GRUPO PBF 2009.1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO PROJETO PRÁTICAS INTEGRAIS DA NUTRIÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE - PINAB

GRUPO OPERATIVO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

JOÃO PESSOA 2009


Adriana Maria Macテェdo de Almeida Amanda Amaiy Pessoa Salerno Pedro Josテゥ Santos Carneiro Cruz

JOテグ PESSOA 2009


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...........................................................................................4

2. OBJETIVOS...............................................................................................7

3. METODOLOGIA........................................................................................8

4. ATIVIDADES REALIZADAS.....................................................................12

5. DISCUSSÃO, REFLEXÕES E ENCAMINHAMENTOS.............................20

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................24

7.REFERÊNCIAS..........................................................................................25

8. APÊNDICES .............................................................................................26


1 INTRODUÇÃO O PINAB - Projeto Práticas Integrais da Nutrição na Atenção Básica em Saúde - é uma prática de extensão popular em saúde vinculada ao Departamento de Nutrição da Universidade Federal da Paraíba, atuando na Unidade de Saúde da Família (USF) Vila Saúde, na Escola Municipal Augusto dos Anjos, no território das comunidades de Jardim Itabaiana, Boa Esperança e Pedra Branca, localizadas no bairro do Cristo Redentor, no município de João Pessoa - PB. Iniciando suas atividades em julho de 2007, coordenado pela professora do Departamento de Nutrição Ana Claudia Cavalcanti Peixoto de Vasconcelos e os nutricionistas Ingrid D’Ávila Pereira e Pedro José Cruz. O PINAB apóia-se em uma prática pedagógica diferenciada que tem como base a educação popular, conforme teoricamente proposta por Paulo Freire. Busca a integração entre o saber acadêmico e o saber popular, proporcionando uma maior interação entre todos os envolvidos (universidade, profissionais da saúde e as classes populares). Levando estes a repensar seu papel dentro da sociedade, buscando ainda demonstrar a importância de ver o outro sob um olhar crítico e humanístico. Tem uma opção política explícita, de posicionar-se a favor das classes sociais economicamente menos favorecidas. A educação popular através das “rodas de conversas” idealizada por Paulo Freire surge em 1960, trazendo como seu ideal a conscientização, emancipação social, cultural e política das classes menos privilegiadas. Tendo como prioridade mudar a sua realidade opressora. O maior diferencial da educação popular pregada por Paulo Freire é a educação a partir do educando e não do educador. Segundo Paulo Freire, Todos nós sabemos de alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso, aprendemos sempre. Quando o homem compreende a sua realidade, pode levantar hipóteses sobre o desafio dessa realidade e procurar soluções. Assim, pode transformála e o seu trabalho pode criar um mundo próprio, seu Eu e as suas circunstâncias (Paulo Freire). Dessa forma, a educação popular manifesta-se por meio do insistente desejo de criação de conhecimentos que busquem fazer história. Nessa construção da história, o ser humano expõe-se a novos temas e


provoca o surgimento de novos valores, sugerindo outras formulações, dando origem a novas atitudes e mudando seu comportamento. É um trabalho humano que se dá em e pela prática do indivíduo. Assim, a medida que se humaniza a natureza, também naturaliza a sua dimensão de ser humano (Pinto,1979). Atualmente no Projeto atuam estudantes do curso de nutrição, divididos em grupos operativos como: Gestantes, Escola, Programa Bolsa Família e Mobilização Popular. Todos os grupos trabalham com três eixos que norteiam e integram

suas

ações:

atividades

coletivas,

visitas

domiciliares

e

aconselhamento dietético individual. O Programa Bolsa Família (PBF), que foi implantado pelo governo federal em outubro de 2003, é uma das vertentes que compõe o projeto Fome Zero, cujo intuito é garantir bem estar às camadas mais pobres da sociedade brasileira,

através

da

transferência

de

renda

com

condicionalidade.

Proporcionando condições mínimas de sobrevivência às famílias na situação de pobreza e extrema pobreza em nosso país, contribuindo na garantia de seu direito a alimentação adequada e na promoção da segurança alimentar e nutricional. Os conceitos de pobreza, fome e desnutrição "têm uma forte relação, mas não têm o mesmo significado (...). A fome leva à desnutrição, mas nem toda desnutrição se origina da deficiência energética, principalmente na população infantil (...) por conta disso, considera-se que a desnutrição está mais associada à pobreza do que à fome, devido a carências globais" (Projeto Fome Zero, 2002). Estrategicamente, o Programa Bolsa Família baseia-se na aglutinação de programas assistenciais já existentes (Bolsa Alimentação, Vale Gás e Bolsa Escola e Cartão Alimentação), fundindo-os em um só. O programa é composto por duas frentes: emergencial (através da transferência de renda) e estrutural (programas complementares como: geração de emprego e renda, incentivo a agricultura familiar, reforma agrária e outros). De acordo com a lei de criação do PBF, a junção destes dos programas anteriormente existentes busca


"melhorar a gestão e aumentar a efetividade do gasto social através da otimização e racionalização, ganhos de escala e facilidade da interlocução do Governo Federal com estados e municípios" (BRASIL, 2006). No contexto do PINAB, o Grupo Operativo (GO) PBF, em seus primeiros períodos de atuação se propôs a diagnosticar as ações, realizadas pela USF,voltadas para usuários do Programa Bolsa Família. Esta análise contribuiu para avaliar as possibilidades de atuação do grupo dentro da comunidade. Iniciou-se então um trabalho com os ACS da unidade no sentido de investir em suas potencialidades educativas e qualificar sua atenção na perspectiva da segurança alimentar e nutricional, junto às famílias beneficiárias do PBF. Assim, realizou-se um curso com os ACS abordando o Programa Bolsa Família e a realidade da comunidade em que ele atua. O GO PBF também realizou uma pesquisa qualitativa junto às enfermeiras da unidade, traçando um panorama do potencial e da dificuldade de realização de um trabalho educativo do PBF naquela área. Com o GO PBF, as interações propostas pelo PINAB na realidade das comunidades onde atua tem caminhado no sentido de incentivar a dimensão educativa e estrutural do PBF. As ações educativas vêm sendo incentivadas junto a equipe de saúde e a comunidade, para que os beneficiários do PBF possam ter um espaço de aglutinação e discussão em comum, que contribua na análise crítica de sua realidade e superação de sua situação de exclusão social. Nessa direção, no semestre 2009.1, a partir de diálogos com a comunidade organizada, o GO PBF tomou a decisão de criar um grupo educativo comunitário a partir do PBF. A partir daí o PINAB se inseriu no panorama da mesma, criando junto com as mulheres da comunidade um grupo de discussão sobre saúde, que mais tarde veio a se denominar de “Lá vêm elas!”, cuja construção será melhor descrita e analisada ao longo deste texto. Portanto, o presente relatório visa sistematizar a experiência vivenciada pelo grupo operativo Programa Bolsa Família - PBF, no período de 22/04/09 até 14/08/09, com a finalidade de contribuir para a qualificação do Projeto, visto


que além de identificar possíveis falhas, propõe sugestões que podem orientar os extensionistas que irão trabalhar com este grupo no semestre subseqüente.


2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral Promover uma maior interação entre a USF e as comunidades, que por ela são assistidas, buscando aumentar o vínculo entre eles e criar um espaço de diálogo para discutir a promoção da saúde por meio da realização de Atividades Coletivas.

2.2 Objetivos Específicos Buscar através das rodas de conversas a criação de um vínculo maior com a comunidade; Incentivar as práticas alimentares saudáveis; Estimular a autonomia dos beneficiários do programa bolsa família por meio da participação ativa em grupos de discussão comunitários; Contribuir para a valorização das atividades coletivas a serem realizadas na USF e na comunidade, visando a troca de saberes, opiniões e experiências entre os envolvidos. Realizar aconselhamento dietético individual na USF Vila Saúde, embasado na educação popular;


3 METODOLOGIA Com o propósito do projeto de se integrar mais na comunidade os extensionistas integrantes do grupo PBF, viram a necessidade de uma preparação interna (tendo em vista que todo grupo foi renovado) sobre educação popular antes de chegar à comunidade. A preparação do grupo se deu através de rodas de conversas, impulsionadas por textos específicos sobre o Programa Bolsa Família (citar quais foram os textos e vídeos pegar os nomes com Pepeu), e vídeos sobre educação popular que serviram de embasamento e instigaram as idéias do grupo. As reflexões destes foram auxiliadas pelas estagiárias do 8° período, que eram participantes do PINAB há dois anos, mas estavam concluindo o curso. A presença das mesmas foi essencial para o planejamento e realização das ações do grupo, que no momento não tinha experiência alguma no âmbito da extensão. Assim, elas acompanharam as primeiras atividades e planejamentos do grupo, dando apoio experiencial para as estudantes recém-chegadas. As dificuldades encontradas pelo grupo foram muitas, entre elas podemos citar o número reduzido de integrantes (apenas 2), a falta de experiência dos mesmos em projetos de extensão (uma vez que estes se encontravam cursando o 2° período), a falta de apóio por parte da USF e a falta de recursos próprios para a realização das atividades coletivas na comunidade. A partir daí as ações do grupo PBF aconteceram quinzenalmente, nas quartas-feiras à tarde, no Prédio da Pastoral da Criança, dentro da Comunidade Boa Esperança. A quarta-feira foi um dia proposto pelo projeto, uma vez que este dia já era utilizado pelo mesmo em semestres anteriores, e acatado pelas interessadas da comunidade. Num primeiro momento a idéia do projeto era criar dois grupos, um funcionaria na unidade com a comunidade de Jardim Itabaiana (JI), posto ser a USF geograficamente mais próxima deste território, que seria auxiliado pelas enfermeiras da unidade, e o outro funcionaria dentro das comunidades de Boa Esperança e Pedra Branca, na sede da pastoral, tendo em vista a distância destas para a sede da USF. Porém, dentro da unidade de saúde não foram


encontradas condições para a realização do grupo naquele momento, pois as enfermeiras não tinham horário disponível. Assim, priorizamos o grupo das comunidades de Boa Esperança e Pedra Branca, onde encontramos apoio para o andamento das ações. Em paralelo, estagiárias do 8º período do curso de Nutrição (uma delas ex-integrante do PINAB) conseguiram organizar um grupo educativo na USF com a área de Jardim Itabaiana, nos dias em que as famílias do PBF iam a USF para verificar o estado nutricional das crianças e gestantes. Mas o grupo não teve continuidade, pois só foi realizado durante o período de estágio (1 mês). O grupo “Lá vêm Elas!”, surgiu da necessidade da comunidade de obter mais conhecimento sobre saúde e alimentação saudável, além de poder contar em um espaço de diálogo comunitário. Pelo PINAB, enseja uma oportunidade de estreitar o vinculo e se envolver mais com a referida comunidade. A aposta na criação do grupo só se deu por parte da Comunidade Boa Esperança e da coordenação do projeto, mesmo com o convite feito para as outras duas comunidades da área. O grupo comunitário ocorre através das rodas de conversas, baseado da metodologia da educação popular onde se partilha saberes e experiências práticas vivenciadas. A dinâmica das “rodas de conversas” foi organizada, neste grupo, em três momentos distintos: Acolhimento (através de dinâmicas e brincadeiras); Abordagem e Discussão do tema (tema este previamente proposto pelas participantes); e Oficina Culinária (através de realização de receitas com alguma ligação com o tema da conversa). No primeiro encontro, com o intuito de conhecer as pessoas interessadas no grupo fizemos uma dinâmica de apresentação com bolas, cuja idéia era mostrar a importância de cada um que estava ali. Nesse primeiro contato o objetivo era informar aquelas mulheres de como seria aquele grupo e após uma breve explanação de como funcionaria as nossas atividades, estas foram questionadas se realmente queriam participar, quais eram suas perspectivas e desejos com relação ao grupo. Elas relataram a importância daquele momento, superando as expectativas do projeto. Em seguida colocamos em pauta que sugestões de temas elas teriam a propor para


discussão no grupo. Os mais citados foram hipertensão e alimentação saudável. Pudemos então observar que o tema hipertensão foi o mais requisitado devido a existência de várias hipertensas no grupo. Ao final tivemos o nosso momento de culinária, a receita utilizada foi o “Suco da Horta”, onde buscamos através deste momento estabelecer um contato maior com todas, por estarmos num ambiente tão familiar (a cozinha) onde as conversas e brincadeiras fluiriam naturalmente. Na nossa reunião de planejamento subseqüente, resolvemos explorar o tema Hipertensão em três encontros, buscando passar todas as informações de forma clara, investindo no tema com cuidado e de forma intensa, não abordando somente da forma biologicista. Qu eríamos escutar as mulheres e oferecer reflexões sobre a complexidade que implica a saúde, por isso, resolvemos abordar o assunto em três encontros. No segundo encontro, inicialmente fizemos a “Dinâmica do Cordão”, onde cada um pega um pedaço de cordão do tamanho que quiser e vai falando sobre si mesma ate chegar ao final do seu cordão, buscando assim conhecer um pouquinho mais de cada uma delas. Em seguida fizemos a abordagem do tema através de esquete. A situação era de uma dona de casa que fumava muito e não tinha hábitos saudáveis, inclusive não praticava exercício físico. Tinha certa resistência a procurar a unidade de saúde, apesar da insistência da filha. Com este mote, a esquete, foi realizada em três atos. Em seguida, fizemos nossa roda de conversas, abordando as identificações (ou não) das mulheres com as personagens ali envolvidas e suas condutas. Logo após o término do debate tivemos a culinária que não foi realizada lá (pois a receita deveria ser levada ao fogo), devido à precariedade da nossa estrutura. Foi possível observar que o momento da culinária não foi tão bem recebido como na reunião anterior, acreditamos que isso se deu pelo fato da receita já chegar pronta e elas não terem a oportunidade de vivenciar aquele momento. No terceiro encontro, na dinâmica de apresentação cada uma foi convidada a falar um pouco mais sobre si mesma, sua infância e sobre um fato engraçado ou interessante daquela época da sua vida. Logo após iniciamos a nova esquete. Nesse segundo momento, encenamos a evolução da dona de


casa, que resolveu buscar ajuda de um profissional na tentativa de melhorar a sua qualidade de saúde e de vida. Em seguida fizemos uma brincadeira onde elas deveriam pegar algumas figuras de alimentos (de diversos tipos), que disponibilizamos para elas e colá-las no lado que quisessem (de um lado do cartaz existia um “sinal verde” e do outro lado um “sinal vermelho”), após esse momento avaliamos juntos a colagem e debatemos sobre alimentação saudável. Depois desse momento partimos para a culinária, a receita utilizada foi “Suco Milila”, a atenção e interação nos momentos da receita e do debate foram muito bons. No nosso quarto encontro, a dinâmica inicial era com musica e buscava estimular a coordenação e memória. Antes de iniciarmos a nossa roda de conversas, foram disponibilizadas diversas figuras de alimentos e solicitamos que as participantes “fizessem seu prato”, que elas colocassem nos pratos os alimentos que elas comeriam se tivessem acesso. Em cima do que elas colocaram em seus “pratos“, foi pautada a nossa conversa. Foi feita uma avaliação individual de cada prato, avaliação esta feita por elas mesmas, levando em consideração o histórico de saúde de cada uma delas. As conversas giraram em trono dos alimentos saudáveis para cada caso. A atenção e o cuidado em aprender na hora dos diálogos por parte delas, é realmente surpreendente. No momento de culinária tivemos “Suco de Melancia com Coco”. No nosso quinto e último encontro do semestre buscamos fazer uma estrutura diferente. Inicialmente tivemos uma dinâmica de introspecção. Colocamos uma musica suave e um moderador através de palavras suaves e de

encorajamento

buscou

levar

aquelas

mulheres

a

enxergar

suas

potencialidades, seus valores, sua importância dentro daquela comunidade e junto dos seus familiares, onde várias se emocionaram. Logo em seguida veio a “Sessão Cinema”, onde foram vistos vários vídeos de curta duração sobre alimentação saudável. E como não poderia faltar a pipoca para acompanhar o filme, não tivemos momento da culinária. Além das atividades coletivas, são realizadas Visitas Domiciliares (VD) quinzenais e também o Aconselhamento Dietético (AD) uma vez por mês, o


qual é agendado com antecedência. Estas atividades se realizam, de forma regular, obedecendo ao calendário letivo da Universidade Federal da Paraíba.


4 ATIVIDADES REALIZADAS

MÊS

DIA

ATIVIDADE

DESCRIÇÃO

Realizaram-se dois aconselhamentos, conduzidos pelo nutricionista Pedro Cruz e auxiliado pelas extensionistas. O primeiro caso refería-se a uma Abril

22/04/09

Aconselhamento Dietético Individual

criança onde a mãe queixava-se de ganho de peso e o outro caso uma jovem

senhora

que

queixava-se

também de ganho de peso. Foram visitadas duas casas.

Abril

24/04/09

Visita Domiciliar Leitura de textos (CONTRIBUIÇÕES DA EXTENSÃO

POPULAR

FORTALECIMENTO

DA

NO

DIMENSÃO

EDUCATIVA DO PROGRAMA BOLSA e Abril

29/04/09

Reunião de Aprofundamento

FAMÍLIA: REFLEXÕES SOBRE UMA EXPERIÊNCIA NO SAÚDE DA FAMÍLIA -

Programa

Bolsa

Família:

nova

institucionalidade

no

campo

da

política

brasileira?

E

social

*documento normativo básico* sobre o Programa), para aprofundamento da temática O que é o Programa Bolsa Família?


Não houve – Semana Temática de Nutrição e Enfermagem.

Maio

06/05/09

Reunião de Aprofundamento

Foram visitadas duas casas. Maio

08/05/09

Visita Domiciliar

Reunião do grupo com Pedro cruz para decidir a melhor estratégia para Maio

13/05/09

Reunião de Aprofundamento

abordar a temática, “O que é Educação Popular?” Ficou decidido que assistiríamos a vídeos sobre o assunto.

O Coordenador Pedro Cruz levou para o Reunião de Aprofundamento Maio

15/05/09

grupo

dois

vídeos

para

aprofundamento da temática “O que é Educação Popular?”


Houve apenas um retorno, onde nos foi relatado com satisfação a redução de Maio

20/05/09

Aconselhamento

peso da paciente após o inicio da nova

Dietético Individual

rotina alimentar somada a atividade física. Devido a termos tido só esse retorno,

o

grupo

se

dividiu.

Um

integrante ficou no aconselhamento com o nutricionista Pedro Cruz e outro ficou no grupo PBF que acontecia no mesmo momento. Este grupo não ficou instituído na unidade, apenas foi uma ação pontual do estagio em Saúde Coletiva do pessoal do oitavo período da UFPB.

Foi visitada uma casa. Visita Domiciliar Maio

22/05/09

O grupo foi até a Comunidade Boa Esperança onde tivemos uma Reunião com as lideranças comunitárias das três comunidades, para acertar os Maio

27/05/09

Atividade coletiva

detalhes mulheres.

da

criação

do

grupo

de


Junho

03/06/09

Atividade coletiva

Apresentação do projeto e quais as perspectivas

e

desejos

para

este

Tema:

grupo, tanto do ponto de vista do

“Apresentação do

projeto quanto do ponto de vista da

projeto”

comunidade. Foi feita inicialmente uma dinâmica de apresentação com bolas (no intuito de mostrar de forma lúdica a importância de cada uma delas para este

grupo

momento

funcionar), pedimos

após

esse

elas

que

a

sugerissem quais temas elas gostariam discutir na próxima reunião, o tema com maior solicitação foi hipertensão e o

segundo

tema

foi

alimentação

saudável. Logo após houve o momento da culinária onde foi feito o “Suco da horta”. Tivemos nesse

encontro

a

presença da Coordenadora do projeto Prof°. Ana Claudia Vasconcelos, do nutricionista Pedro Cruz e da aluna do oitavo período em nutrição pela UFPB Amanda Marques. O número total de participantes desse primeiro encontro foi de 17 pessoas.

Junho

05/06/09

Visita Domiciliar

Foram visitadas duas casas.

Não houve pois um dos integrantes do grupo foi à Recife participar do evento: “Roda Aberta na Educação Popular”. Ficou remarcada para o dia 12.06.09. Junho

10/06/09

Reunião de planejamento


O grupo se reuniu e planejou como seria a abordagem sobre Hipertensão na roda de conversa e ficou decidido que por causa da extensão do assunto Junho

12/06/09

Reunião de planejamento

e também pela grande quantidade de mulheres hipertensas integrantes do grupo, essa abordagem seria dividida em três encontros. Optou-se por fazer uma esquete que seria também dividida em três momentos. O encontro foi bastante proveitoso e participativo,

após

apresentação

a

(onde

dinâmica se

de

buscou

conhecer um pouco mais uns dos Junho

17/06/09

Atividade coletiva Tema: “Hipertensão– parte1”

outros)

foi

feita

a

abordagem

do

assunto através de esquete (onde foi falado

dos

sinais

hipertensão),

e

este

sintomas

da

método

foi

fundamental para a compreensão de todos.

Após

discussão

e

aprofundamento do tema, foi feita a leitura de uma cordel sobre o mesmo tema e logo em seguida tivemos a degustação

do

momento

culinário,

receita “Croquete de chuchu”, que não pôde ser feito no local por causa da inviabilidade

de

instrumentos

de

cozinha. Tivemos a presença das alunas do oitavo período de nutrição Amanda Marques e Silvia, que enriqueceram ainda mais o debate.


Foram visitadas quatro casas. Junho

19/06/09

Visita Domiciliar

Junho

24/06/09

FERIADO

São João!

Montou-se

todo

o

cronograma

da

atividade, com escolha de dinâmica, Junho

29/06/09

Reunião de

ensaio da esquete e decisão sobre qual

planejamento

receita fazer, pois observamos que quando a receita é feita lá ocorre uma maior integração do grupo no momento culinária, todas querem ver como se faz a receita na cozinha.


Julho

01/07/09

Atividade coletiva

Esta atividade teve a presença de três alunas do oitavo período do curso de

Tema: “Hipertensão

nutrição, Amanda Marques, Geisy e

– parte2”

Laurycélia que vieram a somar nas discussões.

Iniciou-se

com

uma

dinâmica de descontração, tivemos o 2°. momento da esquete (busca ao médico

no

sistema

de

saúde

e

encaminhamento do paciente a um profissional de nutrição). Logo após tivemos o debate onde ao final foi colocado a seguinte pergunta: O que para

elas

seria

uma

alimentação

adequada e não adequada para uma pessoa hipertensa? Após todas as respostas,

foi

passado

para

elas

recortes de alimentos e a partir daí elas formaram um quadro dos alimentos indicados

e

não

indicados.

No

momento culinária tivemos a receita do “Suco Milila”. Tivemos um total de participantes 14 pessoas.

Julho

03/07/09

Mostra USF

Não houve reunião. Remarcamos para o dia 10.07.09, pois um dos integrantes do grupo precisou viajar por razões pessoais. Julho

08/07/09

Reunião de planejamento


Montou-se

todo

o

cronograma

da

atividade, com escolha de dinâmica, Julho

10/07/09

Reunião de

ensaio da esquete, decisão sobre qual

planejamento

receita fazer e como finalizar o tema que esta sendo abordado.

Mais uma vez pudemos contar com a participação significativa das alunas do Julho

15/07/09

Atividade coletiva Tema: “Hipertensão – parte3 (final)”

oitavo

período,

Amanda

Marques,

Geisy e Laurycélia. Com uma dinâmica inicial de abordagem lúdica, buscamos explorar o ponto de vista delas sobre elas mesmas (foi proposto que cada uma expusesse cinco características próprias,

que

elas

considerassem

qualidades) . Depois tivemos o ultimo ato da esquete sobre hipertensão (onde observou-se a melhora da paciente após

a

associação

da

medicação,

alimentação mais saudável, atividade física e redução do tabagismo). No momento culinária tivemos a receito do “Suco de Alface com Erva Cidreira”, que foi muito apreciado por todas. Foram visitadas três casas. Julho

17/07/09

Visita Domiciliar

Apenas um aconselhamento de uma criança com baixo peso, onde foi Julho

22/07/09

Aconselhamento Dietético Individual

proposto uma mudança nos hábitos alimentares.


Contribuíram com essa atividade as alunas do oitavo período de nutrição: Julho

29/07/09

Atividade coletiva

Daniela, Simoni e Renata. A reunião iniciou-se

Tema: “Alimentação Saudável”

com

uma

dinâmica,

em

seguida foi solicitado as participantes que elas “montassem um prato” (foi disponibilizado para elas figuras com vários

tipos

normalmente

de

alimentos)

que

elas

comem

e/ou

alimentos que elas comeriam caso tivessem acesso. Após a montagem dos pratos, cada uma falou do que havia no seu prato, se julgavam aquela alimentação saudável ou não. E a partir daí o debate girou em torno dos alimentos

saudáveis,

acontecendo

assim a troca entre o conhecimento popular e o conhecimento acadêmico. No momento culinária tivemos o “Suco Melancia com Água de Côco”. Foram visitadas três casas. Julho

31/07/09

Visita Domiciliar

Aniversário da cidade de João Pessoa! Agosto

05/08/09

FERIADO


Participaram junto com o grupo dessa atividade, as alunas do oitavo período Agosto

12/08/09

Atividade coletiva Tema: “Alimentação Saudável”

Simoni e Daniela. Tivemos inicialmente uma dinâmica de introspecção

(onde

o

moderador

buscou enfatizar a importância no mundo, na sociedade e na família, de cada uma que estava ali naquele momento. Foi feita uma abordagem diferente sobre alimentação saudável. Tivemos uma “Sessão de cinema” onde foi mostrado um vídeo sobre alimentação saudável. Foi visitada uma casa.

Agosto

14/08/09

Visita Domiciliar e

Após as visitas todas as equipes do

Comemoração dos

PINAB

2 anos do Pinab

Criança,

foram na

para

a

Pastoral

Comunidade

da Boa

com a Comunidade

Esperança, comemorar junto com as

Boa Esperança

participantes do Grupo PBF os dois anos de atuação do PINAB naquela comunidade. Foi maravilhoso!!!


5. DISCUSSÃO, REFLEXÕES E ENCAMINHAMENTOS

Inicialmente, através de uma reunião de planejamento decidiu-se que a ações do grupo operativo PBF seriam voltadas para as enfermeiras, ACS’s e líderes da comunidade, como continuidade à pesquisa realizada pelo GOPBF do semestre anterior, e também com a conscientização do que é educação em saúde, e educação popular segundo Paulo Freire. Ou seja, realizar um projeto prático pedagógico com as enfermeiras, ACS’s ou líderes da comunidade visando na parte prática trabalhar a capacitação das extensionistas em educação na saúde, com uma dimensão educativa do programa bolsa família. Decidiu-se focar nas enfermeiras para a análise e identificação das dificuldades das ações das profissionais de saúde da atenção básica, em relação ao eixo educativo, assim conscientizando a importância de cada profissional diante desse contexto, através da percepção dos mesmos. Porém em uma das tardes fizemos uma reunião com o coordenador do projeto Pedro Cruz, e percebemos que atuar com a comunidade seria o ideal inovando a nossa proposta, já que o trabalho com os ACS‘s por exemplo já teria sido realizado. Essa idéia já tinha sido levantadas em avaliações internas ao Projeto, mas rejeitada em função da pouca interação do PINAB com as organizações populares locais. Todavia, através do grupo de Mobilização Popular (MP) o PINAB pôde perceber que a comunidade estava necessitando reforçar o trabalho de seus grupos comunitários educativos já mantidos pela Associação de Moradores, especialmente na comunidade Boa Esperança. Ademais, aprender e trabalhar a dimensão educativa do programa bolsa família. Também se avaliou que seria difícil promover atividades e reunir as enfermeiras, por questões de horário das enfermeiras da USF, cuja demanda cotidiana de trabalho deixava pouco tempo livre para realizações de vivencias reflexivas. Depois de muitas discussões o coordenador do projeto decidiu entrar em contato com Dôra, uma das líderes comunitárias para apresentar a proposta do GOPBF. Assim foi realizada uma roda de conversa com várias lideranças comunitárias, com o coordenador do projeto, e as


integrantes do GOPBF na comunidade Boa Esperança, espaço da Pastoral da Criança. Todavia, antes de iniciar estas articulações e os planejamentos dos grupos comunitários, houve a necessidade do GOPBF passar por uma etapa de qualificação, com o estudo das integrantes do grupo sobre educação popular. Foram exibidos vídeos do método educativo de Paulo Freire, e leitura de textos sobre o Programa Bolsa Família. Sendo realizada uma primeira aproximação das extensionistas com os temas da educação em saúde, começou a ser desenvolvido um grupo educativo junto ao grupo de mulheres que recebem o Bolsa Família, da comunidade Boa Esperança, denominado “Lá vêm Elas!”. As atividades coletivas foram quinzenalmente realizadas, nas quartas-feiras, buscando a promoção da saúde por meio de discussões, esquetes, dinâmicas, e receitas saudáveis. Um grande desafio para o grupo “dupla”, composto pelas extensionistas e estudantes do segundo período de nutrição, que enfrentaram dificuldades por serem novatas em um projeto de extensão, como também por não apresentarem nenhuma experiência com uma comunidade, mais que realizaram e conquistaram um grande vínculo com a comunidade Boa Esperança. O primeiro encontro foi um momento de apresentação do projeto Práticas Integrais da Nutrição na Atenção Básica em Saúde (PINAB). Na reunião foram discutidas as necessidades de temas e debates sobre saúde e qualidade de vida percebidos pela comunidade, os quais seriam abordados ao longo das atividades coletivas. No início das atividades coletivas na comunidade, planejamos a realização de três reuniões no que diz respeito a hipertensão, que foi o principal assunto sugerido pela comunidade. Portanto realizamos a primeira reunião em torno dos sinais e sintomas da hipertensão, em momentos de descontração e aprendizado, como também de certas inquietações apresentadas pela comunidade, em relação ao tema. Na segunda reunião abordamos a jornada do

usuário

em

busca

aos

trabalhadores

do

sistema

de

saúde

e


encaminhamento dele a um profissional de nutrição, uma forma bem realista e prática de demonstração, apresentando as dificuldades de realização das ações dos profissionais de saúde da atenção básica na perspectiva educativa, como também a importância da atuação do profissional da nutrição com a pessoa em situação de hipertensão, intensificando assim de como é essencial uma alimentação adequada para uma pessoa hipertensa. E finalizando a abordagem da hipertensão na comunidade, apresentamos o valor da associação da medicação, alimentação saudável, atividade física e redução do tabagismo, para a melhora da hipertensão, o que contribuiu para a comunidade na procura de conhecer os diversos fatores que envolvem a doença da hipertensão, através das suas percepções. Outro assunto proposto pela comunidade foi a alimentação saudável. É importante salientar a troca de saberes, do conhecimento popular e do conhecimento acadêmico, onde percebemos o interesse e envolvimento da comunidade nas atividades coletivas realizadas. Nós estudantes, e integrantes do

GOPBF

aprendemos

com

a

comunidade,

aumentando

o

nosso

conhecimento através das experiências vivenciadas pelas mulheres do grupo, como também em torno das suas inquietações. Portanto é essa interação que estabelece o nosso grande vínculo com a comunidade, e que nos satisfaz em cada atividade coletiva realizada. As visitas domiciliares assumem um papel fundamental na realização do projeto Práticas Integrais da Nutrição na Atenção Básica em Saúde (PINAB), tendo em vista que há um enfoque da atenção primária à saúde com objetivo de conhecer a inter-relação do paciente com sua família e com a comunidade, além de ser também uma aproximação com os beneficiários do PBF. A visita domiciliar mostrou-se um instrumento eficiente para poder auxiliar a família em torno da percepção do problema, com o acompanhamento realizado quinzenalmente, e constituindo-se em um momento propício para criação de vínculo, compreensão das condições locais que interferem no processo saúde-doença da população, como também ferramenta importante para práticas de saúde, promovendo a interação entre o estudante e a comunidade. Percebemos que a realização de reuniões teóricas no dia das


visitas contribui para um maior envolvimento e conhecimento em torno da educação popular, e também de trocas das vivencias acompanhadas nas visitas. Já em relação aos aconselhamentos dietéticos, foi percebido a importância e a atenção na remarcação dos aconselhamentos, como também da realização destes na própria Pastoral da Criança, na comunidade Boa Esperança. Devido a necessidade notória da comunidade, como também a observação dos mal hábitos alimentares existentes naquele grupo, promovendo a Segurança Alimentar e Nutricional dos indivíduos envolvidos. Sendo assim proposta para o próximo semestre. Através

das

atividades

coletivas,

visitas

domiciliares

e

aconselhamentos realizados com o intuito de promover a educação popular em torno da saúde / nutrição, percebemos transformações alcançadas na comunidade, a partir do entrosamento entre o estudante e extensionista universitário, e a comunidade. Segundo o texto “Pacientes Impacientes” de Paulo Freire devemos estar na prática dos nossos grupos com o povo, e falar com o povo, o que defende a idéia da interação e não da intervenção. Assim através das ações educativas promovemos a promoção da saúde, e aceleramos as ações do programa, contribuindo para o crescimento da saúde na comunidade.



6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As ações relacionadas ao PBF têm como propósito principal a transferência de renda, e o GOPBF vêm promovendo ações que diferem desse propósito, realizando na prática propostas inovadoras, e atuando de forma educativa nas comunidades. Acreditamos que é através de uma dimensão educativa em saúde, que o PBF irá contribuir de forma favorável para as famílias beneficiárias desse programa, em torno da conscientização da sua própria realidade, da pobreza. Sabemos que o termo “popular”, é aquilo que tem origem no povo, nas classes populares, assumindo as lutas da comunidade; e que vem vinculado ás práticas educativas em educação popular, e aos movimentos sociais. Segundo Paulo Freire, o diálogo não se resume apenas em técnica didática, portanto não há diálogo sem amor, sem tolerância e criticidade. Em relação a esse pensamento freireano o GOPBF desenvolve as suas ações na comunidade Boa Esperança, trabalhando a partir da vivencias compartilhadas pela comunidade, e sempre acreditando na educação em saúde como forma de mudança das ações relacionadas ao PBF.


7. REFERÊNCIAS

Neto, José F. de M. Caderno de Educação Popular. Ed. Popular

Cortez. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam". São Paulo, 1889, p.31.

Freire, Paulo. Educação e Mudança. 27.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.Yasbek, Maria C.O programa fome zero no contexto das políticas sociais

brasileiras,

São

Paulo

Perspec. vol.18 no.2 São

Paulo Apr./June 2004.

www.espaçoacadêmico.com.br, acessado em

www.mds.gov.br/bolsafamilia/o_programa_bolsa_familia, acessado em

8. APÊNDICE


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