Revista_AF_Priscila Souza

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Priscila Santana Souza Apresentação e Finalização Profº : Nelson Urssi 6º semestre - Turma B

Trabalho desenvolvido pela aluna Priscila Santana Souza para a disciplina de Apresentação e Finalização, ministrada pelo professor Nelson Urssi, do curso de Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário Senac.

Esta revista consiste na junção de diversas atividades feitas durante o semestre. Na capa podemos observar a ilustração que foi feita baseando-se na obra do Arquiteto João Batista Vilanova Artigas – onde pode-se encontrar também, nas páginas subsequentes, uma reportagem sobre uma de suas obras, o Edifício Louveira. Nas demais páginas da revista, encontramos uma marca Individual criada para a aluna e uma marca em grupo criada para a disciplina de Projeto Arquitetônico. Na sequência está a prancha desenvolvida para a matéria de Projeto Arquitetônico – Patrimônio anexo para o IPHAN e a prancha desenvolvida para o Semestrário, onde foi exibido o Exercício Gramatical 2 desenvolvido na disciplina de Paisagismo: Parque Regional.

O EDIFÍCIO E O DIÁLOGO COM O ENTORNO

O

Edifício Louveira, construído em 1946, se encontra em um bairro residencial de alto padrão (Higienópolis) situado na área de expansão central da cidade, em que despontava naquele momento a ocupação vertical. Foi projetado e construído por João Batista Vilanova Artigas (1915-1985) e Carlos Cascaldi, considerado o principal arquiteto da chamada Escola Paulista de arquitetura moderna.

(BRUAND, 1981, p. 295-296).

O projeto foi implantado em um terreno de esquina, com um lado voltado para a Praça Vilaboim e outro para a Rua Piauí. Composto por dois blocos paralelos que possuem sete e oito andares o Edifício possui um modo de implantação um tanto peculiar para a época.

No Edifício, as duas faixas retangulares centrais são preenchidas com vidro em todos os módulos da fachada do edifício. O sistema de abertura é tal que através de um sistema de contrapesos ambos painéis retangulares deslizem simultaneamente para cima e para baixo, resultando numa abertura hori-zontal central simétrica.

Foto por Pedro Kok.

Em vez de implantar os dois blocos com a fachada principal voltada para a praça, como seria esperado, Artigas alinhou-os com a rua Piauí, voltando suas fachadas laterais, com empenas cegas, para a Praça Vilaboim.

Como os dois blocos foram colocados lado a lado, paralelos, com uma distancia de vinte metros entre eles, formou-se um amplo espaço interno, criando um jardim que pode ser entendido como um local de convívio e prolongamento da praça lindeira. O jardim integra-se com os térreos em pilotis formando um pátio interno e configurando-se enquanto espaço semi-público.

A implantação dos blocos assim concebida fugiu ao tradicional bloco em “L”, com as principais fachadas voltadas para as duas ruas, que seria a solução mais comum nesse tipo de terreno.O afastamento de vinte metros foi adotado para que se cumprissem as posturas municipais, que exigiam que o pátio interno recebesse luz solar até mesmo no dia mais curto do ano, além de ter criado um pátio aberto assimilando a praça, ao contrário dos pátios fechados convencionais em uso na época.

No projeto de Artigas, o pátio interno ajardinado serve como local de permanência e área de circulação, tanto dos carros que ocupam os subsolos, como da suave rampa que interliga as duas torres através das portarias.

Os dois blocos foram colocados lado a lado, paralelos, com uma distancia de vinte metros entre eles, formando um amplo espaço interno e criando um jardim que pode ser entendido como um local de convívio e prolongamento da praça lindeira.

O edifício contem dois amplos apartamentos em cada andar, cada um com três quartos, sala para dois ambientes, um banheiro, cozinha e dependências de serviço. Estas encontram-se voltadas para a face Sul, protegidas por um corredor recoberto por vidros aramados.

Fotos por Nelson Kon

Os blocos, com sete e oito pavimentos-tipo cada, estão implantados em cotas diferentes do terreno - com o mais alto inserido na parte mais baixa do terreno, de modo que ambos têm a mesma altura final - e foram construídos sobre pilotis em estrutura de concreto armado independente.

Contém dois amplos apartamentos em cada andar, cada um com três quartos, sala para dois ambientes, um banheiro, cozinha e dependências de serviço. Estas encontram-se voltadas para a face Sul, protegidas por um corredor recoberto por vidros aramados. (GALESI, 2002, p. 210) Com os cômodos assim distribuídos, a composição das fachadas teve tratamentos diferenciados, sempre dentro da linguagem racionalista. As faces voltadas para a face Norte (pátio interno e Rua Piauí) têm um desenho em que se alternam faixas horizontais criadas pelos frisos aparentes das lajes e pelos panos dos caixilhos. Essas fachadas são divididas em três partes: uma central, composta por um pano de vidro correspondente às salas e aos terraços, ladeada por duas faixas compostas pelas janelas venezianas dos dormitórios (cuja movimentação se dá verticalmente através de contrapesos, recurso inaugurado por Artigas em suas residências), formando um interessante contraste.

As faces orientadas para o Sul (pátio interno e fundos do terreno), abrigam basicamente a cozinha e as circulações de serviços.

“Pensava-se o arquiteto como um humanista, capaz de (...) acompanhar o desenvolvimento da indústria paulista, intervindo no espaço urbano de forma racional e proporcionando um conjunto harmonioso.” (ARTIGAS, in XAVIER, 2003, p.218) Contrastando com os ambientes mais introvertidos assumidos muitas vezes pela escola paulista, o Louveira torno-se um símbolo dessa abertura possível da arquitetura ao domínio público.

MARCA INDIVIDUAL

MARCA EM GRUPO

O Exercício Gramatical 2 foi desenvolvido para a disciplina de Paisagismo: Parque Regional num campo de 250 x 500m que corresponderia a uma prancha de isopor na escala 1:500.

Nesta prancha desenvolvemos uma maquete volumétrica estruturada por três espaços de tamanhos variáveis, duas circulações - uma principal e as demais secundárias e um ponto de mirante para fora do campo.

Tudo isto deveria ser organizado somente com vegetação, piso, modelagem de terreno e água.

Era proibido o uso de qualquer tipo de equipamento e no máximo poderia ser definido o material e cores do piso.

A proposta foi criar um parque que acolhesse a cidade. Não há demarcação de calçadas, os pisos invadem o parque, fazendo com que o pedestre escolha qual

PAISAGISMO:PARQUE REGIONA Prof. Dr. Fabio Robba e Prof. Ms. Marcella de Moraes Ocké Müssnich

caminho seguir. Também não há caminhos demarcados claramente no parque, apenas um caminho central de piso na cor vermelha que corta o parque como uma grande artéria e serve como um caminho rápido de travessia. Os demais desenhos de piso do parque formam triângulos de diversos tamanhos, e esses triângulos são invadidos por vegetação que ora forma bosques na junção destes triângulos e ora forma apenas locais de descanso e contemplação dotados de sombra. A vegetação do parque é constituída de ipês amarelos, ipês roxos, arvores nativas brasileiras e árvores frutíferas - localizadas na área do pomar.

Por fim, há um grande lago central que cria um espaço de calma e tranquilidade em meio ao turbilhão de sons e agitos da cidade.

AL

ARQUITETURA E URBANISMO SEMESTRARIO 2015 PRISCILA SANTANA SOUZA 6º SEMESTRE- TURMA B