Nutrição:
aleitamento materno e alimentação adequada
O aleitamento materno é muito mais que nutrir a criança. Ele também é capaz de promover vínculo, afeto e proteção. A amamentação traz repercussões no estado nutricional da criança, na sua imunidade e capacidade de defender-se de infecções, contribui para o seu desenvolvimento cognitivo e emocional e tem impacto na sua saúde em longo prazo, como a diminuição das chances de desenvolver hipertensão arterial, colesterol alto e diabetes. Além disso, é uma estratégia econômica e eficaz para a redução da morbimortalidade infantil. A amamentação promove um momento de troca de olhares entre a mãe e a criança, além de poder fortalecer os vínculos afetivos entre esse binômio e toda a família que incentiva e apoia à amamentação. Essa relação com a amamentação, quando prazerosa, ou seja, realizada com afeto e confiança, proporciona a troca de sentimentos e gera a sensação de segurança e de proteção na criança. É importante reconhecer que para a
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amamentação acontecer, a rede social de apoio é essencial, auxiliando a mulher a dedicar tempo e atenção para esse momento. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde é de que o aleitamento materno deve ocorrer até os 2 anos de idade ou mais da criança, sendo exclusivamente até o 6° mês de vida. A partir dos 6 meses, deve ser introduzida a alimentação complementar saudável, com alimentos seguros, acessíveis e culturalmente aceitos na dieta da criança, sendo esse um dos direitos humanos fundamentais e importantes na prevenção de distúrbios nutricionais de grande impacto na saúde pública. A forma como os pais se comportam em relação à alimentação infantil pode gerar repercussões duradouras no comportamento alimentar dos seus filhos até a vida adulta.