Revista do Veterinário PremieRpet® | 1ª Edição de 2020

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EDIÇÃO 01 | MARÇO 2020

a r e v i s ta d o v e t e r i n á r i o

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ENTERITES AGUDAS CANINAS

CHEGA DE

J EJ U M

Medicina Veterinária na Prática

PremieRpet® News

Entrevista

Enterites agudas caninas. Chega de jejum!

Inovação da PremieRpet® para a saúde intestinal de cães

Prof. Dr. Ricardo Duarte Especializado em Endocrinologia e SócioProprietário do All Care Vet

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sumário

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CARTA AO LEITOR

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MEDICINA VETERINÁRIA NA PRÁTICA Enterites agudas caninas. Chega de jejum!

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PREMIERPET NEWS Inovação da PremieRpet® para a saúde intestinal de cães


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ENTREVISTA Prof. Dr. Ricardo Duarte Especializado em Endocrinologia e Sรณcio-Proprietรกrio do All Care Vet

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EVENTOS

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Prezados leitores,

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Nesta 1ª edição de 2020 da Revista do Veterinário PremieRpet®, a Medicina Veterinária na Prática traz uma matéria sobre “Enterites agudas caninas. Chega de jejum!”, escrita pelo Prof. MSc. Fabio Alves Teixeira, que aborda vários aspectos relacionados com as gastroenterites agudas e mostra referências contrárias à prática do jejum alimentar. Além disso, a PremieRpet® News aborda o lançamento da linha Nutrição Clínica com o alimento PremieR Nutrição Clínica Gastrointestinal Cães. Na Entrevista, o Prof. Dr. Ricardo Duarte fala sobre como nasceu seu interesse pela Medicina Veterinária e sua trajetória na área de gastroenterologia. Desejamos a todos uma ótima leitura!

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medicina veterinária na prática

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medicina veterinária na prática

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ENTERITES AGUDAS CANINAS

CHEGA DE

J EJ U M CABE AO MÉDICO-VETERINÁRIO REALIZAR ADEQUADA AVALIAÇÃO E PRESCRIÇÃO NUTRICIONAL EM TODOS OS ATENDIMENTOS Prof. MSc. Fabio Alves Teixeira

Professor de Nutrição Aplicada a Pequenos Animais da Faculdade Anclivepa. Doutorando do Programa de Pós-graduação em Clínica Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP). Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Nutrição e Nutrologia de Cães e Gatos da Anclivepa. Membro e Fundador da Sociedade Brasileira de Nutrição e Nutrologia de Cães e Gatos do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal.


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As gastroenterites agudas são marcadas por manifestações gastroentéricas como diarreia, vômito, dores abdominais e borborigmos com duração de, aproximadamente, 7 a 14 dias (MARKS, 2013; GONÇALVES; SILVA, 2015).

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Várias podem ser as causas para esses quadros, desde alterações alimentares relacionadas a intolerâncias ou intoxicações, presença de alterações metabólicas ou agentes infecciosos e parasitários (GONÇALVES; SILVA, 2015). O adequado diagnóstico permite que o tratamento seja direcionado à causa de base, visto que algumas situações podem ser auto limitantes e sem grandes repercussões, porém outras podem causar alterações hemodinâmicas, eletrolíticas e no equilíbrio ácido-base. Independentemente do diagnóstico, geralmente o emprego de suporte com medicamentos antieméticos, analgésicos e fluidoterapia deve ser considerado em todos os pacientes, com o objetivo de minimizar o desconforto e evitar que situações como a desidratação grave piorem o prognóstico (HALL et al., 2013). Especial atenção deve ser destinada ao tratamento suporte, pois para muitas doenças que causam gastroenterites agudas, como a parvovirose, não há fármacos específicos. A parvovirose é um bom modelo de entendimento PremieRpet®

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das gastroenterites agudas por sua gravidade e dependência do adequado tratamento para garantir a diminuição nas taxas de mortalidade (VAN SCHOOR; SCHOEMAN, 2014). Estudos mostram que a taxa de mortalidade de pacientes com parvovirose canina pode variar de 9 a 90% de acordo com intensificação do tratamento suporte instituído (GLICKMAN et al., 1985; OTTO; DROBATZ; SOTER, 1997; OTTO et al., 2001). Em relação ao manejo nutricional dos pacientes com gastroenterites agudas, por muitos anos houve a indicação de que os animais deveriam ficar em jejum na expectativa de que o não fornecimento de alimento gerasse “descanso” ao aparelho digestório e facilitasse a sua recuperação. Entretanto, diversas pesquisas recentes deixam claro que os animais que, independentemente da doença de base, ficam em jejum tem piora do seu prognóstico. Isso já foi avaliado em indivíduos hospitalizados (REMILLARD et al., 2001; BRUNETTO et al., 2010), com pancreatite (MANSFIELD et al., 2011; HARRIS et al., 2017), peritonite (LIU; BROWN; SILVERSTEIN, 2012), e gastroenterite hemorrágica (WILL; NOLTE; ZENTEK, 2005), mais especificamente a parvovirose (MOHR et al., 2003; VAN SCHOOR; SCHOEMAN, 2014).


medicina veterinรกria na prรกtica

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Aparelho gastrointestinal de um cão adulto.

Na literatura foram encontrados dois estudos que avaliaram diretamente o impacto de alimentar ou não os animais com gastroenterites agudas. Inicialmente cães com parvovirose foram separados em um grupo de quinze animais que receberam alimentação via sonda nasogástrica, mesmo enquanto apresentavam vômito, e outro que foi mantido em jejum durante o início do tratamento, até que não houvesse mais episódios eméticos. No grupo que foi PremieRpet®

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alimentado, nenhum paciente veio a óbito; estes animais voltaram a aceitar alimentação espontaneamente, pararam de vomitar, produziram fezes normais mais rapidamente e apresentaram maior e constante ganho de peso em comparação ao grupo que foi mantido em jejum. Neste estudo, foi realizada avaliação indireta da integridade da barreira intestinal e percebeu-se que os cães em jejum tinham maior risco a translocação bacteriana, pela possibilidade de passagem de mais


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moléculas de alto peso molecular entre os enterócitos (modelo de translocação paracelular), em comparação aos animais alimentados (MOHR et al., 2003). A teoria de que é a desnutrição em si que atrapalha a adequada evolução dos animais com parvovirose foi aprimorada por Will e colaboradores (2005), que mostraram que animais que ficam sem receber alimento via trato gastrointestinal têm menor contagem

de leucócitos e maior mortalidade, em comparação aos cães com gastroenterite hemorrágica que receberam alimento por via oral. A diferença neste estudo é que os animais que não receberam alimentação por via oral foram mantidos sob nutrição parenteral, ou seja, fica claro que não é só a desnutrição em si que altera a resposta imunológica do animal, mas a ausência de alimento no trato gastrointestinal.

"NÃO É SÓ A DESNUTRIÇÃO EM SI QUE ALTERA A RESPOSTA IMUNOLÓGICA DO ANIMAL, MAS A AUSÊNCIA DE ALIMENTO NO TRATO GASTROINTESTINAL." A explicação para estes achados em cães vem de estudos que ressaltam que é a passagem de alimento pelo trato gastrointestinal a responsável por estimular a replicação celular, aumentando a mitose e a capacidade de adaptação tecidual às injúrias (ALTMANN, 1972; FELDMAN et al., 1976; JACOBS; TAYLOR; DOWLING, 2015).

Parvovírus

Todos estes achados de leucopenia (WILL; NOLTE; ZENTEK, 2005), menor peso e possíveis marcadores de lesão

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CONHECIMENTO

PARVOVIROSE Especial atenção deve ser destinada ao tratamento suporte desta doença que causa gastroenterite aguda.

TAXA DE MORTALIDADE

9 a 90% (GLICKMAN et al., 1985; OTTO; DROBATZ; SOTER, 1997; OTTO et al., 2001)

ANIMAIS QUE FORAM ALIMENTADOS

1.

Obtiveram constante ganho de peso

2.

Normalização das fezes

3.

Pararam de vomitar (MOHR et al., 2003)

intestinal (MOHR et al., 2003) observados nos cães com gastroenterites agudas foram considerados como fatores relacionados à piora do prognóstico dos animais com parvovirose (IRIS KALLI et al., 2010; SCHOEMAN; GODDARD; LEISEWITZ, 2013). Além desses, outros achados foram colocados como fatores de risco para piora da evolução dos quadros de parvovirose como a linfopenia, hipoalbuminemia, hipocolesterolemia e hipocitrulinemia (IRIS KALLI et al., 2010; SCHOEMAN; GODDARD; LEISEWITZ, 2013). Enquanto os três primeiros são ditos como marcadores de desnutrição (BUSH, 2004; ONG et al., 2014), a baixa concentração do aminoácido citrulina é vista como indicativo de diminuição da massa intestinal, a qual também pode ocorrer pela ausência de alimentação na luz intestinal (FELDMAN et al., 1976). Isso foi demonstrado quando cães que passaram por enterectomia foram separados em um grupo que recebeu apenas nutrição parenteral e um grupo que recebeu alimentação por via enteral. Aqueles que tiveram nutrientes passando pelo intestino apresentaram mais evidências de melhora na adaptação e integridade intestinal pós-cirúrgica marcada por maior capacidade de absorção de glicose; criptas intestinais mais profundas e vilosidades mais compridas; enzimas dos enterócitos mais funcionais; densidade celular e conteúdo


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proteico intracelular maior (FELDMAN et al., 1976). O papel da alimentação enteral não se limita exclusivamente ao nutriente passando pelo intestino. Estudos mostram que alguns produtos da secreção do aparelho digestório, como conteúdo biliar e pancreático, são fatores tróficos importantes para a manutenção e recuperação da saúde intestinal (ALTMANN, 1971; WILLIAMSON et al., 1978; ZIEGLER; EVANS; FERNANDEZESTIVARIZ, 2003), além de hormônios do trato gastrointestinal, como colecistoquinina e secretina (HUGHES; BATES; HERMON DOWLING, 1978), todos estes estimulados pelo ato de ingestão alimentar. A integridade intestinal é fator fundamental para o adequado funcionamento do sistema imune já que o trato gastrointestinal é visto como um dos principais sítios imunológicos do corpo. O chamado tecido linfoide associado ao intestino faz parte do sistema imune e compreende aproximadamente 70% do tecido linfoide do corpo (GARDEN, 2013). Logo, esses estímulos provenientes do momento da refeição são fundamentais para a saúde intestinal e a alimentação oral também parece ser especialmente importante para a manutenção da resposta imunológica. O estímulo que os antígenos ingeridos causam sobre

a mucosa intestinal atua como um mecanismo primário para geração de resposta imunológica secretória no próprio intestino, mas também em órgãos linfoides mais distantes. Os antígenos orais são apresentados às placas de Peyer, ali estimulam as células B que migram no organismo, alocam-se em diversos sítios secretórios e intensificam a produção de imunoglobulinas que atuam em diferentes secreções como saliva, lágrima, leite e bile, podendo inclusive atuar no intestino (ALVERDY; CHI; SHELDON, 1985). Pesquisadores que usaram ratos como modelo de estudo mostraram que mesmo indivíduos que receberam nutrição parenteral em quantidade suficiente para ganhar peso, tiveram menor concentração de imunoglobulinas biliares que ratos alimentados via trato gastrointestinal. Outro ponto interessante desse estudo é que após a reintrodução da alimentação enteral, a concentração de imunoglobulinas volta a aumentar, aproximando-se aos valores saudáveis (ALVERDY; CHI; SHELDON, 1985). Para os pacientes com gastroenterites agudas, no exemplo a parvovirose, é fundamental a adequada resposta imunológica, pois uma das possíveis causas de mortalidade é a translocação bacteriana e septicemia (SCHOEMAN; GODDARD; LEISEWITZ, 2013). Logo, manter estes animais em

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jejum não é indicado, visto que pode piorar o prognóstico do paciente.

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Além da piora de prognóstico na situação aguda, estudo que acompanhou cães com parvovirose mostrou que os animais que sobrevivem têm maior predisposição ao desenvolvimento de enteropatias crônicas (KILIAN et al., 2018). Isso pode estar associado ao aumento de permeabilidade que as gastroenterites agudas poderiam causar. Desta forma, pode-se inferir que, uma vez que os pacientes mantidos sem alimentação via trato gastrointestinal podem apresentar maior permeabilidade intestinal, esse inadequado aporte nutricional talvez tenha envolvimento no desenvolvimento de repercussões na saúde intestinal ao longo de toda a vida do indivíduo.

Por fim, o jejum tem efeito negativo sobre a permeabilidade e o microbioma intestinal, e não causa “descanso” do sistema digestório já que o intestino continua com motilidade. A alimentação enteral melhora o fluxo sanguíneo intestinal, nutre os enterócitos e auxilia na manutenção do sistema imune (CAVE, 2012; CHANDLER, 2018). Assim, prescrever jejum alimentar a cães com gastroenterite ou não se preocupar com a alimentação destes pacientes é grave negligência. E cabe ao médico-veterinário realizar adequada avaliação e prescrição nutricional em todos os atendimentos, a todos os seus pacientes.

"Os pacientes mantidos sem alimentação via trato gastrointestinal podem apresentar maior permeabilidade intestinal" PremieRpet®

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Inovação da para a saúde intestinal de cães MV Andressa Capelasso

O trato gastrointestinal é fundamental para a nutrição completa e adequada do animal, principalmente devido à capacidade absortiva e digestiva, ou seja, ele é responsável por obter dos alimentos ingeridos, os nutrientes essenciais para cada função do organismo(1). O sistema digestório é composto por um conjunto de órgãos cuja função é a digestão e absorção de nutrientes. Dentre eles, o intestino é o órgão com maior taxa de renovação celular e com grande impacto na função absortiva, o que torna de extrema importância manter o aporte nutricional para cães com doenças gastrointestinais. Embora os sinais clínicos sejam muitos semelhantes nos distúrbios gastrointestinais, como: vômito, PremieRpet®

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diarreia e anorexia, o diagnóstico diferencial de cada afecção é importante para o tratamento adequado(2). Em sua maioria, além do tratamento farmacológico, as doenças gastrointestinais são responsivas também à dieta coadjuvante, cujo objetivo é manter o aporte de nutrientes, melhorar a motilidade gastrointestinal e favorecer o crescimento de bactérias benéficas no intestino(3). Pensando em auxiliar na qualidade de vida desses cães e melhorar os sinais clínicos, a PremieRpet® desenvolveu o alimento PremieR Nutrição Clínica Gastrointestinal Cães. O alimento é indicado para todos os portes, para cães filhotes após o desmame e para cães adultos, com distúrbios gastrointestinais como


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megaesôfago, gastrites, má digestão, enteropatias agudas e crônicas, insuficiência pancreática exócrina, síndrome de má absorção, disbiose e colites. PremieR Nutrição Clínica Gastrointestinal Cães possui ingredientes de alta digestibilidade, que proporcionam melhor absorção de nutrientes; é rico em vitaminas do complexo B, que estão envolvidas diretamente no metabolismo energético e na síntese de carboidratos(2); possui combinação exclusiva de prebióticos (MOS, FOS e GOS) que estimulam de forma seletiva o crescimento e a atividade de bactérias benéficas no intestino; além da presença de fibras que regulam a taxa de passagem da digesta e a

motilidade intestinal e auxiliam na formação do bolo fecal. O alimento é encontrado nas apresentações de 2,0 kg e 10,1 kg para cães de pequeno porte e 10,1 kg para cães de médio e grande portes. Assim como os outros alimentos da linha PremieR Nutrição Clínica, possui o selo de 110% de satisfação, que garante devolução integral do valor da compra acrescido de 10% caso o consumidor não fique satisfeito. Referências: 1. CASE; L. P.; CAREY, D. P.; HIRAKAWA, D. A. Canine and Feline nutrition; a resource for companion animal professionals. 2 Ed. St. Luis, 2000. 2. CASE, L. P.; DARISTOTLE, L.; HAYEK, G. H.; RAASCH, M. F. Canine and Feline Nutrition. Missouri: Elsevier, 2011. p. 561. 3. BRUNETTO, M. A. Nutrição Clínica – Emergência e cuidados intensivos. Revista Clínica Veterinária, XIV (78), p. 41-46, 2009.


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VETERINÁRIO DESDE CEDO GASTROENTEROLOGIA EM VOGA: PROF. DR. RICARDO DUARTE, UM DOS GRANDES NOMES DA ÁREA Médico veterinário, mestre e doutor pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo – FMVZ/USP, o Prof. Dr. Ricardo Duarte acumula ampla experiência na área de medicina interna de pequenos animais, atuando principalmente em endocrinologia e gastroenterologia. Sócio-Fundador da Associação Brasileira de Endocrinologia Veterinária, atualmente ele se divide entre as áreas acadêmica, na FMU, e clínica, no All Care Vet. Nesta entrevista ele conta um pouco sobre sua experiência e compartilha seu ponto de vista sobre as especialidades.


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Como nasceu seu interesse pela medicina veterinária?

Na verdade, sempre quis ser veterinário. Uma vontade tão antiga que nem me lembro quando foi que virou a minha única opção. E eu sempre quis ser clínico, mesmo durante a faculdade, quando percebi que a atuação do médico veterinário é muito maior do que eu sabia.

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A especialização em gastroenterologia aconteceu em que momento? O que te motivou a seguir esse caminho?

Não existe uma especialização em gastroenterologia. A Anclivepa-SP tem um curso voltado para essa área, que já está na segunda turma, mas a especialidade ainda não é reconhecida pelo CFMV. Eu terminei meu mestrado e doutorado em Clínica Veterinária e meus estudos eram da área de endocrinologia. Ainda durante o trabalho no HOVET-USP, alguns colegas começaram a compartilhar casos de gastroenterologia, sendo bem honesto não sei por quê. Mas acabei gostando e comecei a me dedicar a estudar. Ver um cão ou gato sofrendo de uma doença que você conhece pouco é a pior coisa que o veterinário pode enfrentar. Então comecei a estudar mais, frequentar congressos e a vida foi por esse caminho.

Atualmente você se divide entre as áreas acadêmica e clínica, além de atender no All Care Vet. O que te desafia e te motiva nessa rotina?

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Creio que as duas coisas são complementares. Eu procuro fazer o que ensino e ensinar o que faço. Partindo disso, meu atendimento é bem marcado pela evidência científica. No All Care Vet, tive a oportunidade


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"Ver um cão ou gato sofrendo de uma doença que você conhece pouco é a pior coisa que o veterinário pode enfrentar. Então comecei a estudar, frequentar congressos e a vida foi por esse caminho"


entrevista

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de montar uma equipe coesa, que segue essa mesma conduta. Procuro basear a abordagem dos pacientes sempre à luz dos estudos, procurando individualizar ao máximo a terapia. A vida acadêmica me dá oportunidade de expandir essa ideia com os alunos.

Com base na sua ampla experiência clínica e como professor de graduação e pós, como avalia a mudança na formação e no perfil do médico veterinário com o desenvolvimento das especialidades nos últimos anos?

Creio que uma formação sólida em clínica médica ou cirúrgica deva vir antes. A residência é um caminho, mas não o único. Eu mesmo não fiz residência e inúmeros outros veterinários que admiro muito também não. Então, acho importante adquirir experiência, observar muitas vezes a mesma coisa. Às vezes, a gente quer aprender o que é diferente e o segredo é o oposto, o que precisa ser exercitado é a rotina, o que se faz todos os dias. Conhecer as doenças, como interagir com o tutor, aprender a estudar sozinho são características que vão permitir um melhor aprimoramento em determinada área. A maior parte dos casos que atendo não são doenças raras, simplesmente são casos comuns que vieram com uma carinha diferente.

Quais as perspectivas para o desenvolvimento da gastroenterologia nos próximos anos?

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Muitos clínicos demonstram o interesse em gastroenterologia atualmente. É uma área complexa, pois muitas manifestações clínicas de doenças do trato gastrointestinal podem ser decorrentes de afecções em outros órgãos. Felizmente, os


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"Procuro basear a abordagem dos pacientes sempre Ă luz dos estudos, procurando individualizar ao mĂĄximo a terapia."

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avanços da veterinária nessa área têm possibilitado diagnósticos mais precisos e, portanto, um desfecho melhor para o paciente. Portanto, a atualização constante continua sendo o aspecto mais importante. Muitos casos são definidos por meio do exame clínico. A partir daí, a escolha dos exames e tratamento adequados fica muito mais simples.

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Como você dimensiona o papel da nutrição para prevenção e tratamento de doenças do aparelho digestivo em cães e gatos?

A nutrição é fundamental e faz parte de praticamente todos os casos que atendemos. Sempre que eu posso escolher tratamento dietético ao invés de medicações, a dieta será a primeira opção. Conhecer as diversas opções de dietas terapêuticas do mercado e suas indicações é tão relevante quanto o conhecimento do uso apropriado de antibióticos ou quaisquer outras medicações.

Algo mais que queira destacar?

O clínico geral é muito importante. Ele faz a ponte entre o tutor e os especialistas, além de resolver a maioria dos casos. O clínico, assim como o "médico da família", não pode desaparecer, então acredito que os estudantes precisam ter em mente que a figura do clínico é de extrema importância na saúde pública, na orientação dos tutores, na prevenção, ou seja, não é necessário que todo mundo tenha uma especialidade. Há muitas maneiras diferentes de se fazer a mesma coisa.

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Novembro 06/11

14 a 16/11

Vet Talking PremieRpet®

Simpósio Internacional Avançado de Cardiopatias Congênitas e Arritmias

Mantendo seu formato dinâmico e inovador, a PremieRpet® apresentou, no Teatro XP Investimentos no Rio de Janeiro, a segunda edição de 2019 do Vet Talking, um evento destinado a profissionais da área de Medicina Veterinária no Brasil. Entre os palestrantes estavam: Prof. Dr. Aulus Carciofi, Prof. Dr. Archivaldo Reche, Profª. Drª. Denise Fantoni e o palestrante André Bello. O evento contou com a presença de 271 médicos veterinários.

PremieRpet®

a revista do veterinário 01/2020

Nos dias 14 a 16 de novembro, foi realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia Veterinária (SBCV), o Simpósio Internacional Avançado de Cardiopatias Congênitas e Arritmias, destinado a profissionais da área de cardiologia veterinária. O evento contou com o patrocínio da PremieRpet® e trouxe importantes nomes internacionais como: Dr. Romain Pariaut, da Universidade de Cornell, e Dr. John Rush, da Universidade de Ohio, que foram prestigiados por cerca de 200 pessoas.


eventos

Dezembro e Fevereiro 10 e 11/12

08/02

Vetschool

Sábado de Assistência à Saúde da Família (SASF)

Com o intuito de atualizar os médicos veterinários sobre as novidades na área de Dermatologia, a Dra. Flavia Care, com o patrocínio da PremieRpet®, promoveu o Curso Teórico-Prático de Atualização em Dermatologia Veterinária. O curso abordou temas como Dermatopatias alérgicas e Diagnóstico e Tratamento das Dermatopatias Autoimunes e foi ministrado na Vetschool, no Tatuapé, São Paulo.

Em sua 6ª edição, o SASF, evento organizado pelos residentes da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (FMVZ-USP) e realizado no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, contou com cerca de 500 pessoas. O evento objetiva a conscientização do público sobre a estreita relação entre a saúde dos animais de estimação e a qualidade dos alimentos de origem animal com a saúde da família. A PremieRpet® esteve presente no evento realizando orientação nutricional, avaliação do escore de condição corporal em cães e distribuindo amostras e brindes ao público.

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agenda


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