pais dos alunos da EMAA;
observar a alimentação oferecida pela escola;
construir um mural informativo sobre questões relacionadas à alimentação e a comunidade escolar;
realizar aconselhamentos dietéticos junto ao nutricionista ou estagiário;
participar das atividades escolares, como o planejamento pedagógico anual;
realizar ações educativas relativas à temática da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) com os estudantes.
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7 3 METODOLOGIA
Educação Popular (EP), sistematizada por Paulo Freire, é uma metodologia que visa proporcionar transformação dos envolvidos, por isso é comprometida e participativa. É uma estratégia de construção da participação popular para o redirecionamento da vida social, na qual o diálogo é incentivado, logo, nos espaços em que se faz presente, as conversas acontecem de maneira horizontalizada, uma vez que se atribui importância ao que o outro traz consigo de conhecimentos e, ao haver o compartilhar deles, ou seja, a troca desses saberes, todos constroem juntos uma nova realidade. Segundo Vasconcelos (2004): Educação Popular é o saber que orienta nos difíceis caminhos, cheios de armadilhas, da ação pedagógica voltada para a apuração do sentir/pensar/agir dos setores subalternos para a construção de uma sociedade fundada na solidariedade, justiça e participação de todos. Baseando-se no eixo teórico-metodológico exposto, os integrantes do grupo Escola I, desenvolveram aconselhamentos nutricionais na Unidade de Saúde da Família Vila Saúde, visitas domiciliares nas áreas de abrangência da referida unidade e atividades coletivas com a comunidade escolar da EMAA. Os aconselhamentos dietéticos (ADs), abordagem escolhida pelo PINAB para nortear os atendimentos clínicos individuais realizados na USF em questão, não visa apenas a adesão do usuário à dieta, e sim, em conjunto com este, criar estratégias para solucionar os problemas relativos às suas práticas alimentares inadequadas. Nessa abordagem, é relevante a sensibilidade do profissional para a escuta, a sua disposição para o diálogo e a predisposição à formação de vínculo. É importante destacar, ainda, que a forma do nutricionista desenvolver as atividades educativas não é neutra, pois recebe influências do contexto social, político e econômico em que ele atua (COSTA, RIBEIRO & RIBEIRO, 2001). Nos ADs as extensionistas procuraram agir em conformidade com as etapas preconizadas para este processo, por dessa forma, realizaram: descoberta inicial, na qual se observou o comportamento de cada usuário, considerando-se a forma como se expressava, a postura e as emoções passadas pelo mesmo; exploração em profundidade, em que se desenvolveu um processo de anamnese com o paciente, colhendo
informações
acerca
de
suas
preferências
alimentares,
aversões,
disponibilidades de alterações em seus hábitos alimentares; doenças pré-existentes, 7
8 entre outros fatores; e, preparação para ação, na qual extensionistas e usuários, construíram juntos uma nova conduta alimentar, a qual visava a reeducação alimentar de maneira gradativa, além de acordar metas, cujo objetivo era a melhoria da qualidade de vida (RODRIGUES, 2005). As visitas domiciliares, por sua vez, praticadas quinzenalmente, é um eixo de atuação essencial no que diz respeito à intenção do projeto em buscar um crescente vínculo com a comunidade. Neste campo de atuação, casas pré-estabelecidas foram visitadas durante todo o semestre por grupos de dois ou três extensionistas, propiciando a estes, um melhor conhecimento da situação em que cada componente da família se encontra e, a partir disto, buscou-se contribuir na construção de possíveis soluções, seja como ponte de ligação entre as famílias e a USF, ou mesmo como participantes de momentos especiais com conversas informais com integrantes da comunidade em questão. Semanalmente, utilizando-se do espaço conferido ao PINAB pela EMAA, desenvolveram-se atividades lúdicas com os estudantes do 2° ano C, turma inicialmente selecionada devido ao apoio expresso, logo em um primeiro contato, da respectiva professora, a qual se disponibilizou para auxiliar o grupo na elaboração e execução das atividades. As ações desenvolvidas com este público fundamentaram-se na promoção de informações acerca de uma alimentação saudável relacionadas à aplicação de conteúdos vistos em sala de aula por eles. Nas sextas-feiras, pela manhã, a partir da exposição de alguns temas didáticos propostos pela professora, e aliados à nossa visão de necessários assuntos a serem trabalhados com as crianças, buscou-se a aplicação de criativas atividades que despertassem a motivação e o conseqüente aprendizado das crianças. Para isso, foram utilizados recursos pedagógicos diversificados como dinâmicas, gincanas, atividades com músicas, exercícios lúdicos envolvidos por objetivos como a socialização, o incentivo à leitura e à aquisição do conhecimento como um todo. Á medida do possível, fez-se também entregas de prêmios como instrumentos de estímulo ao alunado em momentos que componentes deste, respondiam com sucesso ao serem questionados acerca de assuntos trabalhados em sala.
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9 4 ATIVIDADES REALIZADAS
4.1 Visitas domiciliares
22 de Maio; 05 de Junho; 19 de Junho; 03 de Julho; 17 de Julho; 31 de Julho; 14 de Agosto, de 2009
Tendo em vista que novas integrantes foram incorporadas ao grupo, fez-se um reconhecimento da área de atuação e fomos divididas em duplas ou trios para a realização das visitas. Diferentemente de outros períodos, pudemos ter um contato maior com as famílias, pois nossos encontros passaram a ocorrer quinzenalmente. Passamos, também, a concretizar as visitas sozinhas, sem o acompanhamento dos ACSs. Ressalta-se que cada dupla ou trio visitava duas casas, o que, possivelmente, possibilitou a criação de um vinculo maior com cada família. Após as visitas eram realizadas as reflexões teóricas, em que eram lidos textos sobre educação popular e se refletia sobre os aspectos mais relevantes que vivenciávamos nas visitas. Eram colocados na “roda” nossos medos e receios e assim também podíamos fazer um autoquestionamento (estávamos agindo realmente como educadores populares?). 4.2 PLANEJAMENTOS ESCOLAR DO ANO LETIVO
4.2.1 Planejamento do Grupo
08 de maio; 26 de junho, de 2009
Nesta reunião os estudantes integrantes do grupo escola se reuniram com a coordenadora do projeto PINAB, objetivando programar a atuação do grupo para o semestre. Fizemos uma leitura do relatório do grupo Escola I do período passado e, posteriormente, traçamos alguns direcionamentos: a) procurar participar de reuniões com os pais de alunos da escola; b) observar a alimentação escolar, a qual se tornou terceirizada; c) construir um mural, cedido pela escola, para anexar as atividades 9
10 realizadas pelos alunos, dentre outros possíveis materiais; d) conversar com a direção da escola sobre a veiculação de uma rádio-escola no intervalo. Quando a escola entrou de férias nos reunimos no departamento para avaliarmos o que já havíamos feito e quais as atividades poderiam ser desenvolvidas com o reinício do ano letivo. Esquematizamos, ainda, o que poderíamos levar de idéias para o planejamento pedagógico da escola, que iria ocorrer no dia 3 de julho, ficando acordado o seguinte: 1) Analisar quais professores estariam interessado em nossas atividades, qual turma se iria trabalhar; 2) utilizar uma rádio-escola, focando alimentação saudável, dentre outros temas, dependendo da escolha da turma; 3) realizar teatro de fantoche, uma vez que este é um artifício bem lúdico e que consegue a atenção do público alvo; 4) propor uma oficina com os professores, uma vez que eles são agentes multiplicadores, mostrando o quanto eles são influenciadores nos hábitos alimentares dos estudantes; além disso, incentivar a interdisciplinaridade, discutindo a questão da alimentação como assunto a ser inserido no contexto das aulas; 5) explicar o mural, indagando como poderíamos integrar as turmas e o que poderia estar sendo exposto no mesmo (articulação). Discutir a idéia, objetivos do mural.
4.2.2 Planejamento da EMAA
03 de julho; 31 de julho; 14 de agosto, de 2009
A primeira reunião que participamos da EMAA ocorreu no dia 03 de julho, a qual foi uma reunião pedagógica envolvendo professores e funcionários da mesma. Pensávamos que se tratava de uma reunião para planejamento de aulas e atividades que seriam realizadas no retorno das férias, mas se tratava de uma reunião de motivação. No primeiro momento todos ficaram em uma mesma sala reunidos, para a abertura da reunião. Logo depois o grupo de professores permaneceu na sala e os funcionários foram levados para uma sala ao lado. Nós do grupo nos dividimos: duas de nós foram 10
11 para o grupo dos funcionários e a outra integrante participou do grupo de professores junto com a coordenadora do projeto. No dia 31 de julho, houve a reunião com os professores, pais de alunos, coordenadores pedagógicos e direção. Começou com uma música e depois uma reflexão muito boa sobre dez passos para que os pais os sigam em casa com seus filhos. Os professores e coordenadores explicaram cada passo. Falaram da importância dos pais de conhecerem e sempre estarem em contato com os professores de seus filhos. Uma das professoras nos chamou para nos apresentarmos aos pais. Falamos do PINAB e das atividades que fazíamos com eles. Daniela e Simony – estagiárias do 8° período e integrantes do PINAB - também puderam explanar sobre o projeto e enfocaram os aconselhamentos dietéticos que ocorrem na USF Vila Saúde. No dia 14 de agosto, participamos da reunião de planejamento com os professores. Na reunião foi discutido como seria o desfile do dia 07 de setembro em comemoração à independência do Brasil. O segundo ano (turma com a qual fazíamos as atividades) iria desfilar representando a temática da alimentação saudável. Nessa reunião as professoras puderam falar da sua profissão, como se sentem, os desafios. Houve também agradecimentos a colaboração de Dora e Verônica (orientadoras), que se dedicam muito a escola. Diane (diretora geral da manhã) também participou da reunião e falou da dificuldade de lidar com os alunos que possuem famílias tão diferentes e com uma realidade tão difícil. Foi avisado também da semana do folclore.
4.3 ACONSELHAMENTO DIETÉTICO
15 de maio de 2009
a USF, nós nos dividimos em dois grupos orientados, um por Jossana e outro por Renata, que eram as estagiárias do Estágio Supervisionado em Nutrição em Saúde Pública da UFPB, nesse período. Neste dia atendemos um paciente de 17 anos, que se achava muito magro e que gostaria de ganhar peso. Ele foi acompanhado por sua mãe que também o achava muito magro para sua altura. O grande problema desse paciente eram os horários das refeições que ele fazia. Por se tratar de uma primeira consulta, fez-se uma anamnese alimentar e uma posterior intervenção nutricional com o objetivo de obter um maior peso para o mesmo, se alimentando de forma correta e nos horários corretos. 11
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12 de junho de 2009
Este aconselhamento contou com a orientação da nutricionista e professora Ana Claudia, a paciente era eutrófica e se achava gorda e nos procurou para conseguir emagrecer, pois trabalha com estética e acha muito importante se alimentar bem e corretamente. Por se tratar da primeira consulta realizada com esta, fez-se uma anamnese alimentar e uma posterior intervenção nutricional com o objetivo de melhorar a sua alimentação e assim de sua família, que consumia muita gordura e alimentos que não eram muito saudáveis, como refrigerantes.
10 de julho de 2009
Este aconselhamento foi o retorno de uma paciente. Ela estava receosa, porque não acompanhou a dieta com os devidos cuidados, Ela não conseguiu baixar o seu peso, mas falou que estava se sentindo bem melhor. Conseguiu diminuir da sua alimentação: refrigerante, alimentos com muita massa (que consumia antes de dormir) e a lingüiça, cujo consumo tinha alta freqüência. As suas dificuldades foram os lanches antes das refeições, os quais não conseguia realizar, o baixo consumo de verduras, além da água, que bebia restritamente, também. Aconselhamos a ingestão de verdura e da água com mais freqüência e procurar fazer os lanches antes das refeições, para que não sinta tanta fome antes das mesmas.
07 de agosto de 2009
Estavam agendados três retornos e três primeiras consultas para esse dia, no entanto, apesar de terem sido avisados pelos ACS, nenhum dos pacientes marcados compareceu. Eles foram avisados pelos mesmos, mas por terem outras atividades no
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13 mesmo horário não puderam comparecer Como não houve aconselhamento, nos reunimos para fecharmos as atividades da próxima sexta-feira na escola.
4.4 ATIVIDADES NA ESCOLA
24 de abril de 2009
Neste dia não pudemos fazer a atividade, porque as escolas municipais de João pessoa entraram em paralisação.
01 de maio de 2009
Não foi realizada a atividade na EMAA, por conta do feriado do dia do trabalho.
08 de maio de 2009
Por conta, ainda, da paralisação não houve atividade. Reunimo-nos, assim, no departamento de nutrição, para uma leitura do relatório feito pelo o grupo escola I do período passado. A coordenadora do projeto nos esclareceu sobre a portaria Nº 1010.
22 de maio de 2009: Foi o nosso primeiro contato com a escola. Na parte da manhã existem 11
turmas (do primeiro ao quinto ano). Possui uma sala de computação com muitos computadores e uma área que é utilizada como quadra, porém não é coberta e o piso é de barro. A área que seria destinada a horta é bem grande. A escola conta com um programa do governo federal chamado MAIS EDUCAÇÃO, uma proposta em que os alunos praticam outras atividades no horário oposto aos que assistem aulas. Esses estudantes contam com oficinas e outras atividades. Atualmente a coordenação desse programa é da professora Ana Maria, que tivemos oportunidade de conversar.
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14 Na área destinada à alimentação escolar foram colocadas mais mesas. A escola ainda conta com três estagiárias de pedagogia da UFPB contratadas através da Prefeitura Municipal João Pessoa. Ao conversarmos com alguns professores decidimos fazer atividades com a turma do segundo ano C, a qual possui como professora Luciene. A escolha por esta turma partiu do fato desta professora demonstrar maior interesse no que estávamos nos propondo a realizar. Além disso, algumas professoras não tinham como ceder espaço em sua aula, pois alegavam que - por conta da paralização das atividades que houvera anteriormente – o conteúdo programático estava atrasado. Ainda, optamos em trabalhar com apenas uma turma, no intuito de criarmos vínculo com os estudantes.
29 de maio de 2009
Ao chegarmos à escola, fomos para a sala dos diretores e conversamos com Miza (diretora da manhã) e Verônica (orientadora pedagógica). Não pudemos enfeitar o mural que seria destinado para anexar as atividades feitas com os meninos. Após o intervalo entramos na sala de aula, nos apresentamos e fizemos a dinâmica do ECO. Pudemos perceber a agitação dos alunos. Começamos a atividade, distribuindo folhas, para que fizessem desenhos relacionados à festa junina e os cinco melhores iriam ser colocados no mural. Falamos com a professora para que o mural fosse sempre alimentado com as suas atividades.
05 de junho de 2009 O mural que Miza nos disponibilizou foi localizado ao lado da sala dos
professores. Enfeitamos o mesmo e o intitulamos “mural nutritivo: alimente essa idéia”. Depois de enfeitado o mural, fomos para a sala de aula fazer a atividade. Falamos do mural para os estudantes e o apresentamos. Na sala, fizemos uma roda e a atividade era associar a gravura da comida típica junina com a sua escrita. Separamos as sílabas e pedimos para eles juntarem as mesmas e formarem a palavra correta. Percebemos que eles tiveram muita dificuldade. Depois da atividade distribuímos paçocas e as que sobraram fizemos perguntas sobre como escreviam as palavras e quem as acertassem as ganhavam. 14
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19 de junho de 2009
Nosso grupo participou da festinha de São João da EMAA. A turma ao qual trabalhamos ficou responsável pela exposição de comidas típicas. A maioria das crianças estava vestida a caráter, bem como nós. Cada turma fez uma apresentação de dança. Distribuímos pequenos encartes com dicas sobre o milho. Entregamos a alguns pais e crianças presentes. Depois da festa, fomos convidadas a um lanche com os professores. A escola entrou de férias e assim só iríamos fazer atividades depois do dia 16 de julho.
17 de julho de 2009
Neste dia fizemos nossa primeira atividade após as férias. A atividade que fizemos foi “semáforo alimentar”. Começamos explicando como era o funcionamento de um semáforo. Prendemos o mesmo junto com as figuras de alimentos e chamamos um por um para colocar nas devidas cores os alimentos que eles achassem corretos, vermelho (quase nunca comer), amarelo (comer de vez em quando) e verde (comer sempre). Eles mesmos perceberam alguns erros e acertos dos alimentos nas suas devidas cores.
24 de julho de 2009
Fizemos neste dia uma mini-gincana. De início, colocamos uma música que falava de como, e o que comer. Depois refletimos do que se tratava a música. Falamos das frutas, feijão e arroz. Após a reflexão, começamos a gincana. Dividimos a turma em dois grupos: grupo I dos meninos e o grupo II das meninas. Eles teriam que encher um balão entregue por nós e que continha um pequeno papel com uma pergunta dentro, correr até uma cadeira colocada mais a frente deles e sentar em cima da bexiga para estourá-la. Quem a estourasse primeiro respondia a pergunta e se estivesse correta ganharia um ponto para o grupo. No 15
16 final os vencedores foram os meninos. Eles foram premiados com medalhas feitas por nós de papelão e papel laminado. As douradas para os meninos a as prateadas para as meninas. No final conversamos com a professora Luciene que nos falou da dificuldade dos estudantes na escrita.
31 de julho de 2009
Neste dia tínhamos planejado finalizar as atividades do período com a massinha de modelar feita por eles mesmos. Não pudemos realizar, porque a escola fez uma reunião com pais, professores e coordenadores. Após as visitas domiciliares pudemos falar com Diane a respeito da rádio. Ela nos disse que a idéia era muito boa e que iria falar com um senhor que faz a manutenção do som para ele dar uma olhada. O equipamento central fica na sala da diretoria, mas Diane não achou problemas em levar alguns alunos para lá.
21 de agosto de 2009 Como não pudemos finalizar as nossas atividades anteriormente, esse dia foi o
último contato com eles. Fizemos a atividade já planejada: da massinha. Eles mesmos prepararam a massa e a transformaram nos alimentos que queriam. Diane (a diretora) nos apresentou a nutricionista responsável pela alimentação escolar, que se chama Alessandra e se mostrou disposta a nos ajudar no que precisássemos.
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17 5 DISCUSSÃO, REFLEXÃO E ENCAMINHAMENTOS
O período 2009.1, no que diz respeito ao Grupo Operativo Escola I, foi muito proveitoso. Podemos, inicialmente, apontar como pontos fortes: a união dos integrantes do grupo, bem como o nosso compromisso em relação ao PINAB, além da autonomia concedida pela Escola em questão ao projeto e, em especial, o apoio dado pela professora Luciene – responsável pelo 2° ano C, turma com a qual trabalhamos. O subsídio fornecido pelos nossos planejamentos conferiu importância nos resultados positivos que obtivemos no presente período, uma vez que, a partir deles, associado ao delinear dos acontecimentos, optamos trabalhar com uma única turma, o que culminou em uma criação de vínculo sólido com as crianças e no reconhecimento dos que compõem a escola, o que pôde ser percebido em ações como a fala concedida aos integrantes do PINAB no dia da reunião com os professores e pais, além da ala no desfile de 7 de Setembro focando alimentação saudável, que estava sendo representada pelos estudantes da turma com a qual realizamos as atividades. Essas são repercussões importantes produzidas pelo trabalho do grupo. No tocante a reunião da qual participamos e que foi voltada aos funcionários e professores, tem-se que, após a divisão dos grupos, na reunião destinada ao primeiro público e facilitada por uma psicóloga, pôde-se falar muito sobre a vida e sobre comportamentos de uns com os outros na escola, tendo sido as reflexões realizadas, muito proveitosas. Já a destinada ao segundo público citado, não alcançou - em sua totalidade – o objetivo esperado, talvez por se tratar de espectadores mais críticos, de falhas nos recursos audiovisuais e/ou do próprio planejamento da capacitação. Este momento foi significativo e enriquecedor para o grupo, pelo fato da participação em si, por percebermos que somos considerados parte daquela instituição e pelos conhecimentos adquiridos nos dois espaços dos quais participamos. Ressaltamos que, devido à conotação da reunião, não pudemos expor o que havíamos planejado (o que foi citado em outra seção deste relatório) para discutirmos nela. No referente à alimentação escolar, é interessante comentar sobre o fato de termos conhecido a nutricionista responsável por esta, que, no período em que atuamos tornou-se terceirizada. Inicialmente, percebemos resistência e críticas de alguns gestores da escola à terceirização da alimentação escolar, porque ouviam que nas outras escolas o serviço prestado tinha uma qualidade regular. Além disso, questionava 17
18 o porquê dos professores não mais poderem alimentar-se na escola. Nesse sentido, vale lembrar o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o qual é destinado, apenas, aos alunos da Educação Infantil (creches e pré-escola) e do Ensino Fundamental, inclusive os das escolas indígenas, matriculados em escolas públicas e filantrópicas. Ainda no concernente ao profissional da nutrição, percebemos, em nossas atividades, a importância da aproximação deste com o público-alvo do programa, pois ao questionarmos sobre “quais atividades o nutricionista desenvolve” – isto em linguagem adaptada aos estudantes – nenhum soube nos responder fielmente o papel do mesmo, o que pode ser atestado no seguinte depoimento: “o nutricionista é o homem que cata as latinhas”. Iniciamos as atividades educativas trabalhando o tema “comidas típicas juninas”, uma vez que, a Portaria Interministerial N°1.010/2006, afirma que os objetivos e dimensões do PNAE priorizam o respeito aos hábitos alimentares regionais. Propomos, assim, que as crianças desenhassem o que entendiam sobre o assunto. Posteriormente, expomos alguns dos desenhos no mural, o qual foi uma conquista do projeto na Escola – o que foi anteriormente mencionado - e converge com o preconizado pelos “Dez Passos para a Promoção Alimentação Saudável nas Escolas” (2006), o qual, no oitavo passo, explana que a “criação de um espaço próprio para divulgar informações relacionadas à alimentação e nutrição propicia o interesse dos alunos e favorece a adesão da comunidade escolar”. No bojo desta ação, percebemos o quão cautelosos temos de ser com este público-alvo, pois, ao expormos apenas cinco desenhos, crianças mais sensíveis sentiram-se excluídas, o que não condiz com o objetivo pretendido. Nosso segundo encontro, no qual levamos algumas fotos de comidas típicas e sílabas que, juntas, formariam o nome destas e dividimos a sala em grupos, destacamos o sentido de socialização incutido na atividade, bem como o incentivo à leitura, aspectos importantes para o aprendizado daquelas crianças. No âmbito das comemorações de Junho, ao participarmos da festa de São João promovida pela escola em questão, tivemos a oportunidade de nos integrarmos mais com o corpo docente e de prestigiarmos as apresentações, não só da turma com a qual desenvolvemos atividades, mas das demais que compõem o turno da manhã. Ações como esta visam intensificar o respaldo do projeto neste espaço, uma vez que firma, ainda mais o vínculo existente entre os envolvidos.
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19 Utilizamos, em uma de nossas atividades, a dinâmica “Semáforo dos Alimentos”, a qual trabalha os insumos alimentares analogamente ao funcionamento do semáforo, interrelacionando com a freqüência de consumo dos alimentos. Após eles escolherem em quais dos círculos (vermelho, amarelo e verde) cada alimento deveria ficar, discutimos o tema, no intuito de compartilhar os saberes, contando com o auxílio de estagiárias de nutrição do 8º período da UFPB. Ao término da conversa percebemos o quanto ela foi produtiva e, na avaliação, entendemos que a atividade conseguiu alcançar o intuito conferido a ela. A gincana realizada teve por objetivo a avaliação dos conhecimentos adquiridos durante as demais atividades desempenhadas e o resultado alcançado superou nossas expectativas. Percebemos que eles haviam apreendido muito do que discutimos e a motivação demonstrada por eles nos satisfez e estimulou na consecução das demais atividades. Como forma de incentivo, distribuímos medalhas de ouro e prata aos meninos e meninas participantes desta iniciativa, o que surtiu comentários positivos em toda escola. A última ação realizada foi a confecção da massa de modelar caseira, na intenção de promover a saúde da criança, estimular atividades cognitivas e motoras e gerar maior socialização. Eles poderiam modelar qualquer alimento de sua preferência e foi muito variado o que compuseram. Com o término deste momento, discutiu-se sobre o que eles tinham preparado, visando promover conceitos de alimentação saudável, o que foi de grande valia aos atores naquela ocasião. As atividades educativas foram encantadoras e estratégicas - quanto ao que o projeto se propõe a realizar - uma vez que as crianças são agentes multiplicadores de saberes seja na família, como na comunidade, o que pode ser confirmado no explanado no seguinte trecho: “as atividades educativas em nutrição têm espaço próprio nas escolas quando se fala em promoção da saúde e na possibilidade de virem a ser produtoras de conhecimento” (COSTA, RIBEIRO & RIBEIRO, 2001). Percebemos, também, que cada atividade foi compreendida e aproveitada por todos nós, apesar da existência de algumas dificuldades, dentre as quais podemos explanar a questão do como lidar com a inquietação das crianças. Ficou notória a necessidade de investimento na educação das crianças com as quais atuamos. A vida de muitas delas remete à extrema precariedade social, as quais convivem com situações de miséria, fome, violência e outros aspectos que permeiam os grupos sociais em situação de pobreza . Essa violência procede, muitas vezes, da 19
20 própria família, o que pode repercutir nas atitudes na escola, onde os mesmos demonstram, em fatos isolados, agressividade com colegas e até mesmos professores. A dificuldade de leitura, além de ser um ponto enfatizado pela professora, foi percebida por nós, que tentamos aliar as atividades planejadas, com técnicas que favorecessem este aprendizado. Sobre as visitas domiciliares, afirmamos que foi uma experiência muito boa para todas nós. Em cada família pudemos detectar problemas, necessidades e anseios, e assim compreendemos bem a importância de cada visita. Houve, infelizmente, uma perda para nós que foi a D. Luzia, uma senhora que visitávamos e que faleceu, mas continuamos a acompanhar esta casa e oferecemos apoio ao companheiro dela, percebendo que realmente havíamos criado vínculo. Algo de extrema importância neste período foram as reuniões após as visitas, nas quais, além de compartilharmos nossas experiências, pudemos ler sobre a Educação Popular (Pacientes Impacientes: Paulo Freire, 2007) e refletir sobre nosso papel neste contexto e nossas práticas no universo das visitas domiciliares. É importante sugerir que, no planejamento do próximo período letivo, o grupo analise aspectos referentes à: qual turma trabalhar, averiguando se permanecerá ou não com o 2° ano C; quais temáticas serão abordadas, de acordo com a demanda da turma escolhida; implantação da rádio, será um recurso adotado? quais assuntos serão enfocados pela rádio? como envolveremos a comunidade escolar nesse processo? isto, dentre outros aspectos que permeiam esta questão. A opção de realizar trabalhos com fantoches, também, poderá ser uma metodologia interessante a ser seguida. O grupo deverá, além disso, preocupar-se com a realização dos objetivos, traçados pelo PINAB, para o projeto aprovado pelo Edital do Programa de Extensão Universitária – PROEXT, vinculado ao Ministério da Educação e Cultura (MEC).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A parceria entre o PINAB e a Escola Municipal de Augusto dos Anjos é uma dimensão de relevância do projeto, uma vez que, como sabemos, as crianças são multiplicadoras de saberes em todos os espaços que as circundam e, dessa forma, pretende-se estar contribuindo para o futuro destes cidadãos e, consequentemente, da comunidade. O grupo considerou as atividades desenvolvidas - no período relatado - muito satisfatórias, pois atuamos em várias facetas da promoção da saúde, tentando corroborar hábitos saudáveis, tanto alimentares, quanto de vida. A convivência nos fez perceber o quanto aquelas crianças são afetivas e que, o incentivo a abordagens diferentes da promoção de práticas alimentares saudáveis, articulando-se aos conteúdos curriculares, além da interdisciplinaridade podem auxiliar o aprendizado dos estudantes, prática que pode ser estendida as demais turmas da Escola. A partir do exposto, reafirmamos a importância da alimentação escolar enquanto um espaço importante para a promoção de práticas alimentares saudáveis. No entanto, vale ressaltar que para resultados bem sucedidos, torna-se relevante o envolvimento de toda a comunidade escolar nesse processo. Nesta oportunidade, agradecemos aos que cooperaram conosco na realização de todas as ações e esperamos que este grupo operativo continue prosperando e ampliando a extensão das atividades desempenhadas.
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REFERÊNCIAS
CARVALHO, A.T. ET AL. Programa de alimentação escolar no município de João Pessoa – PB, Brasil: as merendeiras em foco. Interface – Comunic., Saúde, Educ., 2008. ISSN 1414-3283. ISSN online 1807-5762. 2008.
CECCIM, R. B. Pacientes impacientes: Paulo Freire. In: Ministério da Saúde. (Org.). Caderno de Educação Popular e Saúde. Brasília - DF: 2007, v. , p. 32-45.
COSTA, E. Q.; RIBEIRO, V. C. B.; RIBEIRO, E. C. O. Programa de alimentação escolar: espaço de aprendizagem e produção de conhecimento. Rev. Nutr. Set/Dez 2001, vol. 14, n. 3, pp. 225-229. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rn/v14n3/7789.pdf>. Acesso em: 26 Set. 2009.
RODRIGUES, E. M.; SOARES, F. P. de T. P. and BOOG, M. C. F.. Resgate do conceito de aconselhamento no contexto do atendimento nutricional. Rev. Nutr. [online]. 2005, vol.18, n.1, pp. 119-128. ISSN 1415-5273. doi: 10.1590/S141552732005000100011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141552732005000100011>. Acesso em: 26 Set 2009.
VASCONCELOS, E. M. Educação popular: de uma prática alternativa a ma estratégia de gestão participativa das políticas de saúde. Physis [online]. 2004, vol.14, n.1, pp. 67-83. ISSN 0103-7331. doi: 10.1590/S0103-73312004000100005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010373312004000100005&script=sci_arttext &tlng=e> . Acesso em: 26 Set. 2009.
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APÊNDICES
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APÊNDICE 1- Relato de experiência por Ana Karolina Gonzalez de Melo Para mim foi uma experiência muito boa entrar pra essa família tão linda que é o PINAB. O projeto pôde me proporcionar momentos maravilhosos em que eu pude dar o melhor de mim e aprender muito. Como é bom estar naquela comunidade. Como nós aprendemos com eles. Pude participar do grupo Escola I que faz atividades com as crianças da Escola Municipal Augusto dos Anjos (EMAA). E como foi prazeroso estar ali. A cada atividade era uma expectativa de como eles iriam nos receber, mas a preocupação logo acabava ao vermos em cada rostinho a alegria e a vontade de participar. É quando paramos para pensar e percebemos que tudo vale à pena, o quanto é bom e o quanto aprendemos com eles. É uma grande troca de experiências. E como eles nos ensinam. No final éramos muito recompensadas com muitos beijos e abraços sem esquecer as cartinhas que recebíamos e que demonstravam muito carinho. E o que dizer das visitas?Nossa como é bom sairmos do nosso “mundinho” e embarcarmos na vida daquelas pessoas que só tem a nos acrescentar. Tudo era novo para mim. Sair de casa para entrar em casas com uma realidade tão diferente... Realidade esta que veem em conjunto muitas vezes com violências e crimes. O medo muitas vezes queria se tornar um companheiro, mas a vontade de interagir com aquelas pessoas era muito maior e o medo assim ficava para trás. O que eu aprendi visitando seu Bento e Sandra não tem universidade que ensine. Eles são minha universidade! Pude criar um vínculo muito bom e tive que enfrentar uma perda que foi a morte de Dona Luzia, a esposa do senhor Bento. Meu Deus que amor lindo que pude perceber pelos dois. Os cuidados que ele tinha por ela me fazia enxergar o carinho e amor verdadeiro que existia ali. Foi muito bom conversar com eles. Como eu aprendi! A cada visita era uma nova experiência, uma nova visão que se formava a de que as pessoas da comunidade têm muito a nos ensinar, e como tem!Educação popular é isso!São trocas de experiências, eu aprendo com você e você aprende comigo e juntos pensamos em melhorias, soluções e descobertas. Ser popular é cada pessoa daquela comunidade, é dar e receber um bom dia quando desço do ônibus a caminho da Unidade de Saúde das mulheres que varrem as calçadas de manhã bem cedinho, é entrar no mundinho de cada casa visitada e conversar como se fosse amigo a muito tempo daquelas pessoas, é poder ver o sorriso de cada criança que se diverte com as atividades propostas. Eu só tenho a agradecer!Amo o meu curso de nutrição, e o PINAB só veio a acrescentar ainda mais amor. Amor este que a cada dia me fez 24
25 crescer e me sentir ainda mais feliz e orgulhosa por ser PINABIANA. Amo demais esse projeto que me fez e faz aprender mais e mais a sermos mais humanos e verdadeiros educadores populares. A sermos inquietos, curiosos e transformantes.
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26 APÊNDICE 2- Relato de experiência por Thaisy Garcia de Oliveira Após um semestre de convivência com essa família, posso afirmar o que antes era incompreensível a mim: o PINAB é, realmente, um divisor de águas na vida acadêmica de um estudante de nutrição. O compartilhar de experiências com integrantes de diferentes períodos do curso, a possibilidade de atuar com específicos grupos a cada semestre, o vínculo adquirido com as famílias através das visitas domiciliares, o modelo de aconselhamento dietético baseado na troca de informações entre pacientes e extensionistas, assim como o exemplar compromisso dos coordenadores do projeto, fazendo-se verdadeiros motivadores no que diz respeito às atividades realizadas pelos extensionistas, fazem do PINAB um projeto verdadeiramente efetivo, tendo por diferencial a autonomia conferida aos respectivos integrantes, no intuito de adquirir o constante crescimento do trabalho realizado. Inicialmente, atuando no Grupo Escola I, com crianças, o PINAB trouxe-me aprendizado no que diz respeito à importância do trabalho em grupo; à divisão de tarefas; à superação das possíveis diferenças existentes entre os integrantes; à busca pelo trabalhar em cima de próprios defeitos quando se deseja contribuir para um melhor rendimento dos demais; à corrida por formas criativas de ensino, adaptadas à faixa etária em questão; ao desenvolvimento de materiais atrativos aos olhos do alunado, quando a falta de recurso parecia ser um empecilho para a realização da atividade desejada; à cobrança, através da prática, do saber improvisar quando a situação deslocava-se um pouco do que anteriormente havia sido imaginado; enfim, conquistas que, como se vê, só foram possíveis com a singular oportunidade da prática, do além da sala de aula”. A marcante experiência com a extensão popular, fez-se fundamental no crescimento como ser humano em si, despertando um senso maior de responsabilidade para com as vidas que encontram-se em volta; consciência que, faz-se essencial na formação de qualquer profissional da área de saúde. Como vítima dessa fantástica convivência, afirmo que, hoje, os dias de atuação no PINAB representam os melhores momentos das atividades fornecidas pela UFPB. E que, proporcional à minha alegria por participar deste grupo, é a minha torcida referente ao crescimento e solidificação do mesmo, ponto fundamental para que outros acadêmicos também venham a ter o privilégio de integrar-se a essa família. Deixo, por
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27 fim, registrado o meu anseio em continuar contribuindo para a conquista de frutos decorrentes dessa histĂłria que, devo afirmar, estĂĄ apenas no inĂcio.
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28 ANEXO 4- Fotos das atividades com os alunos da EMAA.
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