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DE BALC ÃO
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CARREIRA
Nesta edição, consultor lista 7 passos fundamentais para se diferenciar no mercado.
L I M 0 5
SEMINÁRIO DA REPOSIÇÃO com o cliente na era digital e AUTOMOTIVA Comunicação uma equipe diferenciada são debatidos. 38 F E I R A
ES PLAR M E X E DO MERCA O A R PA SIÇÃO
O DE REP Automotivo
ENTREVISTA
n o133
alcão 20 mil B mil Reparacão + 30 utomotiva A
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E VENTO
ANO XII
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OUTUBRO DE 2017
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R$ 6 ,00
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WWW.JORNALBALCAOAUTOMOTIVO.COM.BR
Cassio André Dresch, da Diretriz, fala entre outros assuntos das expectativas com relação à Autopar 2018.
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INDICADORES ECONÔMICOS APONTAM
MELHORA
E AFTERMARKET PROJETA UM 2018
PROMISSOR Após uma sequência de dois anos de PIB negativo, a economia do País felizmente vem reagindo. Com isso, espera-se para 2018 um cenário de baixa inflação e crescimento de 2,38% da economia brasileira. Especialistas e empresários do setor comentam o que se esperar do próximo ano e como essas mudanças irão refletir na reposição. PÁG. 8
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REGIONAL
NORDESTE EM FOCO
Com boas perspectivas de crescimento, mercado local revela resultados e investimentos.
PESADOS
FENATRAN 2017 Repleto de novidades para o segmento, evento reúne cerca de 350 marcas expositoras.
3 | EDITORIAL
ANO XII
INDICADORES ECONÔMICOS APONTAM UM CENÁRIO POSITIVO Após uma sequência de dois anos de PIB negativo, a economia do País vem reagindo com um crescimento de 0,2% no segundo trimestre e de 1%, no primeiro trimestre. A mais recente previsão do Banco Central indica que 2017 terminará com uma alta de 0,7% para o PIB.
Fecomercio-SP, na capital paulista, o Seminário da Reposição Automotiva movimentou o setor. Evento discutiu como deve ser a comunicação com o cliente na era digital e o comprometimento da equipe como diferenciais para se ganhar participação de mercado.
Outro indicador positivo é o do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE. No acumulado deste ano, até setembro, a inflação ficou em 1,78%, bem inferior à registrada em igual período de 2016, de 5,51%. O resultado é a menor inflação acumulada até setembro, desde 1998 (1,42%).
Com mais de 50 anos de experiência, a Diretriz – Feiras e Eventos – fala sobre o atual cenário brasileiro e revela expectativas para a Autopar 2018. Segundo a organização, a 9ª edição, prevista para acontecer entre os dias 6 e 9 de junho do próximo ano, tem como meta superar ainda mais os números.
Para 2018, tudo aponta que será mantido um cenário de baixa inflação. Projeções também indicam um crescimento de 2,38% da economia brasileira. Com isso, especialistas e empresários do setor comentam o que se esperar do próximo ano e como essas mudanças irão refletir no mercado de reposição.
Realizada entre os dias 16 e 20 de outubro, no Centro de Convenções do São Paulo Expo, a Fenatran 2017 reuniu cerca de 350 marcas nacionais e internacionais em uma área de exposição de 82 mil m². Fique por dentro nesta edição das principais novidades dos expositores.
Em continuação à matéria de capa da edição anterior sobre a indústria 4.0, os avanços digitais no varejo com as ferramentas disponíveis para melhorar processos e negócios, e também o case da Sabó, que desde 2012 se estruturou para acelerar as suas estratégias de automação e robotização. Buscar consolidação na carreira, ter reconhecimento profissional e uma remuneração compatível com as nossas expectativas é fundamental no trabalho, mas para isso acontecer são necessárias novas atitudes e competências. Confira 7 passos para se diferenciar no mercado. Neste mês também, no dia 10 de outubro, na
Por fim, o mercado nordestino apresenta boas perspectivas de crescimento. Alexandre Costa, consultor Técnico, aborda o bom momento vivenciado no segmento de autopeças e distribuidores e lojistas locais comentam os números alcançados neste ano e revelam seus projetos e investimentos para a região.
Boa leitura!
ÍNDICE
O EDITOR
04................................... Fique por Dentro
Departamento Comercial ANO XII - Nº 132 - OUTUBRO DE 2017 www.jornalbalcaoautomotivo.com.br Editor-chefe Silvio Rocha (silvio.rocha@balcaoautomotivo.com.br) Redação Simone Kühl (simone.kuhl@balcaoautomotivo.com.br) Colaboradores Fauzi Timaco Jorge / Karin Fuchs Departamento de Arte (arte@premiatta.net) Supervisor de Arte/Projeto Gráfico Fabio Ladeira (fabio.ladeira@premiatta.net) Depto Audiovisual/ Fotos/ CTRA Vídeos Wanderlei Castro (ctra@balcaoautomotivocom.br) Assinaturas (assinaturas@premiatta.net)
ZNEWS EDITORA E MARKETING
Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson (edio.nelson@balcaoautomotivo.com.br)
Jornal Balcão Automotivo
Executivo de Contas Richard Fabro Faria (richard.faria@balcaoautomotivo.com.br) Executivo de Contas Wanderley Klinger (wanderley.klinger@balcaoautomotivo.com.br) Executivo de Contas Adalberto Franco (adalberto.franco@balcaoautomotivo.com.br) Financeiro Analista Financeira / Tatiane Nunes (tatiane.nunes@premiatta.net) Administrativo (contasareceber@premiatta.net) Marketing Tatiane Sara (marketing@balcaoautomotivo.com.br)
Impressão RR Donnelley Jornalista Responsável Silvio Rocha – MTB: 30.375
TIRAGEM: 20 MIL EXEMPLARES Balcão Automotivo é uma publicação mensal com distribuição nacional auditada, dirigida aos profissionais automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de seus profissionais e representantes. Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.
Rua Acarapé, 245 - CEP 04139-090 Chácara Inglesa - São Paulo - SP Tel (11) 5677.7773
28/58 ........................................ Indicativos 32 .................................................Mercado 36................................................Entidades 44/56 ............................................. Artigos 46 .............................................. Entrevista
FIQUEPORDENTRO
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ANUNCIANTES DA EDIÇÃO
TAKAO
NGK
Takao cria área de relações institucionais e reestrutura diretoria
MOTOCICLISTAS DEVEM TER ATENÇÃO ESPECIAL COM AS VELAS DE IGNIÇÃO
A Takao anuncia a criação da área de Relações Institucionais e reestruturação em sua diretoria. A nova estrutura visa atender aos desafios resultantes do crescimento da empresa, nos últimos cinco anos. Cassiano Braccialli assume a nova diretoria de relações institucionais e reassume a gestão da área de marketing, enquanto Vinícius Borges assume a direção nacional de vendas da Takao. Braccialli chegou à empresa há cinco anos para comandar a área comercial. Desde então, passou a estruturar os canais de distribuição, aproveitando sua experiência no mercado farmacêutico. Em paralelo, ele também estruturou o marketing. Mais novo na Takao, Vinícius Borges chegou há dois anos para a área de novos negócios e dar suporte às estratégias comercial e de marketing. Com a evolução dos negócios da empresa, assumiu o marketing e empreendeu o projeto digital, onde se destaca a Academia do Motor.
As velas de ignição exigem atenção especial dos motociclistas, pois trabalham em circunstâncias mais severas nas motos do que nos automóveis. Por isso, é muito importante que a manutenção preventiva seja feita periodicamente. De acordo com a NGK, é recomendável que isso seja feito a cada seis meses ou três mil quilômetros, para evitar problemas no veículo. E as velas de Iridium, produzidas com metal nobre, trazem grande benefícios aos usuários, melhoram a aceleração e retomada de velocidade, garantem partidas mais fáceis e a redução na emissão de poluentes.
Aplic Resolit ............................ 19 AutoNorte .............................. 49 Bacurity ................................... 51 CHG ........................................... 33 Corven ..................................... 37 Dana ......................................... 05 Dasa .......................................... 13 Dayco ........................................ 11 Devigili Varity ........................ 26 Ford - Motorcraft ............ 02/59 FTE ............................................. 50 GT-Oil ....................................... 44
LANÇAMENTO
Hella .......................................... 35
MAGNETI MARELLI COFAP AUTOPEÇAS LANÇA NOVO SITE Magneti Marelli Cofap Autopeças conta agora com um novo portal. Com layout renovado, mais moderno e dinâmico, o site oferece novas funcionalidades para aprimorar a experiência dos usuários e permite uma interação mais completa a fim de agilizar a localização de diversos assuntos, como a busca rápida por catálogos ou a relação dos prazos de garantia. O site conta com uma nova barra de tarefas, mais intuitiva e objetiva. Com isso, distribuidores, reparadores
DAYCO PROMOVE ENCONTRO DE APERFEIÇOAMENTO DE PROMOTORES DE VENDA
Illinois ........................................ 09 IBR Editora ........................ 30/31 Isapa .......................................... 55
e consumidores finais podem conhecer melhor os produtos comercializados, serviços oferecidos e eventos promovidos pela Magneti Marelli Cofap Aftermarket. Os usuários podem encontrar com facilidade os componentes automotivos oferecidos pela marca por meio dos catálogos, que agora são disponibilizados nas versões eletrônica online e para download: www.mmcofap.com.br. A Dayco promoveu no mês de outubro treinamento comportamental, promocional e técnico para a sua equipe de promotores de venda. Constantemente empenhada em formar pessoas, manter suas equipes atualizadas e com fácil acesso às melhores práticas do mercado, a fabricante contou com a ajuda de uma consultoria externa de treinamento. Os promotores de todo o Brasil viajaram para a planta de São Paulo (SP), onde puderam num mesmo ambiente aliar teoria e vivenciar exemplos práticos das mais diversas situações encontradas em todas as regiões do País. Para ser ter uma ideia, a Dayco conta com equipe completa de promotores de venda que atendem todos os estados brasileiros, levam informação, dinamizam o atendimento e oferecem um suporte ágil e personalizado para clientes nacionais, regionais, varejos e reparadores.
ZF
Jamaica ..................................... 54
ZF AFTERMARKET DISPONIBILIZA ATENDIMENTO MULTIMEIOS PARA CLIENTES
Juntalima ................................ 20
A ZF Aftermarket, unidade de negócios do Grupo ZF voltada ao mercado de reposição, segue reforçando sua atuação no suporte ao cliente. A central de atendimento, por exemplo, conta com equipe especializada no atendimento a dúvidas técnicas: telefone 0800 0111 100, Whatsapp - 15 99619 9689 ou pelo e-mail aftermarket.southamerica@ zf.com. E a empresa também criou o Canal Amigo Bom de Peça, um programa que disponibiliza conteúdos voltados aos profissionais de oficinas mecânicas: www.amigobomdepeca.com.br. Além disso, a fabricante ministra treinamentos e palestras presenciais.
Juntas Santa Cruz ................ 44 Lontra ....................................... 43 LNG ............................................ 14 Magneti Marelli .................... 57 Nytron ....................................... 56 Pathway ................................... 15 Pellegrino ............................... 25 Power Stop ............................. 18 Radnaq ..................................... 21 Raja ............................................ 48 Remsa ....................................... 16 Seineca ..................................... 29 Schulz ........................................ 41 SK ......................................... 22/23 Tecfil ........................................... 60 Universal ................................. 27 Vetor ..................... 07/17/39/53 Zmix ........................................... 45
FIQUEPORDENTRO
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DELPHI AUTOMOTIVE
Hipper Freios
ANUNCIA NOMES PÓS-CISÃO
PÓDIO NA 2ª ETAPA DA
PORSCHE ENDURANCE SERIES
N
o dia 7 de outubro, no Autódromo Ayrton Senna, em Goiânia (GO), aconteceu a 2ª etapa da Porsche Endurance Series. Desta vez, a equipe da Hipper Freios conseguiu um bom resultado. Aliando estratégia e velocidade ao longo dos 250 km de prova, o Pentacampeão da Stock Car Cacá Bueno e seu
parceiro Sylvio de Barros chegaram em 2º lugar. Para a equipe, esse bom resultado serviu também para “lavar a alma”, após o pequeno incidente da primeira etapa, quando foi preciso abandonar a prova. A próxima etapa acontecerá no dia 2 de dezembro, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP).
A Delphi Automotive PLC (NYSE: DLPH) anunciou recentemente que Aptiv e Delphi Technologies serão os nomes das duas empresas de capital aberto altamente focadas que surgirão da cisão do negócio Powertrain,
FRAM
AMPLIA A LINHA DE FILTROS PARA MOTOS COM LANÇAMENTOS NAS PRINCIPAIS CATEGORIAS
60 ANOS DE
A
Idealizado em 1957 pelo imigrante italiano Evaristo Comolatti,
DS
GRUPO COMOLATTI o Grupo Comolatti, distribuidor de autopeças e do setor do comércio de ônibus e caminhões, nasceu de uma pequena loja de autopeças para caminhões no bairro Brás, na capital paulista, local onde está até hoje. A empresa se fortaleceu da representação da marca Alfa Romeo,
comercializando os caminhões FNM. Atualmente o Grupo conta com cinco unidades de negócios: Sama, Laguna, Abouchar, Tietê Veículos e Cofipe Veículos. Além disso, é proprietário do restaurante Terraço Itália e a Bernina, do ramo imobiliário.
MASTRA LANÇA 24 ITENS
linhada com a evolução da frota nacional, a fabricante passa a contar com 29 produtos inéditos para os sistemas de filtragem de máquinas com os mais diferentes portes e motores entre 100 e 1.100 cc. São vinte novos filtros
INVESTE NO CRESCIMENTO PARA GARANTIR A QUALIDADE DE SERVIÇOS E PRODUTOS
do ar, seis do óleo e três do combustível, inclusive para as versões flex. Com a ampliação, a Fram passará a equipar os principais modelos de motos e scooters da Dafra, Honda, Kasinski, Kawasaki, Suzuki e Yamaha.
Pensando no futuro, a DS iniciou a ampliação de sua unidade, que hoje conta com 4 mil m2 e quase dobrará de tamanho após a obra. Serão 7 mil m2 de área fabril, crescimento que proporcionará a geração de novos empregos e oportunidades. A fabricante já emprega 150 funcionários de São José do Rio Preto (SP) e região, e com a ampliação a previsão é aumentar este número em 40%, dando oportunidade de crescimento e aquecimento da economia.
para reposição
Para complementar sua linha com mais de 3000 itens disponíveis para o mercado de reposição, a Mastra lançou no mês de agosto mais 24 itens para a Linha Leve. Dentre as novidades estão escapamentos e conversores catalíticos para os veículos modelo Chery Tiggo 2.0 16V, Toyota Etios Hatch 1.3/1.5 16V 2012 a 2015, Toyota Etios Sedan 1.5 16V 2012 a 2015, Ford Ka 1.0 8V 2012/2013, Fiat Strada 1.4 8V 2015 em diante, Novo Uno 1.0/1.4 8V 2015 em diante, Chevrolet Cruze Sedan/Hatch, automático e mecânico, 1.8 16V 2012 em diante, Renault Duster Oroch 2.0 16V 2015 em diante e Renault Symbol 1.6 16V 2009 a 2014.
previamente anunciada pela companhia. A empresa fez o anúncio durante o Dia do Investidor, em Boston, onde debateu as estratégias empresariais para a Aptiv e Delphi Technologies.
FEIRA
3ª EXPO
PEÇAS N
os dia 6 e 7 de outubro, aconteceu em Goiânia (GO), a 3ª Expo Peças – Feira de Peças e Tecnologia Automotiva, no Senai local. Segundo a organização, “foram
dois dias intensos que proporcionaram aprendizado, networking, parcerias e novas perspectivas para o setor. "Nosso compromisso é a cada ano surpreender ainda mais em qualidade, quantidade e expressão, tornando-se referência no segmento em nível nacional”, diz.
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O QUE ESTÁ
POR VIR
OS INDICADORES ECONÔMICOS MELHORARAM NO BRASIL. MAS DE QUE FORMA ELES REFLETEM NO MERCADO DE REPOSIÇÃO? P O R: K A R I N F U C H S | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO / E Q U I P E I B R
A
pós uma sequência de dois anos de PIB negativo, a economia do País vem reagindo, com um crescimento de 0,2% no segundo trimestre e de 1%, no primeiro trimestre. A mais recente previsão do Banco Central indica que 2017 terminará com uma alta de 0,7% para o PIB. Já para o próximo ano, as projeções apontam para um crescimento de 2,38% da economia brasileira.
Outro indicador positivo é o do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. No acumulado deste ano, até setembro, a inflação ficou em 1,78%, bem inferior à registrada em igual período de 2016, de 5,51%. O resultado é a menor inflação acumulada até setembro, desde 1998 (1,42%). Para 2018, tudo aponta que manteremos um cenário de baixa inflação.
Na análise do jornalista econômico Celso Ming, o Brasil não passou pela maior recessão de sua história. “Nos anos de 1980 e 1990, a inflação chegava a 80% ao mês. Mesmo no período mais recente da crise, nós não chegamos a este patamar. E o País tem reservas de US$ 370 bilhões, um sistema bancário saudável e setores altamente promissores, como o do agronegócio, petróleo e infraestrutura”. Segundo ele, o que deu errado para vivermos três anos de recessão foi o fim da bonança e a nova matriz econômica. “O ambiente externo não foi o mesmo de 2012 e a nova matriz trouxe sérias consequências, como muita intervenção e camuflagem dos problemas fiscais, muito subsídio ao consumo e a sucessão de queda do PIB. Pode não ser a melhor do mundo, mas a responsabilidade fiscal veio para ficar”.
Celso Ming, jornalista econômico
Como consequência da recessão, Ming comentou que há um excessivo endividamento das famílias e das empresas. “As empresas também devem para seus fornecedores, pedem mais
prazos, e devem mais ainda para o Fisco e para a previdência social; um grave problema para elas que não está resolvido”. Fora isso, a taxa de desemprego continua alta, em 12,8%. Para 2018, Ming fez uma previsão de um cenário melhor, na sua apresentação no 3º Encontro anual para o Mercado Financeiro da Tree Solution, realizado em outubro, em São Paulo. “Eu imagino que a economia passará por uma forte recuperação, provavelmente superior a 3%, e a inflação baixa veio para ficar. Porém, não sabemos até que ponto ela terá estabilidade, a responsabilidade fiscal conta muito. Hoje a dívida pública é de 76% do PIB e não há condições para que ela salte para 100% do PIB”. Entre outros pontos colocados por ele, está a questão de 2018 ser um ano eleitoral. “Nós não sabemos quem serão os candidatos, as regras do jogo e como os partidos irão se comportar. Além disso, as reformas essenciais (previdência e política) podem ser adiadas, mas elas não podem deixar de ser feitas. Muito
Ranieri Leitão, presidente do Sistema Sincopeças/ Assopeças (Ce) e do Sincopeças Brasil
provavelmente o Temer continue até o fim”.
Momento do setor Presidente do Sistema Sincopeças/ Assopeças (Ce) e do Sincopeças Brasil, Ranieri Leitão avalia que os indicadores positivos refletem diretamente no entusiasmo dos empresários. “O que em minha opinião é o principal e o primordial”. E também, “a economia está
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O QUE ESTÁ
BALCÃO OUTUBRO 2017| | AUTOMOTIVO| |OUTUBRO | |BALCÃO DEDE 2017 AUTOMOTIVO
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Francisco De La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP se deslocando dos problemas políticos, o que é muito importante, pois nessa hora o empresário tem mais confiança em investir. E o nosso setor, que não foi muito penalizado (pela crise) quando comparado a outros, está mais animado com este momento. Neste ano teremos um crescimento bem satisfatório nas nossas vendas”. Na opinião de Francisco De La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP, “embora a reposição e a manutenção da frota costumam ter um comportamento um tanto descolados do resto da economia em momentos de crise, muitas vezes com bom desempenho como vimos em crises passadas, o período 2015/2016 enfrentou uma crise tão profunda, a maior de nossa história, que refletiu negativamente em nosso segmento também”. Para ele, mesmo que os dados de crescimento da economia neste ano sejam tímidos, eles não deixam de ser animadores. “Porém, para que possamos perceber seus reflexos é necessário torcer para que esta tendência se confirme no próximo trimestre”, diz. Sobre os resultados até então, ele cita a pesquisa mais recente do Sincopeças que mostra um crescimento de cerca de 6% nas vendas do varejo de autopeças no Estados de São Paulo. “Um bom número, mas há que se considerar o baixo nível de partida, que foi o ano de 2016”, comenta. A pesquisa é feita em parceria com a Fecomercio-SP e o Sefaz. Na reparação, Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP e do Sindirepa Nacional, avalia que a melhora na
economia ajuda a diminuir a insegurança do consumidor em gastar com manutenção, isso estimula o consumo, e também contribui para a redução da inadimplência.
as empresas investem e contratam, aumentando a confiança do consumidor, que passa a adquirir mais produtos. Esta fórmula não é diferente com o segmento de reposição”.
de atuação, mais direta, nos canais de distribuição e iniciou a reconquista da participação”.
“Mas é importante ressaltar que a reposição tem um histórico positivo nos últimos anos porque atende a frota em circulação e com a queda na venda de veículos novos, houve aumento pela procura de manutenção. E falando em reparação de automóveis, o ritmo se mantém semelhante a 2015 e 2016 que foram positivos, com crescimento no movimento em torno de 10,5%. Mas como o consumidor está mais receoso em gastar é preciso atender mais clientes para alcançar o mesmo faturamento. Isso significa que é preciso trabalhar mais para alcançar o mesmo resultado”, afirma.
De acordo com ele, “mesmo no auge da crise, o segmento da reposição não sentiu tanto os efeitos negativos. As vendas de veículos novos despencaram nos últimos anos e, embora estejam se recuperando, ainda estão longe dos patamares de 2012 e 2013. Quem pretendia trocar de carro não o fez, evitando grandes gastos por receio do cenário incerto. Assim, os usados rodaram mais e, consequentemente, precisaram de mais manutenção, o que impulsionou o mercado de reposição”.
Nas palavras de Dourado, da Dana, a maior confiança e estabilidade econômica é fundamental para o crescimento de mercado. “A queda de inflação teve impacto positivo e as vendas de todo o setor cresceram. E a Dana alcançou desempenho superior ao do segmento e devemos fechar o ano com resultado 30% acima das nossas previsões, reconquistando market share. “Isto ocorreu porque a receptividade à nossa nova maneira de atuar foi excepcional, fundamentada numa política comercial adequada e uma força de venda muito atuante com foco total no cliente”.
Na avaliação de Arnaldo Leonardo, diretor Comercial da Delphi, o setor de reposição nunca esteve tão aquecido. “O resultado positivo do PIB é um cenário otimista depois da crise, e todos os segmentos são favorecidos. A melhora na economia gera um aumento na confiança do consumidor. O mercado de reposição ainda está mais aquecido, pois a venda de veículos usados é maior do que a de automóveis novos, isso gera manutenção e compra de peças”. Para Rubens Campos, vice-presidente sênior Aftermarket Automotivo Schaeffler South America, “sem dúvidas, a melhora geral do cenário econômico, impulsionando o País todo, traz bons ventos também ao setor de reposição. Quanto mais a economia melhora, mais
Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP e do Sindirepa Nacional
Diretor de Vendas e Marketing da Wega, Cesar Costa, diz que “como todo mercado, o nosso também depende de boas notícias para animar e estimular o consumo. A manutenção do veículo, principalmente preventiva, infelizmente não costuma estar entre as prioridades de uma família, mas quando a economia vai bem o consumidor volta a fazer a manutenção e cuidar do seu carro. Nós estamos aproveitando as oportunidades e investindo para acompanharmos esse bom momento e crescermos”. Carlos Dourado, diretor da Dana, conta que diferente do comportamento do PIB, o setor de reposição automotiva já havia apresentado crescimento em 2016 em relação a 2015. “Neste aspecto, a crise na economia brasileira dos últimos anos afetou o segmento de reposição, mas a retomada começou antes, pois o consumidor que não teve condições financeiras para trocar seu usado por um carro novo focou, assim que pôde, na manutenção do seu veículo usado. Assim, 2016 havia sido o segundo melhor ano da história para o setor, atrás apenas de 2014”. Segundo ele, “para este ano, a expectativa do Sindipeças era de aumento de cerca de 3%, o que se confirmou em oportunidades para o setor de reposição, que se beneficiou do aumento na demanda por serviços e peças. Para a Dana, o crescimento registrado ocorreu de maneira dissociada, pois desde o final de 2016, a empresa mudou a sua forma
Peso da inflação
E como a inflação reflete na reposição, Leonardo, da Delphi, esclarece que a sua queda favorece principalmente
Arnaldo Leonardo, diretor Comercial da Delphi no investimento e na qualidade dos produtos e serviços. “Atrelados à queda dos juros, podemos manter nossos preços estáveis e competitivos e ainda fazer com que o consumidor possa ter a garantia de ter uma manutenção com o preço justo. Com a inflação mais baixa, o consumidor tem um maior poder de compra e pode aproveitar para fazer a reparação de seu veículo pelo melhor preço”. Para Costa, da Wega, “com a inflação controlada é possível planejar melhor as despesas e até assumir, sem maiores riscos e sustos, parcelamento de gastos com a manutenção do veículo. Assim,
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O QUE ESTÁ
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POR VIR e endividamento. De todo modo, este é mais um indicador macroeconômico que nos faz acreditar que o pior da crise já passou”, afirma De La Tôrre.
O que esperar de 2018
Rubens Campos, vice-presidente sênior Aftermarket Automotivo - Schaeffler South America tanto o reparador como o consumidor têm melhor referência de preço (e gastos) de peças e serviços, sem grandes alterações, fica mais fácil também investir em estoque, equipamentos, mão de obra, gira e movimenta todos os elos da cadeia de reposição”. Opinião similar tem Ranieri Leitão, acrescentando que “a queda da inflação reflete especialmente no nosso setor. Nós precisamos voltar a um patamar de vendas de veículos com mais elasticidade, é preciso ter mais crédito para os micro e pequenos empresários. Crédito é um problema crucial, e quando ele voltar com mais afinco haverá uma condição melhor para investirmos nas nossas empresas e estamos muito perto para que isso aconteça”, prevê. Campos cita que no segmento de reposição, o reajuste de preço é esperado como algo natural do mercado, ao menos uma vez por ano. Quem acaba sentindo mais este aumento é o consumidor final. “Na Schaeffler, os produtos são muito impactados pela elevação de custos das matérias primas, que estão na base de tudo o que produzimos. Assim, num cenário de queda da inflação, vemos mais um impulso positivo à frente”. E a inflação também reflete nos salários. “Ela impacta diretamente na remuneração dos funcionários, que é o maior custo da oficina”, diz Fiola. “A inflação baixa garante que os salários não se deteriorem ao longo do período. Mas, além da inflação baixa, temos que olhar atentamente sobre o índice de Confiança do Consumidor para entendermos sua disposição ao consumo
Segundo Francisco De La Tôrre, “as novas previsões apontam para um crescimento de 3,2% a 3,4% para a economia, em 2018. Vale destacar que quase todos os indicadores apontam para um ano de retomada do crescimento e, se as reformas continuarem, teremos um ciclo mais longo que historicamente observamos em nossa economia, ou seja, não teremos outro 'voo de galinha' como os economistas costumam chamar os nossos ciclos de crescimento. Portanto, estamos muito otimistas para o próximo ano”. E, ainda, “eu vejo o crescimento de nosso setor colado com o desempenho da economia em geral. Poderíamos trabalhar para que medidas do tipo Inspeção Técnica Veicular, Lei do Desmanche mais rigorosa, linhas de crédito ao consumidor, entre outras ações, fossem aprovadas alavancando mais as vendas e a rentabilidade do segmento”. Opinião similar tem Fiola. “É fundamental que o setor de reparação de veículos tenha boa oferta de crédito para compra de equipamentos, com uma política de investimentos adequada. A estabilidade econômica ajuda na manutenção de empregos e melhora o crédito do consumidor. Outra questão importante para movimentar o segmento de reparação é o retorno da inspeção ambiental veicular. O ideal seria que o País inteiro tivesse a inspeção técnica veicular, como já acontece em outros países”. Para ele, “as perspectivas continuam sendo positivas para 2018, porque a frota vem crescendo e atendemos os veículos que saíram da garantia e passam a frequentar as oficinas independentes. Por conta disso, acreditamos que o crescimento de 10,5% no movimento se manterá. Mas a reposição tem um comportamento diferente do setor de autopeças em geral”.
Por outro lado, ele menciona que com relação ao crescimento do setor automotivo de forma geral, é preciso considerar que 2018 é um ano de eleição e, por isso, acaba sendo um momento de expectativa e redução de investimentos. “Isso pode atrapalhar um pouco o desempenho econômico. Investimentos ficam mais mornos nessa época, o que não seria favorável para uma retomada mais consistente”, acrescenta.
da economia tem sido suave e gradual. Segundo, porque o crescimento registrado nos anos anteriores, sobretudo no segmento de novos, fará com que essa 'nova' frota circulante leve ainda algum tempo para demandar reparação. O mais importante para que o setor de reparação tenha um crescimento contínuo e sustentável é que as políticas econômicas sinalizem esta estabilidade e faça com que o consumidor possa planejar os investimentos”.
Leonardo comenta que a Delphi se mantém otimista para 2018. “O cenário da economia vem melhorando com o passar dos meses e as expectativas da melhoria do setor é grande. O investimento no mercado de reposição para melhoria de peças e serviços é a garantia de uma retomada promissora e repleta de oportunidades para aqueles que se prepararem. No caso da Delphi, também investimos em nossas pessoas e focamos em ter um time de alta performance”. Dourado, da Dana, diz que “nós continuamos acreditando que o mercado de reposição deverá apresentar crescimento superior ao da economia, pois a retração de demanda registrada nos últimos anos tem feito e fará com que os proprietários de veículos automotores invistam fortemente na manutenção.
Cesar Costa, diretor de Vendas e Marketing da Wega Mas não vemos ainda sinais de um crescimento exponencial no setor, por vários motivos”. E ele explica: “primeiro, a retomada
Carlos Dourado, diretor da Dana Ainda de acordo com Dourado, “o setor de reposição automotiva deve seguir pensando em diferenciais para atrair justamente aquelas famílias que, 'no aperto do mês', poderiam deixar a reparação do veículo em segundo plano. Cada vez mais são necessárias campanhas que ilustrem aos brasileiros as consequências que podem surgir pela falta de manutenção do seu carro ou o uso de produtos de origens duvidosas, provenientes de mercados sem a adequada certificação”, sugere. Na avaliação de Campos, da Schaeffler, “a evolução do cenário econômico é positiva para todas as frentes, incluindo o setor de reposição. Mesmo que os veículos novos comecem a sair mais, este é um segmento que não para nunca. Mesmo diante de uma das piores retrações que o Brasil já passou, o mercado de reposição se manteve. Com o impulso do País, a tendência é que se acelere ainda mais. Porém, o principal desafio para o Brasil é se tornar mais competitivo em relação a outros países”.
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O QUE ESTÁ
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POR VIR base sólida para seu crescimento”.
Marcos Antonio Nunes Bezerra, diretor Comercial da Bezerra & Oliveira Nesse ponto, ele defende que “nós temos muito potencial, mas o Custo Brasil continua uma barreira para o desenvolvimento saudável de nossa indústria. Medidas de incentivo ao consumo de curto prazo e linhas baratas de financiamento, como tivemos nos últimos anos, não são mais suficientes. O País precisa agora de mudanças estruturais de longo prazo para criar uma
Costa prevê que 2018 será um ano de crescimento. “As boas notícias vão influenciar o consumo, o mercado vai voltar a contratar fortalecendo os resultados e fazendo valer a pena os investimentos. O segmento de reposição acompanha essa tendência, segundo algumas pesquisas que já estão sendo feitas no setor. Espero que todos estejam planejando esse crescimento e preparados para o aumento no consumo. Nós nos antecipamos e estamos prontos”. E para que seja melhor ainda, Costa avalia que o mais importante seria o mercado voltar a ofertar crédito com juros menores e retomar as contratações de mão de obra. “Outro ponto seria uma legislação voltada para a manutenção preventiva e segurança. Com esses dois pilares solidamente construídos, haveria uma segurança maior do setor em investimentos, movimentando ainda mais as engrenagens do segmento
da reparação. Seria o mundo ideal”, acrescenta. E na opinião de Ranieri Leitão, “eu particularmente quero acreditar que nós brasileiros tenhamos uma postura diferente em relação à política, acredito que com as pancadas que levamos, nós devemos ter aprendido um pouco a votar melhor nos governantes que irão comandar o País. Mas sem dúvida, a força
Carlos Eduardo Monteiro de Almeida (Cacai), da Auto Norte
do empresário brasileiro é indiscutível e um grande diferencial, creio que teremos um ano bom para a economia do País e, principalmente, para o setor de autopeças e de reparação automotiva”.
O olhar dos distribuidores Marcos Antonio Nunes Bezerra, diretor Comercial da Bezerra & Oliveira, de Fortaleza (CE), comenta que, de modo geral, o País está melhorando em vários aspectos. “Como os próprios indicadores econômicos e as operações da Polícia Federal e do Ministério Público que alimentaram a esperança do povo de que as coisas vão melhorar”, cita. No setor de reparação ele diz que o cenário também é de otimismo. “As pessoas não deixam de consertar seus veículos e a queda da inflação igualmente reflete no nosso negócio, uma vez que é possível parcelar compras e serviços em mais vezes. E nós da Bezerra & Oliveira estamos muito otimistas para 2018, tanto
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então, ele comenta que o crescimento na distribuidora tem sido, em média, de 10% neste ano.
de crédito; e o crédito tem seu custo baseado também no índice de inflação. Assim, a inflação menor igualmente deverá contribuir com a melhora nas vendas”.
que iremos inaugurar mais duas filiais (atualmente são nove)”, antecipa.
Em relação à queda de inflação neste ano, Cacai responde que “nós não estamos sentindo essa queda nos preços praticados pelos nossos fornecedores. Porém, caindo a inflação e os juros, a reposição deverá recuperar os números e ter um crescimento mais expressivo”. E para 2018, ele defende que é preciso recuperar o tempo e o crescimento perdidos em 2016. “Mas para que o setor volte a ter um crescimento exponencial, é preciso que haja uma queda maior dos juros e retomada do crédito”.
Especificamente na Jahu, Neto informa que “nossos resultados até o momento são positivos, acima da inflação do período e acima das nossas projeções”. E para 2018, “nós sempre acreditamos no crescimento do nosso mercado de reposição de autopeças. Mesmo em períodos de crise, conseguimos seguir crescendo. Sendo assim, esta previsão de crescimento do PIB em 2018 reforça ainda mais nossas expectativas de melhorias para o nosso setor”.
Na Auto Norte, sediada em Recife (PE), o diretor e proprietário, Carlos Eduardo Monteiro de Almeida (Cacai), diz que notoriamente, nos três últimos anos, o 3º e o 4º trimestres têm sido melhores que os períodos anteriores. “Com esses dados, nós temos certeza que isso se concretizará esse ano também”, prevê. Até
Diretor Comercial da Jahu, Alcides Acerbi Neto, conta que com o crescimento do PIB neste ano, o reflexo está sendo positivo, porém tímido. “Acredito que até o final deste ano poderemos ter resultados melhores do que os do primeiro semestre”, diz. Para ele, a queda do índice de inflação é um bom sinal. “Nosso mercado é carente
E para que o setor volte a ter um crescimento exponencial, a palavra de ordem é a Reforma Fiscal. “Em minha opinião, o maior entrave para o crescimento da economia está na sistemática de cálculo e recolhimento dos impostos e nas alíquotas exorbitantes dos mesmos”, conclui Neto.
Alcides Acerbi Neto, diretor Comercial da Jahu
O olhar dos lojistas Plinio Castro, proprietário da Castro Autopeças, em São Paulo (SP), prevê que até março do próximo ano o cenário é animador. “Posteriormente, considerando que é um ano de eleição, o resultado das pesquisas (candidatos) refletirá na economia. Dependendo de quem for o candidato que estiver na frente isso
Plinio Castro, proprietário da Castro Autopeças
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parcelar suas compras em mais vezes. Se o governo a mantiver baixa, isso é bom para todos, inclusive para nós junto aos nossos fornecedores”, conclui.
Julio Laska, diretor da Bangu Auto Peças influenciará os investimentos no País”, analisa. Por outro lado, ele comenta que a reforma trabalhista tornará tudo mais dinâmico. “As decisões serão mais rápidas e isso igualmente agiliza a economia”. Como também a queda da inflação. “O que permite ao consumidor fazer uma previsão melhor dos seus gastos e
Na Bangu, localizada no Rio de Janeiro (RJ), o empresário Julio Laska informa que mesmo com a queda da inflação, o cenário é outro. “No nosso negócio, nem todos os preços baixaram e alguns itens aumentaram bastante em relação à inflação, e nós temos conversa há algum tempo com nossos fornecedores sobre isso”, revela. Em sua opinião, “enquanto não houver realmente uma parada da gastança do governo e uma resolução para o problema político que estamos vivendo, todo mundo continuará desnorteado. Fala-se muito em crescimento econômico e queda da inflação, porém, o País continua com cerca de 13 milhões de desempregados. O que é antagônico”.
Na Peçauto, em Campo Largo (PR), o empresário César Kuroshi também avalia que o cenário é de cautela. “Este está sendo um ano bem difícil e até duvidamos dos indicadores que são divulgados pelo governo, até porque, cresce em uma semana do mês e cai nas outras. E qualquer escândalo que aconteça na política, trava tudo de novo, as pessoas ficam receosas”.
melhor, pois chegamos em um patamar que, se piorar, muitas empresas serão fechadas e aumentará muito o número de desempregados. Acredito que governo não deixará que isso aconteça. O País tem que crescer e eu estou trabalhando com o conceito de que 2018 será melhor”.
Sobre aumento de preços, Kuroshi diz que nem sempre isso se dá pelo aumento do valor da peça por parte dos fabricantes. “A logística está ficando mais cara e como essa crise arrasta a economia há cerca de 29 meses, uma hora não tem mais como espremer a margem. Tudo o que for custo a mais precisa ser repassado. Isso está acontecendo com a fábrica, o transportador e o varejista, e isso vai refletir no consumidor final. Não tem mágica”.
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Para finalizar, o empresário conta que é esperado um ano melhor. “Nós temos a esperança de que 2018 seja
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EVENTO
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4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Seminário da Reposição Automotiva discute como deve ser a comunicação com o cliente na era digital e o comprometimento da equipe como diferenciais para se ganhar participação de mercado
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udanças e oportunidades no mercado de reposição automotiva na 4ª Revolução Industrial foram o tema central da 23ª edição do Seminário da Reposição Automotiva, que aconteceu no dia 10 de outubro, em São Paulo, na Fecomercio-SP, assunto que levou centenas de participantes, entre representantes das entidades do setor, fabricantes automotivos, distribuidores, varejistas e reparadores.
Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP e Nacional, destacou a importância da inspeção veicular, norma da ABNT, em conclusão, sobre o setor de garantia e o projeto de lei para regulamentação de oficinas, que o governo não aprova há anos. “O segmento vem investindo e se profissionalizando, com o lançamento de anuário e normas. Espero no ano que vem comemorar os pleitos pendentes, bem como novos, com mais reciprocidade do poder público”.
INDÚSTRIA 4.0 O painel “O mundo das disrupções e das mudanças na 4ª Revolução Industrial”, apresentado pelo professor, empresário e colunista da rádio CBN, Carlos Júlio, destacou alguns acontecimentos de “disrupturas”, como a máquina a vapor na 1ª Revolução Industrial; a eletricidade, na 2ª Revolução Industrial; a internet/digital, na 3ª e o fato de todas as ciências começarem a se conversar na 4ª Revolução Industrial.
| Palestrantes do mundo das disrupções e das mudanças na 4ª Revolução Industrial
À ocasião, falou que, segundo estudos, só sobreviverão as empresas que crescerem dois dígitos todos os anos e somente se consegue este resultado com “disrupturas”. “O mundo chamado disruptivo é repleto de oportunidades”, comentou o palestrante, ressaltando que pequenas evoluções podem acabar com um negócio. Conforme Júlio, quem fica parado é poste e é a curiosidade que leva a transformações.
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CONSUMIDOR Renato Meirelles, sócio e presidente do Instituto Locomotiva, focou no tema “O mercado sob a ótica da demanda”, e falou sobre o cenário de mudanças, vetores de transformação no comportamento e hábitos de consumidores e o deslocamento da comunicação. Entre 1990 e final da década de 2000, vários fatores impulsionaram a mobilidade econômica. A renda média familiar pobre foi a que mais cresceu. A elite passou a ser mais heterogênea, com diferentes visões, aglutinando valores e rompendo paradigmas. Mas, a percepção de crise generalizada não se alterou, com preocupação de desemprego e alteração no padrão de vida. Sexo, idade, região e classe devem ser considerados na hora da compra. Segundo o palestrante, as empresas que se mostram parceiras no momento de dificuldade, ganham confiança dos consumidores. Há expectativas diferentes com relação ao futuro do País e da vida pessoal. 49% acham que o País vai melhorar no próximo ano e 80% acreditam que a própria vida vai melhorar.
PERSPECTIVAS Antonio Maciel, ex-presidente da Ford Motor Co. Brasil e da CAOA, em sua apresentação sobre “O futuro do mercado automobilístico”, falou que, no mundo, cresce a demanda do setor automotivo e que há muito segmento e reparo a ser feito, especialmente, no Brasil. Dados de 2016 revelam que há 4,7 habitantes por veículo no País, enquanto nos EUA, 1,2 habitante/carro, o que mostra
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espaço para crescimento. As questões ambientais também serão cada vez mais importantes, bem como a escassez de recursos e disrupturas que trarão novas soluções. Veículos autônomos e carros cada vez mais conectados, que gerarão grande volume de dados. De acordo com estudos da Intel, estimase que um automóvel gerará cerca de 4 mil GB, 1 GB/ segundo. Um usuário médio de internet gera 1,5 GB/dia. Sobre a reposição, disse que as novas tecnologias chegaram e os reparadores precisam estar, rapidamente, preparados para atender os veículos conectados, pois, se não o fizerem, com o acesso a tantas informações, rapidamente, outros farão.
OMNI-CHANNEL No painel “Mercado sob a ótica do varejo”, Richard Stad, CEO da Aramis Menswear, discorreu sobre o OmniChannel, que integra lojas físicas, virtuais e comprador. Pessoas e dados são fundamentais no processo, bem como a informação e comunicação integrada. Foi implementado o Business Intelligence para melhorar o contato, com informatização e profissionalização. Em seguida, partiram para CRM e mídias sociais, excelentes maneiras para ter disruptura e chegar aos clientes. Dados como perfil de consumo são fundamentais.
DEBATE Ao final do evento, os palestrantes Renato Meirelles, Antonio Maciel e Richard Stad debateram sobre o futuro
| Bate-papo entre representantes do setor
da reposição automotiva, com mediação de Carlos Júlio, que falou que não dá para ter negócio saudável sem a presença do proprietário, seus valores e vigilância. No painel, Meirelles também ressaltou que inovações devem ser feitas pensando na percepção do consumidor. É primordial qualificar e levar informações aos vendedores. Stad falou que a comunicação deve ser construída de forma que se conecte com a verdade da empresa e também ser acessível aos consumidores. É preciso saber sempre qual o próximo ponto de disruptura que vai te levar para próxima curvatura. Maciel lembrou que nos relacionamentos há a parte técnica e comportamental e o treinamento é essencial. Para finalizar o painel, disse que Brasil tem muito potencial, grande rede de fornecedores de autopeças difícil de encontrar em outros países, mas é preciso entender o cliente e suas demandas.
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7 PASSOS PARA SE DIFERENCIAR NO MERCADO | P O R: S I M O N E K Ü H L | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO
Saiba o que é preciso fazer para se tornar um profissional de destaque e crescer em sua carreira Carlos Cruz, diretor do Instituto Brasileiro de Vendas
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uscar consolidação na carreira, ter reconhecimento profissional e uma remuneração compatível com as nossas expectativas é fundamental no mercado de trabalho, mas para isso acontecer são necessárias novas atitudes e competências. Na opinião de Carlos Cruz, diretor do Instituto Brasileiro de Vendas - IBVendas, foi-se o tempo que a empresa era responsável pela carreira do profissional, hoje é dever de cada um cuidar e lutar por sua carreira. “O especialista precisa assumir essa responsabilidade para alcançar suas metas e ter uma atitude muito mais proativa”, argumenta. O diretor acredita que no mercado competitivo é fundamental que o profissional desenvolva boas competências e tenha mais atitude na hora da venda. “É necessário estar preparado não somente com as informações do seu produto, mas da concorrência e do setor, de forma a atender as expectativas do cliente e fazer uma oferta adequada”, pontua.
7 PASSOS
PARA SE DIFERENCIAR NO MERCADO DE TRABALHO (Fonte: Fundação Dom Cabral)
ótima atenção para o cliente e sempre dar retorno do que foi pedido. “Isso é uma queixa que tenho escutado, muitas vezes alguns balconistas fazem o orçamento e não retornam ao cliente. Além disso, é preciso ter educação, cordialidade, estar sempre de bom humor e estar atento às novidades do mercado”, enfatiza. Já Wallace Ribeiro Sampaio Alencar, da Modelo Auto Peças e Serviços, de Salgueiro (PE), destaca a honestidade como fator primordial e também lista o carisma como ponto forte. “O profissional ainda deve conhecer bem o produto para passar confiança ao cliente. Acredito que o bom trabalho é um conjunto de vários fatores e uma equipe forte”, emenda.
Neste sentido, ele reforça a importância do plano de carreira. “Se pergunte onde pretende estar daqui há 1, 5 e 10 anos, e comece por aí para entender o que é preciso para conquistar seus objetivos”, completa.
No balcão Para Alexandre Peres, da SV Autopeças, de São Paulo (SP), para se diferenciar o profissional tem que dar uma
CONHEÇA
Alexandre Peres, da SV Auto Peças
Wallace Ribeiro Sampaio Alencar, da Modelo Auto Peças e Serviços
1. Procure por especialização: vá além do lugar-comum: Em primeiro lugar, renuncie à satisfação — afinal, os satisfeitos não se aperfeiçoam em nada. A maioria dos brasileiros encerra seu ciclo de estudos na assinatura do diploma de graduação, um erro brutal que explica por que há tantos bacharéis desempregados, sem conseguir colocação no mercado. Então anote aí: uma pós-graduação é uma oportunidade de ouro para expandir seu networking com profissionais que já estão no setor — colegas e professores que, em sua maioria, são executivos de renome. Outro fator importante a considerar é que as ciências mudam ao longo do tempo. Assim, em 10 anos, novas estratégias de gestão são desenvolvidas, a legislação é alterada e métodos de escriturações contábeis são modernizados. Por isso, nada de subestimar a força do tempo. Por fim (mas não menos essencial), ter um curso de pós-graduação denota que você é um especialista distante das pegadas da acomodação, o que conta muitos pontos a seu favor em qualquer entrevista de emprego.
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DE BALCÃO PARA BALCÃO
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CONHEÇA 7 PASSOS PARA SE DIFERENCIAR NO MERCADO DE TRABALHO 2. Seja proativo - assuma responsabilidades e faça acontecer: Desenvolva a capacidade de tomar decisões, ousar e criar soluções eficazes sem levar problemas à chefia. É primordial ir além do básico, do que simplesmente lhe é mandado. Um profissional proativo é rápido e eficiente, ocupa o tempo livre com a busca insaciável por conhecer o trabalho de outras áreas e outros especialistas, adquirindo uma visão cada vez mais global sobre os processos da empresa. Acredite: o estrabismo profissional, visão fragmentada de quem se acomodou durante anos e mais anos com as atividades que lhe foram determinadas, é uma das forças motrizes do fracasso na carreira. 3. Adquira capacidade de gestão - agregue valor aos projetos: Um projeto envolve 3 fatores críticos principais: tempo, prazo e custo. Gerenciar todas essas variáveis e extrair o máximo de uma equipe de multiespecialistas, alcançando o sucesso delineado na fase de planejamento, é tarefa árdua. Mas esse desafio pode ser visto pela alta cúpula como um interessante exercício de gestão em miniatura. Ser bem-sucedido na gestão de projetos costuma render excelentes novas oportunidades em qualquer empresa. Não tem grande experiência no assunto? Não se preocupe! Uma especialização em gestão certamente o ajudará bastante! 4. Desenvolva espírito de liderança - conquiste sua equipe: Elogiar em público e criticar em particular, saber comunicar suas ideias ou as ações que devem ser empreendidas, motivar seus colegas de trabalho e
convencer pela conquista e não pela imposição autoritária: a verdade é que um líder de fato sequer precisa ocupar um cargo de chefia. Existem muitas lideranças informais nos departamentos das empresas. E essa ascendência, quando usada para incrementar resultados, superar metas e alcançar os objetivos corporativos, costuma resultar em reconhecimento da direção, com consequente promoção. 5. Valorize o networking - seja interessante sem ser interesseiro: Já ouviu falar que a vida é a arte do encontro? Pois é no ambiente de trabalho que essa máxima se torna especialmente importante. E parou para pensar sobre o conceito de networking? Resumindo: é um conjunto de técnicas e atitudes cuja aplicação requer um comportamento de solidariedade e de ajuda recíproca de todos que reconhecem a permanente interdependência das redes de relacionamento. Mas apesar de a importância do networking ser indiscutível, poucos sabem realmente usá-lo. Uma pesquisa do Instituto de Desenvolvimento de Conteúdo para Executivos (IDCE), feita em 2013, revelou que 80% deles reconhecem a estratégia, mas não sabem usá-la de forma eficiente. E um dos erros mais comuns é se preocupar com networking apenas quando necessário. Isso faz com que o profissional se aproxime de outros de forma artificial, o que costuma causar efeitos negativos. O ideal, na verdade, é que o networking seja usado para construir uma rede de contatos sólida ao longo de anos. Graduação, especialização, empresas anteriores, cursos de aperfeiçoamento ou de idiomas: todos os espaços podem
ser úteis para a criação de interações de longo prazo, que abrem portas e ampliam suas possibilidades de crescimento no mercado de trabalho. 6. Aposte na persistência - some pequenos esforços diários: A dedicação precede o sucesso. Mostrar valor e conquistar a confiança da alta cúpula da empresa exigem tempo e paciência, algo que nem todos os profissionais têm. Dessa forma, é preciso persistência não somente para se deixar conhecer, mas também para entender a cultura do negócio, que características são valorizadas e o que fazer para aprimorar suas competências. Lembre-se: o mercado impõe esforços ininterruptos em busca do sucesso. 7. Imponha-se positivamente - abuse do marketing pessoal: Com raras exceções, é possível afirmar que não há muito lugar para os tímidos no agressivo mundo dos negócios. Em outras palavras: não basta ser um bom especialista, é preciso mostrar que você é o que crê ser. De nada adianta ser extremamente talentoso e não deixar que sua chefia perceba o quanto você faz diferença no departamento. O marketing pessoal passa por vencer o medo de se pronunciar nas reuniões de trabalho e superar o receio de tomar decisões, tornando-se persuasivo na defesa de suas ideias. É preciso ser audacioso, perdendo o paralisante medo do erro. Todos esses detalhes formam o tênue limiar que divide a estagnação e a ascensão profissional! De que lado você quer está?
INDICATIVOS
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ÍNDICE DE DESEMPENHO
do varejo automotivo | P O R: S É R G I O D U Q U E*
* Economista, pós-graduado em Marketing e professor universitário. Há 30 anos atua no mercado de reposição de autopeças
PARA O MÊS DE OUTUBRO, NO VAREJO AUTOMOTIVO, ESPERA-SE UMA DEMANDA LEVEMENTE INFERIOR A SETEMBRO, MAS AINDA POSITIVA.
N
a edição anterior, nossas projeções apontavam um desempenho melhor do varejo automotivo no mês de setembro, por conta de alguns fatores e agregados econômicos que sinalizavam de forma favorável para que isso fosse confirmado. Os índices do mês, que deverão ser divulgados em breve, salvo maior engano de análise, deverão comprovar esta situação.
O quadro do IBGE, que mede a variação do varejo ampliado em junho, segue abaixo:
Enquanto isso, e por base nas últimas pesquisas, segundo a ACSP – Associação Comercial do Estado de São Paulo –, o desempenho do varejo automotivo registra um crescimento acumulado de 8,9% no período acumulado até julho deste ano e de 7,8% nos últimos 12 meses. Para se permitir medir de forma comparada, o índice da ACSP registra acumulado no ano de sete setores, que foi de 3,3% até julho e 3,7% nos últimos 12 meses, ou seja, o varejo automotivo está se sobressaindo em relação aos demais, embora os segmentos de eletrodomésticos e de eletroeletrônicos tenham sido os mais positivos entre todos. Já o índice de desempenho do varejo consolidado calculado e informado pelo IBGE, outra importante referência nacional, e que contempla também o segmento varejista de peças automotivas, confirmou a evolução de números com resultados positivos do comércio praticamente em todas as regiões do País, que pode ser parcialmente explicado pela natural recuperação do setor aliada à redução da taxa de juros, à elevação dos prazos de financiamento, à liberação dos fundos do FGTS que contribuiu (mesmo que de forma tímida) para recomposição do poder de compra das famílias nos últimos meses e à desaceleração da inflação. Embora melhor que há alguns meses atrás, o quadro geral ainda é insuficiente para garantir que haverá retomada contínua no crescimento do varejo, mesmo com tendência de nova redução na taxa de juros, alinhada com a queda da inflação.
O mercado ainda projeta redução para até 7,50% antes do fim do ano Em análise no quadro, nota-se que o País consumiu 13,9% (diferença de 86,1 e 100) menos do que no mesmo período de 2014, sendo que das regiões da federação a Sul continua a expressar recuperação mais consolidada da demanda, com 89,9%. As demais regiões reagiram bem no mês de julho e iniciaram agosto com tendência de alta no resultado do mês. A região Nordeste, embora continue a apresentar resistência na recuperação, com 83,1% da meta ideal, que
(1) Base 2014 = 100. (2) Índice mês a mês = igual ao mês do ano anterior.
(3) Índice acumulado = (a) no ano igual ao mesmo período do ano anterior; e (b) compara acumulado no período de 12 últimos meses, em relação ao mesmo período do ano anterior.
é 100,0%, foi a que apresentou melhor recuperação de vendas no varejo ficando com índice positivo no ano de 0,3 e -2,6 no acumulado de seis meses, abaixo da média do País. A região Centro-Oeste, com 80,6%, manteve praticamente o mesmo desempenho do mês anterior, enquanto a região Sudeste passou de 83,5% para 84,4%, leve evolução.
E o que esperar para o mês de outubro? Se depender da expectativa dos consumidores, haverá sensível retração na demanda, pelo menos é o que aponta a pesquisa do INEC – Índice Nacional de Expectativa do Consumidor –, medido pelo IBGE a pedido da CNI – Confederação Nacional da Indústria. Pela pesquisa, a confiança do consumidor regrediu 3,5% em setembro, em comparação a agosto e reflete o menor valor no ano, explicado por analistas como reflexo do fraco desempenho da economia ante o desemprego e a elevação do endividamento do consumidor. As projeções do boletim FOCUS do BC apontam o dólar estável, com previsão de fechar o ano cotado em R$ 3,30 e a balança comercial atingindo um superávit em 2017 de
Fonte: Pesquisa CNI
US$ 56 bilhões. O IBGE projeta que o varejo encerrará o ano com crescimento de 0,8% em relação a 2016, que fora -6,3% em relação a 2015. A inadimplência no setor apresenta tendência de queda em observação aos números dos últimos quatro meses, o que deve permitir ensaio de melhora no aumento de crédito para os consumidores. Para o mês de outubro, no varejo automotivo, esperase uma demanda levemente inferior a setembro, mas ainda positiva.
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Esta matéria complementa a reportagem de capa da edição 132
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m continuação à matéria de capa da edição anterior, sobre a indústria 4.0, nesta mostraremos ferramentas que se aplicam ao varejo em plena era digital e que potencializam negócios e otimizam processos, e também o case da Sabó, que desde 2012 se estruturou para acelerar as suas estratégias de automação e robotização. Fundadores e sócios do Canal da Peça, Fernando Cymrot e Vinícius Dias, exemplificam que integração de sistemas (para otimização da gestão de estoques), cloud computing (permitindo maior capacidade de armazenagem e acesso a informações), Internet das Coisas e mobilidade (geolocalização de clientes e objetos, geração de demanda baseada em comportamento do usuário, etc.) e realidade aumentada (enriquecendo a experiência de compra do cliente), essas são algumas ferramentas que se aplicam no varejo.
“Além disso, inovações como a impressora 3D e robôs autônomos tenderão a participar cada vez mais do modelo comercial do varejo”, dizem, acrescentando que “dentre os principais objetivos do uso dessas ferramentas, destacaríamos a melhoria no processo de compras e gestão de estoque do varejo, maior assertividade na criação de promoções e incentivos de consumo aos clientes e aumento da produtividade dos funcionários relacionados à área comercial”. Segundo eles, os ganhos podem ser mensurados pelo aumento no giro médio de estoque, faturamento/ lucro operacional por metro quadrado de loja, faturamento por vendedores, recorrência e lealdade de compra da carteira de clientes, etc. “Ao final, todas essas ferramentas buscam enriquecer a experiência de compra dos clientes, ao mesmo tempo que conferem maior
Fernando Cymrot e Vinícius Dias, fundadores e sócios do Canal da Peça
eficiência ao processo de gestão do varejista, impactando diretamente na lucratividade do negócio”, avaliam. E na análise de Cymrot e Dias, o varejo de autopeças tradicional ainda está dando seus primeiros passos nesse sentido quando comparado a outros segmentos (como supermercados, eletrônicos e vestuário). “Mas essa distância vem diminuindo rapidamente à medida que os varejistas percebem cada vez mais a utilidade dessas novas ferramentas digitais em seu dia-a-dia, ao mesmo tempo em que o número de soluções oferecidas para o varejo cresce (e com custos cada vez mais competitivos para implantação e utilização)”, comentam.
Na prática Empresário de Uberlândia (MG), João Pelegrini, do Grupo Pelegrini, diz que apesar das ferramentas digitais estarem disponíveis, o setor faz pouco proveito delas. “Nós temos o site, o WhatsApp, e todas as tecnologias para que a foto de uma peça seja enviada para uma compra certa. Porém, o nosso segmento ainda é muito pobre nesse sentido. A falha maior, no que chamamos de B2B, é do varejo com o grande distribuidor que poderia ter volumes vultuosos e na verdade não existe essa intensidade de se colocar toda a tecnologia atual”.
João Pelegrini, empresário de Uberlândia (MG) De acordo com ele, “isso porque, primeiramente, a relação do varejo com o cliente é mais morosa, por ser muito técnico. Em outros países existe uma negociação maior, você digita o chassis do seu veículo e na página/site busca todas as informações. Aqui é difícil ter o entendimento para conversar com a máquina, tem gente que nem sabe o que é o número do chassis”, afirma. No Grupo, João Pelegrini conta que atualmente o servidor já está na nuvem, o que garante a proteção de dados, o PABX é virtual e que iniciaram o processo de código de barras. “Quando recebemos a mercadoria, nós geramos uma etiqueta com o DNA da peça, assim temos todo o controle de entrada até a saída, o que é uma segurança a mais de controle de estoque que elimina uma série de falhas, o que é um custo grande (entrega errada, por exemplo)”.
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MERCADO
Automatizados Em Colatina (ES), o empresário José Dionísio Gobbi, do Grupo Motocap, diz que, por parte dos distribuidores, os processos automatizados geraram um avanço na questão de controle de qualidade, na embalagem, nas referências, o que facilita muito. Internamente, ainda não foi adaptado o código de barras para todos os itens. “Até porque compramos muitos itens em volume (peças miúdas), o que
José Dionísio Gobbi, empresário de Colatina (ES), do Grupo Motocap
seria necessário desenvolvermos uma etiqueta própria. Já as peças maiores chegam com o código de barras”. Também internamente, ele cita o quanto o WhatsApp ajudou. “Ele minimiza erros com a imagem do produto, possibilitando atender até clientes de cidades mais distantes. Na loja, cada vendedor tem o seu celular com o aplicativo, o que reduziu o custo com o telefone. Sem dúvida, as ferramentas digitais ajudam muito. E toda a cotação (compra) é feita pelo sistema, a partir da análise da demanda, pela curva de reposição estabelecida ou pela sua experiência de mercado, que é disparada para um grupo de fornecedores”.
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ter o que há de mais moderno, pois se ela for desorganizada, consequentemente, erros serão cometidos. O mais importante é o processo, e processo não tem fim, sempre é preciso estar melhorando”, ressalta. Como exemplo, ele cita a etiquetagem. “Se a mercadoria entra na loja com a etiqueta errada, esse erro pode chegar até o cliente. O mesmo acontece quando é colocada uma etiqueta errada no momento em que a peça está sendo embalada. Se não tiver controle, o prejuízo pode ser grande”, alerta. Assim como Gobbi, Sirvente também conta que de alguns fornecedores eles já recebem peças com código de barras. “Principalmente os fornecedores de peças mecânicas estão mais avançados, quando comparados aos fabricantes de acessórios”, compara, acrescentando que para peças miúdas a questão é mais complexa. E com forte presença no comércio eletrônico, Sirvente informa que nem tudo pode ser automatizado. “É preciso ter o atendimento na retaguarda para o esclarecimento de dúvidas dos clientes, e tem também o processo de troca que não é automático. Outra questão é o CEP de entrega do cliente que ele
Moisés Sirvente, diretor Executivo da Jocar, de São Paulo (SP)
Processos Para Moisés Sirvente, diretor Executivo da Jocar, a tecnologia é importante, porém, o mais relevante é o processo. “De nada adianta a empresa
pode ter digitado de forma errada”, cita, entre os exemplos de que a máquina não substitui totalmente o homem.
Sabó A partir de 2012, a Sabó se estruturou para acelerar suas estratégias de automação e robotização. Neste caminho, o diretor Industrial, Ricardo Teixeira Ávila, diz que, entre o final de 2015 e princípio de 2016, foram identificadas novas possibilidades e eles passaram a aprofundar seus conhecimentos na Indústria 4.0 (i4.0), inclusas as principais referências e potenciais parcerias internacionais e nacionais. “Há um ano evoluímos nossos planos para incorporar uma trilha estratégica (road map) para a i4.0. Alinhamos esforços e já temos elevado uso da computação em nuvem, sistemas de monitoramento em tempo real de linhas produtivas, aplicação de robôs colaborativos, comunicação entre máquinas, amplo uso de soluções digitais na gestão da manufatura, manutenção, qualidade e logística, principalmente”, especifica. Como exemplo, ele cita o uso de câmeras inteligentes associadas a completos sistemas que geram em tempo real os paretos com a identificação das perdas de qualidade. “Já estamos discutindo com empresas especialistas a geração de aprendizado para as máquinas a partir da avaliação das imagens em nossos bancos de dados. Neste movimento, ações preditivas estarão disponíveis em breve para o autocontrole do processo”. Também foi introduzido o QR Code nos processos de transferência de estoques, eliminando inacuracidades nos lançamentos e etapas de apontamento que limitavam o tempo de processamento das ordens. Desenvolvemos sistema de identificação por biometria para postos chave e com exigência de capacitação específica, garantindo melhor controle no seguimento dos padrões e métodos definidos”, acrescenta. De acordo com ele, “nós estamos levantando alternativas e já instalamos alguns novos recursos que ampliaram
Ricardo Teixeira Ávila, diretor Industrial da Sabó
nossa flexibilidade para o atendimento a baixos volumes, personalizamos alguns processos produtivos e inserimos ferramentas de customização. Por meio de soluções integradas de comunicação entre máquinas e de pleno domínio do mapeamento do fluxo de valor produtivo, integramos células completas”. O resultado, diz Ávila, “ampliamos a produtividade do capital empregado através da conexão de um ecossistema produtivo no lugar de postos automatizados isolados e desbalanceados. A ampliação de giros anuais de inventário e aumento da produtividade do capital empregado têm sido nossas maiores conquistas, sem dúvida, enquanto é importante o avanço na conquista de novos pedidos, os quais passaram pela aplicação da manufatura aditiva, também, reduzindo o tempo ao mercado”. Para finalizar, o executivo menciona que linhas de fabricação e montagem conversam entre si e com operações em unidades externas. A conversa com os produtos ainda está limitada a alguns pilotos embalados. No que diz respeito à gestão de compras e estoques, avançamos muito nos últimos dez anos na aplicação dos EDIs com toda a base de clientes e toda a base de fornecedores, também já inserindo os ASNs (avisos de embarque) nas duas conexões. E inserimos sistemas kanban com nossos fornecedores principais esquematizamos em conjunto com eles todo o mapa das interfaces existentes”.
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FÓRUM
DIGITALIZAÇÃO DAS FÁBRICAS Em sua 5ª edição, Fórum IQA discute os caminhos para evolução da qualidade
Ingo Pelikan, presidente do IQA
P O R: R E DAÇ ÃO | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO
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a abertura do 5º Fórum IQA da Qualidade Automotiva, que reuniu lideranças da indústria no dia 9 de outubro, no Centro de Convenções Milenium, em São Paulo, Ingo Pelikan, presidente do IQA, chamou a atenção para a necessidade de entender a qualidade como um todo, não como um departamento. Ricardo Augusto Martins, vice-presidente da Anfavea, abriu as discussões do fórum. Um dos assuntos abordados foi o potencial cenário brasileiro em 2030. Gabor Deák, conselheiro do Sindipeças, ressaltou que o tema da qualidade terá caráter horizontal no novo regimento automotivo. Rodrigo Custódio, diretor da Roland Berger, destacou a mobilidade compartilhada, a automação, a digitalização e a eletrificação como quatro grandes áreas de atenção para toda a cadeia.
DEBATE Em painel com montadoras e fornecedores, Richard Schwarzwald, diretor da Qualidade da FCA, destacou que as empresas terão sustentabilidade no futuro se houver inovação, produtividade e qualidade na fase do planejamento. Celso Gonçales, gerente da Qualidade da Scania, chamou a atenção para a importância de se integrar todas as camadas que participam do negócio. Flávio Mateus, diretor geral da Schaeffler, ressaltou que a
qualidade deve ser intrínseca ao processo. Para Bruno Neri, gerente da Qualidade Corporativa da Bosch, a qualidade é primordial para a competitividade das marcas, uma vez que os concorrentes estão cada vez mais maduros. Em seguida, Celso Placeres, diretor de Manufatura da Volkswagen, disse que a Indústria 4.0 é fator de sobrevivência para toda e qualquer indústria.
ENTIDADES Em painel com entidades de classe, Antonio Fiola, presidente do Sindirepa, falou sobre a necessidade de conscientização do motorista para a manutenção preventiva. “O governo poderia nos apoiar com programa de inspeção técnica veicular”, afirmou. A opinião foi compartilhada por Elias Mufarej, conselheiro do Sindipeças, que apontou
Representantes das entidades da Reposição Automotiva
a importância da união de esforços no setor para obter avanços nessa área. “A condição com que os veículos estão rodando atualmente pode ser fator de calamidade pública nos próximos anos”, alertou. Marcelo Cyrino, vice-presidente da Fenabrave, defendeu a renovação da frota e o projeto de lei em tramitação, que prevê benefícios fiscais para a aquisição de veículos. “Esse projeto pode acelerar um pouco o varejo de carros no Brasil”, avaliou. Em seguida, Renato Giannini, presidente da Andap-Sicap, discutiu sobre os entraves da distribuição tributária para a comercialização de autopeças. “A distribuição tributária seria bem feita se houvesse alíquota única, o que é difícil porque cada Estado quer cuidar do seu quintal”, criticou.
EVOLUÇÃO Letícia Costa, sócia-diretora da Prada Assessoria, falou sobre acelerar a evolução nos desempenhos de qualidade para o acesso a mercados relevantes e destacou que isso passa pela entrada da qualidade na era digital. José Pastore, consultor e professor da FEA-USP, encerrou as discussões do fórum com avaliação a respeito dos impactos da reforma trabalhista na qualidade.
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INDÚSTRIA
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ZEN PRODUÇÃO LOCAL E PRESENÇA GLOBAL Sob o tripé de inovação, qualidade e excelência operacional, a fabricante tem hoje em seu portfólio, além dos impulsores, polias de roda livre, planetárias, mancais, bobinas de alternador, tensionadores, anéis ABS e seus componentes | P O R: S I LV I O R O C H A | F OTO: D I V U LG AÇ ÃO
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equipe do jornal Balcão Automotivo e da revista Reparação Automotiva foi convidada a viajar até Brusque (SC) para conhecer as dependências da Zen. Chegando na fábrica, logo percebemos se tratar de uma empresa diferenciada. “A nossa planta está sempre em constante transformação, é muito moderna, com um nível de qualidade excepcional, muita robotização, uma estrutura bem robusta”, diz Cesar Nisch, gerente de Vendas da Zen.
Cesar afirma que tanto o segmento original como a reposição são importantes para a empresa e estão bem divididos dentro do contexto de negócios. “A gente produz e garante o produto que coloca no mercado. A Zen é líder na América do Sul tanto no original como na reposição. Em 2017, já foram mais de 100 lançamentos de produtos”.
Segundo o gerente, “a Zen tem produtos de qualidade, um portfólio bem completo, uma empresa com entrega bem ágil e preços competitivos, e sem muita burocracia. Para se ter uma ideia, a Zen reinveste mais de 10% da receita, sendo quase 5% em pesquisas e desenvolvimentos de novas linhas de produtos e melhorias constantes”, revela o gerente, complementando que a empresa conta com as mais importantes certificações de qualidade.
Uma empresa familiar de capital 100% nacional, no ano passado a Zen figurou entre as 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil, da revista Você S/A. Em 2017, a empresa concorre novamente. “Apoiamos os colaboradores na questão da educação, aliás somos reconhecidos por isso. Nossa filosofia é funcionário feliz, cliente feliz e acionista feliz. E isso ratifica que estamos fazendo a coisa certa”, diz David Catasiner, diretor Comercial.
Maior fabricante independente de impulsor do mundo,
Sobre estar presente com fábrica em países e regiões
Expansão
Linha de produtos da empresa estratégicas, o diretor revela que a Zen tem em seu planejamento a internacionalização. “Nós temos um projeto de fabricar na China e também no México para ter a produção mais perto dos nossos clientes. Mas por enquanto não tem nada confirmado”, conta David, complementado que hoje a empresa comercializa seus produtos com 60 distribuidores aqui no Brasil”. Por fim, Davi afirma que o ano está muito bom com crescimento nos mercados original e reposição, e estagnação na exportação. “O segmento interno está puxando muito forte, original como reposição. Estamos crescendo também em novos produtos e para 2018 tudo indica que será um ano bom e com crescimento – um pouco menor do que 2017 – em todos os mercados”.
NÚMEROS DO SETOR ENTIDADES DIVULGAM RESULTADOS
| P O R: R E DAÇ ÃO
De acordo com a Anfavea, a produção brasileira de autoveículos manteve ritmo ascendente em setembro e já soma nos nove meses transcorridos do ano 27% de crescimento: foram 1,99 milhão de unidades em 2017 contra 1,57 milhão em 2016. Apenas em setembro saíram das linhas de montagem 236,9 mil veículos, alta de 39,1% sobre as 170,3 mil unidades do mesmo mês de 2016 e baixa de 9,2% contra as 260,9 do último agosto, que teve três dias úteis a mais. O desempenho das exportações tem impactado diretamente o resultado da produção. Em setembro saíram do País 60,1 mil unidades, acréscimo de 52,2% ante as 39,5 mil de igual período de 2016 e queda de 10,1% no confronto com as 66,8 mil de agosto. O acumulado aponta alta de 55,7% ao colocar frente a frente as 566,3 mil unidades de 2017 com as 363,7 mil do ano passado. No licenciamento, o registro também é de alta na comparação com o ano passado: as 1,62 milhão de unidades do período acumulado de 2017 estão 7,4% acima das 1,51 milhão de 2016. Apenas em setembro foram comercializados 199,2 mil veículos, maior em 24,5%
sobre as 160 mil do mesmo mês do ano anterior e 8% menor do que as 216,5 mil de agosto de 2017. Para Rogelio Golfarb, 1º vice-presidente da Anfavea, “o mês de setembro reforça nossa visão que o período de contração acabou e entramos em tempos de recuperação. Porém, é necessária cautela quanto à magnitude deste crescimento”. Fenabrave Conforme divulgado pela Fenabrave, as vendas de todos os segmentos somados apresentaram queda de 9,55% entre setembro (276.126 unidades) e agosto (305.264 unidades). Já na comparação com setembro do ano passado (240.334 unidades), houve crescimento de 14,89%. No acumulado de 2017, o setor em geral teve queda de 1,18%, totalizando 2.352.784 unidades emplacadas de janeiro a setembro deste ano, contra 2.380.875 no mesmo período de 2016. Abeifa As dezessete marcas filiadas à Abeifa, com licenciamento de 21.201 unidades, anotaram nos primeiros nove
meses do ano baixa de 22,1% ante igual período de 2016, quando foram vendidas 27.227 unidades. No comparativo mensal, setembro de 2017 ainda registra queda de 13,6% em relação a igual período de 2016. O desempenho de vendas no mês de setembro também significou queda, de 15,7%, comparado ao mês imediatamente anterior. Foram 2.379 unidades contra 2.821 unidades em agosto último.
Abraciclo Dados da Abraciclo mostram que foram produzidas 76.668 motocicletas em setembro, o que representa recuo de 4,4% sobre o mês de agosto (80.192). Na comparação com o igual período de 2016 (80.509), a retração foi de 4,8%. Os números referentes aos nove primeiros meses de 2017 também indicam uma queda: no período saíram das linhas de produção 652.192 motocicletas, correspondendo a um recuo de 8,5% na confrontação com o ano anterior (712.999).
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FEIRA
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FEIRAS QUE MOVIMENTAM NOSSO MERCADO Especialista na organização de eventos, Diretriz fala sobre o atual cenário brasileiro e revela expectativas para a Autopar 2018 P O R: S I LV I O R O C H A | F OTO: D I V U LG AÇ ÃO
| Serviço - mais informações no site: www.feiraAutopar.com.br
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om mais de 50 anos de experiência, a Diretriz – Feiras e Eventos tem em seu portfólio mais de duas dezenas de iniciativas nos mais diversos segmentos. São mais de 600 feiras realizadas em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Santos, Belo Horizonte, Porto Alegre, Florianópolis, Caxias do Sul, Londrina, Brasília, Jundiaí, Cuiabá, Maringá, entre outras.
Cenário político e econômico Para Cassio André Dresch, diretor Comercial da Diretriz, não existe um setor de atividade econômica no País que tenha ficado imune à crise vivenciada nesses últimos três anos, com isso as corporações empresariais tiveram que apresentar novas atitudes na tomada de decisões. “Tais ações, dadas as circunstâncias, tiveram foco maior na redução de custos, na minimização dos riscos e na otimização dos investimentos”, emenda. Com relação aos reflexos da contração econômica, estes foram muito mais agudos nos eventos organizados pela empresa, focados na atividade industrial metalmecânica e eletroeletrônica. “Já na Autopar, realizada em junho de 2016, a percepção geral, tanto de expositores como da comissão organizadora e dos visitantes, foi de que se tratou de ‘um ponto fora da curva’ dada à grandiosidade da mesma, da altíssima frequência, da qualidade do visitante e dos resultados obtidos pelos agentes envolvidos com o projeto”, conta.
Reflexos nas feiras Dresch ressalta que o mercado do aftermarket
automotivo, contrariamente ao que se poderia esperar como consequência do estreitamento econômico, teve dois anos muito bons. “O adiamento da Rioparts não foi motivado como decorrência da fragilidade da atividade da reparação e da reposição no estado fluminense. Deveu-se fundamentalmente da percepção de que a crise político/institucional/ administrativa gerou consequências graves no poder aquisitivo de boa parte da população e, notadamente, afetou o cotidiano do carioca com reflexos imediatos na sua capacidade de consumo”, informa. E ainda: as seguidas manifestações dos parceiros comerciais apontando questões relacionadas à segurança pessoal e patrimonial foram no entanto, determinantes no sentido de orientar a concentrar os esforços da Diretriz para a edificação do evento em momento de maior tranquilidade político/ institucional. “Continua firme nossa parceria com o SindirepaRJ e Sincopeças-RJ que também apostam no sucesso do evento, em momento mais favorável. Afinal, o Rio possui perto de 9% da frota nacional de veículos, profissionais do setor com altíssimo nível de conhecimento, mecânicos interessadíssimos em atualização e o local escolhido para a realização da Feira, o SulAmérica, situado no coração fluminense da indústria da reparação e do mercado de reposição automotiva, não poderia ser mais adequado”, enfatiza.
Autopar 2018 Sobre a Autopar que se aproxima, Dresch deixa claro que a feira está sempre em evolução e já é considerada um fenômeno. Além disto, a Truckparts ganhou força com a presença cada vez mais acentuada de ofertadores das tecnologias demandadas pelos “brutos’’. A Tratorparts continua em evolução, oferecendo aos fornecedores de tecnologia setorial uma plataforma exclusiva para negócios com “tratoristas” do Brasil inteiro e com a Pró-funilaria lançada em 2016. E também há um esforço de todos os integrantes do comitê gestor da Feira para que a Motopar assuma os contornos regionais e, ainda, será realizada a primeira edição da Retifair – Feira Nacional de Tecnologias para Retífica de Motores.
| Cassio André Dresch, diretor Comercial da Diretriz
“Todas estas ações têm por objetivo aumentar o número de expositores da Autopar que hoje supera a casa das 500 marcas, ampliar o espectro de tecnologias ofertadas e, claro, otimizar o investimento de parte significativa de expositores tradicionais do evento que com estas novas propostas encorpam seus argumentos no sentido de atrair seus prospects e clientes de todo o continente”, pontua. Para a 9ª edição, prevista para acontecer entre os dias 6 e 9 de junho do próximo ano, a meta é superar ainda mais. “Pretendemos superar os números dando sequência à escalada que a posicionou como o mais importante evento do aftermarket automotivo no continente nos anos pares e superar-se em seu alto padrão de realização e satisfação. Tais objetivos seriam impossíveis de serem alcançados sem o envolvimento dos representantes comerciais das indústrias e sem o entusiasmo das distribuidoras que compõem o comitê gestor da Autopar. Não seria possível uma feira de tais dimensões sem a colaboração inestimável do Sincopeças-PR, Sindirepa-PR, Fecomércio-PR e FIEP – Federação das Indústrias do Estado do Paraná e sem a postura de ‘advocates’, que parte significativa do universo tradicionalmente expositor da Feira adota quando defende a feira como uma plataforma comercial inadiável na agenda de todos”, diz. Segundo o diretor Comercial, são esperadas cerca de 500 marcas com participação assegurada e, a julgar pelo ritmo das adesões, mais uma vez, será registrada superlotação dos 33.000 m 2 de área do Expotrade destinados a acomodar o conjunto de feiras da Autopar. “Certamente teremos a superação das 600 marcas expositoras e também com facilidade ultrapassaremos a marca dos 50 mil profissionais que, na edição 2016, originaram-se de todo o Brasil e de outros oito países”, finaliza.
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FENATRAN 2017 FABRICANTES DE CAMINHÕES E INDÚSTRIAS DE AUTOPEÇAS APRESENTAM SUAS NOVIDADES EM SÃO PAULO T E X TO: R E DAÇ ÃO | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO
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ealizada entre os dias 16 e 20 de outubro, no Centro de Convenções do São Paulo Expo, a Fenatran 2017 reuniu cerca de 350 marcas nacionais e internacionais em uma área de exposição de 82 mil m². Promovida pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, é uma iniciativa da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e da NTC & Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) com o apoio da ANFIR (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários). Neste ano, a Movimat – 32ª edição do Salão Internacional da Logística Integrada – aconteceu simultaneamente no mesmo local de exposições da Fenatran 2017. O evento ainda contou com a Rodada de Negócios, promovida pela ANFIR em conjunto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que teve a presença de compradores de empresas da (o) Bolívia, Colômbia, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. NOVIDADES Volvo O primeiro caminhão autônomo já testado em uma operação real para o setor de transporte no Brasil esteve no estande da Volvo durante o evento. O VM Autônomo foi projetado para reduzir a praticamente zero as perdas de produtividade provocadas pelo pisoteamento de brotos na plantação de cana de açúcar. Conduzido autonomamente, sem a intervenção do motorista, o caminhão roda por si mesmo ao longo das linhas da plantação, sem passar por cima das soqueiras.
DAF A DAF mostrou seus caminhões inéditos para estrada de terra: os modelos XF 105 e CF85, frutos de investimentos de R$ 50 milhões. Os projetos criaram modelos capazes de aguentar a severidade de indústrias como a canavieira e de celulose do Brasil. Os dois modelos são equipados com motor PACCAR MX 13, de 12,9 litros. O CF85 com potência de 460 cv e o XF105 de 520 cv. Entre os destaques dos novos veículos está a tecnologia Hill Start Raid, botão que auxilia na partida dos caminhões em ângulos difíceis de rampa.
MAN A Volkswagen Caminhões e Ônibus apresentou o primeiro caminhão 100% elétrico totalmente desenvolvido no Brasil, em exposição em seu estande. O e-Delivery foi projetado para entregas urbanas, tem autonomia de até 200 quilômetros e esteve disponível nos modelos de 9 e 11 toneladas. A MAN também mostrou as novas versões da família Delivery. Além do elétrico e-Delivery, levou versões que vão de 3,5 a 13 toneladas, como Delivery Express, sob medida para entregas urbanas e os Deliverys 4.150, 6.160, 9.170, 11.180 e 13.180.
Ford Com modelos que procuram desmistificar a tecnologia do futuro para veículos pesados, o estande trouxe 13 veículos divididos em três setores e identificados por cores: azuis são modelos de linha; brancos, os modelos vocacionais e os vermelhos, protótipos e show trucks. Nessa última categoria, entre os destaques estava o Cargo Connect. Os visitantes conheceram os caminhões como o Cargo 816 e Cargo 1119, o médio Cargo 1519, os pesados Cargo 2429 Torqshift e Cargo 1933 Torqshift e o
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FENATRAN 2017 extrapesado Cargo 2842.
Mercedes-Benz A Mercedes-Benz lançou sua linha de caminhões 2018 com quase 30 novos recursos de tecnologia, conforto, segurança, desempenho e economia para as famílias Accelo, Atego, Axor e Actros. Um dos destaques apresentados foi o Actros Série Especial, uma edição limitada de 21 unidades do top de linha da marca que ganha design “retrô” inspirado nos clássicos caminhões L-1111 e L-1113 das décadas de 1960 e 1970, os mais vendidos no Brasil em todos os tempos.
Scania Entre outros destaques estavam o caminhão Heavy Tipper, pesado com foco na indústria de mineração, e o Super Rodotrem de 11 eixos, capacidade de 91 toneladas e 620 cv. Além disto, a Scania deu atenção também para o seu leque de serviços conectados, com os chamados Planos Flexíveis que informam o momento ideal para a manutenção. A montadora igualmente lançou novos motores para as linhas rodoviárias, de 450 e 510 cv, garantindo economia de até 5% no consumo de combustíveis.
Iveco A marca, que completa 20 anos de operação no País, apresentou na feira novas opções dos caminhões nas linhas Daily e Tector, séries personalizadas da Daily e do Hi-Way, modelo extra-pesado premium da marca. A nova Daily City 30S13 chega nas versões chassi cabine e furgão, pronta para atender o mercado de cargas fracionadas em centros urbanos com restrições de circulação. O modelo estará à venda a partir do primeiro trimestre de 2018. Continental A Continental exibiu a plataforma digital de monitoramento de pneus ContiConnect™. A tecnologia pioneira desenvolvida pela empresa alemã torna as frotas comerciais mais seguras, mais eficientes e inteligentes ao permitir que os gestores monitorem, a partir de único portal, os dados de pressão e temperatura dos pneus de todos os veículos no momento do retorno ao pátio. O ContiConnect™ traz benefícios diretos à economia de combustível e ao aumento da vida útil dos pneus graças ao monitoramento constante da pressão. Peugeot A montadora lançou a nova fase do Total Care, o Total Care Pro, com atrativos especiais para donos de utilitários, como o consultor de veículos, garantia do veículo lavado pós-revisão e possibilidade de pagamento de parcelas por boletos. A Peugeot exibiu toda sua linha de veículos comerciais: o furgão Expert, construído na mesma base do SUV Peugeot 3008, que foi comercializado durante o evento em condições especiais, a R$ 79.990. Para cargas maiores, a nova Boxer prevista para 2018 tem capacidade para 2.700 kg. Cummins Durante o evento, a Cummins Brasil apresentou sistemas de dados digitais já disponíveis no mercado brasileiro, além de soluções conectadas que antecipam o futuro, demostrando domínio do uso da tecnologia a favor dos seus clientes. Dentro das soluções conectadas Cummins, a telemetria chega ao País como um moderno sistema de informações via wireless para diagnóstico imediato do motor. As análises permitem diagnóstico de falhas a distância, com recomendações Cummins sobre as operações do veículo. Meritor A empresa, que participou pela primeira vez deste importante evento do setor de transporte de cargas, lançou sua nova geração de eixos traseiros trativos: os MS-10X e MS-11X desenvolvidos especialmente para operações mais leves de transporte. Estas duas opções chegam para complementar a família de eixos de última geração, como os modelos MS-14X, MS-17X e MS-18X. Além destas novidades, foi apresentado o novo Cubo Unitizado com projeto desenvolvido pela Meritor.
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FENATRAN 2017 Mobil Na ocasião, a marca destacou seus mais recentes lançamentos, o Mobil Delvac Evolution e o Mobil Delvac Utilitário. O Mobil Delvac Evolution é o primeiro lubrificante com API CK-4 no Brasil. Voltado para motores a diesel, sua avançada tecnologia aponta o que há de mais moderno em óleos lubrificantes no mercado, trazendo ao País uma tendência internacional de alta performance, proteção e tecnologia. E o Mobil Delvac Utilitário é o primeiro lubrificante especialmente desenvolvido para veículos utilitários de cargas, os VUCs.
Randon Presente em todas as edições anteriores, a Randon S.A – Divisão Implementos chegou renovada à Fenatran 2017, com sua linha de basculantes, graneleiros, siders, tanques e bases para contêiner. Da mesma forma, as autopeças – Master, Suspensys, JOST e Fras-le – mostraram novidades. O Banco Randon e a Randon Consórcios, através do Consórcio Nacional Randon, também marcaram presença para oferecer suporte financeiro aos clientes.
Wabco A WABCO demonstrou sua contínua liderança em tecnologia, apresentando soluções que dão suporte
a sistemas inteligentes de caminhões, ônibus e semirreboques. Um dos destaques foi o sistema avançado de frenagem de emergência OnGuardMAX, com tecnologia inovadora que adiciona frenagem completa quando há veículos parados à frente; além disso, estimula a condução autônoma de veículos comerciais. O outro é o OnLaneASSIST, assistente ativo de monitoramento da faixa de rolagem, que é um passo além do sistema de alerta ao motorista. E mais o OnCity, tecnologia de ponta para ajudar a proteger pedestres e ciclistas no trânsito da cidade.
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MERCADO EM MOVIMENTO
| BALCÃO AUTOMOTIVO | OUTUBRO DE 2017 |
FUTURABILIDADE, O PRINCÍPIO ATIVO DE TUDO
“ FUTURO QUE INSPIRA”
“A RELIGIÃO DO FUTURO SERÁ CÓSMICA E TRANSCENDERÁ UM DEUS PESSOAL, EVITANDO OS DOGMAS E A TEOLOGIA”
(EISNTEIN)
T
enho refletido em palestras e rodas nutritivas de ideias o tema “Futurabilidade, o princípio ativo de tudo”, desde 2013. Não há como não tratar e discutir sobre o ambiente de mega mudanças e mega tendências que envolve toda a cadeia alimentar. Busco oferecer uma visão do “futuro que inspira” e não o futuro que amedronta e inibe. O foco é lembrar o ser humano, em diversas atividades, que talvez, nunca tenha sido tão fácil para a humanidade lidar com tantas mudanças, apesar do desconforto, desespero de uns e oportunismo de outros.
O seu lugar privilegiado é se colocar na interface de tudo o que é artificial, com seus princípios, valores e significados simbólicos, sentido e propósito que sempre serão as vias estáveis de toda a evolução humana, já quem sem isso nada tem razão de ser. Nas palestras e diálogos abertos em que participo, tenho abordado com sensibilidade os conflitos e inseguranças gerados com o presente crescimento exponencial, entre pessoas e líderes, que estão atabalhoados no olho do furacão desta quarta revolução industrial e as mudanças estruturais em andamento, como também as mudanças sociais.
Como profissional de comunicação, ligado em informação e produção de conteúdo da mídia tradicional e digital e, ao mesmo tempo, inserido em processos de comunicação da cultura e saber corporativo, meu papel é o de contextualizar o papel do ser humano dentro das mudanças, como um agente e também um beneficiário. Enquanto tudo muda e cresce exponencialmente o volume de “coisas” e soluções a partir da matriz tecnológica, o ser humano não deixará sua linearidade, e aí deve morar seu conforto. Não precisa ter pressa só porque a indústria está acelerada.
Um novo jeito de viver, consumir, possuir, se relacionar, vem rapidamente se consolidando neste novo ambiente, que embora complexo, é rico em possibilidades e interações humanas produtivas. O impacto em todas as atividades profissionais, negócios, organizações e sociedade, como nunca se viu antes é o que de mais positivo a humanidade já assistiu, pois inclui, por sua natureza, todos. E desta vez terá de incluir. O futuro da vida, do trabalho e dos negócios é a tríade desta reflexão que inspira, provoca e aponta a direção para um futuro que reside no agora. E que será melhor do que todo o passado que não resida na nossa nostalgia...
| Por: Irineu Toledo, Jornalista, radialista, autor do livro “Feliz Dia Novo” (Matrix) e co-autor do livro “Acertar é Humano”. Lançou o best seller “Insight, de Daniel Carvalho Luz e atua como facilitador, mediador e palestrante inspiracional em eventos corporativos há mais de 20 anos.
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Software que possibilita análises, extração de mailings e gravação das ligações Gerenciamento de sites e mídias sociais
Projetos gráficos e editoriais: catálogos, mala-diretas, folders, cartazes, encartes e embalagens Digital: web design, catálogo digital, e-mail mkt e banners
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ENTRE VISTA
P O R: S I LV I O R O C H A | F OTO: D I V U LG AÇ ÃO
| BALCÃO AUTOMOTIVO | OUTUBRO DE 2017 |
MRA-AUTOMOTIVE APRESENTA MODELO DE NEGÓCIOS MARCELO ROSA, SÓCIO DA EMPRESA, FALA SOBRE OS OBJETIVOS E INVESTIMENTOS NO SETOR Fundada há um pouco mais de um ano, a MRA tem se destacado no mercado pelo serviço diferenciado que presta e por ser uma solução para as empresas do segmento através de uma metodologia efetiva que traz resultados. Em entrevista, Marcelo Rosa, sócio da MRA, revela mais sobre os planos da empresa no setor automotivo. Jornal Balcão Automotivo: Para começar, comente a respeito da empresa e dos seus objetivos no setor. Marcelo Rosa: A MRA é uma empresa de gestão comercial, cujo objetivo é compartilhar totalmente o departamento de Vendas e Marketing de indústrias de autopeças, desde a concepção da estratégia de negócios até a sua execução, administrando o dia a dia das atividades comerciais e do pósvendas. Com isto, permitimos que a indústria se dedique à sua atividade-fim, que é o foco no produto, redução de custos e logística, aumentando assim a sua produtividade. Por outro lado, nossos parceiros de negócios passam a contar com uma equipe especializada, formada por profissionais de larga experiência no mercado, passam a fazer parte de um portfólio de produtos que se complementam, uma estrutura de backoffice com atendimento ao cliente, marketing de produto, trade market, comunicação, vendedores regionais, assessoria de imprensa que sozinhas, ou não teriam acesso ou custaria muito caro. Até onde temos conhecimento, é um modelo inovador e disruptivo, em que o resultado de todas estas ações é permitir que a indústria aumente seu faturamento e sua posição no segmento com o passar do tempo. JBA: Discorra sobre o modelo de gestão de negócio e os serviços que oferecem. MR: Nosso modelo de negócio é inovador e, em nossa proposta de ação, contamos com os diferenciais: atuar nos segmentos OEM e de reposição, no Brasil e na América Latina; prestar serviços para a indústria de componentes automotivos na área de estratégia e gestão comercial; disponibilizar equipe especializada em várias áreas relacionadas à atividade comercial, no entanto, sem os custos de manutenção que essa estrutura envolve no exemplo convencional; propor e implementar as estratégias de marca e produtos dos parceiros de negócios; contar com portfólio variado e complementar, onde todos os parceiros de negócios ganham poder de negociação por conta da “força do pacote”, e gerenciar as ações de comunicação, participar de eventos e implementar campanhas de trade market. JBA: Fale sobre a atuação dos sócios dentro do contexto de negócios da MRA. MR: Os sócios majoritários são eu e Mario Morelli. Porém optamos por um modelo de estrutura em que todos os colaboradores podem tornar-se associados da empresa, vem daí M (Morelli), R (Rosa) e A de associados. Após um período inicial de adaptação e experiência, o colaborador, mediante meritocracia pode se tornar um associado e subir de posição até torna-se um associado sênior, onde passa a integrar nossa
diretoria. E optamos por convidar pessoas que, além de terem larga experiência no mercado e terem trabalhado em grandes corporações, procuramos trazer também pessoas de outros setores, para nos auxiliar a implementar práticas inovadoras em nosso segmento. JBA: Conte mais sobre os clientes da empresa. MR: Iniciamos nossas atividades em pouco mais de um ano e já dobramos de tamanho. Hoje temos cinco indústrias na reposição: AxleTech International fabricante mundial de eixos diferenciais e componentes para caminhões com especialidades, veículos militares e máquinas fora-estrada utilizadas nos mercados de construção, manuseio de materiais, silvicultura, mineração e agricultura. GE Lighting, fabricante global de Iluminação automotiva que fornece ao setor produtos como lâmpadas halógenas para faróis e lâmpadas de sinalização. MecPar, empresa com sede em Matão (SP), que produz componentes para cardans e semieixos da marca Durex. Sadar, companhia argentina, especializada e dedicada à produção de amortecedores para o mercado de veículos pesados. E, no fim de 2016, a empresa Freios Piloto começou a contar com a estrutura e expertise da MRA Automotive. Já no OEM/Tier1, contamos hoje com duas indústrias as quais estamos desenvolvendo produtos para uma montadora e um sistemista. JBA: Quais os segmentos de atuação da empresa e a quem se destina seus serviços? MR: Somos a alternativa para empresas que buscam acessar o mercado automotivo, seja Aftermarket ou OEM, através de equipe especializada, baixo custo fixo e variável conforme desempenho comercial. Somos uma boa alternativa para companhias que atuam no segmento OEM e não atuam no Aftermarket; empresas que estão fora do Brasil e querem entrar no setor; companhias que têm uma marca de produtos e querem lançar uma segunda e não conflitar com a mesma equipe de vendas e empresas que são atuantes no mercado, porém precisam de uma realavancagem comercial. Hoje estamos atuando com bom desempenho na linha pesada, mas a partir de janeiro, teremos mais 3 linhas de componentes com foco no setor de leves. Nossa sede é na grande São Paulo e temos escritórios regionais em Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Goiânia, Rio de Janeiro, Cuiabá e interior do estado de São Paulo, mais de 20 colaboradores, carteira com mais de 500 distribuidores no Brasil e na América Latina. A MRA Automotive está pronta para agregar valor para seus parceiros de negócios, posicionar adequadamente marcas, produtos e gerar excelentes resultados. JBA: Disserte mais sobre as ações e iniciativas que a empresa tem feito no setor, como a primeira convenção de vendas no ano passado. MR: A convenção foi uma oportunidade de compartilhar com as equipes de todo o Brasil o que aqui chamamos de “modelo MRA”. O time precisa estar alinhado, compreender nosso
negócio, objetivos e o que é esperado de cada um, sobretudo porque tratamos de diferentes marcas. Em 2018 lançaremos um app que será utilizado para treinamento de nossa equipe de vendas, com informações técnicas, brochuras, catálogos e respostas para perguntas frequentes. E dedicamos muitos esforços em ações de comunicação e de trade para nossos clientes, a fim de construir uma rede sólida e também abrir novos canais de vendas. JBA: Como foi participar da Automec e também da Autonor em 2017? MR: As duas feiras são marcas no nosso segmento. Com pouco mais de um ano de vida, foi um desafio, mas totalmente compensado nos dias de eventos. Essas edições foram grande sucesso, ficamos muito satisfeitos com os resultados. Tivemos a oportunidade de fazer lançamentos, fizemos importantes negócios para nossos clientes. Além disso foi uma grande conquista reunir cinco indústrias e a MRA em um único estande. Um sinal positivo do que vem pela frente. JBA: Comente a respeito de como está sendo o ano para a empresa e quais as expectativas para o fechamento de 2017. MR: 2017 é um ano de clara retomada, ainda mais para nós, uma empresa jovem, com pessoas jovens (nossa idade média é de 34 anos) e que estão em adaptação em um novo modelo de negócios e filosofia. A realidade é clara, é necessário fazer mais com margens menores. A eficiência, a produtividade e sobretudo entender o que o cliente quer e ajudá-lo a ganhar e vender não são mais desejos, são necessidades. Conosco não é diferente, nos preparamos para essa realidade, alguns projetos levam um pouco mais de tempo para dar resultado, mas estamos evoluindo rápido. Resumidamente diria que 2017 foi um ano de maturação e de plantio para a MRA. 2018 será o ano da colheita, para nós e, consequentemente, para nossas indústrias. JBA: Para finalizar, quais os investimentos e projetos que a MRA tem em vista? MR: O ano de 2017 está sendo muito importante em investimentos. Entramos nesse ano adquirindo o sistema TOTVS com o objetivo de melhorar a comunicação sistêmica entre nós e as indústrias e com a equipe de vendas. Lançaremos um app no ano que vem que será utilizado para treinamento de nossa equipe de vendas, com informações técnicas, brochuras, catálogos e respostas para perguntas frequentes. Ainda como investimento estaremos nas feiras Autopar, Autop e Automechanika em Frankfurt. Além disso estamos prevendo a contratação de profissionais de gestão, técnicos e de produtos, além de ampliação de nossos escritórios regionais no Brasil e implementação de escritórios regionais na América do Sul.
CA D E R N O E S P EC I A L BA LCÃO N O R D E ST E AU TO M OT I VO | E D I ÇÃO O U T U B R O D E 20 1 7
TERMÔMETRO NORDESTINO Com mercado promissor, região tem boas perspectivas de crescimento e investimentos | T E X TO: S I M O N E K Ü H L | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO
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mercado Nordestino viveu um grande boom econômico entre os anos de 2009 e 2011, o que favoreceu o incremento de veículos novos em sua frota. Segundo Alexandre Costa, consultor Técnico da Alpha Consultoria, só em Pernambuco, terceira maior frota do Nordeste, atrás da Bahia e Ceará, houve um incremento de mais de 400 mil veículos, entre motos, automóveis e caminhões novos nesse período, o que causou grande impacto no setor, trazendo oportunidades de negócio para as empresas. Mesmo com a desaceleração da venda de veículos novos, o setor de reposição automotiva nordestino
se mantém da frota instalada, que hoje passa dos 16 milhões de unidades. Além disso, ele explica que outros fatores contribuem para o bom momento do segmento de autopeças na região Nordeste, como por exemplo, o fato de 30% da frota da região ser composta por veículos entre 5 e 10 anos, o que é bom para a venda de autopeças, pois eles nessa faixa de idade exigem a substituição de diversos componentes. “Há ainda o fenômeno da evasão dos clientes das concessionárias no período de cobertura da garantia de fábrica. Isso agrega uma base considerável de clientes que antes não era atendida pelo setor”, aponta. Tendências de crescimento Ainda de acordo com o consultor, a tendência é a manutenção do crescimento no setor. “Mesmo com a redução da capacidade de compra do cliente, as oportunidades estarão nos novos modelos que foram lançados no País nos últimos cinco anos e que agora estão saindo da garantia e entrando no mercado de reposição”, afirma.
Alexandre Costa, da Alpha Consultoria
“Os modelos como Chevrolet Onix, Hyundai HB20, Jeep Renegade entre outros, possuem grande volume de vendas e, com certeza, terão impacto no mercado local, gerando novas oportunidades de negócio para as empresas do setor”, exemplifica.
Claudia Bezerra,
do Grupo Bezerra Oliveira
Vendas na região Para Claudia Bezerra, diretora Financeira do Grupo Bezerra Oliveira, de Fortaleza (CE) e filiais nos estados: Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte, apesar do ano ter sido difícil, por tudo que vivemos politicamente e economicamente, a empresa conseguiu desenvolver um trabalho para manter um faturamento saudável. “A inadimplência foi um ponto preocupante, em que tivemos que ter um controle financeiro ainda maior, para não afetar nosso fluxo de caixa”, conta. Já para Diogo Leandro, gestor de operações da Dampeças, de Recife (PE) e filiais nos estados: Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte e Maranhão, a
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Diogo Leandro, da Dampeças
empresa está colhendo os frutos dos investimentos feitos no ano passado em estrutura e capacitação de lideranças. “Há um movimento de retomada da economia com crescimento em praticamente todos os indicadores e isso torna o consumidor mais confiante. Com essa confiança em alta toda a cadeia logística é beneficiada: O cliente passa a comprar mais, o que nos obriga a fortalecer os estoques, o que impacta diretamente no aumento da produção dos nossos fornecedores”, ressalta.
"Mesmo com a redução da capacidade de compra do cliente, AS OPORTUNIDADES ESTARÃO NOS NOVOS MODELOS QUE FORAM LANÇADOS NO PAÍS NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS e que agora estão saindo da garantia e entrando no mercado de reposição” Alexandre Costa,
consultor Técnico da Alpha Consultoria
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Luis Trindade, gerente Geral da O Baratão Autopeças, de Salvador (BA), destaca que foi possível ver uma melhora em relação ao ano passado já no primeiro semestre. “Agora no começo do segundo, sentimos uma estabilizada, onde acho que deve alavancar a partir de novembro com a proximidade do final de ano”, reflete. Na Auto Norte, de Recife (PE), que também tem filiais nos estados; Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, Gustavo Monteiro, diretor Comercial, conta
Luis Trindade, da O Baratão Autopeças
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2017 com crescimento”, garante Leandro Machado, gerente Comercial. Renan Tavares, da área de vendas da Auto Peças e Acessórios Macedo, de Aracaju (SE), enfatiza que este ano surpreendeu de uma maneira muito positiva. “A crise política e econômica que o País enfrenta atrapalhou, porém foi possível contornar a situação através de um bom planejamento e organização do setor de vendas”, informa.
Expectativas e investimentos
Gustavo Monteiro, da Auto Norte
que a meta estabelecida no início do ano está sendo fechada. “Observamos uma oscilação muito forte na venda apresentada neste ano, porém no fechamento estamos atingindo o objetivo definido”. Realidade essa também vivenciada na Auto Peças Padre Cícero, de Fortaleza (Ce), e em sua filial no estado do Piauí. “Não temos do que reclamar, o ano está bom tanto para as nossas vendas no atacado, como no varejo. Apesar de muitos altos e baixos, vamos fechar
A diretora Financeira do Grupo Bezerra Oliveira comenta que até o final do ano a empresa estará atingindo percentualmente o faturamento projetado, porém com uma margem mais reduzida. “Estamos também estudando a implantação de mais uma filial numa região que já comercializamos. A nossa expectativa para 2018 é que seja um ano mais próspero, embora sendo período de eleição, normalmente afeta a nossa economia. Esperamos que o PIB dê uma elevada, o governo incentive o consumo e que a tão sonhada reforma tributária seja finalmente uma realidade, o que aliviaria a carga tributária das pessoas jurídicas e físicas”, completa.
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Para a Dampeças, a projeção é desse segundo semestre ser melhor que o primeiro. “Isso nos aponta para um fechamento de ano cravando os objetivos traçados. Para 2018, a estratégia está no fortalecimento das nossas filiais e no aumento no portfólio nas linhas que já possuímos”, comenta Diogo Leandro. De acordo com Trindade da loja O Baratão, os comerciantes da região possuem expectativas positivas para o fechamento do ano também. “E, para
Leandro Machado, da Padre Cícero
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na inadimplência. Esses fatores são fundamentais para melhorar a confiança em toda cadeia do nosso segmento”, pontua. Além disto, a empresa pretende dar continuidade em seu projeto de expansão e abrir mais um ponto de venda no primeiro semestre de 2018.
Renan Tavares, da Auto Peças e Acessórios Macedo
2018, por ser um período de eleição, a percepção é que será bem melhor que os três últimos anos”, acredita. Perspectiva essa também defendida por Gustavo, da Auto Norte. “Para 2018 as expectativas são boas visto que estamos observando uma recuperação de mercado e um equilíbrio melhor
Leandro Machado, da Padre Cícero, adianta que a empresa espera abrir mais uma filial na capital cearense este ano. “E mantendo esse ritmo temos como projeto abrir um centro de distribuição em Teresina (PI) no primeiro trimestre de 2018”, revela. Com esse mesmo propósito caminha a Auto Peças Macedo. “Iremos ter um bom ano, porém o melhor até o momento para nós foi o ano de 2014. Em 2018, pretendemos expandir abrindo mais uma loja, indo para cinco, essa talvez no interior do estado”, conclui Tavares.
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TÉCNICA
Foto: Divulgação
O suporte que você precisa na hora da aplicação.
QUANDO TROCAR OU USINAR A BIELA? METROLOGIA
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ara você saber se é necessário usinar ou substituir a biela, primeiro tenha certeza de que na etapa de desmontagem do motor a peça foi retirada corretamente e lavada de forma apropriada. A seguir, faça a metrologia como foi ensinada nas edições anteriores.
A análise visual ajudará a verificar se há marcas e batidas no corpo da biela e na região do alojamento das bronzinas. Caso exista bucha, ela não pode ser reaproveitada. Após retirá-la, meça o alojamento da bucha de biela, com auxílio de um súbito, verificando sua interferência e/ou deformação. Se atender às especificações, o próximo passo é identificar qual bucha se aplica ao dimensional encontrado. No caso das bielas fixas no pino, que são colocadas a quente, faça uma análise antes com um gabarito, para se ter a certeza de que é possível montar um novo pino de pistão. Depois das duas análises, aperte a capa no corpo da biela e meça o diâmetro do alojamento das bronzinas. No caso de estar utilizando bielas convencionais, verifique a circularidade e, a seguir, a necessidade de retificar ou não as bielas. Fique atento! Verifique o alinhamento e a existência de marcas na lateral da biela utilizando o dispositivo apropriado. Agora vamos para a etapa da usinagem da biela. Mas antes, não se esqueça: substitua as bielas fraturadas sempre que houver deformação no alojamento da bronzina.
SIGA O PASSO A PASSO 1. Se na metrologia for verificado que não existem deformação e desgaste acima do recomendado no alojamento das bronzinas e bucha, para o reaproveitamento da biela é necessário que a capa e o corpo da biela sejam rebaixadas e a bucha substituída. 2. Agora, fixe novamente no corpo da biela à capa. Depois de apertados os parafusos com o torque recomendado, instale a biela na máquina para ser retificada. Faça a centralização da ferramenta de corte e usine a biela até seu alojamento atingir o diâmetro final dentro dos valores recomendados. 3. Para substituir a bucha, primeiramente verifique se ela é fornecida sob medida em relação ao seu diâmetro externo ou também interno. Depois, posicione a biela em uma prensa hidráulica e, com o auxílio de dispositivo específico para cada biela, aplique carga suficiente para a retirada da bucha velha.
4. Depois que o diâmetro final estiver correto, posicione a biela em uma prensa com o dispositivo adequado para a instalação da nova bucha. 5. Por último, meça o alojamento, e se estiver dentro dos valores recomendados, a substituição poderá ser realizada. Para usinar o alojamento, alinhe a biela à máquina, afie e centralize a ferramenta, fixando então a biela.
MUITO BOM! Agora você já sabe analisar e retificar bielas e buchas. Caso ainda tenha ficado alguma dúvida, fale com um especialista em motor. Ligue para a Potência TAKAO, ou acesse www.takao.com.br.
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TEXTO: REDAÇÃO | FOTOS: DIVULGAÇÃO
C U R TA S
Sebrae oferece curso de gestão
SSA-CE Treinamento de equipes chega ao 5º módulo
Os integrantes da Rede Unimotos, vinculada ao Sistema Sincopeças Assopeças Assomotos, participaram em outubro da "Capacitação de Gestão de Pessoas e Equipe - Na Medida", promovida pelo Sebrae, e que teve como instrutora a consultora Izabel Bandeira.
EXPO INDÚSTRIA MARANHÃO
DIA DA MICRO
e Pequena Empresa
O presidente do Sistema Sincopeças Assopeças Assomotos, Ranieri Leitão, recebeu homenagem do Sebrae-CE, em nome do setor de autopeças, motopeças, acessórios e reparação automotiva, por ocasião do Dia da Micro e Pequena Empresa, celebrado em 5 de outubro.
Está chegando a maior feira multissetorial da indústria e o Sindirepa-MA estará presente com uma programação inteiramente pensada no desenvolvimento do segmento de reparação automotiva do Maranhão. O evento acontecerá nos dias 8, 9 e 10 de novembro, no Multicenter Sebrae.
O curso "Treinando Equipes de Alta Performance" chegou ao quinto módulo no dia 24 de outubro. A cada semana é possível conhecer um novo tema e ter uma nova oportunidade de aprender com o coaching Alderi Sousa. As inscrições continuam abertas. Confira as datas e temas dos próximos módulos no site www.ssa-ce. com.br/agenda-de-cursos e participe.
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ARTIGO
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AUTONOR 2017 TEXTO: FLAVIO PORTELA*
*Palestrante e Executivo na SK Automotive, Formado em Administração de Empresas; Pós-graduado pela FGV-SP em “Inovação no Relacionamento Sustentável com Clientes”; Pós Graduado em “Gestão de Qualidade em Serviços” – UFPE/PE; MBA em Gestão de Negócios – Fundação Dom Cabral – SP
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m setembro passado aconteceu a Autonor, uma das maiores e mais importantes feiras do segmento de reposição de autopeças do Brasil. Nesta 9ª edição ela chegou à maioridade, com a certeza de que construiu importantes laços com todo o mercado nordestino partindo de Pernambuco, com relevante expressão no calendário nacional de eventos automotivos, através de fortes raízes trabalhadas ao longo dos anos, e acompanhando todas as transformações do setor. Em 2019, o evento completará duas décadas. Para os fabricantes de autopeças, foi um momento ímpar para aprensentar ao mercado automotivo de Pernambuco e dos estados vizinhos todas as tendências do segmento e oportunidades de negócios que transformam o nosso setor. O estado, pela sua forte característica logistica e a crescente frota que possui, se transformou em um importante polo de lançamento de veículos e autopeças, motivo este que fez a FCA instalar sua maior planta no mundo na cidade de Goiana (PE). A AutoNor 2017 teve as presenças das principais empresas formadoras de opinião do segmento automotivo dos estados de PE, AL, PB e RN. A participação em massa
de profissionais provenientes destas regiões fez com que este momento fosse “especial” em sua essência, pois com uma forte mistura de sotaques e características distintas de mercados, unificaram em Pernambuco o momento mais esperado do ano para o setor. Para se ter uma ideia, o segmento automotivo do Nordeste cresce na base de dois dígitos ao ano, mesmo em períodos econômicos e políticos desanimadores como os que passamos. Independentemente deste cenário, o nordestino permanece otimista e sempre disposto a se superar. Com o crescimento das exportações, a chegada do “Rota 2030” e com retomada das vendas de veículos 0 Km,
onde tudo começa, o setor pensa novamente em longo prazo e os reflexos acontecendo de maneira crescente em todo o mercado de reposição. A presença dos maiores e mais importantes fabricantes de autopeças e acessórios em Pernambuco no mês de setembro, acreditando na força do mercado de reposição nordestino, fez novamente o grande sucesso da Autonor. Passada a Feira, agora vamos fazer acontecer, o Brasil e o Nordeste precisam do segmento automotivo cada vez mais forte, para gerar empregos e desenvolvimento. Até mais!
PERNAMBUCO
EM DESTAQUE enquanto o País crescerá 0,7%. A atual composição do PIB estadual é a seguinte: (1) agropecuária com 4,8% de participação; (2) indústria com 21,9%; e (3) serviços com 73,3%. Os setores da indústria que mais se desenvolveram no estado em razão dos constantes investimentos foram: transformação de minerais, confecções, químico, petroquímico, farmacêutico, mobiliário, transporte e energia.
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estado de Pernambuco cobre a extensão territorial de 98.149,2km2, equivalente a 1,2% aproximadamente de todo o Brasil, com população residente em 2017 de 9,5 milhões de pessoas em 185 municípios, em 19 microrregiões. Microregiões de Pernambuco
A agricultura estadual baseia-se no cultivo de canade-açúcar, com variações em algumas mesorregiões do estado, com o plantio de flores na Zona da Mata e da fruticultura irrigada, especialmente na região de Petrolina, onde se produz uva, manga, melancia e banana. O estado também produz feijão, mandioca, cebola, milho e algodão. A pecuária, por sua vez, é composta por rebanhos bovinos e caprinos em quantidade próxima de 5 milhões de cabeças. Com 187 quilômetros de praia de areia fina e água esverdeada, o setor de serviços é impulsionado e responsável por 73,3% do PIB estadual. Outra parcela representativa vem do comércio.
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| T E X TO: S É R G I O D U Q U E* * Economista, pós-graduado em Marketing e professor universitário. Há 30 anos atua no mercado de reposição de autopeças
Quanto ao setor automotivo, calcula-se que no estado de Pernambuco serão consumidos 2,79% de toda a demanda de autopeças nacional, número muito próximo da frota circulante do estado, que representa 2,86% do País. Estes valores permitem concluir sobre a existência de um equilíbrio muito grande na relação de oferta e demanda de peças no estado, fator este que é corroborado pela importância do estado na região, tanto é que grande maioria dos distribuidores nacionais de autopeças mantém base na cidade do Recife, como alternativa de buscar favorecimento na competitividade logística de mercado. Por estudos de expectativa de consumo, no estado de Pernambuco serão gastos perto de R$ 140 milhões com peças e serviços automotivos neste ano. No quadro abaixo é possível conhecer a capacidade de demanda de autopeças por microrregião no estado: Estima-se que circulem 1,8 milhão de veículos em Pernambuco que, quando necessitam de reparação, se abastecem de peças em mais de 1,6 mil lojas e centros automotivos.
O estado se destaca pelo contínuo desenvolvimento econômico, especialmente por conta de suas indústrias que apresentam o segundo maior desempenho regional (perde apenas para a Bahia) e que contribuíram para que o PIB estadual crescesse mais de cinco vezes no período dos últimos 10 anos. O PIB de Pernambuco, que sofreu uma queda de -4,2% em 2016 em relação a 2015, em 2017 deverá atingir a marca de R$ 141,2 bilhões (10° do País), correspondendo a 2,6% do total do PIB brasileiro; no âmbito regional do nordeste essa participação foi de 18,8%, sendo a segunda maior, inferior apenas à Bahia (28,9%). Para a região a previsão é de que o PIB crescerá 2,0% neste ano,
Notas: (1) As mesoregiões são oficiais do IBGE; (2) Os cálculos de potencial são base de estudos técnicos da AUDATEC; (3) O número de pontos de negócios com autopeças incluí lojas de varejo, centros automotivos, retíficas de motores, autoelétricos. Não inclui postos de combustíveis e a base é o cadastro da RAIS do Ministério do Trabalho; (4) Gastos com peças e serviços são estimados com base em pesquisas de institutos especializados em estudos de bens variados e previstos para ocorrer em 2017, na ponta de consumo, ou seja, pelos proprietários de veículos.
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INDICATIVOS FEIR A
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