Revista Turbo - Turbo 454

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PEUGEOT 508 SW + VOLVO V60 · PORSCHE CAYENNE COUPÉ · AUDI S6 · 100 ANOS CITROËN

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PORTUGAL

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JULHO 2019

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3,99€ (CONTI.)

BMW SÉRIE 3 TOURING

DESFILEDE NOVIDADES

BMW

1 SÉRIEM E X4M CO V 510 C

AMG GT R PRO

MERCEDES-BENZ

O PEQUENO CLS EM ENSAIO COMPLETO

PUBLICAÇÃO MENSAL

CLA



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S U M Á R I O IGNIÇÃO

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BMW SÉRIE 1 AGORA COM TRAÇÃO À FRENTE

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BMW SÉRIE 3 TOURING GRANDE EVOLUÇÃO

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BMW X3M + X4M VERSÕES RADICAIS

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OPEL CORSA ELÉTRICO COM A CARA DA NOVA GAMA

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SKODA IV CHECOS ELÉTRICOS

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RENAULT ZOE RENOVAÇÃO MERECIDA

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JEEP NOVAS VERSÕES

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OPINIÃO MANUEL ROMÃO

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OPINIÃO JOAQUIM OLIVEIRA

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PORSCHE CAYENNE COUPÉ O SUV QUE FAZ SENTIDO

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JULHO 2019

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IPAD/IPHONE/ANDROID E NO FACEBOOK

AUDI S6 E S7 OS MAIS DESPORTIVOS

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MERCEDES E 300 HYBRID O DIESEL ELETRIFICADO

DS3 CROSSBACK CHARME EM FORMA DE SUV

CONDUÇÃO

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AMG GT R PRO SÓ PARA OS MELHORES

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COMPARATIVO PEUGEOT 508 SW OU VOLVO V60?

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MERCEDES CLA COUPÉ FORMA E FUNÇÃO

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VIAGEM TURBO PRAIAS FLUVIAIS DE CHORAR POR MAIS

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MERCADO

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CARROS NOVOS PREÇOS E CARATERÍSTICAS

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IMPOSTOS E OUTRAS INFORMAÇÕES ÚTEIS

GAMA SUV OPEL COM “X” DE AVENTURA

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100 ANOS CITROËN

DO 2CV AO C3 AIRCROSS

GUIÁMOS NESTA EDIÇÃO AMG GT R PRO PÁG. 48 AUDI S6 PÁG. 12 AUDI S7 PÁG. 12 BMW SERIE 1 PÁG. 12 BMW X3M PÁG. 22 BMW X4M PÁG. 22 CITROËN 2CV PÁG. 86 CITROËN C3 AIRCROSS PÁG. 86 DS3 CROSSBACK PÁG. 78 JEEP COMPASS PÁG. 38 JEEP CHEROKEE PÁG. 38 JEEP WRANGLER PÁG. 38 MERCEDES CLA COUPÉ PÁG. 66 MERCEDES E300 DE STATION PÁG. 74 OPEL CROSSLAND X PÁG. 94 OPEL GRANDLAND X PÁG. 94 OPEL MOKKA X PÁG. 94 PEUGEOT 508 SW PÁG. 58 PORSCHE CAYENNE COUPÉ PÁG. 6 RENAULT ZOE PÁG. 36 VOLVO V60 PÁG. 58

AS MEDIÇÕES DINÂMICAS DA TURBO SÃO REALIZADAS COM EQUIPAMENTO ADEQUADO, EM TOTAIS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E POR PROFISSIONAIS EXPERIENTES. NUNCA TENTE REPRODUZI-LAS PELOS SEUS MEIOS. PODERÁ COLOCAR EM RISCO A SUA INTEGRIDADE FÍSICA E A DE TERCEIROS.

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E D I T O R I A L

Júlio Santos DIRETOR

juliosantos@turbo.pt

VANTAGEM ASSINANTE

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nsioso por receber a sua Turbo? Temos excelentes novidades para si. Já a partir deste mês os assinantes da Turbo vão poder ler a sua revista no próprio dia em que encerramos a edição. Mais, ainda, será uma edição mais completa, com mais fotos, videos e conteúdos exclusivos. Os nossos assinantes receberão, grátis, um código, válido pelo período da assinatura em papel, que lhes permite descarregar a versão digital da Turbo a partir da Loja Android e da Apple Store. Desta forma, os nossos assinantes serão sempre os primeiros a ler a Turbo, contornando os inconvenientes ditados por uma distribuição postal cada vez mais imperfeita. Naturalmente que a edição digital não substitui a edição em papel que os nossos assinantes continuarão a receber. O que pretendemos é aproveitar as oportunidades da era digital, nomeadamente evitando os tempos de impressão e distribuição

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postal que quase sempre ultrapassa uma semana. Além disso, como dissemos, a edição digital receberá conteúdos exclusivos, incluindo atualizações sempre que tal se justifique (por exemplo, o lançamento de um dado modelo de inegável relevância ou um salão automóvel). A edição digital não determinará qualquer custo adicional para o assinante da edição em papel. Já quem decidir assinar exclusivamente a edição digital poderá fazê-lo por um preço inferior ao da edição em papel mas, como é natural, não receberá esta última. Mesmo sabendo que para muitos dos nossos assinantes nada substitui o prazer de folhear a Turbo - algo que muitos fazem com enorme devoção há quase 38 anos - acreditamos que é chegado o momento de aproveitarmos as oportunidades do mundo digital em que vivemos. Com vantagens para aqueles que são os leitores que mais admiramos: os nossos assinantes!



I G N I Ç Ã O

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PORSCHE

CAYENNE COUPÉ UMA HISTÓRIA DE SUCESSO

Ao lançar agora a versão Coupé para o Cayenne a Porsche lembra-nos que o que determina o sucesso de uma história não é a forma como ela começa mas sim como acaba. Acabe ou não aqui, a história do Cayenne é já fabulosa. Agora ainda mais Texto Júlio Santos em Graz

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IGNIÇÃO

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Porsche Cayenne Coupé recorda-nos que as histórias de sucesso começam sempre da mesma maneira: de forma simples. E lembra-nos, também, que as ideias geniais são as mais contestadas no início. Afinal, o óbvio raramente “faz caminho”. Ao olharmos o novo Cayenne lembramo-nos que a Porsche sempre contornou o óbvio; que sempre recusou aceitar que “está tudo inventado”. E quase em simultâneo recordamos, também, o sarcasmo com que foi recebida a primeira geração daquele que é um dos SUV mais desejados das últimas (quase) duas décadas, responsável, a par do Macan, por mais de metade da faturação da Porsche. Mas mesmo que o Porsche Cayenne nos lembra que numa história de sucesso o mais importante é a forma como ela acaba e não como começa, não conseguimos

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contornar a questão: porque é que o Cayenne não foi sempre assim? COUPÉ QUE FAZ SENTIDO A interrogação é uma penitência para aqueles que como nós achavam que a forma coupé não fazia sentido num SUV; faz! E um enorme elogio ao exercício de estilo que temos diante dos nossos olhos. “Fizemos o Cayenne Coupé para responder àquilo que os nossos clientes nos pediram” – diz Wolfgang Butscheck, responsável pelo Marketing dos SUV da Porsche. “Com o Cayenne Coupé vamos conseguir atrair aqueles que preferem uma silhueta ainda mais desportiva”. Porque este é um território onde as aparências contam, o ponto de partida foi a reformulação estilística levada ao limite daquilo que era possível fazer aproveitando a mesma estrutura, para não colocar em causa os custos do projeto. “Focámo-nos no desenho e em seguida

O QUE PRECISA SABER

COUPÉ

340 CV; 121 000€

COUPÉ S

450 CV; 137 000€

TURBO

550 CV; 201 000€

QUANDO?

JÁ À VENDA

na dinâmica da condução. Revimos as proporções aumentando ligeiramente o comprimento e a largura da via traseira (18 mm), ao mesmo tempo que reduzimos a altura do tejadilho em 20 milímetros”. O resultado… Magnífico! O Cayenne Coupé tem uma pose ainda mais dinâmica, poderosa, sobretudo quando está “calçado” com as imponentes jantes de 22 polegadas (de série na versão Turbo com o Pacote Sport). Na traseira, além da maior inclinação do pilar que acentua o perfil descendente do tejadilho, a novidade é a presença de um defletor ativo que se arma acima dos 90 km/h para aumentar a “downforce” e, assim, favorecer a estabilidade. Ainda a propósito do tejadilho estão disponíveis duas opções: em vidro, com uma superfície de 2,16 metros quadrados que proporciona uma notável luminosidade ao interior, ou em carbono, no caso do Pacote Sport, que acentua o caráter desportivo e reduz


DETALHES

A versão Coupé do Cayenne estreia o conceito de aerodinâmica ativa. Ao “spoiler” junto ao tejadilho junta-se um defletor retratil na tampa da bagageira que se arma automaticamente a partir dos 90 km/h

o peso, ditando um posicionamento ainda mais baixo do centro de gravidade. Também no habitáculo o Pacote Sport inclui elementos diferenciadores. Além das aplicações em carbono e do tejadilho e volante forrados a Alcantara, o destaque principal vai para os bancos revestidos em tecido de xadrez. O resultado visual é bastante positivo até porque empresta um ambiente muito informal ao interior do Cayenne Coupé, que continua a primar pela qualidade e pela disposição racional dos comandos que nos permitem aceder às infinitas funcionalidades de conectividade e apoio à condução. No entanto, o toque de génio surge na traseira, onde podemos optar por dois assentos individuais ou por um banco corrido para três ocupantes que beneficiam não apenas de muito espaço para as pernas, como não sentimos a sensação de claustrofobia típica dos coupé e, sobretudo, dos SUV com esta configu-

ração. Seja porque os bancos estão colocados numa posição 30 milímetros mais baixa do que acontece no Cayenne, ou porque o pilar traseiro tem uma posição menos inclinada do que é habitual, quem viaja na traseira tem uma visão periférica desafogada. O amplo espaço para pessoas e bagagem (625 litros de capacidade), tal como o

conforto exemplar, permanece inalterado face ao Cayenne, o mesmo acontecendo com os recursos tecnológicos destinados a potenciar o bem-estar a bordo, a segurança e o prazer de condução, com a maior parte dos dispositivos a poder ser operada a partir do “display” de alta-resolução com 12,3 polegadas ou através de comandos diretos muito intuitivos. PRECISÃO

A suspensão pneumática, o acerto irrepreensível do chassis e o efeito direcional das rodas traseiras conjugamse para uma dinâmica de alta precisão. Para que a dinâmica seja... Porsche!

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IGNIÇÃO

Embora ainda para este ano esteja previsto o lançamento de uma versão híbrida, por agora a oferta circunscreve-se aos motores a gasolina de 3.0 L V6 Turbo com 340 cv e 450 Nm de binário, V6 Biturbo de 2,9 L com 450 cv e 550 Nm e V8 Biturbo de 4.0 L com 550 cv e 770 Nm. A velocidade máxima é de 243 km/h para o primeiro, 263 km/h para o “S” e 286 km/h para o Turbo que acelera dos 0-100 km/h em 3,7 segs. Os preços variam entre os 121 mil euros para a versão de entrada, 137 mil euros para o Cayenne Coupé S e 201 mil euros para o Turbo Coupé. Em todos os casos é utilizada a caixa automática de oito velocidades (Tiptronic S) e a tração é integral permanente, com a gestão a cargo do sistema PTM que otimiza em permanência a distribuição do torque entre os dois eixos. Não menos importante para garantir um desempenho exemplar em todas as circunstância, o sistema de vectorização do binário distribui a força disponível entre as duas rodas do mesmo eixo, evitando perdas de tração. Mas este é “apenas” mais um contributo para a surpreendente agilidade deste SUV com 2,2 toneladas de peso e quase cinco metros de comprimento. Além do efeito direcional do eixo traseiro, também a suspensão pneumática (com amortecedores de camara tripla, em opção) desempenha um papel fundamen-

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tal, garantindo elevados níveis de conforto e uma dinâmica em total sintonia com aquilo que esperamos de um Porsche. Ou seja, uma capacidade de inserção em curva que incute total confiança e um controlo perfeito dos movimentos da carroçaria, sendo que neste caso o mérito vai para as barras estabilizadoras ativas (sistema PDCC). Em função da posição do acelerador e da inclinação da carroçaria são enviados para as barras estímulos elétricos que determinam o seu grau de endurecimento, fazendo com que em apenas milissegundos seja corrigida a tendência da carroçaria para se inclinar. Todos estes dispositivos estão ao dispor do condutor que pode parameterizar o seu funcionamento através do seletor circular localizado no volante que nos dá acesso três modos de condução (Normal, Sport e Sport Plus) que atuam sobre a cartografia do acelerador, timing de passagem de caixa, resposta da direção e amortecimento, sendo que, neste caso, existe a possibilidade de escolhermos o nível de desempenho dos amortecedores, independentemente do programa escolhido, através de um botão localizado na consola. Está ainda disponível a função Sport Response que durante 20 segundos nos oferece a máxima disponibilidade de potência. Em estrada o desempenho dinâmico é apaixonante

APROVADO

A alteração das proporções resulta numa aparência mais elegante que se conjuga com uma pose dinâmica que tem plena correspondência no desempenho. Pela primeira vez, a configuração Coupé faz sentido num SUV. Neste caso com o mérito adicional de não penalizar a habitabilidade e o bem-estar nos lugares traseiros

notando-se a posição de condução mais baixa o que acentua a vertente desportiva. No “S” e principalmente no “Turbo” (versões que conduzimos), a disponibilidade de potência é avassaladora mas é muito bem gerida pela eletrónica e pela caixa de velocidades, sendo importante referir que em todas as versões a velocidade máxima é obtida em sexta, com as duas últimas velocidades a privilegiarem a economia de combustível, o que explica os valores anunciados que variam entre os 9,4 L/100 km para o Coupé e Coupé S e os 11,4 L/100 km para o Turbo (média ponderada WLTP). Contributo importante é dado, também, pelo Start/ Stop que liga e desliga o motor de forma automática quando, por exemplo, nos aproximamos de um semáforo. Este sistema fica inativo quando escolhemos os modos de condução Sport e Sport Plus. Com uma aparência muito mais cativante e sem sacrificar o bem estar a bordo, como tantas vezes acontece nas configurações Coupé, esta nova variante de carroçaria do Cayenne é bem provável que venha liderar as vendas do Cayenne. Algo que não preocupa os responsáveis da marca até porque a sua produção não envolve, praticamente, custos adicionais e, ao mesmo tempo, o preço é, em média, 10 mil euros superior ao das versões equivalentes do Cayenne.


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